O documento discute os principais princípios da jurisdição, incluindo territorialidade, competência, distribuição da competência e modificações da competência. Aborda critérios como matéria, pessoa, valor da causa e localização territorial para determinar qual o juiz ou tribunal competente para julgar cada caso. Também explica como lidar com conflitos de competência entre diferentes juízes ou tribunais.
O documento discute os principais princípios da jurisdição, incluindo territorialidade, competência, distribuição da competência e modificações da competência. Aborda critérios como matéria, pessoa, valor da causa e localização territorial para determinar qual o juiz ou tribunal competente para julgar cada caso. Também explica como lidar com conflitos de competência entre diferentes juízes ou tribunais.
O documento discute os principais princípios da jurisdição, incluindo territorialidade, competência, distribuição da competência e modificações da competência. Aborda critérios como matéria, pessoa, valor da causa e localização territorial para determinar qual o juiz ou tribunal competente para julgar cada caso. Também explica como lidar com conflitos de competência entre diferentes juízes ou tribunais.
O documento discute os principais princípios da jurisdição, incluindo territorialidade, competência, distribuição da competência e modificações da competência. Aborda critérios como matéria, pessoa, valor da causa e localização territorial para determinar qual o juiz ou tribunal competente para julgar cada caso. Também explica como lidar com conflitos de competência entre diferentes juízes ou tribunais.
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PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO
- TERRITORIALIDADE: os magistrados só têm autoridade nos limites territoriais do
seu Estado; ou seja, nos limites do território da sua jurisdição; . surgem as cartas, como atos de comunicação entre órgãos jurisdicionais: as cartas precatórias (juízes de mesma hierarquia no mesmo país) e rogatórias (juízes de países diversos); . não se pode confundir a territorialidade de jurisdição com o lugar onde a decisão irá produzir efeitos; - COMPETÊNCIA: a jurisdição é una, porquanto manifestação do poder estatal. entretanto, para que seja mais bem administrada, há de ser exercida por diversos órgãos distintos; . a competência jurisdicional é o poder de exercer a jurisdição nos limites estabelecidos por lei; - DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA: faz-se por meio de normas constitucionais (inclusive de constituições estaduais), legais, regimentais (distribuição interna da competência nos tribunais, feita pelos seus regimentos interno; . Canotilho identifica dois princípios relacionados à distribuição da competência: indisponibilidade e tipicidade. -> esses princípios compõem o conteúdo do princípio do juiz natural; . não há vácuo de competência: sempre haverá um juízo competente para processar e julgar determinada demanda; - A PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO: o art. 43 prevê. que consiste na regra segundo a qual a competência, fixada pelo registro ou pela distribuição da petição inicial, permanecerá a mesma até a prolação da decisão. Se houver mais de uma vara, a petição inicial há de ser distribuída; caso contrário, o seu registro é o fato que fixa a competência; . assim (registro e distribuição), firma-se e perpetua-se a competência do juízo e nenhuma modificação do estado de fato (mudança de domicílio do réu, exemplo) ou de direito (ampliação do teto da competência do órgão em razão do valor da causa) superveniente poderá alterá-la; -> EXCEÇÕES: a) supressão do órgão judiciário; b) alteração superveniente da competência absoluta, como alteração superveniente de competência em razão da matéria, da função ou em razão da pessoa; {o desmembramento de comarca só implicará a redistruição da causa se alterar competência absoluta, inclusive a competência territorial absoluta; - COMPETÊNCIA POR DISTRIBUIÇÃO: de acordo com o art. 284, onde houver “mais de um juiz” os processos deverão ser distribuídos, de modo alternado e aleatório, entre os juízos abstratamente competentes; . para fazer valer o princípio do juiz natural; - CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA: . competência do foro (territorial) e competência do juízo: foro é o local onde o órgão jurisdicional exerce as suas funções; é a unidade territorial sobre a qual se exerce o poder jurisdicional; . esquema: verifica-se primeiro qual o foro competente, depois o juízo, que é a vara, o cartório, a unidade administrativa; . competência originária: é aquela atribuída ao órgão jurisdicional para conhecer da causa em primeiro lugar (juízo singular, em primeiro grau, via de regra); . competência derivada ou recursal: é atribuída ao órgão jurisdicional destinado a rever a decisão já proferida (normalmente, atribui-se a competência derivada ao tribunal); . competência relativa: atender preponderantemente ao interesse particular; . competência absoluta: atender principalmente a interesse público; . não se pode confundir a territorialidade da jurisdição com o lugar onde a decisão irá produzir efeitos; . a incompetência (absoluta ou relativa) não gera a automática invalidação dos atos decisórios praticados; - MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O JUÍZO COMPETENTE: . Nelson Nery Jr. e Rosa Nery:" a) verificar se a justiça brasileira é competente para julgar a causa (arts. 21-23 do CPC); b) se o for, é preciso investigar se é o caso de competência originária de Tribunal ou de órgão jurisdicional atípico (Senado Federal: art. 52, I e 11, CF /1988; Câmara dos Deputados: art. 51, I, CF /1988; Assembleia Legislativa estadual para julgar governador de Estado); c) não sendo o caso, verificar se é afeto à justiça especial (eleitoral, trabalhista ou militar) ou justiça comum; d) sendo competência da justiça comum, verificar se é da justiça federal (arts. 108-109, CF /1988), pois, não sendo, será residualmente da estadual; e) sendo da justiça estadual, deve-se buscar o foro competente, segundo os critérios do CPC (competência absoluta e relativa, material, funcional, valor da causa e territorial); f) determinado o foro competente, verifica-se o juízo competente, de acordo com o sistema do CPC (prevenção, p. ex.) e das normas de organização judiciária; - CRITÉRIOS DETERMINATIVOS DE DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA: . A competência é distribuída de acordo com: o critério objetivo, o critério funcional e o critério territorial; . Objetivo: em razão da matéria, em razão da pessoa e em razão do valor da causa: a)Competência em razão da pessoa: a fixação da competência tendo em conta as partes envolvidas (rationae personae). O principal exemplo de competência em razão da pessoa é o da vara privativa da Fazenda Pública; b) Competência em razão da matéria: a competência em razão da matéria é determinada pela natureza da relação jurídica controvertida, definida pelo fato jurídico que lhe dá causa; é com base neste critério que as varas de família, cível, penal etc. são criadas; c) Competência em razão do valor da causa: há regras de competência que são criadas a partir do valor da causa; . Territorial: A competência territorial é a regra que determina em que território a causa deve ser processada; em regra, relativa, derrogável pela vontade das partes; . Funcional: Vicente Greco Filho sistematizou a competência funcional de maneira bem interessante: a) por graus de jurisdição (originária ou recursal);" b) por fases do processo (cognição e execução, p. ex.); c) por objeto do juízo: assunção de competência (art. 947 do CPC), arguição de inconstitucionalidade em tribunal (art. 948 do CPC) etc; . A incompetência territorial é considerada como um defeito que somente pode ser invocado pelo réu, que deve fazê-lo no primeiro momento possível, sob pena de preclusão; . Já a incompetência funcional é considerada como absoluta, portanto pode ser conhecida de ofício pelo órgão jurisdicional, enquanto o processo estiver pendente; - PRINCIPAIS REGRAS DE COMPETÊNCIA TERRITORIAL: . A regra geral de competência territorial é o domicílio do réu, para as demandas pessoais e para as demandas reais mobiliárias (art. 46, CPC). o réu tiver mais de um domicílio, fica a critério do autor demandar em qualquer deles - art. 46, § 1 º· do CPC, e art. 71 do Código Civil. Se o réu tiver domicílio incerto ou desconhecido, poderá ser demandado no foro do domicílio onde for encontrado ou no foro do domicílio do autor (art. 46, § 2º, do CPC); . Se o réu estiver domiciliado no exterior, a ação será proposta no foro do domicílio do autor; . Nas ações contra incapaz, competente será o foro do domicílio do seu representante (art. 50, CPC; art. 76, par. ún., Código Civil); . Determina-se o foro de domicílio do guardião de filho incapaz, para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento, reconhecimento ou dissolução de união estável; . Nas ações em que se pedem alimentos, será o foro do domicílio ou residência do alimentando o competente para apreciá-las [art. 53, 11, CPC); . Quando a pessoa jurídica é demandada, competente é o juízo do lugar onde está a sua sede [art. 53, lll, "a", CPC); - MODIFICAÇÕES DA COMPETÊNCIA: Só há modificação da competência relativa; - CONFLITO DE COMPETÊNCIA: É o fato de dois ou mais juízes se darem por competentes (conflito positivo, art. 66, I, CPC) ou incompetentes (conflito negativo, art. 66, II, CPC) para o julgamento da mesma causa ou de mais de uma causa (em caso de reunião por conexão, art. 66, III, CPC); . O conflito positivo diz respeito à reunião de causas conexas, em que se discute qual é o juízo prevento; trata-se de situação relacionada à litispendência: é preciso saber em que juízo a causa deve tramitar. . não há conflito se entre os juízos houver diferença hierárquica, prevalecendo o posicionamento do juízo hierarquicamente superior; . Se esse juízo não aceitar a competência que lhe foi declinada, deverá suscitar conflito, salvo se a atribuir a outro juízo; - Competência: A competência para julgar o conflito de competência será sempre de um tribunal; . Note-se que se a discussão envolver tribunal e juiz a ele vinculado, não se pode falar propriamente de conflito, pois deve prevalecer a orientação determinada pelo mesmo tribunal; - Procedimento: O relator poderá julgar, monocraticamente, o conflito de competência quando sua decisão se fundar em: l - súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de justiça ou do próprio tribunal; Il-tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência (art. 955, par. ún., CPC).Contra a decisão do relator que julgar monocraticamente o conflito de competência cabe agravo interno [art 1.021, CPC);