Artigo de Ana Lúcia Neuropsicologia
Artigo de Ana Lúcia Neuropsicologia
Artigo de Ana Lúcia Neuropsicologia
NITERÓI
2019
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
NITERÓI
2019
TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM - DISLEXIA
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo verificar a dificuldade de aprendizagem na dislexia em relação a
leitura e a escrita. Ele foi realizado através de pesquisas bibliográficas, artigos de revisão, livros e
monografias entre outros. Teve como questões a avaliação neuropsicológica em relação a dislexia,
aprendizagem, causas, sintomas, avaliações e tratamentos. Mostra também a diferença entre a
dificuldade de aprendizagem e o transtorno de aprendizagem e a importância da avaliação por equipes
multidisciplinares com psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista e neuropsicólogo para
que formule hipóteses explicativas, e apresente qual será o caminho terapêutica, ou seja, o processo
diagnóstico e adaptação do disléxico no meio social.
analuciaciancio@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
1 DESENVOLVIMENTO
2.3 Dislexia
A partir do século XIX passou-se dar mais atenção crianças com problemas de leitura
e que não apresentavam fracassos nas demais disciplinas escolares e não tinham
qualquer deficiência .Quem descreveu esses distúrbios de leitura pela primeira vez, foi
James Kerr em 1896. Dislexia tem base neurológica, e que existe uma incidência
expressiva de fator genético em suas causas, transmitido por um gene de uma
pequena ramificação do cromossoma, por ser dominante, torna dislexia altamente
hereditária que o disléxico tem mais desenvolvimento em uma área específica de seu
hemisfério cerebral lateral-direito do que leitores normais. Alteração nos
neurotransmissores cerebrais que impede uma criança de ler e compreender com a
mesma facilidade com que fazem as crianças com a mesma faixa etária independente
de qualquer causa intelectual, cultural ou emocional. Figueira (2012) analisa que é
comum ouvir, quando se trata do tema dislexia, correlacionada com a palavra doença.
Trata-se de uma dificuldade, um distúrbio de ordem congênita, hereditária. Há
diferente níveis de dislexia (leve, moderada e aguda), a duração do acompanhamento
profissional não é precisa. Complementa Figueira (2012) que vale lembrar que tal
acompanhamento não visa uma cura, pois não há cura. Trata-se de fornecer meios
para que o disléxico possa caminhar com as próprias pernas. Cândido(201,p.13) diz
que a [...] dislexia é um transtorno de aprendizagem que se caracteriza por dificuldade
em ler, interpretar e escrever. Sua causa tem sido pesquisada e várias teorias tentam
explicar o porquê da dislexia. Há uma forte tendência que relaciona a origem a
genética e a neurobiologia. A dislexia pode ser do tipo congênita ou do
desenvolvimento, adquirido e ocasional. Sendo a dislexia congênita ou do
desenvolvimento o que nasce com o indivíduo. Uma das causas, pode ser
comprovada alteração hemisfério cerebral, onde os hemisférios invertidos ou em
tamanho exatamente iguais, quando o considerado normal é que o esquerdo seja
maior que o direito. Dislexia adquiridas na qual ocorre por consequência de algum
acidente, por exemplo, anoxia (falta de oxigenação no cérebro), acidente vascular
cerebral (derrame) e outros acidentes que podem afetar o cérebro. Dislexia ocasional
que é quando a dislexia aparece em ocasiões e é causada por fatores externos. Ex.
estresses, excesso de atividades e hipertensão. Classificação da dislexia existe três
tipos, dislexia fonológica, dislexia lexical e dislexia mista. Dislexia fonológica
(dificuldade de operar a rota fonológica) a dificuldade está em ler palavras não
familiares, sílabas sem sentido ou pseudopalavras, maior desempenho na leitura de
palavras familiares, dificuldade de tarefas que envolvam memória e consciência
fonológica, acarretando dificuldade de compreensão no que foi lido. Também se tem
dislexia lexical, dificuldade na rota lexical, apresentam a rota fonológica preservada,
afetando a leitura de palavras irregulares. Assim os disléxicos deste tipo, leem
lentamente e com erros. Dislexia mista, o indivíduo apresenta comprometimento nas
duas vias, a via lexical e a via fonológica, que são casos mais graves. Dislexia
disfonética ou fonológica, dificuldade na leitura oral de palavras pouco familiares, que
se encontram na conversão letra-som e é normalmente, associada a uma disfunção
do lóbulo temporal. A dislexia diseidética ou superficial é caracterizada por uma
dificuldade na leitura relacionada a um problema visual, cujo processo e deficiente, lê
por um processo elaborado de análise e síntese, fonética está associada às
disfunções do lóbulo occipital. Dislexia visual, existe deficiência na percepção visual o
sujeito não visualiza cognitivamente o fonema. Dislexia auditiva, dificuldade na
percepção auditiva, ou seja, não audiabiliza o fonema. As principais característica
observada na dislexia são; alterações na velocidade de nomeação de material verbal e
memória fonológica de trabalho, dificuldades em provas de consciência
fonológica(rima, segmentação e transposição fonêmica),nível de leitura abaixo do
esperado para idade e nível de escolaridade, escrita com trocas fonológicas e
ortográficas. Bom desempenho em raciocínio aritmético, nível intelectual na média ou
acima da média, déficits neuropsicológicos em funções perceptuais, memória, atenção
sustentada visual, problemas na seleção e recrutamento de recursos cognitivos
necessários para o processamento da informação visual e funções executivas
planejamento, memória operacional, capacidade de mudanças de estratégias
cognitivas.
Crianças com 5 anos deve ser capaz de traçar e a identificar todas as letras e com 6
anos a escrever e ler sílabas e palavras simples, para que quando cheguem aos 7
anos saibam ler qualquer texto. No disléxico a idade de leitura pode ser até dois anos
inferior à idade cronológica e esse déficit se traduz em dificuldade e demora para ler,
geralmente observa-se também grafia ruim e erros ortográficos ao escrever, assim
como omissão de letras e espelhamento. A partir do momento em que a criança
começa a sentir dificuldade para acompanhar a classe é preciso realizar um
diagnóstico com a finalidade de detectar a causa do não aprender. As vezes a
dificuldade pode estar nos métodos adotados pelas escolas, na forma como as
escolas conduzem o processo de alfabetização e ensino. É preciso que um grupo de
profissionais realize a investigação e a análise dos déficits funcionais, trace o perfil da
criança, formule hipóteses explicativas e apresente, qual será o caminho terapêutico
( Zorzi et al.2012). Deve ser feita a avaliação com uma equipe multidisciplinar,
composta por fonoaudiólogo, psicopedagogo, médico , neuropsicólogo e psicólogo,
a equipe é solicitada quando a necessidade de um laudo para auxiliar educadores,
terapeutas e pais de pessoas envolvidas no tratamento de indivíduos com dislexia .
O médico oftalmologista realizará o exame de acuidade visual, a fim a de verificar se
há déficit visual. O médico neurologista irá verificar e afastar comprometimentos,
neurológicos por meio de exame neurológico tradicional e do evolutivo. A avalição
médica vai contribuir no diagnóstico ou o descarte em razão de lesões que possam
explicar o desempenho deficitário da leitura. Pode realizar a avaliação por imagem. O
fonoaudiólogo vai fazer a avaliação audiométrica, avaliação da linguagem escrita. O
psicopedagogo , verificará o desempenho acadêmico da criança é compatível a
seu nível escolar e idade. Irá investigar também as atitudes da criança
frente a escola e a aprendizagem. Fornecerá estratégias (baseada também na
consciência fonológica) para que a criança com dislexia supere suas dificuldades. O
psicólogo e o neuropsicólogo, conduzirá a avaliação de praxias, agnosias, linguagem,
memória e processos intelectuais. Na avaliação neuropsicológica o termo de funções
executivas é utilizado para designar uma ampla variedade de funções cognitivas que
envolvem o planeamento, a flexibilidade, a fluência verbal, a inibição, a velocidade de
processamento, a atenção dividida, a memória de trabalho entre outras. Em termos
neuroanatômicos, o adequado desempenho das funções executivas está
particularmente depende (mas não limitado da integridade e maturação do lobo pré-
frontal e temporal). Memória de trabalho, envolve o armazenamento temporário e o
processamento de informação verbal e visuoespacial Os neuropsicólogos propôs um
modelo explicativo de funcionamento neurológico para dislexia, utilizam de testes para
avaliação. Lima, Salgado e Ciasca(2008) propõem uma bateria neuropsicológica para
a avaliação. Avaliação das habilidades escolares, básicas de leitura, escrita e cálculo:
Teste de desempenho escolar (TDT) ( Stein, 1994). Avaliação do nível intelectual e
diversas funções neuropsicológicas. Escala de inteligência Weschsler para crianças
(WISC-IV) (Rueda, Noronha, Sisto, Santos & Castro, 2013). Avaliação da maturidade
visomotora: Teste Gestáltico Visomotor de Bender (B-SPG), (Sisto, Noronha & Santos,
2005). Avaliação da atenção, sustentada visual, teste de cancelamento (figuras
geométricas e letras em fileiras), (Toledo, 2005). Teste das trilhas (TMT-A/B), (Spreen
& Strauss, 1991). Teste cor-palavra de Stroop (SCWT), (Spreen & Strauss, 1991),
capacidade de planejamento, torre de Londres (TOL). Inventário de depressão infantil
(CDI), (Gouveia, Barbosa, Almeida & Gaião, 1995). Inventário de comportamento da
infância e adolescência (CBCL), (Bordin, Mari & Cauro, 1995). No teste de inteligência
como o WISC-IV, é necessário que o resultado esteja dentro dos padrões de
normalidade em sujeito com dislexia , sendo este um dos critérios diagnósticos para
tal transtorno.
1.2 Tratamento
2 CONCLUSÃO
3 REFERÊNCIAS