Guia Prático: Subsídio de Doença
Guia Prático: Subsídio de Doença
Guia Prático: Subsídio de Doença
GUIA PRÁTICO
SUBSÍDIO DE DOENÇA
FICHA TÉCNICA
TÍTULO
Guia Prático – Subsídio de Doença
(5001 – v4.37)
PROPRIEDADE
Instituto da Segurança Social, I.P.
AUTOR
Departamento de Prestações e Contribuições
PAGINAÇÃO
Departamento de Comunicação e Gestão do Cliente
CONTACTOS
Linha Segurança Social: 300 502 502, dias úteis das 9h00 às 18h00.
Site: www.seg-social.pt, consulte a Segurança Social Direta.
DATA DE PUBLICAÇÃO
28 de março de 2019
ÍNDICE
A – O que é? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4
E2 – Glossário ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------20
A – O que é?
É um apoio pago em dinheiro para compensar a perda de rendimentos do trabalhador que não pode
trabalhar temporariamente por estar doente.
Nota: A partir do dia 12 de abril de 2012, os trabalhadores que tenham sido admitidos até 2
de março de 2009 por alguma das entidades pertencentes ao grupo económico BPN – Banco
Português de Negócios, S.A. (BPN), passam a estar abrangidos na eventualidade doença
pelo regime geral da Segurança Social. No entanto, nas situações de doença em curso em
12-04-2012, e até ao termo das mesmas, continua a ser da responsabilidade da entidade
empregadora o pagamento da remuneração aos trabalhadores doentes.
Importante 1: Os trabalhadores por conta de outrem (contrato) para terem direito ao subsídio de
doença, para além de terem de apresentar o Certificado de Incapacidade Temporária para o
trabalho (CIT), tem de ter cumprido em simultâneo o prazo de garantia e o índice de
profissionalidade.
Nota:
Se o beneficiário tiver seis meses seguidos sem descontos ou se tiver esgotado o período
máximo de concessão do subsídio de doença, é necessário que cumpra novo prazo de
garantia (descontar novamente durante 6 meses, seguidos ou não) para voltar a ter direito ao
subsídio de doença.
O novo prazo de garantia começa a contar a partir da data em que ocorra um novo desconto.
Nota: Se o beneficiário tiver uma nova incapacidade e se não tiverem decorrido 60 dias desde o
fim da baixa anterior, não precisa de trabalhar 12 dias para ter direito a novo subsídio de doença.
B2 – Qual a relação desta prestação com outras que já recebo ou posso vir a receber?
Formulários
Documentos necessários
Quem pode passar o CIT
O que fazer com o exemplar do CIT que é dado ao beneficiário?
Algumas situações específicas
Se a incapacidade for resultante de doença profissional
Se a incapacidade for resultante de acidente de trabalho
Se a incapacidade foi resultante de ato de responsabilidade de terceiro (ex: acidente
de viação, atropelamento, agressão, etc.)
Até quando se pode pedir
Formulários
Modelo 141.10 - CIT – Certificado de Incapacidade Temporária para o Trabalho por Doença
(baixa);
Obs. Desde 1 de setembro de 2013, que os Certificados de Incapacidade Temporária para o
Trabalho (baixa) passaram, obrigatoriamente, a ser enviados eletronicamente pelos serviços
de Saúde para a Segurança Social.
Modelo GIT35-DGSS – Declaração do Agregado Familiar, nas situações de doença por
tuberculose - Subsidio de Doença;
Modelo RP5003-DGSS – Requerimento de Prestações Compensatórias de Subsídio de
férias, Natal ou outros semelhantes (para melhor conhecer as regras de concessão destes
subsídos, consulte o Guia Prático “Prestações compensatórias dos subsídios de férias, Natal
ou outros semelhantes”);
Modelo GIT37-DGSS - Declaração de Acidente - Subsídio de Doença.
Documentos necessários
Certificado de Incapacidade Temporária para o Trabalho (CIT), que é enviado eletronicamente pelo
serviço de Saúde para a Segurança Social.
Só em casos de força maior, que não permitam ao serviço de Saúde a transmissão eletrónica do CIT,
poderá ser aceite o CIT em suporte de papel.
O Certificado de Incapacidade Temporária (CIT) é o documento passado pelo médico que, além de
confirmar a incapacidade do beneficiário e a natureza da doença, indica também se se trata de uma
baixa inicial (início da incapacidade) ou de uma prorrogação (prolongamento) da baixa.
Num país com o qual existe uma Convenção/ Acordo bilateral que regula a
concessão de subsídio de doença (Brasil, Cabo Verde, Marrocos, Tunísia)
O trabalhador deve contactar o serviço de saúde que comprova a sua incapacidade
para o trabalho e faz o controlo das baixas. Deve indicar o número de identificação da
Segurança Social (NISS) portuguesa para que a instituição de Segurança Social do
país em causa transmita os atestados ao Centro Distrital em Portugal.
Nota Importante: A emissão do CIT por doença profissional não dispensa o médico do
respetivo serviço de efetuar a Participação Obrigatória. O médico participa ao serviço com
competências na área da proteção contra os riscos profissionais (DPRP) todos os casos
clínicos em que seja de presumir a existência de doença profissional.
A participação deve ser remetida no prazo de oito dias a contar da data do diagnóstico ou de
presunção da existência de doença profissional.
Nota: Caso o beneficiário entregue o CIT fora de prazo, não perde o direito ao subsídio de doença.
No entanto, o subsídio só é pago a partir da data em que o CIT foi enviado para os serviços de
Segurança Social e até ao final do período de incapacidade fixado no CIT, deduzido o período de
espera. O período de espera para os trabalhadores por conta de outrem é de três dias, para os
trabalhadores abrangidos pelo regime dos trabalhadores independentes é de 10 dias e para o regime
de inscrição facultativa (inscritos marítimos e bolseiros de investigação) é de 30 dias.
Quanto se recebe?
Majoração do montante do subsídio de doença
Em caso de doença por tuberculose quanto se recebe?
Como se calcula o valor do subsídio
Durante quanto tempo se recebe?
A partir de quando se tem direito a receber?
Quanto se recebe?
Depende da duração da doença.
Duração da doença Recebe
Até 30 dias 55% da remuneração de referência
De 31 a 90 dias 60% da remuneração de referência
De 91 a 365 dias 70% da remuneração de referência
Mais de 365 dias 75% da remuneração de referência
Nestes casos, o beneficiário recebe 60% da remuneração de referência nos primeiros 30 dias e 65%
da remuneração de referência do 31.º ao 90.º.
2. Nas situações em que a remuneração de referência é superior a 500,00€, o valor do subsídio de
doença, resultante da aplicação da taxa de 55% ou 60%, não pode ser inferior a 300,00€ ou
325,00€, consoante os casos.
2. Multiplica o valor obtido por 0,55 (0,60, 0,70 ou 0,75, conforme a duração da doença ou por
0,80 ou 100 consoante a situação do agregado familiar no caso de doença por tuberculose) e
obtém o montante diário de subsídio (quanto recebe por dia).
Nota: O montante diário do subsídio de doença não pode, em qualquer caso, ser superior ao
valor líquido da remuneração de referência que serviu de base de cálculo.
O valor líquido da remuneração de referência obtém-se pela dedução à remuneração de
referência ilíquida do valor da taxa contributiva para Segurança Social a cargo do trabalhador e da
taxa de retenção do IRS.
Trabalhadores conta de outrem (a contrato) A partir do 4º dia em que não possa trabalhar
Nota: Sempre que o Certificado de Incapacidade Temporária (CIT) traga a indicação de que se trata de
uma baixa inicial, o Subsídio de Doença só é pago a partir do 4.º dia. No entanto, receberá o Subsídio de
Doença desde o primeiro dia de incapacidade nas seguintes situações: internamento hospitalar, tuberculose,
cirurgia de ambulatório ou doença que comece quando ainda se encontra a receber Subsídio Parental e
ultrapasse o termo deste período.
Trabalhadores independentes (a recibo verde ou A partir do 11.º dia em que não possa
empresários em nome individual) trabalhar
Beneficiários do Seguro Social Voluntário A partir do 31.º dia em que não possa
trabalhar
Nota: Sempre que o Certificado de Incapacidade Temporária (CIT) traga a indicação de que se trata de
uma baixa inicial, o Subsídio de Doença só é pago a partir do 11.º dia, se for trabalhador independente (a
recibos verdes ou empresário em nome indiviual) ou 31.º dia, se estiver abrangido pelo Seguro Social
Voluntário. No entanto, receberá o Subsídio de Doença desde o primeiro dia de incapacidade nas seguintes
situações: internamento hospitalar, tuberculose, cirurgia de ambulatório ou doença que comece quando
ainda se encontra a receber Subsídio Parental e ultrapasse o termo deste período.
Tuberculose
Internamento hospitalar
Cirurgia de ambulatório A partir do 1º dia em que não possa trabalhar
Doença que começa quando está a receber o subsídio
parental e vai além deste período
Se não entregar o CIT no prazo dos 5 dias úteis, nos A partir da data em que o CIT foi enviado para
casos, em que por motivos de força maior, o CIT foi emitido a Segurança Social, deduzido o período de
em versão impressa espera
Para saber mais sobre cheques "não à ordem" consulte os Cadernos do Banco de Portugal
(Caderno n.º 3: Cheques - Regras Gerais) em http://www.bportugal.pt
Para maior comodidade e segurança adira ao pagamento dos subsídios por transferência
bancária.
O dinheiro entra diretamente na sua conta bancária e fica disponível de imediato.
A Segurança Social garante um pagamento mais rápido, mais seguro, sem atrasos e extravios.
Nota: No caso de IBAN inválido, esta declaração Modelo MG2–DGSS fica sem efeito. Para o
pagamento de Prestações Sociais a que tem direito, será utilizado o meio de pagamento
cheque “não à ordem”, a fim de impedir fraudes no endosso, conforme recomendações do
Banco de Portugal. Esta modalidade de emissão de cheques apenas permite o pagamento ao
beneficiário nele indicado e não pode ser endossado.
Envie o formulário e os documentos (IBAN e identificação) pelo correio para o Centro Distrital de
Segurança Social da sua área de residência ou entregue-os diretamente num dos Serviços de
Atendimento da Segurança Social.
1. Só sair de casa:
para fazer tratamentos médicos ou
das 11h às 15h e das 18h às 21h, se o médico o autorizar no CIT (Certificado de
Incapacidade Temporária).
2. Apresentar-se aos exames médicos sempre que seja convocado pelo Serviço de Verificação
de Incapacidades (SVI).
3. Comunicar à Segurança Social no prazo de 5 dias úteis:
Nota: Os 5 dias úteis são contados da data de início da doença ou da ocorrência do facto, se
este ocorrer mais tarde.
A comunicação de qualquer daqueles factos deve ser efetuada pelo próprio ou por quem o
represente, através da entrega de documento escrito com indicação da data da ocorrência do
mesmo.
É indevido o valor do subsídio de doença que tenha sido pago ao beneficiário, respeitante ao
período a seguir à data em que o Serviço de Verificação de Incapacidades declarou que já
não está doente. Por esta razão o beneficiário pode ser notificado para proceder à sua
devolução.
Regressar ao trabalho por se sentir capaz de trabalhar.
Tiver trabalhado durante a baixa, mesmo que não haja provas de ter sido pago.
Não apresentar uma justificação para ter saído de casa fora dos períodos previstos ou ter
faltado a um exame médico para o qual tenha sido convocado.
Não pedir a reavaliação da decisão da comissão de verificação de não lhe manter a baixa.
For trabalhador independente (a recibos verdes ou empresário em nome individual) ou estiver
abrangido pelo Seguro Social Voluntário e tiver a situação contributiva irregular até ao termo
do 3.º mês imediatamente anterior ao mês em que teve início a doença e não a regularizar
nos 3 meses seguintes ao mês em que tenha ocorrido a suspensão do subsídio de doença.
Caso se encontre de baixa e pretenda regressar ao trabalho por se sentir capaz de trabalhar deverá
entregar nos serviços de atendimento da Segurança Social, o Modelo PA-24-V01-2014 (Pedido de
Regresso Antecipado ao Trabalho em Situação de Doença com Certificação Médica),
devidamente preenchido.
O seu art.º 296.º altera o artigo 90º do Código Contributivo que passa a conferir o direito à protecção
na eventualidade doença, aos pensionistas de invalidez ou velhice em exercício de funções públicas.
Portaria n.º 337/2004, de 31 de março, alterada pela Portaria n.º 220/2013, de 4 de julho
Regulamenta o Decreto-Lei n.º 28/2004, de 4 de fevereiro, de 4 de fevereiro, que regula o regime de
proteção social na doença.
E2 – Glossário
O número mínimo de dias que tem de ter trabalhado nos últimos meses para ter direito ao subsídio de
doença (12 dias nos primeiros quatro meses dos últimos seis a contar do início da baixa. Estes seis
meses incluem o mês em que deixa de trabalhar por doença).
Meses Civis
São os meses do ano (janeiro, fevereiro, etc.).
Prazo de garantia
É o período mínimo de trabalho com descontos para a Segurança Social que é necessário para ter
acesso a um subsídio.
Remuneração de referência
É o valor que é usado para calcular o valor do subsídio.
Neste caso é a média de todas as remunerações declaradas à Segurança Social nos primeiros seis
meses dos últimos oito meses anteriores ao mês em que deixou de trabalhar por estar doente,
excluindo os subsídios de férias, de Natal e outros de natureza análoga.
Por exemplo, se ficou doente em novembro, conta o que foi declarado, em média, durante os meses
de março a agosto.
Perguntas Frequentes
1. Para ter direito ao subsídio de doença basta-me ter seis meses de descontos para a
Segurança Social em qualquer altura?
R: Não. Se quando começou a incapacidade não descontava há seis meses seguidos para a
Segurança Social necessita de cumprir novo prazo de garantia, que começa a contar a partir
da data em que ocorra um novo desconto.
Ex: Um beneficiário iniciou uma incapacidade por doença em 01/01/2018.
No ano de 2017, tem contribuições nos meses de janeiro/2017 a maio/2017, e só volta a
descontar em 1 dezembro de 2017.
Como decorreu um período de seis meses, consecutivos, sem descontos, o beneficiário não
têm direito ao subsídio de doença, pelo que necessita de cumprir novo prazo de garantia.
Se continuasse a descontar normalmente de dezembro/2017 a maio/2018, teria direito a
subsídio de doença, se a incapacidade ocorresse em junho/2018.
2. Se estiver com “baixa” e for trabalhar porque me sinto melhor, mas, se houver um
agravamento no meu estado de saúde, tenho de descontar mais seis meses para ter
direito ao subsídio de doença?
R: Só tem de descontar mais seis meses, se tiver esgotado o período máximo de concessão
do subsídio de doença 1095 dias para trabalhadores por conta de outrem, 365 dias para
trabalhadores independentes. Se não tiver esgotado o período máximo apenas precisa de ter
trabalhado 12 dias (índice de profissionalidade), nos 4 meses imediatamente anteriores ao
mês que antecede o da data da “baixa”. Se não tiverem decorridos 60 dias entre as duas
“baixas”, não precisa de trabalhar 12 dias para ter direito ao novo subsídio de doença.
4. Se eu estiver de atestado (baixa) para prestar assistência à minha mãe, pai, cônjuge ou
companheiro(a), tenho direito a receber subsídio da Segurança Social?
R: Não. Quando os beneficiários estão com baixa para assistência a familiares, se se tratar
de um ascendente (por exemplo avó, avô, pai, mãe, sogro, sogra, padrasto ou madrasta) ou
em 2.ª linha colateral (irmãos, irmã, cunhado ou cunhada), ou para assistência a cônjuge ou
companheiro(a), o certificado de incapacidade para o trabalho apenas têm como finalidade a
justificação de faltas junto da entidade patronal, não havendo direito a qualquer subsídio da
Segurança Social.
6. Os valores que recebo da Segurança Social a título de subsídio de doença devem ser
declarados para efeitos de IRS?
R: Não. Presentemente, os valores recebidos a título de subsídio de doença não são
declarados para IRS.
7. Os trabalhadores que estejam abrangidos pelo regime de layoff têm direito ao subsídio
de doença?
R: Se estiverem numa situação de redução do período normal de trabalho têm direito ao
subsídio de doença. Se adoecerem durante o período de suspensão do contrato não têm
direito àquele subsídio, continuando a receber a compensação retributiva.
9. Durante o período em que estou a gozar licença parental inicial se ficar doente tenho
direito ao subsídio de doença?
R: Se estiver a gozar a licença parental inicial e a suspender por ter adoecido poderá ter
direito ao subsídio de doença, pelo período em que estiver doente, desde que reúna as
restantes condições de acesso. No entanto, a licença parental só é suspensa se comunicar o
facto à Segurança Social e apresentar certificação médica, devendo também comunicar,
previamente, à entidade empregadora.
Para uma informação completa acerca da suspensão das licenças no âmbito da
parentalidade, em caso de doença do beneficiário ou da criança, consulte os Guias Práticos
Subsídio Parental, Subsídio por Adoção e Subsídio Parental alargado.