Security Law
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blico, ou ainda a vigilância de bens móveis em espaço designação que adote, exerça uma atividade de presta-
delimitado fisicamente; ção de serviços a terceiros de um ou mais dos serviços
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . previstos nos n.os 1 e 2 do artigo 3.º
c) A monitorização de sinais de alarme: 4 — Qualquer pessoa coletiva, pública ou privada,
i) Através da gestão de centrais de receção e moni- pode organizar, quando devidamente habilitada com
torização de alarmes; a respetiva licença, em proveito próprio, serviços de
ii) Através da prestação de serviços de monitorização autoproteção, com recurso exclusivo a trabalhadores
em centrais de controlo; vinculados por contrato de trabalho, nos termos da pre-
iii) Através da prestação de serviços de resposta a sente lei.
alarmes cuja realização não seja da competência das 5 — Os serviços de autoproteção previstos no nú-
forças e serviços de segurança. mero anterior podem ser complementados com recurso
à prestação de serviços de entidades titulares de alvará
d) O transporte, a guarda, o tratamento e a distribui- adequado ao efeito.
ção de fundos e valores e demais objetos que pelo seu
valor económico possam requerer proteção especial e tal Artigo 5.º
seja requerido, sem prejuízo das atividades próprias das [...]
instituições financeiras reguladas por lei especial;
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 — É proibido no exercício da atividade de segu-
f) (Revogada.) rança privada e de autoproteção:
g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — As empresas de segurança privada podem, sob c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
a supervisão da entidade pública competente ou da en-
tidade titular de uma concessão de transporte público,
prestar serviços de fiscalização de títulos de transporte, 2— .....................................
nos termos da Lei n.º 28/2006, de 4 de julho, na sua 3 — As empresas de segurança privada exercem em
redação atual. regime de exclusividade a atividade de segurança pri-
3 — A prestação de serviços referidos no n.º 1, bem vada, a qual não pode ser acumulada com quaisquer
como os requisitos mínimos das instalações e meios outras atividades, independentemente do regime jurídico
materiais e humanos das entidades de segurança privada aplicável às mesmas.
adequados ao exercício da atividade, são regulados por 4 — (Anterior n.º 3.)
portaria do membro do Governo responsável pela área
da administração interna. Artigo 7.º
4 — Excluem-se do âmbito previsto na alínea g) do Medidas de segurança
n.º 1 os serviços que:
1 — As empresas ou entidades industriais, comerciais
a) [Anterior alínea a) do n.º 3.] ou de serviços que necessitem de efetuar o transporte
b) [Anterior alínea b) do n.º 3.] de moedas, notas, fundos, títulos, metais preciosos ou
c) [Anterior alínea c) do n.º 3.] obras de arte de valor superior a 15 000 € são obrigadas
a recorrer à autoridade pública ou a entidades autoriza-
5 — A organização, em proveito próprio, de serviços das a prestar serviços de segurança privada previstos na
de autoproteção compreende os serviços previstos nas alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º
alíneas a) a e) do n.º 1. 2 — As entidades cujas características ou serviços
prestados possam ser considerados de risco para a se-
Artigo 4.º gurança e ordem pública podem ser obrigadas a adotar
Exercício da atividade de segurança privada e de autoproteção medidas de segurança, por período limitado no tempo
1 — O exercício da atividade de segurança privada não superior a 180 dias, estabelecidos em despacho do
ou a organização, em proveito próprio, de serviços de membro do Governo responsável pela área da admi-
autoproteção carece de título, concedido pelo membro nistração interna.
do Governo responsável pela área da administração 3 — Para efeitos do disposto no número anterior, o
interna, que pode revestir a natureza de alvará, licença nível de risco é determinado em função de uma ava-
ou autorização. liação de ameaça realizada pelas forças de segurança
2— ..................................... tendo por base os fenómenos criminógenos que afetam
determinada tipologia de atividade ou local.
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 — Os contratos de empreitada e de aquisição de
b) (Revogada.) bens ou serviços celebrados por organismos públicos
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . responsáveis pela gestão de instalações classificadas
d) Por entidades formadoras no âmbito da segurança como infraestruturas críticas ou pontos sensíveis, pelo
privada. Banco de Portugal e pela Imprensa Nacional-Casa da
Moeda, S. A., devem ser acompanhados de medidas
3 — A atividade prevista na alínea a) do número especiais de segurança quando ocorra qualquer das se-
anterior apenas pode ser exercida por pessoa coletiva, guintes circunstâncias:
de direito privado, devidamente autorizada, cujo objeto
social consista exclusivamente na prestação de servi- a) Envolvam o acesso ou a intervenção em áreas de
ços de segurança privada e que, independentemente da segurança;
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3379
entrada de objetos e substâncias proibidas ou suscetíveis nistrador ou gerente de qualquer empresa de segurança
de gerar ou possibilitar atos de violência. privada prevista na alínea a) do n.º 2 do artigo 4.º
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, o 5 — As condições para o exercício da função do
pessoal de vigilância pode: diretor de segurança e de responsável pelo serviço de
autoproteção são fixadas por portaria do membro do Go-
a) Recorrer ao uso de raquetes de deteção de metais e verno responsável pela área da administração interna.
de explosivos ou operar outros equipamentos de revista 6 — (Revogado.)
não intrusivos com a mesma finalidade, previamente
autorizados; Artigo 21.º
b) Realizar revistas intrusivas por palpação e vistorias
dos bens transportados pelos visados, estando, neste [...]
caso, obrigatoriamente sob a supervisão das forças de 1 — Os contratos de trabalho do pessoal de vigilân-
segurança territorialmente competentes. cia, do coordenador de segurança e do diretor de segu-
rança revestem a forma escrita, devendo expressamente
3 — Os assistentes de outros recintos de espetáculos mencionar a especificidade de cada função.
podem, igualmente, efetuar revistas pessoais de pre- 2 — O contrato de trabalho deve ser celebrado entre
venção e segurança por recurso a equipamentos não o pessoal de segurança privada e a entidade habilitada
intrusivos, previstos na alínea a) do número anterior. ao exercício da atividade de segurança privada.
4 — Por um período delimitado no tempo, e mediante 3 — (Anterior n.º 2.)
despacho do membro do Governo responsável pela área
da administração interna, podem ser autorizadas revistas Artigo 22.º
pessoais de prevenção e segurança em locais de acesso [...]
vedado ou condicionado ao público, que justifiquem
proteção reforçada, nos termos do n.º 2. 1 — Os administradores, gerentes e todos os funcio-
5 — A revista por palpação apenas pode ser realizada nários com funções de direção, supervisão e chefia de
por pessoal de vigilância do mesmo sexo que a pessoa sociedades que exerçam a atividade de segurança pri-
controlada. vada devem preencher, permanente e cumulativamente,
6 — A supervisão das forças de segurança, prevista os seguintes requisitos:
na alínea b) do n.º 2, a requerer pela entidade respon- a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
sável pela gestão do espaço ou do evento, deve atender b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ao número de seguranças privados a realizar revistas, c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ao número de pessoas a ela sujeitos e a outros fatores e d) Não ter sido condenado por sentença transitada em
circunstâncias que contribuam para a avaliação de risco. julgado pela prática de crime doloso contra a vida, con-
7 — A entidade autorizada a realizar revistas pessoais tra a integridade física, contra a reserva da vida privada,
de prevenção e segurança nos termos do n.º 3 promove contra o património, contra a vida em sociedade, desig-
a afixação da autorização concedida, em local visível, nadamente o crime de falsificação, contra a segurança
junto dos locais de controlo de acesso. das telecomunicações, contra a ordem e tranquilidade
8 — A recusa à submissão a revista, realizada nos públicas, contra a autoridade pública, designadamente
termos da presente lei, pode determinar a impossibili- os crimes de resistência e de desobediência à autoridade
dade de entrada no local controlado. pública, por crime de detenção de arma proibida, ou
por qualquer outro crime doloso punível como pena de
Artigo 20.º prisão superior a 3 anos, sem prejuízo da reabilitação
judicial;
Diretor de segurança e responsável de autoproteção
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1— ..................................... f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — Para efeitos do disposto na Lei n.º 9/2009, de 4 g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
de março, na sua redação atual, a profissão de diretor
de segurança é uma profissão regulamentada, sujeita à 2— .....................................
obtenção de título profissional e ao cumprimento dos 3 — O diretor de segurança, o responsável pelos
demais requisitos previstos no artigo 22.º da presente serviços de autoproteção e o coordenador de segurança
lei. devem preencher, permanente e cumulativamente, os
3 — Ao diretor de segurança e ao responsável pelo requisitos previstos nas alíneas a), c), d), f) e g) do n.º 1,
serviço de autoproteção compete, em geral: bem como ter concluído o 12.º ano de escolaridade ou
equivalente.
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4— .....................................
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 — A PSP pode, a todo o tempo e com caráter
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . subsidiário, proceder à verificação da idoneidade dos
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . administradores, gerentes ou outros funcionários com
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . funções de direção, supervisão e chefia das sociedades
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de segurança privada, do pessoal de segurança privada,
do responsável pelos serviços de autoproteção, dos for-
4 — As funções de diretor de segurança e de respon- madores, gestores de formação e coordenadores peda-
sável pelo serviço de autoproteção devem ser exercidas gógicos de entidades formadoras.
em exclusivo numa única entidade titular de alvará ou 6 — Para efeitos do disposto no número anterior, é
licença, não sendo acumulável com os cargos de admi- suscetível de indiciar falta de idoneidade o facto de, en-
3382 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019
Nacional da PSP todas as ocorrências que impliquem a ministrar nos termos previstos em portaria do membro
perda de capacidade para o exercício de funções; do Governo responsável pela área da administração
h) Organizar e manter atualizados ficheiros indivi- interna.
duais do pessoal de segurança privada ao seu serviço,
incluindo a cópia do cartão profissional e do certificado Artigo 38.º
do registo criminal, atualizado anualmente, bem como
[...]
a data de admissão ao serviço;
i) (Revogada.) 1 — O registo de atividades referido na alínea c) do
j) Remeter mensalmente à Direção Nacional da PSP n.º 1 do artigo anterior deve contemplar, no mínimo, os
o registo de incidentes de que tenham conhecimento; seguintes elementos:
k) (Revogada.)
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) Número do contrato celebrado pela entidade de
2 — Constituem deveres especiais das entidades ti-
segurança privada;
tulares de alvará, licença ou autorização:
c) Tipo de serviço prestado, com indicação das fun-
a) Adotar as medidas de precaução e os controlos ções específicas a desempenhar;
necessários para que o pessoal de segurança privada d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ao seu serviço respeite, no exercício da sua função, os e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
regimes jurídicos a que se encontre vinculado; f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) Fazer permanentemente prova, junto da Direção g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Nacional da PSP, da existência e manutenção da caução h) Sistemas técnicos e respetivas caraterísticas.
prestada a favor do Estado e dos seguros obrigatórios
exigidos nos termos da presente lei, no prazo de 15 dias 2 — O disposto nas alíneas a) a e) do número ante-
úteis após a sua celebração, alteração ou renovação; rior não se aplica às entidades titulares da licença de
c) Fazer permanentemente prova, junto da Direção autoproteção.
Nacional da PSP, da inexistência de dívidas fiscais e à 3 — Os contratos de prestação de serviços das em-
segurança social, podendo para o efeito fornecer os có- presas de segurança privada são celebrados diretamente
digos de acesso às certidões permanentes da sua situação com o beneficiário dos serviços prestados, revestem
fiscal e de segurança social ou prestar consentimento a forma escrita e contêm os elementos previstos no
para a consulta das referidas situações; n.º 1, bem como o preço e as condições de prestação
d) Comunicar à Direção Nacional da PSP, no prazo dos mesmos.
de 15 dias úteis, as alterações ao pacto social e de ad- 4 — O registo referido na alínea c) do n.º 1 do artigo
ministradores, gerentes, responsáveis pelos serviços de anterior é mantido na área reservada da entidade no
autoproteção, coordenadores e gestores pedagógicos, SIGESP Online.
fazendo prova do cumprimento dos requisitos estabe- 5 — O registo de atividade e os contratos de presta-
lecidos no artigo 22.º; ção de serviços devem ser conservados pelo prazo de
e) Comunicar à Direção Nacional da PSP, no prazo de cinco anos, após o fim da sua vigência.
15 dias úteis, a abertura ou o encerramento de quaisquer
instalações, requerendo prévia inspeção para verificação Artigo 39.º
de requisitos nos casos previstos na lei e legislação
[...]
complementar;
f) Comunicar à Direção Nacional da PSP, no prazo de 1— .....................................
oito dias, a cessação da atividade, para efeitos de cance- 2— .....................................
lamento do alvará, licença ou autorização concedidos;
g) Manter permanentemente atualizados e disponíveis a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
para inspeção, nas respetivas sedes, os originais dos b) O diretor-geral da Autoridade Marítima;
documentos, passíveis de verificação em ação inspetiva, c) [Anterior alínea b).]
previstos na presente lei e legislação regulamentar. d) [Anterior alínea c).]
e) [Anterior alínea d).]
f) [Anterior alínea e).]
3 — Constituem ainda deveres especiais das entida-
g) [Anterior alínea f).]
des titulares de alvará ou autorização:
h) [Anterior alínea g).]
a) Mencionar o número de alvará ou de autorização i) O diretor-geral da Direção-Geral de Recursos Na-
na faturação, correspondência e publicidade; turais, Segurança e Serviços Marítimos;
b) Assegurar a existência do livro de reclamações, j) [Anterior alínea h).]
previsto no Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setem- k) Um representante das associações das entidades
bro, na sua redação atual, em todas as instalações aver- consultoras de segurança;
badas onde exista atendimento ao público. l) Um representante das associações das entidades
formadoras de segurança privada;
4 — Constitui ainda dever especial das entidades titu- m) Um representante das associações e dos profis-
lares de alvará não exercer qualquer outra atividade que sionais de registo prévio;
não se encontre prevista no objeto social da mesma ou n) [Anterior alínea i).]
que não decorra da atividade de segurança privada. o) Um representante das associações dos diretores
5 — Constitui ainda dever especial das entidades de segurança;
autorizadas a ministrar formação o envio à Direção p) Um representante das associações dos coordena-
Nacional da PSP da ficha técnica das ações de formação dores de segurança.
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3385
3— ..................................... c) (Revogada.)
4— ..................................... d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5— ..................................... e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6 — A autorização é disponibilizada em formato
eletrónico. 4 — O averbamento de elementos constantes do
7 — (Revogado.) alvará, da licença ou da autorização é formulado em
modelo próprio, disponibilizado em formato eletrónico,
Artigo 50.º dirigido ao membro do Governo responsável pela área
da administração interna, acompanhado dos elementos e
Requisitos para a emissão de autorização documentos previstos para o respetivo licenciamento.
de entidade formadora 5— .....................................
1 — Concluída a instrução, o processo é submetido 6— .....................................
ao membro do Governo responsável pela área da ad- 7— .....................................
8— .....................................
ministração interna, para decisão, a proferir no prazo
máximo de 30 dias seguidos.
Artigo 53.º
2 — Após o despacho referido no número anterior,
o início do exercício da atividade de formação de segu- [...]
rança privada fica condicionado à comprovação, pelo
requerente e no prazo de 90 dias seguidos, a contar da 1— .....................................
notificação, da existência de: 2— .....................................
3— .....................................
a) Caução a favor do Estado, prestada mediante
depósito em instituição bancária, ou garantia bancária a) O incumprimento, durante três meses seguidos,
dos deveres especiais previstos nas alíneas c), d) e e)
à primeira solicitação, absolutamente impenhorável,
do n.º 2 do artigo 37.º, quando aplicável;
de montante não superior a 20 000 €, a fixar por des- b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
pacho do membro do Governo responsável pela área c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
da administração interna, de constituição obrigatória, a d) A condenação, com trânsito em julgado, por três
qual vigora pelo período de validade da autorização e contraordenações muito graves de segurança privada,
em todas as situações de pendência contraordenacional, nos últimos cinco anos.
caso em que se mantém válido até à data do trânsito
em julgado do último processo de contraordenação 4— .....................................
existente, dependendo a sua libertação da absolvição 5 — Os alvarás, licenças e autorizações caducam
do pedido ou, tendo a parte sido condenada, provando automaticamente com a declaração de insolvência da
que cumpriu a obrigação no prazo de 30 dias a con- entidade de segurança privada ou de autoproteção.
tar do trânsito em julgado e só podendo ser anulado
ou alterado com o consentimento expresso escrito Artigo 54.º
do secretário-geral do Ministério da Administração
Interna; [...]
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1— .....................................
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 — Estão sujeitos ao pagamento de uma taxa, que
constitui receita própria da força de segurança compe-
3— ..................................... tente para a realização dos seguintes atos:
4— .....................................
5— ..................................... a) Emissão, renovação e substituição do cartão pro-
6 — A autorização é disponibilizada em formato fissional do pessoal de segurança privada;
eletrónico. b) Realização de exames, auditorias e provas de ava-
7 — A realização de ações de formação está con- liação;
dicionada à comunicação e verificação dos requisitos c) Autorização dos cursos de diretor de segurança e
dos formadores. coordenador de segurança;
d) Acreditação e verificação de requisitos de coor-
denador pedagógico e formador;
Artigo 51.º
e) Pedidos de autorização de revistas pessoais de
[...] prevenção e segurança;
f) Reinspeção da conformidade de instalações e meios
1— ..................................... humanos e materiais;
2— ..................................... g) Emissão de pareceres previstos no âmbito da pre-
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . sente lei;
b) Sede social e salas de formação autorizadas; h) Realização de avaliação de risco de ATM;
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i) Registo de utilização de sistemas de videovigi-
d) Identificação do gestor de formação; lância;
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . j) Emissão e renovação de registo prévio e averba-
mento de técnico, de instalação e de denominação;
k) Comunicação de falso alarme às forças de segu-
3— .....................................
rança.
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3— .....................................
3388 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019
n) O incumprimento dos deveres especiais previstos c) A contratação para serviços relativamente aos quais
nas alíneas a), c) a g) do n.º 1, nas alíneas a), c) a g) do não se disponha de pessoal devidamente formado e
n.º 2 e no n.º 5 do artigo 37.º; habilitado.
o) O incumprimento dos n.os 2, 3 e 5 do artigo 38.º;
p) [Anterior alínea o).] Artigo 6.º-A
3— ..................................... Regras de conduta
6 — Os sistemas de videovigilância devem adaptar-se 2 — A presente lei estabelece ainda as medidas de se-
às caraterísticas previstas no n.º 7 do artigo 31.º da Lei gurança a adotar por entidades, públicas ou privadas, com
n.º 34/2013, de 16 de maio, com a redação dada pela pre- vista à proteção de pessoas e bens e à prevenção da prática
sente lei, no prazo de 5 anos, a contar da entrada em vigor de crimes.
da presente lei. 3 — A segurança privada e a autoproteção só podem
ser exercidas nos termos da presente lei e da sua regula-
Artigo 5.º mentação, e têm uma função complementar à atividade
das forças e serviços de segurança do Estado.
Norma revogatória 4 — Para efeitos da presente lei, e sem prejuízo das
São revogados a alínea f) do n.º 1 do artigo 3.º, a alí- atribuições das forças de segurança, a proteção de pes-
nea b) do n.º 2 do artigo 4.º, os n.os 7 e 8 do artigo 7.º, os soas e bens e a prevenção da prática de crimes pode ser
artigos 12.º e 13.º, a alínea g) do n.º 5 do artigo 18.º, o exercida:
n.º 6 do artigo 20.º, os n.os 5 a 7 do artigo 27.º, a alínea a) a) Por entidade privada que vise a prestação de serviços
do n.º 5 do artigo 31.º, a alínea d), e), i) e k) do n.º 1 do de segurança privada a terceiros, nos termos da presente
artigo 37.º, o n.º 2 do artigo 45.º, o n.º 5 do artigo 48.º, lei e regulamentação complementar;
o n.º 7 do artigo 49.º, a alínea c) do n.º 3 do artigo 51.º, b) Através da organização, em proveito próprio, de ser-
o n.º 2 do artigo 52.º, e os n.os 7 a 9 do artigo 61.º da Lei viço de autoproteção.
n.º 34/2013, de 16 de maio.
5 — A atividade de formação profissional do pessoal
Artigo 6.º de segurança privada e de consultoria de segurança são
consideradas atividades de segurança privada, sendo
Republicação reguladas nos termos da presente lei e regulamentação
É republicada, no anexo à presente lei e da qual faz complementar.
parte integrante, a Lei n.º 34/2013, de 16 de maio, com a 6 — Ficam excluídas do âmbito de aplicação da pre-
redação introduzida pela presente lei. sente lei:
a) A atividade de porteiro de hotelaria;
Artigo 7.º b) A atividade de porteiro de prédio urbano destinado
Entrada em vigor a habitação ou a escritórios, cuja regulamentação é da
competência das câmaras municipais;
A presente lei entra em vigor 60 dias após a sua pu- c) A gestão e monitorização de sistemas de segurança
blicação. e a implementação de vigilância e controlo de acessos
adotados em espaços para fins habitacionais.
Aprovada em 26 de abril de 2019.
O Presidente da Assembleia da República, Eduardo 7 — O Banco de Portugal não está sujeito às medidas
Ferro Rodrigues. previstas na presente lei que se mostrem incompatíveis
com as normas e recomendações adotadas no âmbito do
Promulgada em 18 de junho de 2019. Sistema Europeu de Bancos Centrais.
Publique-se. 8 — A presente lei não se aplica às iniciativas de ca-
riz político, organizadas por partidos políticos ou outras
O Presidente da República, MARCELO REBELO DE SOUSA. entidades públicas, sindicatos ou associações sindicais,
Referendada em 24 de junho de 2019. sendo as medidas de segurança e autoproteção diretamente
articuladas com as forças e serviços de segurança.
O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa.
Artigo 2.º
ANEXO
Definições
(a que se refere o artigo 6.º) Para efeitos do disposto na presente lei e em regula-
mentação complementar, entende-se por:
Republicação da Lei n.º 34/2013, de 16 de maio
a) «Central de controlo» a instalação física que integra
os equipamentos e sistemas necessários à monitorização
CAPÍTULO I de sinais de alarme e de videovigilância;
b) «Central de receção e monitorização de alarmes» a
Disposições gerais instalação física que integra os equipamentos e sistemas
necessários à monitorização de sinais de alarme e de video-
SECÇÃO I vigilância, operada por pessoal de vigilância, vinculado a
entidade de segurança privada, que integra os componentes
Objeto, âmbito e definições e equipamentos associados à receção, gestão, validação e
conservação de sinais de alarme;
Artigo 1.º c) «Entidade consultora de segurança» toda a entidade
Objeto e âmbito privada, pessoa singular ou coletiva, devidamente auto-
rizada, que preste serviços a terceiros de elaboração de
1 — A presente lei estabelece o regime do exercício estudos de segurança ou de planos de segurança e demais
da atividade de segurança privada e da organização de atividades previstas na alínea g) do n.º 1 do artigo 3.º, nelas
serviços de autoproteção. se incluindo a execução de auditorias de segurança;
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d) «Entidade formadora» toda a entidade pública ou pri- serviços aos moradores ausentes, nomeadamente receber
vada, pessoa singular ou coletiva, devidamente autorizada, encomendas e mercadorias, em informar gestores e pro-
dotada de recursos e capacidade técnica e organizativa para prietários de edifícios sobre a necessidade de executar
desenvolver processos associados à formação de pessoal obras de reparação, em zelar pela manutenção de edifícios,
de segurança privada; verificando, nomeadamente, o funcionamento de luzes, ar
e) «Estudo e conceção» o conjunto de avaliações e aná- condicionado, aquecimento e águas, e em vigiar edifícios,
lises prévios à instalação dos sistemas de segurança; para prevenir e manter a sua segurança contra incêndios,
f) «Estudos de segurança» a prestação de serviços de desastres, inundações, cuja atividade seja regulada pelas
consultadoria e ou de conceção de procedimentos e me- câmaras municipais, sendo-lhes vedadas as atividades pre-
didas a adotar, em meios humanos e técnicos, com vista vistas no artigo 18.º;
à proteção de pessoas e bens e à prevenção da prática de o) «Proteção pessoal» a atividade de segurança privada
crimes; de acompanhamento de pessoas, efetuada por vigilante
g) «Fiscal de exploração de transportes públicos» o de proteção e acompanhamento pessoal, para sua defesa
trabalhador devidamente habilitado e ajuramentado que, e proteção.
por conta da entidade pública ou da entidade exploradora
de uma concessão de transportes públicos, verifica a posse Artigo 3.º
e validade dos títulos de transporte, podendo identificar o Serviços de segurança privada e de autoproteção
utente e proceder à respetiva autuação, em caso de fraude
ou falta de título de transporte; 1 — Os serviços de segurança privada referidos na
h) «Material e equipamento de segurança» quaisquer alínea a) do n.º 4 do artigo 1.º compreendem:
sistemas ou dispositivos de segurança e proteção, elétri-
a) A vigilância de imóveis e o controlo de entrada, pre-
cos e ou eletrónicos, destinados a detetar e a sinalizar a
sença e saída de pessoas, bem como a prevenção da entrada
presença, entrada ou tentativa de entrada de um intruso em
de armas, substâncias e artigos de uso e porte proibidos
edifícios ou instalações protegidas, a prevenir a entrada
ou suscetíveis de provocar atos de violência no interior de
de armas, substâncias e artigos de uso e porte proibidos
edifícios ou outros locais, públicos ou privados, de acesso
ou suscetíveis de provocar atos de violência no interior
vedado ou condicionado ao público, ou ainda a vigilância
de edifícios ou locais de acesso vedado ou condicionado
de bens móveis em espaço delimitado fisicamente;
ao público, bem como a controlar o acesso de pessoas
b) A proteção pessoal, sem prejuízo das competências
não autorizadas, a detetar a prática de furtos e a capturar, exclusivas atribuídas às forças de segurança;
registar e visualizar imagens de espaço protegido; c) A monitorização de sinais de alarme:
i) «Monitorização de alarmes» todos os atos e procedi-
mentos relacionados com a receção de sinais de alarme, i) Através da gestão de centrais de receção e monitori-
bem como a resposta e reposição de alarmes; zação de alarmes;
j) «Pessoal de segurança privada» o trabalhador, devida- ii) Através da prestação de serviços de monitorização
mente habilitado e autorizado a exercer as funções previstas em centrais de controlo;
para o pessoal de vigilância, coordenador de segurança e iii) Através da prestação de serviços de resposta a alar-
diretor de segurança nos termos da presente lei; mes cuja realização não seja da competência das forças e
k) «Pessoal de vigilância» o trabalhador, devidamente serviços de segurança.
habilitado e autorizado a exercer as funções previstas na
presente lei, vinculado por contrato de trabalho a entidades d) O transporte, a guarda, o tratamento e a distribuição
titulares de alvará ou licença; de fundos e valores e demais objetos que pelo seu valor
l) «Planos de segurança» o conjunto de medidas de económico possam requerer proteção especial e tal seja
autoproteção (organização e procedimentos), com vista requerido, sem prejuízo das atividades próprias das insti-
à proteção de pessoas e bens e à prevenção da prática de tuições financeiras reguladas por lei especial;
crimes, enquadradas no âmbito da atividade de segurança e) O rastreio, inspeção e filtragem de bagagens e cargas
privada; e o controlo de passageiros no acesso a zonas restritas de
m) «Porteiro de hotelaria» todo o trabalhador cujas segurança nos portos e aeroportos, bem como a prevenção
funções consistam em controlar o movimento de entrada da entrada de armas, substâncias e artigos de uso e porte
e saída de hóspedes, em entregar e restituir chaves de proibidos ou suscetíveis de provocar atos de violência nos
quartos, em orientar a receção de bagagem e correio e as- aeroportos, nos portos e no interior de aeronaves e navios,
segurar a sua distribuição, em efetuar o registo do serviço sem prejuízo das competências exclusivas atribuídas às
de despertar e de objetos perdidos, em receber e transmitir forças e serviços de segurança;
comunicações telefónicas e mensagens e prestar informa- f) (Revogada.)
ções, em efetuar ou orientar rondas nos andares e outras g) A elaboração de estudos e planos de segurança e
dependências, verificando, nomeadamente, o funciona- de projetos de organização e montagem de serviços de
mento de luzes, ar condicionado, aquecimento e águas, segurança privada previstos na presente lei.
e em elaborar estatísticas e relatos sobre reclamações de
clientes, transmitindo-as aos serviços competentes; 2 — As empresas de segurança privada podem, sob a
n) «Porteiro de prédio urbano destinado a habitação ou supervisão da entidade pública competente ou da entidade
a escritórios» todo o trabalhador cujas funções consistam titular de uma concessão de transporte público, prestar
em controlar o movimento de entrada e saída de residentes serviços de fiscalização de títulos de transporte, nos termos
e visitantes, em prestar informações, em supervisionar ou da Lei n.º 28/2006, de 4 de julho, na sua redação atual.
participar na limpeza, reparação e manutenção do interior 3 — A prestação de serviços referidos no n.º 1, bem
de edifícios, em cuidar de caldeiras e outros equipamentos como os requisitos mínimos das instalações e meios ma-
de aquecimento central de edifícios, em fornecer pequenos teriais e humanos das entidades de segurança privada
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3393
concretas do local a vigiar e a existência de outras medidas 4 — As medidas de segurança previstas no n.º 2 podem
de segurança adequadas. ser parcialmente dispensadas por despacho do membro do
7 — Os requisitos técnicos mínimos dos sistemas pre- Governo responsável pela área da administração interna,
vistos nos n.os 1 a 4 são definidos por portaria do mem- tendo em conta as circunstâncias concretas do local e a
bro do Governo responsável para área da administração existência de outras medidas de segurança adequadas.
interna.
8 — As obras de adaptação que seja necessário efetuar Artigo 11.º
nos estabelecimentos, com vista à adoção das medidas de
Instalação de dispositivos de alarme com sirene
segurança, são comunicadas ao proprietário do espaço, o
qual não pode opor-se à sua realização, salvo quando as 1 — A instalação de dispositivos de alarme em imóvel
mesmas se mostrem suscetíveis de provocar riscos estru- que possua sirene audível do exterior ou botão de pânico
turais ou de estabilidade no edifício. está sujeita a comunicação e registo na autoridade policial
da área, no prazo de cinco dias úteis posteriores à sua
Artigo 9.º montagem.
Espetáculos e divertimentos públicos e locais de diversão 2 — A comunicação a que se refere o número anterior é
efetuada pelo utilizador do dispositivo e contém o nome, a
1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 7.º, os morada e o contacto das pessoas ou serviços que, perma-
estabelecimentos de restauração e de bebidas que dispo- nentemente ou por escala, podem em qualquer momento
nham de salas ou de espaços destinados a dança ou onde ha- desligar o aparelho que tenha sido acionado.
bitualmente se dance são obrigados a dispor de um sistema 3 — Quando o alarme possua sirene audível do exterior,
de segurança no espaço físico onde é exercida a atividade, o utilizador do alarme assegura que o próprio ou as pessoas
nos termos e condições fixados em legislação própria. ou serviços referidos no número anterior, no prazo de duas
2 — A realização de espetáculos desportivos em recintos horas, contadas a partir da comunicação da autoridade
desportivos depende, nos termos e condições fixados por policial competente, comparecem no local e procedem à
portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas reposição do alarme.
da administração interna e do desporto, do cumprimento 4 — Considera-se utilizador do alarme quem tenha a
da obrigação de dispor de um sistema de segurança que posse do espaço protegido, dele usufruindo, independen-
inclua coordenador de segurança, assistentes de recinto temente do título ou contrato estabelecido.
desportivo e demais medidas de segurança previstas na 5 — Os requisitos técnicos, as condições de funcio-
presente lei e em legislação especial. namento dos equipamentos descritos no n.º 1 e o modelo
3 — A realização de espetáculos e divertimentos em re- de comunicação a que se refere o n.º 2 são aprovados por
cintos autorizados depende, nos termos e condições fixados portaria do membro do Governo responsável pela área da
por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas administração interna.
áreas da administração interna e da cultura, do cumpri-
mento da obrigação de dispor de um sistema de segurança
que inclua coordenador de segurança, assistentes de recinto CAPÍTULO III
de espetáculos e demais meios de vigilância previstos na
presente lei e em legislação especial. Entidades e serviços de segurança privada
4 — O disposto no número anterior não é aplicável:
a) A espetáculos de representação artística de canto, SECÇÃO I
dança e música realizada em recinto dotado de lugares Tipos de entidades
permanentes e reservados aos espetadores, nem a espetácu-
los de representação artística de teatro, literatura, cinema, Artigo 12.º
tauromaquia e circo;
b) A recintos de diversão e recintos destinados a espe- (Revogado.)
táculos de natureza não artística;
c) A recintos de espetáculos não delimitados fisica- Artigo 13.º
mente. (Revogado.)
Artigo 10.º
SECÇÃO II
Instalação de equipamentos dispensadores de notas de euro
Tipos de alvarás, licenças e autorizações
1 — A instalação de equipamentos dispensadores de
notas de euro (ATM) está sujeita a avaliação prévia das Artigo 14.º
condições de segurança do local de instalação e ao cum-
primento dos requisitos técnicos e medidas de segurança Tipos de alvarás
previstas na presente lei, visando a proteção de pessoas e 1 — A autorização para a prestação de serviços de se-
bens e a prevenção da prática de crimes. gurança privada é titulada por alvará.
2 — Os requisitos técnicos, as medidas de segurança e 2 — De acordo com a classificação dos serviços pres-
os procedimentos de avaliação são definidos por portaria tados e os fins a que se destinam, o exercício da atividade
do membro do Governo responsável pela área da admi- de segurança privada compreende os seguintes tipos de
nistração interna. alvarás:
3 — As regras de conduta e segurança em operações
de manutenção são definidas por despacho do membro do a) Alvará A, que autoriza a prestação dos serviços pre-
Governo responsável pela área da administração interna. vistos nas alíneas a), e) e g) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 3.º;
3396 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019
b) Realizar revistas intrusivas por palpação e vistorias título profissional e ao cumprimento dos demais requisitos
dos bens transportados pelos visados, estando, neste caso, previstos no artigo 22.º da presente lei.
obrigatoriamente sob a supervisão das forças de segurança 3 — Ao diretor de segurança e ao responsável pelo
territorialmente competentes. serviço de autoproteção compete, em geral:
3 — Os assistentes de outros recintos de espetáculos a) Planear, coordenar e controlar a execução dos servi-
podem, igualmente, efetuar revistas pessoais de prevenção ços de segurança privada;
e segurança por recurso a equipamentos não intrusivos, b) Gerir os recursos relacionados com a segurança pri-
previstos na alínea a) do número anterior. vada que lhe estejam atribuídos;
4 — Por um período delimitado no tempo, e mediante c) Organizar, dirigir e inspecionar o pessoal de segu-
despacho do membro do Governo responsável pela área rança privada e promover a formação e atualização pro-
da administração interna, podem ser autorizadas revistas fissional do referido pessoal;
pessoais de prevenção e segurança em locais de acesso d) Assegurar o contacto com as forças e serviços de
vedado ou condicionado ao público, que justifiquem pro- segurança;
teção reforçada, nos termos do n.º 2. e) Zelar pelo cumprimento das normas aplicáveis ao
5 — A revista por palpação apenas pode ser realizada
exercício da atividade de segurança privada;
por pessoal de vigilância do mesmo sexo que a pessoa
controlada. f) Realizar análises de risco, auditorias, inspeções e pla-
6 — A supervisão das forças de segurança, prevista na nos de segurança, bem como assessorar os corpos gerentes
alínea b) do n.º 2, a requerer pela entidade responsável pela das entidades de segurança privada.
gestão do espaço ou do evento, deve atender ao número
de seguranças privados a realizar revistas, ao número de 4 — As funções de diretor de segurança e de responsá-
pessoas a ela sujeitos e a outros fatores e circunstâncias vel pelo serviço de autoproteção devem ser exercidas em
que contribuam para a avaliação de risco. exclusivo numa única entidade titular de alvará ou licença,
7 — A entidade autorizada a realizar revistas pessoais não sendo acumulável com os cargos de administrador ou
de prevenção e segurança nos termos do n.º 3 promove a gerente de qualquer empresa de segurança privada prevista
afixação da autorização concedida, em local visível, junto na alínea a) do n.º 2 do artigo 4.º
dos locais de controlo de acesso. 5 — As condições para o exercício da função do diretor
8 — A recusa à submissão a revista, realizada nos ter- de segurança e de responsável pelo serviço de autoproteção
mos da presente lei, pode determinar a impossibilidade de são fixadas por portaria do membro do Governo respon-
entrada no local controlado.
sável pela área da administração interna.
Artigo 19.º-A 6 — (Revogado.)
pela Comissão Nacional de Proteção de Dados, nos termos membro do Governo responsável pela área da administração
legalmente aplicáveis. interna, ouvido o Conselho de Segurança Privada (CSP).
10 — Os sistemas de videovigilância, apenas utilizáveis 3 — As caraterísticas das viaturas utilizadas no exer-
em conformidade com os princípios da adequação e da cício da atividade de segurança privada são fixadas por
proporcionalidade, devem cumprir as demais normas legais portaria do membro do Governo responsável pela área da
relativas à recolha e tratamento de dados pessoais, desig- administração interna, não podendo ser confundíveis com
nadamente em matéria de direito de acesso, informação, as utilizadas pelas forças e serviços de segurança nem com
oposição de titulares e regime sancionatório. viaturas de emergência.
4 — Não é permitido o uso de algemas, bastões, cas-
Artigo 32.º setetes, lanternas de comprimento superior a 0,30 m e de
equídeos na prestação de serviços de segurança privada.
Porte de arma
1 — O pessoal de vigilância está sujeito ao regime ge- SECÇÃO III
ral de uso e porte de arma, podendo, neste caso, recorrer,
designadamente, às armas da classe E. Deveres
2 — Em serviço, o porte de arma só é permitido se auto-
rizado por escrito, cumulativamente, pela entidade patronal Artigo 35.º
e pela entidade contratante do serviço, podendo qualquer Dever de colaboração
das autorizações ser revogada a todo o tempo.
3 — A autorização concedida pela entidade patronal é 1 — As entidades titulares de alvará ou de licença, bem
como o respetivo pessoal, devem prestar às autoridades
anual e expressamente renovável, emitida em nome indi-
públicas toda a colaboração que lhes for solicitada.
vidual, contendo o tipo de arma e as suas especificações
2 — Em caso de intervenção das forças ou serviços
técnicas. de segurança em locais onde também atuem entidades
4 — A autorização prevista no número anterior é comu- de segurança privada, estas devem colocar os seus meios
nicada no mais curto prazo, que não pode exceder 24 horas, humanos e materiais à disposição e sob a direção do co-
à Direção Nacional da PSP. mando daqueles.
5 — As demais condições de porte de arma são definidas
por portaria do membro do Governo responsável pela área Artigo 36.º
da administração interna.
Dever de identificação
Artigo 33.º 1 — O coordenador de segurança e o pessoal de vigi-
Canídeos lância consideram-se identificados sempre que devida-
mente uniformizados e com o cartão profissional aposto
1 — As entidades titulares de alvará ou de licença só visivelmente.
podem utilizar canídeos para o acompanhamento de pes- 2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o
soal de vigilância devidamente habilitado pela entidade pessoal de vigilância no exercício das suas funções deve
competente. exibir prontamente o cartão profissional, sempre que tal
2 — A utilização de canídeos está sujeita ao respetivo lhe seja solicitado, no sentido de atestar a sua condição
regime geral de identificação, registo e licenciamento. profissional.
3 — Em serviço, a utilização de canídeos só é permitida
desde que autorizada por escrito pela entidade patronal, Artigo 37.º
podendo a autorização ser revogada a todo o tempo.
Deveres especiais
4 — As entidades que utilizem canídeos como meio
complementar de segurança devem possuir um seguro 1 — Constituem deveres especiais das entidades titu-
de responsabilidade civil específico de capital mínimo de lares de alvará ou de licença:
(euro) 50 000 e demais requisitos e condições fixados por a) Comunicar de imediato à autoridade judiciária ou
portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas policial competente a prática de qualquer crime de que
das finanças e da administração interna, nomeadamente tenham conhecimento no exercício das suas atividades;
franquias, âmbito territorial e temporal, direito de regresso b) Diligenciar para que a atuação do pessoal de vigi-
e exclusões. lância privada não induza o público a confundi-lo com as
5 — As condições de utilização de canídeos e as provas forças e serviços de segurança;
de avaliação dos mesmos são definidas por portaria do c) Inscrever na plataforma informática disponibilizada
membro do Governo responsável pela área da adminis- pela Direção Nacional da PSP um registo de atividades,
tração interna. permanentemente atualizado e disponível para consulta
das entidades fiscalizadoras;
Artigo 34.º d) (Revogada.)
Outros meios técnicos de segurança e) (Revogada.)
f) Comunicar à Direção Nacional da PSP, até ao início
1 — As entidades titulares de alvará ou de licença asse- da atividade do pessoal de segurança privada, as admissões
guram a distribuição e uso pelo seu pessoal de vigilância do pessoal de vigilância, do coordenador de segurança e do
de coletes de proteção balística, sempre que o risco das diretor de segurança e, nos cinco dias úteis subsequentes à
atividades a desenvolver o justifique. cessação da atividade, as cessações contratuais;
2 — Pode ser autorizada a utilização de meios técnicos g) Verificar, a todo o tempo, o cumprimento dos re-
de segurança não previstos na presente lei, por despacho do quisitos previstos no artigo 22.º, comunicando à Direção
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3403
Nacional da PSP todas as ocorrências que impliquem perda nos termos previstos em portaria do membro do Governo
de capacidade para o exercício de funções; responsável pela área da administração interna.
h) Organizar e manter atualizados ficheiros individuais
do pessoal de segurança privada ao seu serviço, incluindo Artigo 38.º
a cópia do cartão profissional e do certificado do registo Registo de atividades
criminal, atualizado anualmente, bem como a data de ad-
missão ao serviço; 1 — O registo de atividades referido na alínea c) do
i) (Revogada.) n.º 1 do artigo anterior deve contemplar, no mínimo, os
j) Remeter mensalmente à Direção Nacional da PSP o seguintes elementos:
registo de incidentes de que tenham conhecimento;
a) Designação e número de identificação fiscal do cliente;
k) (Revogada). b) Número do contrato celebrado pela entidade de se-
gurança privada;
2 — Constituem deveres especiais das entidades titu- c) Tipo de serviço prestado, com indicação das funções
lares de alvará, licença ou autorização: específicas a desempenhar;
a) Adotar as medidas de precaução e os controlos ne- d) Data de início e termo do contrato;
cessários para que o pessoal de segurança privada ao seu e) Local ou locais onde o serviço é prestado;
serviço respeite, no exercício da sua função, os regimes f) Horário da prestação dos serviços;
jurídicos a que se encontre vinculado; g) Meios humanos utilizados;
b) Fazer permanentemente prova, junto da Direção Na- h) Sistemas técnicos e respetivas caraterísticas.
cional da PSP, da existência e manutenção da caução pres-
tada a favor do Estado e dos seguros obrigatórios exigidos 2 — O disposto nas alíneas a) a e) do número anterior não
nos termos da presente lei, no prazo de 15 dias úteis após se aplica às entidades titulares da licença de autoproteção.
a sua celebração, alteração ou renovação; 3 — Os contratos de prestação de serviços das empresas
c) Fazer permanentemente prova, junto da Direção Na- de segurança privada são celebrados diretamente com o
cional da PSP, da inexistência de dívidas fiscais e à segu- beneficiário dos serviços prestados, revestem a forma es-
rança social, podendo para o efeito fornecer os códigos de crita e contêm os elementos previstos no n.º 1, bem como
acesso às certidões permanentes da sua situação fiscal e de o preço e as condições de prestação dos mesmos.
segurança social ou prestar consentimento para a consulta 4 — O registo referido na alínea c) do n.º 1 do artigo
das referidas situações; anterior é mantido na área reservada da entidade no
d) Comunicar à Direção Nacional da PSP, no prazo de SIGESP Online.
15 dias úteis, as alterações ao pacto social e de adminis- 5 — O registo de atividade e os contratos de prestação
tradores, gerentes, responsáveis pelos serviços de auto- de serviços devem ser conservados pelo prazo de cinco
proteção, coordenadores e gestores pedagógicos, fazendo anos, após o fim da sua vigência.
prova do cumprimento dos requisitos estabelecidos no
artigo 22.º;
e) Comunicar à Direção Nacional da PSP, no prazo de CAPÍTULO V
15 dias úteis, a abertura ou o encerramento de quaisquer Conselho de Segurança Privada
instalações, requerendo prévia inspeção para verificação
de requisitos nos casos previstos na lei e legislação com- Artigo 39.º
plementar;
f) Comunicar à Direção Nacional da PSP, no prazo de Natureza e composição
oito dias, a cessação da atividade, para efeitos de cancela- 1 — O CSP é um órgão de consulta do membro do Go-
mento do alvará, licença ou autorização concedidos; verno responsável pela área da administração interna.
g) Manter permanentemente atualizados e disponíveis 2 — São membros permanentes do CSP:
para inspeção, nas respetivas sedes, os originais dos do-
cumentos, passíveis de verificação em ação inspetiva, a) O membro do Governo responsável pela área da
previstos na presente lei e legislação regulamentar. administração interna, que preside;
b) O diretor-geral da Autoridade Marítima;
3 — Constituem ainda deveres especiais das entidades c) O inspetor-geral da Administração Interna;
titulares de alvará ou autorização: d) O diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fron-
teiras (SEF);
a) Mencionar o número de alvará ou de autorização na e) O comandante-geral da Guarda Nacional Republi-
faturação, correspondência e publicidade; cana (GNR);
b) Assegurar a existência do livro de reclamações, pre- f) O diretor nacional da PSP;
visto no Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro, na g) O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ);
sua redação atual, em todas as instalações averbadas onde h) O secretário-geral do Ministério da Administração
exista atendimento ao público. Interna;
i) O diretor-geral da Direção-Geral de Recursos Natu-
4 — Constitui ainda dever especial das entidades titu- rais, Segurança e Serviços Marítimos;
lares de alvará não exercer qualquer outra atividade que j) Dois representantes das associações de empresas de
não se encontre prevista no objeto social da mesma ou que segurança privada;
não decorra da atividade de segurança privada. k) Um representante das associações das entidades con-
5 — Constitui ainda dever especial das entidades auto- sultoras de segurança;
rizadas a ministrar formação o envio à Direção Nacional l) Um representante das associações das entidades for-
da PSP da ficha técnica das ações de formação a ministrar madoras de segurança privada;
3404 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019
2 — Concluída a instrução, o processo é submetido ao nado à comprovação, pelo requerente e no prazo de 90 dias
membro do Governo responsável pela área da administra- seguidos, a contar da notificação, da existência de:
ção interna, para decisão a proferir no prazo máximo de a) Instalações e meios materiais e humanos adequados;
30 dias seguidos. b) Caução a favor do Estado, prestada mediante depósito
3 — Após o despacho referido no número anterior, em instituição bancária, ou garantia bancária à primeira
o início do exercício da atividade de segurança privada solicitação, absolutamente impenhorável, de montante
fica condicionado à comprovação, pelo requerente e no não superior a 40 000 €, ou a 20 000 € para as micro ou
prazo de 90 dias seguidos, a contar da notificação, da pequenas empresas, a fixar por despacho do membro do
existência de: Governo responsável pela área da administração interna,
a) Instalações e meios humanos e materiais adequados; de constituição obrigatória, o qual vigora pelo período de
b) Caução a favor do Estado, prestada mediante de- validade da licença e em todas as situações de pendência
pósito em instituição bancária, ou garantia bancária, à contraordenacional, caso em que se mantém válido até à
primeira solicitação, absolutamente impenhorável, de data do trânsito em julgado do último processo de contraor-
montante não superior a 40 000 €, a fixar por despacho denação existente, dependendo a sua libertação da absolvi-
ção do pedido ou, tendo a parte sido condenada, provando
do membro do Governo responsável pela área da ad-
que cumpriu a obrigação no prazo de 30 dias a contar do
ministração interna, de constituição obrigatória, a qual trânsito em julgado e só podendo ser anulado ou alterado
vigora pelo período de validade do alvará e em todas as com o consentimento expresso escrito do secretário-geral
situações de pendência contraordenacional, caso em que se do Ministério da Administração Interna;
mantém válido até à data do trânsito em julgado do último c) Três trabalhadores a ele vinculados por contrato de
processo de contraordenação existente, dependendo a sua trabalho, ou no mínimo um para as micro ou pequenas
libertação da absolvição do pedido ou, tendo a parte sido empresas, inscritos num regime de proteção social;
condenada, provando que cumpriu a obrigação no prazo d) Seguro de responsabilidade civil de capital mínimo
de 30 dias a contar do trânsito em julgado e só podendo de 150 000 € e demais requisitos e condições fixados por
ser anulado ou alterado com o consentimento expresso portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas
escrito do secretário-geral do Ministério da Administra- das finanças e da administração interna, nomeadamente
ção Interna; franquias, âmbito territorial e temporal, direito de regresso
c) Diretor de segurança a ele vinculado por contrato de e exclusões;
trabalho e inscrito num regime de proteção social; e) Pagamento da taxa de emissão da licença.
d) Dez trabalhadores a ele vinculados por contrato de
trabalho e inscritos num regime de proteção social; 3 — O prazo para entrega dos elementos referidos no
e) Seguro de responsabilidade civil de capital mínimo número anterior pode ser prorrogado por igual período,
de 500 000 €; mediante pedido devidamente fundamentado.
f) Seguro contra roubo e furto de capital mínimo de 4 — A não emissão da licença no prazo previsto nos
5 000 000 €, no caso da prestação dos serviços de segu- números anteriores, por causa imputável ao requerente,
rança previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º; determina a caducidade da autorização concedida nos ter-
g) Pagamento da taxa de emissão de alvará. mos do n.º 1.
5 — (Revogado.)
4 — Os demais requisitos e condições dos seguros pre- 6 — A licença é disponibilizada em formato eletró-
vistos nas alíneas e) e f) do número anterior são fixados nico.
por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas Artigo 49.º
áreas das finanças e da administração interna, nomeada-
mente franquias, âmbito territorial e temporal, direito de Requisitos para a emissão de autorização de entidade consultora
regresso e exclusões. 1 — Concluída a instrução, o processo é submetido ao
5 — O prazo para entrega dos elementos referidos no membro do Governo responsável pela área da administra-
número anterior pode ser prorrogado por igual período, ção interna, para decisão a proferir no prazo máximo de
mediante pedido devidamente fundamentado. 30 dias seguidos.
6 — A não emissão de alvará no prazo previsto nos 2 — Após o despacho referido no número anterior, o
números anteriores, por causa imputável ao requerente, início do exercício da atividade de formação de segurança
determina a caducidade da autorização concedida nos ter- privada fica condicionado à comprovação, pelo requerente
mos do n.º 2. e no prazo de 90 dias seguidos, a contar da notificação,
7 — Nos casos previstos no n.º 3 do artigo 41.º, são tidos da existência de:
em conta os elementos, justificações e garantias já exigidos a) Instalações e meios materiais e humanos adequados;
no Estado-Membro de origem e que sejam apresentados b) Caução a favor do Estado, prestada mediante depósito
pelo requerente. em instituição bancária, ou garantia bancária à primeira
8 — O alvará é disponibilizado em formato eletrónico. solicitação, absolutamente impenhorável, de montante não
superior a 20 000 €, a fixar por despacho do membro do
Artigo 48.º Governo responsável pela área da Administração Interna,
Requisitos para a emissão de licença de constituição obrigatória, a qual vigora pelo período de
validade da autorização e em todas as situações de pen-
1 — Concluída a instrução, o processo é submetido ao dência contraordenacional, caso em que se mantém válido
membro do Governo responsável pela área da administra- até à data do trânsito em julgado do último processo de
ção interna, para decisão a proferir no prazo máximo de contraordenação existente, dependendo a sua libertação da
30 dias seguidos. absolvição do pedido ou, tendo a parte sido condenada, pro-
2 — Após o despacho referido no número anterior, o início vando que cumpriu a obrigação no prazo de 30 dias a contar
do exercício da atividade de segurança privada fica condicio- do trânsito em julgado e só podendo ser anulado ou alterado
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3407
com o consentimento expresso escrito do secretário-geral 3 — O prazo para entrega dos elementos referidos no
do Ministério da Administração Interna; número anterior pode ser prorrogado por igual período,
c) Seguro de responsabilidade civil de capital mínimo mediante pedido devidamente fundamentado.
de 150 000 € para pessoas coletivas e de 100 000 € para 4 — A não emissão da autorização no prazo previsto
pessoas singulares e demais requisitos e condições fixados nos números anteriores, por causa imputável ao reque-
por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas rente, determina a caducidade da decisão proferida nos
áreas das finanças e da administração interna, nomeada- termos do n.º 1.
mente franquias, âmbito territorial e temporal, direito de 5 — Nos casos previstos no n.º 3 do artigo 41.º, são tidos
regresso e exclusões; em conta os elementos, justificações e garantias já exigidos
no Estado-Membro de origem e que sejam apresentados
d) Pagamento da taxa de emissão da autorização.
pelo requerente.
6 — A autorização é disponibilizada em formato ele-
3 — O prazo para entrega dos elementos referidos no trónico.
número anterior pode ser prorrogado por igual período, 7 — A realização de ações de formação está condi-
mediante pedido devidamente fundamentado. cionada à comunicação e verificação dos requisitos dos
4 — A não emissão da autorização no prazo previsto formadores.
nos números anteriores, por causa imputável ao reque-
rente, determina a caducidade da decisão proferida nos Artigo 51.º
termos do n.º 1.
Especificações do alvará, da licença e da autorização
5 — Nos casos previstos no n.º 3 do artigo 41.º, são tidos
em conta os elementos, justificações e garantias já exigidos 1 — Do alvará e da licença constam os seguintes ele-
no Estado-Membro de origem e que sejam apresentados mentos:
pelo requerente. a) Denominação da entidade autorizada;
6 — A autorização é disponibilizada em formato ele- b) Sede social, filiais, delegações, estabelecimentos
trónico. secundários e instalações operacionais da entidade auto-
7 — (Revogado.) rizada;
c) Indicação do despacho que aprovou o modelo de
Artigo 50.º uniforme, se aplicável;
Requisitos para a emissão de autorização de entidade formadora d) Discriminação dos serviços de segurança autorizados;
e) Identificação dos administradores, dos gerentes ou
1 — Concluída a instrução, o processo é submetido ao do responsável pelos serviços de autoproteção, consoante
membro do Governo responsável pela área da administra- o caso;
ção interna, para decisão, a proferir no prazo máximo de f) Data de emissão e de validade.
30 dias seguidos.
2 — Após o despacho referido no número anterior, o 2 — Da autorização de entidade formadora constam os
início do exercício da atividade de formação de segurança seguintes elementos:
privada fica condicionado à comprovação, pelo requerente a) Denominação da entidade autorizada;
e no prazo de 90 dias seguidos, a contar da notificação, b) Sede social e salas de formação autorizadas;
da existência de: c) Discriminação do tipo de formação autorizada;
a) Instalações e meios materiais e humanos adequados; d) Identificação do gestor de formação;
b) Caução a favor do Estado, prestada mediante depósito e) Data de emissão e de validade.
em instituição bancária, ou garantia bancária à primeira
3 — Da autorização de entidade consultora constam os
solicitação, absolutamente impenhorável, de montante não
seguintes elementos:
superior a 20 000 €, a fixar por despacho do membro do
Governo responsável pela área da administração interna, a) Denominação da entidade autorizada;
de constituição obrigatória, a qual vigora pelo período de b) Sede social;
validade da autorização e em todas as situações de pen- c) (Revogada.)
dência contraordenacional, caso em que se mantém válido d) Identificação dos administradores ou gerentes;
até à data do trânsito em julgado do último processo de e) Data de emissão e de validade.
contraordenação existente, dependendo a sua libertação da
absolvição do pedido ou, tendo a parte sido condenada, pro- 4 — O averbamento de elementos constantes do alvará,
vando que cumpriu a obrigação no prazo de 30 dias a contar da licença ou da autorização é formulado em modelo pró-
do trânsito em julgado e só podendo ser anulado ou alterado prio, disponibilizado em formato eletrónico, dirigido ao
membro do Governo responsável pela área da administra-
com o consentimento expresso escrito do secretário-geral
ção interna, acompanhado dos elementos e documentos
do Ministério da Administração Interna; previstos para o respetivo licenciamento.
c) Seguro de responsabilidade civil de capital mínimo 5 — A Direção Nacional da PSP emite o alvará, a licença
de 150 000 € para pessoas coletivas e de 100 000 € para ou a autorização, e respetivos averbamentos, publicitando-
pessoas singulares e demais requisitos e condições fixados -os na sua página oficial, e comunica os seus termos ao
por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas Comando-Geral da GNR e à Direção Nacional da PJ.
áreas das finanças e da administração interna, nomeada- 6 — Não é admitida a transmissão ou a cedência, a qual-
mente franquias, âmbito territorial e temporal, direito de quer título, do alvará, licença e autorização emitidos.
regresso e exclusões; 7 — O alvará, a licença e a autorização são válidos
d) Pagamento da taxa de emissão da autorização. pelo prazo de cinco anos, a contar da data da sua emissão,
3408 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019
podendo ser renovados por iguais períodos, sem prejuízo 2 — Quando do incumprimento das normas previstas
da verificação permanente da manutenção dos requisitos na presente lei ou em regulamentação complementar ou do
e condições previstos na presente lei e em regulamentação exercício de funções por titular de cartão profissional de
complementar. segurança privado resulte a suscetibilidade de perturbação
8 — Os modelos e caraterísticas dos alvarás, licenças e da ordem, da segurança ou da tranquilidade públicas, pode
autorizações constam de portaria a aprovar pelo membro do ser, total ou parcialmente, restringida a sua atividade.
Governo responsável pela área da administração interna. 3 — Para efeitos do número anterior verifica-se a exis-
tência de indícios de perturbação da ordem, da segurança
Artigo 52.º ou da tranquilidade públicas quando, entre outros, exista
Renovação de alvará, licença, autorização ou cartão profissional violação dos deveres da conduta ou a avaliação de ido-
neidade, realizada nos termos do n.º 2 do artigo 22.º, seja
1 — A renovação de alvará, licença, autorização e cartão
ou título profissionais previstos na presente lei devem ser negativa.
requeridos nos 90 dias anteriores e até ao termo da sua 4 — A decisão de restrição, prevista nos n.os 1 e 2, é
validade e depende da verificação, à data do pedido, dos emitida pelo membro do Governo responsável pela área
requisitos exigidos para a sua concessão. da administração interna, sob proposta fundamentada das
2 — (Revogado.) forças de segurança.
5 — A decisão referida no número anterior é notificada
Artigo 53.º ao visado e comunicada às forças de segurança.
Suspensão, cancelamento e caducidade
de alvará, licença e autorização Artigo 54.º
1 — Verifica-se a suspensão imediata do alvará, da li- Taxas
cença e da autorização logo que haja conhecimento de que 1 — A emissão e renovação do alvará, da licença e da
algum dos requisitos ou condições necessários ao exercício autorização, bem como os respetivos averbamentos, estão
da atividade de segurança privada, estabelecidos na pre- sujeitos ao pagamento de uma taxa, que constitui receita
sente lei ou em regulamentação complementar, deixaram do Estado, revertendo 50 % para a PSP.
de se verificar. 2 — Estão sujeitos ao pagamento de uma taxa, que
2 — No caso de incumprimento reiterado das normas constitui receita própria da força de segurança competente
previstas na presente lei ou em regulamentação comple-
para a realização dos seguintes atos:
mentar, por despacho do membro do Governo responsável
pela área da administração interna e sob proposta do diretor a) Emissão, renovação e substituição do cartão profis-
nacional da PSP, pode ser cancelado o alvará, a licença ou sional do pessoal de segurança privada;
a autorização emitidos. b) Realização de exames, auditorias e provas de ava-
3 — Para efeitos do disposto no número anterior, liação;
considera-se incumprimento reiterado, designadamente: c) Autorização dos cursos de diretor de segurança e
a) O incumprimento, durante três meses seguidos, dos coordenador de segurança;
deveres especiais previstos nas alíneas c), d) e e) do n.º 2 d) Acreditação e verificação de requisitos de coordena-
do artigo 37.º, quando aplicável; dor pedagógico e formador;
b) A inexistência ou insuficiência de meios humanos ou e) Pedidos de autorização de revistas pessoais de pre-
materiais ou de instalações operacionais ou de instalações venção e segurança;
adequadas, por um período superior a seis meses; f) Reinspeção da conformidade de instalações e meios
c) A suspensão do alvará, da licença ou da autorização humanos e materiais;
prevista no n.º 1, por um período superior a seis meses; g) Emissão de pareceres previstos no âmbito da pre-
d) A condenação, com trânsito em julgado, por três sente lei;
contraordenações muito graves de segurança privada, nos h) Realização de avaliação de risco de ATM;
últimos cinco anos. i) Registo de utilização de sistemas de videovigilância;
j) Emissão e renovação de registo prévio e averbamento
4 — As decisões de suspensão e cancelamento de alva- de técnico, de instalação e de denominação;
rás, licenças ou autorizações são notificadas aos membros k) Comunicação de falso alarme às forças de segu-
permanentes do CSP. rança.
5 — Os alvarás, licenças e autorizações caducam auto-
maticamente com a declaração de insolvência da entidade
de segurança privada ou de autoproteção. 3 — O valor das taxas referidas nos números anteriores
é fixado por portaria dos membros do Governo responsá-
Artigo 53.º-A veis pelas áreas das finanças e da administração interna,
podendo ser objeto de revisão anual.
Medida de polícia
1 — Quando o incumprimento das normas previstas Artigo 54.º-A
na presente lei ou em regulamentação complementar ou Autoridade para as Condições do Trabalho
a atividade desenvolvida por uma empresa de segurança
privada se revele suscetível de perturbar a ordem, a segu- O Governo, no prazo de 180 dias, regulamenta forma-
rança ou a tranquilidade públicas, pode ser restringida a ção especializada que tenha em conta as especificidades
sua atividade, total ou parcialmente, em determinada área do setor da segurança privada, para a Autoridade para as
geográfica ou tipologia de serviços. Condições do Trabalho.
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3409
ou pessoal de vigilância que não satisfaça os requisitos c) A omissão de algum dos elementos previstos nos
previstos no artigo 22.º; n.os 1 e 2 do artigo 38.º;
k) Manter nos corpos sociais administrador ou gerente d) O incumprimento das obrigações, deveres, formali-
que não satisfaça os requisitos previstos no n.º 1 do ar- dades e requisitos estabelecidos na presente lei ou fixados
tigo 22.º; em regulamento, quando não constituam contraordenações
l) O incumprimento dos conteúdos e duração dos cursos, graves ou muito graves.
bem como dos requisitos do corpo docente nas condições
previstas no n.º 3 do artigo 25.º; 4 — Quando cometidas por pessoas coletivas, as contraor-
m) O incumprimento dos n.os 1 e 2 do artigo 28.º, bem denações previstas nos números anteriores são punidas com
como o uso de uniforme por quem não seja pessoal de as seguintes coimas
vigilância, ou, sendo, não corresponda à entidade patronal a) De 1 500 € a 7 500 €, no caso das contraordenações
da qual seja trabalhador; leves;
n) O incumprimento do disposto no artigo 32.º; b) De 7 500 € a 37 500 €, no caso das contraordenações
o) A utilização de meios técnicos de segurança não graves;
autorizados; c) De 15 000 € a 44 500 €, no caso das contraordenações
p) O incumprimento do disposto nos n.os 1, 2 e 8 do muito graves.
artigo 31.º e no artigo 35.º;
q) O incumprimento dos deveres previstos no n.º 2 do 5 — Quando cometidas por pessoas singulares, as con-
artigo 36.º, na alínea b) do n.º 1, na alínea b) do n.º 2 e no traordenações previstas nos n.os 1 a 3 são punidas com as
n.º 4 do artigo 37.º; seguintes coimas:
r) A não existência do preceituado nos n.os 1 a 4 do a) De 150 € a 750 €, no caso das contraordenações
artigo 38.º; leves;
s) O incumprimento dos requisitos ou condições exi- b) De 300 € a 1500 €, no caso das contraordenações
gidos para o transporte de valores que sejam fixados em graves;
regulamento. c) De 600 € a 3000 €, no caso das contraordenações
2 — São graves as seguintes contraordenações: muito graves.
a) O exercício da atividade a que se refere o artigo 4.º-A 6 — Se a contraordenação tiver sido cometida por um
sem registo prévio, ou incumprimento dos requisitos e órgão de pessoa coletiva ou de associação sem personali-
condições fixados em regulamento; dade jurídica, no exercício das suas funções e no interesse
b) O incumprimento do disposto no n.º 1 do artigo 7.º do representado, é aplicada a este a coima correspondente,
e na alínea e) do n.º 1 do artigo 8.º; sem prejuízo da responsabilidade individual do agente da
c) O incumprimento do disposto no artigo 8.º, 9.º, 10.º contraordenação.
e dos requisitos que sejam fixados em regulamento; 7 — Se o agente retirou da infração um benefício econó-
d) O incumprimento da obrigação prevista no n.º 3 do mico calculável superior ao limite máximo da coima, e não
artigo 11.º; existirem outros meios de o eliminar, pode esta elevar-se
e) O incumprimento do disposto no n.º 6 do artigo 19.º; até ao montante do benefício.
f) A contratação do diretor de segurança privada fora 8 — A tentativa e a negligência são puníveis.
das condições previstas na presente lei; 9 — Nos casos de cumplicidade e de tentativa, bem
g) O incumprimento do disposto no n.º 4 do artigo 27.º; como nas demais situações em que houver lugar à
h) O não uso de uniforme ou o uso de peças, distintivos atenuação especial da sanção, os limites máximo e
e símbolos e marcas não aprovados, quando obrigatório; mínimo da coima são reduzidos para metade.
i) O incumprimento do preceituado na alínea b) do n.º 1
e no n.º 3 do artigo 29.º; Artigo 60.º
j) O incumprimento do disposto no artigo 30.º; Sanções acessórias
k) O incumprimento do preceituado nos n.os 4 a 6 e 9
do artigo 31.º; 1 — Em processo de contraordenação, podem ser apli-
l) A utilização de canídeos em infração ao preceituado cadas simultaneamente com a coima as seguintes sanções
no artigo 33.º ou fora das condições previstas em regu- acessórias:
lamento; a) A perda de objetos que tenham servido para a prática
m) A utilização dos meios não permitidos previstos da contraordenação;
no artigo 34.º ou fora das condições previstas em regu- b) O encerramento do estabelecimento por um período
lamento; não superior a dois anos;
n) O incumprimento dos deveres especiais previstos nas c) A suspensão, por um período não superior a dois
alíneas a), c) a g) do n.º 1 e nas alíneas a), c) a g) do n.º 2, anos, do alvará ou da licença concedidos para o exercício
e no n.º 5 do artigo 37.º; da atividade de segurança privada ou da autorização para
o) O incumprimento dos n.os 2, 3 e 5 do artigo 38.º; a utilização de meios de segurança;
p) Não garantir de forma permanente a presença de d) A interdição do exercício de funções ou de prestação de
um vigilante operador de receção de alarmes na respetiva serviços de segurança por período não superior a dois anos;
central. e) A publicidade da condenação.
3 — São contraordenações leves:
2 — Se o facto constituir simultaneamente crime, o
a) O incumprimento do estabelecido no n.º 4 do ar- agente é punido por este, sem prejuízo das sanções aces-
tigo 25.º e no n.º 2 do artigo 37.º; sórias previstas para a contraordenação.
b) O incumprimento do estabelecido no n.º 5 do ar- 3 — Sem prejuízo das penas acessórias previstas no
tigo 25.º e no n.º 3 do artigo 37.º; Código Penal, aos crimes previstos nos artigos 57.º e
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3411
Artigo 61.º
Competência CAPÍTULO IX
1 — São competentes para o levantamento dos autos Disposições finais e transitórias
de contraordenação previstos na presente lei as entidades
referidas no artigo 55.º Artigo 63.º
2 — São competentes para a instrução dos processos Alteração à Lei de Organização da Investigação Criminal
de contraordenação a Guarda Nacional Republicana e a
Polícia de Segurança Pública. O artigo 7.º da Lei n.º 49/2008, de 27 de agosto, passa
3 — A aplicação das coimas e sanções acessórias pre- a ter a seguinte redação:
vistas na presente lei compete ao secretário-geral do Mi-
nistério da Administração Interna, o qual pode delegar «Artigo 7.º
aquela competência nos termos da lei. [...]
4 — O produto das coimas referidas no número anterior
é distribuído da seguinte forma: 1— .....................................
2— .....................................
a) 60 % para o Estado; 3— .....................................
b) 25 % para a entidade instrutora do processo;
c) 15 % para a PSP. a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5 — Na execução para a cobrança da coima, responde c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
por esta a caução prestada nos termos previstos na pre- d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
sente lei. e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6 — Na Direção Nacional da PSP é mantido, em registo f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
próprio, o cadastro de cada entidade a que foram aplicadas g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
sanções previstas na presente lei. h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
7 — (Revogado.) i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
8 — (Revogado.) j) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
9 — (Revogado.) l) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3412 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019
f) Comportamentos que revelem a tendência para abu- 2 — O disposto no n.º 1 do presente artigo não obsta
sar de bebidas alcoólicas ou evidenciem dificuldade em ao caráter de gratuitidade plasmado no artigo 44.º
dissociar o seu consumo do exercício de funções;
g) Comportamentos que revelem a tendência para abusar Artigo 44.º-B
de substâncias psicotrópicas ou evidenciem dificuldade em Direitos laborais
dissociar o seu consumo do exercício de funções.
112398139 1 — Durante a vigência do contrato de acolhimento,
a pessoa singular ou um elemento da família de aco-
Lei n.º 47/2019 lhimento dispõem do direito a faltas para assistência
à criança ou jovem, sendo aplicável, com as devidas
de 8 de julho adaptações, o regime previsto no artigo 49.º e nas alí-
neas e) e f) do n.º 2 do artigo 249.º do Código do Tra-
Primeira alteração ao Regime de Execução do Acolhimento Familiar, balho, aprovado em anexo à Lei n.º 7/2009, de 12 de
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 11/2008, de 17 de janeiro fevereiro, incluindo a falta ocorrida na data de início
do acolhimento.
A Assembleia da República decreta, nos termos da 2 — O disposto no n.º 1 não obsta ao caráter de gra-
alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: tuitidade plasmado no artigo 44.º
3 — A mãe e o pai trabalhadores envolvidos no pro-
Artigo 1.º cesso de acolhimento familiar de crianças até 1 ano de
Objeto
idade têm direito a licença parental, sendo aplicável,
com as devidas adaptações, o regime previsto nos arti-
A presente lei altera o Regime de Execução do Acolhi- gos 40.º a 44.º do Código do Trabalho.
mento Familiar, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 11/2008,
de 17 de janeiro. Artigo 44.º-C
Artigo 2.º Direito ao subsídio para a manutenção da criança ou jovem
Alteração ao Decreto-Lei n.º 11/2008, de 17 de janeiro A natureza gratuita da prestação de serviço de aco-
lhimento obsta ao pagamento da retribuição prevista na
É alterado o artigo 44.º do Decreto-Lei n.º 11/2008, de alínea d) do n.º 3 do artigo 20.º, mantendo-se o direito
17 de janeiro, que passa a ter a seguinte redação: ao subsídio previsto na alínea e) do mesmo artigo.»
«Artigo 44.º Artigo 4.º
[...] Entrada em vigor
1 — O regime previsto no presente decreto-lei aplica- A presente lei entra em vigor com o Orçamento do
-se ainda, com as alterações decorrentes da natureza não Estado subsequente ao da sua publicação.
onerosa do contrato, às situações em que o serviço de
acolhimento é prestado gratuitamente por pessoa singu- Aprovada em 26 de abril de 2019.
lar ou família que estejam habilitadas para o efeito. O Presidente da Assembleia da República, Eduardo
2 — Não é aplicável às situações previstas no número Ferro Rodrigues.
anterior, atenta a sua natureza gratuita, o disposto na
Promulgada em 25 de junho de 2019.
alínea f) do n.º 1 do artigo 14.º e no n.º 2 do artigo 21.º
3 — Às situações previstas no n.º 1 é ainda aplicável Publique-se.
o disposto nos artigos 44.º-A, 44.º-B e 44.º-C.» O Presidente da República, MARCELO REBELO DE SOUSA.
Artigo 3.º Referendada em 27 de junho de 2019.
Aditamento ao Decreto-Lei n.º 11/2008, de 17 de janeiro O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa.
112411949
São aditados ao Decreto-Lei n.º 11/2008, de 17 de ja-
neiro, os artigos 44.º-A a 44.º-C com a seguinte redação: Lei n.º 48/2019
«Artigo 44.º-A de 8 de julho
Deduções à coleta
Regime de confidencialidade nas técnicas de procriação
1 — Durante a vigência do contrato de acolhimento, medicamente assistida, procedendo à sexta alteração à Lei
a criança ou jovem será considerado: n.º 32/2006, de 26 de julho (procriação medicamente assistida)
a) Membro do agregado familiar, para os efeitos dos A Assembleia da República decreta, nos termos da
artigos 78.º-C e 78.º-D do Código do Imposto sobre alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:
Rendimento de Pessoas Singulares;
b) Dependente da pessoa singular ou da família, para Artigo 1.º
os efeitos previstos no artigo 78.º-A do Código do Im-
Objeto
posto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares, sendo
a dedução calculada de forma proporcional à duração, A presente lei introduz a sexta alteração à Lei n.º 32/2006,
no ano em causa, do período do acolhimento. de 26 de julho (procriação medicamente assistida), alterada