Ebook Escalas Mguima

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ESCALAS

com Marcelo Guima

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ESCAL
E S C A ASLAS
com Marcelo Guima
com Marcelo Guima

Alô, aqui é o Marcelo Guima,


Parabéns por ter baixado este
e-book. A Música é, entre mui-
tas coisas, uma excelente te-
rapia e uma grande diversão!
Eu sempre fui e sou ligado à PRÁTICA, exerço diversas atividades liga-
das à música. Acho que essa é a maneira mais eficaz de aprender e a
mais prazerosa também.
Aqui vamos começar um processo que vai te levar cada vez mais a
entender a música de uma maneira lógica e fácil.
Este e-book tem todos os fundamentos que você precisa para ingres-
sar ou se aprimorar no universo das ESCALAS.

Neste livro digital há EXEMPLOS EM ÁUDIO (mp3).


Você deve ter baixado junto com este e-book um arquivo que con-
tém várias gravações em áudio, são EXEMPLOS PRÁTICOS ilustrando
o que está sendo ensinado no decorrer desta edição (exemplo: FAIXA
03).

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ESCALAS
com Marcelo Guima

Todos os Exemplos Práticos estão indicados por este ícone:

É bom lembrar que este e-book serve para qualquer instrumento


musical, pois vai na essência da matéria ESCALAS.
Por isso, todos os instrumentistas, de cordas, sopros etc, podem se
beneficiar com este método.
Ele foi feito para aqueles que já têm algum fundamento básico em Te-
oria Musical (já conhece as Notas Musicais, os Acidentes [sustenido,
bemol e bequadro] e Intervalos, por exemplo), mas que precisam se
aprofundar mais nos códigos, na teoria por trás da prática.
Novos horizontes aos iniciantes que almejam ingressar no maravi-
lhoso universo da música e mais oportunidades ao músico que de-
seja se profissionalizar e ampliar a sua atuação.
Agora mãos à obra e divirta-se!!

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ESCALAS
com Marcelo Guima
Sumário

Apresentação
1. Escalas - Uma introdução 5

Escalas Maiores
2. Escalas Maiores - Estrutura 6
3. Escalas Maiores Com Sustenidos 8
4. Escalas Maiores Com Bemóis 9

A Armadura da Escala
5. Ordem dos Sustenidos na Armadura 11
6. Ordem dos Bemóis na Armadura 12
7. O Círculo das Quintas 13

Escalas Menores
8. Escalas Menores - Estrutura 14
9. O Círculo das Quintas das Escalas Menores 18
10. Escala Menor Natural 19
11. Escala Menor Harmônica 20
12. Escala Menor Melódica 21

Considerações Extras
13. A Tonalidade (o Tom) das Músicas 22

Conclusão
14. Considerações Finais 26

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ESCALAS
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As Escalas e as Tonalidades das Músicas

Chamamos de ESCALA uma sequência ascendente ou descendente


de notas diferentes e consecutivas, em forma MELÓDICA, quer dizer,
uma nota depois da outra.
Para fins de estudo, a escala começa em uma nota (por exemplo: Dó)
e vai pela ordem natural das notas até chegar na mesma nota uma
oitava acima (no Dó novamente).

( )

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó

Em uma escala, desde a primeira até a última nota (quando se repete


a primeira, uma oitava acima) existe uma regra e uma organização da
distância entre as notas.
Por isso, independente de qual for a primeira nota da escala (Dó, Ré,
Sol, Fá...), da primeira até a oitava nota (que é a primeira uma oitava
acima), nós temos os GRAUS DA ESCALA. Segue um exemplo, ainda
na escala de Dó:
(8ª acima)
Graus: 1º (I) 2º (II) 3º (III) 4º (IV) 5º (V) 6º (VI) 7º (VII) 1º (I)

( )

EXEMPLO PRÁTICO: FAIXA 01 (áudio)

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ESCALAS
com Marcelo Guima

DICA: Algumas vezes em Teoria Musical nos referimos aos graus


da escala através de Algarismos Romanos:
1º = I , 4º = IV, 7º = VII etc. Porém, neste e-book vamos usar núme-
ros mesmo, ok? Isso para facilitar o entendimento da matéria como
um todo.
P.S: No assunto “Harmonia” a nomenclatura através de Algarismos
Romanos é muito utilizada também.

AS ESCALAS MAIORES
A escala MAIOR contém, entre os graus, uma distância predetermina-
da e que na verdade não é difícil:
Semitons - Entre o 3º e 4º graus e também entre o 7º grau e a 8ª.
(lembre-se que a 8ª é a nota do 1º grau se repetindo uma oitava acima).

Tons - entre todos os demais graus.


Repetição
Veja esta figura com a distância entre cada grau: do 1º grau
Graus: 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8ª

Tons:

DICA: Se você dividir a escala MAIOR em dois grupos de 4 notas, vai


ter estes dois grupos com formação idêntica (tom + tom + semitom) e
com um tom entre eles (conforme indicação acima).

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ESCALAS
com Marcelo Guima

Se levar em consideração a escala inteira, é importante assimilar que


uma escala MAIOR tem como estrutura:

tom - tom - semitom - tom - tom - tom - semitom

OBSERVAÇÕES:
NOME DA ESCALA: A escala tem seu nome determinado pela nota
que é seu 1º grau.
Ex: Dó Maior - Dó é o nome da nota do primeiro grau, a primeira
nota da escala.

A escala de Dó Maior é o MODELO para todas as outras escalas maio-


res. Isso quer dizer que todas as outras escalas maiores terão que ter,
na sua distribuição de tons e semitons, a MESMA ESTRUTURA DA ES-
CALA DE DÓ MAIOR.
Exemplo: Se fizermos uma escala de Lá, será a princípio assim:

(Não está no padrão da Escala Maior)

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ESCALAS
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Neste caso, então, para que essa escala de Lá tenha a estrutura pa-
drão da ESCALA MAIOR e se torne uma escala de LÁ Maior, teremos
que inserir sustenidos em algumas notas. Veja agora como ficou:

(Agora sim!)
EXEMPLO PRÁTICO: FAIXA 02 (áudio)

AS ESCALAS MAIORES COM SUSTENIDOS:


Para organizar de forma coerente todas as escalas maiores que te-
nham sustenidos, tomando-se como escala inicial padrão a de Dó
Maior, as demais vão se formando a partir de uma QUINTA JUSTA AS-
CENDENTE (para cima) da tônica da escala de partida (Dó Maior):
. Começamos com Dó Maior
. Uma quinta justa a partir da nota Dó é Sol
. Então a próxima escala será a de Sol Maior

EXEMPLO PRÁTICO: FAIXA 03 (áudio)

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ESCALAS
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Como você pode reparar, para mantermos a mesma estrutura pa-


drão da ESCALA MAIOR (tom - tom - semitom - tom - tom - tom -
semitom), somos obrigados a colocar um sustenido (#) no Fá, o 7º
grau da escala.
Seguindo este raciocínio, a partir de Sol, uma 5ª j ascendente será a
nota Ré. Pois então, essa será a próxima escala e terá DOIS SUSTENI-
DOS, e assim por diante. Desta forma, vai-se acrescentando um suste-
nido a cada vez.
A partir daí, então, chegamos a 7 ESCALAS MAIORES SUSTENIZADAS:

Sol - Ré - Lá - Mi - Si - Fá# - Dó#

AS ESCALAS MAIORES COM BEMÓIS:

Ficaram faltando alguns tons maiores, para fecharmos todas as pos-


sibilidades.
Aí entram as ESCALAS COM BEMÓIS.
E para chegar a estas escalas o raciocínio é o mesmo que o anterior,
mas aqui devemos contar UMA QUINTA JUSTA DESCENDENTE, ou
seja, PARA BAIXO.

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ESCALAS
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Portanto, a partir de Dó, uma quinta justa descendente é Fá:

Repare que, da mesma forma que nas escalas com sustenidos, para
mantermos a mesma estrutura padrão da ESCALA MAIOR (tom - tom
- semitom - tom - tom - tom - semitom), somos obrigados a colocar
um bemol ( b ) no Si, o 4º grau da escala.
Seguindo esse raciocínio, a partir de Fá, uma QUINTA JUSTA DESCEN-
DENTE, será a nota Si b . Pois então, essa será a próxima escala com
bemóis, terá DOIS BEMÓIS, e assim por diante. Dessa forma, vai-se
acrescentando um bemol a cada vez.
A partir daí então, chegamos a 7 ESCALAS MAIORES BEMOLIZADAS:

Fá - Si b - Mi b - Lá b - Ré b - Sol b - Dó b

b
b
Obs.: Repare que Dó é igual a Si. Por esse motivo é muito raro existirem músicas na
tonalidade de Dó Maior. Nesse caso pode ser mais PRÁTICO usar Si Maior.

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ARMADURA DA ESCALA:

A armadura da escala facilita muito a escrita e ajuda a definir de cara,


na partitura, qual o tom (tonalidade) da música em questão.
Ela mostra, logo após a CLAVE, a quantidade de sustenidos ou be-
móis que aquela música tem.
Os ACIDENTES (# ou b) são colocados na armadura na ordem em que
eles surgem durante a formação das escalas, no ciclo que passamos
agora há pouco (o de 5as ascendentes ou descendentes).

Armadura

Indicação do tipo de compasso


Clave
(Fórmula de Compasso)

O pequeno quadrado, dentro da figura do sustenido, deve estar so-


bre a linha ou espaço que ele estiver indicando:

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ESCALAS
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Aqui está a ordem dos sustenidos na armadura:

Fá - Dó - Sol - Ré - Lá - Mi - Si

Agora no caso dos bemóis:

A “barriga” do bemol deve estar sobre a linha ou espaço que ele esti-
ver indicando:

Aqui está a ordem dos bemóis na armadura:

Si - Mi - Lá - Ré - Sol - Dó - Fá

OBSERVAÇÃO:
Não existem escalas que tenham sustenidos e bemóis na MESMA AR-
MADURA.
Lembra que eu falei que a ARMADURA DA ESCALA facilita muito a es-
crita musical? Pois então, a prova disso é o seguinte:
Uma vez que os sustenidos ou bemóis estão na armadura, NÃO PRE-
CISAMOS REPETI-LOS DURANTE A MÚSICA, no decorrer da partitu-
ra. Por isso, fique atento que, por exemplo, se a armadura tiver os

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sustenidos de Fá (Fá #) e Dó (Dó #), TODA E QUALQUER NOTA Fá e Dó


QUE ESTIVER NA MÚSICA OBRIGATORIAMENTE SERÁ Fá# E/OU Dó#.

BEQUADRO ( n ) ANTES DA NOTA, isso anula o sustenido ou o bemol.


Se quiser que sejam Fá ou Dó NATURAIS, você vai ter que colocar um

CÍRCULO DAS QUINTAS:


Uma coisa que eu acho muito útil para entender essa questão é o
Círculo das Quintas.
Ele é a representação gráfica desse processo que nós acabamos de pas-
sar, de formação das escalas maiores com sustenidos e com bemóis:

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AS ESCALAS MENORES
A escala menor é uma escala que tem sua estrutura diferente da es-
cala maior, no que diz respeito à ordem dos tons e semitons entre
os graus. Essa é principal característica e o que a diferencia da escala
maior.
Vamos tomar como exemplo a escala de Lá menor. Veja essa figura
com a distância entre cada grau:
Repetição
do 1º grau
Graus 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8ª

EXEMPLO PRÁTICO: FAIXA 4 (áudio)

Veja que a ordem aqui, de tons e semitons entre os graus, agora é:

tom - semitom - tom - tom - semitom - tom - tom

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DICA: A principal característica da ESCALA MENOR é que existe uma


TERÇA MENOR (3ª m) entre o 1º e o 3º graus.
Isso muda o som, fica um som mais “fechado”, mais “reflexivo” e, em
muitos casos, mais “triste”. Esse efeito foi comentado no último EXEM-
PLO PRÁTICO: FAIXA 4 (áudio).
É muito comum, tanto na Música Popular quanto na Música Clássi-
ca, os compositores usarem TONS MENORES em seus temas quando
querem expressar um sentimento mais “reflexivo” ou “triste”. Por outro
lado, costumam usar TONS MAIORES para fazerem temas “alegres” ou
“iluminados”. Esse é um tema muito interessante e que traz outras im-
plicações, mas isso é assunto para depois...

A ESCALA MENOR tem vida própria, quer dizer, não depende da esca-
la maior e tem universos melódico e harmônico próprios.
Assim como usamos, nesse capítulo, uma metodologia para a forma-
ção das escalas maiores, para facilitar a compreensão da FORMAÇÃO
DAS ESCALAS MENORES, utilizaremos um método.

A metodologia é a seguinte:
Para cada escala MAIOR, existe uma MENOR, formada pelas mesmas
notas, mas a tônica (o 1º grau) é diferente. A essa escala chamamos
de ESCALA RELATIVA MENOR.
Exemplo: Vamos pegar a escala mais básica (sem acidentes), a de Dó
Maior, e vamos colocá-la acima da escala de Lá menor:

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ESCALAS
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Daí surge a nossa regra para definir as ESCALAS MENORES: Cada es-
cala Maior tem a sua RELATIVA MENOR.
E podemos também dizer o contrário: Cada escala menor tem a sua
RELATIVA MAIOR.
A escala RELATIVA MENOR tem a sua tônica (1º grau) sempre UMA TER-
ÇA MENOR (3ª m) ABAIXO da tônica da escala MAIOR RELATIVA.
Exemplo: Como foi indicado com setas na imagem que colocamos há
pouco, a escala menor relativa de Dó Maior é Lá menor. A nota Lá está
uma 3ª m abaixo da nota Dó, certo?
Isso significa que, por exemplo, a escala RELATIVA MENOR de:
Sol Maior = Mi menor (3ª m abaixo)
Fá Maior = Ré menor
Mi b Maior = Dó menor

...e assim por diante...

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Relação entre as tônicas das escalas relativas:

OBSERVAÇÕES:
É certo que podemos fazer esta contagem de intervalos na direção
oposta, quer dizer, pode-se achar a relativa menor de Dó Maior su-
bindo-se um 6ª M (ao invés de uma 3ª m para baixo). Mas, para não
confundir, vamos adotar somente o que demonstramos, ou seja, en-
contra-se a relativa menor DESCENDO uma 3ª menor a partir da tôni-
ca da escala maior.
As ARMADURAS (quantidade de sustenidos ou bemóis) DAS ESCA-
LAS MENORES SÃO IDÊNTICAS ÀS ARMADURAS DAS RESPECTIVAS
ESCALAS MAIORES RELATIVAS. Por isso, para encontrar a armadu-
ra de uma escala menor, procura-se a armadura da escala relativa
maior e vice-versa.
Vamos colocar aqui abaixo um quadro com as armaduras das escalas
Maiores e menores:

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ESCALAS
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CÍRCULO DAS QUINTAS DAS ESCALAS MENORES:


Assim como fizemos nas escalas maiores, apresentamos aqui o Círcu-
lo das Quintas das ESCALAS MENORES (em azul):

OS TIPOS DE ESCALAS MENORES:

O tipo de escala menor que temos utilizado aqui até esse momen-
to é a ESCALA MENOR NATURAL (ou escala menor PRIMITIVA) que é,
como vimos:
Uma escala idêntica à sua maior relativa, porém começando
uma 3ª m abaixo.

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ESCALAS
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Só que a escala menor tem 3 FORMAS:


• NATURAL
• HARMÔNICA
• MELÓDICA
Essas escalas são importantes, porém não vamos nos aprofundar ne-
las neste e-book. Apenas vamos defini-las para você ficar por dentro
do que se trata.
Vamos também usar como modelo a escala de Lá m.

A ESCALA MENOR NATURAL:


Repetição
Graus: 2º e 3º 5º e 6º do 1º grau

EXEMPLO PRÁTICO: FAIXA 05 (áudio)

É a que já apresentamos, vamos colocar aqui apenas como referência.


Características Importantes: A ESCALA MENOR NATURAL tem dois
semitons. Eles estão entre os graus 2º/3º e 5º/6º
Repare também que o 7º está a 1 tom abaixo da tônica.

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ESCALAS
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A ESCALA MENOR HARMÔNICA:

Esta escala se difere da menor natural apenas pelo fato de ter o 7º


GRAU ELEVADO EM MEIO TOM. Isso muda um pouco a escala, assim
como a sua sonoridade:

Repetição
do 1º grau
Graus: 2º e 3º 5º e 6º 7º e 8º

EXEMPLO PRÁTICO: FAIXA 06 (áudio)

Características Importantes: A ESCALA MENOR HARMÔNICA tem 3


semitons. Eles estão entre os graus 2º/3º , 5º/6º e 7º/8º.
Repare que entre os graus 6º e 7º EXISTE 1 TOM + 1 SEMITOM (ou 1
tom e meio).

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ESCALAS
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A ESCALA MENOR MELÓDICA:

Essa escala se difere da menor natural pelos graus 6º e 7º. Isso tam-
bém muda a estrutura da escala, assim como a sua sonoridade, mes-
mo se comparada à escala menor harmônica.

Repetição
do 1º grau
Graus: 2º e 3º 7º e 8º

EXEMPLO PRÁTICO: FAIXA 07 (áudio)

Características Importantes: A ESCALA MENOR MELÓDICA tem 2 se-


mitons. Eles estão entre os graus 2º/3º e 7º/8º.
Esta variação da escala menor tem algumas especificidades que não
iremos abordar neste e-book.

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ESCALAS
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A TONALIDADE (O TOM) DAS MÚSICAS

Não é a toa que falamos de escalas antes de entrar neste assunto!


É que a TONALIDADE, ou simplesmente o TOM DE UMA MÚSICA, traz
consigo exatamente o universo tonal apresentado pela escala.
Por exemplo, se temos uma canção em Lá Maior, toda a música, in-
clusive os acordes, terão alguma coisa a ver com o universo tonal de
Lá Maior:

E o raciocínio é muito semelhante ao das escalas, inclusive o ACOR-


DE PRINCIPAL desse tom do nosso exemplo, será o ACORDE DE LÁ
MAIOR.
Agora chegaremos a um novo conceito: o de CAMPO HARMÔNICO.
Para se ter uma ideia do que vem a ser e de como se constrói o CAM-
PO HARMÔNICO, vamos tomar como exemplo o tom de Dó Maior
(sem nenhuma ALTERAÇÃO na armadura). Vamos montar acordes de
3 notas (ou seja, as TRÍADES BÁSICAS), sobre cada nota da escala, sen-
do que:
Obs.: É importante estar ciente de que a TRÍADE é formada pelos inter-
valos de 3ª e 5ª, contados a partir da fundamental do acorde.

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ESCALAS
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Se montarmos as TRÍADES a partir de cada nota da escala de Dó Maior,


teremos os seguintes acordes:
Repetição
do 1º grau

EXEMPLO PRÁTICO: FAIXA 08 (áudio)

Estes acordes DEFINEM O CAMPO HARMÔNICO de Dó Maior - Isso


significa que numa música onde o tom é Dó Maior, o acorde de Lá
será menor, o acorde de Sol será maior, assim por diante.
Certamente esse raciocínio fica bem mais elaborado e com variações
conforme nos aprofundamos nesse assunto, mas aqui conseguimos
definir o que é o UNIVERSO HARMÔNICO de uma determinada TO-
NALIDADE, ou simplesmente TOM DE UMA MÚSICA.
Vamos fazer agora o CAMPO HARMÔNICO de Ré Maior, mais uma vez
com as TRÍADES BÁSICAS, formando os acordes sobre cada grau da
escala e obtendo assim os acordes pertencentes ao tom de Ré Maior.
Obs: lembre-se que uma vez que os sustenidos ou bemóis estão na ar-
madura, não precisamos repeti-los durante a música, no decorrer da
partitura. Por isso, fique atento que toda e qualquer nota Fá e também
Dó no pentagrama a seguir TERÃO SUSTENIDOS (Fá # e Dó #), ok?

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ESCALAS
com Marcelo Guima

Repetição
do 1º grau

EXEMPLO PRÁTICO: FAIXA 09 (áudio)

OBSERVAÇÕES:
Aqui cabe um assunto mais longo, a HARMONIA, que é o fantástico
universo dos ACORDES.
Porém, não cobriremos esse assunto neste e-book.
Os acordes que apresentamos aqui são ACORDES BÁSICOS, as TRÍA-
DES primordiais onde tudo começa, em se falando de harmonia.
A partir daí você certamente vai se deparar com nomes de acordes
bem diferentes, por exempo:
Bm7(11) - Nesse caso e em vários outros, o acorde possui sua tríade
básica, mas, a partir daí, vai sendo montado de acordo com o “gosto
do cliente”, ou seja, o arranjador ou músico que está fazendo a BASE
(a HARMONIA), escolhe que tipos de EXTENSÕES (notas acrescenta-
das aos acordes básicos) ele quer usar, mais formais, dentro do pa-
drão, ou mais dissonantes, que causam efeitos na música e trazem
uma sonoridade diferenciada.

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ESCALAS
com Marcelo Guima

ANALOGIA - Eu costumo, por diversão, fazer a seguinte analo-


gia: Uma vez que o acorde for definido (TRÍADE MAIOR, MENOR,
DIMINUTA ou AUMENTADA) a gente vai colocando “adornos” nele,
como se fosse um colar, um batom, um chapéu, uma maquiagem,
que vão enfeitando o acorde para melhor (ou para pior, rs rs rs). Vai
depender do gosto e das intenções de quem está fazendo.

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ESCALAS
com Marcelo Guima

CONCLUSÃO:

Bom, vamos ficando por aqui!


Uma coisa eu te digo: com este e-book você tem um excelente
material para começar do zero no assunto ESCALAS ou para iniciar
seu aprofundamento em Música.
Você agora pode adquirir o e-book completo:
“MÚSICA SEM MISTÉRIO - com Marcelo Guima”
por um preço promocional através do link:
http://arkomusical.com/ebook01-teoria-musical-compl-oferta1

Esse livro digital foi todo elaborado por mim e pela minha equipe,
que possui um enorme conhecimento acadêmico em música e ex-
periência de mais de 20 anos.
Nele você vai encontrar a base COMPLETA de teoria musical para
disparar no aprendizado do seu instrumento musical ou canto.
Se aprimorar no seu instrumento vai ficar muito mais fácil e rápido,
isso eu garanto!
No e-book completo você aprenderá tudo sobre as notas musicais,
a pauta musical (pentagrama/partitura) as claves (de Sol e Fá), os
compassos, ritmo, escalas, tonalidades, acordes e muito, muito mais.

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ESCALAS
com Marcelo Guima

Espero que você tenha curtido o trabalho.


Divirta-se e lembre-se sempre:
Música é uma excelente terapia!

Grande abraço e até a próxima!


Marcelo Guima

www.ArkoMusical.com
www.MarceloGuima.com.br

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ESCALAS
com Marcelo Guima

Bibliografia indicada

MED, Bohumil. Teoria da Música (Revista e Ampliada). 4ª ed. Brasília, DF: Musimed, 1996.

MICHELS, Ulrich. Atlas de música. 1o livro. Madrid: Alianza, 1982.

HENRIQUE, Luís. Instrumentos Musicais. 4ºed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004.

HINDEMITH, Paul. Treinamento Elementar para Músicos. 3ª ed. Camargo Guarnieri trad. São
Paulo: Ricordi Brasileira, 1983.

SADIE, Stanley. Dicionário Grove de Música. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1994.

Idealização e concepção
Marcelo Guima

Equipe de apoio e supervisão de conteúdo


Boris Garay (design gráfico)
Celso Bastos (supervisão pedagógica)
Lucas Augusto (supervisão gráfica)

Arko Produções Ltda © 2018


Todos os direitos reservados

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