Vademecum Jurisprudencia Atualizacoes Fev 2019 PDF
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Direito do Consumidor
Observação:
Ao observar o inteiro teor dos julgados e os casos examinados, percebe-se a seguinte
distinção:
• Se o consumidor encontra o corpo estranho sem ter comido nada do produto: não
cabem danos morais.
• Se o consumidor encontra o corpo estranho após ter comido parte do produto:
cabem danos morais, mesmo que ele não tenha ingerido o corpo estranho.
Vale ressaltar, contudo, que essa diferenciação não consta de forma expressa nos
julgados. Trata-se, contudo, de uma constatação pessoal, razão pela qual deve-se ter
cautela em afirmar isso nos concursos públicos. Para fins de prova, é importante ficar
com a redação literal das ementas, conforme exposta no quadro acima.
Atualização 2: para ser juntada na pág. 192 do Livro Vade Mecum 4ª ed.
Direito Administrativo
9 SERVIDORES PÚBLICOS
Direito Penal
7 PRESCRIÇÃO
Direito do Consumidor
▪ Temas correlatos
Na pág. 402 consta uma tabela com diversas situações envolvendo furtos e roubos e
responsabilidade civil do fornecedor. Dentre essas situações, é mencionado o
seguinte julgado:
Direito Penal
1 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
Nas pág. 675 e 676, após os tópicos abaixo, incluir a atualização seguinte:
O tema foi decidido sob a sistemática do recurso repetitivo e fixou-se a seguinte tese:
Incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho
quando o débito tributário verificado não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte
mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002, com as atualizações
efetivadas pelas Portarias n. 75 e 130, ambas do Ministério da Fazenda.
STJ. 3ª Seção. REsp 1.709.029/MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em
28/02/2018 (recurso repetitivo).
Atualização 6: para ser juntada na pág. 833 do Livro Vade Mecum 4ª ed.
4 PRISÃO E LIBERDADE
Os critérios para a substituição de que tratam esses incisos devem ser os seguintes:
REGRA. Em regra, deve ser concedida prisão domiciliar para todas as mulheres
presas que sejam
- gestantes
- puérperas (que deram à luz há pouco tempo)
- mães de crianças (isto é, mães de menores até 12 anos incompletos) ou
- mães de pessoas com deficiência.
EXCEÇÕES:
Não deve ser autorizada a prisão domiciliar se:
1) a mulher tiver praticado crime mediante violência ou grave ameaça;
2) a mulher tiver praticado crime contra seus descendentes (filhos e/ou netos);
3) em outras situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser devidamente
fundamentadas pelos juízes que denegarem o benefício.
Obs1: o raciocínio acima explicado vale também para adolescentes que tenham
praticado atos infracionais.
Obs2: a regra e as exceções acima explicadas também valem para a reincidente. O
simples fato de que a mulher ser reincidente não faz com que ela perca o direito à
prisão domiciliar.
STF. 2ª Turma. HC 143641/SP. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 20/2/2018
(Info 891).
Atualização 7: para ser juntada na pág. 518 do Livro Vade Mecum 4ª ed.
2 COMPETÊNCIA
Em ação proposta pelo Ministério Público Federal, órgão da União, somente a Justiça
Federal está constitucionalmente habilitada a proferir sentença que vincule tal
órgão, ainda que seja sentença negando a sua legitimação ativa.
STJ. 1ª Seção. AgInt no CC 151.506/MS, Rel. Min. Assusete Magalhães, julgado em
27/09/2017.
Atualização 8: para ser juntada na pág. 413 do Livro Vade Mecum 4ª ed.
Direito do Consumidor
4 PROTEÇÃO CONTRATUAL
O entendimento exposto neste julgado está SUPERADO por este novo precedente:
Cabe ao consumidor a escolha para exercer seu direito de ter sanado o vício do
produto em 30 dias - levar o produto ao comerciante, à assistência técnica ou
diretamente ao fabricante.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.634.851-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 12/09/2017
(Info 619).
Atualização 9: para ser juntada na pág. 773 do Livro Vade Mecum 4ª ed.
Direito Penal
Direito Penal
Novos comentários
A Lei nº 13.654/2018 promoveu diversas mudanças no Código Penal. Dentre elas, a
Lei revogou o inciso I do § 2º do art. 157. No entanto, acrescentou o inciso I do § 2º-
A do art. 157 do CP com a seguinte redação:
Art. 157 (...)
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído pela Lei nº 13.654/2018)
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo;
Com isso, o roubo com o emprego de arma “branca” não é mais punido como roubo
circunstanciado. Trata-se, em princípio, de roubo em seu tipo fundamental (art. 157,
caput).
Pode-se, portanto, dizer que a Lei nº 13.654/2018, neste ponto, é mais benéfica. Isso
significa que ela, neste tema, irá retroagir para atingir todos os roubos praticados
mediante arma branca.
Exemplo: em 2017, João, usando um canivete, ameaçou a vítima, subtraindo dela o
telefone celular. O juiz, na 1ª fase da dosimetria, fixou a pena-base em 4 anos. Não
havia agravantes ou atenuantes (2ª fase). Na 3ª fase (causas de aumento ou de
diminuição), o magistrado aumentou a pena em 1/3 pelo fato de o crime ter sido
cometido com emprego de arma branca (canivete), nos termos do art. 157, § 2º, I,
do CP. 1/3 de 4 anos é igual a 1 ano e 4 meses. Logo, João foi condenado a uma pena
final de 5 anos e 4 meses (pena-base mais 1/3). O processo transitou em julgado e
João está cumprindo pena. A defesa de João pode pedir ao juízo das execuções
penais (Súmula 611-STF) que aplique a Lei nº 13.654/2018 e que a sua pena seja
diminuída em 1 ano e 4 meses em virtude do fato de que o emprego de arma branca
na prática do roubo ter deixado de ser causa de aumento de pena.
Roubo com emprego de arma:
ARMA BRANCA: a utilização de arma branca no roubo deixou de ser uma majorante
do roubo.
Quem foi condenado com essa causa de aumento poderá pedir a redução da pena
mesmo que tenha havido trânsito em julgado.
A Lei 13.654/2018 retroage, neste ponto, por ser mais favorável (“novatio legis in
mellius”).
3 COMPETÊNCIA
10 OUTROS TEMAS
Direito Penal
1 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
E no STF?
Apesar de encontrarmos um julgado em sentido contrário (STF. 1ª Turma. HC 127978,
Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 24/10/2017. Info 883), o entendimento que
prevalece no STF é o mesmo do STJ. Veja:
O desenvolvimento clandestino de atividade de transmissão de sinal de internet, via
rádio, comunicação multimídia, sem a autorização do órgão regulador, caracteriza, por
si só, o tipo descrito no artigo 183 da Lei nº 9.472/97, pois se trata de crime formal,
inexigindo, destarte, a necessidade de comprovação de efetivo prejuízo.
STF. 1ª Turma. HC 152118 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 07/05/2018.
Atualização 14: para ser juntada na pág. 766 do Livro Vade Mecum 4ª ed.
Direito Penal
Direito Constitucional
3 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Direito Administrativo
8. CONCURSOS PÚBLICOS
Colocar a seguinte atualização abaixo do julgado RMS 49.896-RS, que aparece nos
dois itens acima:
Direito Penal
7. PRESCRIÇÃO
Direito Administrativo
Processo Civil
Sustentação oral
Não cabe sustentação oral no julgamento que aprecia o pedido de liminar formulado
em mandado de segurança. Obs: caberá sustentação oral no julgamento final do MS.
STF. Plenário. MS 34127 MC/DF, MS 34128 MC/DF, Rel. orig. Min. Roberto Barroso,
red. p/ o acórdão Min. Teori Zavascki, julgados em 14/4/2016 (Info 821).
Obs: foi publicada a Lei nº 13.676/2018, que alterou a Lei nº 12.016/2009, para
permitir a defesa oral do pedido de liminar na sessão de julgamento do mandado de
segurança. Veja a nova redação do art. 16 da Lei do MS:
Art. 16. Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá ao relator a
instrução do processo, sendo assegurada a defesa oral na sessão do julgamento.
Art. 16. Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá ao relator
a instrução do processo, sendo assegurada a defesa oral na sessão do julgamento do
mérito ou do pedido liminar.
Atualização 20: para ser juntada na pág. 1.009 do Livro Vade Mecum 4ª ed.
Direito Previdenciário
1. APOSENTADORIA
STJ. 1ª Turma. REsp 1.533.402-SC, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 1º/9/2015
(Info 569).
Direito Administrativo
9. SERVIDORES PÚBLICOS
14 RECURSOS
Direito Penal
IMPORTANTE!
A Lei nº 13.718/2018 alterou a redação do art. 225 do CP e passou a prever que todos
os crimes contra a dignidade sexual são de ação pública incondicionada (sempre).
Não há exceções!
Veja a nova redação do art. 225 do CP:
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante
ação penal pública incondicionada. (Redação dada pela Lei nº 13.718/2018).
Direito Constitucional
3 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Direito Penal
Direito Empresarial
Direito Civil
6 RESPONSABILIDADE CIVIL
Direito Penal
1 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
Contrabando
Vale ressaltar, no entanto, que o STJ possui alguns precedentes admitindo, de forma
excepcional, a aplicação deste princípio para o caso de contrabando de pequena
quantidade de medicamento para uso próprio:
A importação de pequena quantidade de medicamento destinada a uso próprio
denota a mínima ofensividade da conduta do agente, a ausência de periculosidade
social da ação, o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e a
inexpressividade da lesão jurídica provocada, tudo a autorizar a excepcional
aplicação do princípio da insignificância.
STJ. 5ª Turma. EDcl no AgRg no REsp 1708371/PR, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik,
julgado em 24/04/2018.
Atualização 30: para ser juntada na pág. 171 do Livro Vade Mecum 4ª ed.
Direito Administrativo
8 CONCURSOS PÚBLICOS
Direito Administrativo
1 PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS
Direito Administrativo
9 SERVIDORES PÚBLICOS
O STF, em embargos de declaração, afirmou que esta decisão (RE 589998/PI) que se
imaginava que valeria para todas as empresas públicas e sociedades de economia
mista, só se aplica para os Correios.
Quanto às demais empresas públicas e sociedades de economia mista, o STF afirmou
que ainda não decidiu o tema, ou seja, terá que ser analisado caso a caso.
Assim, por enquanto, essa decisão só se aplica para os Correios.
A tese fixada foi a seguinte:
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) tem o dever jurídico de motivar,
em ato formal, a demissão de seus empregados.
STF. Plenário. RE 589998 ED/PI, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 10/10/2018.