Atendimento Psicológico

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 12

FACULDADE DE SÁUDE

PSICOLOGIA

A PSICOLOGIA E O ATENDIMENTO A CRIANÇA E AO ADOLESCENTE

Inaê Elias do Nascimento


Maria Clara de Mello Garcia
Leticia Lima Pinheiro
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende contribuir na formação das (os)


psicólogas (os) fornecendo contato com a realidade e bases para a reflexão
acerca do papel desse profissional no campo de trabalho em questão.

Evidenciaremos como um psicólogo ético deve se portar no


atendimento de crianças e adolescentes, outro objetivo é mostrar a importância
do conhecimento das leis nacionais que perpassam as resoluções aplicadas a
nós psicólogas (os).

O contexto de surgimento e proteção da infância é algo recente em


nosso país, no Brasil colônia os filhos de escravos tinham suas infâncias
abreviadas, até os 7 anos acompanhavam suas mães nas plantações e a partir
dos 8 já eram inseridas em atividades de esforço físico e submetidas a castigos
físicos. (Góes & Florentino, 2002).

Em 1870 à história da criança e do adolescente excluídos toma um


novo rumo surgindo a Lei do Ventre Livre, mas tal lei não as protegia das
situações de abandono, tornando-se em crianças de rua, as marcas do
abandono ainda estão presente em nossa sociedade, a criança e adolescente
se tornou vulnerável a fome cometendo atos ilícitos e sofrendo violências, uma
crescente e triste estatística é a violência sexual, e esta pode ser evidenciada
sob várias formas, com maneiras diferenciadas de expressão, tais como
estupro, incesto, atentado violento ao pudor, abuso sexual e exploração sexual,
comercial, podendo ocorrer inclusive, no contexto familiar; a violência sexual,
da mesma forma, data da vinda das primeiras caravelas, quando as meninas
também eram recrutadas e enviadas para servirem de esposas aos
FACULDADE DE SÁUDE
PSICOLOGIA

portugueses nas colônias. Muitas delas recebiam abusos ainda nas


embarcações.

Os frutos amargos de uma estrutura social ainda permanecem porem


as leis que protegem a criança e o adolescente produziram avanços
conceituais e contribuíram para a elaboração de planos de ação e de
enfrentamento, principalmente àqueles que carecem economicamente,
respaldados por lei o direito ao cuidado integral.

O papel do psicólogo agora é a atenção na proteção integral, e ele deve


considerar a criança e o adolescente como sujeitos de sua história, sujeitos de
direitos, protagonistas; tem que atuar em rede, interdisciplinarmente (Conselho
Federal de Psicologia, 2003).

Deste modo, esse trabalho pretende apontar aspectos nos quais os


profissionais da psicologia devem se atentar ao realizar atendimento a crianças
e adolescentes.

2. JUSTIFICATIVA

Este trabalho visa ampliar o conhecimento sobre as concepções


diferentes no tratamento da infância e da adolescência, sobre a perspectiva
das politicas instituídas na época.

Verifica-se que aqueles que pertencem a classes com maior poder


aquisitivo, possuem mais chances de viver um desenvolvimento prolongado, as
que possuem de baixo poder aquisitivo, têm um desenvolvimento normalmente
abreviado, Mannheim (1968) denomina essas fases de desenvolvimento de
“prolongadas” ou “abreviadas”.

No século XX, a conjuntura institucional e os agravantes


socioeconômicos, originou uma nova representação social contra essas
crianças e adolescentes das classes populares que ocupavam as ruas das
grandes cidades.
FACULDADE DE SÁUDE
PSICOLOGIA

Esses “menores abandonados” passaram a ser vistos como “menores


infratores” que precisavam de reclusão e reeducação, cabendo ao Estado a
responsabilidade de criar e manter entidades capazes de afastá-los da
comunidade, auxiliando-o, assim, a manter a ordem pública, criando assim o
código de Menores promulgado em 1927 como a primeira resposta mais
consistente à presença incomodativa dos jovens pobres. Incorporava tanto uma
visão higienista de proteção do meio e do indivíduo como a visão jurídica
repressiva e moralista.

Apesar da Declaração dos Direitos da criança, de 1959, em 1970 as


crianças e adolescentes careciam de cuidados, novamente marcadas pelo
fracasso das entidades fechadas, aliado “...repúdio ético e político de setores
da sociedade” (Costa, 1990, p. 20), no final da década de 1970, ao Plano de
Integração Menor surge objetivando o seu atendimento em seu meio de origem
com intuito evitar que a necessidade de sobrevivência impulsionasse os
meninos para a rua, não pautado na proteção.

A década de 1980, com o fim da ditadura militar emergem movimentos


sociais pautados nos direitos humanos e na democracia, produzindo uma nova
postura no processo de conscientização quanto às crianças e aos adolescentes
em situação de risco pessoal e social.

Compreendendo a criança e adolescente em risco aquele que

“por suas circunstâncias de vida, estão expostas à


violência, ao uso de drogas e a um conjunto de
experiências relacionadas a privações de ordem afetiva,
cultural e socioeconômica que desfavorecem o pleno
desenvolvimento biopsicossocial” (Lescher, 2004, p. 11).

Na década de 1980, surge um movimento de defesa dessas crianças


que culminou, em 1985, na constituição do Movimento Nacional de Meninos e
Meninas de Rua, organização da sociedade civil, que se tornará o marco e o
baluarte pela defesa dos direitos desses pequenos cidadãos, promovendo
fórum e movimentos nos anos decorrentes com apoio de profissionais da
saúda e educação.
FACULDADE DE SÁUDE
PSICOLOGIA

Em 1988, criou-se o Fórum Nacional Permanente de Entidades Não-


Governamentais de Defesa dos Direitos da criança e do Adolescente, que
mobilizou várias organizações pró-constituinte, e que, juntos, elaboraram o
projeto de que resultou a Lei nº 8.069/1990, denominada Estatuto da criança e
do Adolescente.

Segundo costa (1990), o Estatuto da criança e do Adolescente (EcA)


traz um novo ordenamento jurídico para a questão da infância e da juventude,
e este, assegurando sua cidadania prevista na carta magna.

O ECA construído com apoio multiprofissional e viés da proteção


integral, determina a forma de atuação das entidades governamentais e não
governamentais no atendimento à criança e ao adolescente e que, segundo o
Artigo 86, dar-se-á mediante um conjunto articulado de ações governamentais
e não-governamentais, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

No Artigo 87 do ECA, são traçadas as linhas de ação da política de


atendimento: políticas sociais básicas, políticas e programas de caráter
supletivo para os que dela necessitarem, serviços especiais de prevenção e
atendimento médico e psicossocial às vítimas de negligência, maus tratos,
exploração, abuso, crueldade e opressão, serviço de identificação e localização
de pais e responsáveis, crianças e adolescentes desaparecidos e proteção
jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e do
adolescente.

É nesse contexto da política de atendimento que tem lugar o papel do


psicólogo, principalmente na tarefa sobretudo aquelas em situações de risco
pessoal e social (CONANDA, 2000).

O ECA traz, para o profissional de Psicologia, papéis a serem


desempenhados nas políticas públicas de atendimento dos direitos da criança
e do adolescente, sendo este uma luta da categoria, devendo ser regente em
nosso trabalho.
FACULDADE DE SÁUDE
PSICOLOGIA

3. DESENVOLVIMENTO

Ao ser promulgada a constituição de 1988, conhecida como carta


magna, efetivou direitos fundamentais aos cidadãos, destarte a criança e o
adolescente passaram a receber atenção constitucional, disposto no artigo
227º

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar a


criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de
coloca-los a salvo de toda forma de negligencia, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão. (BRASIL, 1988)

Em 13 de Julho de 1990 nasce a Lei nº 8.069/90 “o Estatuto da Criança e do


Adolescente” colocando-as sobre proteção integral, desde a vida intrauterina
perpassando este direito a gestante, matriz da referida lei.

Os psicólogos devem pautar-se nas disposições legais, em especial o ECA


para realizar psicoterapia com menores de idade assegurando todas [...] as
oportunidades e facilidades físico, mental, moral, espiritual e social (artigo 3º),
primando pela proteção e socorro em quaisquer circunstância, como prevê o artigo 4º
inciso A, sendo punidos na forma da lei, por qualquer atentado, por ação ou omissão,
aos direitos fundamentais dos supracitados (artigo 5º).

Salientamos deve-se quebrar o sigilo em situações de vulnerabilidade e


risco, o art. 13 do ECA, onde os casos de suspeita ou confirmação de castigo
físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou
adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da
respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. (Redação
dada pela Lei nº 13.010, de 2014).
Parágrafo único. As gestantes ou mães que manifestem interesse em
entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à
Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
Vigência
§ 1o As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar
seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem
FACULDADE DE SÁUDE
PSICOLOGIA

constrangimento, à Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº


13.257, de 2016)
§ 2o Os serviços de saúde em suas diferentes portas de entrada, os
serviços de assistência social em seu componente especializado, o Centro de
Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do
Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão conferir
máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária da primeira
infância com suspeita ou confirmação de violência de qualquer natureza,
formulando projeto terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se
necessário, acompanhamento domiciliar. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016).
Caso sejam violados os direitos das crianças e dos adolescentes devemos
acionar o Conselho Tutelar, Conselho Municipal da Criança e Adolescente, Defensoria
Pública (núcleo especializado a infância e a juventude) e para auxilio de todos os
cidadãos Defensoria Pública do Estado de São Paulo (núcleo especializado de
cidadania de Direitos Humanos), Disque 100 Direitos Humanos, Conselho Estadual de
Defesa dos direitos da Pessoa Humana, Comissão Permanente de Direitos Humanos
da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Câmara Federal e Senado.

Em casos de violência familiar podemos acionar a delegacia da mulher, pois a


Lei 11.340 de 2006, mais conhecida como lei Maria da Penha também protege as
crianças, havendo violência contra a mulher, as crianças e adolescentes também
sofrem.

“A psicologia é para todos, mas é prioritária para crianças e adolescentes


ofendidos nos seus direitos”, sendo indivisíveis o direito à vida, ao desenvolvimento e
a integridade. (Cartilha A gente tem a ver com isto, p.20)

Como são cidadãos expostos a maiores vulnerabilidades em Plenária 1460ª


a COF (Comissão de Orientação e Fiscalização), orienta que quando for determinação
judicial o(a) psicólogo(a) é obrigado(a) a fazer o atendimento. 2) É direito da
criança/adolescente/adulto(a) a medida protetiva nos centros de saúde, ou seja, a de
ser atendido(a), e as vagas tem que ser garantidas com a prioridade das populações
vulneráveis estendidos as gestantes como previsto no artigo 5º do ECA.
Além dos atendimentos ofertados nas UBS, há serviços especializados por
multiprofissionais no CREAS, SUAS, CRAS e CAPsi.
FACULDADE DE SÁUDE
PSICOLOGIA

É direito assegurado o acesso integral de crianças e adolescentes á saúde,


por intermédio do SUS, com equidade no acesso a ações e serviços para promoção,
proteção e recuperação da saúde, reabilitação, medicamentos e próteses; com
atendimento sem discriminação e segregação aos deficientes, previstos nos artigo 11
do ECA.

As crianças e adolescentes têm direito á liberdade, ao respeito e a dignidade


como pessoas humanas e sujeitos civis (artigo 15º) com direito de ir e vir, opinião,
expressão, crença e culto religioso, brincar, praticar esportes, divertir, participar da
vida familiar e comunitária, sem discriminação, participar da vida política, na forma da
lei, buscar refúgio e auxílio e orientação (artigo 16º).

Os artigos do CF/88 e ECA artigos, 3º, 4º, 5º, 11º, 15º e 16º são citados no
Manual de Orientações 2014 - Legislação e Recomendações para o Exercício
Profissional da(o) Psicóloga(o), como fundamentais para o trabalho do psicólogo,
devendo pautar nesses ideais para tratamento de crianças e adolescentes. Outras
recomendações são redigidas pelo Conselho Regional de Psicologia para o trabalho
do psicólogo com crianças e adolescentes.

O ECA é o principal parâmetro do trabalho das(os) psicólogas(os), pois


trabalharam muito do lado de outros profissionais pela aprovação do ECA.
O Código de Ética são as diretrizes que orientam os profissionais da
psicologia baseado nos valores dos direitos humanos, no caso da criança e
adolescente deve se levar em conta os dispostos legais do ECA.

O Código de Ética traz dois artigos fundamentais e norteadores ao trabalho


da(o) psicóloga(o). Sobre a responsabilidade do psicólogo

Art. 8º Para realizar atendimento não eventual de criança,


adolescente ou interdito, o psicólogo deverá obter autorização
de ao menos um de seus responsáveis, observadas as
determinações da legislação vigente; §1° - No caso de não se
apresentar um responsável legal, o atendimento deverá ser
efetuado e comunicado às autoridades competentes; §2° - O
psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se
fizerem necessários para garantir a proteção integral do
atendido.

A criança e adolescente não são responsáveis pelos seus atos, estando


sobre tutela ou guarda, destarte, o Art. 13 prevê- No atendimento à criança, ao
FACULDADE DE SÁUDE
PSICOLOGIA

adolescente ou ao interdito, deve ser comunicado aos responsáveis o


estritamente essencial para se promoverem medidas em seu benefício.
Ressaltamos que o sigilo é algo resguardado na forma de lei pelo art. 9,
porem o art. 10º prevê a quebra caso houver necessidade, no que concerne o
trabalho com crianças e adolescentes o sigilo se torna mais delicado, tendo de
ter discernimento quando relatar algo aos responsáveis e como isso deve ser
feito, e preferencialmente orientar a criança e adolescente sobre o que irá falar
ou dar a oportunidade a este em casos que tenha esta possibilidade.

Ressaltamos os deveres fundamentais dos psicólogos quanto ao


atendimento de crianças e adolescentes previstos Art. 1º do código de ética

f. Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos,


informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo
profissional;

g. Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de


serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a
tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;

h. Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a


partir da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que
solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho.

A série de comunicação popular do CRP denominado “a gente tem a


ver com isto” prevê direitos fundamentais na psicoterapia com crianças e
adolescentes.
Direito a sexualidade
A responsabilidade não esta em quem sofre o abuso, sendo que o
abusador também precisa ser ajudado. Cabendo ao profissional da psicologia
mobilizar meios para tira-lo da situação de abuso e ao mesmo tempo protege-
los de situações humilhantes preservando.
A família deve ser orientada sobre como agir e os problemas causados
pelo abusador.
Outro assunto de merece nosso respeito e delicadeza é a orientação
sexual, garotos e garotas têm o direito de decidir por quem seu coração bate.
FACULDADE DE SÁUDE
PSICOLOGIA

Crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade

Direito a vida sem violência intrafamiliar

A violência dentro do lar é fruto de uma cultura machista mundial,


quando há violência a mulher os filhos ressentem e sofrem abuso junto, as
crianças e adolescentes obrigados a conviver com adultos violentos estão mais
suscetíveis a desenvolver sentimentos de culpa, medo e insegurança.

Direito a dignidade de não ser humilhado

O assédio sofrido por crianças é denominado de bullying, o bullying é


uma violência difícil de ser vista uma vez que quem sofre sente medo e
vergonha de denunciar. Os responsáveis pelos menores devem estar atentos
ao problema e discutir maneiras de deter essa violência, sendo o psicólogo um
mediador de extrema ajuda para os responsáveis e no enfrentamento de quem
sofre a violência.

Direito a sair das drogas

As drogas licitas e ilícitas são nocivas as crianças e aos adolescentes,


pois elas estão em fase especial desenvolvimento, as ilícitas trazem problemas
com o trafico e polícia. O psicólogo devem auxiliar a lidar com este problema
na medida em que ele tome as rédeas de sua própria historia; os municípios,
estados e federação tem recursos exclusivos à proteção, promoção e controle
social dos direitos das crianças e adolescentes.

Direito a uma nova chance

Pessoas maiores de 12 anos são responsabilizadas por atos


infracionais tendo que cumprir medidas socioeducativas, variando pela
gravidade no ato infracional, focado na educação, compreensão e respeito as
regras sociais. As (os) psicólogas (os) devem ver esse adolescente em sua
totalidade e não apenas como um infrator, pensando em estratégias de
diminuição de conflitos e aumento da qualidade de convivência.
FACULDADE DE SÁUDE
PSICOLOGIA

Desta forma o CRP repudiou PEC 33/2012 onde a Câmara dos


deputados lutavam pela diminuição da idade penal, considerando as
perspectivas de direitos humanos e do desenvolvimento psicossocial adequado
o CRP realizou conferências e notas de repúdio, evidenciando práticas
socioeducativas realizadas por profissionais da psicologia que diminuíram o
ato infracional, respeitando o ECA e a convenção dos direitos humanos de
1989.

Direito a participar

Crianças e adolescentes têm o direito de participar nas decisões que


afetam a sua vida, sendo corresponsáveis e cidadãos de direitos. Pois são
pessoas inteiras.

4. CONCLUSÕES FINAIS:

Destarte concluímos que a criança e adolescente são cidadãs


portadoras de direitos civis e que

Crianças e adolescentes não são projeção, desespero,


quadrado, cópia, passivo, ideal, mecânico, previsível, vazio,
mudo, burro, insensível, muro, abstrato, surdo, projeto,
receptor, mono, veiculo, mentira, recipiente, página, parte,
coisa, numero, sem fragmento, invisível, adulto. (Cartilha A
gente tem a ver com isto, p. 32).

Portanto, o olhar direcionado sempre deverá ser específico e


apropriado ao tratar-se de pessoas nessa fase do desenvolvimento. Para isso,
foram criadas diversas medidas e leis, assim como órgãos que fiscalizam a
ação dessas. O CRP e os psicólogos em geral devem sempre estar atentos às
mudanças da sociedade que influenciam nas gerações mais jovens, assim
como as normas que as protegem, além de sempre respeitar o ECA e a
Declaração Universal dos direitos humanos, com visão empática e humanitária.
FACULDADE DE SÁUDE
PSICOLOGIA

Dessa forma, poderemos garantir que os direitos da criança e do


adolescente serão respeitados, o que garantirá qualidade de vida e dignidade
para aqueles que são o futuro do país.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Presidência da


República. 5 de outubro de 1988. Brasília, DF.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente, Câmera dos Deputados, Lei


no 8.069, de 13 de julho de 1990. DOU de 16/07/1990 – ECA. Brasília,

Conselho Federal de Psicologia. (2003). Relatório do II Seminário Nacional de


Psicologia e Políticas Públicas. Políticas Públicas, Psicologia e Protagonismo
Social. João Pessoa: Conselho Federal de Psicologia.

Conselho Federal de Psicologia. (2010). Cartilha a gente tem a ver com isto.
São Paulo: Conselho Federal de Psicologia.

Conselho Nacional dos Direitos da criança e do Adolescente. (2000). Diretrizes


Nacionais para a Política de Atenção Integral à Infância e à Adolescência.
Brasília. Recuperado em abril de 2007, de www.mj.gov.br/sedh/conanda

Costa, A. c. G. (1990). Participar é preciso. Ministério da Ação Social, centro


Brasileiro para a Infância e Adolescência (CBIA). Rio de Janeiro: Bloch.

Mannheim, K. (1968). O problema da juventude na sociedade moderna. In S.


Britto (Org.), Sociologia da juventude I: da Europa de Marx à América Latina de
hoje (pp. 69-94). Rio de Janeiro: Zahar.

Lescher, A. D. (2004). Crianças em situação de risco social: limites e


necessidades da atuação do profissional de saúde. Recuperado em abril de
2019, de www.projetoquixote.epm.br
FACULDADE DE SÁUDE
PSICOLOGIA

Você também pode gostar