Dispõe Sobre O Estatuto Dos Servidores Do Magistério Público Do Município Do Salvador
Dispõe Sobre O Estatuto Dos Servidores Do Magistério Público Do Município Do Salvador
Dispõe Sobre O Estatuto Dos Servidores Do Magistério Público Do Município Do Salvador
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O PREFEITO MUNICIPAL DO SALVADOR, CAPITAL DO ESTADO DA BAHIA, faço saber que a Câmara
Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INTRODUTÓRIAS
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Art. 1º Esta Lei Complementar dispõe sobre o Estatuto do Servidor do Magistério Público do Município
do Salvador, contendo os princípios e normas de direito público que lhe são peculiares.
Capítulo II
DOS PRECEITOS ÉTICOS DO MAGISTÉRIO
I - o esforço em prol da educação integral do aluno que assegure a formação para o exercício da
cidadania;
Capítulo III
DA CARREIRA DO MAGISTÉRIO
TÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS
Capítulo I
DO INGRESSO
Art. 5º O ingresso na carreira do Magistério far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.
§ 1º Para o ingresso no cargo de Professor, além de outros requisitos estabelecidos em lei, exigir-se-á
Diploma de Professor, expedido por estabelecimento oficial ou reconhecido, observando-se, para o
exercício nas diversas séries, a seguinte formação mínima:
a) para educação infantil e o ensino fundamental da 1º a 4º série, exigir-se-á, como formação mínima,
curso de graduação plena em Pedagogia ou curso Normal Superior, com habilitação em Licenciatura
para Educação Infantil ou para as Séries Iniciais do Ensino Fundamental.
b) para o ensino fundamental da 5º a 8º série, exigir-se-á, como formação mínima, curso de licenciatura
em graduação plena, com habilitações específicas em área própria para a docência nas séries fins do
ensino fundamental.
Art. 6º O ingresso dar-se-á no cargo e nível em que o candidato concorreu, sempre na referência
inicial, conforme especificado no Plano de Carreira e Remuneração dos Servidores do Magistério
Público do Município do Salvador.
Capítulo II
DA NOMEAÇÃO
Capítulo III
DA POSSE
Art. 8ºPosse é o ato de aceitação formal, pelo servidor do Magistério, das atribuições, dos deveres e
das responsabilidades inerentes ao cargo público, concretizada com a assinatura do termo pela
autoridade competente e pelo empossando, observados a forma e os prazos fixados no Regime
Jurídico Único dos Servidores Públicos Municipais, instituído pela Lei Complementar nº 1, de 15 de
março de 1991, e sua alterações posteriores.
Parágrafo Único. No ato da posse o servidor público apresentará, obrigatoriamente, declaração de bens
e valores que constituem seu patrimônio e declaração sobre o exercício ou não de outro cargo,
emprego ou função pública.
Capítulo IV
DO EXERCÍCIO
Art. 9º Exercício é o ato pelo qual o servidor do Magistério assume o efetivo desempenho das
atribuições do seu cargo, podendo faze-lo no prazo de 30 (trinta) dias corridos contados da data da
posse.
Art. 9º Exercício é o ato pelo qual o servidor do Magistério assume o efetivo desempenho das
atribuições do seu cargo, podendo fazê-lo no prazo de 10 (dez) dias corridos contados da data da
posse. (Redação dada pela Lei Complementar nº 37/2005)
§ 2º Em se tratando de Coordenador Pedagógico, o exercício poderá ter inicio na data determinada, por
edital, pela Secretaria responsável pela Educação no Município.
Art. 10 -O servidor do Magistério não poderá ser posto á disposição de outro Poder, Órgão ou
Entidade da Administração Direta ou Indireta, Federal, Estadual ou Municipal, inclusive do próprio
Município do Salvador, salvo para atender a convênio de cooperação e assistência técnica com fins
educacionais firmado com o Governo Federal, Estadual ou Municipal, no exercício do seu próprio cargo.
Capítulo V
DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 12 - Os servidores do Magistério poderão ter sua jornada de trabalho ampliada ou reduzida,
conforme dispuser o Plano de Carreira e Remuneração.
I - hora/aula, que é o período de tempo em que desempenha atividades de efetiva regência de classe;
O Professor, quando na efetiva regência de classe, terá 25% (vinte e cinco por cento) de sua
Art. 14 -
carga horária destinada a atividades extraclasse.
Parágrafo Único. O Professor que atue na Educação Infantil até a 4º série do Ensino Fundamental,
enquanto não houver possibilidade de compatibilização da sua reserva de tempo com a grade
curricular, será remunerado de acordo com a jornada a que se vincule, garantindo-se-lhe, o pagamento
de uma parcela remuneratória compensatória pela execução das atividades extraclasse fora da sua
jornada normal de trabalho.
Art. 16 - O Professor Municipal será convocado para ministrar aulas, sempre que houver necessidade
de reposição ou complementação da carga horária anual, exigida por Lei.
Capítulo VI
DAS FALTAS AO TRABALHO
I - por dia;
Capítulo VII
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 18 - Estágio Probatório é o período inicial de 3 (três) anos de efetivo exercício do servidor
nomeado em virtude de concurso público, quando a sua aptidão e capacidade para permanecer no
cargo serão objeto de avaliação obrigatória.
Art. 19 - Durante o período de estágio probatório serão observados o cumprimento, pelo servidor
integrante da carreira do Magistério, dos seguintes requisitos:
II - idoneidade moral;
III - disciplina;
IV - eficiência;
V - responsabilidade;
VIII - frequência e aproveitamento em cursos promovidos pela Secretaria responsável pela Educação no
Município.
Art. 20 - A aferição dos requisitos do estágio probatório será promovida na forma e prazos
disciplinados no Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Municipais, instituído pela Lei
Complementar nº 1, de 15 de março de 1991 e suas alterações posteriores.
Capítulo VIII
DA MOVIMENTAÇÃO
SEÇÃO I
DA LOTAÇÃO
Art. 21 - Lotação é o ato pelo qual o titular da Secretaria Municipal da Educação e Cultura determina o
local de trabalho do servidor integrante da carreira do Magistério, observadas as disposições desta Lei.
SEÇÃO II
DA REMOÇÃO
Art. 25 - Remoção é a movimentação do servidor integrante da carreira do Magistério de um para outro
local de trabalho, condicionada à existência de vaga.
I - a pedido:
II - de ofício:
§ 2º Sempre que for solicitado pela direção de unidade de ensino remoção de servidor do Magistério,
esta obrigatoriamente deverá expor por escrito os motivos, devendo o órgão responsável pela
movimentação de servidores da Secretaria responsável pela Educação no Município ouvir o servidor
interessado, o Conselho Escolar e convidar a entidade de classe para participar da avaliação da
procedência do pedido.
§ 3º O servidor a ser removido por ofício deverá ser comunicado por escrito pelo Diretor, no prazo
máximo de 2 (dois) dias úteis, do pedido de remoção e dos motivos deste, sob pena de nulidade do
mesmo.
A remoção de que trata a alínea "a" do inciso I, do Art. 26 desta Lei, será realizada anualmente,
Art. 27 -
sempre anterior á convocação de candidato aprovado em concurso público de ingresso, se houver.
Parágrafo Único. Para efeito da remoção, os candidatos serão escolhidos obedecendo-se aos
seguintes critérios de prioridade:
Art. 28 - A remoção por permuta será realizada desde que os interessados ocupem atribuições de
iguais nível e habilitação.
Art. 29 - A remoção referida no inciso I do Art. 26 desta Lei será processada no mês de janeiro de cada
ano pela Secretaria responsável pela Educação no Município.
Parágrafo Único. O Professor Municipal deverá dar entrada no pedido de remoção no mês de setembro
de cada ano.
Art. 30 -Serão consideradas vagas, para efeito de preenchimento por remoção as criadas por
afastamento do titular em decorrência de:
I - aposentadoria;
II - falecimento;
III - exoneração;
IV - demissão;
V - recondução;
VII - readaptação.
§ 1º Além dos casos previstos nos incisos deste artigo, serão incluídas para a remoção as vagas
surgidas em decorrência da ampliação da rede escolar municipal, alteração da grade curricular ou na
hipótese de efetivo afastamento do titular, excluídos os decorrentes de licença para o desempenho de
mandato classista e mandato eletivo.
§ 3º Para concorrer à remoção, o Professor e o Coordenador Pedagógico terá que contar com o
mínimo de 03 (três) anos de efetivo exercício na sua unidade de lotação, salvo em relação a situações
especiais cuja decisão caberá ao titular da Secretaria responsável pela Educação no Município.
Capítulo IX
DA DIREÇÃO DAS UNIDADES DE ENSINO (REGULAMENTADO PELO DECRETO Nº 23.966/2013)
A direção de unidade de ensino do Município será exercida pelo Diretor, Vice-Diretor e pelo
Art. 33 -
Conselho Escolar de forma solidária e harmônica.
Art. 34 - Comunidade Escolar é o conjunto dos indivíduos que pertencem às seguintes categorias:
III - pais ou responsável legal de aluno regularmente matriculado, e com frequência em unidade de
ensino municipal; e
II - tenha concluído, com aproveitamento, curso para gestores de unidade escolar, organizado pela
Secretaria Municipal da Educação e Cultura;
III - não tenha sofrido pena disciplinar nos 02 (dois) últimos anos anteriores à data do registro da
candidatura;
IV - encontre-se lotado há pelo menos 06 (seis) meses, considerados até a data do registro da
candidatura, na escola que pretende dirigir;
V - apresente e defenda junto à Comunidade Escolar seu programa de gestão escolar para implementar
o Plano de Desenvolvimento da Escola.
Parágrafo Único. A todos que se candidatarem ao cargo de Diretor, serão garantidas as vagas no curso
a que se refere o inciso 11 deste artigo.
Parágrafo Único. É obrigatória a definição clara e objetiva de metas com prazo para a conclusão.
As eleições a que se refere este Capítulo serão realizadas em escrutínio com voto secreto, em
Art. 37 -
dia e hora determinados em edital afixado em quadro de aviso na área de maior circulação da unidade
de ensino, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
Art. 38 -O mandato de Diretor e de Vice-Diretor, eleitos na forma desta Lei Complementar, será de 03
(três) anos, permitida uma recondução para o mandato consecutivo.
Art. 39 - Caso nenhum servidor habilitado na forma do disposto no art. 35 se apresente para concorrer
a eleição, o responsável por esta observará, por ordem, os seguintes procedimentos:
II - dispensa da exigência prevista no inciso I do art. 35 desta Lei Complementar, hipótese em que será
facultada a inscrição aos integrantes do quadro do Magistério Público deste Município, que
comprovem habilitação no Magistério em nível médio, para concorrer á direção de unidade de ensino
com classes de educação infantil e ensino fundamental, do Ciclo de Estudos Básicos - CEB à 4º série;
Art. 40 -Os Diretores e Vice-Diretores de unidades de ensino eleitos na forma prevista nesta Lei se
submeterão a um permanente processo de capacitação em serviço, bem como aos mecanismos de
avaliação promovidos regularmente pela Secretaria responsável pela Educação no Município, além das
obrigações definidas em regulamento.
Parágrafo Único. Após eleitos, os Diretores e os Vice-Diretores não poderão assumir cargo da mesma
natureza dentro e fora do âmbito do Governo do Município do Salvador.
Art. 43 -Em caso de vacância do cargo em comissão de Diretor sem que haja Vice-Diretor habilitado
ou abdicação deste em assumir o cargo, bem como para a vacância do cargo de Vice-Diretor, observar-
se-ão os seguintes procedimentos:
I - caso não tenha sido cumprido mais de 50% (cinquenta por cento) do mandato, realizar-se-á nova
eleição; e
II - caso tenha sido cumprido mais de 50% (cinquenta por cento) do mandato, a escolha do substituto
dar-se-á por ato do Titular da Secretaria Municipal da Educação e Cultura, observando-se o disposto no
Art. 35 desta Lei Complementar;
§ 2º Esgotadas as possibilidades de nomeação nas formas previstas nos incisos e parágrafos deste
artigo o titular da Secretaria responsável pela Educação no Município nomeará "pro tempore" o
substituto.
Além das hipóteses previstas no artigo anterior, serão providos mediante livre designação, os
Art. 44 -
cargos em comissão de Diretor e Vice-Diretor das unidades escolares novas e daquelas em que não se
apresentem para concorrer às eleições candidatos que preencham os requisitos indicados nos artigos
35 e 39 desta Lei Complementar.
Capítulo X
DAS FÉRIAS
Art. 45 - Os Professores e Coordenadores Pedagógicos, quando em exercício das atribuições
específicas do seu cargo, em função de docência ou em função de Coordenador Pedagógico, em
unidade de ensino, fazem jus, anualmente, a 45 (quarenta e cinco) dias de férias legais.
§ 1º Os servidores referidos no "caput" deste artigo gozarão, anualmente, pelo menos, 30 (trinta) dias
consecutivos de férias.
Art. 46 - A fixação das férias dependerá do calendário escolar, tendo em vista as necessidades
didáticas e administrativas da unidade de ensino.
Art. 47 - Além das férias, o servidor integrante da carreira do Magistério lotado em unidade de ensino,
em efetiva regência de classe ou em função de Coordenador Pedagógico, permanecerá em recesso de,
no mínimo, 15 (quinze) dias, fixados pelo calendário escolar, dispensado de suas atribuições, mas á
disposição da Direção da unidade de ensino que poderá convocá-lo, a qualquer momento, por
necessidade do ensino.
Capítulo XI
DOS VENCIMENTOS E VANTAGENS
Art. 50 - Além dos direitos e vantagens previstos no Título III, da Lei Complementar nº 1, de 15 de
março de 1991 e suas alterações posteriores, no que for aplicável, os servidores do magistério farão
jus às seguintes gratificações: (Vide Lei nº 8722/2014)
II - gratificação de atividade complementar, devida no percentual de 30% (trinta por cento) do valor do
vencimento básico, ao Professor em regência de classe de educação infantil até a 4º série do ensino
fundamental, para compensar a execução das atividades extraclasse, e de 50% (cinquenta por cento)
ao Professor e Coordenador Pedagógico no exercício dos cargos em comissão de Diretor e Vice-
Diretor, para compensar as perdas remuneratórias decorrentes do afastamento da atividade de
docência e de coordenação pedagógica, e estimular o preenchimento dos referidos cargos;
III - gratificação de regência de classe, devida no percentual de 45% (quarenta e cinco por cento) do
valor do vencimento básico, ao Professor, como incentivo à permanência em sala de aula;
IV - gratificação de coordenação pedagógica, devida no percentual de 45% (quarenta e cinco por cento)
do valor do vencimento básico, ao Coordenador Pedagógico, como incentivo ao exercício da atividade
pedagógica. (Redação dada pela Lei Complementar nº 51/2010)
As gratificações não serão incorporadas vencimentos, nem servirão de base para cálculo de
Art. 51 -
outras vantagens.
Parágrafo Único. A incorporação das gratificações aos proventos obedecerá o disposto na Lei
Complementar nº 5, de 6 de julho de 1992, que trata do Estatuto da Seguridade Social dos Servidores
Públicos e Agentes Políticos Municipais.
Art. 52 - O Professor fará jus, ainda, a ajuda de custo por mudança de domicílio para ilha, a título de
compensação das despesas de instalação em ilha pertencente ao Município, desde que nela
permaneça, no interesse do ensino, no mínimo 3 (três) anos.
Art. 53 - A matéria relativa aos vencimentos e vantagens do servidor do Magistério será disciplinada
no Plano de Carreira e Remuneração dos Servidores do Magistério do Município do Salvador, que
poderá, ainda, atribuir outras vantagens não previstas nesta Lei.
Capítulo XII
DO APRIMORAMENTO PROFISSIONAL
IV - Curso de graduação plena em Pedagogia ou Normal Superior, com habilitação em Licenciatura para
as Séries Iniciais do Ensino Fundamental ou para Educação Infantil, destinados aos Professores que
ainda possuem formação em nível médio Magistério, em exercício na rede pública municipal.
§ 1º Entende-se também por curso de atualização qualquer modalidade de reunião de estudo, encontro
de reflexão educacional, seminário, mesa redonda e debate ao nível escolar, regional, municipal,
estadual ou federal, promovida ou expressamente reconhecida pela Secretaria responsável pela
Educação no Município.
§ 2º O calendário escolar deverá prever períodos para as modalidades de atualização de que trata o
parágrafo anterior, a nível de unidade de ensino.
Art. 56 - Nenhum afastamento para aprimoramento profissional poderá ser superior a 03 (três) anos.
§ 1º O Município será ressarcido pelo servidor na hipótese dele pedir exoneração ou ser demitido,
abandonar o curso, ser reprovado em decorrência de faltas ou ser suspenso do curso em caráter
definitivo, pelo valor correspondente ao que recebeu a título de remuneração e bolsa de estudo,
devidamente corrigido.
§ 3º Para efeito do ressarcimento previsto no § 1º deste artigo, não serão consideradas as faltas
decorrentes das licenças previstas nos incisos I, II e III do art. 110 da Lei Complementar nº 1/91.
Art. 58 - Fica assegurado ao Professor Municipal, estudante, o afastamento de suas atribuições, sem
prejuízo de seu vencimento e vantagens de caráter permanente, para participar de estágio curricular
supervisionado obrigatório na área de educação, quando houver incompatibilidade do horário de
trabalho com o do estágio.
II - concessão de auxílio, sob a modalidade de bolsa, quando a frequência ao curso, por convocação da
Secretaria responsável pela Educação no Município, exigir despesas adicionais não cobertas pela diária
prevista no Art. 71 da Lei Complementar nº 1, de 15 de março de 1991.
Capítulo XIII
DAS DISTINÇÕES E DOS LOUVORES
Parágrafo Único. Caberá ao titular da Secretaria responsável pela Educação no Município a iniciativa da
proposta do título e da medalha de Educador Emérito.
É considerado de festa escolar o dia 15 de outubro, dia do Professor, quando serão conferidos
Art. 62 -
os louvores e as distinções de que trata o artigo anterior.
Art. 63 -Poderá ser elogiado o Professor e Coordenador Pedagógico, individualmente ou por equipe,
que no desempenho de suas atribuições der inequívocas e constantes demonstrações de espírito
público e se destacar no cumprimento de dever funcional e na observância dos preceitos éticos do
Magistério.
§ 1º Constituem motivos para a outorga do elogio, entre outros, a apresentação de sugestões visando
o aperfeiçoamento do sistema de ensino, o zelo pela escola, a realização de trabalhos que projetem a
educação municipal e uma permanente atuação no sentido da integração entre a escola e a
comunidade.
TÍTULO III
DO REGIME DISCIPLINAR
Parágrafo Único. O regime disciplinar do pessoal do Magistério compreende, ainda, as disposições dos
regimentos escolares aprovados pelo órgão próprio do sistema educacional e outras previstas neste
Título.
III - manter e fazer com que seja mantida a disciplina na sala de aula e fora dela;
IV - guardar sigilo sobre os assuntos de natureza confidencial que lhe cheguem ao conhecimento em
razão do cargo;
VII - elaborar e executar, integralmente, os projetos, programas e planos, no que for de sua
competência;
Art. 66 - Pela transgressão dos deveres indicados no artigo anterior será aplicada ao Professor e
Coordenador Pedagógico pena de advertência ou suspensão, conforme a sua gravidade, assegurando-
se os procedimentos apuratórios estabelecidos no Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos,
instituído pela Lei Complementar nº 1, de 15 de março de 1991 e suas alterações posteriores.
Parágrafo Único. Será aplicada a pena de demissão, caso as infrações disciplinares cometidas pelo
Professor e Coordenador Pedagógico sejam tipificadas como inassiduidade habitual ou revelação de
segredo apropriado em razão do cargo.
TÍTULO III - A
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE DO ENSINO
Art. 67 -Para atender necessidade temporária de excepcional interesse do ensino, poderá haver
contratação de Professor, por prazo determinado e sob regime especial de direito administrativo.
§ 1º A contratação de que trata este artigo, até o limite de 20% (vinte por cento) do pessoal docente em
exercício, nos 2 (dois) primeiros anos e 10% (dez por cento) a partir do terceiro ano, somente poderá
ocorrer quando for reconhecidamente impossível a redistribuição dos encargos de ensino entre os
professores do quadro do magistério público do Município do Salvador, e não poderá ultrapassar o
prazo de 24 (vinte e quatro) meses, incluída a sua prorrogação e recontratações.
§ 1º A contratação a que se refere este artigo, até o limite de 20% (vinte por cento) do pessoal docente
em exercício, nºs 02 (dois) primeiros anos, e 10% (dez por cento) a partir do terceiro ano, somente
poderá ocorrer quando for reconhecidamente impossível a redistribuição dos encargos de ensino entre
os professores do quadro do magistério público do Município de Salvador, e não poderá ultrapassar o
prazo de 48 (quarenta e oito) meses, incluída a sua prorrogação e recontratações. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 64/2016)
§ 1º A contratação de que trata este artigo, até o limite de 30% (trinta por cento) do pessoal docente
em exercício, somente poderá ocorrer quando for reconhecidamente impossível a redistribuição dos
encargos de ensino entre os professores do quadro do magistério público do Município de Salvador, e
não poderá ultrapassar o prazo de 48 (quarenta e oito) meses, incluída a sua prorrogação e
recontratações. (Redação dada pela Lei Complementar nº 68/2017)
§ 4º O limite de 30% (trinta por cento) previsto no § 1º vigorará até 31 de dezembro de 2020, após o
que será reduzido para 20% (vinte por cento). (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 68/2017)
Art. 68 - O recrutamento, dentre profissionais com formação mínima de licenciatura plena, far-se-á
mediante processo seletivo simplificado, sob responsabilidade das Secretarias Municipais da
Administração e da Educação e Cultura, sujeito a divulgação no Diário Oficial do Município e em jornal
de grande circulação.
Art. 69 - É vedado:
III - a contratação de profissional que tenha completado a idade limite para permanência no serviço
público;
V - a recontratação, com fundamento neste título, antes de decorridos dois anos do encerramento do
contrato anterior, e pela mesma pessoa jurídica.
Art. 70 - O contrato firmado de acordo com esta lei extinguir-se-á, sem direito a indenizações:
§ 1º A extinção do contrato, no caso do inciso III, será comunicada com antecedência mínima de trinta
(30) dias.
Art. 71 - Fica o Poder Executivo autorizado a expedir normas regulamentares necessárias à execução
deste título, inclusive quanto às cláusulas e condições do contrato por tempo determinado, sob regime
de direito administrativo, do qual constará, obrigatoriamente:
III - a equivalência da remuneração do contratado ao padrão fixado para o servidor de início de carreira
de acordo com a titulação, conforme previsto no plano de carreira dos servidores do magistério público
do Município de Salvador.
TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 72 - Somente poderão exercer atividades docentes ou de Coordenadores Pedagógicos em classes
de Educação Infantil ou classes de alunos portadores de necessidades especiais, bem como em classe
de ensino supletivo, os Professores e Coordenador Pedagógico que possuírem habilitação específica
para a respectiva atribuição, segundo o disposto na legislação em vigor.
Art. 73 - É vedado atribuir ao servidor do Magistério outras atribuições que não as legalmente
previstas para o cargo de Professor e Coordenador Pedagógico, salvo para o exercício de cargo em
comissão ou função de confiança, sob pena de exoneração do cargo em comissão ou dispensa da
função de confiança para servidor que permitir o desvio de função de seu subordinado imediato.
Parágrafo Único. A Secretaria responsável pela Educação no Município terá 12 (doze) meses para
corrigir os desvios porventura existentes.
Art. 77 -Fica assegurado aos servidores do Quadro Suplementar de Pessoal do Magistério Público
Municipal, além dos direitos e vantagens previstos no Título III, da Lei Complementar nº 1, de 15 de
março de 1991 e suas alterações posteriores, no que for aplicável, a manutenção e o acesso às
gratificações previstas no Art. 50, desta Lei, assim como o seu desenvolvimento na carreira, na forma a
ser disciplinada no Plano de Carreira e Remuneração dos Servidores do Magistério do Município de
Salvador.
Art. 78 - Fica vedado o ingresso de novos servidores ao Quadro Suplementar de Pessoal do Magistério
Público Municipal, cujo quantitativo de vagas será estabelecido em número igual ao número total de
cargos efetivos de Professor nível 1, 2 e 3, ocupados na data de publicação desta Lei.
Art. 80 - A transferência referida no artigo anterior, dar-se-á sempre, a requerimento do interessado, por
ato do Titular da Secretaria Municipal da Educação e Cultura, que determinará o apostilamento
competente.
§ 1º Deferida a transferência, o servidor será enquadrado na referência inicial do nível 1 do cargo de
Professor, do Quadro de Pessoal do Magistério Público Municipal, exceto na hipótese de ser o valor da
referência inicial inferior ao então percebido, quando lhe será assegurado o posicionamento na
referência que represente, no mínimo, esse valor.
Art. 82 - Fica modificada a denominação do cargo de Especialista em Educação que, a partir da data
de publicação desta Lei, passa a ser Coordenador Pedagógico.
Parágrafo Único. O Quadro de Pessoal e a carreira do Magistério Público Municipal fica estruturados
em níveis e referências, na forma estabelecida nos Anexos I, II, III e IV desta Lei.
Art. 85 - Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a promover os ajustes que se fizerem
necessários, em decorrência das alterações introduzidas por esta Lei, no Plano de Carreira e
Remuneração dos Servidores do Magistério Público do Município do Salvador.
Art. 86 - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão à conta do orçamento anual da
Secretaria Municipal da Educação e Cultura.
Art. 87 -Para execução do disposto nesta Lei Complementar deverá ser observado o previsto no art.
15 da Lei Complementar nº 101 de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
ANTONIO IMBASSAHY
Prefeito
ANEXO I - A
Cargos Efetivos:
CARGOS INTEGRANTES DO GRUPO OCUPACIONAL MAGISTÉRIO PÚBLICO MUNICIPAL
CATEGORIA FUNCIONAL: PROFESSOR
____________________________
|DENOMINAÇÃO DO CARGO| CARGA |
| |HORÁRIA|
| |SEMANAL|
|====================|=======|
|Professor Municipal |20 e 40|
|____________________|_______|
Cargos Efetivos:
Cargos Efetivos:
ANEXO II
CARGOS EFETIVOS
Cargos Efetivos:
________________________________________________________
|NÍVEL| DENOMINAÇÃO DO CARGO/HABILITAÇÃO |CÓDIGO|
|=====|===========================================|======|
| 1|Coordenador Pedagógico (Licenciatura Plena)| 49001|
|-----|-------------------------------------------|------|
| 2|Coordenador Pedagógico (Especialização) | 59001|
|-----|-------------------------------------------|------|
| 3|Coordenador Pedagógico (Mestrado) | 69001|
|-----|-------------------------------------------|------|
| 4|Coordenador Pedagógico (Doutorado) | 79001|
|_____|___________________________________________|______|
ANEXO II
Cargos Efetivos:
Cargos Efetivos:
________________________________________________________
| NÍVEL | DENOMINAÇÃO DO CARGO/HABILITAÇÃO | CÓDIGO |
|=======|=======================================|========|
| 1|Coordenador Pedagógico (Licenciatura | 80001|
| |Plena) | |
|-------|---------------------------------------|--------|
| 2|Coordenador Pedagógico (Especialização)| 80002|
|-------|---------------------------------------|--------|
| 3|Coordenador Pedagógico (Mestrado) | 80003|
|-------|---------------------------------------|--------|
| 4|Coordenador Pedagógico (Doutorado) | 80004|
|_______|_______________________________________|________| (Redação dada pela Lei Complementar nº 37/2005)
QUADRO SUPLEMENTAR
ANEXO II-A
Cargos Efetivos:
QUADRO SUPLEMENTAR
ANEXO II-A
Cargos Efetivos:
ANEXO III
______________________________________________________
| CARREIRA | CARGOS |NÍVEIS|
|============|==================================|======|
|Categoria |Professor Municipal / Licenciatura| 1|
|Funcional |Plena. | |
|Professor | | |
|------------|----------------------------------|------|
| |Professor Municipal / Pós | 2|
| |Graduado. | |
|------------|----------------------------------|------|
| |Professor Municipal / Mestrado. | 3|
|------------|----------------------------------|------|
| |Professor Municipal / Doutorado. | 4|
|------------|----------------------------------|------|
|Categoria |Coordenador Pedagógico. | 1|
|Funcional: | | |
|Coordenador | | |
|------------|----------------------------------|------|
|Pedagógico |Coordenador Pedagógico. | 2|
|------------|----------------------------------|------|
| |Coordenador Pedagógico. | 3|
|------------|----------------------------------|------|
| |Coordenador Pedagógico. | 4|
|____________|__________________________________|______|
ANEXO III-A
QUADRO SUPLEMENTAR
Cargos Efetivos;
_________________________________________________________________
| CARREIRA | CARGOS |NÍVEIS|
|=======================|==================================|======|
|Categoria Funcional: |Professor Municipal / Nível Médio.| 1|
|Professor | | |
|-----------------------|----------------------------------|------|
| |Professor Municipal / Nível Médio | 2|
| |com Adicionais. | |
|-----------------------|----------------------------------|------|
| |Professor Municipal / Licenciatura| 3|
| |Curta. | |
|_______________________|__________________________________|______|
ANEXO IV
ANEXO IV-A
QUADRO SUPLEMENTAR
A - CARGOS EFETIVOS - GRUPO OCUPACIONAL MAGISTÉRIO - REGIME 20 HORAS
___________________________________________________________________________________________________________________________
|DENOMINAÇÃO| NÍVEL| REFERÊNCIA |
| | |------+------+------+------+------+------+------+------+------+------+------+------+------+------+------|
| | | A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | L | M | N | O | P |
|===========|======|======|======|======|======|======|======|======|======|======|======|======|======|======|======|======|
|PROFESSOR | 1|240,00|246,00|252,15|258,45|264,92|271,54|278,33|285,28|292,42|299,73|307,22|314,90|322,77|330,84|339,11|
|MUNICIPAL |------|------|------|------|------|------|------|------|------|------|------|------|------|------|------|------|
| | 2|271,54|278,33|285,28|292,42|299,73|307,22|314,90|322,77|330,84|339,11|347,59|356,28|365,19|374,32|383,68|
| |------|------|------|------|------|------|------|------|------|------|------|------|------|------|------|------|
| | 3|307,22|314,90|322,77|330,84|339,11|347,59|356,28|365,19|374,32|383,68|393,27|403,10|413,18|423,51|434,09|
|___________|______|______|______|______|______|______|______|______|______|______|______|______|______|______|______|______|
ANEXO V
Cargos Efetivos:
Descrição de Cargos:
Descrição Sumária:
Nível 1 - Professor com habilitação específica em nível superior completo, obtida em curso de
licenciatura de graduação plena.
Docência:
Pré-requisitos:
Nível 2 - Professor com habilitação específica em nível superior completo, obtida em curso de
licenciatura de graduação plena e curso de pós-graduação com grau de especialização, com duração
mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas.
Docência:
Pré-requisitos:
Curso de nível superior completo de licenciatura de graduação plena;
Curso de pós-graduação com grau de especialização, com duração mínima de 360 (trezentos e
sessenta) horas, reconhecido por órgão federal competente;
Docência:
Pré-requisitos:
Aprovação em defesa de tese, com concessão de título de mestre, realizada em curso e pós-graduação
reconhecida por órgão federal competente;
Docência:
Pré-requisitos:
Aprovação em defesa de dissertação, com concessão de título de doutor, realizada em curso de pós-
graduação reconhecido por órgão federal competente;
Descrição Detalhada:
Planejar atividades que envolvam jogos, desenhos; pintura, música, dança, canto e outras modalidades
de expressão e comunicação visando criar experiências de aprendizagem que valorizem as
manifestações espontâneas e culturais dos alunos e possibilitem o desenvolvimento da criatividade e
novas formas de reconhecimento para representação do seu mundo;
Ministrar aulas das matérias que compõem as faixas de ensino de 1ª à 4ª séries, transmitindo os
conteúdos de forma integrada e compreensível;
Elaborar uma metodologia que desafie o aluno a pensar, refletir, criar, agir, escolher, descobrir, cooperar,
solidarizar-se;
Ministrar aulas nas disciplinas curriculares dos cursos de 5ª à 8ª Séries transmitindo os conteúdos
teórico-práticos da disciplina de sua área de atuação, através de técnicas e metodologia apropriadas,
visando o aprendizado critico e reflexivo do aluno;
Desenvolver com a classe exercícios práticos, estudos, trabalhos, pesquisas e dinâmica de grupo para
possibilitar um melhor aprendizado do aluno;
Elaborar e aplicar testes, provas e outros métodos usuais de avaliação, para verificar o aproveitamento
do aluno;
Descrição Sumária:
Nível 2 - Coordenador Pedagógico, com curso em nível superior completo de Pedagogia e Curso de
Pós-Graduação com grau de especialização, com duração mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas.
Pré-requisitos:
Curso de Pós-Graduação, com grau de especialização, com duração mínima de 360 (trezentos e
sessenta) horas, reconhecido por órgão federal competente;
Pré-requisitos:
Aprovação em defesa de tese, com concessão de título de mestre, realizada em curso de Pós-
Graduação reconhecido pelo órgão federal competente;
Pré-requisitos:
Aprovação em defesa de dissertação, com concessão de título de doutor, realizada em curso de Pós-
Graduação reconhecido pelo órgão federal competente;
Exercer outras atribuições correlatas. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 37/2005)
ANEXO V - A
Cargos Efetivos:
Descrição Sumária:
Pré-requisitos:
Nível 2 - Professor com habilitação específica de ensino médio, seguida de estudos adicionais.
Docência de:
Pré-requisitos:
Habilitação específica de ensino médio em magistério, seguida de estudos adicionais, correspondentes
a um ano letivo, ou ensino médio completo com habilitação em Magistério, obtido em quatro séries;
Nível 3 - Professor com habilitação específica em nível superior, obtida em curso de licenciatura de
curta duração.
Docência:
Pré-requisitos:
Descrição Detalhada:
Planejar atividades que envolvam jogos, desenhos, pintura, música, dança, canto e outras modalidades
de expressão e comunicação visando criar experiências de aprendizagem que valorizem as
manifestações espontâneas e culturais dos alunos e possibilitem o desenvolvimento da criatividade e
novas formas de reconhecimento para representação do seu mundo;
Ministrar aulas das matérias que compõem as faixas de ensino de 1ª à 4ª séries, transmitindo os
conteúdos de forma integrada e compreensível;
Elaborar uma metodologia que desafie o aluno a pensar, refletir, criar, agir, escolher, descobrir, cooperar,
solidarizar-se;
Ministrar aulas nas disciplinas curriculares dos cursos de 5ª e 6ª Séries (Professor Nível 2) e de 5ª à 8ª
Séries (Professores Nível 3) transmitindo os conteúdos teórico-práticos da disciplina de sua área de
atuação, através de técnicas e metodologia apropriadas, visando o aprendizado crítico e reflexivo do
aluno;
Desenvolver com a classe exercícios práticos, estudos, trabalhos, pesquisas e dinâmica de grupo para
possibilitar um melhor aprendizado do aluno;
Elaborar e aplicar testes, provas e outros métodos usuais de avaliação, para verificar o aproveitamento
do aluno;
Exercer outras atividades correlatas. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 37/2005)