Significativo trecho de ARISTÓFANES ( c. 447 a.C. - c. 385 a.C.) em ‘Tesmoforiantes’. Tradução de Ana Maria César Pompeu. Sobre a condição da mulher em seu tempo e que leva a reflexões sobre a atualidade e as questões de gênero.
Significativo trecho de ARISTÓFANES ( c. 447 a.C. - c. 385 a.C.) em ‘Tesmoforiantes’. Tradução de Ana Maria César Pompeu. Sobre a condição da mulher em seu tempo e que leva a reflexões sobre a atualidade e as questões de gênero.
Significativo trecho de ARISTÓFANES ( c. 447 a.C. - c. 385 a.C.) em ‘Tesmoforiantes’. Tradução de Ana Maria César Pompeu. Sobre a condição da mulher em seu tempo e que leva a reflexões sobre a atualidade e as questões de gênero.
Significativo trecho de ARISTÓFANES ( c. 447 a.C. - c. 385 a.C.) em ‘Tesmoforiantes’. Tradução de Ana Maria César Pompeu. Sobre a condição da mulher em seu tempo e que leva a reflexões sobre a atualidade e as questões de gênero.
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“Nós, então, tendo avançado, elogiaremos a nós mesmas.
Na verdade todo tipo fala em
público muito mal da raça feminina, que somos todo o mal para os homens e que de nós vem tudo: discórdias, querelas, rebeliões terríveis, tristezas, guerra. Vejamos, se somos mesmo mal, e não nos deixam sair, nem ser apanhadas com a cabeça de fora, são tomados de loucura; vocês que deveriam libar e se alegrar, se é verdade, ao descobrirem que o mal sumiu de casa e não o encontram lá dentro. E se dormimos na casa de outros, por brincarmos e estarmos cansadas, todo tipo procura o mal dando voltas em torno da cama; E, se nos debruçamos à janela, querem contemplar o mal, e se, por vergonha, retrocedemos, muito mais o tipo deseja ver de novo o mal debruçado. Assim, somos evidentemente muito melhores do que vocês. Pode-se ter a prova. Damos a prova de quais são os piores. Pois nós dizemos que são vocês, e vocês que somos nós. Então, examinemos e confrontemos cada um. (...) Assim, nós nos vangloriamos de ser muito melhores do que os homens. Nenhuma mulher, tendo roubado cinquenta talentos do tesouro público, iria à Acrópole em uma parelha; mas o máximo que ela subtrai, um cesto de trigos tendo roubado do marido, ela o devolve no mesmo dia. Mas nós, muitos destes poderíamos apontar e, além disso, são mais glutões do que nós; e ladrões de roupas, bufões e traficantes de escravos. E com certeza quanto aos recursos são piores do que nós para conservá-los. Pois nós ainda conservamos o tear, o pau, os cestinhos, a sombrinha. Para muitos destes nossos maridos desapareceu de casa o pau com a própria lança. E, para muitos outros ombros nas campanhas, lança-se a sombrinha. Nós, mulheres de direito, censuraríamos muitos atos aos homens, com justiça; e um é enorme. Pois era preciso que, se uma de nós parisse um taxiarca (comandante de infantaria), ou um general, que ela recebesse uma honra, dar-se a ela a proedria (lugar à frente) nas Estênias e nas Ciras (festivais femininos a Demeter e Perséfone); e nas festas as quais nós celebramos (...)”
ARISTÓFANES ( c. 447 a.C. - c. 385 a.C.) em ‘Tesmoforiantes’. Tradução de Ana