64
64
64
São Paulo
2004
ANAFLÁVIA DE OLIVEIRA FREIRE
São Paulo
2004
Freire, Anaflávia Oliveira
iii
Aos meus pais, Juracy e Brígida.
iv
À Gisele e ao pequeno Atisha.
v
Dedico todas as virtudes acumuladas na
vi
Agradecimentos
Ao Prof. Luiz Eugênio, pela orientação, pela amizade e pela paciência de sempre ensinar
a elaborar uma ciência tão cartesiana nos mínimos detalhes.
Ao Prof. Ysao, amigo e mestre, que me ensinou o ‘abc’ da Medicina Chinesa e que me
inspira sempre a aprender mais profundamente a arte de curar.
À Dra. Sônia, que de co-orientadora passou a ser uma amiga querida. Obrigado pela
ajuda e pelos ensinamentos sobre a Medicina do Sono.
Ao Venerável Lama Kalden Tulku Rimpoche por sua imensa bondade em continuamente
nos ajudar a transformar nossa mente negativa em uma mente positiva, e a todos os amigos do
Centro Budista Djampel Pawö.
À minha irmã Mônica, ao meu irmão Neto e aos meus queridos sobrinhos Henrique e
Ana Júlia, por sempre torcerem e regozijarem por mim.
vii
Abençoado Aquele que primeiramente inventou o sono.
Ele cobre todo o homem, como uma manta.
É carne para o faminto, e bebida para o sedento,
É calor para o frio e frio para o calor.
Faz o pastor igual ao monarca e o tolo igual ao sábio.
Existe apenas uma característica assombrosa nele:
A sua semelhança com a morte,
Pois a diferença entre um homem morto
E um homem dormindo é muito pequena.
Don Quixote
por Saavedra M. de Cervantes
viii
Sumário
Dedicatória............................................................................................................................................................ iv
Agradecimentos................................................................................................................................................... vii
Listas....................................................................................................................................................................... x
Resumo................................................................................................................................................................... xiii
1. Introdução...................................................................................................................................................... 2
2. Síndrome de apnéia-hipopnéia obstrutiva do sono............................................................. 7
2.1. Histórico.......................................................................................................................... 7
2.2. Epidemiologia................................................................................................................. 9
2.3. Fisiopatogenia............................................................................................................... 11
2.4. Quadro clínico................................................................................................................. 17
2.5. Tratamento...................................................................................................................... 18
2.5.1. Tratamento comportamental............................................................................... 18
2.5.2. Tratamento clínico.............................................................................................. 19
2.5.2.1. Tratamento farmacológico.................................................................... 19
2.5.2.2. Tratamento mecânico............................................................................ 19
2.5.3. Tratamento cirúrgico........................................................................................... 21
3. Medicina Tradicional Chinesa................................................................................................................ 24
3.1. Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo................................................. 26
3.1.1. Sobre a preservação da energia saudável nos humanos nos tempos antigos........ 27
3.2. Acupuntura..................................................................................................................... 31
3.2.1. Revisão de literatura........................................................................................... 35
3.2.1.1. História da implantação da acupuntura no Brasil.................................. 35
3.2.1.2. Acupuntura inserida no meio científico................................................ 36
3.2.2.3. Ética em pesquisa clínica e utilização de placebo em acupuntura........ 38
3.2.2. Mecanismo de ação da acupuntura..................................................................... 46
4. Justificativa e objetivo............................................................................................................................... 59
4.1. Justificativa.................................................................................................................... 59
4.2. Objetivo............................................................................................................................59
5. Metodologia........................................................................................................................... 60
5.1. Amostragem.................................................................................................................... 61
5.2. Desenho do estudo........................................................................................................... 62
5.3. Avaliação....................................................................................................................... 63
5.3.1. Protocolo clínico................................................................................................ 64
5.3.2. Avaliação polissonográfica................................................................................ 64
5.4. Materiais e local das sessões de acupuntura (e sham)........................................ 66
5.5. Pontos de acupuntura e pontos fictícios (sham)..................................................... 67
5.4. Método estatístico.......................................................................................................... 68
6. Resultados.............................................................................................................................. 70
7. Discussão.................................................................................................................................
8. Conclusões..............................................................................................................................
9. Anexos....................................................................................................................................
10. Referências..........................................................................................................................
ix
Abstract.......................................................................................................................................
Bibliografia consultada...............................................................................................................
x
Lista de figuras
xi
Lista de tabelas
xii
Lista de quadros
Quadro 4 Resultados obtidos na avaliação clínica dos pacientes do grupo Acupuntura 113
Quadro 5 Resultados obtidos na avaliação clínica dos pacientes do grupo sham 114
Quadro 6 Resultados obtidos na avaliação clínica dos pacientes do grupo controle 115
Quadro 7 Resultado dos escores obtidos na avaliação dos questionários no grupo acupuntura 116
Quadro 8 Resultado dos escores obtidos na avaliação dos questionários no grupo sham 117
Quadro 9 Resultado dos escores obtidos na avaliação dos questionários no grupo controle 118
xiii
Lista de abreviaturas e símbolos
EA Eletroacupuntura
IA Índice de apnéia
IH Índice de hipopnéia
CF Capacidade funcional
xiv
EGS Estado geral de saúde
Vital Vitalidade
xv
Resumo
Universidade Federal de São Paulo- Escola Paulista de Medicina, no período de Janeiro de 2002 a
<30/hora}.Os pacientes foram randomizados em três grupos: grupo acupuntura, que recebeu
tratamento por acupuntura por 10 semanas (1 aplicação semanal); grupo sham, que recebeu
acupuntura fictícia (as agulhas eram inseridas fora de pontos de acupuntura) por 10 semanas (1
aplicação semanal); e grupo controle, que não recebeu qualquer tipo de intervenção. Todos os
abdominal). Resultados: Houve diminuição significativa do IAH (média antes = 19,9; média depois
= 10,1. P = 0,005), bem como do número de eventos respiratórios (média antes = 116,1; média
depois = 66,5. P = 0,005) no grupo acupuntura, mas não no grupo placebo (sham). Já no grupo
controle, foi observada uma piora estatisticamente significante no número de eventos respiratórios
(P= 0,025), na duração máxima dos eventos respiratórios (P= 0,033) e na saturação mínima de
oxigênio (P= 0,035). Em relação aos questionários utilizados observamos que o grupo acupuntura
apresentou melhora significativa em várias dimensões do SF-36, assim como melhora da sonolência
(Epworth), o que não foi observado nos outros grupos. Não houve qualquer mudança significativa
nas medidas antropométricas em nenhum grupo pré e pós-procedimentos, assim como quando
moderada, e o tratamento desta doença deve ser iniciado imediatamente após a realização do
xvi
Introdução
2
1- Introdução
do sono que mais se relaciona às alterações fisiológicas ocorridas durante o sono, do que a um
distúrbio do ciclo sono-vigília em si. Esta síndrome é caracterizada por episódios recorrentes de
obstrução parcial ou total das vias aéreas superiores durante o sono, que resultam em períodos de
e funcionais que ocorrem em situações como conversar, dirigir, trabalhar, etc (Kandel, 2000).
pacientes portadores de ronco primário isolado sem outras queixas clínicas, e no outro,
encontram-se aqueles pacientes com a síndrome clássica: geralmente homens adultos, obesos,
com história de ronco, relatos de apnéias noturnas, além de sonolência diurna excessiva e
O ronco constitui a queixa principal da SAHOS, porém nem todo roncador apresenta esta
patologia. Além do ronco, a sonolência diurna excessiva e o sono não reparador são os sintomas
mais proeminentes (Young e cols, 1993). A apnéia que ocorre durante o sono freqüentemente
não é percebida pelo indivíduo, não sendo desta forma, o sintoma que o conduz ao médico, pois
na maioria das vezes, é um fato percebido apenas pelo parceiro. Os dois sintomas que levam o
sendo a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) um achado comum nestes indivíduos. Na SAHOS
não tratada a HAS está em torno de 30% dos casos (Schmid-Nowara e cols, 1990). Arritmias
cardíacas que ocorrem exclusivamente durante o sono são também muito comuns nestes
3
sono e ocorre em 10% dos casos, , as assistolias com duração de até 13 segundos, o bloqueio AV
da apnéia e do ronco com o aumento do risco para Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e
Acidente Vascular Cerebral (AVC). Com exceção da associação SAHOS x HAS, as outras
associações (SAHOS x IAM e SAHOS x AVC) são ainda controversas, havendo necessidade de
dados adicionais que podem ser obtidos através de estudos epidemiológicos controlados.
os acidentes de trânsito. Vários trabalhos têm demonstrado que esses acidentes com veículos
estão associados a fatores como o cansaço por longas horas à direção, à obesidade, aos distúrbios
1989; George e col, 1987; Wu & Yanego, 1996; Findley e col, 1996; Lauber & Kaysten, 1988;
Hone & Reyner, 1995; Brown, 1994). Ricardo e colaboradores (1994) constataram que
motoristas com distúrbios ventilatórios, sonolência diurna e obesidade se envolveram duas vezes
mais em acidentes de trânsito do que motoristas que não apresentaram as alterações estudadas.
Young e col (1997) observaram que pacientes com SAHOS de grau leve e moderado tiveram
uma probabilidade 4,6 vezes maior de sofrer mais que um acidente de trânsito, e os pacientes
até a cirurgia, dependendo da gravidade do caso. Medidas simples como a retirada do álcool
(Issa & Sullivan, 1992) e de certas drogas como benzodiazepínicos, barbitúricos e narcóticos,
além da adequada posição do corpo ao dormir e a perda de peso, podem eliminar as apnéias e
duvidosos na reversão do quadro de apnéia do sono (Robinson & Zwillich, 1985). O CPAP
descompensação das doenças cardio-pulmonares (Sander & Kern, 1992; Fridman e cols, 2000).
Porém, a descontinuidade do tratamento com o CPAP é grande por uma questão tanto estética
quanto por ser desconfortável o uso de uma máscara durante a noite, bem como o tratamento
com traqueostomia, que é uma medida muito invasiva e com muitas complicações secundárias
Desta forma, a importância da detecção de indivíduos com fatores de risco para SAHOS,
assim como o diagnóstico precoce desta entidade nosológica é de grande valia tanto para a
outras doenças relacionadas ao não tratamento da apnéia (arritmias, HAS, IAM, AVC). Estas
medidas têm impacto tanto nos custos da saúde pública, quanto em nível individual (Aldrich,
1990).
elevado para o sistema de saúde já que sua avaliação clínica apresenta sensibilidade,
manifestações pouco específicas. .Sendo assim, a SAHOS tende a ser diagnosticada numa
fases mais tardia, quando o quadro clínico é mais exuberante, e por conseguinte apresenta
custo muito mais elevado para o tratamento (Phillipson, 1993). Mas mesmo nos países
desenvolvidos, em que os recursos são abundantes, a maioria dos pacientes permanece não
Nas últimas décadas o tratamento com acupuntura tem sido incorporado ao arsenal
terapêutico da clínica médica ocidental, sendo utilizado para tratar diversas entidades
nosológicas (Liao e cols., 1980; Kendal, 1989; Hu e cols., 1993; Fang e cols., 1998; Freire, 2001;
Boutoyrie e cols., 2001). Segundo o NIH Consensus Development Panel on Acupuncture (1998)
pesquisa básica vêm contribuindo para a elucidação do seu mecanismo de ação, como por
exemplo, a liberação de opióides e outros peptídeos no sistema nervoso central e periférico, bem
mecanismos de ação da acupuntura vêm sendo demonstrados cientificamente, bem como a sua
A partir deste panorama e da ampla aplicabilidade da acupuntura, este trabalho tem como
objetivo principal analisar o efeito do tratamento da SAHOS, entidade nosológica que tem várias
condições fisiopatológicas associadas, através da acupuntura, e a partir daí, propor uma nova
Síndrome de Apnéia-
Hipopnéia Obstrutiva do Sono
8
2.1- Histórico
Apesar de Charles Dickens não ter sido o primeiro a descrever os distúrbios do sono e da
respiração em pessoas obesas, ele contribuiu de forma acurada para descrição do distúrbio do
sono que veio a ser classificada como Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono. Charles Dickens
era escritor e se tornou famoso pelas suas publicações seriadas de Pickwick Papers (Figura 1) em
meados do século XIX. Numa época de grande pobreza e pouca cultura, a circulação desses
seriados, que possuía forma literária simplificada e um humor bem exacerbado, se espalhou por
toda Inglaterra e Irlanda. Dickens relatava as aventuras de Samuel Pickwick e seus amigos no
dia-a-dia de uma Inglaterra onde ser gordo era sinônimo de prosperidade. A maior parte de seus
personagens eram gordos, principalmente o mais interessante deles, chamado Joe, o garoto gordo
(Dickens, 1836).
sobre o menino Joe que apresentava obesidade e sonolência diurna excessiva. Apesar destas
descrições acuradas realizadas no final do século XIX, uma clara compreensão sobre a estranha
desordem que assolava o menino gordo apenas surgiu muito tempo depois, por volta de 1955,
quando se iniciaram os estudos sobre tal patologia (Auchincloss & Cook, 1955; Burwell e cols,
1956).
Dionísio, um tirano da época de Alexandre, o Grande, se tornou tão gordo que não conseguia
respirar direito quando dormia, e durante o dia, a sua indolência se tornou famosa. Naquela
época, os médicos propuseram um tratamento que consistia na inserção de finas agulhas longas
na sua barriga quando ele dormia durante o dia e isto fazia que ele se levantasse imediatamente
(Wadd, 1822). Sir Jonh Falstaff, famoso personagem relatado por William Shakespeare, era
Obstrutiva do Sono é tão antiga quanto a própria humanidade (Smith, 1880). E com o avanço
passaram a ser estudados e compreendidos de uma forma mais ampla e sistemática, o que
diagnósticos mais utilizados, a polissonografia que é o estudo do sono través de EEG acrescido
de outros aparatos, trouxe uma nova perspectiva para o conhecimento destas doenças
apresentavam obstrução das vias aéreas durante o sono (Kryger e cols, 1974; Guilleminault e
cols, 1976). Posteriormente, drogas que estimulavam o aparelho respiratório, como o um agente
curativos da Apnéia do Sono (Fujita e cols, 1981). Recentemente, o CPAP (Continuous Positive
Air Pressure) tornou-se um dos tratamentos mais utilizados para o tratamento da SAHOS, sendo
considerado atualmente o Gold Standard (Gastaut e cols, 1965; Wiegand & Zwilich, 1994). Por
fim, os dispositivos para utilização intra-oral são outras alternativas, principalmente para apnéia
2.2- Epidemiologia
critério empregado para diagnóstico. Young e colaboradores. (1993) relataram que entre
homens e mulheres na faixa etária de 30-50 anos nos Estados Unidos, 2% das mulheres e
(cerca de 24% da amostra) em voluntários idosos com idade superior a 65 anos, submetidos
encontrou uma prevalência de SAHOS de 2,7% e na Austrália, um estudo com 400 adultos,
Israel, encontrando uma média estimada de 1,8% de apnéia, sendo 1,4% nos homens e
0,4% nas mulheres. Pode-se considerar uma média para a prevalência geral desta doença no
casos.
SAHOS nos sistemas de saúde no mundo todo, nos Estados Unidos, em 1990, estimou-se
em 1998 os custos foram entre 43,15 a 56,02 bilhões de dólares relacionados a acidentes
decorrentes dos distúrbios do sono (Leger, 1994). No Brasil, a maior causa de mortalidade
___________________________________________
1- National Commission on Sleep Disorders Research. Wake up America: a national sleep alert. 1,
1993.
2- IBGE. Censos Demográficos e Estatísticas do registro Civil, 1996.
12
doenças cardiovasculares, quantas destas pessoas não teriam seu problema cardiovascular
corretamente ?
2.3- Fisiopatologia
Vários estudos mostram que a colapsidade das vias aéreas superiores durante o sono é o
que determina um grande esforço respiratório para reverter essa condição (Remmers, 1978). Esse
Ao retomar o sono, ocorre novamente o colabamento da via aérea, reiniciando outro ciclo. Essa
série de eventos pode se repetir centenas de vezes durante a noite, causando hipóxia acentuada e
hipercapnia (Wiegand & Zwilich, 1994). Apesar da atividade contrátil dos músculos da faringe
não estar alterada, a atividade basal destes músculos é maior do que em indivíduos normais
(Civardi e cols, 2004), sendo altamente suscetíveis à fadiga (Horner, 1996). Estas alterações
podem ser decorrentes do mau funcionamento do motoneurônio e/ou das projeções centrais para
o núcleo motor bulbar, geradas pela repetição do padrão hipóxico causado pelas apnéias noturnas
funcionamento cortical ligadas a esse padrão respiratório, além do aumento do tônus simpático
destes indivíduos (Mezzanotte e cols, 1992). O fumo, a ingesta de bebidas alcoólicas, assim
das vias aéreas, aumentando o risco de colabamento deste sistema (Krol e cols, 1984; Bonora e
cols, 1985).
13
Durante cada episódio de apnéia obstrutiva, a inspiração forçada contra uma faringe
ocluída é acompanhada de uma pressão negativa no espaço pleural. À medida que a apnéia se
pode alcançar 200 mmHg em indivíduos cuja pressão arterial é normal durante a vigília) (Strohl
e cols, 1994).
Outros trabalhos mostram que a hipóxia que surge durante o sono decorre de eventos de
repetido inúmeras vezes, causa injúrias de reperfusão, demonstrada por Dean & Wilcox (1993),
em decorrência da formação dos deletérios radicais livres (MacCord, 1985). Desta forma, o
fisiopatogenia da SAHOS, a grande maioria dos adultos apnêicos não apresenta qualquer
anormalidade estrutural (Lugaresi e cols, 1990; Strohl & redline, 1996; Vgontzas & Kales,
1999). Da mesma forma, muitos indivíduos que apresentam estreitamento das vias aéreas devido
a problemas estruturais, não apresentam SAHOS (Smith & Schwartz, 2002). São poucos os
achados clínicos que indicam a presença de apnéia, sendo que a pressão arterial e a obesidade
são os principais (Hoffstein & Mateika, 1992; Hoffstein & Szalai, 1993). Vários estudos
enfatizam que um pescoço curto e/ou grosso, são variáveis importantes (Hoffstein & Mateika,
1992; Hoffstein & Szalai, 1993). Apesar da circunferência de pescoço e o índice de massa
corpórea (IMC) correlacionarem-se entre si (Strohl & Redline, 1996; Young e cols, 1997), o
aumento da circunferência abdominal tem uma maior correlação com distúrbio respiratório do
mesma forma, as conseqüências cardiovasculares foram logo associadas a esta doença. Mas
apesar desta forte associação entre SAHOS x obesidade e SAHOS x problemas cardiovasculares,
esta doença era tratada até pouco tempo atrás, como uma ‘anormalidade local’ do trato
respiratório ao invés de uma doença sistêmica. Porém , estudos recentes, demonstraram que a
cols,1978; Lugaresi e cols, 1990; Lavie e cols, 1995; Strohl & Redline, 1996; Vgontzas &
Kales, 1999; Lavie, 2002), ao sexo masculino (obesidade central andróide), ao aumento de sua
cardiovasculares) (Lugaresi e cols, 1990; Sforza e cols, 1994), sugere fortemente que a SAHOS
é mais uma doença sistêmica do que uma anormalidade local, em conseqüência da cadeia de
sintomas que levam o paciente portador de SAHOS a procurar assistência médica, porém a
fadiga e a sonolência excessiva são sintomas freqüentes na população geral e não estão
15
interleucina 6 (IL-6) estão envolvidas na regulação fisiológica do sono (Opp e cols, 1992; Kapas
e cols, 1992) e que o aumento da suas secreções, assim como a administração exógena em
humanos está associada à sonolência e à fadiga (Mastorakos e cols, 1993; Reincke e cols, 1994).
demonstraram uma forte correlação entre o aumento sérico de IL-6 e o IMC. Outros estudos
demonstraram a associação destas duas citocinas com a obesidade (Vgontzas e cols, 1997;
Mohamed-Ali e cols, 1997; Fried e cols, 1998;Yudkin e cols, 2000), além de mostrarem este
mesmo padrão em relação à leptina que está aumentada não só em relação à IMC, mas também
ao grau de resistência à insulina (Vgontzas e cols, 2003). Desta forma, observa-se uma íntima
Vgontzas e cols, 1997; Mohamed-Ali e cols, 1997; Fried e cols, 1998;Yudkin e cols, 2000;
Vgontzas e cols, 2000; Vgontzas e cols, 2000 Bastard e cols, 2000; Fernandez-Real e cols,
2001); resistência à insulina e risco cardiovascular (Reaven, 1988; DeFronzo & Ferrannini,
1991; Reaven e cols, 1996; Chrousos, 2000); e aumento da prevalência de doença cardiovascular
em SAHOS (Young e cols, 1997; Lavie e cols, 1995; Lavie, 2002; Bixler e cols, 2000).
(Björntorp, 1991; Chrousos & Gold, 1998; Rosmond e cols, 1998; Chrousos, 2000). Contudo,
estudos recentes demonstraram que o distúrbio respiratório do sono está associado a resistência à
insulina independente da obesidade, e que o IMC correlaciona-se com o total de gordura corporal
e gordura subcutânea, mas não com a gordura visceral (Vgontzas e cols, 2003), sendo que a
16
cols, 2003). Desta forma, a progressão da doença provavelmente aumenta a gordura visceral e
elevações noturnas de hormônios como o cortisol e insulina, que promovem mais adiposidade
Outra forte evidência que comprova a participação da resistência à insulina como fator
pacientes portadoras da síndrome dos ovários policísticos (SOP), doença em que a resistência à
insulina é uma anormalidade primária (Dunaif, 1997; Legro e cols, 1999). Vgontzas e cols, 2001,
demonstraram que mulheres que sofriam de SOP apresentavam 30 vezes mais chance de
apresentar DRS do que o controle, sugerindo que a resistência à insulina é um fator preditivo
mais forte para SAHOS do que mesmo a idade, IMC ou testosterona (Gopal e cols, 2002).
hormônio de crescimento (Coughlin e cols, 2001). Indivíduos com SAHOS não tratada
apresentam supressão da sua secreção, principalmente por apresentarem redução, ou até mesmo
ausência do sono de ondas lentas. Isto, por conseguinte, contribui diretamente com a piora da
obesidade dos pacientes, conseqüentemente acentuando os riscos cardiovasculares, uma vez que
SAHOS é uma síndrome com características bem definidas e peculiares, e deve ser considerada e
tratada como tal, não apenas como defeito na estrutura das vias aéreas superiores.
17
Alterações da musculatura
faringeana/ fadiga muscular
Síndrome
metabólica
1- Ronco;
3- Dois ou mais dos seguintes sintomas: asfixia ou respiração difícil durante o sono,
dificuldade de concentração;
respiratórios por hora de sono, demonstradas por monitoração durante toda a noite.
completa ou redução maior que 50% na amplitude basal de medida válida de respiração
redução que não alcance a percentagem acima, mas esteja associada a redução na saturação
involuntários ocorrem durante atividades que requerem pouca atenção, como assistir televisão,
ler ou andar de veículo como passageiro. Nesse grau de doença os sintomas produzem discreta
durante atividades que requerem alguma atenção, como assistir a eventos socioculturais. Os
sintomas produzem moderada alteração na função social ou ocupacional. O IAH é maior que 15
durante atividades que requerem maior atenção, como conversar, andar ou dirigir. Os sintomas
provocam marcada alteração na função social ou ocupacional e o IAH é maior que 30. Trabalhos
recentes mostram que a sonolência excessiva diurna não está correlacionada linearmente ao IAH,
sendo que pacientes com baixo IAH (doença leve) podem apresentar elevada sonolência (Duran
e cols, 2001)
despertares, a polissonografia dos pacientes com SAHOS em geral mostra aumento do estágio 1
do sono não paradoxal e redução dos estágios 3 e 4 do sono não paradoxal e do sono paradoxal.
2.5- Tratamento
noturnas normais, reduzir ou abolir o ronco, e eliminar a fragmentação do sono. Pode ser
dividido em três categorias gerais: comportamental, clínico e cirúrgico, sendo que a escolha do
tratamento mais adequado para cada paciente, depende da gravidade da apnéia e de suas
obstrutiva, e é uma medida que deveria ser preconizada para toda a população, pois inclui
20
medidas básicas para uma boa noite de sono. Deve-se fazer uma higienização do sono, que
consiste em: utilizar a cama apenas para dormir e ter relações sexuais, evitar privação de sono,
optar pelo decúbito dorsal horizontal, perder peso, abster-se de álcool no período noturno e
Robinson & Zwilich, 1985). Da mesma forma, doenças de base que constituem fator de risco
para SAHOS, como o hipotiroidismo, rinites e outras causas de obstruções nasais e de vias
aéreas superiores devem ser tratadas (Rajagopal e cols, 1984; Wiegand & Zwilich, 1994).
manutenção de via aérea pérvia e dispositivo para utilização intra-oral) (Kryeger, 1992).
tricíclicos. A droga teria como efeito uma redução do tempo de sono REM durante a noite,
quando os episódios de apnéia e hipopnéia têm maior duração, e aumentaria o estado de alerta do
paciente durante a vigília, através de ação sobre o sistema reticular ativador ascendente
(Brownell e cols, 1982). Seus efeitos colaterais são decorrentes da estimulação parassimpática,
podendo precipitar arritmias cardíacas, as quais muitas vezes já ocorrem nos pacientes com
SAHOS. Esta droga estaria indicada principalmente para pacientes com apnéia leve a moderada.
21
respiratórios da medula oblonga, porém sua eficácia é controversa, uma vez que sua principal
Em 1981, foi introduzido como tratamento da SAHOS a máscara para pressão positiva
contínua na via aérea (CPAP), tornando-se desde então, um dos tratamentos mais utilizados no
tratamento desta doença (Sulivan e cols, 1981). A pressão positiva é produzida por um gerador
de alto fluxo que envia uma corrente contínua de ar ambiente para uma máscara semi-vedada em
torno do nariz ou nariz e boca, criando um mecanismo pneumático de abertura das vias aéreas.
As pressões normalmente usadas no CPAP variam entre 5 a 15 mmH2O e devem ser ajustadas
individualmente (Wiegand & Zwilich, 1994). Vários estudos mostram a eficácia do CPAP na
melhora da sintomatologia dos pacientes com SAHOS, tanto em relação aos sintomas
congnitivos, como na sonolência diurna excessiva, assim como na qualidade de vida dos doentes
(Barnes e cols, 2002) Porém, um fator primordial no sucesso desta terapêutica é a adesão do
sendo esta, uma limitação importante, pois grande parte das pessoas não se adapta ao incômodo
da máscara, e/ou ao barulho (mesmo que seja mínimo) produzido pelo gerador (Palmer e cols,
2004). Outra grande limitação deste tratamento é o alto custo do aparelho. Atualmente, o
aparelho mais barato encontrado no mercado custa em média R$ 1.000,00, e o aluguel mais
barato encontra-se em torno de R$ 140,00/ mês (dados obtidos no III Congresso Paulista de
Medicina do Sono, 2004). Desta forma, para a nossa população, cuja grande maioria pertence às
classes C, D e E, que tem uma renda per capita girando em torno de 01 salário mínimo por mês
(R$ 260,00), fica praticamente impossível custear este tratamento. Existe também a opção do
22
BiPAP (nasal bilevel positive airway pressure device) que faz o ajuste independente de pressão
positiva inspiratória e expiratória, contudo é um aparelho ainda mais caro que o CPAP.
Existem alguns tipos de dispositivos para utilização intra-oral, que continuam em uso
alguns casos de ronco primário e apnéia leve e moderada (Fleetham e cols, 1996). Contudo,
devem ser usados com cautela, principalmente por poderem desencadear alterações da arcada
dentária, e estão contra-indicados para pacientes com doença periodontal e/ou disfunção
temporomandibular.
apenas em casos extremamente graves, com risco de vida, por exemplo, em obeso mórbido
(Fairbanks, 1994). A cirurgia para correção de anomalias nasais inclui a septoplasita e excérese
cirúrgica mais popular nos casos de SAHOS, podendo ser combinada com a cirurgia nasal e
amigadalectomia (Fujita, 1981). Sua finalidade é remover o tecido redundante do palato mole
juntamente com a úvula (técnicas mais recentes não abolem completamente a úvula), e é
realizada com algumas variações de técnica cirúrgica introduzidas ao longo dos anos (Ikematsu,
1994). Vários estudos demonstram que os melhores resultados desta cirurgia são encontrados em
pacientes com baixo índice de apnéia no pré-operatório e estreitamento da via aérea retropalatal
visto à fibroscopia (Haavisto, 1994). Portanto, o sucesso da cirurgia depende da seleção dos
23
obstrutiva do sono como uma síndrome, já que muitos pacientes submetidos à cirurgia voltam a
(procedimentos que promovem a aumento da via aérea retrolingual pela retirada de um retângulo
de 2,5 X 5cm na base da língua); a osteotomia sagital inferior da mandíbula e avanço do músculo
Medicina Tradicional
Chinesa-Acupuntura
25
adoecida.
indivíduo (canais de energia) antes que estes se materializem em doenças orgânicas. Além deste
aspecto preventivo, o arsenal terapêutico oferecido pela Medicina chinesa é eficaz o bastante
A Medicina Tradicional Chinesa compreende várias ciências das quais podemos destacar
70, a eletro–acupuntura surgiu como técnica complementar à inserção e estimulação das agulhas
(Voll, 1975).
O primeiro texto de acupuntura conhecido foi o Nei Ching Su Wen e existem muitas
controvérsias acerca da origem exata e do autor deste livro (Nghi & Tran, 1994). O Nei Ching Su
Wen é dividido em duas principais seções, o Su Wen ou “Questões Fáceis” e o Ling Shu ou
“Questões Difíceis”, também chamado “Eixo Espiritual”. Este texto é conhecido por diversos
A seção inicial do Nei Ching Su Wen se desenvolve com uma discussão entre o
Imperador Amarelo, Huang Ti, e o seu Ministro, Qibo. Esta discussão expõe as bases filosóficas
adoecimento são dissertadas de uma forma concisa e explicativa, fazendo deste livro mais uma
tese em saúde e doença, do que um tratado de medicina como conhecemos atualmente. O Nei
Ching Su Wen, discute quase que exclusivamente os conceitos filosóficos, que são na sua grande
teoria que alicerça a MTC, principalmente as três teorias básicas: a teoria do Yin e do Yang, a
teoria dos Cinco movimentos e a teoria dos Zang-Fu (órgãos e vísceras) (Yamamura, 1993).
A Huang Ti, o Imperador Amarelo, é atribuída a autoria deste texto, porém há muita
controvérsia até mesmo na existência deste Imperador, e ainda mais se foi ele o real autor.
Genealogistas das dinastias chinesas o listam como o terceiro dos cinco primeiros governantes da
China, tendo existido por volta de 2.697 – 2579 A.C (Wang, 2001). Ssu-Ma Ch’ien, um
primeiro governante do Império. Na realidade, Huang Ti, é considerado um dos três Imperadores
Chineses que fundaram a arte de curar, sendo os outros dois Shen Nung e Hsi.
Provavelmente, o Nei Ching Su Wen foi escrito por uma variedade de pessoas, sendo
estado natural das coisas, purificar os sopros, ascender da grande multidão e atingir a
possível de ser alcançado através dos métodos usados pelos três sábios” (Wang, 2001).
O prefácio do “Livro da História” (Ssu-Ma Ch’ien) dizia que os escritos de Fu Xi, Sheng
Nong e do Imperador Amarelo eram chamados “Os Três Pináculos”, e discutem de forma séria o
conhecimento que temos hoje sobre Medicina Chinesa-Acupuntura, provém dos relatos do
ilustre Imperador Amarelo. Desta forma, não temos outra maneira de abordar a Medicina
principalmente dos textos que embasam toda a sua fundação e execução, e é sobre estes escritos
Amarelo em 18 rolos, sendo 9 rolos das “Questões Fáceis” (Su We) e outros 9 rolos do Eixo
Espiritual” (Ling Shu). Embora os anos tenham mudado e a época seja diferente, o conteúdo
deste livro permanece válido para todas as pessoas de todas as épocas, por isto ele foi preservado
como um tesouro para toda a humanidade. Temeu-se que pessoas com intenções distorcidas
pudessem deter as informações, assim, de tempos em tempos, algumas partes foram escondidas.
Dessa forma, o sétimo rolo foi escondido pelo Mestre Shi, e o livro “Questões Fáceis” que existe
Este texto consiste na conversação do Imperador Amarelo com seu Ministro. Seu estilo
ainda é conciso, suas idéias são vastas, seus princípios são recônditos e seus propósitos são
de alteração dos fenômenos do céu e da terra relacionados ao homem e o estado de Yin e Yang.
Interna.
3.1.1. Sobre a preservação da energia saudável nos humanos nos tempos antigos
O Imperador Amarelo, de grande antiguidade, quando nasceu já era brilhante e sábio, era
eficaz em se preservar quando criança, tinha uma maneira modesta de proceder e uma lisura de
caráter quando cresceu. Em sua juventude, era honesto e possuía uma grande habilidade em
“Fiquei sabendo que nos tempos antigos, as pessoas todas podiam viver por bem mais do
que cem anos, e aparentavam estar muito bem de saúde e firmes nas ações; mas as pessoas nos
tempos presentes são diferentes, não são tão lépidas no agir, já quando têm apenas cinqüenta
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anos. Qual a razão? Isto se deve à mudança dos princípios espirituais ou é causado pelo
Qibo respondeu: “Aqueles que nos tempos antigos conheciam a maneira de conservar
uma boa saúde, sempre nortearam seu comportamento do dia-a-dia de acordo com a natureza.
interação do Yin e do Yang. Eram capazes de modular sua vida diária em harmonia, de forma a
preservar uma boa saúde. Seus comportamentos do dia-a-dia eram todos mantidos em padrões
regulares tais como sua comida e bebida, mantidas em quantidades fixas, suas atividades
diárias, todas em intervalos regulares. Nunca excediam no trabalho. Dessa forma, podiam
manter tanto o corpo como no espírito o substancial, e eram capazes de viver até uma idade
Mas hoje em dia, as pessoas são muito diferentes. Não se recuperam a si próprias de
forma a preservar uma boa saúde, mas vão contra isso. Estão voltadas a beber sem temperança,
são sonhadores de ordinário, indulgem em prazeres sexuais, sobrepujam sua energia vital e
arruínam sua saúde. Não protegem cuidadosamente sua energia primordial como se estivessem
sua energia, mas a gastam de forma selvagem fazendo o que lhes apraz. Não conhecem a
alegria de conservar uma boa saúde e não têm um padrão regular em seu dia-a-dia quanto à
comida, bebida e às atividades. Por esse motivo, se tornam decrépitas quando têm somente
cinqüenta anos.
sábios para preservar a saúde. Todas as energias perversas das várias estações são prejudiciais
às pessoas, atacam o corpo quando debilitado em geral, e deve-se defender delas a qualquer
momento e em qualquer lugar. Quando alguém está completamente livre de desejos, ambições e
30
despertar. Quando alguém concentra internamente seu espírito e conserva uma mente em seu
Portanto, aqueles que forem capazes de conservar uma aspiração em repouso, não terão
medo quando algo terrível ocorrer; aqueles que tenham corpos fortes não se sentirão cansados
após o trabalho, e aqueles que tiverem um espírito tranqüilo, sua energia primordial será
moderada, seus desejos podem ser facilmente satisfeitos, bastando que não tenham ambição
insaciável. É precisamente por quê têm esta base espiritual, que são capazes de se adaptar a
qualquer ambiente. Eles não estão muito preocupados com a qualidade e estilo da roupa, mas se
sentem à vontade com os costumes locais. Eles não buscam ou admiram a vida material
Como eles têm um estado mental tranqüilo e estável, nenhum desejo pode seduzir seus
olhos, e nenhuma obscenidade pode seduzir seu coração. Muito embora a inteligência e o
caráter moral entre as diversas pessoas não sejam os mesmos, no entanto elas podem atingir o
estágio de não ligar para nenhum pensamento de ganho ou perda, e por isso todas elas são
A razão pela qual, aqueles podem viver mais de cem anos sem se tornarem decrépitos é
que eles podem conviver com a forma de conservar cuidadosamente uma boa saúde.
Nos idos da metade dos tempos antigos, algumas pessoas conseguiam preservar a saúde
atingindo o nível de ‘homem supremo’. Elas estudavam e praticavam a forma de, com todo seu
coração, preservar a saúde, com um caráter moral puro e honesto. Elas empregavam seu
comportamento e mente para se adaptar à lei de clima das estações. Elas eram capazes de
manter sua energia primordial de forma concentrada liberando a si mesmas do torvelinho das
palavras a fim de poderem conservar seu físico forte, seu espírito abundante, e aguçar olhos e
ouvidos. Elas empreendiam viagens extensas a fim de ouvir e ver coisas em locais distantes. Este
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tipo de pessoa certamente podia prolongar seu tempo de vida. Seu nível de cultivo da saúde
Depois, vinham as pessoas capazes de conservar sua saúde até o nível de virar ‘Sábio’.
dos oito ventos (ventos de todas as direções) e podiam evitar ser feridas por eles. Elas
regulavam seu comer, seu beber e a vida diária num estilo moderado, quando viviam juntos às
pessoas comuns. Seus temperamentos eram estáveis e calmos sem indignação e flutuação de
humor. Na aparência externa, elas não se afastavam da realidade de sua vida diária,
lidavam com as coisas de forma diferente das pessoas comuns. Nunca faziam trabalho físico
sempre conservavam sua mente bem disposta, e se contentavam com suas próprias
circunstâncias. Precisamente por causa disso, elas podiam cultivar a si próprias a fim de terem
corpos fortes, e preservar seus espíritos da dissipação, e por isso, suas vidas podiam ser
Depois, aqueles que podiam preservar sua saúde a ponto de ser um ‘Homem sábio e
bom’. Podem dominar e aplicar a técnica de preservar a saúde de acordo com as variações do
céu e da terra, tais como com as diferentes localizações do sol, os quatros crescentes e o
alternância das quatro estações. Eles dominavam e praticavam as formas de preservar a saúde,
procuravam registrar as formas de preservar a saúde nos tempos antigos, a fim de que também
Imperador Amarelo, onde a primeira parte que é o Su Wen e apresenta 81 capítulos; e a segunda
3.2. Acupuntura
tratamento baseiam-se em três principais preceitos: teoria do Yin e do Yang, dos Cinco
Movimentos e dos Órgãos e Vísceras (Yamamura, 1995). Como se trata de uma metodologia
criada há milênios, seu embasamento teórico não é científico , isto é, sua linguagem diagnóstica
e terapêutica não se molda à da ciência vigente. Desta forma, a prática da sua propedêutica é
Sua origem data de mais ou menos 2 500 anos e evidências arqueológicas mostram que
existiam artefatos de acupuntura feitos de pedra, chamados de bian, que eram ‘utilizados na
Idade da Pedra para fins curativos’(Cheng, 1987). As agulhas de metal, ouro e ferro, foram
33
usadas numa Era mais recente, sendo encontradas nas tumbas da Dinastia Han (206 A.C. a 221
A.C).
pelos antigos sábios, que atualmente são denominadas de práticas de meditação do Taoísmo (Qi
Qong e Tai-Chi-Chuan), bem como as formulações fitoterápicas que remontam a inserção das
agulhas, também compõem o arsenal da MTC (Wang, 2001). Contudo, dentre as abordagens
terapêuticas propostas pela MTC, a Acupuntura é a mais aceita no Ocidente, pois apresenta uma
fenomenologia mais palpável no contexto científico, podendo seus efeitos ser mensurados
mais recentemente por métodos modernos de imageamento cerebral como a ressonância nuclear
magnética funcional.
empírico, antigamente tido até mesmo como curandeirismo, para uma posição científica. Porém,
Esta conceitualização neurofisiológica nos permite tornar o palavreado energético mais preciso e
menos holístico, por exemplo, quando falamos em energia, fluxo de Qi, etc, podemos pensar em
esta linguagem energética em termos ocidentais, pois como podemos ver nos próprios textos
antigos, os significados das palavras são muito mais profundos e o êxito no diagnóstico e
tratamento se baseia neste conhecimento profundo das conexões energéticas entre os pontos de
energia (Qi) através do corpo e a livre circulação destes são indispensáveis para a saúde.
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Acredita-se que as interrupções nesse fluxo são responsáveis pela doença. Desta forma, a
três grupos: 1- os localizados no corpo todo (cabeça, tronco e membros) ordenados dentro de
canais de energia, denominados ‘meridianos e colaterais’; 2- pontos fora dos canais de energia,
chamados ‘pontos curiosos’, que coincidem com os ‘trigger points’ ou pontos de dor
(Vanderschot, 1976; Wenbu, 1993); 3- pontos que fazem parte de microssistemas e se localizam
em regiões específicas do corpo, p ex., pavilhão auricular, couro cabeludo e mãos (palmas).
aproximadamente 0,2 – 0,4 mm de diâmetro, e que são inseridas nos acupontos. Inicialmente as
agulhas eram feitas de materiais diversos como o ouro, prata ou cobre, em conformidade com a
intenção almejada, isto é, para a tonificação* ou para sedação* (Wenbu, 1993). Contudo ,
atualmente a grande maioria das agulhas é feita de materiais como aço e cobre, sendo de menor
durabilidade, pois são descartáveis. Isto, por sua vez, entra em concordância com as medidas de
(Wilms, 1991).
dental. Em outras situações como droga-adição, reabilitação de AVC, dores de cabeça, dores
menstruais, tendinites, fibromialgia, dor facial, osteoartrites, dor lombar, síndrome do túnel do
carpo e asma, a Acupuntura pode ser utilizada como tratamento coadjuvante ou mesmo como
uma terapêutica alternativa. Neste mesmo Consenso discutiu-se sobre os avanços na pesquisa
básica com relação à Acupuntura, que muito está contribuindo para a elucidação do seus
peptídeos no sistema nervoso central e periférico, assim como das alterações no funcionamento
do sistema neuroendócrino.
Já Stux (1987) classifica diversos tipos de distúrbios que podem ser tratados pela
Instituto do sono
Em 1810 imigrantes chineses aportaram no Rio de Janeiro para cultivar a lavoura do chá
uma das profissões da CIUO (Classificação Internacional Uniforme de Ocupações). Em 1972 foi
fundada a ABA (Associação Brasileira de Acupuntura). Nesta mesma época o CFM (Conselho
da constipação intestinal, da asma brônquica, das dismenorréias, das dermatites atópicas, entre
Desde então, a classe médica começou a se interessar pela Acupuntura realizando cursos
juntamente com outros profissionais. Foi em meados dos anos 80 que surgiu o movimento para a
específicos para médicos. Neta época outras especialidades já habilitavam seus profissionais a
de Biomedicina.
Desde então inúmeros projetos e emendas tramitam pelo Poder Público, tanto por parte de
médicos, exigindo a exclusividade desta profissão por se tratar de procedimento invasivo que
requer conhecimento de clínica, anatomia, fisiologia, etc, como também por parte de outros
regulamentação desta prática milenar, porém com ganhos incomensuráveis em relação à sua
Acupuntura vêm tornando mais explícitos e evidentes a compreensão de seus efeitos, embasando
esta ciência em conhecimentos neurofisiológicos palpáveis (Han e cols, 1979). Isto gera,
para inseri-la no meio científico e assim ser tratada como uma ciência séria e palpável.
Alternativa, que envolve uma gama enorme de práticas e crenças (Einsenberg e col, 1993) e
coexistia em nosso meio paralelamente à medicina oficialmente reconhecida 1, sendo tratada pela
comunidade médica de uma maneira não uniforme, variando desde o total ceticismo (Visser e
col, 1992) a busca por um embasamento científico inicial (Verhoff & Sutherland, 1995;
Foi a partir dos anos 80 que esta prática milenar começou a ser estudada de maneira
assim como de pacientes (Goodbeck-Wood e cols, 1996). Nesta mesma época escolas médicas
serviços, sendo que para citar apenas no nosso meio temos a Universidade Federal de São Paulo,
Universidade de São Paulo, Hospital do Servidor Público, etc, corroborando sua inserção na
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comunidade médica convencional, como citado acima, como uma especialidade médica como
anestésica da acupuntura quando se bloqueava a síntese de serotonina (5-HT). Já nos anos 80,
Tang e col (1981) assim como Zhang & Han (1985), relacionaram a serotonina (5-HT) como um
medula espinhal) [Andersson, 1984; Ernest & Lee, 1985], quanto do Sistema Nervoso Periférico
(SNP) (nervos somáticos e sistema nervoso autônomo) [Ding e col, 1986] no mecanismo de ação
da Acupuntura.
simpático envolvido neste mecanismo de ação. Por outro lado, o efeito hipotensor desaparecia
quando os ratos eram submetidos a pré-tratamento com pCPA (inibidor da síntese de serotonina
Han & Zhang (1993) assim como Wu e col (1999), demonstraram experimentalmente em
síndrome de abstinência à morfina. Desta forma inúmeros outros trabalhos demonstram efeitos
e col, 1982; Han, 2003;) assim como na desativação do Sistema Simpático (Ernst & Lee, 1985;
Haker e col, 2000; Middlekauff e col, 2002) e também atuação no Sistema Nervoso Central e
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Periférico (Choi, 1988; Abad-Alegria e col, 1995). Inicialmente os estudos eram principalmente
relacionados aos efeitos analgésicos provocados pela Acupuntura assim como na sua grande
premissa de que qualquer tratamento deve ter eficácia na prevenção, cura ou alívio dos sintomas
de uma determinada enfermidade, sendo que estas características devem ser comprovadas e
instituído (Walach, 2001; Thorne e cols, 2202; Fabrega, 2002). A resposta positiva ao tratamento
pode estar relacionada a diversos fatores e não apenas `a eficácia do tratamento per se como por
O primeiro estudo controle – placebo foi provavelmente conduzido em meados dos anos
30, quando se fez a comparação da sanocrisina com água destilada para observar o tratamento da
tuberculose (Lilienfeld, 1982). Desde então estes estudos têm ganhado cada vez mais a atenção
respeito a voluntários que abandonaram o tratamento efetivo (Lasagna e cols, 1954; Lasagna,
rigoroso modelo científico capaz de discriminar o verdadeiro efeito terapêutico, sendo o desenho
práticos e éticos que impedem a utilização de controles placebos e da técnica duplo-cego (Miller
e cols, 2004).
Nos últimos 50 anos, a conduta ética na pesquisa clínica tem como principais fontes
1
National Commission for the Protection of Human Subjects of Biomedical and Behavioral Research. The Belmont
Report. Washington, DC: US Government Printing Office, 1979.
2
Council for International Organization of Medical Sciences. International Ethical Guideline for Biomedical
Research Involving Human Subjects. Geneva, Switzertand: CIOMS, 1993.
3
The Nuremberg Code. JAMA 276:1691, 1996.
4
World Medical Association. Declaration of Helsinki. JAMA 277:925-926, 1997.
para evitar escândalos futuros (Levine, 1994; Vanderpool, 1996), dando ênfase a um
determinado aspecto porém omitindo outros. Por exemplo, o código de Nuremberg faz parte da
decisão judicial que condena as atrocidades dos médicos Nazistas e focaliza principalmente na
menciona sobre a seleção justa dos voluntários nem da revisão independente. Já a Declaração de
Helsinki enfatiza a distinção entre a pesquisa terapêutica e não terapêutica, não mencionada por
outros documentos (Levine, 1988; Levine, 1999). O Comunicado de Belmont criou amplos
pesquisas americanas como as de Willowbrook (Rothman & Rothman, 1984) e Tuskegee (Jones,
1992).
e outras entidades relacionadas à pesquisa científica, não possuem um guia coerente que possa
determinar a ética verdadeira de seus protocolos (Freedman, 1987; Annas, 1992). Emanuel e
col, 2000, listou de maneira sistemática e coerente um sistema onde agrupou em 7 princípios a
base filosófica de todos estes documentos anteriores (Tabela 2). Inicialmente, a pesquisa clínica
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para estar enquadrada dentro dos princípios éticos deve ter valor social, avaliando uma
intervenção terapêutica ou diagnóstica que possa trazer melhoras para a saúde ou bem-estar dos
indivíduos (Vanderpool, 1996). Alternativament,e a pesquisa testa uma hipótese que gere
estudos que não têm valor social e/ou científico (Vanderpool, 1996; Grady, 1998). Desta forma,
apenas se a sociedade se beneficiar de uma maneira geral, justifica-se a exposição de pessoas aos
pesquisa clínica permite o conhecimento sobre a real capacidade em ajudar o paciente na prática
específicos (Ernst & Resch, 1995). A acupuntura tem um potencial de desencadear poderosos
efeitos não específicos (Ernst, 1995): gera expectativas diversas no paciente, envolve um certo
ritual, é um procedimento invasivo, envolve sensações corporais, assim como tempo e empatia.
Desta forma, não é surpreendente observar que a grande maioria dos pacientes tratados com
acupuntura sham responda positivamente (Taub, 1979). Com intuito de distinguir entre os efeitos
distribuídos igualmente entre os grupos, permitindo assim que os grupos sejam comparados entre
si (Schulz e cols, 1995). O outro parâmetro do ECRC é a escolha dos grupos: um grupo deveria
ser tratado com acupuntura e outro grupo deveria ou receber acupuntura fictícia ou não receber
qualquer tratamento (Ersnt & White, 1997). Contudo, apesar de inúmeras controvérsias sobre a
procedimento médico, é essencial que os resultados empíricos obtidos por tal terapia sejam
replicados de uma maneira científica, mesmo que para isto se perca uma porcentagem dos seus
efeitos terapêuticos.
procedimentos, como a técnica a ser utilizada e o tipo de placebo. Existem diversos métodos de
utilizada pela técnica japonesa, até a técnica extremamente dolorosa da inserção profunda e
manipulação intensa da acupuntura chinesa. Assim como algumas escolas utilizam basicamente
1993). Contudo, há uma concordância universal no que diz respeito aos pontos específicos e
comparação entre os estudos existentes é bastante limitada, além destes na grande maioria das
variado. Por exemplo: no estudo de Catton & Kim (1975), sobre o efeito da acupuntura no
investigadores conduziram estudos clínicos utilizando apenas uma sessão (Moore & Berk, 1976;
inserção da agulha deve ser feita por uma pessoa experiente em acupuntura, pois além de
existirem riscos inerentes ao procedimento (Norheim, 1995), a manipulação errada das agulhas
pode provocar piora dos sintomas ao invés da melhora (Nghi & Tran, 1994). Assim, não seria
ético, fazer um estudo duplo cego, onde os pontos (verdadeiros e fictícios) seriam marcados e
então inseridos por uma pessoa totalmente alheia ao procedimento, o que também indiretamente
a acupuntura, pois já é bem demonstrado o potente fator exercido pelo médico na melhora ou
contraste com a Medicina convencional, com suas medidas altamente objetivas, a Medicina não-
responsabilidade pessoal do doente sobre a sua condição atual, o que gera uma espécie de
Enfim, o efeito placebo é um assunto que vem sendo especulado nos últimos anos, com
um crescente interesse nas mais diversas áreas, estando intimamente conectado a significados
culturais e biológicos (Csordas, 1988). Assim como grande parte dos elementos da medicina são
não, a linguagem, etc) e podem influenciar no resultado do tratamento (Stewart, 1995; Ong e
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cols, 1995). Apesar do valor científico, o efeito placebo levanta várias questões éticas no que
concerne ao que é o tratamento legítimo (Kaptchuk, 1998; Kaptchuk, 2002). O que seria este
própria linha de base inicial ou a melhora relativa quando comparado a um placebo? Deveria um
paciente que sofre de dor cervical e não pode ingerir, p. ex., antiinflamatório devido aos efeitos
colaterais, ser privado de um tratamento de acupuntura que pode ser um efeito placebo, pois as
rigorosa em acupuntura (Tabela 3), trabalhos recentes demonstram alguns protocolos executáveis
de placebo em acupuntura. Para que o placebo seja eficiente e confiável, partindo da definição de
ser um procedimento fisiologicamente inerte, este deve ser convincente e mimetizar em todos os
aspectos o real tratamento (Peck & Coleman, 1991; Ernst & White, 1997; Vicker, 2002). Estudos
que utilizem placebos como TENS, adesivo, ou qualquer outro procedimento que não se
assemelhe à acupuntura fogem a esta regra científica (Vincent & Richardson, 1986).
Principalmente por quê atualmente, as pessoas têm pelo menos a mínima noção que o tratamento
com acupuntura implica na inserção de agulhas, e desta forma para que o placebo seja válido
fora dos pontos de acupuntura (ver Figura 12) e canais de energia, sem manipulações, segundo as
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regras de acupuntura mínima referidos por Vincent & Lewith (1995). Esta forma de placebo
agulha tem uma ponta romba que não perfura a pele (Figura 4).
Contudo este tipo de placebo se torna impraticável para ser aplicado em vários pontos,
procedimento realizado na prática clínica (Yamamura, 1993). A maioria dos trabalhos científicos
utilizam um ou dois pontos de acupuntura (Streitberger & Kleinhenz, 1998; White e cols, 2003),
o que não condiz com a realidade clínica do tratamento com acupuntura, onde são inseridos um
conjunto de pontos (Nghi, 1985). Utilizando este placebo o tempo despendido com cada paciente
seria muito grande, o que poderia amplificar o efeito placebo da própria interação médico-
paciente. Além do fato deste novo dispositivo ter um custo elevado, pois se utiliza uma
tecnologia importada. Outro fator importante a ser considerado é que aplicação das agulhas no
ponto de acupuntura poderia acarretar a estimulação do ponto em si, o que estaria provocando
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efeitos fisiológicos relacionados ao efeito da acupuntura. Apesar dos vários estudos acerca dos
acupuntura (manipulação da agulha e/ou localização do ponto) são responsáveis por estes efeitos
fisiológicos (Streitberger & Vickers, 2004). Na prática clínica, a união destes dois aspectos é
muito importante. Desta forma, considerando que o placebo não deve ter importante efeito
fisiológico (Gotzsche, 1994; Vase & Riley, 2002), este tipo de procedimento não seria o ideal.
48
O efeito terapêutico suscitado pela inserção de agulhas, que caracteriza a acupuntura, não
se deve única e exclusivamente a uma inserção direcionada e crua de uma agulha. Pelo contrário,
a manipulação da agulha, ocasionando o que se denomina ‘Te Qi’, assim como o ponto de
(Wenbu, 1993). O ‘Te Qi’ tem um componente sensório percebido pelo paciente como uma dor
biomecânico que pode ser percebido pelo acupunturista (Cheng, 1987; Denmei, 1990; Helms,
sente como se o tecido estivesse agarrando a agulha de tal forma que a manipulação se torna
difícil. Durante o tratamento com acupuntura é a manipulação das agulhas que permite este
fenômeno de ‘Te Qi’, assim como o ‘Te Qi’ é utilizado como feedback para confirmar que a
formulada é que este agarramento que ocorre na agulha é decorrente de contração muscular
(Gunn e cols, 1976; Gunn, 1977). Portanto a única publicação que apóia esta hipótese, é uma
acupuntura, onde o ‘Te Qi’ foi classificado subjetivamente pelo acupunturista (Shangai Institute
of Physiology, 1973). Mais recentemente, Langevin e cols (2001), sugerem que esta hipótese é
falha e inválida, pois este fenômeno pode ser observado em regiões que não apresentam músculo
algumas vezes, durante o Te Qi , não é o mecanismo primário responsável por este fenômeno.
Portanto, tanto a pele, como os tecidos conectivos subcutâneos são estruturas mais
injúria provocada pela inserção da agulha. Porém , este fenômeno ocorre apenas 10 a 15 minutos
após a injúria (Walter & Israel, 1987; Cotran e cols, 1994), sendo que o ‘Te Qi’ é observado
segundos após a inserção e manipulação da agulha. Desta forma, esta resposta fisiológica não
estaria ligada diretamente ao fenômeno do ‘Te Qi’, mas sim aos efeitos tardios da acupuntura,
minutos, leva a polimerização de actina solúvel e formação de fibras de actina ativas com
funções fisiológicas diversas (Kolodney & Wysolmersky, 1992), porém se esta rápida mudança
bidirecional, e não rotação), retirar as agulhas e medir a força de retirada (Fig 5), permitindo
assim condição experimental ideal, sem o bias do investigador. Neste experimento foi observada
a força de retirada da agulha manipulada para apenas uma direção, manipulada para as duas
direções e sem manipulação, comparadas entre si e entre grupos acupuntura e sham (pontos fora
dos pontos de acupuntura). Foi constatado maior força de retirada das agulhas inseridas no ponto
Este mecanismo, onde fibras colágenas se enrolam ao redor da agulha, por sua vez foi
demonstrado de forma ainda mais consistente por este mesmo grupo (Langevin e cols, 2002),
Figura 6 – Imagem histológica de tecido retirado da parede abdominal de rato após aplicação de
acupuntura com manipulação unidirecional da agulha. A e B é uma visão de corte transversal da
parede abdominal de ratos. A: acupuntura foi feita sem rotação da agulha. B: rotação unidirecional da
agulha. Scala de barras, 1mm. Adapatdo de Langevin e cols, 2002.
Por outro lado, o ponto de acupuntura quando comparado a regiões adjacentes, apresenta
terminações nervosas livres e encapsuladas, tem correlação com áreas de divisão do nervo em
seus ramos (locais estes com maior concentração de tecido conectivo), localiza-se junto à
exteriorização dos nervos através dos forâmenes ósseos e apresenta maiores concentrações de
regiões adjacentes facilitando a formação de potencial de ação nas fibras nervosas locais, que
conduzem estes estímulos ao sistema nervoso central. Estas regiões já vinham sendo estudadas
por diversos autores no campo da eletrofisiologia (Brown e cols, 1974; Lu e cols, 1975;
Reichmanis e cols 1976), porém só atualmente constatou-se que são áreas coincidentes com a
descrição dos pontos de acupuntura (Wei, 1979; Becker & Selden, 1985; Yamamura e cols,
1997) .
1- Lesão tissular: que determina uma reação orgânica mais lenta e duradoura
regeneração cicatricial dos tecidos lesados, que assegura o efeito da acupuntura no período de até
15 dias após a inserção, tempo este coincidente com o processo cicatricial orgânico (Yamamura,
1995).
delta e C, e às vezes fibra A-gama (Dornette, 1975; Zonglian, 1986; Kendal, 1989; Yamamura e
cols, 1997). Estimula também receptores situados nas articulações, órgão tendinoso de Golgi e
Desta forma o que se processa no nível do Sistema Nervoso Central depende do estímulo
periférico. A percepção começa em células receptoras que são sensíveis a algum tipo de estímulo
em particular, sendo que a maioria das sensações está associada a um tipo específico de estímulo.
Por exemplo, a luz que chega aos nossos olhos como um pequeno comprimento de onda é
percebido como azul, o açúcar na nossa língua é percebido como doce assim como uma picada
descrito anteriormente, ocasiona deformação da matriz extracelular. Esta por sua vez
desencadeia uma variedade de respostas que variam desde contração celular, expressão gênica,
explicam os múltiplos efeitos que esta terapia produz. Sendo o sistema nervoso específico em
relação à via de condução dos estímulos, conseqüentemente as respostas também são específicas.
Uma simples agulha inserida num determinado ponto de acupuntura deflagra um potencial de
53
ação, que percorre um extenso e complexo circuito neurofisiológico até alcançar uma área
específica no SNC. A partir do SNC, vias eferentes trazem de volta o estímulo para a área
Nervoso Central (SNC) (encéfalo e medula espinhal) [Peet & Pomeranz, 1978; Ernest & Lee,
1985; Andersson, 1993; Abad-Alegria e cols, 1995], quanto do Sistema Nervoso Periférico
(SNP) (nervos somáticos e sistema nervoso autônomo) [Liao e cols, 1980; Noguchi & Hayashi,
As bases científicas dos mecanismos de ação da Acupuntura vêm sendo consolidadas nas
últimas quatro décadas, principalmente no que diz respeito ao controle da dor com descrições
cada vez mais detalhadas sobre as vias neuronais, estruturas encefálicas estimuladas e
neurotransmissores liberados pelo estímulo da Acupuntura (Peets & Pomeranz, 1978; Takeshige
No início das investigações científicas, por volta de 1960, alguns mediadores químicos
foram sugeridos como responsáveis pelo efeito analgésico provocado pela acupuntura. Esta
primeira hipótese foi confirmada inicialmente por um estudo em coelhos em que se injetou o
acupuntura, abriu um amplo campo de pesquisa. Mayer e cols, 1977 e Pomeranz & Chiu, 1976,
estão entre os primeiros a demonstrar que os efeitos analgésicos da acupuntura eram bloqueados
pela naloxona, substância antagonista de receptores opiódes, tanto em estudos em animais como
em humanos. Posteriormente foi demonstrado que a naloxona só era capaz de bloquear os efeitos
analgésicos induzidos pela eletroacupuntura de baixa freqüência (4Hz), mas não de alta
freqüência (200Hz), sugerindo que os estímulos de baixa freqüência eram responsáveis pela
liberação de endorfinas, sendo que estímulos de alta freqüência agiriam por outras vias diferentes
elucidar várias dúvidas remanescentes acerca dos mecanismos analgésicos da acupuntura (Han,
2004), sendo que estudos recentes demonstram que apenas a dinorfina é liberada por estimulação
55
analgésico da acupuntura, assim como uma evolução no concerne ao tratamento, pois constatou-
comparada a estimulação em apenas uma dada freqüência (Chen e cols, 1994). Hamza e
intercalada (2Hz e 100Hz), em contraste com a diminuição de 32% e 35% alcançada pela
sendo a serotonina a próxima substância a ser descrita e amplamente estudada (Han e cols,
1979). Alguns estudos demonstraram que a serotonina é um importante mediador dos efeitos
que uma única sessão de acupuntura aumentava a síntese de serotonina assim como a expressão
da enzima triptofano hidroxilase no núcleo dorsal da rafe em ratos. Sugai e colaboradores (2004)
gastrointestinal..
síndrome de ovário policístico, sugerindo que a EA atua modulando o sistema nervoso simpático
56
hiperativo, responsável pela elevada esteroidogênese patológica presente nesta síndrome. Este é
acupuntura foi eficaz em eliminar a ativação simpática produzida por estresse mental em
Através dos diversos estudos neurofisiológicos sobre a Acupuntura, pode-se concluir que
provocados pela Acupuntura assim como na sua grande maioria eram estudos experimentais.
especulados, juntamente com a melhora metodológica dos estudos clínicos (Sallstrom e cols,
como a ressonância nuclear magnética funcional (fMRI) e a tomografia por emissão de pósitron
(PET), a investigação ativa de estruturas encefálicas envolvidas nos mais diversos tipos de
processos tanto fisiológicos como também patológico, se tornou possível (Gelnar e col, 1999;
estruturas encefálicas detectadas por fMRI (Cho e cols, 2000a, Cho e cols 2000b). Neste estudo
foi demonstrado através de fMRI, que a estimulação do acuponto B-67 (Zhiyin) (indicado para
patologias oculares) (Stux, 1987) ativava o córtex visual similarmente a um estímulo visual
previamente observado, em contraste ao estímulo ‘sham’ (área fora do ponto de acupuntura), que
acupuntura através de fRMI e também PET Scan (Wu e cols, 1999). Hui e col, 2000,
demonstraram através de estudo com fMRI, que a acupuntura tem ação moduladora sobre o
contraste com a EA aplicada em não ponto. Ativou também outras regiões encefálicas como o
hipotálamo e desativou regiões como o córtex cingular anterior, regiões estas relacionadas à
58
modulação da dor, comprovando estudos como o de Biella e cols (2001) que demonstraram que
Assim como o estudo de Hsieh e cols (2001) que através de um estudo com PET Scan
analgesia.
do ponto de acupuntura através de fMRI comparando três grupos distintos (acupuntura real,
sham- inserção da agulhas em não ponto de acupuntura, e estímulo tátil) e observaram que o
estímulo tátil e sham ativaram as mesmas estruturas encefálicas, contrastando com estímulo do
ponto de acupuntura. Observaram ainda que o ponto de acupuntura estimulou importantes áreas
pelo alívio de sintomas como náuseas e vômito particular deste ponto utilizado (CS-6 - Neiguan).
Observamos desta forma que os diversos estudos existentes são realizados em indivíduos
sadios, sem patologia de base, e na sua grande maioria, referentes ao mecanismo analgésico da
já sendo relatado a sua eficácia para tratar diversos distúrbios de diversos sistemas orgânicos,
Justificativa e Objetivo
60
4.1. Justificativa
acupuntura, principalmente no que se refere à sua atuação moduladora sobre o Sistema Nervoso
Além do que, a demanda de pacientes que procuram esta técnica terapêutica tem crescido
bastante, o que induz a comunidade científica comprovar a eficácia deste tratamento, validando-
4.2. Objetivo
Metodologia
5. Metodologia
5.1. Amostragem
Foram estudados 36 pacientes portadores de SAHOS de grau moderado (15 < índice de
idade dos pacientes variou de 31 a 75 anos. Destes pacientes, 26 finalizaram o estudo cumprindo
todo o protocolo. Dos 10 pacientes que não finalizaram o estudo, 7 foram excluídos por alteração
do protocolo de pesquisa (inicialmente tinha sido proposto 2 aplicações semanais por 10 semanas
– observamos que isto é impraticável na nossa amostra). Um paciente foi excluído por procurar o
serviço de Acupuntura do Hospital São Paulo e iniciar tratamento para dor. Os outros dois
pacientes desistiram e/ou faltaram mais de 2 sessões durante o tratamento Sham, e foram
Foram excluídos:
segundo a idade, sexo, raça, altura, peso e índice de massa corpórea (Tabela 1). É um ensaio
clínico, controlado com grupo placebo, randomizado, simples cego, seguindo as normas básicas
R
Pacientes do Grupo 3 meses
A AVALIAÇÃO
ambulatório de A Acupuntura
N
apnéia obstrutiva V
D
do sono do A
O
Departamento de L
M Grupo
Psicobiologia- I 3 meses AVALIAÇÃO
I Acupuntura
Instituto do Sono A
Z Sham
da UNIFESP, com Ç
A
diagnóstico de Ã
Ç
SASO moderada O
Ã
Grupo 3 meses
O AVALIAÇÃO
Controle
ano de pesquisa foi instituído sistema computadorizado no Instituto do Sono onde todos os dados
64
Assim que se selecionava um grupo de pacientes (4 a 5 pessoas por vez) pela inclusão de
todos os parâmetros propostos (Tabela 3), estes eram contatados por telefone. Neste primeiro
contato explicava-se sobre a pesquisa e perguntava sobre seu interesse em participar. Caso
positivo marcava-se a entrevista inicial. Neste primeiro passo, a pesquisadora G.C.M.S. sorteava
estes pacientes que aceitavam participar da pesquisa nos 3 grupos, e codificava suas fichas de
atendimento (por ex.: grupo acupuntura *; grupo sham #; grupo controle – nada) (Anexo65). Em
seguida a pesquisadora A.O.F. entrevistava, avaliava os pacientes (se seriam realmente incluídos
Se pertencente ao grupo controle, o paciente era encaminhado para realização dos exames e
retornava após 3 meses para reavaliação. Se do grupo Acupuntura ou Sham o paciente era
Todos os pacientes receberam orientações sobre higiene do sono (evitar ingerir álcool
antes de dormir, evitar alimentar-se à noite - no mínimo 2 horas antes de ir para a cama, evitar o
decúbito dorsal e preferir o decúbito lateral durante o sono), assim como orientações dietéticas
(evitar frituras, evitar comer à noite, comer mais verduras e frutas) seguindo o protocolo
instituído no ambulatório do sono. Desta forma todos os pacientes foram encorajados a ter um
estilo de vida mais saudável, porém não nos atemos a enfatizar nenhum aspecto em particular,
isto é, não houve estímulo persistente para a realização de dietas ou exercícios físicos.
5.3. Avaliação
65
estes parâmetros foram realizados no início e no final do estudo de cada paciente como
5.3.1.Protocolo clínico
aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de São Paulo (anexo 8).
5.3.2.Avaliação polissonográfica
O registro polissonográfico foi iniciado por volta das 22hs e encerrado às 7hs. Todos os
pacientes foram orientados a não ingerirem substâncias como cafeína e medicações β-agonistas
um dia antes do estudo. As variáveis do sono foram colhidas e gravadas com o uso de
(Sonolab Meditron, São Paulo-BR) com freqüência de amostragem de 256Hz/s por canal. Um
total de 4 derivações de EEG (C3-A2, C4-A1, Fz-A1, O1-A1), 2 canais de eletro-oculograma (C3), 2
66
canais de eletromiograma (mento e pernas) e uma derivação de ECG (V2 modificada) foram
colhidas.
O registro da atividade elétrica cerebral foi feito por meio de eletrodos no couro cabeludo
que obedece ao sistema convencional denominado de 10-20 (Jasper, 1958), uma vez que se
baseia em distâncias relativas (10% e 20%). O registro dos movimentos oculares foi feito por
respectivamente do lado esquerdo e direito, podendo dessa forma captar movimentos oculares
horizontais e verticais. Para registro da contração muscular utilizamos três eletrodos aderidos nas
A respiração foi monitorada com: a) cânula nasal com medição de fluxo por transdutor de
sono descritas por Rechtschaffen & Kales (1968). Determinou-se tempo total de
sono, latência para o início do sono, latência para o início do sono REM,
forma que não se contatavam, pois assim que chegavam já eram encaminhados para a sala onde
eram instruídos a se prepararem para a aplicação. Deveriam estar vestidos com roupas
Todos os pacientes tanto do grupo Acupuntura como do grupo Sham eram tratados da
mesma foram. Eram perguntados como estavam se sentindo e tinham suas línguas e pulsos
para os praticantes da Medicina Chinesa, não fazendo parte dos objetivos desta tese.
agulhas, sendo que o paciente permanecia 30 minutos agulhados. As agulhas eram descartadas
em lixo hospitalar após a aplicação. Desta forma, o tempo médio que o paciente permanecia
entretido com a Acupuntura era em média 50 minutos/semanais (só com esta atividade, sem
O grupo acupuntura foi tratado nos pontos descritos na tabela abaixo. Estes pontos foram
escolhidos por apresentarem certas características como, tonificação de toda ‘energia corporal’,
sistematicamente similares aos descritos nos textos tradicionais (Nghi, 1985; Yamamura, 1993).
Todos os acupontos forma inseridos e manipulados até ser atingido o Te Qi (sensação já descrita
anteriormente).
Pontos unitários Pontos dos braços e Pontos das pernas Pontos da face
(linha mediana) punhos (bilateral) e pés (bilateral) (bilateral)
VG 20 - Bahui IG 4 - Hegu R 6- Zhaohai IG 20 - Yingxiang
E 40- Fenglong
O grupo Sham foi tratado em pontos localizados fora dos canais de energia, localizados 4
cm dos pontos descritos acima (Figura XX). Inseriu-se a mesma quantidade de agulhas que o
69
grupo acupuntura. Os pontos localizados na linha anterior (VC-17, VC-23, VG-20) foram
inseridos nos intervalos entre um ponto e outro. As agulhas eram inseridas e não se fazia
1995).
Para avaliarmos possíveis diferenças para cada variável previamente definida dentro de
cada grupo (Acupuntura, Sham e Controle) na fase inicial e na fase final, usamos o teste não
Para avaliarmos possíveis diferenças entre os grupos para cada variável usamos o teste
Nestes testes definimos a variável ∆% = depois – antes/ antes X 100, pois usando-se apenas o
valor absoluto da diferença poderíamos ter valores numéricos iguais com significados diferentes.
70
A título de exemplo: uma diferença de 20 para 15 igual a 5 não tem o mesmo significado de uma
diferença de 10 para 5 cujo resultado também é 5. No primeiro caso essa diferença 5 corresponde
a uma queda de 25% enquanto que no segundo caso essa mesma diferença 5 corresponde a 50%.
Wilcoxon, porém sendo uma variável puramente subjetiva mesmo usando a variável ∆%
poderíamos não ter precisão nos resultados. Neste caso não se aplicou o teste de Kruskal-Wallis
percentagens foram comparadas em uma tabela de contingência usando-se para o critério dor a
modalidade melhorou e outra modalidade permaneceu igual ou piorou. O teste aqui utilizado foi
Em todos os casos o nível de rejeição para a hipótese de nulidade foi considerado sempre
igual ou menor do que 0,05 (%). Considerando-se em alguns casos testes bicaudais e em outro
monocaudais.
pressupondo que as distribuições em causa, não se comportaram como curva de Gauss e portanto
Resultados
6. Resultados
estatísticos. As tabelas com os resultados individuais estão apresentadas nos anexos (anexo 6),
relação às características iniciais: idade, peso e índice de massa corpórea através da análise das
médias entre eles, não sendo necessário a realização de teste estatístico (Média da idade Acp=
56,4; Sham= 54,8; Ctl= 52,4. Média do peso Acp = 76,6; Sham= 73,4; Ctl= 75,0. Média do IMC
Tabela 5- Avaliação clínica dos pacientes do grupo acupuntura pré e pós-tratamento (tto)
Tabela 8- Avaliação clínica dos pacientes do grupo sham pré e pós-tratamento (tto)
Tabela 10- Parâmetros polissonográficos dos pacientes do grupo sham pré e pós-tratamento
(tto)
Tabela 11- Avaliação clínica dos pacientes do grupo controle antes e após os procedimentos
Tabela 13- Parâmetros polissonográficos dos pacientes do grupo controle pré e pós-
procedimentos
Grupos Teste
Parâmetros
Acupuntura Sham Controle Kruskal- Wallis Comparações
múltiplas
(n=10) (n=7) (n=9)
∆% ∆% ∆% x2calc p
Peso -0,02 -0,24 -0.47 0,070 0,965 -
Tabela 15- Comparação dos questionários de sonolência de Epworth e qualidade de vida (SF-36)
entre os 3 grupos
Grupos Teste
Parâmetros
Acupuntura Sham Controle Kruskal- Wallis Comparações
múltiplas
(n=10) (n=7) (n=9)
∆% ∆% ∆% x2calc p
Epworth 19,69 -3,40 -18,69 5,104 0,078 -
Saúde mental 64,80 20,15 -6,23 13,035 0,001* Acp > Ctl
80
Total = 26 11 15 42,3%
Não analisável
Grupos Teste
Parâmetros
Acupuntura Sham Controle Kruskal- Wallis Comparações
múltiplas
(n=10) (n=7) (n=9)
∆% ∆% ∆% x2calc p
Tempo total de sono 2,07 18,02 13,28 0,820 0,664 -
No de eventos respiratórios (ev) 44,74 -35,88 -55,63 13,320 0,001* Acp < Sh
Acp < Ctl
Duração máxima de ev 56,42 2,18 -90,02 13,133 0,001* Acp < Ctl
Saturação média O2 (%) 2,84 0,15 -0,57 10,778 0,005* Acp < Ctl
Saturação mínima O2 (%) 14,68 -0,18 -5,34 8,066 0,018* Acp < Ctl
81
Discussão
82
7- Discussão
A SAHOS é uma condição patológica que leva a uma diminuição da qualidade de vida
dos indivíduos, particularmente por atuar num aspecto primordial para o equilíbrio orgânico, o
sono. É durante este estado, de aparente inatividade, que as funções celulares se recompõem,
permitindo um novo ciclo de atividades (Oswald, 1962). Contudo, esta quiecência que ocorre
corticais que vão se tornando mais amplas e lentas até se tornarem extremamente lentas,
caracterizado por uma rica atividade encefálica porém uma importante atonia muscular (Jones,
1994). Estes dois diferentes estados do sono possuem implicações fisiológicas distintas, assim
como uma distribuição uniforme durante a noite. Isto é, o sono de ondas lentas (sono
sincronizado) é implicado na reparação das funções físicas e ocupa a maior porção do sono
(75%-80%), enquanto que o sono dessincronizado está mais implicado na reparação mental, e
influenciados pelo Sistema Nervoso Autônomo, sendo que o sistema respiratório sofre uma
particularmente alterado durante o sono dessincronizado, sendo que a respiração parece estar
relativamente livre do controle de feedback químico nesta fase, o que coincide com o maior
número de apnéias que ocorrem neste estágio (Douglas, 1994). Da mesma forma a pressão
83
arterial tende a reduzir, assim como a temperatura corporal (Parish & Shepard, 1990). O sistema
endócrino é também modulado pelo sono, sendo que o hormônio de crescimento tem um padrão
de secreção pulsátil durante o sono de ondas lentas. Já a prolactina tem uma maior liberação
durante o sono dessincronizado (Van Cauter, 1990). Diante destas importantes interconexões
existentes entre o sono e toda a fisiologia corporal, quais as conseqüências que um distúrbio que
leva a obstrução das vias aéreas superiores alterando o pH sanguíneo em decorrência das
pacientes com SAHOS o questionário de qualidade de vida SF-36 tem sido empregado mais
portuguesa (Ciconelli e cols, 1999). Diversos estudos têm demonstrado que estes pacientes
possuem uma baixa qualidade de vida expressa nas várias dimensões avaliadas por este
questionário tanto nos aspectos físicos, emocionais e sociais (Moyer e cols, 2001). No nosso
estudo observamos que a acupuntura foi eficaz em melhorar todas dimensões deste questionário,
porém com melhora estatisticamente significante nos domínios: aspectos físicos, dor, vitalidade,
e saúde mental. Sendo que o grupo sham teve uma melhora significativa na saúde mental, o que
Para fins comparativos nos encontramos bastante restritos, pois não existem trabalhos na
literatura que observem o tratamento da SAHOS com acupuntura relacionado qualidade de vida
e/ou polissonografia, exceto um trabalho chinês, escrito em mandarim, que demonstra a eficácia
Gentil, 2000, demonstrou que a aplicação de 10 sessões de acupuntura (1 vez por semana),
sedentários avaliados através de teste ergoespirométrico, assim como a qualidade de vida destes
indivíduos avaliados pelo questionário de vida SF-36, nos domínios: capacidade física, estado
geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais e saúde mental. Este estudo demonstrou melhora de
mais domínios do que o nosso, provavelmente por quê no primeiro foram incluídos indivíduos
saudáveis, sem nenhuma doença de base, em contraste com o nosso estudo. A SAHOS é
nosso trabalho demonstrou que a acupuntura teve efeito similar e até mesmo superior na melhora
de pacientes apnêicos nos domínios: vitalidade, aspectos sociais e saúde mental, corroborando
outros estudos (Piccirillo e cols, 1998; Engleman e cols, 1999). Neste estudo observou-se que a
paciente do que à severidade da doença, da mesma forma como a capacidade discriminativa dos
(parâmetro utilizado para estadiamento da doença), porém foram os pacientes que mais aderiram
saúde e utilizavam menos o CPAP e não reportaram melhora significativa na qualidade de vida.
melhora objetiva e subjetiva, em contraste com o trabalho citado. Isto se deve provavelmente ao
mas quando este já se encontra na ‘maca’, o tratamento independe da opinião que ele tenha de
sua saúde, pois o médico acupunturista é capaz de detectar através da análise da língua, pulso,
cores da face, textura da pele, temperatura abdominal, etc, detalhes do diagnóstico que não
precisam ser ditos, e desta forma institui o conjunto de pontos mais adequados, ou realiza apenas
alimentação específica. Desta forma o médico faz uma abordagem generalizada de todos os
aspectos da saúde do indivíduo, que acaba se refletindo em domínios outros que apenas as
queixas declaradas. De fato, foi o que observamos no nosso estudo, por exemplo no domínio dor.
Apesar de não termos individualizado o tratamento dos pacientes, como é realmente feito na
todos os pacientes. Em Medicina Chinesa isto seria uma heresia (Nghi, 1985), porém na
metodologia científica isto evitaria o bias, tornando a metodologia da pesquisa mais válida.
Contudo, mesmo utilizando este protocolo generalizado, e mesmo não tratando especificamente
o aspecto dor nestes indivíduos, observamos melhora deste aspecto. Levanta-se então a hipótese
de que se os pacientes tivessem recebido o tratamento individualizado poderiam ter uma melhora
ainda maior.
podemos correlacionar este efeito ao primeiro mecanismo de ação proposto para explicar os
como uma doença sistêmica e não mais uma simples patologia que envolva uma obstrução local,
sendo que diversos sistemas orgânicos estão envolvidos na sua patogenia. Mais recentemente,
86
Vgontzas e cols, 1997, observaram aumento sérico de duas citocinas que estão envolvidas na
resposta inflamatória, IL-6 e TNF-α (fator de necrose tumoral), assim como na modulação
fisiológica do sono (Moldofsky e cols, 1986) em pacientes com SAHOS, e este aumento
colaboradores (2002), demonstraram em ratos, que o nível de IL-6 e IL-1β foram reduzidos
significativamente após aplicação de acupuntura assim com a temperatura destes animais. Desta
forma podemos inferir que provavelmente a melhora da sonolência destes indivíduos ocasionada
pela acupuntura pode ser decorrente desta modulação da acupuntura sobre estas citocinas que
arquitetura do sono. Sabe-se que pacientes com SAHOS apresentam redução da eficiência do
sono devido aos múltiplos despertares durante a noite, aumento da latência do sono
dessincronizado (REM) assim como um aumento na sua porcentagem. Apesar destas duas
últimas variáveis não terem sido estatisticamente significantes, ficaram muito próximas da
latência do REM, sendo estatisticamente significante no grupo controle, demonstrando uma piora
indivíduos sadios (Douglas, 1994), sendo a média final no grupo controle de 162,8 minutos, e no
reduzido a zero, o que não ocorreu nos indivíduos dos outros grupos, o que correspondeu a uma
diminuição de 78% do índice de apnéia. O IAH foi reduzido em 50,5% o que ultrapassa a
percentagem aceita como valor de melhora de um dado tratamento (American Academy of Sleep
Medicine, 1992). O número de eventos respiratórios foram reduzidos em 43% assim como a
duração máxima desses eventos em 38%. A saturação mínima de O2 aumentou 2% o que foi
estatisticamente significante, assim como a saturação média que aumentou 12%. No grupo sham
não observamos nenhuma mudança significativa nos parâmetros polissonográficos com exceção
respiratórios, ocorrendo uma piora significativa no número de eventos respiratórios, assim como
com um placebo, neste caso CPAP ajustado a uma pressão ineficaz. Da mesma forma, Barnes e
IAH de 12,9/h para 4,3/h, após o ajuste adequado. Contudo, em todos estes trabalhos em que se
durante a utilização do aparelho, em contraste com a mensuração efetuada em nosso estudo, que
foi aproximadamente 15 dias após o último tratamento (última sessão de acupuntura). Sabe-se
que o CPAP só é eficaz enquanto está sendo utilizado, ocorrendo recidiva da sintomatologia com
a parada da sua utilização noturna (McArdle e cols, 1999). Neste estudo, demonstrou-se que a
discutidas acima, com uma amplitude igual e/ou até maior que aquela proporcionada pelo uso do
88
CPAP. Houve ainda uma vantagem adicional no que concerne ao tempo de tratamento, isto é, o
CPAP deve ser utilizado todas as noites, enquanto que a acupuntura foi um procedimento
executado semanalmente por um período de dez semanas (1 vez por semana). Apesar de não
termos investigado a durabilidade deste tratamento, por não ter sido objeto de nosso estudo,
podemos afirmar que a acupuntura foi eficaz na melhora clínica e polissonográfica destes
pacientes e que esta melhora teve uma duração de pelo menos duas semanas após o término do
tratamento.
Quando comparamos o nosso estudo com estudos com CPAP, encontramos um outro
maiores problemas em relação ao sucesso da terapia com o CPAP é a aderência (Palmer e cols,
multidisciplinar, o que acarreta maiores custos em termos de saúde pública. Em diversos casos a
aderência é pequena, e a utilização inadequada do aparelho torna esta terapia ineficaz, o que
(Pepperell e cols, 2002). No nosso estudo não observamos nenhuma desistência no grupo tratado
(grupo acupuntura), em contraste com outros estudos, em particular um estudo que durou
aproximadamente o mesmo período que o nosso e teve uma taxa de desistência de quase 33%
(14 pacientes de 42) sendo que cinco pacientes desistiram por intolerância ao CPAP (Barnes e
cols, 2002). Contudo observamos duas desistências no grupo sham, provavelmente por não
Não observamos nenhuma associação significativa entre o IAH e IMC, por conseguinte,
os efeitos benéficos proporcionados pela acupuntura não foram decorrentes de mudanças físicas
correlaciona-se significativamente com este tipo de gordura, mas não com a gordura subcutânea,
89
por exemplo, o tipo de gordura localizada na região do pescoço (Schäfer e cols, 2002). Sendo
subcutânea, mas não com a gordura visceral. Desta foram, analisando o peso como fator de risco
si, a circunferência de abdome é um dado mais fidedigno para observar a presença de gordura
visceral do que a medida simples do IMC. Contudo não observamos nenhuma alteração neste
parâmetro antropométrico nos pacientes do grupo acupuntura, o que seria de se esperar, pois este
possuíam altos níveis séricos de leptina (hormônio derivado de adipócitos) e quando foram
tratados com CPAP por seis meses, ocorreu uma queda significante destes níveis mas não no
IMC. No presente estudo não fizemos dosagens séricas de nenhuma substância relacionada a
tratamento da SAHOS, desta forma tivemos que adaptar um protocolo adequado que não existia
antes, o que nos levou a perder alguns pacientes que já se encontravam em tratamento pois
inicialmente havíamos proposto duas sessões semanais, o que se mostrou inacessível para a
nossa população (a grande maioria trabalhava). Contudo podemos especular que a acupuntura
provavelmente atuaria também diminuindo os níveis de leptina, pois se sabe que o aumento da
atividade simpática está associado a altos níveis deste hormônio, e a acupuntura atua
corroborando diversos outros estudos que demonstram o efeito modulador da acupuntura sobre
90
este sistema, como por exemplo, elevar a pressão sanguínea em pacientes hipotensos e
inversamente reduzir em pacientes hipertensos (Williams e cols, 1991; Nishijo e cols, 1997).
danos aos mais diversos sistemas (Narkiewicz & Somers, 1997). Estudos sobre quimioceptores,
demonstram uma ativação tônica destes receptores periféricos em pacientes apnêicos mesmo em
estado de saturação normal de oxigênio (normoxia), que estaria contribuindo para a manutenção
provocado pela acupuntura produz uma resposta reflexa em raízes nervosas simpáticas via o
simpáticos da adrenal tanto por vias excitatórias como inibitórias, que por conseguinte irá definir
sistema hipoativo (Sato & Scmidt, 1973), trazendo o equilíbrio para um sistema desequilibrado.
tratamento das mais variadas doenças, desde um extremo de fadiga intensa a outro extremo de
sobre o trato gastrointestinal. Similarmente, Lee e colaboradores (2002) demonstraram que uma
enzima triptofano hidroxilase no núcleo dorsal da rafe em ratos não exercitados. Apesar dos
mecanismos neurais que controlam a redução da atividade da musculatura dilatadora das vias
aéreas superiores não estar totalmente elucidado, sabe-se que há uma importante projeção de
91
neurônios serotoninérgicos do núcleo da rafe para motoneurônios da musculatura das vias aéreas
superiores, sendo durante o sono ocorre um declínio de suas atividades principalmente durante o
Azmitia, 1992). Estudos indicam que este circuito estaria funcionando de forma anormal em
pacientes apnêicos, promovendo um declínio maior que o normal do tônus muscular das vias
aéreas superiores (Kubin e cols, 1992), sendo que a administração de L-triptofano, um precussor
diminuíram o número de apnéias em alguns pacientes (Schmidt, 1982; Hanzel e cols, 1991).
Desta forma, todas estas observações nos impelem a propor a hipótese de que a melhora
estaria relacionada à liberação de serotonina no núcleo caudal da rafe, como descrito acima.
IAH sem contudo se relacionar com IMC. Svanborg e colaboradores (1993) também
demonstraram em estudo retrospectivo, que pacientes com SAHOS não tratados, apresentaram
uma elevação de 62% do número de dessaturações de oxigênio por hora, após 6 meses do
registro polissonográfico, sendo que neste caso houve uma correlação da piora com IMC. Inoue
não tratados, ou tratados insatisfatoriamente, principalmente nos casos de IAH maiores do que
20. No nosso estudo observamos uma piora de 55% no número de eventos respiratórios e uma
vários parâmetros medidos num intervalo de tempo de 3 meses. As questões éticas implicadas
que envolvam este grupo. No nosso caso particular, obtivemos autorização do comitê de ética em
pesquisa por quê a grande maioria dos pacientes pertencentes ao ambulatório de apnéia do sono
(UNIFESP) e que necessitam utilizar o CPAP, não têm condições financeiras de adquirir o
aparelho e desta forma, ou aguardam a doação de CPAPs , que ocorre de vez em quando, ou
comunicam-se com a assistente social e tentam adquirir o aparelho por preços mais acessíveis.
Contudo, podemos afirmar que são pouquíssimos os pacientes que têm acesso a este tratamento e
quando o têm a adesividade é outro grande problema. Desta forma a maior parte dos indivíduos
recebem apenas tratamento paliativo. São instruídos quanto a higiene do sono, à importância do
principlamente à Otorrinolaringologia. Desta forma observamos que os pacientes não têm acesso
ao tratamento que realmente traria benefícios, tanto no que concerne aos problemas
cardiovasculares desencadeados pela SAHOS quanto aos sintomas advindos da própria apnéia,
acupuntura no tratamento da SAHOS, e a torna uma opção terapêutica interessante, que pode ser
faz em 10 sessões, tem um custo de aproximadamente R$ 12,00 (doze reais) / U$ 4,00 (quatro
obra médica especializada, que atualmente é fornecida por boa parte dos hospitais públicos. É
também uma terapêutica que já possui comprovação científica suficiente sobre os seus benefícios
93
tanto físicos quanto mentais. Desta forma, apenas o fato de proporcionar uma qualidade de vida
mais digna ao paciente, já seria uma indicação conscienciosa desta terapêutica milenar.
94
Conclusões
95
8-Conclusões
3) O grupo controle teve significativa piora de seu quadro clínico ao longo dos 3
meses de duração do presente estudo, indicando a natureza progressiva da
SAHOS.
Anexos
97
ANEXO 1 - Aprovação do projeto pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de São Paulo.
98
Os participantes serão divididos por sorteio nos 3 grupos a serem estudados. Em qualquer
etapa do estudo você terá acesso aos profissionais responsáveis pela pesquisa para
esclarecimento de eventuais dúvidas. A principal investigadora é a Dra. Anaflávia de Oliveira
Freire, que pode ser encontrada na Rua Botucatu 862, edifício de Ciências Biomédicas 5O andar,
tel: 011-55764513. Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa
contactar o Comitê de Ética em Pesquisa, Rua Botucatu 572, 1O andar cj 14, tel: 011-55711062.
As informações obtidas serão analisadas em conjunto com outros pacientes, não sendo
divulgado a identidade de nenhum paciente, sendo que todos os pacientes terão direito de
manterem-se informados dos resultados parciais da pesquisa. Os dados obtidos e o material
coletado serão utilizados apenas para esta pesquisa.
99
Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou que
foram lidas para mim sobre o “Estudo comparativo do tratamento clínico da síndrome de apnéia-
hipopnéia obstrutiva do sono pela Medicina Ocidental e pela Acupuntura”. Eu discuti com a Dra.
Anaflávia de Oliveira Freire sobre minha decisão em participar nesse estudo, e ficaram claros
para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus
desconfortos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro
também que minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia do acesso a tratamento
hospitalar quando necessário. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei
retirar meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade ou
prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido, ou no meu atendimento neste
serviço.
___________________________________ Data___/____/____
__________________________________ Data___/____/____
Assinatura da testemunha
______________________________ Data___/____/____
RECRUTAMENTO:
Nome: Sexo:
EXAME FÍSICO:
APLICAÇÕES:
1- 6-
2- 7-
3- 8-
4- 9-
5- 10-
NOME:------------------------------------------------------------------------ IDADE:-----------
TEL:-----------------------
Instruções: Esta pesquisa questiona você sobre sua saúde. Estas informações nos manterão
informados de como você se sente e quão bem você é capaz de fazer suas atividades de vida
diária. Responda cada questão marcando a resposta como indicado. Caso você esteja inseguro
em como responder, por favor tente responder o melhor que puder.
Excelente------------------------------------------------------------------ 1
Muito boa------------------------------------------------------------------ 2
Boa--------------------------------------------------------------------------3
Ruim------------------------------------------------------------------------4
Muito Ruim----------------------------------------------------------------5
2. Comparada a um ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral agora ?
3. Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia
comum. Devido a sua saúde, você tem dificuldade para fazer essas atividades ? Neste caso,
quanto ?
i. Andar um quarteirão 1 2 3
4. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com o seu trabalho
ou com alguma atividade diária regular, como conseqüência de sua saúde física?
Sim Não
5. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com o seu trabalho
ou outra atividade diária, como conseqüência de algum problema emocional (como sentir-se
deprimido ou ansioso) ?
Sim Não
6. Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais
interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação a família, vizinhos, amigos ou
em grupo?
(circule uma)
( circule uma)
.Nenhum..............................................................................................1
.Muito leve ..........................................................................................2
.Leve ...................................................................................................3
.Moderada ..........................................................................................4
.Grave .................................................................................................5
.Muito grave ........................................................................................6
8. Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com o seu trabalho normal
(incluindo tanto o trabalho, fora de casa e dentro de casa)?
(circule uma)
.De maneira.................................................................................1
. Um pouco .................................................................................2
. Moderadamente .......................................................................3
. Bastante ...................................................................................4
. Extremamente ..........................................................................5
105
9. Estas questões sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as
últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma resposta que mais se aproxime da
maneira como você se sente. Em relação as últimas 4 semanas.
A Uma Uma
Alguma
maior boa peque
Todo parte
parte parte na parte Nunca
tempo do
do do do
tampo
tempo tempo tempo
10. Durante as ultimas 4 semanas quanto do seu tempo a sua saúde física ou problemas
emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc.)?
(circule uma)
11. O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
A
Definitiva- A maioria maioria
Definitiva-
mente das vezes Não sei das
mente falso
verdadeiro verdadeiro vezes
falso
Questão Pontuação
02 Soma normal
03 Soma normal
04 Soma normal
05 Soma normal
08 Se 8= 1 e, 7= 1 6
Se 8= 1 e 7= 2 a 6 5
Se 8= 2 e 7= 2 a 6 4
Se 8= 3 e 7= 2 a 6 3
Se 8= 4 e 7= 2 a 6 2
Se 8= 5 e 7= 2 a 6 1
Se a questão 7 não for respondida, o que escore da questão 8 passa a ser o seguinte:
1= 6,0
2= 4,75
3= 3,5
4= 2,25
5= 1,0
10 Soma normal
11 a, c = valores normais
108
b, d = valores invertidos
Capacidade funcional 3 (a + b + c + d + e + f + g + h + i + j) 10 e 30 20
Dor 7+8 2 e 12 10
Vitalidade 9 (a + e + g + i) 4 e 24 20
Aspectos sociais 6 + 10 2 e 10 8
Saúde mental 9 (b + c + d + f + h) 5 e 30 25
RAW SCALE:
Exemplo:
20
CF= 55
109
Leia com atenção: Qual a probabilidade de você “cochilar” ou adormecer nas situações que serão
apresentadas a seguir, em contraste de estar sentindo-se simplesmente cansado? Isto diz respeito
ao seu modo de vida comum nas condições atuais. Ainda que você não tenha feito ou passado
por nenhuma destas situações, tente calcular como poderiam tê-lo afetado. Utilize a escala
apresentada a seguir para escolher o número mais apropriado para cada situação.
TOTAL .................................................................................._____________________
* As pessoas que não dirigem automóveis não respondem a esta pergunta, sendo que o total de
pontos é então adaptado.
6. Observação - Nos casos de procedimento de sangria dos pontos de acupuntura, uso de luva é
obrigatório.
Resultados
Quadro 1- Característica dos pacientes do grupo acupuntura no início do estudo
PESO IMC CA CP
A D A D A D A D
PESO IMC CA CP
A D A D A D A D
PESO IMC CA CP
A D A D A D A D
A D A D A D A D A D A D A D A D A D
LLN 25 0 50 85 100 100 22 100 35 82 30 100 37,5 100 66,6 100 24 100
FRO 22 14 20 30 25 25 32 22 40 20 5 10 0 25 33,3 0 28 36
WV 17 20 75 70 0 25 41 51 52 72 20 30 50 50 33,3 66,6 32 48
A D A D A D A D A D A D A D A D A D
TT 7 9 55 60 100 50 84 84 87 87 55 45 75 25 100 0 64 52
LT 18 20 60 70 25 50 52 84 72 77 55 65 50 75 33,3 33,3 60 76
A D A D A D A D A D A D A D A D A D
MS 13 20 35 35 0 0 22 41 45 45 25 30 50 75 0 33,3 60 64
RAV 15 16 95 85 0 25 41 62 67 67 35 35 62,5 75 0 0 56 52
NGC 11 17 50 45 0 0 31 31 30 35 40 35 25 25 0 0 28 24
IGS 9 11 30 50 0 0 51 41 45 45 40 45 25 50 0 0 40 36
119
A D
A D A D A D A D A D A D A D A D
EMR 320,0 40,0 8,5 3,5 98,0 190,5 77,0 75,1 2,0 6,2 70,2 53,1 12,0 26,6 15,8 14,1 23 55
LLN 382,0 484,0 7,5 6,0 45,0 52,5 93,1 95,7 3,4 8,5 50,1 50,1 22,9 14,6 23,6 26,9 50 75
CV 318,0 222,0 16,5 8,0 90,5 74,0 63,0 59,7 12,6 7,7 52,5 72,7 14,9 1,1 20,0 18,5 140 68
SDA 354,5 397,0 15,5 1,5 113,0 8,0 83,9 90,2 4,8 5,0 57,1 43,3 25,5 26,7 12,6 24,9 117 110
FRO 347,0 416,5 22,0 6,0 150,0 67,0 78,8 79,6 11,4 7,0 70,5 58,5 13,0 15,4 5,2 19,2 91 99
ESM 335,5 397,5 8,0 0,0 169,0 149,0 78,2 93,4 6,0 2,0 53,2 60,9 19,8 21,5 21,0 15,6 20 84
ALG 406,5 356,0 2,5 4,0 72,0 59,5 87,6 93,3 3,8 6,2 67,3 65,7 10,9 6,5 18,0 21,6 118 79
TLS 307,0 450,5 35,5 0,5 253,5 73,5 68,0 89,5 7,5 3,8 76,5 46,9 10,1 41,5 5,9 7,8 119 70
WV 350,5 359,5 6,5 8,5 107,5 127,0 76,4 86,1 10,8 5,1 55,3 33,1 14,4 40,9 19,4 20,9 130 115
ZSS 377,0 468,5 14,0 6,0 123,0 4,5 87,6 94,3 5,4 3,1 56,2 52,5 15,1 12,6 23,2 31,8 113 98
120
A D
A D A D A D A D A D A D
EMR 17,3 5,6 10,9 0,0 6,4 5,6 92 32 63,4 26,8 94,0 99,0 82,0 88,0
LLN 17,0 8,9 11,0 0,0 6,0 8,9 109 72 33,7 38,3 93,0 96,0 77,0 87,0
CV 17,0 7,0 9,0 2,0 8,0 6,0 92 27 118,5 44,5 94,0 94,0 86,0 90,0
SDA 20,0 2,3 8,0 0,0 13,0 2,3 120 15 110,0 23,5 96,0 96,0 85,0 86,0
FRO 18,0 6,6 3,0 0,0 15,0 6,6 105 46 117,0 22,8 91,0 94,0 53,0 86,0
ESM 18,0 9,2 12,0 1,4 6,0 7,8 101 61 104,5 35,5 89,0 95,0 75,0 86,0
ALG 21,0 20,0 15,0 12,0 7,0 8,0 144 116 116,5 94,5 92,0 96,0 62,0 81,0
TLS 29,0 18,8 0,0 0,0 29,0 18,8 149 141 107,0 27,3 91,0 94,0 78,0 65,0
WV 25,0 11,3 8,0 2,2 17,0 9,2 145 68 117,5 30,0 93,0 94,0 85,0 89,0
ZSS 17,0 11,1 7,0 0,0 10,0 11,1 104 87 109,0 38,5 95,0 96,0 68,0 85,0
121
A D
A D A D A D A D A D A D A D A D
EMP 351,0 424,5 0,5 3,0 276,0 249,0 77,5 94,0 7,3 2,3 58,1 66,3 21,1 23,8 13,5 7,7 75 76
IZ 302,5 354,5 34,0 18,0 137,0 124,5 71,3 91,1 7,9 6,1 65,8 42,2 7,1 41,3 19,2 10,4 226 179
TT 292,5 427,0 19,0 10,5 83,5 91,0 75,5 90,9 5,2 5,3 60,8 68,5 21,5 13,4 10,4 12,9 119 166
ML 318,5 341,5 10,0 12,0 99,0 145,5 75,8 88,6 1,9 1,2 64,4 51,1 15,4 29,1 18,4 18,6 129 111
PI 381,0 417,5 32,0 6,0 50,0 144,5 80,2 89,7 4,6 1,4 52,6 53,8 21,9 15,8 20,9 15,8 98 66
LT 345,2 387,0 0,0 0,0 33,7 34,0 83,9 84,3 3,6 16,9 57,0 51,6 15,9 10,6 23,5 20,9 189 299
CR 255,5 289,0 43,0 13,5 261,0 242,0 67,0 67,4 12,3 15,0 75,0 72,0 2,7 2,4 10,0 10,5 149 256
AAO 394,5 do 10,5 do 66,0 do 81,5 do 5,3 do 54,8 do 22,3 do 17,6 do 135 do
WCF 399,5 do 36,0 do 105,5 do 72,8 do 16,4 do 55,8 do 15,3 do 12,5 do 150 do
122
A D
A D A D A D A D A D A D
EMP 16,0 13,0 4,0 5,0 12,0 9,0 93 95 102,5 103,5 96,0 94,0 62,0 61,0
IZ 29,0 11,4 4,0 1,7 24,0 9,7 144 67 119,0 101,0 96,0 96,0 62,0 67,0
TT 28,7 42,7 5,3 21,5 23,4 21,2 140 304 117,5 119,0 94,0 94,0 65,0 75,0
ML 19,0 21,1 5,0 0,0 15,0 21,1 101 120 119,0 39,0 96,0 98,0 86,0 60,0
PI 18,0 24,7 10,0 1,0 8,0 23,7 116 172 117,5 52,5 96,0 98,0 66,0 75,0
LT 22,4 32,0 11,8 25,0 10,6 7,0 129 206 53,6 108,5 94,0 93,0 87,0 85,0
CR 18,0 27,3 9,6 13,2 8,4 14,1 111 176 101,5 119,5 93,0 93,0 72,0 69,0
A D
A D A D A D A D A D A D A D A D
HMS 430,5 387,5 1,0 3,0 278,5 289,5 88,3 87,0 7,5 1,3 62,1 68,1 17,2 21,2 13,1 9,4 187 387
MS 347,5 334,5 15,0 3,5 161,0 229,0 85,0 93,0 5,8 4,2 61,3 65,9 22,0 16,6 10,9 13,3 240 222
JMS 372,0 512,0 1,5 4,0 89,5 92,0 89,5 94,5 4,7 3,9 66,7 53,5 16,1 22,6 12,5 20,0 113 105
RAV 398,0 389,0 2,5 2,0 95,5 130,5 86,6 96,0 5,6 2,4 54,9 69,5 21,0 13,8 18,5 14,3 247 180
MGS 427,5 409,0 5,5 3,5 137,5 154,0 94,4 92,8 4,2 3,3 36,1 54,0 38,7 25,9 20,9 16,7 111 42
SFS 278,5 465,5 8,0 5,5 97,5 77,0 62,4 93,8 10,2 16,2 63,4 42,3 8,8 15,4 17,6 26,1 24 87
SDN 240,5 354,5 52,5 15,5 82,5 113,0 59,5 83,9 5,8 4,8 55,5 57,1 22,2 25,5 16,4 12,4 58 117
NGC 352,5 328,5 76,0 2,0 186,0 194,5 71,6 90,9 11,6 5,9 52,3 58,9 19,4 20,9 16,6 14,3 127 117
IGS 387,5 362,5 7,5 48,0 174,5 185,5 85,3 76,9 8,5 8,0 60,5 41,2 23,2 38,5 7,7 12,3 168 189
124
A D
A D A D A D A D A D A D
HMS 27,0 63,0 11,0 3,7 16,0 59,3 194 407 58,5 58,8 96,0 97,0 86,0 75,0
MS 28,0 50,0 10,0 23,0 18,0 27,0 104 276 120,0 108,5 96,0 95,0 79,0 81,0
JMS 21,0 29,8 9,0 3,8 12,0 26,0 131 254 82,5 102,0 96,0 95,0 88,0 81,0
RAV 20,0 23,0 0,0 0,0 20,0 23,0 131 146 65,0 75,0 98,0 97,0 92,0 92,0
MGS 19,1 9,7 0,0 0,1 19,1 9,6 136 66 23,0 55,8 95,0 97,0 85,0 77,0
SFS 16,8 11,7 2,7 0,1 14,1 11,6 78 91 40,8 35,8 96,0 92,0 87,0 81,0
SDN 15,0 20,0 3,0 8,0 12,0 13,0 52 120 86,0 110,0 94,0 94,0 86,0 85,0
NGC 18,0 21,0 9,0 10,0 9,0 11,0 105 106 84,5 91,0 95,0 94,0 89,0 88,0
IGS 19,0 26,0 9,0 5,0 10,0 21,0 125 154 10,5 75,0 96,0 96,0 89,0 79,0
125
Referências
126
8 Referências
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150
Abstract
9. Abstract
blind study. SETTING: Department of Psychobiology, Federal University of São Paulo, Brazil.
assigned to 3 groups: acupuncture group (mean age, 56.4 +/- 11.4 years; mean body mass index,
27.7 +/- 4.4 kg/m2); sham group (submitted to treatment with needle insertion in non acupoints)
(mean age, 54.8+/- 11.3 years; mean body mass index, 28.2 +/- 4.6 kg/m2); and the control group
(mean age, 52.4 +/- 10.2 years; mean body mass index, 29.1 +/- 4.8 kg/m2). Twenty-six patients
by needle manipulations for the acupuncture group; needle insertion outside of acupoints and no
151
manipulations for the sham group. Inserted needles were left in situ for 30 minutes in all patients.
questionnaires of functional quality of life (SF-36) and excessive daytime sleepiness (Epworth).
The AHI (before 19.9; after 10.1. P= 0.005) and the number of respiratory events (before 116.1;
after 66.5. P= 0.005) decreased significantly in the acupuncture group, but not in the placebo
group (sham). In the other hand, the control group had a significant deterioration in some of the
an effective and low cost treatment for OSAS and the treatment of this condition should be
Key Words: acupuncture, obstructive sleep apnea syndrome, quality of live, excessive daytime
sleepiness, polysomnography.
152
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