Cartilha Melhor em Casa PDF
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Melhor em Casa
1. Atenção Domiciliar
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Segundo Feuerwerker & Merhy (2008), a casa possibilita 2. Organização da Atenção Domiciliar segundo a Portaria
um novo “espaço de cuidado” que “pode remeter a uma 2.527
identificação e proximidade do cuidador para além da
função técnica e da instituição hospitalar”. Este novo local A AD, no âmbito do SUS, deverá ser organizada em três
permite um leque de opções na produção do cuidado e uma modalidades, definidas a partir da caracterização do
maior autonomia para a família do usuário (Carvalho, 2009) paciente cuidado e do tipo de atenção e procedimentos
utilizados para realizar o cuidado dos mesmos:
Vale ressaltar, que o cuidado aqui referido não é entendido
como um nível de atenção do sistema, nem como um AD1: destina-se aos usuários que possuam problemas
procedimento simplificado, mas como uma ação integral. de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou
impossibilidade física de locomoção até uma unidade de
A Atenção Domiciliar foi instituída pela portaria 2.029 de saúde, que necessitam de cuidados com menor frequência
24 de agosto de 2011 que foi substituída pela portaria 2.527 e menor necessidade de recursos de saúde. A prestação da
de 27 de outubro de 2011 e foi produto de um importante assistência na modalidade AD1 é de responsabilidade das
processo de negociação e pactuação tripartite que contou equipes de atenção básica, incluindo equipes de Saúde da
com vários momentos nos quais, Ministério da Saúde e Família e Núcleos de Apoio à Saúde da Família, por meio
os gestores municipais e estaduais, representados pelo de visitas regulares em domicílio, no mínimo, uma vez por
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde mês.
(CONASEMS) e Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(CONASS), respectivamente, consideraram o acúmulo das AD2: destina-se aos usuários que possuam problemas
experiências concretas realizadas no cotidiano do SUS e da de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de
política direcionada à internação domiciliar vigente antes locomoção até uma unidade de saúde e que necessitem
desta portaria. de maior frequência de cuidado, recursos de saúde e
acompanhamento contínuos, podendo ser oriundos de
Com o objetivo de permitir que os municípios com menor diferentes serviços da rede de atenção. A prestação
porte populacional também pudessem ter implantados em de assistência à saúde na modalidade AD2 é de
seu território serviços de atenção domiciliar com o apoio responsabilidade da Equipe Multiprofissional de Atenção
do Ministério da Saúde, foi publicada nova portaria (GM Domiciliar (EMAD) e da Equipe Multiprofissional de Apoio
2.527 de 27 de outubro de 2011), que redefine a atenção (EMAP), ambas designadas para esta finalidade.
domicilia no âmbito do SUS.
AD3: A modalidade AD3 destina-se aos usuários
que possuam problemas de saúde e dificuldade ou
impossibilidade física de locomoção até uma unidade de
saúde, com necessidade de maior frequência de cuidado,
recursos de saúde, acompanhamento contínuo e uso de
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equipamentos, podendo ser oriundos de diferentes serviços Podemos resumir que todos os municípios com uma EMAD
da rede de atenção à saúde. A prestação de assistência à implantada poderão implantar uma EMAP e a cada 03 (três)
saúde na modalidade AD2 é de responsabilidade da Equipe EMAD a mais, fará jus à possibilidade de implantar mais
Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) e da Equipe uma EMAP, de acordo com o diagrama abaixo:
Multiprofissional de Apoio (EMAP), ambas designadas para
esta finalidade.
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profissionais de saúde de nível superior, com carga horária • Assim, uma ESF pode indicar a inserção de um idoso
semanal mínima de 30 horas, eleitos entre as seguintes acamado em decorrência de seqüela de AVC, inserido na
categorias: modalidade AD1, e que evoluiu com pneumonia comunitária,
na modalidade AD3 sob cuidados de uma EMAD;
- assistente social;
• Da mesma forma, um politraumatizado que dá entrada
- fisioterapeuta; numa UPA, mas que tem condições de ter os cuidados
-fonoaudiólogo; necessários realizados no domicílio pode ser inserido na
modalidade AD2 e passar a ser cuidado por uma EMAD
-nutricionista; com apoio de uma EMAP.
- odontólogo; • Por outro lado, um paciente que está hospitalizado pode
ter condições e indicação de concluir/continuar o plano
-psicólogo;
de cuidados em casa, inserido na modalidade AD3, sob os
- farmacêutico; e cuidados de uma EMAD.
- terapeuta ocupacional. Como foi exemplificado, poderemos ter, então, três origens
do paciente que se beneficiará com a atenção domiciliar:
- Atenção Básica;
4. Atenção Domiciliar e a constituição das Redes de
Atenção à Saúde (RAS) - Serviço de Atenção às Urgências e Emergências;
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- Pré-hospitalar: quando a AD é a indicada como alternativa o seu cuidado. Os serviços de AD que não contam com a
à internação hospitalar, que seria a única opção nas retaguarda da atenção básica, acabam sobrecarregados
localidades onde a AD não existisse. Neste caso, as equipes com o cuidado de pacientes crônicos, mas estáveis, que
de atenção básica e as equipes que trabalham nas portas deveriam estar sob os cuidados das equipes de atenção
de urgência e emergência têm o papel de indicar a AD e básica. Isso diminui a resolutividade do SAD, pois os
acionar a EMAD para a condução do caso. pacientes mais complexos e geralmente cronificados
(modalidade AD3), nunca recebem “alta” dos cuidados
- Pós-hospitalar: quando a AD é indicada como alternativa da equipe de atenção domiciliar, mesmo que já estejam
segura e preferível para dar continuidade aos cuidados estáveis e possam ser acompanhados pela atenção básica,
iniciados no hospital durante uma internação hospitalar. isto é, a taxa de permanência está sempre elevada, gerando
Neste caso, a equipe que trabalha no hospital tem o papel um ciclo vicioso.
de indicar a AD e acionar a EMAD para a condução do caso.
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VI - estimular a participação ativa dos profissionais de V - adaptação do paciente ao uso de órteses/próteses;
saúde envolvidos, do usuário, da família e do cuidador.
VI - adaptação de pacientes ao uso de sondas e ostomias;
III - não se enquadrar nos critérios previstos para o AD2 e XII- necessidade de cuidados paliativos;
AD3 descritos na Portaria; XIII - necessidade de medicação endovenosa ou subcutânea;
ou
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a) oxigenoterapia e Suporte Ventilatório não invasivo 7. Adesão ao Componente Atenção Domiciliar da Rede de
(Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP), Pressão Atenção às Urgências
Aérea Positiva por dois Níveis (BIPAP), Concentrador de
O2);
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Gestor elabora Detalhamento do Componente AD 8. Condições para habilitação:
do Plano de Ação da RAU + Projeto de implantação
da AD de acordo com a Portaria 2.527 e detalhado a) Quantidade de EMAD e EMAP proposta deve obedecer
neste Manual instrutivo (anexo 1 e 2)
aos parâmetros estabelecidos;
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9. Monitoramento & Avaliação/Sistemas de Informação nº. Indicador Fórmula e Unidade Frequência e
produção
1 Taxa de (número de óbitos de Mensal
mortalidade pacientes em internação
Conforme descrito na Portaria 2.527, os procedimentos para a domiciliar no mês /
produzidos pelas equipes (EMAD e EMAP) deverão modalidade Todos os pacientes que
internação receberam atenção na
ser informados no SIA e SIH, sendo importante para domiciliar modalidade internação
acompanhamento, repasse dos rescursos e cálculo dos domiciliar no mês) *100
[%]
indicadores. Para monitoramento, acompanhamento e
2 Taxa de (número de pacientes Mensal
avaliação locais, apresentamos os indicadores abaixo: internação em atenção domiciliar
após atenção que necessitaram de
domiciliar internação hospitalar no
mês / Todos os pacientes
que receberam atenção
I- Indicadores da RDC nº 11, de 26 de janeiro de 2006 domiciliar no mês) *100
(devem constar, necessariamente, no Detalhamento do [%]
Componente AD do Plano de Ação da RAU) 3 Taxa de (número de pacientes em Mensal
infecção para internação domiciliar com
II- Indicadores propostos a modalidade episódios de infecção no
internação mês / Todos os pacientes
domiciliar que receberam atenção
na modalidade internação
domiciliar no mês) *100
I. Indicadores da RDC nº 11, de 26 de janeiro de 2006 [%]
4 Taxa de alta (número de pacientes em Mensal
da modalidade assistência domiciliar que
assistência receberam alta no mês /
domiciliar Todos os pacientes que
receberam atenção na
modalidade assistência
domiciliar no mês) *100
[%]
5 Taxa de alta (número de pacientes em Mensal
da modilidade internação domiciliar que
internação receberam alta no mês /
domiciliar Todos os pacientes que
receberam atenção na
modalidade internação
domiciliar no mês) *100
[%]
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I. Indicadores sugeridos:
a. Avaliar a resolutividade
Tempo de da EMAD, que
permanência de envolve processos de Numerador:
Tempo médio pacientes em EP, capacidade de O parâmetro será SIH-SUS e
3. Média de de permanência dias sobre o total promover autonomia no construído c/ o Denominador:
Permanência numa Processo de pacientes de pacientes paciente e do cuidador, acompanhamento da Cadastro local
EMAD acompanhados acompanhados funcionamento em rede, média de permanência de pacientes
pelas EMADs pelas EMADs, em capacidade da EMAD de alcançado nas localidades acompanhados
determinado local e encaminhar para AD1
período. b. Avaliar a rotatividade de
pacientes nos SADs;
a. Medir diretamente
% de intern. o impacto da atenção
Número de intern.
domiciliares e domiciliar na capacidade > 20% no 1º ano
domiciliares X 100
hospitalares geradas de aliviar a porta de (parâmetro poderá
sobre o número
4. Taxa de nas urgências/ urgência. ser readequado ao
de internações Numerador:
internações emergências b. Avaliar a habilidade da longo do tempo c/
hospitalares geradas SIA/SIH-SUS e
domiciliares geradas Processo comparando com as urgência/emergência em acompanhamento da taxa
por estabelecimento Denominador:
nas urgências/ intern. hospitalares direcionar pacientes com de intern. domiciliares
de urgência/ SIH-SUS
emergências em clinica médica perfil de AD2 e AD3 para geradas nas urgências/
emergência, em
geradas na Atenção Domiciliar; emergências nas
determinado local e
mesma urgência/ c. Capacidade dos localidades)
período.
emergência SADs em absorver essa
demanda.
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Denominação Tipo Conceituação Método de cálculo Objetivo Parâmetro Fontes
a. Verifica se a quantidade
intern. domiciliares
aumenta em relação às
internações hospitalares.
Número de pacientes > 20% no 1º ano (
Percentual de Sua variação está
em internação parâmetro poderá Numerador:
pacientes em relacionada com a
domiciliar X 100 ser readequado ao Cadastro local
internação média de permanência
sobre o número longo do tempo com o de pacientes
5. Taxa de internação hospitalar e hospitalar, e na taxa de
Resultado total de pacientes acompanhamento da em internação
domiciliar que concluirão/ infecções hospitalares;
em internação taxa de internações domiciliar e
continuarão b. Avaliar a habilidade
hospitalar, em domiciliares geradas nas Denominador:
seu cuidado em e a capacidade do SAD
determinado local e urgências/emergências SIH-SUS
domicílio em absorver a demanda
período nas localidades
de busca ativa para a
desospitalização de
pacientes com perfil de
AD2 e AD3.
* Donabedian (1978).
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3. Características Técnicas do Programa de Atenção
Domiciliar:
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3.10 Descrever o programa de educação permanente para ANEXO 2
as equipes de EMAD e EMAP;
ROTEIRO TÉCNICO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE
4. Proposta Local de Acompanhamento, Monitoramento IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR
e Avaliação: a proposta de avaliação e acompanhamento
deve ser local, porém o conjunto mínimo de indicadores
estabelecido pela RDC nº 11 da ANVISA, de 26 de janeiro Município/UF
de 2006, é referência obrigatória para manutenção de um
conjunto mínimo de informações acerca dos serviços. População
Coordenador/Referência
Técnica da Atenção Domiciliar
smS
Proponente ses
DF
N° de EMAD propostas
N° de EMAP propostas
SIM
As equipes propostas já estão
em funcionamento
não
Cobertura da AD no município
(N° de pessoas cobertas pelas
EMAD/População Total do
Município x 100
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agenda 2012
SAMU Municipal
Peças promocionais:
não notas
Nome da EMAP
A SEGURANÇA DO HOSPITAL NO
2° profissional
CONFORTO DO SEU LAR
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Doblo Uno
Adesivo
Gol
PARTICIPO
DO PROGRAMA
Kombi
30 31
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