Projeto Final
Projeto Final
Projeto Final
Luciana A. De Oliveira
Maycon A. Barboza
Vilma Correa Campos
Brasília – DF
Novembro – 2018
Luciana A. De Oliveira
Maycon A. Barboza
Vilma Correa Campos
Brasília – DF
Novembro – 2018
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RESUMO
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Ao iniciar a graduação os acadêmicos se deparam com informações sobre a
laicidade da ciência psicológica logo nos primeiros semestres. Um dos principais
nomes da psicologia Freud, diz que a religião é basicamente, uma forma de defesa
inconsciente, coletivamente vivida como uma gigantesca neurose obsessional”
(Costa, 1988, p. 87). De acordo com Costa (1988), o pensamento freudiano discorria
sob a ideia de que o sentimento religioso tinha origem na impotência ou desamparo
que as pessoas sentiam desde o seu nascimento até a sua morte e isso se estendia
a toda humanidade. Freud supôs que a religião era uma defesa ao medo traumático
da morte.
Assim sendo, é comum perceber um impacto entre a ciência psicológica
e a religiosidade vivida pelos acadêmicos, mas de que forma se dá esse impacto?
Diminuindo a prática religiosa, abandono da prática religiosa?
Espera-se que os resultados do presente trabalho colaborem para ampliar o
entendimento dos acadêmicos sobre o assunto e traga informações importantes sobre o
tema abordado.
Psicologia e Laicidade
Sabemos que a psicologia é uma ciência laica que não adota pressupostos
religiosos e considera as especificidades culturais. A psicologia laica não nega as
diversas religiões e a sua importância para a vida das pessoas professantes, a
psicologia entende que essas crenças são de cunho pessoal, íntimo e não devem se
misturar aos preceitos da ciência psicológica.
A laicidade opõe-se aos discursos fundamentalistas ligados às violações de
direito. Assim, as leis devem ser orientadas pelos Direitos Humanos Universais e
pela Constituição Federal e não por dogmas e ideologias religiosas. Isso não
significa que o Estado negue à Igreja o direito de contribuir para o bem da sociedade,
isso acabaria com a democracia, caindo no sectarismo e no totalitarismo ideológico.
Laicidade é a não adoção de uma religião em particular pelo Estado e isso não
significa desconsiderar as várias religiões ou negar a expressão da religiosidade
popular pessoal ou coletivamente, mas inclui todas como representações da
diversidade religiosa ou espiritual do seu povo.
O Código de Ética veda ao profissional de psicologia no artigo de número 2,
item b “Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de
orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas
funções profissionais”. Sendo assim, um profissional de psicologia não pode
influenciar seu paciente, menosprezando sua religiosidade ou pautar sua conduta
profissional por suas experiências e opções religiosas pessoais.
A Psicologia é uma ciência laica. A religiosidade e a espiritualidade podem ser
objeto de estudo da Psicologia, e isso não significa adotar pressuposto religioso em
seus modos de significar o mundo, a condição humana e as relações sociais.
Ao iniciar a graduação, os acadêmicos se deparam com todas essas
informações logo nos primeiros semestres e um dos principais nomes da psicologia
Freud, diz que a religião é basicamente, uma forma de defesa inconsciente,
coletivamente vivida como uma gigantesca neurose obsessional” (Costa, 1988, p.
87). De acordo com Costa (1988), o pensamento freudiano discorria sob a ideia de
que o sentimento religioso tinha origem na impotência ou desamparo que as pessoas
sentiam desde o seu nascimento até a sua morte e isso se estendia a toda
humanidade. Freud supôs que a religião era uma defesa ao medo traumático da
morte.
Assim sendo, é comum perceber um impacto entre a ciência psicológica e a
religiosidade vivida pelos acadêmicos, mas de que forma se dá esse impacto? Afinal
um profissional de psicologia pode externar sua crença religiosa com tranquilidade?
Isso é ético ou pode afetar na condução da terapia? É um tema para ser discutido.
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OBJETIVOS
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Objetivo geral:
Investigar o impacto da graduação de psicologia nas vivências religiosas dos
acadêmicos.
Objetivos Específicos:
Investigar possíveis mudanças nas práticas religiosas, abandono, perda da fé
ou possível interação entre psicologia e religião.
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MÉTODO
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Participantes:
Participaram da pesquisa 60 acadêmicos do IESB Oeste matriculados na
graduação de psicologia do primeiro ao décimo semestre.
Materiais e instrumentos:
Para a atividade de coleta de dados com intuito de avaliar os possíveis
impactos da graduação de psicologia na religiosidade dos acadêmicos, foi utilizado
um questionário com perguntas fechadas e abertas.
Valor Total
Unidades de Valor Unitário
Especificação Quantidade (R$)
Medida (R$)
Total R$ 1.600,00
54% (34)
responderam que
através do curso
houve algum tipo de
desconstrução em
sua vivência
religiosa
24,3% (09) abandonaram a crença
18,9% (07) diminuíram a prática religiosa
5,4% (02) mudaram de religião
5,4% (02) manifestaram interesse em conhecer outras religiões
10,8% (04) mudaram de opinião sobre outras religiões
35,1% (13) outro tipo de desconstrução
Dix, S. (2006), “Da crítica à sociologia da religião – uma viragem e seu impacto
sóciocultural”, in Revista Lusófona de Ciência das Religiões, 9/10, 9-24.
Durkheim, E. (2001), The elementary forms of religious life, New York, Oxford
University Press.
Geertz, C. (1958), “Ethos, world view and the analysis of sacred symbols”, in The
Antioch Review, 17, 1, 421-437.
Glock, C.; Stark, R. (1969), Religion and society in tension, Chicago, Rand McNally &
Co.
Na Internet
Código de Ética Profissional do Psicólogo de 12/05/2005, página consultada em 02
de setembro de 2018. Disponível em:
http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo_etica1.pdf
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ANEXOS
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1. TCLE
2. Questionário: Questionário: “Psicologia e Religião: O impacto da
graduação na religiosidade dos acadêmicos.”
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Prezado acadêmico,
Você está sendo convidado (a) como voluntário a participar de uma pesquisa, que
fará parte de uma atividade prática da disciplina Estágio Básico II.
Através do Curso de Graduação em Psicologia do Instituto Superior de Brasília (IESB
– Campus Oeste), estamos realizando uma pesquisa com o tema “PSICOLOGIA E
RELIGIÃO: O IMPACTO DA GRADUAÇÃO NA RELIGIOSIDADE DOS ACADÊMICOS”. A
pesquisa tem como objetivo investigar o impacto da graduação de psicologia nas vivências
religiosas dos acadêmicos e possíveis mudanças nas práticas religiosas, abandono, perda
da fé ou possível interação entre psicologia e religião.
A pesquisa terá a duração de 10 a 15 minutos, onde os participantes responderão um
questionário de 19 perguntas relacionadas ao tema. A identidade dos participantes da
entrevista será mantida em total sigilo, em qualquer circunstância. A participação na
pesquisa é voluntária.
Não haverá nenhum benefício direto aos participantes desta pesquisa, entretanto,
esperamos que este estudo traga informações importantes sobre o tema abordado, onde o
pesquisador se compromete a divulgar os resultados obtidos. Não haverá nenhum tipo de
despesas para os participantes desta pesquisa, bem como não serão pagos por sua
participação.
Caso tenha alguma dúvida, o (a) senhor (a) poderá nos contatar:
Maycon A. Barboza – (61) 99122 9512
Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida,
manifesto meu consentimento e autorizo a divulgação dos dados obtidos neste estudo.
Nome do (a) participante: ____________________________________________________
Assinatura do (a) responsável: ________________________________________________
Responsável:
____________________________________________________________
Professora: Dra. Cristina Aparecida Brolhani (CRP: 01/9989)
Questionário: “Psicologia e Religião: O impacto da graduação na religiosidade
dos acadêmicos.”
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Nome:
Idade:
Sexo:
Semestre:
11. Você acha que outras religiões e crenças ajudam a sua espiritualidade?
Sim ( ) Não ( )
12. Se respondeu “sim”, indicar quais já praticou ou procurou.
( ) Budismo
( ) Búzios, tarô, cartas
( ) Candomblé
( ) Espiritismo
( ) Islamismo
( ) Evangélicas
( ) Horóscopo
( ) Judaísmo
( ) Mórmon
( ) Pentecostalismo
( ) Religião indígena, animismo (reverência as coisas da terra)
( ) Simpatias
( ) Católica
( ) Umbanda
( ) Outros, qual __________________________________________
13. Você acredita que existe pecado?
( ) Não, por que