Dicionário de Dermatologia PDF
Dicionário de Dermatologia PDF
Dicionário de Dermatologia PDF
de dermatologia
lídia almeida barros
(coord.)
DICIONÁRIO
DE DERMATOLOGIA
LÍDIA ALMEIDA BARROS
(Coord.)
DICIONÁRIO
DE DERMATOLOGIA
© 2009 Editora UNESP
Direitos de publicação reservados à:
Fundação Editora da UNESP (FEU)
Praça da Sé, 108
01001-900 – São Paulo – SP
Tel.: (0xx11) 3242-7171
Fax: (0xx11) 3242-7172
www.editoraunesp.com.br
feu@editora.unesp.br
D542
Dicionário de dermatologia / Lidia Almeida Barros. - São Paulo :Cultura Acadêmica, 2009.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-7983-034-1
1. Dermatologia - Dicionários. 2. Pele - Doenças - Dicionários. I. Barros, Lidia Almeida.
09-6241 CDD: 616.5003
CDU: 616.5(038)
Editora afiliada:
ASSESSORIA CIENTÍFICA
Alunos
Aline Grippe
Ana Carolina Tamburi Maciel de Pontes
Ana Maria Ribeiro de Jesus
Ana Silvia Schitini
Cristina Lopes Martins
Diogo Silva Carvalho
Eliana José dos Santos
Érica Cristina Ranzani
Evandro Gimenez
Fabiana Arioli
Flávia Ayla Kiill
Francine de Assis Silveira
Francine Ferraz da Silva
Gildaris Pandim
Gilvana Letícia Zambon
Ivanir Azevedo Delvizio
João Carlos de Oliveira Campos
Joice Rodrigues Zorzi
Karina Aparecida de Sena
8 LÍDIA ALMEIDA BARROS
A autora
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA OBRA
A nomenclatura
Partes da obra
Modelos de verbetes
Número sobrescrito
abscesso1: S. m. coleção líquida causada por inflamação, caracterizando-se [...]
Número sobrescrito
abscesso2: S. m. piodermite causada por estreptococos e, eventualmente, por estafi
lococos. É um quadro agudo, caracterizado pelo aparecimento de edema flutuante,
circunscrito e mais ou menos pronunciado, que tende à supuração. A lesão tem ta
manho variável e pode estar acompanhada de eritema, calor e dor (abscessos quen
tes) ou não (abscessos frios). São observados, ainda, fenômenos gerais, como febre,
calafrios e vômitos. Atinge a hipoderme, localizando-se no interior de um tecido,
órgão ou qualquer região do corpo. Outras designações: apostema, postema, ab
cesso. Símbolo de classificação: 4.21.1.12.
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 17
2. sistema tegumentar
2.1. pele, derma, cútis, cute (p. us.); tez, couro (pop., fam.);
tegumento
2.1.1. epiderme
2.1.1.1. camada córnea, estrato córneo
2.1.1.2. camada lúcida, estrato lúcido
2.1.1.3. camada granulosa, estrato granuloso
2.1.1.3.1. grânulo querato-hialínico, grânulo cerato-hialínico, grâ
nulo de querato-hialina
2.1.1.4. camada espinhosa, estrato espinhoso, camada de Malpighi
2.1.1.4.1. célula de Malpighi, célula espinhosa
2.1.1.4.2. célula de Langerhans, célula dendrítica
2.1.1.4.3. desmossoma, desmossomo, desmosomo, desmosoma,
nó de Bizzozzero (desus.)
22 LÍDIA ALMEIDA BARROS
3.1.1.1.1.1. cianose
3.1.1.1.1.2. enantema
3.1.1.1.1.3. exantema
3.1.1.1.1.3.1. exantemadifuso
3.1.1.1.1.3.2. exantema morbiliforme, exantema rubeo
liforme
3.1.1.1.1.3.3. exantema escarlatiniforme
3.1.1.1.1.4. rubor
3.1.1.1.1.5. eritemafigurado
3.1.1.1.1.6. eritemasolar
3.1.1.1.1.7. eritema poliforme, eritema polimorfo, eritema
multiforme
3.1.1.1.1.8. eritemanodoso
3.1.1.1.1.9. eritrodermia
3.1.1.1.1.10. uleritema
3.1.1.1.2. manchalívida
3.1.1.1.3. mancha anêmica, mácula esbranquiçada
3.1.1.1.4. mancha angiomatosa, mácula vermelho vivo, mácula
eritematoarroxeada
3.1.1.1.5. telangiectasia
3.1.1.1.6. púrpura
3.1.1.1.6.1. petéquia
3.1.1.1.6.2. equimose
3.1.1.1.6.3. víbice, lesão atrófica linear, verga, púrpura linear,
atrofia linear da pele
3.1.2. manchas pigmentares, máculas pigmentares
3.1.2.1. mancha discrômica
3.1.2.2. mancha acrômica
3.1.2.3. mancha hipocrômica, mancha hipopigmentar
3.1.2.4. mancha hipercrômica, mancha hiperpigmentar
3.1.2.5. despigmentação
3.1.2.6. hiperpigmentação
3.1.2.7. leuconíquia
3.1.2.8. poiquilodermia
3.2. formações sólidas
3.2.1. pápula, lesão papulosa
26 LÍDIA ALMEIDA BARROS
3.2.2. vegetação
3.2.3. tubérculo
3.2.4. nódulo, nodo
3.2.5. goma
3.2.6. nodosidade, tumor
3.2.7. verrucosidade
3.2.8. urtica
3.2.9. comedão, cravo, comedo
3.2.9.1. comedão branco
3.2.9.2. comedão preto
3.2.10. pólipo
3.2.11. placa
3.2.11.1. placapapulosa
3.3. coleções líquidas
3.3.1. vesícula
3.3.2. bolha, flictena
3.3.3. furúnculo, leicenço, fruncho (pop.), frunco (pop.), frúnculo
(pop.), bichoca (prov. port. lus.)
3.3.4. antraz, anthrax
3.3.5. abscesso, coleção purulenta, abcesso
3.3.6. pústula
3.3.7. hematoma
3.4. perdas teciduais, lesões elementares caducas
3.4.1. escama
3.4.1.1. escamalaminar
3.4.1.2. escama furfurácea, escama pitiriásica
3.4.1.3. escamapsoriática
3.4.1.4. escamalamelar
3.4.1.5. escama em forma de tacha
3.4.2. ulceração, helcose
3.4.3. exulceração, erosão
3.4.4. crosta
3.4.4.1. crosta melicérica
3.4.4.2. crosta hemática
3.4.5. rúpia
3.4.6. escara, esfacelo
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 27
4.1.11.7. retículo-histiocitose
4.1.11.7.1. retículo-histiocitose multicêntrica
4.1.11.7.2. histiocitoma eruptivo generalizado
4.1.11.7.3. xantogranuloma necrobiótico
4.1.11.7.4. xantoma verruciforme
4.1.11.7.5. xantogranulomajuvenil, xantomajuvenil
4.1.11.7.6. granuloma retículo-histiocítico, granuloma reticulois
tiocítico, retículo-histiocitoma
4.2. dermatoses autoimunes
4.2.1. lúpus eritematoso
4.2.1.1. lúpus eritematoso discoide
4.2.1.2. lúpus eritematoso sistêmico
4.2.1.2.1. lúpus eritematoso sistêmico subagudo
4.2.1.2.2. lúpus eritematoso sistêmico neonatal
4.2.1.3. lúpus eritematoso profundo
4.2.2. síndrome de Rowell
4.2.3. esclerodermia
4.2.3.1. esclerodermia circunscrita, esclerodermia morphea
32 LÍDIA ALMEIDA BARROS
4.5.2. hipocromia
4.5.2.1. nevo acrômico
4.5.2.2. síndrome de Chediak-Higashi, doença de Béguez-César
4.5.2.3. síndrome de Klein-Waardenburg, síndrome de
Waardenburg
4.5.2.4. síndrome de Cross-McKusick-Breen
4.5.2.5. leucodermia dos vagabundos
4.5.3. hipercromia, hipermelanose
4.5.3.1. mancha mongólica
4.5.3.2. melanose oculodérmica, nevo de Ota, nevo foscocerúleo
oftalmomaxilar de Ota
4.5.3.3. nevo foscocerúleo acrômico deltoidiano de Ito, nevo de
Ito
4.5.3.4. síndrome de Albright, doença de Albright, osteodistrofia
hereditária de Albright, síndrome de McCune-Albright
4.5.3.5. efélide, sarda (pop.), lentigem, lentigo, ovo de peru,
titinga (Bras.)
4.5.3.6. mácula melanótica labial
4.5.3.7. lentigo, lentigem
4.5.3.7.1. lentigojuvenil
4.5.3.7.2. lentigo solar, lentigo senil
4.5.3.7.3. nevus spilus, nevo lentiginoso salpicado
4.5.3.7.4. lentiginose profusa, lentiginose difusa
4.5.3.7.4.1. lentiginose múltipla
4.5.3.7.4.1.1. lentiginose centrofacial
4.5.3.7.4.1.2. lentiginose unilateral
4.5.3.8. poiquilodermia de Civatte
4.5.3.9. melanose de Riehl
4.5.3.10. melanodermite tóxica de Hoffmann e Habermann
4.5.3.11. poiquilodermia acroceratótica hereditária
4.5.3.12. poiquilodermia congênita, síndrome de Rothmund
-Thomson, poiquiloderma congênito
4.5.3.13. poiquilodermia esclerosante hereditária, poiquilodermia
de Weary
4.5.3.14. melanose neviforme, nevo piloso pigmentado de Becker,
melanose pilosa de Becker, nevus pigmentado e piloso
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 35
4.29.10.2.4. histiocitossarcoma.
4.29.10.2.5. fibroxantoma atípico
4.29.10.2.6. lipossarcoma
4.29.10.2.7. angiossarcoma, angioendotelioma maligno
4.29.10.2.7.1. angiossarcoma do couro cabeludo e da face do
idoso
4.29.10.2.7.2. angiossarcoma secundário a linfedema crônico,
linfangiossarcoma em linfedema, síndrome de
Stewart-Teves
4.29.10.2.8. hemangiopericitoma maligno
4.29.10.2.9. hemangioendotelioma maligno
4.29.10.2.10. sarcoma de Kaposi, SK
4.29.10.2.10.1. sarcoma de Kaposi clássico, SKC
4.29.10.2.10.2. sarcoma de Kaposi endêmico, sarcoma de
Kaposi africano, SKA
4.29.10.2.10.2.1. sarcoma de Kaposi endêmico nodular, SKA
nodular
4.29.10.2.10.2.2. sarcoma de Kaposi endêmico florido, SKA
florido
4.29.10.2.10.2.3. sarcoma de Kaposi endêmico infiltrativo,
SKA infiltrativo
4.29.10.2.10.2.4. sarcoma de Kaposi endêmico linfadenopá
tico, SKA linfadenopático
4.29.10.2.10.3. sarcoma de Kaposi do imunodeprimido, SKI
4.29.10.2.10.4. sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS,
sarcoma de Kaposi epidêmico, SKE
4.29.10.2.11. neurofibrossarcoma
4.29.10.2.12. linfoma, granulomatose de Wegner
4.29.10.2.12.1. linfoma de célulasT, LCCT, linfoma cutâneo de
células T, linfoma cutâneo de células T adultas,
linfoma epidermotrópico de células T, linfoma
linfocítico, leucemia de células T do adulto
4.29.10.2.12.1.1. micose fungoide, MF, granuloma fungoide.
4.29.10.2.12.1.2. síndrome de Sézary, MS, eritrodermia de
Sézary, eritrodermialinforreticular, reticu
lose, moléstia de Sézary
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 73
4.34.4. braquioníquia
4.34.5. coiloníquia, celoníquia
4.34.6. coloníquia
4.34.7. cristas longitudinais e transversais
4.34.8. cromoníquia
4.34.9. depressão puntiforme, pitting ungueal, depressão cupuliforme,
unha em dedal
4.34.10. distrofia canalicular mediana, solenoníquia, distrofia ungueal
mediana, distrofia mediana cenalforme
4.34.11. distrofia catenular
4.34.12. distrofia do quinto pododáctilo
4.34.13. distrofia infantil das vinte unhas, distrofia das vinte unhas
4.34.14. doliconíquia
4.34.15. hapaloníquia, unhas em casca de ovo (pop.)
4.34.16. helconixe, heliconixe
4.34.17. hemorragia em estilhas, hemorragia por sequestro, hemor
ragia em lasca
4.34.18. ceratose subungueal
4.34.19. leuconíquia, leuconíquia total, leucopatia unguis, acromia das
unhas, alvura das unhas, albugem, selenose, albugo
4.34.20. linhas de Mees, tiras de Mees
4.34.21. linha de Milian
4.34.22. linhas de Muehrcke
4.34.23. macroníquia
4.34.24. melanoníquia, melanoníquia total, melanônquia
4.34.25. microníquia
4.34.26. onicoatrofia
4.34.27. onicobacteriose
4.34.28. onicoclasia, oniclasia, onicoclase
4.34.29. onicocriptose, unha encravada, acronix, unha incarnata,
unguis incarnatus
4.34.30. onicodínia, onicalgia
4.34.31. onicodistrofia
4.34.32. onicofimia, onicofima
4.34.33. onicofose
4.34.34. onicogrifose, onicogripose, gripose ungueal, unha em garra
84 LÍDIA ALMEIDA BARROS
4.34.35. onicólise
4.34.36. onicoma
4.34.37. onicomadese, defluvium ungueal, edefluvium unguium
4.34.38. dermatofitose ungueal, tinea unguium, onicomicose, tinha
das unhas
4.34.39. onicoptose
4.34.40. onicorrexe
4.34.41. onicosquizia, onicosquize, onicósquise.
4.34.42. onicotrofia
4.34.43. oníquia, onixite, oniquite
4.34.44. paquioníquia, paquionixe, escleroníquia, onicauxe,
onicosclerose
4.34.45. paroníquia, perionixe, perionixite, unheiro, oníquia lateral,
oníquia periungueal, panarício, panariz, paranício, paraní
quea, paraniz, paranoníquia, gavarro, paroníquia
4.34.46. platoníquia
4.34.47. polioníquia
4.34.48. pterígio ungueal, pterígio da unha
4.34.49. pterígio ventral, pterígio inverso
4.34.50. síndrome da unha amarela
4.34.51. síndrome da unha azul
4.34.52. síndrome da unha meio a meio
4.34.53. síndrome da unha verde
4.34.54. síndrome da unha em raquete
4.34.55. síndrome de cotovelo-paleta-unha, síndrome de Fong, ósteo
-onicodistrofia hereditária.
4.34.56. síndrome de Beau, linhas de Beau, sulco de Beau
4.34.57. toxiconíquia
4.34.58. traquioníquia
4.34.59. unha de Terry, unha em cristal opalino
4.34.60. unha de usura
4.34.61. unha frágil, fragilita ungueum, fragilidade ungueal
4.34.62. unha hipocrática, unha em bico de papagaio
4.34.63. unha pinçada, unha em pinça
4.35. afecções dos pelos, tricoses
4.35.1. calvície
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 85
4.41.5. onicocompulsão
4.41.5.1. onicofagia
4.41.5.2. onicotilomania
4.42. cirurgias dermatológicas
4.42.1. onicotomia, onicotromia, onicotoma
4.42.2. onicetomia, onicectomia
A
ainda manifestações para o lado do cérebro, bexiga e alteração cardíaca. Atinge com
maior frequência as extremidades, pálpebras, lábios, língua, laringe, narinas, genitália,
pênis, escroto, mucosas das vias aéreas superiores e da esfera gastrintestinal e, muito
raramente, mãos e dedos. Acomete a região de um lado do corpo, mas pode afetar
simetricamente pálpebras e narinas. O edema cerebral ou glótico pode determinar a
morte. Existem duas formas da doença: 1) angioedema adquirido, 2) angioedema
hereditário. Outras designações: edema angioneurótico, doença de Bannister, ede
ma de Quincke (circunscrito e periódico), úlcera tuberosa. Símbolo de classifica
ção: 4.20.
angioedema adquirido: S. m. angioedema que pode ocorrer isoladamente (em geral
de natureza alérgica) ou associado a qualquer outro tipo de urticária, a doenças do
colágeno ou a um tumor dos gânglios linfáticos. Outras designações: ø. Símbolo
de classificação: 4.20.1.
angioedema hereditário: S. m. angioedema de natureza hereditária (autossômico
dominante). É uma doença grave, caracterizada por surtos recorrentes de edema não
depressível, episódico e autolimitado, que persiste geralmente de 12 a 72 horas. É
assimétrico e único e não apresenta eritema e prurido. Pode ainda ocorrer dor na
bexiga e outras manifestações. Surge na infância. Localiza-se normalmente na face,
extremidades e mucosas. Quando localizado no aparelho digestivo, provoca náuseas,
vômitos e cólicas; quando atinge as vias respiratórias, pode provocar asfixia, consti
tuindo risco de vida. Outras designações: edema angioneurótico familiar. Símbo
lo de classificação: 4.20.2.
angioendotelioma maligno: S. m. Ver: angiossarcoma.
angioendoteliomatose proliferante sistêmica: S. f. vasculite primária predominan
temente trombosante causada pelo fechamento de pequenos vasos e consequente
trombose devido à proliferação de células endoteliais linfoproteicas. Apresenta le
sões hemorrágicas em placas nodulares ou infiltradas na pele, que fica com tonalida
de cianótica. Pode haver ainda sintomas causados pelo comprometimento dos ór
gãos internos. Resulta em quadros clínicos graves diversos. Localiza-se, na maior
parte dos casos, nos membros e tronco, sendo o cérebro, o coração e a tireoide os
órgãos internos com probabilidade de serem afetados com evolução letal. Outras
designações: linfoma angiotrópico, angioendoteliomatose sistêmica neoplásica,
angioendoteliomatose proliferativa sistemática, doença de Pfleger-Tappeiner. Sím
bolo de classificação: 4.14.2.2.7.
angioendoteliomatose proliferativa sistemática: S. f. Ver: angioendoteliomatose
proliferante sistêmica.
angioendoteliomatose sistêmica neoplásica: S. f. Ver: angioendoteliomatose pro
liferante sistêmica.
angiofibroma faríngeo: S. m. Ver: granuloma piogênico.
angio-histiocitoma: S. m. Ver: histiocitoma.
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 113
teriza-se clinicamente por uma lesão que apresenta contornos regulares e limites mais
ou menos nítidos. Possui uma dimensão variada, medindo, em geral, alguns centí
metros. Em alguns casos a superfície é anfractuosa. As placas estão presentes no pe-
ríodo neonatal, tornam-se cada vez menos avermelhadas, não sofrendo, porém, com
pleta involução espontânea. O hemangioma da nuca, assim chamado o hemangioma
plano quando se manifesta na nuca, apresenta uma frequência elevada. O hemangio
ma plano permanente é solitário ou múltiplo, apresentando, normalmente,
verrucosidades no seu desenvolvimento. Essa afecção pode ainda fazer parte da Sín
drome de Sturge-Weber ou da Síndrome de Klippel-Trenaunay Parkes Weber. As
lesões localizam-se preferencialmente no pescoço (sobretudo na nuca) e face (inclu
sive testa), de maneira unilateral. É muito comum na região occipital, nos casos da
variedade mancha de salmão. Outras designações: nevus flammeus, nevo de vinho
do Porto (pop.), hemangioma plano, mancha vinhosa, nalvus flammeus, nevo
teleangiectásico, nevo capilar, mancha de salmão (pop.), nevo em chama. Símbolo
de classificação: 4.14.6.8.1.; 4.29.10.1.8.1.
angioma puntiforme: S. m. angioma causado pela neoformação ou dilatação de ca-
pilares, com o enfraquecimento da parede dos mesmos, não havendo, porém, qual
quer significação sistêmica. Caracteriza-se por apresentar pequenas pápulas verme
lhas, de brilhantes a escuras, arredondadas, de aspecto plano ou ligeiramente elevado.
É uma variz papilar raramente única, que geralmente se localiza no tronco e mem
bros superiores. Outras designações: ponto de rubi, angioma senil, hemangioma
senil, angioma framboesa, ectasia papilar, ectasia senil, lago nevoso, aneurisma ca-
pilar, variz papilar. Símbolo de classificação: 4.14.6.8.4.; 4.29.10.1.8.3.
angioma rubi: S. m. Ver: angioma puntiforme.
angioma rubi senil: S. m. Ver: angioma puntiforme.
angioma senil: S. m. Ver: angioma puntiforme.
angioma serpiginoso: S. m. angioma que apresenta lesões puntiformes isoladas de
cor vermelha ou purpúrica, que aparecem em meio a placa eritematosa com clarea
mento na parte central. É uma displasia de pequenos vasos sanguíneos e, devido à
proliferação com atrofia dos capilares superficiais, as lesões tendem a progredir pe-
rifericamente, tomando configuração serpiginosa. Acomete os membros inferiores
em qualquer idade. Pode acontecer regressão espontânea total. Outras designações:
4.29.10.1.8.7.
angioma serpiginosum, telangiectasia essencial. Símbolo de classificação: 4.14.6.8.8.;
folículo piloso, cresce para baixo e diminui de maneira progressiva sua espessura.
Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 2.2.3.2.2.
bainha radicular interna: S. f. parte da bainha epitelial da raiz do pelo, cuja
queratinização ocorre em uma região denominada zona queratógena, logo depois que
as células saem da matriz do pelo. Compõe-se de queratina mole e não emerge do
folículo juntamente com o pelo, mas é dissolvida na altura da região onde as glându
las sebáceas excretam suas secreções no folículo. Possui duas camadas: camada de
Huxley e camada de Henle. Outras designações: bainha interna da raiz do pelo.
Símbolo de classificação: 2.2.3.2.1.
balanite: S. f. candidíase vulvovaginal causada pela levedura do gênero Candida. Pode
ocorrer como infecção facultativa venérea. Apresenta lesões pruriginosas; no prepúcio
ocorrem edema e eritema; na glande, observam-se lesões eritematosas ou
eritematoerosivas, recobertas ou não por induto esbranquiçado. As lesões localizam
se na vagina, glande e sulco balanoprepucial. Obs.: É também classificada como
uma afecção das mucosas. Outras designações: balanopostite candidósica. Símbo
lo de classificação: 4.24.2.3.2.2.1.; 4.33.25.
balanite bowenoide da genitália: S. f. balanite de origem viral, caracterizada por
pápulas róseas, que lembram verrugas, mas revelam aspectos da doença de Bowen.
Localiza-se no sulco balanoprepucial e prepúcio. Pode ter cura espontânea. Outras
designações: ø. Símbolo de classificação: 4.33.25.4.
balanite circunscripta: S. f. Ver: balanite plasmocitária de Zoon.
balanite de plasmócitos: S. f. Ver: balanite plasmocitária de Zoon.
balanite de Zoon: S. f. Ver: balanite plasmocitária de Zoon.
balanite erosiva circinada: S. f. Ver: balanopostite erosiva e circinada.
balanite erosiva e circinada: S. f. Ver: balonopostite erosiva e circinada.
balanite plasmocitária de Zoon: S. f. balanite benigna, circunscrita e crônica, que
se caracteriza por infiltração subepitelial de plasmócitos. As lesões eritemoinfiltra
das de superfície brilhante e limites nítidos se localizam no prepúcio ou na glande.
Outras designações: balanite de Zoon, balanite circunscripta, eritroplasia de
Zoon, plasmacellularis, balanite de plasmócitos. Símbolo de classifica
ção: 4.33.25.2.
balanopostite candidósica: S. f. Ver: balanite.
balanopostite erosiva circinada: S. f. balanite de causa desconhecida, porém muito
associada ao fuso espiralar. Apresenta lesões eritematosas de contornos circinados
no sulco balanoprepucial, na glande e no folheto interno do prepúcio, podendo evo
luir por meio de surtos. Outras designações: balanite erosiva circinada. Símbolo
de classificação: 4.33.25.1.
balanopostite xerótica e obliterativa: S. f. dermatose atrófica e esclerótica, conside
rada por muitos como verdadeiro líquen escleroso e atrófico. Apresenta prurido e
placas porcelânicas lustrosas e brilhantes, que podem obstruir o meato. Localiza-se
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 123
calo: S. m. afecção dos pés causada por irritação mecânica, pressão ou fricção de sapa
tos inadequados em indivíduos com predisposição. Caracteriza-se pelo espessamen
to do extrato córneo, proeminência óssea, sendo a lesão pouco elevada e inelástica.
Apresenta coloração amarelada e causa dor e irritação. Localiza-se na lateral supe
rior do quinto pododáctilo, na planta da articulação metatarsofalangiana ou nos es-
paços interdigitais dos pés, devido à pressão de um dedo sobre outro, neste caso com
coloração esbranquiçada e maceração. Obs.: É também classificado como uma alte
rações na espessura da pele. Outras designações: clavus, tilose, olho de perdiz (vulg.).
Símbolo de classificação: 3.5.1.4.; 4.40.6.
calombo: S. m. (Bras., pop.) Ver: lúpia.
calosidade: S. f. afecção dos pés causada por fricção, sapatos inadequados, vícios de
postura ou situações ortopédicas, como pé chato, fratura e artrite. Diferencia-se do
calo por não apresentar porção central homogênea e ser menos focal. É dura, pouco
elevada, inelástica, ocorrendo ocasionalmente fissura. É de coloração amarelada e
possui limites imprecisos. É dolorosa, pouco sensível, podendo dar espaço à mani
festação de outras infecções. Localiza-se nos pés e mãos, em áreas de pressão ou fric
ção. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.40.7.
calvície: S. f. afecção dos pelos que pode estar associada a fatores hereditários ou hor
monais. Os hormônios androgênicos agem de maneira depressora sob os cabelos,
ocasionando queda na região frontoparietal. Outras designações: ø. Símbolo de
classificação: 4.35.1.
calvície congênita: S. f. Ver: alopecia congênita.
calvície hipocrática: S. f. Ver: alopecia androgênica.
camada basal: S. f. camada da epiderme cuja função é manter constante sua renova
ção. Esta camada é adjacente à membrana basal e está localizada na parte mais pro
funda da epiderme. Compõe-se de células cuboides ou prismáticas que se movem
para a superfície, substituindo antigas células que se descamaram; sendo assim, é
uma camada que apresenta intensa atividade mitótica. Apresenta filamentos consti
tuídos de queratina e sofre alteração no período menstrual. Estima-se que a cada 20
ou 30 dias a epiderme seja renovada. Essa camada compreende as seguintes estrutu
ras: hemidesmossoma, filamento de ancoragem, queratinócito, célula de Merkel, cone
interpapilar e melanócito. Outras designações: estrato basal, estrato germinativo.
Símbolo de classificação: 2.1.1.5.
camada córnea: S. f. camada superficial da epiderme constituída de muitas camadas
de células anucleadas queratinizadas e achatadas. Suas células possuem membrana
celular espessa e, nas camadas mais profundas, essa membrana é coberta de glicolipídio.
Não possuem núcleos nem outros tipos de organelas, porém possuem o interior cheio
de queratina. A espessura da camada córnea varia consideravelmente da pele espessa
para a pele delgada e esta espessura aumenta quando há exposição ao atrito. Outras
designações: estrato córneo. Símbolo de classificação: 2.1.1.1.
132 LÍDIA ALMEIDA BARROS
camada de Henle: S. f. parte mais externa da bainha radicular interna, que se com
põe de células cúbicas e hipercromáticas ricas em trico-hialina. Outras designa
ções: membrana de Henle, bainha de Henle. Símbolo de classifica
ção: 2.2.3.2.1.2.
camada de Huxley: S. f. parte da bainha radicular interna que se localiza entre a
cutícula da bainha radicular e a membrana de Henle. Constitui-se na camada média
da bainha interna da raiz do pelo e compõe-se de células interpostas. Compreende
ainda uma ou duas camadas de células hipercromáticas, devido ao fato de conter
grânulos de trico-hialina. Outras designações: membrana de Huxley, bainha de
Huxley. Símbolo de classificação: 2.2.3.2.1.1.
camada de Malpighi: S. f. Ver: camada espinhosa.
camada espinhosa: S. f. camada de matéria viva da epiderme que, se considerada de
fora para dentro, é a sua penúltima camada constituinte. Compõe-se de célula espi
nhosa ou célula de Malpighi, apresentando, dessa forma, aspecto espinhoso ocasio
nado pela presença dessas células da epiderme de formato poliédrico e que possuem
pontes intercelulares. Possui várias fileiras de células e também prolongamentos
espinhosos na superfície, que se encontram com os prolongamentos das células vizi
nhas. Essa camada compreende as seguintes estruturas: célula de Malpighi, célula
de Langerhans e desmossoma. Outras designações: estrato espinhoso, camada de
Malpighi. Símbolo de classificação: 2.1.1.4.
camada granulosa: S. f. camada da epiderme localizada imediatamente acima da camada
espinhosa. Compõe-se de células abundantes em grânulos querato-hialínicos e re-
presenta a fase evolutiva pré-córnea da queratinização. Outras designações: estra
to granuloso. Símbolo de classificação: 2.1.1.3.
camada lúcida: S. f. camada encontrada principalmente na epiderme espessa das palmas
das mãos e das plantas dos pés. Localiza-se no nível mais profundo do estrato córneo.
É uma camada fina, cujas células são eosinófilas, altamente retráteis e achatadas.
Outras designações: estrato lúcido. Símbolo de classificação: 2.1.1.2.
câncer cutâneo: S. m. fotodermatose tóxica primária tardia pré-cancerosa que pode
se tornar um câncer cutâneo verdadeiro quando adquirida ou de origem genética,
com frequência acima da casualidade. Outras designações: ø. Símbolo de classi
ficação: 4.32.1.2.2.
câncer melanótico: S. m. Ver: melanoma.
cancerofobia: S. f. dermatofobia caracterizada por medo obsessivo em que o paciente
imagina ser portador de câncer. Outras designações: ø. Símbolo de classifica
ção: 4.41.3.4.
cancro de inoculação primária: S. m. Ver: complexo primário tuberculoso.
cancro esporotricósico: S. m. Ver: esporotricose linfático-ganglionar.
cancro linfogranulomatoso: S. m. Ver: linfogranuloma venéreo.
cancro misto de Rollet: S. m. Ver: cancro mole.
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 133
los pilosos e por apresentar células mais maduras. As lesões são pápulas cor da pele,
pequenas, que medem apenas alguns milímetros de diâmetro. O centro das lesões
tem o aspecto de espirais. As lesões localizam-se na face e no couro cabeludo. Outras
designações: acantoma folicular intraepidérmico, poroma folicular. Símbolo de
classificação: 4.29.2.8.
ceratose folicular penetrante tipo Kyrle: S. f. Ver: queratose folicular penetrante
tipo Kyrle.
ceratose folicular rubra tipo Brocq: S. f. Ver: queratose folicular rubra tipo Brocq.
ceratose palmoplantar: S. f. Ver: queratodermia palmoplantar.
ceratose pilar tipo Brocq-Darier: S. f. Ver: queratose pilar tipo Brocq-Darier.
ceratose pontilhada: S. f. Ver: queratólise puntuada.
ceratose pontuada: S. f. Ver: queratólise puntuada.
ceratose rubra figurada: S. f. Ver: eritroceratodermia variabilis.
ceratose seborreica: S. f. neoplasia benigna da epiderme provavelmente devida à
herança autossômica dominante. Apresenta lesões verrucosas com diâmetros de poucos
milímetros a dois centímetros. Algumas vezes, duas ou três lesões coalescem, resul
tando numa lesão de saliência variável, porém algumas são mais salientes e volumo
sas, de contorno irregular, em geral medindo de um a dois milímetros. Frequente
mente, as lesões são pápulas moles, nitidamente delimitadas, levemente elevadas,
verrucosas, apresentando cor que varia do castanho-claro ao escuro, quase pretas.
Apresentam-se sob formas arredondadas, ovalares ou elípticas. Quando há presença
de elementos vegetantes, pode-se notar a formação de pápulas ceratósicas amarela
das. A localização em áreas intertriginosas pode causar infecção secundária com
maceração e mau odor. As lesões da ceratose seborreica localizam-se preferencial
mente na face, tronco, membros e pescoço. Outras designações: queratose seborreica,
verruga seborreica, verruga senil. Símbolo de classificação: 4.29.1.3.
ceratose seborreica hipocrômica: S. f. neoplasia benigna da epiderme que se carac
teriza, clinicamente, pelo surgimento de pápulas esbranquiçadas. As lesões locali
zam-se no dorso, pescoço, peito e abdômen. Outras designações: ø. Símbolo de
classificação: 4.29.1.4.
ceratose senil: S. f. Ver: ceratose actínica.
ceratose solar: S. f. Ver: ceratose actínica.
ceratose subungueal: S. f. onicopatia obsevada na psoríase, em micoses e nos distúr
bios de ceratização. Caracteriza-se pela grande quantidade de ceratina no leito ungueal,
que desloca a lâmina para cima. Outras designações: ø. Símbolo de classifica
ção: 4.34.18.
ceratose tóxica: S. f. dermatose pré-cancerosa provocada por diversos agentes. A
produzida por hidrocarbonetos aromáticos localiza-se principalmente nas áreas que
entram em contato com a substância. As ceratoses arsenicais são múltiplas e puntuadas,
resultando da ingestão prolongada de arsênico, e estão frequentemente localizadas
142 LÍDIA ALMEIDA BARROS
nas palmas e solas, mas também nos dedos e partes proximais das extremidades. As
hipercromias com pequenas despigmentações em gota predominantes nas axilas, vi
rilhas e mamilos são outras manifestações clínicas. Outras designações: ø. Símbo
lo de classificação: 4.28.2.
ceratose viral: S. f. Ver: papulose bowenoide.
ceruminoma: S. m. neoplasia benigna da glândula sudorípara apócrina derivada das
glândulas ceruminosas do canal auditivo externo. Apresenta nódulo único, que pode
prejudicar a audição quando cresce em direção ao interior ou fechar a abertura do
meato. Pode ocorrer ulceração e malignização. Outras designações: ø. Símbolo de
classificação: 4.29.5.3.
chanha: S. f. (Bras., PB, pop.) Ver: prurido.
chasodermia: S. f. Ver: cútis laxa.
chato: S. m. (pop.) Ver: pediculose pubiana.
chimberê: S. m. Ver: dermatofitose imbricata.
choque anafilático: S. m. farmacodermia exagerada ou extrema de reação a alguns
medicamentos ou drogas. Outras designações: antítese de profilaxia. Símbolo de
classificação: 4.31.8.
chromidrosis: N. Cient. Ver: cromidrose.
cianose: S. f. eritema causado por distúrbios circulatórios ou oxigenação insuficiente
do sangue, caracterizando-se por coloração azulada, violácea, negra ou lívida. Loca
liza-se de forma difusa na pele e mucosas. Outras designações: ø. Símbolo de clas
sificação: 3.1.1.1.1.1.
cicatriz: S. f. sequela causada por reparação de um processo destrutivo da pele devido
a um traumatismo ou a uma doença cutânea. Caracteriza-se por lesão lisa, plana,
com saliência ou depressão, sem sulcos, poros ou pelos. Há formação de um tecido
que recompõe as partes lesadas que associa fibrose, atrofia e discromia em sua com
posição. Localiza-se na pele, mucosas ou órgãos. Outras designações: ø. Símbolo
de classificação: 3.6.2.
cicatriz atrófica: S. f. cicatriz papirácea, pregueada e fina. Outras designações: ø.
Símbolo de classificação: 3.6.2.1.
cicatriz críbrica: S. f. cicatriz que apresenta pequenos orifícios. Outras designa
ções: ø. Símbolo de classificação: 3.6.2.2.
cicatriz hipertrófica: S. f. cicatriz elevada, vascular, nodular e com grande prolifera
ção fibrosa. Caracteriza-se por feixes de colágeno paralelos à superfície cutânea, que
raramente produzem dor. Outras designações: cicatriz queloidiana. Símbolo de
classificação: 3.6.2.3.
cicatriz queloidiana: S. f. Ver: cicatriz hipertrófica.
ciclo folicular: S. m. período do processo de desenvolvimento do pelo que se compõe
de três fases: anágena (crescimento), catágena (regressão) e telógena. Outras desig
nações: ciclo piloso. Símbolo de classificação: 2.2.3.4.
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 143
fronte e bochechas), mamilo e meio do abdômen. Uma estreita faixa pigmentada por
manchas semelhantes à cabeça de um alfinete acomete as regiões malares até o nariz.
Outras designações: melasma. Símbolo de classificação: 4.5.3.23.
cloasma gravídico: S. m. cloasma que se caracteriza por manchas que se manifestam
durante a gravidez. Outras designações: mancha da gravidez. Símbolo de classi
ficação: 4.5.3.23.1.
coagulação intravascular disseminada: S. f. Ver: síndrome de coagulação intravas
cular disseminada.
coagulopatia do consumo: S. f. Ver: síndrome de coagulação intravascular dissemi
nada.
coagulopatia intravascular disseminada: S. f. Ver: síndrome de coagulação intra
vascular disseminada.
cobreiro: S. m. Ver: herpes-zóster.
cobrelo: S. m. (pop.)Ver: herpes-zóster.
cobro: S. m. (pop.)Ver: herpes-zóster.
coccidioidomicose: S. f. micose profunda causada pelo Coccidioides immitis, adqui
rido por inalação da poeira que contém esporos do fungo. Atinge predominantemente
os pulmões e raramente a pele. As manifestações cutâneas podem ser primárias ou
secundárias. As primeiras apresentam-se em nódulos, que se ulceram e eliminam
material purulento, onde se encontra o parasita. Com o tempo, as lesões cicatrizam
ou se tornam vegetantes. Os gânglios cervicais podem enfartar. Nas secundárias, as
lesões assemelham-se às do eritema nodoso ou polimorfo. Outras designações:
moléstia de Posada-Wernike, febre de São Joaquim. Símbolo de classifica
ção: 4.24.3.6.
coceira: S. f. Ver: prurido.
coceira de barbeiro: S. f. (pop.) Ver: dermatofitose da barba.
coceira de jóquei: S. f. (pop.) Ver: dermatofitose marginada.
coceira do inverno: S. f. (pop.) Ver: prurido hiemal.
coiloníquia: S. f. onicopatia em geral associada às anemias, síndrome de Plummen
-Vison, policetemia, diabetes melito e fenômeno de Raymond. Caracteriza-se por
unhas côncavas, adelgaçadas, com aspecto semelhante ao de uma colher. Outras de
signações: celoníquia. Símbolo de classificação: 4.34.5.
colagenose reativa familial: S. f. genodermatose mesenquimal de provável origem
autossômica recessiva, que se inicia nos primeiros anos de vida. Causa lesões com
pápulas ceratósicas e umbilicadas. Localiza-se frequentemente nas mãos, pés, ante
braços, pernas, face e couro cabeludo. Outras designações: ø. Símbolo de classi
ficação: 4.30.2.7.5.
coleção líquida: S. f. lesão cutânea caracterizada por acúmulo circunscrito de líquido,
que pode ser serosidade, sangue ou pus. Outras designações: ø. Símbolo de clas
sificação: 3.3.
146 LÍDIA ALMEIDA BARROS
bertas por epitélio espessado de cor rósea. Não apresentam cornificação. Localizam
se nos genitais externos, na região perianal e na membrana mucosa. Outras desig
nações: condyloma acuminatum, verruga genital, cavalo de crista (pop.), condiloma
pontiagudo, papiloma acuminado, papiloma venéreo, verruga acuminada. Símbolo
de classificação: 4.15.4.5.
condiloma acuminado gigante de Buschke-Loewenstein: S. m. carcinoma verrucoso
de origem virótica ou provocado por esquistossomídeos S. haematobium. A infecção
virótica se transmite, muito frequentemente, por contato sexual, mas quando ocorre
na bexiga está, em geral, ligada à esquistossomíase. Apresenta lesões exofíticas, de
caráter tumoral, que consistem em pápulas vegetantes não corneificadas, de super
fície irregular, de cor rósea e aspecto de couve-flor. A forma, o número e as dimen
sões das lesões são variadas. As massas tumorais formam-se pela coalescência de lesões
menores. A ulceração das lesões pode provocar infecção secundária e afecção dos
glânglios linfáticos ou glândulas (adenopatia). As lesões localizam-se normalmente
nas mucosas, sobretudo nas genitais e regiões perianal, cervical, perirretal (regiões
úmidas do corpo humano). No pênis, um número elevado de lesões pode formar
uma coroa contínua em torno da base da glande e ocupar toda a região do sulco balano
prepucial. Outras designações: carcinoma verrucoso da região anourogenital,
condiloma pontiagudo, papiloma acuminado venéreo, excrescência em couve-flor,
verruga das vestes, verruga úmida, verruga pontiaguda, verruga venérea, cavalo de
crista (Bras., pop.). Símbolo de classificação: 4.29.6.3.2.
condiloma pontiagudo: S. m. Ver: condiloma acuminado, condiloma acuminado
gigante de Buschke-Loewenstein.
condrodermatite nodular crônica helicoide: S. f. Ver: condrodermatite nodular
hélix.
condrodermatite nodular hélix: S. f. afecção auricular causada provavelmente por
trauma mecânico ou ambiental, pelo afinamento da pele, cartilagens, perda da elas
ticidade, alterações do tecido conjuntivo ou pela vascularização deficiente do local.
Apresenta nódulo doloroso com crosta central e pequeno halo eritematoso e
cupuliforme. Localiza-se na hélice do pavilhão auricular, mais frequentemente na
orelha direita, quase nunca sendo bilateral. Outras designações: nódulo doloroso
da orelha, condrodermatite nodular crônica helicoide, doença de Winkler. Símbolo
de classificação: 4.39.3.
condromalacia generalizada: S. f. Ver: policondrite recorrente.
condromalacia sistêmica: S. f. Ver: policondrite recorrente.
condyloma acuminatum: N. Cient. Ver: condiloma acuminado.
cone interpapilar: S. m. parte da camada basal que promove a interpenetração, de
forma sinuosa, da derme e da epiderme. Outras designações: crista epidérmica,
crista interpapilar. Símbolo de classificação: 2.1.1.5.5.
contratura de Dupuytren: S. f. Ver: fibromatose palmoplantar.
148 LÍDIA ALMEIDA BARROS
Esses ramos entrelaçam-se, por sua vez, com as fibras colágenas, que também estão
presentes nessas terminações nervosas. Outras designações: ø. Símbolo de classi
ficação: 2.1.3.2.4.
córtex: S. m. Ver: córtex do pelo.
córtex do pelo: S. m. parte da haste do pelo que se localiza ao redor da medula interna.
Compõe-se de células fusiformes queratinizadas, bem acondicionadas, dispostas de
maneira compacta e revestidas pelas cutículas pilosas. A função do córtex é formar
a maior parte do pelo. Outras designações: córtex, córtex intermediário, córtice (f.
paral.). Símbolo de classificação: 2.2.3.3.2.
córtex intermediário: S. m. Ver: córtex do pelo.
córtice: S. m. (f. paral.) Ver: córtex do pelo.
coruba: S. f. (Bras., pop.) Ver: escabiose.
couro: S. m. (pop., fam.) Ver: pele.
coxim das articulações dos dedos: S. m. Ver: coxim falangiano.
coxim dos nós: S. m. Ver: coxim falangiano.
coxim falangeano: S. m. Ver: coxim falangiano.
coxim falangiano: S. m. fibromatose de origem congênita, que apresenta pequenos
fibromas (coxins) espessos, achatados e de consistência firme, com superfície ligei
ramente ceratósica. Há discreto espessamento de epiderme com hiperqueratose e
acantose, derme hiperplásica com espessamento de fibras, circunscrito às articula
ções falangianas. Inicia-se como queratose, cresce e chega, geralmente, à enduração
dérmica. As lesões localizam-se principalmente na face dorsal dos dedos e raramente
acometem os joelhos e o dorso dos pés. Outras designações: coxim falangeano, coxim
das articulações dos dedos, coxim dos nós. Símbolo de classificação: 4.29.10.1.20.12.
craquelé: S. m. Ver: eczema asteatósico.
craurose vulvar: S. f. balanite que apresenta inflamação, que provoca prurido, atro
fia, enrugamento do epitélio, ressecamento da vulva e vagina e estenose do orifício
vulvar. Pode, muitas vezes, complicar e levar à neoplasia. Obs.: É também classifi
cada como uma dermatose atrófica e esclerótica. Outras designações: leucocraurose.
Símbolo de classificação: 4.12.2.; 4.33.25.6.
cravo: S. m. Ver: comedão.
criptococose: S. f. micose profunda causada pelo Criptococcus neoformans, que pene
tra no homem através de inalação. A afecção atinge ossos e vísceras, compromete o
sistema nervoso central e aparelho respiratório, provocando lesões muito graves. A
pele e as mucosas também podem ser atingidas. As lesões cutâneas se manifestam,
em geral, sob a forma de nódulos, pápulas, abscessos e ulcerações. Outras designa
ções: torulose, blastomicose europeia, moléstia de Busse-Buschke. Símbolo de clas
sificação: 4.24.3.7.
crista epidérmica: S. f. Ver: cone interpapilar.
crista interpapilar: S. f. Ver: cone interpapilar.
150 LÍDIA ALMEIDA BARROS
e extensão, as lesões podem coalescer. No tipo Kérion Celsi, a lesão apresenta-se como
placa elevada, geralmente única, bem delimitada, dolorosa, com pústulas e
microabscessos. Pode haver lesões cicatriciais do couro cabeludo com eventual alopecia
definitiva. As lesões localizam-se no couro cabeludo e nos cabelos. Outras designa
ções: tinea capitis, tricoficose da cabeça, tinea tonsurans, tinha da cabeça, tinha fávica,
favo, tinha favosa (obsol.), tinha vera, herpes tonsurante, porrigo furfurans, porrigo
favoso, porrigo lupinoso. Símbolo de classificação: 4.24.2.2.1.
dermatofitose dos pés: S. f. dermatofitose causada por várias espécies de fungos do
gênero Tricophyton, Epidermophyton floccossum e raramente por Microsporum. Três
formas são descritas: 1) a aguda, eczematoide, representada por vesículas, em geral
plantares e digitais, 2) a intertriginosa, de localização nas pregas interdigitais, carac
terizada por fissuras e maceração, com infecção bacteriana, e 3) a crônica, caracteri
zada por lesões eritematoescamosas, atingindo praticamente toda a região plantar.
No tipo clássico, as lesões são eritematoescamosas ou simplesmente descamantes, de
evolução crônica, porém passíveis de se tornar agudas. As lesões localizam-se, em
geral, nas regiões plantares e espaços interdigitais dos últimos três pododáctilos. As
dobras ungueais são menos afetadas. O dorso dos pés raramente é atingido e somen
te nos períodos de exacerbação. Outras designações: tinea pedis, dermatomicose
dos pés, epidermofitose dos pés, epidermofitose interdigital dos pés, intertrigo
interpododáctilo, tinea da pele glabra, tinha da pele glabra, tinha dos pés, pé-de
-Hong-Kong (pop.), pé de atleta (pop.), frieira (pop.). Símbolo de classificação:
4.24.2.2.4.
dermatofitose generalizada tipo Artom: S. f. Ver: dermatofitose.
dermatofitose generalizada tipo Azulay: S. f. Ver: dermatofitose.
dermatofitose generalizada tipo Pelevine-Tchermogouboff: S. f. Ver:
dermatofitose.
dermatofitose granulomatosa localizada tipo Majocchi: S.f. Ver: dermatofitose.
dermatofitose granulomatosa localizada tipo Wilson-Cremer: S. f. Ver:
dermatofitose.
dermatofitose imbricata: S. f. dermatofitose causada pelo fungo Tricophyton
concentricum. Caracteriza-se pelo desenvolvimento rápido de placas policísticas e
polimorfas e pela coalescência de anéis concêntricos. O eritema é leve e o prurido,
intenso. As lesões são escamosas e se imbricam, têm crescimento excêntrico, podendo
atingir grande extensão da superfície corporal. Em casos de erupção difusa, a pele
assume aspecto ictiosiforme. Ao tornarem-se anulares, as placas coalescem e assu
mem aspecto figurado e bizarro, em círculos concêntricos e arabescos. As bordas
das lesões são elevadas, apresentando escamas aderentes e halo eritematoso. As le
sões podem se localizar em qualquer parte do corpo. Os pelos e as unhas raramente
são afetados. Outras designações: tinea imbricata, tinea da Birmânia, tinea
circinada tropical, tinea tropical, tinha chinesa, tinha da Índia, tinha de Toquelau,
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 161
tinha oriental, tinha da ilha de Bowditch, tinha escamosa, prurido de Malabar (pop.),
lota de Toquelau, herpes descamativo, chimberê. Símbolo de classificação:
4.24.2.2.6.
dermatofitose inflamatória tipo folliculitis capitis abscedens et suffodiens: S. f.
Ver: dermatofitose.
dermatofitose inflamatória tipo quérion (Kérion Celsi): S. f. Ver: dermatofitose.
dermatofitose inflamatória tipo sicose tricofítica: S. f. Ver: dermatofitose.
dermatofitose marginada: S. f. dermatofitose causada pelo fungo do gênero
Epidermophytonfloccossum e por várias espécies de Tricophyton, principalmente pelo
T. rubrum. Como fatores predisponentes citam-se sudorese, irritação causada pela
roupa, diabetes, neurodermatite, leucorreia e obesidade. Apresenta lesões eritemato
escamosas, que avançam sobre a coxa, com nitidez de borda, podendo invadir o
períneo e propagar-se para as nádegas, região pubiana e até mesmo baixo-ventre. A
lesão é pruriginosa. As numerosas vesículas, de cor violácea pardacenta, nos esta
dos quiescentes adquirem tonalidade rósea ou vermelho vivo. Em casos atípicos, sem
o aspecto marginado característico, podem apresentar vesicopústulas isoladas.
Outras designações: tinea cruris, tinea inguinal, tinha da pele glabra, tricoficose
crural, eczema marginado de hebra, tinha crural, coceira de jóquei (pop.), prurido
de jóquei (pop.), prurido de lavandeiro nativo (pop.). Símbolo de classificação:
4.24.2.2.3.
dermatofitose ungueal: S. f. dermatofitose causada pelo fungo Epidermophyton
floccossum, por várias espécies de Tricophyton e por Candida albicans. Caracteriza-se
por lesões destrutivas das unhas, de cor branco-amarelada, podendo começar
distalmente ou nas bordas laterais. Em alguns casos, a unha é separada do seu leito
pela extremidade distal, tornando-se adelgaçada, desgarrando-se e deformando-se.
Existe, quase sempre, infecção prévia dos dedos das mãos e dos pés. As unhas afeta
das perdem o brilho e a cor, aumentam de espessura, tornam-se quebradiças, poden
do aparecer sulcos e depressões. Estão presentes os quadros de oníquia e paroníquia,
denominados onicomicoses. Obs.: É também classificada como uma onicopatia.
Outras designações: tinea unguium, tinha das unhas, onicomicose. Símbolo de
classificação: 4.24.2.2.7.; 4.34.38.
dermatofobia: S. f. dermatose psicogênica em que o paciente imagina ser portador de
doença cutânea. Outras designações: fobia a moléstia da pele. Símbolo de classi
ficação: 4.41.3.
dermatólise: S. f. Ver: cútis laxa.
dermatologia: S. f. ramo da medicina que estuda a pele humana, sua estrutura, com
posição química, fisiologia, os fâneros (cabelos e unhas), mucosas, as lesões cutâneas
e as dermatoses. Outras designações: Dermologia. Símbolo de classificação: 1.
dermatologista: S. m./f. médico(a) especialista em Dermatologia. Outras designa
ções: ø. Símbolo de classificação: 1.2.
162 LÍDIA ALMEIDA BARROS
de bactérides. As afecções provocadas por fungos, por sua vez, conduzem, com
frequência, ao aparecimento de dermatites eczematosas. Suas lesões localizam-se nas
regiões palmoplantares e grandes dobras, podendo também surgir lesões distantes
(chamadas de ides), como acontece em algumas formas de desidrose. Outras desig
nações: dermatite eczematoide infecciosa. Símbolo de classificação: 4.8.2.6.
eczema numular: S. m. eczema de causa ainda não bem determinada. Acredita-se
que sua ocorrência possa ser predisposta pelo terreno atópico ou provocada por hi
persensibilidade a estafilococo. A pele seca (xerodermina) pode também provocar o
seu surgimento, assim como o estresse emocional. A presença maciça de estafilococos
pode agravar sua evolução. Caracteriza-se por uma ou diversas placas vesiculosas,
circulares, ovais ou em forma de moeda (numulares), eritematosa e pruriginosa, com
bordas bem demarcadas. Na fase aguda apresenta exsudato crostoso, evoluindo para
estágio menos vesiculoso e mais descamativo, com clareamento da área central da
lesão e extensão periférica, transformando-se em lesões anulares. Após semanas ou
meses, podem surgir lesões contralaterais e até ocorrer disseminação. Tende a ser
crônico. As lesões localizam-se com maior frequência nas mãos e antebraços, tronco
e membros inferiores. Outras designações: dermatite numular. Símbolo de clas
sificação: 4.8.2.8.
eczema por irritação primária: S. m. Ver: dermatite de contato por irritante primário.
eczema vaccinatum: N. Cient. Ver: eczema vacinato.
eczema vacinato: S. m. vacina causada pelo vírus do herpes simples (Eczema herpeticum)
ou da vacínia (Eczema vacinatum). Sobrevém geralmente após um eczema atópico
preexistente e caracteriza-se por um agrupamento de vesículas que, posteriormente,
tornam-se pústulas com umbilicação central, semiesféricas. É de cor escura, tornan
do-se amarelo-acastanhado em crostas formadas após abrirem ou dessecarem. Após
a eliminação destas, resulta área eritematosa com fácil tendência ao sangramento. É
acompanhado por febre dalta, toxemia, mal-estar, adenopatia, hipertrofia dos
linfonodos e edema acentuado, capaz de produzir deformação monstruosa na face.
As lesões que surgem repentina e simultaneamente são numerosas, variando com a
quantidade de anticorpos que o indivíduo possuía contra o vírus da vacina ou do
herpes simples. Pode surgir infecção bacteriana durante a evolução. As lesões loca
lizam-se na face, no pescoço, nas extremidades e no tronco, dificilmente fora de
dermatites preexistentes. Outras designações: erupção variceliforme, erupção de
Kaposi, eczema vaccinatum, eczema de vacínia, eczema herpeticum, pustulose agu
da vacciniforme, erupção pós-vacínia. Símbolo de classificação: 4.15.1.1.
eczema varicoso: S. m. Ver: eczema de estase.
eczemátide: S. f. dermatose que se caracteriza pelo surgimento de áreas arredondadas
ou ovais, eritematosas ou cor da pele, com leve descamação. Pode desaparecer es-
pontaneamente e, em seu lugar, deixa zonas hipocrômicas, que ficam mais evidentes
quando expostas ao sol. Localiza-se preferencialmente na face, parte lateral dos bra
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 183
ços e troncos, às vezes mais pronunciada nos óstios foliculares. Outras designa
ções: pitiriase alba. Símbolo de classificação: 4.8.3.
eczemátide do tipo pitiríase rósea: S. f. Ver: eczemátide do tipo pitiríase rósea de
Gibert.
eczemátide do tipo pitiríase rósea de Gibert: S. f. eczemátide com lesões de base
eritematosa, de forma elíptica ou oval e recobertas de escamas finas, pequenas, ade
rentes, laminares ou furfuráceas, geralmente localizadas na periferia. A coloração
das lesões recentes é homogênea; por outro lado as lesões mais antigas apresentam
-se mais escuras na parte central e mais coloridas na periferia. Geralmente não há
prurido, e quando este ocorre é ameno. Atinge, preferencialmente, o dorso, o abdô
men e o tórax. É raro o acometimento da face e dos membros. Outras designações:
eczemátide do tipo pitiríase rósea. Símbolo de classificação: 4.8.3.4.
eczemátide eritrodérmica: S. f. eczemátide generalizada, na qual toda a extensão da
pele é descamativa, edemaciada, apresentando alguns focos exsudativos. Outras
designações: ø. Símbolo de classificação: 4.8.3.6.
eczemátide figurada esteatoide: S. f. eczemátide caracterizada por apresentar um
número variável de lesões róseas ou avermelhadas, de coloração mais intensa na pe-
riferia e de contornos bem definidos, anulares, marginados, policíclicos ou circula
res. Apresenta escamas gordurosas, acinzentadas ou amareladas, cuja remoção reve
la pequenos focos exsudantes. Nas bordas observam-se escamocrostas. As lesões
estendem-se desde o couro cabeludo até a região frontal, formando a chamada “co
roa seborreica”. Podem ter localização pré-esternal (pitiríase esteatoide pré-esternal)
e interescapular, onde as alterações cutâneas formam o quadro dermatite figurada
mediotorácica. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.8.3.1.
eczemátide peripilar: S. f. eczemátide que apresenta pápulas pequenas, de coloração
violácea ou vermelha, achatadas ou acuminadas, presentes ao redor da abertura do
folículo pilosebáceo. Em geral essas pápulas não são pruriginosas, podendo nem ser
notadas pelo paciente quando dispostas em local pouco acessível. Há grande chance
de se agruparem para formar placas de número e extensão variáveis. As lesões se
localizam frequentemente no dorso, no tórax e na região pré-esternal. Outras de
signações: ø. Símbolo de classificação: 4.8.3.5.
eczemátide peripilar esteatoide: S. f. eczemátide peripilar com pápulas recobertas
de pequenas crostas gordurosas. Algumas vezes não contêm crostícula oleosa, apre
sentando-se, portanto, secas e com escamas finas furfuráceas. Como ocorre na
eczemátide figurada, essas pápulas assumem aspecto figurado pela reunião em pla
cas bem delimitadas, de contornos nítidos, policíclicos. Outras designações: ø.
Símbolo de classificação: 4.8.3.5.1.
eczemátide pitiriasiforme: S. f. eczemátide que apresenta descamação discreta em
pele um pouco rósea ou hipocrômica (“pitiríase alba”, “pitiriase do corpo”, “dartro
volante”, “pitiríase simples da face”) ou mesmo lesões que tornam difícil a diferen
184 LÍDIA ALMEIDA BARROS
tempo aparecem cistos tipo milium e cicatrizes. Devido às lesões de mucosa oral,
ocorre o aparecimento de cicatrizes sinequiantes, que dificultam a ingestão de ali
mentos. As lesões esofagianas têm grandes chances de formar estinoses graves.
Além delas, unhas distróficas, má-formação dos dentes, problemas psíquicos, en-
velhecimento da pele, pele seca (especialmente a face), formação epitelioma
epinocelular, deformidade dos pés e das mãos, a ponto de inutilizá-las, e a fusão ge-
ral dos dígitos por sinéquias cicatriciais são características da doença. Apesar de as
bolhas serem generalizadas, podem ocorrer em outros lugares como axilas e áreas
perineal, cervical e inguinal. Outras designações: polidisplasia tipo Hallopeau
Siemens, epidermólise bolhosa distrófica displásica. Símbolo de classifica
ção: 4.30.2.2.1.2.3.
epidermólise bolhosa distrófica tipo albopapuloide de Pasini: S. f. epidermólise
bolhosa distrófica de origem autossômica dominante. Na adolescência as lesões são
atróficas sem lesões bolhosas prévias, e, por ser uma variante de epidermólise bolhosa
distrófica dominante, tem semelhança histopatológica, clínica e genética com a mes
ma, diferenciando-se pela presença de formações albopapuloides que não têm rela
ção com as bolhas. Pequenos cistos epidérmicos são frequentes. As lesões são nume
rosas e se caracterizam pela forma de placas elevadas, de coloração branca,
perifoliculares. Localiza-se nas extremidades, cotovelos, mãos, pés, joelhos e tronco.
Outras designações: epidermólise bolhosa distrófica dominante variante de albo
papuloide de Pasini. Símbolo de classificação: 4.30.2.2.1.2.2.
epidermólise bolhosa distrófica tipo Cockayne-Touraine: S.f. epidermólise bolhosa
distrófica de origem autossômica dominante, podendo ter início na infância ou, às
vezes, aparecer tardiamente. Caracteriza-se pela formação de bolhas subepidérmicas
provenientes do aumento exagerado da colagenose. As bolhas são tensas, serosas ou
hemorrágicas. Quando não ocorrem bolhas, formam-se, com o passar do tempo, placas
eritematosas e aparecem cicatrizes eventualmente epirotróficas, queloidiformes,
hiperpigmetação, hipopigmentação e cistos tipo milium. Apesar de poderem surgir
lesões orais, a mucosa esofágica é sempre poupada. As unhas podem continuar nor
mais, tornarem-se espessas ou ausentes. Pode vir acompanhada de ceratoses palmo
plantares, ceratose pilar e hiperidrose, uma vez que as mucosas oral, anal e das unhas
são comprometidas. Outras designações: epidermólise bolhosa distrófica tipo
Cockayne-Touraine hiperplásica dominante, epidermólise bolhosa distrófica domi
nante hiperplásica. Símbolo de classificação: 4.30.2.2.1.2.1.
epidermólise bolhosa hereditária forma simples: S. f. Ver: ictiose bolhosa.
epidermólise bolhosa juncial: S. f. epidermólise bolhosa simples de origem autossô
mica dominante ou recessiva, que se inicia no nascimento. Histologicamente revela
-se uma clivagem no espaço entre a membrana basal e a membrana citoplasmática
basal, e a membrana PAS-positiva forma a base da bolha. A doença pode ter desde
formas letais (como a variante de Herlitz) até as formas benignas (como a forma geral
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 189
do com a forma das células mais superficiais e segundo o número de camadas que
apresenta. Outras designações: tecido epitelial. Símbolo de classificação: 2.5.
epitelioma: S. m. neoplasia maligna da epiderme derivada de células basais, escamosas
e anexiais. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.29.6.1.
epitelioma adenoide cístico: S. m. Ver: tricoepitelioma.
epitelioma basocelular: S. m. neoplasia maligna da epiderme que pode ser causada
por ingestão de arsênico ou exposição por longo tempo à luz solar. Sua malignidade
é regional, destruindo partes moles e ósseas. Possui uma evolução lenta, ulcerando,
cicatrizando e ulcerando novamente. Pode ser: a) adenoide: variante rara, que se
caracteriza por grupos celulares basaloides que se apresentam organizados em forma
de rede e por formação de estruturas tubulares similglandulares, b) queratósico: em
sua forma histológica, caracteriza-se por agrupamento focal de células eosinófilas de
grandes proporções, apresentando pérolas córneas centrais. Aparecem, em geral,
somente de modo focal em alguns epiteliomas, sobretudo nos sólidos; c) cístico: em
sua forma histológica, apresenta estruturas císticas estendidas com grupos celulares
basaloides. Em sua forma clínica, constitui variante cística do epitelioma basocelular
sólido; e d) sólido: em sua forma histológica, caracteriza-se pelo crescimento de nó
dulos. Em sua forma clínica, caracteriza-se por formação cística. Há diversos tipos
de epitelioma basocelular, sendo os principais: nodular, nódulo-ulcerativo,
pigmentado, superficial, esclerosante, vegetante, plano-cicactricial e terebrante. As
lesões localizam-se na parte superior da cabeça, nos 2/3 superiores acima da linha
que uniria os lóbulos das orelhas. Não ocorrem na planta dos pés, palma das mãos e
mucosas. Raramente surgem no tronco e nos membros. Outras designações: car-
cinoma basocelular, basalioma. Símbolo de classificação: 4.29.6.1.1.
epitelioma basocelular adenoide: S. m. Ver: epitelioma basocelular.
epitelioma basocelular cístico: S. m. Ver: epitelioma basocelular.
epitelioma basocelular esclerosante: S. m. epitelioma basocelular caracterizado pela
presença de placas duras, lisas, de cor branco-amarelada, de limites mal definidos,
por vezes acompanhadas de telangiectasias. Sua evolução é lenta, há crescimento
intradérmico, em direção aos lados e em profundidade. Não há, normalmente, ten
dência à ulceração, raramente à pigmentação, mas tende à fibrose. As placas
escleroatróficas lembram a esclerodermia. Outras designações: carcinoma
basocelular esclerodermiforme. Símbolo de classificação: 4.29.6.1.1.5.
epitelioma basocelular nodular: S. m. epitelioma basocelular que apresenta nódu
los tumorais translúcidos, de cor amarelo-avermelhada, acompanhados de telangiec
tasias, de superfície lisa e consistência dura. Podem localizar-se em diversas regiões
da pele humana, embora muito frequentemente se manifestem no rosto. Outras
designações: ø. Símbolo de classificação: 4.29.6.1.1.7.
epitelioma basocelular nódulo-ulcerativo: S. m. epitelioma basocelular que apre
senta nodosidade tumoral ulcerada, que se estende em direção lateral ou em profun
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 191
ser sintoma de uma doença infecciosa eruptiva ou de uma doença da pele. Surgem
máculas de coloração avermelhada ou rósea, quando resultantes de dilatação vascu
lar ativa ou arterial, e de coloração arroxeada, quando resultantes de passiva ou ve-
nosa. As lesões apresentam limites imprecisos, sendo, em alguns casos, simples (quando
só ocorre alteração na cor da pele) ou deformadas (quando acompanham outras le
sões). Apresentam diferentes tamanhos e formas, variando desde as punctiformes,
lenticulares e numulares até as em placa, lençol ou “en nappe” (mais extensa ou re-
gional). A pressão de lâmina de vidro (vitropressão) ou a pressão dos dedos (digito
pressão) fazem com que elas desapareçam momentaneamente. Pode manifestar-se
de forma difusa ou em certas regiões do corpo. Outras designações: dermatite
eritematosa. Símbolo de classificação: 3.1.1.1.1, 4.6.
eritema a agentes físicos e químicos: S. m. eritema decorrente de calor, irradiações
solares, uso de fármacos ou contato com substâncias químicas. Sua morfologia e lo
calização variam conforme a maneira de exposição. Outras designações: ø. Símbo
lo de classificação: 4.6.6.
eritema anular centrífugo: S. m. eritema figurado que apresenta manchas urticadas
de rápida progressão periférica (muitos milímetros por dia), que se transformam em
anéis salientes e firmes ao toque. Esses anéis tendem a certa pigmentação, formando
arcos e festões em área com discreta pigmentação. Junto com as manchas, podem
surgir lesões papulosas e placas anulares ou policíclicas. As bordas do eritema são
duras, apresentam pigmentação mais intensa que o centro, limites nítidos e tendem
a coalescer para regiões vizinhas. A quantidade e o tamanho das lesões característi
cas variam, podendo se manifestar isoladamente ou ser convergentes, com tendência
à propagação centrífuga. Constitui afecção de evolução crônica, em geral ocorrendo
concomitante a outras doenças, inclusive neoplasias. Acomete preferencialmente
tronco e membros inferiores. Outras designações: eritema papulocircinado migrante
crônico. Símbolo de classificação: 4.6.1.1.
eritema arciforme dérmico: S. m. Ver: granuloma anular de forma típica.
eritema condusiforme: S. m. Ver: eritema nodoso.
eritema crônico migrante: S. m. Ver: eritema crônico migratório.
eritema crônico migratório: S. m. eritema figurado de causa desconhecida, poden
do, no entanto, surgir após picada de ixidídios (carrapatos) ou outros vetores. Nestes
casos, o agente causal é Borrelia burgdorferi (espiroqueta). Artes do aparecimento
das lesões, a pele apresenta pigmentação, manifestada por meio de máculas no local
da picada. A lesão característica cresce perifericamente de modo rápido. Formam-se
placas eritematosas, em geral únicas e anulares, que apresentam bordas elevadas,
pouco infiltradas, não escamosas, contornos pouco irregulares e os limites
razoalvelmente nítidos. Essas lesões tendem, aos poucos, a esmaecer das regiões
periféricas para o centro, este apresentando tonalidade rosada e aspecto quase nor
mal. Observa-se a ocorrência de prurido. Os sintomas são fadiga, febre, distúrbios
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 195
das unhas, em maior número nos antebraços, braços e região superior do dorso. Outras
designações: ø. Símbolo de classificação: 4.41.2.
escrófulo tuberculoso: S. m. Ver: tuberculose coliquativa.
escrofuloderma: S. m. Ver: tuberculose coliquativa.
escrofulodermia: S. f. Ver: tuberculose coliquativa.
escrofulodermia papular: S. f. Ver: tubercúlide liquenoide.
escrofulodermia tuberculosa: S. f. Ver: tuberculose coliquativa.
escrofulodermia ulcerativa: S. f. Ver: tuberculose coliquativa.
escrofulodermia verrucosa: S. f. Ver: tuberculose verrucosa.
esfacelo: S. m. Ver: escara.
esipra: S. f. (Bras., N, pop.) Ver: erisipela.
espessamento epidérmico: S. m. fotodermatose tóxica primária precoce decorrente
da exposição repetida à radiação solar. É uma forma de proteção da pele caracteriza
da por aumento de sua consistência e espessura. Observam-se edema inter e intrace
lular nos dois primeiros dias e hiperplasia de todas as camadas epidérmicas, com
exceção da basal a partir do terceiro dia. Verifica-se ainda o aumento do número de
mitoses. A pele se torna mais espessa a cada nova exposição ao sol e após alguns
meses volta ao normal. Ocorre principalmente nos morenos e nas regiões palmar e
plantar. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.32.1.1.2.
espessura: S. f. Ver: alteração na espessura.
espinalioma: S. m. neoplasia maligna da epiderme derivada da exposição a substân
cias químicas (coaltar, arsênico, petróleo e derivados) e radioativas (UVA, UVB, raios
X), fumo e próteses dentárias. Histologicamente, apresenta anaplasia e tendência à
ceratinização com invasão irregular da derme, conferindo-lhe aspecto de uma hiper
plasia. Pode ser classificado em 4 graus conforme sua diferenciação; quanto maior a
desdiferenciação, maior é a malignidade. Pode surgir em pele sadia ou em lesões
preexistentes, como xeroderma pigmentar e albinismo (genodermatoses), úlcera de
Marjolin (úlceras e cicatrizes), lúpus tuberculoso e lúpus eritematoso (doenças cutâ
neas crônicas), úlceras crônicas, radiodermites, ceratose tóxica e ceratose actínica.
Clinicamente caracteriza-se por nódulo de caráter ceratósico, podendo chegar à
metastatização, após meses e até anos a partir do início da neoplasia. O fundo do
nódulo apresenta aspecto irregular com vegetações medindo poucos milímetros de
diâmetro. Sua evolução é rápida, podendo direcionar-se para fora e adquirindo, nes
te caso, aspecto vegetante, ou pode invadir a hipoderme e a derme, quando cresce
para dentro. Pode ainda resultar em área de infiltração pouco visível. Quando ulce
ra, provoca sangramento formando cobertura crostosa. Localiza-se normalmente na
face e dorso das mãos (áreas expostas ao sol), orelhas, mucosas e semimucosas (boca,
lábio inferior, glande e vulva), em cicatrizes de queimaduras e tronco. Outras de
signações: carcinoma espinocelular, epitelioma espinocelular. Símbolo de classi
ficação: 4.29.6.1.2.
210 LÍDIA ALMEIDA BARROS
rançoso. É de condição rara, caráter benigno e muitas vezes vem associado à acne ou
à seborreia. Localiza-se, em geral, nas axilas, membros superiores e tronco. Outras
designações: esteatoma múltiplo, sebocistomatose múltipla hereditária. Símbolo
de classificação: 4.29.9.4.
esteatocistoma simples: S. m. Ver: esteatocistoma múltiplo.
esteatoma: S. m. Ver: lipoma, lúpia.
esteatoma múltiplo: S. m. Ver: esteatocistoma múltiplo.
esteatorreia: S. f. Ver: seborreia.
estesia: S.f. Ver: percepção.
estiômeno: S. m. Ver: linfogranuloma venéreo.
estomatite cremosa: S. f. candidíase oral causada pela levedura do gênero Candida.
Caracteriza-se pela presença de placas circulares ou ovais esbranquiçadas, cremosas,
bem delimitadas e com halo vermelho vivo. As lesões podem ser únicas ou múlti
plas. A língua pode ser acometida por placas, constituindo a glossite candidiásica,
aguda ou crônica. Na forma crônica, há atrofia da papila e lesões de coloração acin
zentada, com superfície rugosa e fissurada. Localiza-se nas bordas ou parte inferior
da língua, além da mucosa das bochechas, palato, laringe e faringe. Outras desig
nações: sapinho (pop.), farfalho. Símbolo de classificação: 4.24.2.3.2.1.1.
estomatite galvânica: S. f. afecção das mucosas causada por instalação de corrente
galvânica, decorrente de metais presentes em próteses dentárias, em que os metais
agem como eletrodos e a saliva como eletrólito, provocando lesões de aspectos varia
dos com sensação de queimadura. Outras designações: ø. Símbolo de classifica
ção: 4.33.22.
estomatite nicotínica: S. f. afecção das mucosas assintomática, causada pelo alcatrão
e pela fumaça produzida pelo tabaco. Apresenta pápulas umbilicadas esbranquiçadas,
distintas no palato. Ósteos dos ductos aparecem como pontos vermelhos cerados pelas
pápulas, que apresentam limite nítido. Outras designações: estomatite tabágica,
ceratose do fumante, placas do fumante. Símbolo de classificação: 4.33.21.
estomatite tabágica: S. f. Ver: estomatite nicotínica.
estrato basal: S. m. Ver: camada basal.
estrato córneo: S. m. Ver: camada córnea.
estrato espinhoso: S. m. Ver: camada espinhosa.
estrato germinativo: S. m. Ver: camada basal.
estrato granuloso: S. m. Ver: camada granulosa.
estrato lúcido: S. m. Ver: camada lúcida.
estria atrófica: S. f. atrofia linear isolada ou numerosa, que se dispõe paralelamente
às linhas de clivagem da pele. Apresenta faixas de enrugamento e atrofia da pele. No
início as lesões apresentam-se avermelhadas, passando a incolores ou esbranquiçadas.
Está presente principalmente durante a adolescência, gravidez, infecções e síndrome
de Aushing. As estrias podem envolver várias regiões, inclusive a face, onde são mais
214 LÍDIA ALMEIDA BARROS
que limita o movimento dos pés e mãos. Pode haver involução espontânea. As lesões
localizam-se geralmente nos membros superiores e inferiores e, ocasionalmente, no
tronco. Outras designações: fasciite eosinófila, síndrome de Shulman. Símbolo
de classificação: 4.29.10.1.20.10.4.
fasciite necrotizante: S. f. fasceíte nodular que tem como agentes causadores um ou
mais microrganismos anaeróbicos. Pode também decorrer de trauma cirúrgico, úl
ceras de decúbito, abscessos perirretais ou perfuração intestinal. Frequentemente ocorre
em pós-operatório, devido a traumatismos mínimos ou a abscessos ou úlceras cutâ
neas malcuidadas. Pode vir acompanhado de febre alta, toxemia e de área edematosa,
eritematosa e dolorosa. A evolução é geralmente fulminante e pode envolver todos os
componentes do tecido mole, inclusive a pele. Atinge inicialmente a fáscia superfi
cial, produzindo uma ampla escavação dos tecidos circundantes. Instala-se celulite,
que evolui a necrose. Localiza-se principalmente na face, extremidades, períneo, parede
abdominal e áreas de feridas cirúrgicas. Outras designações: ø. Símbolo de clas
sificação: 4.29.10.1.20.10.3.
fasciite nodular: S. f. Ver: fasceíte nodular.
fasciite paraóstea: S. f. fasceíte nodular rara, com origem no periósteo. Pode estar
associada a formação óssea cortical reativa. Outras designações: ø. Símbolo de
classificação: 4.29.10.1.20.10.1.
fasciite proliferativa: S. f. fasceíte nodular de caráter benigno, caracterizada pelo
surgimento de nódulo subcutâneo de crescimento rápido. Apresenta proliferação de
fibroblastos e células gigantes basófilas, que se assemelham um pouco às células
ganglionares. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.29.10.1.20.10.2.
fasciite pseudossarcomatosa: S. f. Ver: fasceíte nodular.
favo: S. m. Ver: dermatofitose do couro cabeludo.
febre caquética: S. f. (pop.) Ver: leishmaniose visceral.
febre da mordida do rato: S. f. (pop.) Ver: sodoku.
febre de Assam: S. f. (pop.) Ver: leishmaniose visceral.
febre de Haverhill: S. f. Ver: sodoku.
febre de Oroya: S. f. (pop.) Ver: verruga-peruana.
febre de São Joaquim: S. f. Ver: coccidioidomicose.
febre Dundum: S. f. (pop.) Ver: leishmaniose visceral.
febre negra: S. f. (pop.) Ver: leishmaniose visceral.
febre nodal: S. f. Ver: eritema nodoso.
febre reumática: S. f. Ver: nódulo reumatoide.
fenilcetonúria: S. f. aminoacidúria hereditária autossômica recessiva, causada por
deficiência de enzima fenilalanina hidroxilase. Caracteriza-se pelo acúmulo de
fenilalanina no sangue e de ácidos fenilpirúvico e fenilacetáceo na urina. Atinge a
pele e o sistema nervoso. Na pele, ocorrem erupções eczematosas, semelhantes ao
eczema tópico, e ocasionais lesões esclerodemiformes concentradas nas porções cen
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 217
e inflamação nos vasos linfáticos, que, nos casos crônicos, pode resultar em
elefantíase. Esta caracteriza-se pelo aparecimento de edema doloroso, localizado
principalmente nos membros inferiores, escroto e membros superiores e, com me
nor frequência, nas mamas e na face, acompanhado de surtos febris e fraqueza. Com
o passar do tempo, os surtos tornam-se cada vez mais frequentes e intensos. A
tumefação aumenta, podendo atingir dimensões enormes, e a pele torna-se espessa,
hiperpigmentada e com grande acentuação dos sulcos e dobras. Em alguns casos
pode ocorrer ainda eczematização e impetiginização da superfície cutânea. Outras
designações: filariose, elefantíase filariana, elefantíase dos árabes. Símbolo de clas
sificação: 4.16.13.4.
filariose: S. f. Ver: filaríase.
filariose bancroftiana: S. f. Ver: filariose linfática.
filariose linfática: S. f. linfedema secundário causado pelo agente Wuchereria bancrofti
ou pela Brugia malayé. A transmissão da doença é possível pelo depósito de microfilárias
no sangue periférico pelas filárias adultas encontradas nos vasos linfáticos. Insetos
hematófagos, culicídeos, sobretudo o Culexfatigans, ingerem essas microfilárias e as
inoculam em pessoas sadias. Podem ocorrer, progressivamente, fenômenos de lin
fangite, adenopatias, linfoestase, elefantíase, linfoectasias com linfo e quilonagias.
Há obstrução mecânica e ação irritativa dos vermes, causadas por produtos tóxicos
ou pela desintegração dos vermes após sua morte. Lesões eritematoedematosas, urticas
e prurido se desenvolvem, provocando reação de sensibilidade. Outras designa
ções: filariose bancroftiana. Símbolo de classificação: 4.14.6.9.2.1.
fissura: S. f. perda tecidual caracterizada por erosão linear estreita e pouco profunda.
Localiza-se na epiderme e derme dos contornos de orifícios naturais e em áreas de
pregas ou dobras da pele. Outras designações: ragádia, rágada, rágade. Símbolo
de classificação: 3.4.9.
fístula: S. f. perda tecidual de origem congênita ou adquirida, que apresenta lesão em
forma de canal que liga duas vísceras ou uma víscera à pele, por onde é eliminada
secreção fisiológica ou patológica. Outras designações: ø. Símbolo de classifica
ção: 3.4.11.
fitiríase: S. f. Ver: pediculose pubiana.
fitofotodermatite: S. f. hipercromia adquirida pelo contato da pele com algumas
substâncias vegetais seguido de exposição ao sol. As manifestações cutâneas podem
surgir sob a forma de lesões eritematobolhosas ou eritematoescamosas, tornando-se
manchas acastanhadas, ulcerações e mutilações nas texturas cutâneas. As regiões mais
acometidas são as mãos e o colo. Outras designações: berloque dermatite, fitofoto
dermatose. Símbolo de classificação: 4.5.3.20.
fitofotodermatose: S. f. Ver: fitofotodermatite.
flebite de Mondor: S. f. vasculite primária predominantemente trombosante de cau-
sa desconhecida, que se caracteriza por acometer a veia toracoepigástrica da parede
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 223
toráxica. A lesão, na maioria das vezes, é única, unilateral, sob a forma de infiltração
linear. Involui espontaneamente. Outras designações: doença de Mondor. Sím
bolo de classificação: 4.14.2.2.3.
flegmão: S. m. Ver: fleimão.
fleimão: S. m. piodermite causada por estreptococos e, eventualmente, por estafilococos,
que produzem hialicronidases e fibrinolisinas. Caracteriza-se por inflamação
supurativa aguda do tecido conjuntivo subcutâneo, que se manifesta pelo apareci
mento de eritema, edema e calor, acompanhados de fenômenos gerais (febre, cala
frios, vômitos etc.) e infiltração. Tende a difundir-se, propagando-se para os tecidos.
Outras designações: flegmão, freimão. Símbolo de classificação: 4.21.1.13.
flictena: S. f. Ver: bolha.
fobia a moléstia da pele: S. f. Ver: dermatofobia.
fogo selvagem: S. m. (pop.) Ver: pênfigo foliáceo, pênfigo foliáceo brasileiro.
por inflamação
foliculite: superficial
S. f. piodermite ou profunda
causada pela bactéria
de umStaphylococcus
folículo ou um grupo
aureus. Caracteriza-se
de folículos
ou definitiva, deixando sequelas atróficas, que são circundadas por pústulas recen
tes. Evolui de forma crônica, desenvolvendo-se centrifugamente. Localiza-se no couro
cabeludo, na barba (sicose lupoide de Brocq) e nos membros inferiores. Obs.: É
também classificada como uma alopecia. Outras designações: alopecia folicular,
foliculite descalvante, doença de Quinquaud. Símbolo de classificação: 4.21.1.4.7.;
4.35.2.20.
foliculite descalvante: S. f. Ver: foliculite decalvante.
foliculite dissecante do couro cabeludo: S. f. Ver: foliculite abscedante.
foliculite esclerosante: S. f. Ver: foliculite queloidiforme.
foliculite esclerosante e queloidiana da nuca: S. f. Ver: foliculite queloidiforme.
foliculite necrosante: S. f. Ver: foliculite necrótica.
foliculite necrótica: S. f. foliculite que apresenta lesões foliculares superficiais, de
alguns milímetros de tamanho, situadas na abertura do folículo, de cor amarelo-parda
e centro deprimido, recoberto por crosta escura ou quase preta que, depois de algum
tempo, passa a abranger toda a lesão. A erupção é acompanhada por fibrose e evolui
por surtos, deixando cicatrizes varioliformes. Localiza-se em áreas seborreicas, prin
cipalmente na testa, no nariz, nas têmporas e no contorno do couro cabeludo. Outras
designações: acne necrótica (sin. impr.), acne varioliforme, acne corrosiva, foliculite
necrosante, foliculite necrotizante. Símbolo de classificação: 4.21.1.4.9.
foliculite necrotizante: S. f. Ver: foliculite necrótica.
foliculite ostial: S. f. foliculite caracterizada pelo aparecimento de pequenas pústulas
foliculares, centradas por pelo e circundadas por pequeno halo eritematoso, não in
terferindo no crescimento do pelo ou cabelo. O pus é espesso e amarelado e, após a
ruptura e dessecação da pústula, concreta-se, formando uma crosta de cor amarela
ou amarelo-esverdeada. As lesões são superficiais e têm número variável, sendo, em
geral, numerosas. Apresentam-se espalhadas com certa uniformidade na região afe
tada e podem ser muito pruriginosas no início. Quando o processo ganha profundi
dade, pode tornar-se crônico. Pode localizar-se em qualquer parte do tegumento,
restringindo-se, em geral, a uma única região. Aparece geralmente no couro cabelu
do, podendo ocasionar reação ganglionar regional, na face anterolateral das coxas e
nádegas. Outras designações: impetigo de Bockhardt, osteofoliculite, foliculite
superficial, perifoliculite. Símbolo de classificação: 4.21.1.4.1.
foliculite perfurante: S. f. foliculite provocada por infecção de um folículo piloso do
nariz, que acaba perfurando a pele, ocasionando lesão cutânea inflamatória. Outras
designações: foliculite perfurante do nariz. Símbolo de classificação: 4.21.1.4.10.
foliculite perfurante do nariz: S. f. Ver: foliculite perfurante.
foliculite pustulosa eosinofílica: S. f. dermatose pustulosa amicrobiana rara, que
apresenta pústulas e pápulas perifoliculares ou foliculares em disposição policíclica
ou anular, apresentando um prurido não intenso. Na epiderme ocorrem abscessos de
eosinófilos e aparecimento de células eosinofílicas na epiderme. Acomete membros
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 225
Caracteriza-se pelo bronzeamento da pele, que pode ser imediato ou tardio, de acor
do com o tipo de pele e o tempo de exposição. Outras designações: pigmentação
solar, bronzeamento. Símbolo de classificação: 4.32.1.1.1.
fotodermatose tóxica primária precoce pigmentar imediata: S. f. Fotodermatose
tóxica primária precoce pigmentar provocada pela foto-oxidação da melanina decor
rente da ação dos raios UVA. Com poucos minutos de exposição ao sol pode-se notar
alguns sintomas, que desaparecem em algumas horas após a exposição, mas que são
reconhecidos por até 24 horas. Outras designações: bronzeamento pigmentar ime
diato, fenômeno de Meirowsky, pigmentação imediata. Símbolo de classifica
ção: 4.32.1.1.1.1.
fotodermatose tóxica primária precoce pigmentar tardia: S. f. Fotodermatose
tóxica primária precoce pigmentar provocada pelo aumento da produção de melanina
devido, sobretudo, à ação dos raios UVB. Caracteriza-se por um bronzeamento da
pele que se manifesta a partir do segundo ou terceiro dia de exposição solar e pode
demorar dias, meses ou até anos para desaparecer, dependendo das características da
pele. Outras designações: bronzeamento tardio, pigmentação tardia. Símbolo de
classificação: 4.32.1.1.1.2.
fotodermatose tóxica primária tardia: S. f. fotodermatose tóxica primária causada
pela ação cumulativa dos raios solares no decorrer dos anos. A pele torna-se ligeira
mente amarelada, fina e ressecada, além de aparecerem rugas, pregas e telangiecta
sias, que caracterizam lesões como melanose solar, queratose solar e eventualmente
carcinomas. O desenvolvimento dessas lesões depende do tipo de pele e da intensi
dade de exposição solar. Outras designações: distrofia cutânea involutiva, senescência
cutânea, fotodermatose por irritação cumulativa, pele fotolesada, pele fotoenvelhecida.
Símbolo de classificação: 4.32.1.2.
fotoeczema: S. m. eczema provocado por mecanismo fotoalérgico. O contato pode se
dar por via externa ou endógena. Apresenta erupção eritematovesiculosa aguda e
prurido mediano. Pode ocorrer a involução, se a substância que causa a alergia for
suprimida. As áreas expostas ao sol são as atingidas. Outras designações: ø. Sím
bolo de classificação: 4.8.2.13.
fotossensibilização: S. f. Ver: fotoalergia.
fragilidade ungueal: S. f. Ver: unha frágil.
fragilita ungueum: N. Cient. Ver: unha frágil.
fragilitas crinium: N. Cient. Ver: trichoptilosis.
framboesia: S. f. treponematose causada pelo Treponema pertenue, que penetra em
áreas expostas e erosadas da pele, através de contágio inter-humano, de picada de
insetos ou do contato com objetos contaminados. Tem evolução crônica e pode ser
dividida em três períodos: primário, secundário e terciário. O período primário apre
senta uma lesão papulosa, às vezes pruriginosa, extragenital (pianoma ou framboe
soma-mãe), em geral única. Em seguida, ulcera-se e recobre-se de crosta acastanha
228 LÍDIA ALMEIDA BARROS
pop.), guarucaia (Bras.), macota (Bras.), macutena (Bras., MG). Símbolo de clas
sificação: 4.22.1.
hanseníase borderline: S. f. Ver: hanseníase dimorfa.
hanseníase borderline de Wade: S. f. Ver: hanseníase dimorfa.
hanseníase dimorfa: S. f. hanseníase que apresenta o maior número dos casos da
doença. Constitui um fenômeno intermediário, em que as lesões apresentam aspec
tos morfológicos característicos da hanseníase virchowiana e da hanseníase
tuberculoide. Observam-se lesões parcialmente maculares, parcialmente infiltradas,
nodulares ou roseolares, lesões cutâneas monomorfas e contemporâneas, resultando
em lesões sifiloides, quadro de eritrodermia psoriasiforme e lesões neurotróficas
(neuroclastia). O comprometimento dos nervos é assimétrico e pode ocasionar o
aparecimento de deformidades. Ocorrem ainda perdas totais ou parciais da sensibi
lidade (anestesia), distúrbio da sudorese (anidrose) e alopecia. Pode ser dividida em:
1) dimorfa-tuberculoide (BT): apresenta lesões em placas eritematoedematosas, de
contornos bem definidos, semelhantes às placas tuberculoides reacionais, numero
sas e distribuídas de forma simétrica. São frequentes as deformidades; 2) dimorfa
-virchowiana (BV): as lesões são polimórficas (infiltração difusa, placas, tubérculos
e nódulos), de coloração fulva e distribuição semelhante à observada na hanseníase
virchowiana. Nessa forma, podem ocorrer também lesões tipo eritema nodoso, in
flamação da íris (irite), inflamação dos testículos e do epidímio (orquiepididimite),
dores generalizadas e edema, inclusive de laringe; e 3) dimorfa-dimorfa (BB): as le
sões são anulares ou ovais, de aspecto faveolar, esburacado ou em queijo suíço. Apre
sentam cor amarelada ou sépia e borda interna nítida e externa difusa, confundindo
-se com a pele normal. Observa-se certa simetria, quanto à distribuição. Outras
designações: hanseníase borderline, hanseníase borderline de Wade, HB. Símbolo
de classificação: 4.22.1.3.
hanseníase incaracterística: S. f. Ver: hanseníase indeterminada.
hanseníase indeterminada: S. f. hanseníase que corresponde à forma inicial da doença.
Caracteriza-se por máculas hipocrômicas ou acrômicas ou, menos frequentemente,
eritematosas ou eritemato-hipocrômicas. As lesões são solitárias e pouco numerosas
ou disseminadas e apresentando certa simetria. Podem assumir a forma de placa ou
se tornar regionais. Observa-se, ainda, alopecia, ausência ou diminuição da secreção
do suor (anidrose) e perturbação dos sentidos (disestesia), sendo a sensibilidade tér
mica a primeira a ser alterada. As lesões se localizam preferencialmente nas nádegas,
coxas, face posterior dos braços e região deltoidiana, não acometendo as regiões pal
mares e plantares e o couro cabeludo. Outras designações: hanseníase incaracterística,
hanseníase indiferenciada, HI. Símbolo de classificação: 4.22.1.1.
hanseníase indiferenciada: S. f. Ver: hanseníase indeterminada.
hanseníase tuberculoide: S. f. hanseníase benigna, estável e resistente, que corres
ponde à principal forma da doença. Pode evidenciar-se por lesões tórpidas, de evo
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 243
sanguíneo periférico. Essa função pode ser evidenciada com a palidez decorrente de
choque. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 2.3.3.
herpes: S. m. Ver: linfangioma.
herpes catarrhalis: N. Cient. Ver: herpes simples.
herpes descamativo: S. m. Ver: dermatofitose imbricata.
herpes digitalis: N. Cient. Ver: herpes simples.
herpes febril: S. m. Ver: herpes simples.
herpes genital: S. m. Ver: herpes simples genital.
herpes gestacional: S. m. bulose autoimune desencadeada por fatores hormonais,
admitindo-se a possibilidade de que seja de natureza imunológica, que provoca alte
rações antigênicas na gravidez. Caracteriza-se pelo aparecimento de erupções bolhosas
pruriginosas, poliformes, precedidas de queimação e prurido. As lesões assumem
forma de placas eritematoedematosas de contorno circular e localizam-se, em geral,
na região abdominal. Em seguida surgem, ao redor das placas, pápulas, vesículas e
bolhas, que, ao se romperem, deixam áreas erosadas e algumas recobertas por cros
tas milicérias ou hemáticas. Podem ocorrer recidivas, mais precocemente e com maior
intensidade, nas gestações seguintes. Outras designações: herpes gestantionis. Sím
bolo de classificação: 4.9.4.
herpes gestantionis: N. Cient. Ver: herpes gestacional.
herpes íris: N. Cient. Ver: eritema exsudativo multiforme.
herpes labialis: N. Cient. Ver: herpes simples.
herpes recidivante: S. m. herpes simples decorrente de traumas exposição ao sol,
tensão emocional, menstruação, alimentos (principalmente chocolate) e infecções
respiratórias. As lesões aparecem após horas ou dias de discreto prurido ou ardor no
local. Apresenta vesículas agrupadas em base eritematosa, que se pustulizam e ulce
ram. Acomete repetidas vezes o local onde houve a inoculação primária. As lesões se
localizam em grande parte nos lábios. Outras designações: herpes recidivante la
bial. Símbolo de classificação: 4.15.2.2.
herpes recidivante labial: S. m. Ver: herpes recidivante.
herpes simples: S. m. dermatovirose causada pelo herpes-vírus dos tipos 1 e 2, de
transmissão por contato pessoal. É muito frequente, aguda e recidivante, iniciando
por discreto eritema, edema e ardor, podendo ser acompanhada de sensações
prodrômicas (parestesia no local ou, menos frequentemente, no trajeto dos nervos
proximais). Doença universal, é caracterizada por vesículas puntiformes, túrgidas e
brilhantes, agrupadas em buquê e tensas, contendo líquido transparente. Recrudes
cem e reaparecem no decurso de manifestações febris ou em alguns estados fisioló
gicos, como a menstruação. Formam pequenas crostas serosas posteriormente elimi
nadas. As vesículas do tipo 1 localizam-se na borda vermelha dos lábios, narinas
externas ou extensão variável da face. As lesões do tipo 2 são geralmente de trans
missão sexual e se localizam na genitália e no ânus, havendo exulcerações puntiformes
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 249
ma, enquanto outros o consideram como uma forma de lúpus eritematoso discoide.
Outras designações: infiltração linfocitária da pele (Jessner-Kanol). Símbolo de
classificação: 4.29.10.1.21.3.
inflamação de Calabar: S. f. (pop.) Ver: loíase.
inflamatory linear verrucose epidermeal nevus: Ingl. Ver: nevo epidérmico
verrucoso.
infundíbulo: S. m. parte do folículo piloso que se localiza entre a abertura da epi
derme e o ponto de inserção da glândula sebácea. É a haste da glândula pituitária e
apresenta-se em forma de funil. Outras designações: ø. Símbolo de classifica
ção: 2.2.3.1.1.
insulinodistrofia: S. f. Ver: paniculite devida à insulina.
intertrigem: S. f. Ver: candidíase intertriginosa.
intertrigo: S. m. infecção por Pseudomonas aeruginosa devida à fricção de partes adja
centes da pele. É uma doença crônica e recidivante, caracterizada pelo aparecimento
de placas eritematosas, exsudativas, com bordas regulares e bem delimitadas, onde
surgem pápulas e pústulas. A maceração é esverdeada. Quando apresenta superfície
vesiculosa, secretante e erosiva pode sofrer eczematização, com descamação e crostas
serosas. Podem surgir também lesões de miliária. Em geral, não apresenta prurido e
é pouco assintomático. Pode infectar-se por estafilococos, leveduras ou Candida
albicans. Localiza-se nas áreas de superposição cutânea, principalmente nas regiões
interglúteas, inguinais, inframamárias e cervical, nas axilas, umbigo, dobras abdo
minais, coxas, punhos e interdígitos. Outras designações: ø. Símbolo de classifi
cação: 4.21.6.2.
intertrigo crural: S. m. Ver: candidíase intertriginosa.
intertrigo inflamamário: S. m. Ver: candidíase intertriginosa.
intertrigo interdigital: S. m. Ver: candidíase intertriginosa.
intertrigo interpododáctilo: S. m. Ver: dermatofitose dos pés.
istmo: S. m. parte do folículo piloso cuja função é servir de união para duas cavidades
maiores. Localiza-se entre a abertura da glândula sebácea no folículo e o ponto de
inserção do músculo eretor do pelo. Apresenta-se em forma de uma estreita passa
gem. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 2.2.3.1.3.
iuçá: S. m. (Bras., pop.) Ver: prurido.
ixodíase: S. f. Ver: ixodidíase.
ixodidíase: S. f. zoodermatose causada pela picada de ixódidas (carrapatos). As
infestações mais intensas ocorrem na fase larvária (ninfa hexápode ou micuim) e
caracterizam-se pelo aparecimento de pequenas e numerosas pápulas muito
pruriginosas, encimadas por crostículas, geralmente localizadas nas pernas e, às ve-
zes, no abdômen. Às vezes aparecem lesões bolhosas. Na fase adulta (carrapato), o
parasita provoca o aparecimento de poucas lesões papuloeritomatopurpúricas pouco
pruriginosas, causando apenas uma pequena reação local. No entanto, quando o
266 LÍDIA ALMEIDA BARROS
carrapato não é retirado com cuidado, pode deixar seu capítulo na pele do hospedei
ro, originando uma reação granulomatosa, caracterizada por uma ou mais lesões
papulotuberosas muito pruriginosas. Outras designações: ixodíase. Símbolo de
classificação: 4.16.5.
J
doença, que se diferenciam sobretudo pelo tipo celular e pelo padrão nodular ou difuso:
1) linfoma de células T, 2) linfoma de células B, 3) linfoma de Hodgkin, 4) linfoma
de Burkitt, e 5) mieloma. Outras designações: granulomatose deWegner. Símbo
lo de classificação: 4.29.10.2.12.
linfoma africano: S. m. Ver: linfoma de Burkitt.
linfoma angiotrópico: S. m. Ver: angioendoteliomatose proliferante sistêmica.
linfoma cutâneo de células T: S. m. Ver: linfoma de células T.
linfoma cutâneo de células T adultas: S. m. Ver: linfoma de células T.
linfoma de Burkitt: S. m. linfoma muito provavelmente causado pelo vírus de Epstein
-Barr, transmitido através de insetos picadores. As manifestações cutâneas eviden
ciam-se por tumor, que se localiza sobretudo na região retroperitoneal, na região
mentoniana ou bucal, com invasão dos maxilares inferior e superior, e no ovário.
Outras designações: linfoma africano, tumor de Burkitt. Símbolo de classifica
ção: 4.29.10.2.12.4.
linfoma de células B: S. m. linfoma decorrente da proliferação de células produtoras
de imunoglobulinas (células linfoplasmocitoides). Caracteriza-se pelo aparecimento
de placas eritematopapulosas isoladas ou múltiplas, placas infiltradas e tumores. As
lesões são pouco numerosas e apresentam crescimento relativamente rápido. Podem
ocorrer, ainda, lesões tipo acrodermatite crônica atrofiante. Outras designações:
imunocitoma linfoplasmocitoide, linfoma linfo-histiocítico. Símbolo de classifica
ção: 4.29.10.2.12.2.
linfoma de células T: S. m. linfoma de causa não bem determinada, mas se admite
que fatores como a imunossupressão, a imunoestimulação, vírus oncogênicos e anor
malidades nos fatores que controlam a ativação das células T possam ser responsá
veis pelo desenvolvimento da doença. Origina-se nos linfócitos T, a partir de um
processo que compreende dois estágios: 1) estimulação antigênica crônica, e 2) neo
plasia (oncogênese imunológica). Existem três formas da doença: 1) micose fungoide,
2) síndrome de Sézary, e 3) reticulose pagetoide. Outras designações: LCCT, lin
foma cutâneo de células T, linfoma cutâneo de células T adultas, linfoma
epidermotrópico de células T, linfoma linfocítico, leucemia de células T do adulto.
Símbolo de classificação: 4.29.10.2.12.1.
linfoma de Hodgkin: S. m. linfoma caracterizado pela presença, na derme, de infil
trado denso, único ou múltiplo, disposto de forma difusa ou em ilhotas isoladas ou
coalescentes. Geralmente ocorre enfartamento de gânglios, febre ondulante e esple
nomegalia. As lesões cutâneas específicas são raras e se evidenciam por pápulas,
nódulos (“tumores”), infiltrações e áreas de liquenificação de extensão variável. Já
as manifestações inespecíficas são bastante comuns e traduzem-se por prurido, prurigo,
hiperpigmentação, queda dos pelos, usura das unhas, atrofias ictiosiformes, herpes
-zóster e, raramente, eritrodermia. Podem ocorrer eritemas morbiliformes ou escar
latiniformes. O linforma pode localizar-se em qualquer parte do corpo, aparecendo,
282 LÍDIA ALMEIDA BARROS
com maior frequência, no tronco, no abdômen inferior, na região inguinal, nas coxas
e no couro cabeludo. Outras designações: linfogranulomatose maligna, moléstia
de Hodgkin, moléstia de Paltauf-Sternberg, doença de Hodgkin. Símbolo de clas
sificação: 4.29.10.2.12.3.
linfoma epidermotrópico de células T: S. m. Ver: linfoma de células T.
linfoma linfocítico: S. m. Ver: linfoma de células T.
linfoma linfo-histiocítico: S. m. Ver: linfoma de célula B.
linfoma plasmocítico: S. m. Ver: mieloma.
linfopatia venérea: S. f. Ver: linfogranuloma venéreo.
linfoplasia cutânea: S. f. Ver: linfocitoma cútis.
linforreticulose benigna de inoculação: S. f. Ver: linforreticulose de inoculação
benigna.
linforreticulose de inoculação benigna: S. f. rickettsiose causada pelo bacilo
Rochalimaea hanselae, geralmente após uma mordida ou arranhadura de gato. Apre
senta erupção papulonodular no local da mordida ou arranhadura. Podem surgir lesões
eritematopapulosas, que rapidamente evoluem para vesiculopústulas e, então, regridem
sem deixar cicatriz. São observados eritema nodoso ou eritema multiforme, podendo
ocorrer hipertrofia dos gânglios linfáticos proximais (adenomegalia proximal). Esta
é, em geral, única e móvel, com eritema na pele supra-adjacente. Os gânglios tor
nam-se dolorosos, podendo supurar e romper-se. Pode haver comprometimento ocular,
que se evidencia por conjuntivite, acompanhada de adenopatia pré-auricular e
submaxilar. Apresenta sintomas gerais pouco intensos, caracterizados por fraqueza,
dor de cabeça, náuseas, calafrios, dores difusas, febre moderada e mal-estar geral.
Outras designações: linforreticulose benigna de inoculação, doença da arranhadu
ra do gato (pop.), DAG. Símbolo de classificação: 4.21.11.2.
língua de fumante: S. f. Ver: leucoplasia bucal.
língua dissecada: S. f. Ver: língua geográfica.
língua escrotal: S. f. afecção das mucosas de origem congênita, que apresenta nu-
merosos sulcos, profundos e irregulares. Em geral, o sulco manifesta-se na região
central da língua, migrando posteriormente para a região periférica. Outras desig
nações: língua plicata, língua fissurada, língua sulcada. Símbolo de classifica
ção: 4.33.10.
língua fissurada: S. f. Ver: língua escrotal.
língua geográfica: S. f. afecção das mucosas benigna, desencadeada pela atrofia da
papilas filiformes. Caracteriza-se por lesões erosivas eritematosas assintomáticas, em
geral circundadas por contorno esbranquiçado, de aparência geográfica, que agem
em processo migratório sobre a língua, proporcionando queimação, dor e dificulda
de em ingerir alimentos. Localiza-se, em geral, no dorso da língua. Outras designa
ções: glossite migratória benigna, língua dissecada, ptiríase da língua, eritema mi
grante, língua migratória. Símbolo de classificação: 4.33.11.
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 283
líquen anular: S. m. líquen plano que apresenta lesões em forma de placas de centro
claro e pápulas agrupadas e de crescimento centrífugo na periferia. As lesões são mais
ou menos extensas, ovais ou circulares. Localiza-se nos genitais. Outras designa
ções: ø. Símbolo de classificação: 4.4.1.9.
líquen escleroatrófico: S. m. dermatose atrófica e esclerótica que apresenta pápulas
isoladas ou confluentes, de superfície branca nacarada e rígida ao contato digital, e
pontos escuros. Provoca hiperceratose epidérmica, atrofia, edema dérmico superfi
cial, além da inflamação mesodérmica. Às vezes há evolução para a atrofia e atresia
vulvar, havendo possibilidade de evoluir para carcinoma espinocelular. Pode ocor
rer leve descamação e, em alguns casos, pode apresentar prurido. A localização pre
ferencial das lesões é a genitália externa, vulva e a região anal na mulher e a glande do
pênis e regiões sacral e perianal no homem. Pode ocorrer também em qualquer outra
parte do corpo, sendo comum para ambos os sexos a região da nuca, ombros, lombo,
pescoço e tronco. Outras designações: líquen plano esclerosante de Darier, líquen
plano esclerosante primitivo de Hallopeau, morfea em gotas, líquen escleroso e atrófico,
doença das manchas brancas (pop.), doença de Csillag. Símbolo de classifica
ção: 4.12.1.
líquen escleroso e atrófico: S. m. Ver: líquen escleroatrófico.
líquen escrofuloso: S. m. Ver: tubercúlide liquenoide.
líquen estriado: S. m. dermatose basicamente papulosa que apresenta minúsculas
pápulas assintomáticas, liquenoides, eritematosas, não pruriginosas, unilaterais,
achatadas, arredondadas, esféricas e com leve descamação. Podem coalescer e se agrupar
linearmente. As lesões acometem os membros superiores, tronco, abdômen, náde
gas e, eventualmente, as unhas. Outras designações: ø. Símbolo de classifica
ção: 4.4.4.
líquen mixedematoso: S. m. Ver: mucinose papular estrita.
líquen nítido: S. m. dermatose basicamente papulosa de causa desconhecida, caracte
rizada por pápulas punctiformes com cor da cútis ou rósea, elevadas ou lisas, bri
lhantes, isoladas, não pruriginosas. Essas pápulas se agrupam sem coalescer, poden
do generalizar-se e formar placas eritematosas, violáceas ou vermelho-alaranjadas.
As lesões acometem o pênis, face de extensão dos membros, tórax, nádegas, abdô
men e superfície anterior dos antebraços, normalmente poupando face e pescoço.
Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.4.3.
líquen palmoplantar: S. m. líquen plano caracterizado por lesões papuloceratósicas
exclusivas que, na forma vulgar, pode apresentar lesões palmoplantares. Outras
designações: ø. Símbolo de classificação: 4.4.1.10.
líquen penfigoide: S. m. Ver: líquen plano penfigoide.
líquen plano: S. m. dermatose basicamente papulosa de causa desconhecida, poden
do estar relacionada a fatores diversos, como os de ordem nervosa e infecciosa. É de
evolução crônica e apresenta lesões papulosas primárias eruptivas e pruriginosas.
286 LÍDIA ALMEIDA BARROS
Estas são eritematosas a princípio, tornando-se, mais tarde, violáceas. Podem ser
isoladas ou surgir em grupo. São de tamanhos diversos e apresentam consistência
firme. Pontuações opalinas em rede ou estrias surgem nas superfícies das pápulas,
sendo mais bem identificadas quando as pápulas são umedecidas (estrias deWickhan).
Manifesta-se em geral na mucosa, na pele e anexos. Outras designações: líquen
rubro plano. Símbolo de classificação: 4.4.1.
líquen plano actínico: S. m. líquen plano causado pela exposição solar e caracteriza
do pela presença de lesões papulosas, pigmentadas ou discrômicas. Acomete áreas
expostas da pele. Quando ocorre na face, pode apresentar morfologia de asa de bor
boleta. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.4.1.1.
líquen plano agudo: S. m. Ver: líquen plano vulgar.
líquen plano atrófico: S. m. líquen plano que pode ser resultado de lesões típicas
anteriores. Caracterizado por lesões atróficas, ocorre, às vezes, associado às formas
ulcerativas, bolhosas, hipertróficas ou foliculares. As lesões papulosas possuem ex-
tensões centrífugas, com pigmentação em centro atrófico. Frequentemente, as lesões
são encontradas no couro cabeludo. Outras designações: ø. Símbolo de classifi
cação: 4.4.1.4.
líquen plano bolhoso: S. m. líquen plano com manifestações agudas, raras, que apre
senta vesículas e bolhas, sendo estas últimas tensas, de conteúdo turvo. As bolhas
aparecem sobre as lesões típicas de líquen plano. Outras designações: ø. Símbolo
de classificação: 4.4.1.6.
líquen plano crônico: S. m. Ver: líquen plano vulgar.
líquen plano de mucosa: S. m. líquen plano que atinge exclusivamente as mucosas.
Observam-se lesões vulgares e, em lesões de líquen de mucosa oral, há o desenvol
vimento de epitelioma espinocelular em alguns casos. Pode acometer genitália, estô
mago, esôfago, cólon, bexiga, laringe e faringe. Outras designações: ø. Símbolo
de classificação: 4.4.1.8.
líquen plano esclerosante de Darier: S. m. Ver: líquen escleroatrófico.
líquen plano esclerosante primitivo de Hallopeau: S. m. Ver: líquen escleroatrófico.
líquen plano estriado: S. m. Ver: líquen plano linear.
líquen plano hipertrófico: S. m. líquen plano caracterizado por lesões hiperquerató
sicas, volumosas, firmes e esféricas. As lesões podem surgir na forma de placas ou
pápulas verrucosas ou liquenificadas. Surgem agrupadas ou isoladas, geralmente são
confluentes e pruriginosas. Involuem, deixando, muitas vezes, áreas atróficas e
hiperpigmentadas. Acomete os membros inferiores, principalmente a face anterior
das pernas e os tornozelos ao redor dos maléolos. Outras designações: líquen plano
verrucoso. Símbolo de classificação: 4.4.1.3.
líquen plano linear: S. m. líquen plano que apresenta lesões zosteniformes ou dispos
tas linearmente. Podem ser isoladas ou em grande quantidade, dispersas. Outras
designações: líquen plano estriado. Símbolo de classificação: 4.4.1.5.
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 287
síncope e dor nos ossos (devido à osteoclerose e à osteoporose). De modo geral, qual
quer órgão do corpo pode ser afetado, associado ou não a lesões cutâneas, sendo que
a maior incidência se dá no fígado, baço, tubo intestinal, linfonodos e ossos. Outras
designações: ø. Símbolo de classificação: 4.29.10.1.19.2.
matacanha: S. f. (Angol., Moç. e Santom.) Ver: tungíase.
matriz ungueal: S. f. Ver: raiz ungueal.
matriz ventral da unha: S. f. Ver: raiz ungueal.
medula: S. f. Ver: medula interna.
medula interna: S. f. parte da haste do pelo formada por células grandes, vacuoliza
das e bem queratinizadas, que se agregam de maneira mais frouxa. Apresenta-se de
forma descontínua e pode até estar ausente nos pelos finos que recobrem a superfície
do corpo. Outras designações: medula. Símbolo de classificação: 2.2.3.3.3.
meia-lua: S. f. Ver: lúnula.
melanina: S. f. pigmento resultante do processo de melanogênese realizado no inte
rior do melanócito. Possui coloração marrom-escura, seu citoplasma é globoso e seu
núcleo possui forma irregular e central. Outras designações: ø. Símbolo de clas
sificação: 2.1.1.5.4.1.3.
melanização: S. f. Ver: melanogênese.
melanoacantoma: S. m. neoplasia melanocítica que se caracteriza como tumor be
nigno misto (epidérmico e melanocítico). Apresenta lesões verrucosas de cor varian
do do castanho ao negro. Localiza-se na cabeça e pescoço, eventualmente no tronco
e extremidades. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.29.8.8.
melanoblastoma: S. m. Ver: melanoma.
melanocarcinoma: S. m. Ver: melanoma.
melanócito: S. m. célula da epiderme, cuja função é sintetizar os melanossomos e
produzir amelanina. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 2.1.1.5.4.
melanodermite tóxica de Hoffmann e Habermann: S. f. hipercromia decorrente
do contato com derivados do alcatrão, graxas industriais, materiais plásticos, óleos
minerais, borrachas, couro e caviúna. No caso de regiões do corpo expostas à luz,
pode ocorrer fotossensibilidade. As máculas características variam do castanho-cla
ro ao escuro, podendo ser disseminadas, localizadas ou generalizadas. Outras de
signações: ø. Símbolo de classificação: 4.5.3.10
melanogênese: S. f. processo de formação da melanina que ocorre dentro do melanócito.
Outras designações: melanização. Símbolo de classificação: 2.1.1.5.4.1.
melanoma: S. m. neoplasia melanocítica que pode ser maligna ou benigna. Na forma
maligna, as células cancerígenas invadem toda a extensão do tecido adjacente ao tu
mor. Na sequência, há, muito frequentemente, metástase e os linfonodos regionais,
do fígado, dos pulmões e do cérebro podem ficar comprometidos. Localiza-se em
qualquer parte do corpo, principalmente na região palmoplantar, nos olhos e, mais
raramente, na mucosa da genitália, do ânus e da cavidade oral, ou em outras partes
298 LÍDIA ALMEIDA BARROS
sos, invadir a derme e até mesmo órgãos internos. Outras designações: ø. Símbolo
de classificação: 4.24.2.
microníquia: S. f. onicopatia em que a unha possui tamanho reduzido, mas aparência
normal. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.34.26.
mieloma múltiplo: S. m. linfoma que ataca a medula óssea e na qual as lesões cutâ
neas ocorrem raramente, evidenciando-se por nódulos em número variável. Com
certa frequência verifica-se amiloidose sistêmica primária. Púrpura por crioglobulina
e xantoma plano disseminado também podem estar associados. Excepcionalmente,
são observadas formas extramedulares primárias, que atingem a nasofaringe e a ca-
vidade bucal. Outras designações: linfoma plasmocítico, plasmocitoma. Símbolo
de classificação: 4.29.10.2.12.5.
miíase: S. f. zoodermatose causada pela infestação da pele, da mucosa normal ou ul
cerada e das cavidades naturais do corpo humano por larvas de moscas. Existem duas
formas da doença: 1) miíase primária, e 2) miíase secundária. Outras designações:
ø. Símbolo de classificação: 4.16.11.
miíase auricular: S. f. Ver: miíase cavitária.
miíase biontófaga: S. f. Ver: miíase primária.
miíase cavitária: S. f. miíase secundária geralmente causada por larvas de moscas não
obrigatoriamente parasitárias, como as das espécies Callitroga macellaria, Callitroga
americana, Cochliomyia hominivorox, Musca sp., Sarcophaga sp. e Lucilia illustris,
que infestam as cavidades naturais do organismo: cavidade nasal (miíase nasal), con
duto auditivo (miíase auricular), globo ocular (miíase ocular) e cavidade vaginal (miíase
vaginal). As larvas invadem as estruturas anexas, acometendo, inclusive, ossos e
cartilagens, determinando processos destrutivos. Podem ocorrer meningite, infla
mação da apófise mastoide, sinusite e faringite. Outras designações: miíase nasal,
miíase auricular, miíase ocular, miíase vaginal. Símbolo de classificação: 4.16.11.2.2.
miíase cutânea: S. f. miíase secundária causada pelas larvas da Callitroga macellaria
(mosca varejeira) e de espécies do gênero Lucilia e da família Sarcophagidae, que
infestam ulcerações da pele. Outras designações: bicheira (Bras., pop.). Símbolo
de classificação: 4.16.11.2.1.
miíase furunculoide: S. f. miíase primária causada pelas larvas de algumas espécies
de moscas, principalmente a Dermatobia hominis, a Callitroga americana e as do gê
nero Oestrus. Ocorre lesão nodular profunda e consistente, de volume e número variado,
dolorosa (sensação de “ferroada”) e inflamatória, que apresenta, na parte central,
um orifício pequeno, através do qual uma larva pode sair. Quando a larva atinge a
maturidade, abandona a lesão espontaneamente e esta se cicatriza. Podem ocorrer
infecções secundárias, como erisipela, acúmulo de pus, fleimão, linfagite ou tétano.
As lesões se localizam em qualquer parte do tegumento, sendo mais frequentes nas
áreas descobertas e mais expostas, como mãos, braços, pernas e couro cabeludo. Outras
designações: ø. Símbolo de classificação: 4.16.11.1.2.
304 LÍDIA ALMEIDA BARROS
centes aparecem mais ou menos isolados nas bochechas, pálpebras, nariz e, por ve-
zes, na genitália. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.29.9.2.1.
milium secundário: S. m. milium que pode surgir durante o processo de reparação de
bolhas subepidérmicas, após trauma cirúrgico (ou não) e dermoabrasão. Pode ainda
estar associado a diversas doenças, surgindo em cicatrizes de queimadura, acne, epider
mólise bolhosa distrófica, porfiria cutânea tardia, líquen escleroso, líquen atrófico e
penfigoide bolhoso. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.29.9.2.2.
mimércia: S. f. Ver: verruga plantar.
mioblastoma de células granulosas: S. m. Ver: schwanoma de células granulosas.
mioblastoma granulocelular: S. m. Ver: schwanoma de células granulosas.
mioma dartoico: S. m. leiomioma que se origina no músculo dartoico e se caracteriza
por ser único, nodular, profundo, consistente e doloroso quando sofre pressão. Apre
senta-se róseo, róseo-amarelado ou eritematovioláceo. Localiza-se na genitália e
mamilos. Outras designações: dermatomioma solitário. Símbolo de classifica
ção: 4.29.10.1.7.3.
mixedema circunscrito: S. m. Ver: mucinose cutânea localizada.
mixedema generalizado: S. m. Ver: mucinose cutânea difusa.
mixedema pré-tibial: S. m. Ver: mucinose cutânea localizada.
mixodemite labial: S. f. Ver: queilite glandular.
mixoma: S. m. neoplasia cutânea benigna de origem mesenquimal que apresenta lesão
solitária, pequena, nodular, com depósito de ácido hialurônico entre os fibroblastos,
recoberta de pele de cor normal ou rósea. Contém fibroblastos embrionários do cor-
dão umbilical. O mixoma, associado a outros elementos mesodérmicos, pode ser clas
sificado em fibromixoma e hipomixoma. Localiza-se na face, extremidades ou tron
co. Outras designações: mucinose focal. Símbolo de classificação: 4.29.10.1.5.
modificação da cor: S. f. Ver: alteração de cor.
modificação na espessura: S. f. Ver: alteração na espessura.
mola aracniforme: S. f. Ver: angioma estelar.
moléstia de Besnier-Boeck-Schaumann: S. f. Ver: sarcoidose.
moléstia de Bowen: S. f. Ver: doença de Bowen.
moléstia de Buerger: S. f. Ver: tromboangiite obliterante.
moléstia de Busse-Buschke: S. f. Ver: criptococose.
moléstia de Cowden: S. f. Ver: síndrome de hamartomas múltiplos.
moléstia de Darier: S. f. Ver: queratose folicular.
moléstia de Dupuytren: S. f. Ver: fibromatose palmoplantar.
moléstia de Fox-Fordyce: S. f. Ver: doença de Fox-Fordyce.
moléstia de Hodgkin: S. f. Ver: linfoma de Hodgkin.
moléstia de Neumann: S. f. Ver: pênfigo vegetante do tipo Neumann.
moléstia de Nicolas-Durand-Favre: S. f. Ver: linfogranuloma venéreo.
moléstia de Paget: S. f. Ver: doença de Paget.
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 307
ção: 4.1.6.6.
mucormicose: S. f. Ver: rinozigomicose.
mucosa: S. f. membrana umidificada por secreção líquida que tem como função o
revestimento interno de diversos órgãos, canais e cavidades do corpo humano. Outras
designações: membrana mucosa, túnica mucosa. Símbolo de classificação: 2.4.
N
sensibilidade na mesma. As regiões geralmente acometidas são tronco, raiz dos mem
bros, nádegas e região cervical. Outras designações: ø. Símbolo de classifica
ção: 4.5.2.1.
nevo aracniforme: S. m. Ver: angioma estelar.
nevo aracnoide: S. m. Ver: angioma estelar.
nevo aracnóidico: S. m. Ver: angioma estelar.
nevo azul: S. m. neoplasia melanocítica caracterizada por apresentar lesão de cor azul
-escura a negra, de alguns milímetros de tamanho, bem delimitada, redonda ou oval,
plana ou saliente. Pode ser solitária ou múltipla com nódulos hemangiomatosos.
Quando no intestino, se esse nódulo é perfurado, provoca hemorragia e consequen
temente anemia profunda no paciente. As lesões localizam-se na pele, porém podem
também aparecer na mucosa. É mais encontrado na face e no dorso das mãos, não
escapando o trato digestivo. Quando a localização se dá na pele, este nevo apresenta
duas classificações: nevo azul Jadassohn-Tieche (nevo azul comum) e nevo azul ce-
lular. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.29.8.2.
nevo azul celular: S. m. nevo azul que se apresenta sob forma de um nódulo ou uma
placa grande, de coloração azulada. Pode estender-se ao tecido celular subcutâneo.
As lesões podem sofrer transformação maligna, não regredindo. Localizam-se na região
sacrococcigiana ou nas nádegas. Outras designações: ø. Símbolo de classifica
ção: 4.29.8.2.3.
nevo azul comum: S. m. Ver: nevo azul de Jadassohn-Tieche.
nevo azul de Jadassohn-Tieche: S. m. nevo azul caracterizado que apresenta lesão
única, pequena, nodular em forma de cúpula, bem circunscrita, plana e saliente e
tonalidade azulada ou negro-azulada. Não se verifica transformação maligna. Loca
liza-se no dorso das mãos ou pés. Outras designações: nevo azul comum. Símbolo
de classificação: 4.29.8.2.2.
nevo azul maligno: S. m. nevo azul que pode ter caráter maligno desde o início ou
originar-se em um nevo azul celular ou em um nevo de Ota. Caracteriza-se por ser
um tumor de crescimento rápido, podendo ulcerar-se. Normalmente podem ser iden
tificadas duas formas de nevo azul maligno: uma, de prognóstico ruim, onde há
metastatização generalizada, e outra, de melhor prognóstico, onde há metástase ape
nas para os gânglios regionais. Outras designações: ø. Símbolo de classifica
ção: 4.29.8.2.1.
nevo branco esponjoso: S. m. Ver: nevo espongiforme branco.
nevo capilar: S. m. Ver: angioma plano.
nevo celular epitelioide: S. m. Ver: melanomajuvenil benigno.
nevo celular fusiforme: S. m. Ver: melanomajuvenil benigno.
nevo comedônico: S. m. neoplasia benigna da epiderme que apresenta pápulas leve
mente elevadas, rolha córnea na parte central, de cor castanho-preta, semelhante ao
comedão, que, após remoção, pode formar-se novamente. As lesões, numerosas, podem
316 LÍDIA ALMEIDA BARROS
necer localizadas por período variável; entretanto, na maioria dos casos ocorrem
generalizações e todo o corpo pode ser comprometido. Outras designações: ø. Sím
bolo de classificação: 4.9.1.
pênfigo benigno das mucosas: S. m. Ver: penfigoide cicatricial.
pênfigo benigno familiar crônico: S. m. Ver: bulose crônica benigna familial.
pênfigo eritematoso: S. m. pênfigo foliáceo caracterizado pela presença concomi
tante de seborreia, eritematose fixa e bolhosa. A manifestação seborreica acomete o
couro cabeludo, formando escamas e escamocrostas amareladas ou acinzentadas,
úmidas, espessas e aderentes. A manifestação eritematosa fixa apresenta placas
avermelhadas, pouco salientes, bem delimitadas, crostas aderentes e exsudantes, que,
normalmente, localizam-se na face, regiões malares e dorso do nariz. A manifestação
bolhosa, que se dá no tronco e nos membros, apresenta bolhas flácidas, achatadas.
As bolhas mantêm-se isoladas, geralmente não chegam a ser numerosas. Quando se
rompem ou dessecam, deixam áreas erosivas recobertas de crostas sero-hemorrágicas.
Nas regiões pré-esternal e interescapular, as bolhas são mais numerosas do que nas
demais regiões. Outras designações: PE, síndrome de Senear-Usher, pênfigo frusto,
pênfigo seborreico. Símbolo de classificação: 4.9.1.2.1.
pênfigo foliáceo: S. m. pênfigo que se caracteriza, em sua fase inicial, por surtos de
bolhas flácidas que recidivam, precedidas de crises intensas de ardor e prurido. A
doença tende a generalizar-se, ficando o paciente com a pele por inteiro avermelhada.
As bolhas rompem-se facilmente, deixando exposta superfície erosiva exsudante e
abrasiva, onde se formam crostas sero-hemorrágicas aderentes. O exsudato das áreas
erosadas, resultante da ruptura de bolhas, produz grande fetidez. Pode ocorrer atro
fia das unhas e alopecia. O estágio final apresenta uma entrodermia esfoliativa com
mácula residual de aspecto eritematopigmentar, desaparecendo com o tempo. As lesões
localizam-se inicialmente na face, tórax e ombros, podendo comprometer todo o corpo,
exceto as mucosas. Outras designações: doença de Cazenave, pênfigo foliáceo de
Cazenave, fogo selvagem (pop.). Símbolo de classificação: 4.9.1.2.
pênfigo foliáceo brasileiro: S. m. pênfigo foliáceo que apresenta quatro fases carac
terísticas: pré-invasiva, invasão bolhosa, de estado e de regressão. Na fase pré-invasiva,
as lesões surgem preferencialmente no couro cabeludo, face, pré-esternal retroativa,
região interescapular, porém todo o corpo pode ser comprometido. As lesões apre
sentam-se isoladas, recobertas por escamas crostosas, que, em alguns casos, são ade
rentes. Alguns pacientes apresentam cura espontânea, porém outros passam para o
estado de invasão bolhosa. Este se caracteriza pelo surgimento repentino de inúme
ras bolhas que, rapidamente, espalham-se por ambos os lados do corpo (forma simé
trica) e no sentido craniocaudal (forma descendente). Quando a pele já está total
mente comprometida, inicia-se uma eritrodermia esfoliativa, levando o paciente à
fase de estado. Na fase de regressão, ocorrem lesões localizadas semelhantes às da
fase pré-invasiva, juntamente com numerosas máculas pigmentadas, dando ao pa
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 335
ciente uma aparência de pele de leopardo. Outras designações: fogo selvagem (pop.),
pênfigo foliáceo forma edêmica, PFB. Símbolo de classificação: 4.9.1.2.2.
pênfigo foliáceo de Cazenave: S. m. Ver: pênfigo foliáceo.
pênfigo foliáceo forma edêmica: S. m. Ver: pênfigo foliáceo brasileiro.
pênfigo frusto: S. m. Ver: pênfigo eritematoso.
pênfigo gangrenoso: S. m. Ver: éctima gangrenoso.
pênfigo paraneoplásico: S. m. pênfigo foliáceo raro e crônico. Caracteriza-se pela
erupção generalizada de bolhas grandes, poliformas, tensas e difusas, que recobrem
extensas áreas. Pode comprometer ou não as mucosas, provocando mucosite e dor.
Outras designações: penfigoide bolhoso. Símbolo de classificação: 4.9.1.2.3.
pênfigo seborreico: S. m. Ver: pênfigo eritematoso.
pênfigo sifilítico: S. m. Ver: sífilis congênita recente.
pênfigo vegetante: S. m. pênfigo vulgar de caráter benigno que apresenta lesões
vegetantes úmidas, com preferência pelas áreas de flexão (axilares, genitais, inguinais
e perineais). Com o rompimento das bolhas, formam-se áreas erosivas, apresentan
do exsudação sero-hemorrágica. Em etapa subsequente, há proliferação do fundo da
lesão, que, após alguns dias, torna-se saliente, de aspecto vegetante, sempre erosiva,
de aparência crostosa e úmida. Outras designações: PVe. Símbolo de classifica
ção: 4.9.1.1.1.
pênfigo vegetante do tipo Neumann: S. m. pênfigo vegetante que apresenta bolhas
flácidas ou tensas. Estas vão se rompendo e multiplicando-se, ocasionando áreas
erosadas e elevadas, apresentando superfície vegetante recoberta de exsudato fétido
e crostas sero-hemorrágicas. Surgem bolhas no contorno das lesões, de cor averme
lhada, que se dispõem simetricamente nas dobras cutâneas (cavo axilar, região inguinal
e periumbilical e dobras periungueais). As lesões podem localizar-se em apenas uma
área ou acometer todas as áreas preferenciais. As lesões da mucosa podem atingir
bochechas, lábios, língua e orofaringe. Outras designações: moléstia de Neumann.
Símbolo de classificação: 4.9.1.1.1.1.
pênfigo vulgar: S. m. pênfigo que se caracteriza pelo aparecimento, na mucosa oral
ou na pele, de bolhas tensas ou flácidas, volumosas, salientes, de conteúdo turvo,
límpido ou, por vezes, hemorrágico. Mantêm-se isoladas ou agrupadas. Quando
confluentes, levam a ampla superfície exulcerada, recoberta de exsudato fétido. As
bolhas orais (boca, faringe e cavidade nasal) são efêmeras, rompem-se, deixando áreas
erosivas, provocando exulcerações hemorrágicas dolorosas. O pênfigo vulgar inicia
-se na mucosa bucal ou na pele, mas todas as regiões do corpo podem ser comprome
tidas. Outras designações: PV. Símbolo de classificação: 4.9.1.1.
penfigoide bolhoso: S. m. Ver: pênfigo paraneoplásico.
penfigoide cicatricial: S. m. pênfigo crônico de caráter benigno e autoimune. As le
sões iniciais são bolhas tensas, que, ao se romper, provocam erosão, levando o pa-
ciente a sentir queimação, ardor, fotofobia e a lacrimejar. Seu início é lento, há involução
336 LÍDIA ALMEIDA BARROS
ocasiona lesões à distância. Existem nove formas da doença, que diferem quanto à
morfologia, evolução, patogenia, complicações e terapêutica: 1) impetigos, 2) sín
drome da pele escaldada estafilocócica, 3) hidroadenite, 4) foliculites 5) hordéolo, 6)
piodermite canciforme da face, 7) periporite, 8) síndrome do choque tóxico, e 9)
piodermites eminentemente estreptocócicas. A sede das lesões é condicionada por
fatores individuais. Outras designações: dermoepidermite microbiana, pioderma
tose, piodermia, piodermatite. Símbolo de classificação: 4.21.1.
piodermite cancriforme: S. f. piodermite que apresenta lesão única de aspecto
cancriforme, acompanhada, em alguns casos, de enfartamento ganglionar. Localiza
-se, em geral, no lombo prepucial de crianças acometidas de fimose congênita, po-
dendo ainda afetar outras regiões, como face e pescoço. Outras designações:
piodermite cancriforme da face, piodermite cancriforme (Covisa e Bejarano). Sím
bolo de classificação: 4.21.1.6.
piodermite cancriforme (Covisa e Bejarano): S. f. Ver: piodermite cancriforme.
piodermite cancriforme da face: S. f. Ver: piodermite cancriforme.
pioestomatite vegetante: S. f. afecção inflamatória das mucosas. Acomete, em geral,
pacientes com problemas gastrointestinais e se caracteriza por projeções vegetantes,
lesões papilomatosas com ápice em cúpulas, aglomeradas, numerosas, erosões,
exsudato fibrinopurulento e úlcera em uma parte da mucosa. Outras designações:
piostomatite vegetante. Símbolo de classificação: 4.33.24.
piose de Corlett: S. f. Ver: impetigo.
piostometite vegetante: S. f. Ver: pioestomatite vegetante.
pira: S. f. (Bras., pop.)Ver: escabiose.
pitiriase alba: N. Cient. Ver: eczemátide.
pitiriase capitis: N. Cient. Ver: dermatite seborreica.
pitiriase nigra: N. Cient. cerafitose causada principalmente pela levedura Exophiala
werneckii, ou ainda pela Stenella araquata. Clinicamente caracteriza-se por manchas
escuras de pequenas dimensões, lisas e planas, assintomáticas, podendo formar grandes
placas coalescentes. As lesões localizam-se nas regiões palmar e plantar ou bordas
dos dedos e, ocasionalmente, em outras partes do corpo, como tronco e pescoço. Outras
designações: cerafitose negra, tinha negra, tinha negra palmar. Símbolo de classi
ficação: 4.24.2.1.2.
pitiriase rosea: N. Cient. dermatose eritematoescamosa infecciosa, de caráter benig
no, que apresenta lesão-mãe (“medalhão” ou “placa-mãe”), que é uma placa
eritematoescamativa, única, pequena, geralmente arredondada, bem delimitada, não
marginada, com a parte central de cor salmão, de crescimento centrífugo. Na sequência,
ocorre erupção generalizada de manchas eritematoescamosas, ovaladas, menores que
a inicial, simétricas. Podem ainda surgir pequenas pápulas circulares, levemente
elevadas. As lesões mantêm-se, em geral, isoladas, normalmente coalescendo quan
do numerosas. Pode ocorrer prurido discreto e, eventualmente, vesiculação ou
340 LÍDIA ALMEIDA BARROS
eritrodermia. Atinge o tronco e raízes dos membros (tórax, abdômen, nádegas, co-
xas), mas raramente partes expostas ao sol, mãos, pés, faces e mucosas. Outras de
signações: ø. Símbolo de classificação: 4.7.4.
pitiriase rubra pilar: N. Cient. queratose folicular de origem autossômica dominante
que apresenta pápulas acuminadas, de coloração vermelha, com tampões córneos
nos folículos pilosos e tendência à formação de placas escamosas. As lesões podem
ser eritematoescamosas, generalizar-se ou formar queratodermia palmoplantar. Es
tão centradas nos pelos. Localiza-se no couro cabeludo, nos joelhos, cotovelos, no
dorso das mãos, dos dedos e nas mucosas. Outras designações: doença de Devergil.
Símbolo de classificação: 4.30.2.1.4.7.
pitiríase versicolor: N. Cient. cerafitose causada pelo Malassezia furfur, atualmente
denominado Pityrosporum orbiculare. Apresenta lesões inicialmente arredondadas,
pouco numerosas e isoladas, que se tornam numerosas, maiores e podem coalescer.
Em geral, são hipocrômicas, descamativas, irregulares, circunscritas ou difusas, de
limites nítidos. Conforme a cor da pele, as lesões adquirem coloração variável (cas
tanha, pardacenta, branco-acinzentada). As lesões localizam-se no couro cabeludo,
pele e, em especial, no tronco e pescoço, podendo atingir as raízes dos membros.
Podem ainda atingir os antebraços, nádegas, coxas e, excepcionalmente, a face. Outras
designações: acromia parasitária, cromofitose, tinea versicolor, tinea furfurácea, tinea
da pele glabra, tinea da pele glabra, tinha da pele glabra, doença de Eichstedt. Sím
bolo de classificação: 4.24.2.1.1.
pitting ungueal: S. m. Ver: depressões puntiformes.
placa: S. f. formação sólida que pode ser causada por confluência de numerosas pá
pulas. Caracteriza-se por lesão elevada em forma de platô, de superfície bem deli
mitada e de coloração variável. Outras designações: ø. Símbolo de classifica
ção: 3.2.11.
placa de fumante: S. f. Ver: leucoplasia bucal.
placa papulosa: S. f. placa caracterizada por elevação circunscrita em forma de disco
numular e de superfície extensa. Outras designações: ø. Símbolo de classifica
ção: 3.2.11.1.
placa ungueal: S. f. Ver: unha.
placas do fumante: S. f. pl. Ver: estomatite nicotínica.
plano hemorrágico: S. m. Ver: verruga-peruana.
plasmacellularis: N. Cient. Ver: balanite plasmocitária de Zoon.
plasmocitoma: S. m. Ver: mieloma.
platoníquia: S. f. onicopatia em que a unha apresenta-se plana e chata, com curvatura
longitudinal. É observada em doença crônica renal. Outras designações: ø. Sím
bolo de classificação: 4.34.46.
poikiloderma: N. Cient. Ver: poiquilodermia.
poikilodermia: N. Cient. Ver: poiquilodermia.
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 341
nas áreas expostas (face e mãos), além de expressivo aumento da excreção urinária de
uroporfirina e coproporfirina. Em casos extremos, chega-se à multilação das extremi
dades. Outras designações: doença de Gunther, PEC. Símbolo de classifica
ção: 4.1.3.1.2.
porfiria hepática: S. f. porfiria autossômica dominante causada por defeito enzimá
tico que leva a uma produção exagerada de porfirinas. Ataca fundamentalmente o
fígado e o baço (hepatoesplenomegalia). Outras designações: ø. Símbolo de clas
sificação: 4.1.3.2.
porfiria hepática crônica: S. f. Ver: porfiria cutânea tardia.
porfiria hepatoeritropoiética: S. f. porfiria eritropoiética grave, homozigótica, autos
sômica recessiva, caracterizada pela falta da atividade enzimática no fígado, eritrócitos
e fibroblastos. Manifesta-se em geral na primeira infância. Outras designações: ø.
Símbolo de classificação: 4.1.3.1.3.
porfiria hepato-hereditária: S. f. porfiria eritropoiética autossômica dominante, cujas
características são aparecimento de bolhas, espessamento da pele, que adquire as-
pecto esclerodermiforme. A manifestação sistêmica peculiar é a diminuição das fun
ções hepáticas. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.1.3.1.4.
porfiria sintomática: S. f. Ver: porfiria cutânea tardia.
porfiria sueca: S. f. Ver: porfiria aguda intermitente.
porfiria variegata: S. f. porfiria hepática autossômica dominante, em que há crises
agudas de cólicas e de icterícia, hipertensão, paralisia, epilepsia, neuropatia e psico
se. Na pele, provoca lesões esclerodermiformes, hipertricose, pigmentação facial,
alopecia e sensibilidade dérmica à luz. As lesões manifestam- se em geral na face.
Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.1.3.2.3.
poroadenite: S. f. Ver: linfogranuloma venéreo.
poroceratose: S. f. Ver: poroqueratose.
poroceratose actínica superficial disseminada: S. f. Ver: poroqueratose actínica
superficial disseminada.
poroceratose disseminada superficial actínica: S. f. Ver: poroqueratose actínica
superficial disseminada.
poroceratose pontuada tipo Mantoux: S. f. Ver: queratólise puntuada.
poroma écrino: S. m. neoplasia benigna da glândula sudorípara écrina que apresenta
nódulo elevado, de consistência firme, com superfície lisa ou lobular, geralmente úni
co, recoberto por pele de cor normal, rósea ou levemente eritematosa. Quando pressio
nado, pode haver ulceração com sangramento. Localiza-se, de preferência, na região
plantar e bordas dos pés e, ocasionalmente, na região palmar (dedos), coxa, dorso, tórax
e nariz. Outras designações: acrospiroma écrino. Símbolo de classificação: 4.29.4.3.
poroma folicular: S. m. Ver: ceratose folicular invertida.
poroqueratose: S. f. queratose folicular hereditária, rara, crônica e progressiva. Ca
racteriza-se pelo aparecimento de pápulas ceratósicas de pele atrofiada, em que há
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 345
vés do nervo periférico, quando reativado por vários motivos, e retornando à pele ou
à mucosa, gerando o herpes simples recidivante. Outras designações: priminfecção,
primoinfecção. Símbolo de classificação: 4.15.2.1.
progeria da criança: S. f. genodermatose atrófica de causa não conhecida, mas que
pode ser autossômica recessiva. É uma síndrome de envelhecimento precoce. Tem
como maior característica a alopecia. Ocorre uma atrofia gradual do tecido adiposo,
fazendo com que a pele tenha aspecto rugoso e envelhecida, e os vasos são visíveis. O
crânio é grande, há micrognatia, o nariz é afilado e há pseudoexoftalmia. Frequente
mente ocorre severo comprometimento mental, elevado grau de lipoproteínas e ar-
teriosclerose e alterações dentárias. Há arteriosclerose difusa, que provoca hiperten
são, insuficiência coronária e cardíaca, além de alterações vasculares periféricas. Outras
designações: doença de Hutchinson-Gilford. Símbolo de classificação: 4.30.2.6.1.
progeria do adulto: S. f. genodermatose atrófica de herança autossômica recessiva,
que se caracteriza como uma síndrome de envelhecimento precoce. Ocorre atrofia da
pele, do subcutâneo e dos músculos, cataratajuvenil bilateral, canície, onicodistrofia,
osteoporose, disfunção multiglandular, hipogonadismo, calcificação dos vasos, alopecia
androgênica precoce, distrofia ungueal, mudanças das cordas vocais, neoplasias
viscerais malignas, diabetes melito, infarto coraniano e progeria. As extremidades
têm espessura fina com possibilidade de ulcerações, além de o enfermo não alterar o
peso e altura. Outras designações: síndrome de Wener. Símbolo de classifica
ção: 4.30.2.6.4.
proteção: S. f. função da pele que consiste em proteger o corpo humano das agressões
do meio exterior. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 2.3.1.
proteinose lipídica: S. f. Ver: glicolipoidoproteinose.
protoporfiria eritropoiética: S. f. porfiria eritropoiética autossômica dominante,
hereditária, que apresenta bolhas excepcionais, eritema e edema nas partes expostas
do corpo, placas urticadas e vesículas na face das mãos, com intensa sensação de
ardência quando expostas à luz solar. Há ainda fotossensibilidade e alterações
fotocutâneas. Pode apresentar manifestações sistêmicas, tais como coletitíase e in
suficiência hepática. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.1.3.1.1.
protossífilis: S. f. Ver: sífilis primária.
pruído: S. m. Ver: prurido.
prurido: S. m. dermatose devida à ação de enzimas pruridogênicas liberadas na derme
por alterações ou injúrias celulares, ou nela introduzidas. O prurido pode ser desen
cadeado ou estimulado por diversos fatores, tais como calor, transpiração, alterações
bruscas de temperatura, fricção, roupas oclusivas, agentes químicos e tensão emo
cional. Pode ainda estar associado a diversas dermatoses, gravidez, algumas drogas
e outros fatores. Caracteriza-se por uma sensação desagradável que induz à coceira,
cuja intensidade varia. Pode se dar de forma generalizada ou localizada. Pode ser
agudo ou crônico, severo (prurido ferox) ou discreto (prurido mitis), contínuo ou por
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 347
psoríase vulgar, psoríase ordinária, alfos, lepra alfos, psora. Símbolo de classifica
ção: 4.7.1.
psoríase artropática: S. f. psoríase ligada a fator genético (HLAB 13 e BW17). As
articulações são acometidas por lesões graves, de evolução variável, com a alternân
cia de surtos e períodos de acalmia. Inicialmente, as pequenas articulações dos dedos
e podáctilos são acometidas (monoarticular), em seguida as lesões vão se dissemi
nando e acometendo mais articulações (poliarticular), atingindo inclusive regiões como
a coxofemoral, a sacroilíaca e a cervical. O processo se torna inflamatório, acarretan
do inchaço, rubor e dor. As lesões tendem a regredir espontaneamente, mas com a
repetição dos surtos a afecção pode se tornar crônica, alterando gravemente as estru
turas articulares (destruição de cartilagens, ossificação de ligamentos e até mutila
ção) e seu funcionamento. O aparecimento das lesões articulares pode ser precedido
de lesões cutâneas. Outras designações: psoríase artrópica, artrite psoriásica. Sím
bolo de classificação: 4.7.1.7.
psoríase artrópica: S. f. Ver: psoríase artropática.
psoríase bucal: S. f. Ver: leucoplasia bucal.
psoríase da língua: S. f. Ver: leucoplasia bucal.
psoríase eritrodérmica: S. f. psoríase secundária decorrente da evolução da psoríase
vulgar, a qual se torna eritrodérmica devido a uma infecção, alergia medicamentosa
ou reação adversa à terapia atópica. Consiste em afecção crônica na qual a pele do
paciente se torna muito vermelha, devido à vasodilatação, e na qual se observam
alterações na termorregulação, na hemodinâmica, além de outras alterações gerais,
como no equilíbrio hidrossalino e proteico. As lesões características são geralmente
papulosas ou placas elevadas eritematoescamosas, de limites bem precisos e tama
nho variável. Tais lesões apresentam escamas friáveis, quebradiças e prateadas, dis
postas em lâminas superpostas, de aderência consistente. Outras designações: ø.
Símbolo de classificação: 4.7.1.2.
psoríase eruptiva: S. f. psoríase de início abrupto e que constantemente aparece após
estreptococcia do trato respiratório superior. Caracteriza-se por lesões pouco eleva
das, de superfície achatada e pequena, o que lhes atribui um aspecto de gotas. Em
muitos casos, as lesões apresentam pápulas e escamas espalhadas. Acomete princi
palmente o tronco. Outras designações: psoríase gutata. Símbolo de classifica
ção: 4.7.1.5.
psoríase gutata: S. f. Ver: psoríase eruptiva.
psoríase invertida: S. f. psoríase de erupção generalizada, acometendo geralmente as
áreas de flexão e as mucosas, comprometendo as dobras. Outras designações: ø.
Símbolo de classificação: 4.7.1.8.
psoríase linear: S. f. psoríase que mantém estreita relação de semelhança com o nevo
zosteriforme, sendo difícil sua diferenciação. Outras designações: psoríase
zosteriforme. Símbolo de classificação: 4.7.1.4.
354 LÍDIA ALMEIDA BARROS
queilite de contato: S. f. afecção das mucosas que pode ser causada por medicações
tópicas aplicadas nos lábios, dentrifícios, batons, objetos levados à boca, alguns ali
mentos e saliva. Apresenta vasiculação, eritema, inflamação, edema, fissuração e
descamação. Localiza-se nos lábios. Outras designações: ø. Símbolo de classifi
cação: 4.33.4.
queilite de plasmócitos: S. f. Ver: queilite plasmocitária.
queilite de Valkmann: S. f. Ver: queilite glandular.
queilite esfoliativa: S. f. afecção das mucosas que apresenta descamação, formação de
escamas-crostas e fissuras que podem originar-se de dermatitie, atopia, distúrbios
emocionais ou sensibilidade de contato. Atinge lábio inferior e superior e pode per
durar por meses ou anos. Outras designações: dermatite esfoliativa. Símbolo de
classificação: 4.33.1.
queilite factícia: S. f. Ver: queilofagia.
queilite glandular: S. f. afecção das mucosas causada por inflamação e aumento das
glândulas salivares heterotróficas nos lábios. Pode ter origem congênita ou genética.
Apresenta ulceração, edema, hiperplasia da glândula mucosa, formação de crostas,
trajeto fistuloso e abscessos. Apresenta forma inflamatória e não inflamatória. Outras
designações: mixodemite labial, queilite de Valkmann, doença de Bealz. Símbolo
de classificação: 4.33.5.
queilite glandular apostematosa: S. f. Ver: queilite glandular apostematosa de Puente.
queilite glandular apostematosa de Puente: S. f. queilite glandular em que há in
fecção de glândulas salivares heterotópicas no lábio inferior, crônica e persistente, de
onde escoam gotas de líquido purulento à expressão. O lábio inferior, sede da afecção,
torna-se tumefeito, congestionado e muito dolorido. Surgem repentinamente nódu
los amarelados em grande quantidade, que são mais perceptíveis à palpação. Em sua
superfície, podem ser observadas as aberturas das glândulas mucosas, bem dilata
das, por onde é eliminado líquido mucopurulento. Obs.: É também classificada como
uma dermatose pré-cancerosa. Outras designações: queilite glandular apostematosa.
Símbolo de classificação: 4.28.6.3.; 4.33.5.2.
queilite glandular simples: S. f. queilite glandular caracterizada por um aumento
exagerado do lábio inferior, em que se nota a presença de nódulos vermelhos, peque
nos, dolorosos, profundos. Na superfície desses nódulos observa-se a abertura dos
ductos grandulares, que, com a pressão, escoam líquido mucocatarral de consistên
cia gelatinosa ou fluida. Regride espontaneamente e pode tender a recidividade. Outras
designações: ø. Símbolo de classificação: 4.33.5.1.; 4.28.6.1.
queilite granulomatosa: S. f. afecção granulomatosa de causa desconhecida, embo
ra com possível tendência familiar. Caracteriza-se por edema crônico com altera
ções progressivas e agudizações recorrentes de um ou ambos os lábios, levando a
uma macroqueilia permanemte. Faz parte da síndrome de Melkerson-Rosenthal e
pode estar associada a gengiva hipertrófica, macroglossia, edema da região malar e
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 363
cas. Esse sistema impede também a perda de água do corpo e funciona como um
grande receptor para as sensações em geral. Excreta algumas substâncias através
das glândulas sudoríparas, protege o corpo humano contra a radiação ultravioleta
e atua na regulação térmica. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 2.
SKA: Sigla Ver: sarcoma de Kaposi.
SKC: Sigla Ver: sarcoma de Kaposi clássico.
SKE: Sigla Ver: sarcoma de Kaposi endêmico.
SKE: Sigla Ver: sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS.
SKE florido: S. m. Ver: sarcoma de Kaposi endêmico florido.
SKE infiltrativo: S. m. Ver: sarcoma de Kaposi endêmico infiltrativo.
SKE linfadenopático: S. m. Ver: sarcoma de Kaposi endêmico linfadenopático.
SKE nodular: S. m. Ver: sarcoma de Kaposi endêmico nodular.
SKI: Sigla Ver: sarcoma de Kaposi do imunodeprimido.
sodoku: S. m. bacteriose causada pela Spirillum minus e pela Streptobacillus
miniliformis (febre de Haverhill), transmitida ao homem através da mordida de um
rato ou outro roedor. Apresenta quadro inflamatório, erisipelatoso, que se mani
festa por uma úlcera endurecida, que aparece no local da mordida algumas sema
nas após a inoculação. Surge ainda uma erupção exantematosa roseolar, que pode
confluir, formando placas rijas. Os sintomas gerais são graves e evidenciam-se por
inflamação dos vasos linfáticos, inflamação dos gânglios linfáticos, linfonodopatia
regional, infecção generalizada, dor de cabeça e febre recorrente. Outras designa
ções: febre da mordida do rato (pop.), febre de Haverhill. Símbolo de classifica
ção: 4.21.8.
solenoníquia: S. f. Ver: distrofia canalicular mediana.
spider nevus: N. Cient. Ver: angioma estelar.
SSSS: Sigla Ver: Staphylococcal Scalded Skin Syndrome
Staphylococcal Scalded Skin Syndrome: Ingl. Ver: impetigo neonatal.
stucco-keratosis: N. Cient. neoplasia benigna da epiderme que apresenta pápulas
hiperceratósicas arredondadas ou ovais, de aspecto verrucoso, facilmente removí
veis sem sangramento. Pode haver lesão única ou múltiplas de cor acinzentada ou
castanho-acinzentada, com tamanho variável. É frequente a associação com ceratose
actínica, elastose solar e alterações características da pele idosa. As lesões são assin
tomáticas e se localizam quase que exclusivamente nos memebros inferiores (pernas
e pés), principalmente próximo ao calcanhar, na região do tendão de Aquiles. Outras
designações: estucoqueratose, queratose estucada, stucco queratose. Símbolo de
classificação: 4.29.1.5.
stucco queratose: S.f. Ver: stucco-keratosis.
sudamina: S. f. Ver: miliária cristalina.
sudômina: S. f. Ver: miliária rubra.
sudorese: S. f. Ver: hiperidrose.
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 395
úlcera eosinofílica da língua: S. f. afecção das mucosas que apresenta úlcera com
infiltrado eosinofílico. A regressão da afecção é espontânea. Outras designações:
ø. Símbolo de classificação: 4.33.14.
úlcera fagedênica: S. f. Ver: úlcera tropical.
úlcera hematopoética: S. f. lesão ulcerada da perna de origem vascular e sanguínea
caracterizada por uma ou várias úlceras relativamente pequenas, bem delimitadas e
bilaterais em metade dos casos. Hematopatias como policitemia vera, croglobunemia,
microglobulinemia, anemias drepanocítica e hemolítica ocorrem. As úlceras se loca
lizam na perna. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.14.5.4.
úlcera hipertensiva: S. f. lesão ulcerada da perna de origem vascular e sanguínea que
ocorre com frequência em indivíduos hipertensos (com hipertensão arterial diastólica).
Observam-se lesões arteriolares que produzem, na pele, úlceras dolorosas, com base
necrótica e geralmente bilaterais. Os pulsos tibial posterior e pedioso se encontram
diminuídos ou ausentes. Podem ocorrer infarto, necrose isquemia. Outras designa
ções: úlcera isquêmica. Símbolo de classificação: 4.14.5.2.
úlcera hipostática: S. f. Ver: úlcera de estase.
úlcera isquêmica: S. f. Ver: úlcera hipertensiva.
úlcera neuroatrófica: S. f. Ver: mal perfurante plantar.
úlcera perfurante do pé: S. f. Ver: mal perfurante plantar.
úlcera serpiginosa: S. f. Ver: donovanose.
úlcera tropical: S. f. bacteriose causada por diversos micro-organismos, dentre eles o
Corynebacterium diphtherae, o Spirochaeta shaudenni e o Fusobacterium fusiformis.
Apresenta uma ou mais lesões ulceradas, fundas e dolorosas, contendo material ne-
crótico purulento. Instalam-se primariamente em pele sã ou infectam secundaria
mente lesões de outra natureza, propagando-se rapidamente, com formação de esfácelo
(úlcera fagedênica). Localiza-se em geral nos membros inferiores. Outras designa
ções: úlcera de Áden, úlcera de Malabar. Símbolo de classificação: 4.21.2.
úlcera tuberosa: S. f. Ver: angioedema.
úlcera varicosa: S. f. Ver: úlcera de estase.
ulceração: S. f. perda tecidual causada por processo destrutivo endógeno. Caracteri
za-se por perda da epiderme, derme e, eventualmente, hipoderme e outros tecidos,
deixando cicatrizes quando regride. Outras designações: helcose. Símbolo de clas
sificação: 3.4.2.
ulceração crônica por Mycobacterium ulcerans: S. f. Ver: micobacteriose atípica
ulcerada.
ulceração micobacteriana: S. f. Ver: micobacteriose atípica ulcerada.
uleritema: S. m. eritema caracterizado por atrofia superficial e por formação de cica
trizes. Localiza-se nos tegumentos. Outras designações: ø. Símbolo de classifi
cação: 3.1.1.1.1.10.
uleritema reticulado: S. m. Ver: foliculite uleritematosa reticular.
DICIONÁRIO DE DERMATOLOGIA 413
relacionado à cirrose biliar primária. Pode ocorrer associada a outros tipos de xantomas
ou na hiperlipoproteinemia. Outras designações: ø. Símbolo de classifica
ção: 4.1.2.1.7.
xantoma secundário: S. m. xantoma que ocorre geralmente em casos de uso de
retinoides ou de doenças como a cirrose biliar primária, pancreatite crônica, diabe
tes, nefrose, hemacromatose, entre outros. Nesses casos há elevação dos lipídios.
Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.1.2.1.9.
xantoma tendinoso: S. m. xantoma que apresenta nódulos subcutâneos de desenvol
vimento lento, que ocorrem ao longo dos tendões, aponeurose, periósteo e fáscias,
cobertos por pele de aspecto normal. O xantoma tendinoso é, na maior parte dos
casos, assintomático e ocorre frequentemente em casos de hipercolesterinemia, po-
dendo ocorrer também em situações de lipidermia normal. Manifesta-se em geral no
dorso das mãos, cotovelos, joelhos e tornozelos. Outras designações: ø. Símbolo
de classificação: 4.1.2.1.2.
xantoma tuberoso: S. m. xantoma relacionado com o aumento de fosfolipídios san
guíneos e do colesterol. Apresenta nódulos ou nodosidades, pápulas, placas, lesões
lineares e confluentes. Os nódulos nunca se ulceram, podendo ser encontrados iso
lados ou agrupados. As lesões são grandes, nodulares, firmes e indolores. Manifes
tam-se em geral na superfície de extensão dos membros (principalmente nosjoelhos
e nos cotovelos), nas nádegas e tornozelos. Acometem, muitas vezes, as articulações
falangianas. Outras designações: ø. Símbolo de classificação: 4.1.2.1.1.
xantoma verruciforme: S. m. retículo-histiocitose caracterizada por lesão verrugosa,
solitária, da mucosa oral, ocorrendo também na genitália e em outras partes do cor-
po. Pode haver lesões com hiperplasia epidérmica. Observa-se xantomização apenas
nas papilas epidérmicas. Outras designações: ø. Símbolo de classifica
ção: 4.1.11.7.4.
xantomatose múltipla: S. f. Ver: xantoma disseminado.
xantomatose plana difusa: S. f. histiocitose X que tem início sob a forma de xantelasma,
adquirindo, em seguida, placas generalizadas, planas ou levemente elevadas, prima
riamente histiocitárias, com xantomização secundária. Pode estar associada ao mieloma
múltiplo, retículo-histiocitose e leucemia. Outras designações: ø. Símbolo de clas
sificação: 4.1.11.6.
xantossidero-histiocitose: S. f. histiocitose X rara, que apresenta lesões nos olhos, no
sistema nervoso central e tegumentares acastanhadas, devido à presença de ferro e
lipídios nos histiócitos. Manifesta-se em geral nas mucosas, face, pescoço e nas su-
perfícies de flexão. Ocorre diabetes insípido, devido à infiltração de pituitária. Outras
designações: ø. Símbolo de classificação: 4.1.11.5.
xeroderma pigmentar: S. m. Ver: xeroderma pigmentoso.
xeroderma pigmentoso: S. m. genodermatose com fotossensibilidade rara, de cará
ter autossômico recessivo. Ocorre o envelhecimento precoce, tumores cutâneos
432 LÍDIA ALMEIDA BARROS
múltiplos nos locais expostos à luz solar, além de ceratoses actínicas e manchas
pigmentadas (como sarna). No início é possível notar o aparecimento de efélides,
lentigo solar, telangiectasias e atrofia. O paciente apresenta a pele seca, alterações
oculares (fotobia), ceratite, surdez, alterações motoras, sensitivas e piranidais, além
do provável retardo mental e raro defeito imunológico. Obs.: É também uma dermatose
pré-cancerosa. Outras designações: xeroderma pigmentar, dermatose de Kaposi,
atrofodermia pigmentosa, angioma pigmentoso e atrófico, xeroderma pigmentosum.
Símbolo de classificação: 4.30.2.9.3.; 4.28.9.
xeroderma pigmentosum: S. m. Ver: xeroderma pigmentoso.
xiquexique: S. m. (Bras., SP) Ver: tungíase.
XPA: Sigla Ver: xeroderma pigmentoso.
XPB: Sigla Ver: xeroderma pigmentoso.
XPC: Sigla Ver: xeroderma pigmentoso.
XPD: Sigla Ver: xeroderma pigmentoso.
XPE: Sigla Ver: xeroderma pigmentoso.
XPF: Sigla Ver: xeroderma pigmentoso.
XPG: Sigla Ver: xeroderma pigmentoso.
XP-V: Sigla Ver: xeroderma pigmentoso.
Z
EQUIPE DE REALIZAÇÃO
Coordenação Geral
Marcos Keith Takahashi
CULTURA
ACADÊMICM
8 z/z' f ú /z a