Valter José G. Da Silva - TEOLOGIA DO JEJUM E DA ORAÇÃO
Valter José G. Da Silva - TEOLOGIA DO JEJUM E DA ORAÇÃO
Valter José G. Da Silva - TEOLOGIA DO JEJUM E DA ORAÇÃO
S E T E F A
Seminário Teológico Pr. Dr. Eliseu Feitosa de Alencar
Ficha técnica
CORPO ADMINISTRATIVO
Presidente - Pr. Valdemar de Jesus Silva
Vice Presidente - Pr. Sebastião Araújo da Silva
Diretor administrativo - Pr. Valter José Gimenes da Silva
Conselho fiscal:
Pr. Francisco da Silva Valentim
Pr. Marivalter Hermógenes
Pr. Elias Quirino Souza dos Santos
Revisão Teológica:
Pr. Moisés Madeira da Silva
Pr. Raimundo de Souza Mendes
Pr. Marivalter Hermogenes
Pr. Ademar Ferreira Junior
Pr. Josafá Feitosa da Silva
Suplentes:
Pr. Hélio Lopes
Pr. Pedro Madureira
Matéria: Cedida pelo Seminário Teológico Paulo Leivas Macalão, com a devida
autorização de seu Presidente Bispo Manuel Ferreira.
• Acalma a mente
• Torna mais claros os pensamentos
• Eliminação de toxinas físicas, causadas pelos alimentos.
• Bem - estar físico
• Desenvolvimento da autodisciplina e da força de vontade
• Aumento da auto - estima
• Aumenta a energia e a vitalidade do corpo
O jejum não é uma doutrina, ou seja, não precisamos jejuar para adquirir a salvação. No
Antigo Testamento, mais precisamente na lei Mosaica, os judeus tinham um dia especifico para
jejuar: o “Dia da Expiação” (Lv. 23. 27), que também ficou conhecido como “o dia do jejum”
(Jr. 36. 6), do qual o Apóstolo Paulo se referiu como “o jejum” (At. 27. 9). Vejamos que não há,
nem no Antigo, nem Novo Testamento uma única ordem acerca de jejuarmos. Contudo, apesar
de não haver um imperativo ou uma determinação acerca desta prática, a Bíblia faz muitas
menções ao jejum. A Bíblia relata não apenas as pessoas que praticaram o jejum, ela descreve
também as formas como fizeram.
As Escrituras nos diz que nós também jejuaríamos, e nos instrui sobre a forma correta de
jejuar.
Muitos ensinadores falharam de maneira grave ao dizer que, por não haver uma ordem
específica para o jejum, então não devemos jejuar. Entretanto, quando consideramos o ensino
de Jesus sobre o jejum, não há como negar que o Mestre esperava que jejuássemos: "Quando
jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o
fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que eles já receberam a sua
recompensa. Tu, porém, quando jejuardes, unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não
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parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará” (Mt. 6. 16 -18).
Nessa passagem, percebemos que Jesus não está ordenando o jejum, contudo suas
palavras revelam que Ele esperava de nós esta prática, ou melhor, a passagem bíblica dá-nos
entender que Jesus espera essa disponibilidade em cada cristão. Ele nos instruiu até sobre a
motivação correta ao jejuar. E quando disse que o Pai recompensaria a atitude correta do
jejum, nos mostrou que tal prática produz resultados!
Alguns teólogos dizem que se as epístolas não dizem nada sobre jejuar, então concluem
que o jejum não é tão importante, agindo dessa maneira desprezam o ensino de Jesus sobre o
jejum. Isto é um grande erro! Jesus não veio ensinar aos judeus viverem bem a Velha Aliança,
Ele veio instituir a Nova Aliança, e todos os seus ensinos apontavam para as práticas dos
cidadãos do reino de Deus. Quando estava para subir ao céu, deu ordem aos seus seguidores
que ensinassem as pessoas a guardar tudo o que Ele tinha ordenado (Mt .28. 20), isso inclui o
modo adequado de jejuar!
O próprio Jesus nos deixou o exemplo, Ele praticou o jejum, os líderes da Igreja Primitiva
também o faziam. Registros históricos dos “pais” da igreja também revelam que o jejum
continuou sendo observado, como prática dos crentes, muito tempo depois dos apóstolos. O
jejum, portanto, deve ser parte de nossas vidas, desde que praticado de forma equilibrada e
coerente, dentro dos parâmetros bíblicos.
Apesar de que o próprio Senhor Jesus tenha jejuado, por quarenta dias e quarenta noites
no deserto, e muitas vezes tenha ficado sem comer (quer por falta de tempo, ministrando ao
povo - Mc. 6. 31 - quer por passar as noites só orando, sem comer - Mc. 6. 46), devemos
reconhecer que Ele e seus discípulos não consideravam o jejum dos judeus de seus dias
(exceto o do dia da Expiação). Era costume dos fariseus jejuar dois dias por semana (Lc. 18.12),
mas Jesus e seus discípulos não o faziam. Aliás chegaram a questionar Jesus acerca disto:
“Disseram-lhe eles: Os discípulos de João e bem assim os fariseus freqüentemente jejuam e
fazem orações; os teus, entretanto, comem e bebem. Jesus, porém, lhes disse: Podeis fazer
jejuar os convidados para o casamento, enquanto está com eles o noivo? Dias virão, contudo,
em que lhes será tirado o noivo; naqueles dias, sim, jejuarão” (Lc. 5. 33 – 35).
O Mestre mostrou não ser contra o jejum, e disse que depois que Ele fosse tirado do
convívio direto com os discípulos (voltando ao céu), eles haveriam de jejuar.
Jesus não se referiu ao jejum, somente para os dias entre sua morte e ressurreição, (ao
mencionar os dias em que eles estariam sem o noivo), e sim, aos dias a partir de sua morte.
Contudo, Jesus deixou bem claro que a prática do jejum, nos moldes do que havia em seus
dias não era o que Deus esperava. A motivação estava errada, as pessoas jejuavam para provar
sua religiosidade e espiritualidade, jejuavam se julgando mais santos que os demais, e Jesus
ensinou a fazê-lo em secreto, sem alarde.
Se não tomarmos os cuidados devidos o jejum pode ser uma prática vazia, isso
acontecera se não for feito de maneira correta. A Bíblia afirma-nos que isto aconteceu nos dias
do Velho Testamento, quando o povo começou a questionar: "Por que jejuamos nós, e não
atentas para isto? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta?” (Is. 58. 3-a). A
resposta de Deus foi, exatamente, a de que eles estavam jejuando de maneira errada: "Eis que,
no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso
trabalho. Eis que jejuais para contendas e para rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando
assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto". (Is. 58 . 3 - 4).
Por outro lado, o versículo está inferindo que se observado de forma correta, Deus
atentaria para esse jejum, e a voz deles seria ouvida.
Kenneth Hagin afirma acerca do jejum: “O jejum não muda a Deus. Ele é o mesmo
antes, durante e depois de seu jejum. Mas, jejuar mudará você. Vai lhe ajudar a manter-se
mais suscetível ao Espírito de Deus”. O jejum não tornará Deus mais bondoso ou
misericordioso para conosco, ele está ligado diretamente a nós, à nossa necessidade de romper
com as barreiras e limitações da carne. O jejum deixará nosso espírito atento, pois mortifica a
carne e aflige nossa alma.
Jesus deixou-nos um ensino precioso acerca disto quando falava sobre o jejum:
"Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho romperá os odres; e tanto se
perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos” (Mc. 2. 22).
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O odre era um recipiente feito com pele de animais, que era devidamente preparado.
Mas, com o passar do tempo envelhecia e ressecava. O vinho, era o suco extraído da
uva, que fermentava naturalmente dentro do odre. Portanto, quando se fazia o vinho novo, era
sábio colocá-lo num recipiente de pele (o odre), que não arrebentasse, na hora em que o vinho
começasse a fermentar, e o melhor recipiente era o odre novo. Com essa ilustração Jesus
estava ensinado-nos que o vinho novo que Ele traria (o Espírito Santo) deveria ser colocado em
odres novos, e o odre (ou recipiente do vinho) é nosso corpo. A Bíblia está dizendo, com isto,
que o jejum tem o poder de “renovar” nosso corpo. A Escritura ensina que a carne milita contra o
espírito, e a melhor maneira de receber o vinho, o Espírito, é dentro de um processo de
mortificação da carne.
Acreditamos que o alvo elementar do jejum é afligir a carne, e vivificar o espírito, e isso
nos fará mais aptos a recebermos o Espírito Santo de Deus. Há outros benefícios que
decorrerão disto, mas esta é a essência do jejum.
Alguns acham que o jejum é uma “varinha de condão” que resolve as coisas por si
mesmo, mas não podemos ter o enfoque errado. Quando jejuamos, não devemos crer no
Jejum, e sim em Deus. A resposta às orações flui melhor, quando jejuamos porque através
desta prática, estamos liberando nosso espírito na disputada batalha contra a carne, e por isso
algumas coisas acontecem.
Por exemplo, a fé é do espírito e não da carne; portanto, ao jejuar estamos removendo o
entulho da carne e liberando nossa fé para se expressar. Quando Jesus disse aos discípulos,
que não puderam expulsar um demônio por falta de jejum (Mt.17.21), ele não limitou o problema
somente a isto, mas falou sobre a falta de fé (Mt.17.19-20), como um fator decisivo no fracasso
daquela tentativa de libertação. O jejum ajuda a liberar a fé! O que nos dá vitória sobre o inimigo
é o que Cristo fez na cruz e a autoridade de seu nome. O jejum em si não faz vencer, mas libera
a fé para o combate e nos fortalece, fazendo-nos mais conscientes da autoridade que nos foi
delegada.
Mas, apesar do propósito central do jejum ser a mortificação da carne, vemos vários
exemplos bíblicos de outros motivos, para tal prática:
No Antigo Testamento:
No Novo Testamento:
Atividade de Apoio
Você acredita que o jejum seja uma arma poderosa? Justifique.
4. 1 - Jejum Parcial.
Normalmente, esta forma de jejuar é praticada em períodos maiores ou quando a pessoa
não tem condições de se abster totalmente do alimento (por causa do trabalho, por exemplo).
Lemos sobre esta forma de jejum no livro de Daniel: "Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei
durante três semanas. “Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram em minha
boca, nem me ungi com óleo algum, até que se passaram as três semanas” (Dn.10. 2 - 3).
O profeta Daniel diz exatamente o que ficou sem ingerir: carne, vinho e manjar desejável.
Provavelmente se restringiu à uma dieta de frutas e legumes, não sabemos ao certo. O
fato é que se absteve de alimentos, porém, não totalmente. E embora, tenha escolhido o que,
aparentemente seja a forma menos rigorosa de jejuar, dedicou-se à ela por três semanas. Em
outras situações, Daniel parece ter feito um jejum normal (Dn.9:3), o que mostra que praticava
mais de uma forma de jejum.
Ao fim deste período, um anjo do Senhor veio a ele e lhe trouxe uma revelação
tremenda. Declarou-lhe que, desde o primeiro dia de oração, o profeta já tinha sido ouvido
(v.12), mas que uma batalha estava sendo travada no reino espiritual (v.13), o que ocorreria
ainda, no regresso daquele anjo (v.20). Aqui, aprendemos também sobre o poder que o jejum
tem, nos momentos de guerra espiritual.
4. 2 - Jejum Normal.
É a abstinência de alimentos, mas com ingestão de água. Acredita-se que foi a forma
como nosso Senhor jejuou no deserto. Passamos a vida ouvindo sobre a necessidade de se
jejuar bebendo água; os Teólogos dizem que no relato do evangelho não há menção de Cristo
ter ficado sem beber água ou ter tido sede. Mas, vejamos a parte final do versículo: "Jesus,
cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante
quarenta dias, sendo tentado pelo Diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve
fome”. (Mt.4. 2).
Denominamos esta forma de jejum como normal, pois entendemos ser esta a prática mais
propícia nos jejuns regulares (como o de mais de um dia).
4. 3 - Jejum absoluto.
É abstinência de tudo, inclusive de água. Na Bíblia encontramos poucas menções de ter
alguém jejuado sem água, e isto dentro de um limite: no máximo três dias. A água não é
alimento, e nosso corpo depende dela a fim de que os rins funcionem normalmente e que as
toxinas não se acumulem no organismo. Há dois exemplos bíblicos deste tipo de jejum, um no
Velho outro no Novo Testamento: Ester, num momento de crise em que os judeus estavam
condenados à morte por um decreto do rei, pede a seu tio Mardoqueu, e aos demais que jejuem
por ela: “Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais,
nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos.
Depois, irei ter com o rei, ainda que é contra a lei; se perecer, pereci” (Et.4.16).
Paulo, na sua conversão também usou esta forma de jejum, devido ao impacto da
revelação que recebera, esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu
(At.9.9).
Não há qualquer outra menção de um jejum total maior do que estes (a não ser o de
Moisés e Elias, numa condição diferente que explicaremos adiante). A medicina adverte contra
um período de mais de três dias sem água, como sendo nocivo. Devemos cuidar do corpo ao
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jejuar e não agredi-lo; lembre-se de que estará lutando contra sua carne (natureza e impulsos) e
não contra sua saúde ou seu corpo.
Sobre quanto tempo deve durar um jejum, a Bíblia não determina regras desse gênero,
portanto cada um é livre para escolher quando, como e quanto tempo jejuar.
OBS: A Bíblia fala de Moisés (Ex.34. 28) e Elias (I Re. 19. 8), jejuando períodos de quarenta
dias. Porém, vale ressaltar que estavam em condições especiais, sob o sobrenatural de Deus.
Moisés nem sequer bebeu água nestes 40 dias, o que humanamente é impossível. Mas ele foi
envolvido pela glória divina. O mesmo se deu com Elias, que caminhou 40 dias na força do
alimento que o anjo lhe trouxe. Isso é um jejum diferente que começou com um belo "depósito",
uma comida celestial. A Teologia acredita que Jesus não fez um jejum total com esta duração.
Isso é humanamente impossível.
Um outro detalhe de total importância é acerca dos votos. Muitas pessoas erram ao fazer
votos ligados à duração do jejum... Não é aconselhável ninguém fazer um voto de quanto tempo
vai jejuar, pois isso te deixará “preso” no caso de algo fugir ao seu controle. O melhor a fazer é
seguir o conselho bíblico: “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque
não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não
cumpras” (Ec. 5.4-5).
É interessante que haja uma intenção e um alvo quanto à duração do jejum, no coração,
mas não transforme isto em voto. Muitas vezes, nos jejuns prolongados, no meio do caminho
somos forçados a interromper. Mas há também jejuns sem a intenção de prolongá-los e, no
entanto, isto acaba acontecendo mesmo sem termos feito os planos para isto. Se porventura
uma destas duas coisas acontecer, não há erro algum, o importante nisso tudo é fazermos o
jejum de forma sábia.
5. 1 - Jejum Prolongado
Há algo especial num jejum prolongado, mas deve ser feito sob a direção de Deus (as
Escrituras mostram que Jesus foi guiado pelo Espírito ao seu jejum no deserto – Lc. 4. 1).
Existem irmãos que dizem ter jejuado por cinco ou mais dias. Cada um deles confirma ter
recebido de Deus uma direção para tal.
Quanto ao jejum prolongado, vale ressaltar também que muitos, mas muitos cuidados
devem ser tomados. Não podemos brincar com o nosso corpo. Uma dieta para desintoxicação
do organismo, antes do jejum é recomendada, e também na quebra do jejum prolongado (mais
de 3 dias). Procure orientação e acompanhamento de uma pessoa mais preparada no assunto,
se o Senhor lhe dirigir a um jejum deste gênero. Há muitas instruções, na forma de literatura,
que também podem ser adquiridas.
Com isso, não queremos criar nem um ceticismo acerca do jejum, nosso propósito nesse
compêndio não é causar dúvidas, e sim instruir os alunos. Nosso objetivo, nesta matéria, é
apresentar informações sobre o jejum no âmbito religioso, e não entrar no âmbito fisiológico do
processo, principalmente porque não é nossa habilidade. Para isso, existem os médicos e
especialistas da área. Fazendo assim, estaremos evitando casos de doenças do estômago ou
problemas psicológicos. Infelizmente, freqüentemente, nos deparamos com casos dessa
natureza. Nosso lembrete é que, não devemos abdicar da prática do jejum, mas quando assim
procedermos, fazermos com prudência.
7 - Metodologia do Jejum
Conclusão
Haverá períodos em que o Espírito Santo vai nos atrair mais para o jejum, e épocas em
que quase não sentiremos a necessidade de fazê-lo.
Devemos ser sensíveis e seguir os impulsos do Espírito de Deus nesta área. Isto vale
não só para começar a jejuar mas até para quebrar o jejum.
Encerramos desafiando-o a praticar mais o jejum, e certamente você descobrirá que o
poder desta arma que o Senhor nos deu é difícil de se medir com palavras. A experiência
individual do aluno fortalecerá aquilo que temos dito.
ORAÇÃO
8 - A fonte do Poder
“Muita oração, muito poder, pouca oração pouco poder, nenhuma oração, nenhum
poder”. Esse ditado é um dos mais corretos que possa existir. A vida de um homem que ora é
diferente, isso é notório nas pregações, no ensino, na vitória diante dos problemas e das
tentações. Muitas histórias testificam desse poder encontrado na oração.
A natureza da oração é espiritual e não há como duvidar dessa verdade. A oração é a
chave das vitórias espirituais e sem ela não há vitória, nem poder, nem unção. Todas essas
palavras citadas estão ligadas diretamente com oração.
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A oração é o veículo que nos leva a Deus; é como o oxigênio dos cristãos; se ele faltar,
morreremos. É a forma de comunicarmos com Deus: “Suba à tua presença a minha oração,
como incenso, e seja o erguer de minhas mãos como oferenda vespertina” (Sl 141.2).
Sintetizando, a oração é o combustível da vida espiritual, sem ela o cristão não sairá do lugar.
9 - Empecilhos à Oração
9. 3 - Deixar de Glorificar a Deus. Esse é o terceiro motivo pela qual a oração é impedida, é
deixar de glorificar a Deus. Honrar, exaltar a Deus é um dos propósitos principais da
oração. Quando isso não acontece, estamos deturpando os fundamentos básicos da
oração e, assim sendo, torna-se impossível Deus atender a oração. Como prova disso,
vejamos: “Santificado seja seu Nome” (Mt. 6. 9). Esta frase está logo após a introdução
da oração modelo, que Jesus nos deixou. Quando oramos, além de iniciarmos com
adoração e louvor a Deus, todos os pedidos que fazemos deveriam ser para agradar e
honrar ao Senhor. A exemplo disso, temos o pedido de Salomão. Ele teve a maior
oportunidade do mundo para pedir a Deus, o que talvez lhe parecesse gratificante
(vitórias sobre os inimigos, riquezas, honras, poder, etc), mas ao invés disso, pediu a
Deus que lhe desse de Sua sabedoria. Esse pedido agradou tanto a Deus que,
imediatamente Deus concedeu-lhe a resposta. É importante destacarmos que essa
benção alcançada por Salomão, veio acompanhada de outras Bênçãos não pedidas por
ele. Isso nos ensina que, quando oramos e pedimos a Deus algo para honrar e glorificar
Seu Nome, ele se encarrega de nos dar além daquilo que pedimos e merecemos
(Jeremias 33. 3).
Estamos acostumados a ouvir belas orações, e mesmo sem saber se estão sendo
ouvidas e respondidas por Deus, já nos sentimos conquistados por tão belas palavras, mas
muitas vezes não passam de orações “mecânicas” ou pragmáticas (cheia de regras e
formalidades). Se a oração não tiver em seu “contexto” a adoração a Deus, tornar-se-á vazia e
ineficaz.
Existem pessoas que passam horas de joelhos pedindo, pedindo e pedindo. Em nem um
momento de sua oração há um agradecimento a Deus pelas vitórias alcançadas e quando há,
não passa de um agradecimento ligeiro e superficial, o foco principal de sua oração é pedir; em
outras palavras, essa pessoa esta tão preocupada em receber que esquece de agradecer e
glorificar a Deus.
Imagine uma pessoa lhe pedindo algo, e você procura em sua memória algo que te
convença a ajudá-la. Alguma motivação para atendê-la, e mesmo não encontrando tais motivos,
você se submete a ajudá-la e atendê-la em sua necessidade. É indubitável que exista em cada
um de nós uma expectativa em ouvirmos uma frase: “Muito Obrigado”, esta frase é tão
curtinha e tão simples, mas é o bastante para nos sentirmos recompensados pelo ato que
fizemos.
Agora, imagine Deus em sua Onisciência, procurando algo na raça humana que
justificasse a morte de Seu Filho Jesus (seu único Filho). Vamos ser mais simples, imagine
Deus em sua Onisciência, procurando algum ato no ser humano que pague as bênçãos
dispensadas por Ele a cada um de nós. Infelizmente, o pecado tirou todas essas possibilidades.
Veja bem, mesmo sem motivos, a graça salvadora de Deus nos alcançou, e mais, somos
alcançados com as bênçãos do emprego, com a benção das curas, do ministério, do calçado,
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das vestes, do teto para nos abrigar, etc e etc. Veja, agora que, uma das formas deixadas por
Deus para agradecê-lo (a frase simples do muito obrigado) é através da oração. E quando em
nossas orações não há esse sentimento de gratidão, ou seja, quando somos ingratos A Ele, com
certeza estamos fechando as portas dos Céus, e criamos assim, uma grande barreira que
impedirá nossas orações de chegarem a Deus.
9. 5 - Idolatria. Ídolos no coração (Ez. 14.3). Ídolo é toda e qualquer pessoa ou coisa que toma
o lugar de Deus na vida de alguém. É aquilo que se torna o objeto supremo da afeição.
Aquilo que mais ocupa o nosso pensamento. Deus deve ser supremo em nossa vida.
“Eu adoro isso ou aquilo”. Essa é uma pequena falha que muitos ainda precisam
corrigir. Na maioria das vezes dizem de forma simples e sem saber o real sentido da palavra
Adoração. É corriqueiro ouvimos pronúncias do tipo: “Eu adoro um prato de arroz doce” ou “Eu
adoro creme de cupuaçu”. Podemos apreciar um prato ou admirar uma pessoa, mas quando
expressarmos esse sentimento devemos dizer: Eu gosto disso ou daquilo, mas nunca eu adoro.
Para nós, cristãos, só podemos nos dirigir dessa forma á Deus, Ele sim é digno de toda
Adoração.
Como já dissemos, isso é uma pequena e simples falha. Mas se é falha porque não
corrigir?
9. 6 - Falta de perdão. Esse também é um motivo que leva Deus a rejeitar uma oração. A
oração do Pai Nosso, diz: “Perdoa-nos as nossas dividas, assim como nós temos perdoado aos
nossos devedores” (Mt. 6. 12). Se o perdão obtido por Deus está condicionado a perdoarmos
quem nos aborrece com calúnias, difamações, injúrias, ofensas, etc, então é lamentável dizer:
infelizmente, muitos cristãos jamais alcançaram perdão de Deus....
Você sabe porque a instrução da Bíblia sobre o perdão é tão importante? Porque Deus
sabe que se não perdoarmos uns aos outros, nós mesmos sairemos machucados e,
grandemente prejudicados. Quando não conseguimos exercer o perdão, damos uma grande
oportunidade para o diabo nos encher de rancor, de mágoas, de “sede” de vingança. A falta do
perdão nos causa toda sorte de desgraças, nos rouba a paz, nos tira o sono.
Mesmo em meio a grandes conflitos e discórdias entre nós, o melhor caminho a ser
tomado é o caminho do perdão, pois quando nos dirigimos a Deus em oração, Ele contemplará
em nós um coração sem culpa, sem peso, sem rancor e sem inimizades. Isso garantirá nosso
acesso ao céu, por intermédio da oração.
A oração tem o poder de transformar o caráter do homem e, além disso, ela também
confere autoridade. É através da oração, que os crentes podem influenciar o mundo todo, pois
intercedem pelas autoridades, pelos missionários, pelas famílias, pelos pobres, pelos
marginalizados. A presença de cada cristão, no mundo, faz a diferença através de suas orações.
Temos cristãos esparramados por todos os cantos do planeta, a igreja de Cristo está
difundida pelo mundo todo. Isso quer dizer: existem intercessores que, neste momento, estão
mudando a história do mundo com suas súplicas a Deus. A prova dessa verdade é o seu
resultado: cresceu muito o número de igrejas, missionários, pastores, bispos, evangelistas,
políticos evangélicos, organizações cristãs, sociedades missionárias em todas as partes do
mundo. O Pastor Valdemar de Jesus (Presidente da IEAD-AC.) em suas palavras define: “Hoje
não é mais discriminado quem é cristão; hoje é chique ser crente”. Mesmo em lugares mais
distantes, e lugares aonde ainda há proibições ao Evangelho de Cristo, a oração vem rompendo
todas barreiras e transformando vidas. Aleluia!!!
Atividade de Apoio
Você já recebeu alguma vitória através da oração? Descreva como isso aconteceu.
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12 - Natureza da Oração
Orar é muito mais profundo do que dizer meras palavras; ela não deve sair simplesmente
da garganta do crente e sim do fundo alma, a oração é uma atitude do coração, é a disposição
do espírito diante de Deus. Ela é praticada quando a pessoa se sente incapaz diante dos
problemas, diante das lutas, das enfermidades, somente quando a pessoa tem a certeza de que
depende de Deus para sua vida, é que buscará a sua face. A oração está ligada, diretamente
com a Fé; a pessoa que se aproxima de Deus precisa crer que Ele existe, que Ele ouve as suas
orações e que tem o poder de atendê-las, segundo a Sua vontade. Se a oração não tiver á Fé
como Fundamento, não há sentido nela.
O ato da oração sempre consiste de três graus de intensidade naqueles que oram:
• Primeiramente, a oração coloca em movimento nossas emoções; isso significa que
devemos escancarar as portas de nosso coração para Deus; significa derramar diante
Dele as mais profundas e secretas emoções. Há pessoas que ao orar, tentam inutilmente
esconder de Deus alguma coisa. Não existe nada em nós que Deus não tenha todo
conhecimento, porém Ele quer que nos entregamos por inteiro, sem reservas.
• Em segundo lugar, a oração coloca em movimento nossa inteligência; isso quer
dizer que, as palavras proferidas nas orações são produtos do pensamento das pessoas,
dos conceitos formados, das convicções adquiridas. A pessoa inteligente ora, quando
sente a necessidade da ajuda de Deus, sente-se incapaz de realizar, por si só, as tarefas
que Deus lhe confere, é humilde e depende de Deus. Embora o entendimento não seja o
primeiro impulso para a oração, proporciona-lhe a direção, quando iluminado pelo
Espírito Santo. A energia original da oração será suprida pela emoção.
• Em terceiro lugar, orar é colocar em movimento a vontade; ela pressiona a petição,
luta contra o comodismo e o pecado. Esses três ingredientes da oração: as emoções, a
inteligência e a vontade, também, permeiam toda atividade cristã, embora um possa
sobrepujar o outro. A oração sempre será um ato conjunto desses três elementos. Se
não for assim, a oração será um mero exercício intelectual estéril, ou uma rotina
mecânica e não espiritual.
É uma tremenda bobagem achar que Deus só ouve nossas orações se estivermos
ajoelhados ou voltados para o altar da Igreja, (existem cristãos que acredita que Deus só ouve a
oração, se estivermos nessas posições citadas acima). A esses, eu pergunto: “Onde estava o
púlpito quando Jonas clamou a Deus, do ventre do peixe?” Quando oramos de joelhos no chão,
estamos reconhecendo a Soberania de Deus, estamos nos humilhando perante a sua Presença,
porém existem ocasiões que é praticamente impossível estarmos ajoelhados, mas nem por isso
devemos deixar de orar.
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A Bíblia menciona pessoas orando em pé (Ne. 9. 4 - 5), sentadas (1Cr 17. 16 / Lc 10.13),
ajoelhadas (Ed 9. 5 / Dn 6.10 / At 20. 36), acamadas (Sl. 63. 6), curvadas até o chão (Ex. 34. 8 /
Sl. 95. 6), prostradas no chão (2Sm. 12. 16 / Mt. 26. 39) e de mãos levantadas aos céus (Sl. 28.
2 / Is. 1. 15 / 1Tm. 2. 8).
14 - O resultado da oração
Os resultados da oração são objetivos; como tais não podem ser desvinculados, pois a
vida humana e sua realidade, ao redor, também não podem ser separadas. A oração traz
resultados imediatos, mas também, ao longo de toda uma caminhada de fé. Dentro dessa
caminhada, surgem as formas variadas de apreciarmos o caminho da oração. É através da
oração que o caráter do ser humano é transformado, aliais, só ela tem esse poder para
transformar o caráter de uma pessoa má, em uma pessoa de bom caráter. Essa transformação
que falamos, é inevitável no momento que, uma pessoa por mais perversa que seja ou mais
desacreditada da sociedade, se dispõe a apresentar a Deus sua posição de miserável pecador.
Sua oração com certeza passa a fazer uma mudança em sua vida. Hábitos pecaminosos são
abandonados, e vidas são elevadas a novos planos; um novo eu vai emergindo do antigo eu
por causa de uma vida de oração. Ela transforma o homem que fuma, numa pessoa liberta do
cigarro, ela transforma um ébrio e desonrado em um cidadão respeitado, transforma um
prostituto e sem compromissos em um sério pai de família. Esse é o poder da oração, funciona
na mortificação da carne e na vivificação do espírito. A oração também pode impedir o
desenvolvimento de uma mentalidade terrena. A dedicação de um tempo para oração,
esquecendo-se dos cuidados e afazeres deste mundo, estimula uma consciência mais pura e
direcionada para Deus. Quanto mais as pessoas se dedicam à oração, menos as coisas do
mundo podem aprisioná-las.
É inegável que a oração traz a comunhão com Deus, isso qualquer cristão tem plena
consciência, sendo assim, é incontestável que ela possui um efeito sobre o caráter do que ora. A
oração é o combustível espiritual de cada um de nós; através dela podemos distinguir o anseio
de Deus para nossas vidas; uma vida conduzida pela oração há de buscar os alvos mais
elevados. A oração é disciplina e ensino. Na vida, precisamos nos submeter às autoridades que
nos cercam. Através da prática da oração, estaremos aprendendo a nos submeter à vontade de
Deus e com isso nos treinamos a sermos obedientes e disciplinados. As formas que Deus nos
trata, ensina-nos como procedermos, ele vai ensinando-nos, gradativamente, através da Bíblia,
dos símbolos, dos dons, conduzindo-nos à perfeição em Jesus. A educação cristã é formação
de hábitos, de uma filosofia de vida, de pensamento e ações conforme o modelo de Cristo;
nesse processo, a oração é o elemento principal. Ela fortalece a mente, revigora, conscientiza
do pecado, produz humildade, dependência à vontade de Deus, estabelece a paz em nossos
corações. “Não andeis ansiosos de coisas alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante
de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de
Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo
Jesus” (Fl. 4. 6-7).
São abundantes as bênçãos que alcançamos através da oração. São muitos os seus
benefícios. Vejamos alguns:
A Bíblia deixa claro que a resposta para tudo em nossa vida é a oração misturada com a
fé. O apóstolo Paulo registra: “Não andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém, sejam
conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de
graças” (Filip. 4. 6). Paulo está nos dizendo: “Busquem o Senhor em todas as áreas da sua vida.
E agradeçam-no antecipadamente por lhes ouvir!”
A ostentação do Apóstolo é simples e objetiva: ore sempre em primeiro lugar! Não é para
orarmos só em última instância: Temos o exemplo bíblico da mulher que sofria a 12 anos, com
uma enfermidade terrível (hemorragia); procurou todos os médicos da época, gastou toda sua
fortuna, buscou todos os recursos possíveis e por fim encontrou Jesus (a solução de seu
problema). Muitas vezes isso ocorre conosco, vamos primeiro atrás dos amigos (dos políticos,
advogados, etc), quando não dá jeito, corremos atrás do pastor ou de um conselheiro, para
acabar finalmente, de joelhos. Não é assim que Jesus nos ensina. Vejamos: “Buscai, pois, em
primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas”
(Mateus 6. 33).
Nosso Dever é, necessariamente ir até o Senhor, antes de ir a qualquer outra pessoa!
É de causar espanto, mas vermos cristãos arrasados. Pois famílias estão se
esfacelando, casais se divorciando por coisas tão banais, pessoas que por anos andaram em
fidelidade a Cristo estão vivendo com medo e em derrota. Cada uma dessas pessoas tem sido
derrotada por algo; pecado, depressão, mundanismo, cobiça.
E cada ano que passa, parece que os seus problemas vêm piorando. No entanto, o que
mais nos deixa chocados é que, poucos destes cristãos chegam a mencionar a oração como a
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solução para seus problemas. Infelizmente, eles utilizam fitas gravadas, livros, conselheiros,
programas de ajuda pelo rádio ou tv, todos os tipos de terapias, mas, raramente a oração.
Por que é tão difícil para os cristãos, durante as crises, buscar a Deus em favor de
necessidades desesperadoras? Afinal de contas, a Bíblia sustenta um longo testemunho de que
Deus ouve os clamores dos seus filhos, e os responde com terno amor: Vejamos alguns
exemplos: “Os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao
seu clamor” (Salmo 34.15). “Clamam os justos, e o Senhor os escuta e os livra de todas as suas
tribulações” (verso 17). “Porque Ele livrará o necessitado quando clamar, como também ao aflito
e ao que não tem quem o ajude” (Salmo 72. 12). “Clama a mim e responder-te-ei e...” (Jeremias
33. 3).
“E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma cousa segundo a sua
vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos
certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito” (I Jo. 5. 14-15). “...Muito pode, por sua
eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5.16). “E tudo quanto pedirdes em oração, crendo,
recebereis” (Mateus 21. 22). “...a oração dos retos é o seu contentamento” (Provérbios 15. 8).
“O Senhor...atende à oração dos justos” (verso 29). “Atendeu à oração do desamparado e não
lhe desdenhou as preces” (Salmo 102. 17).
Esses versículos são promessas que estabelecem uma prova esmagadora do cuidado
de Deus. E são tão profundas e numerosas, que não dá para compreender como qualquer
cristão poderia não alcançá-las!
Caros irmãos em Cristo, a Bíblia nos fornece mais do que promessas. Ela também nos
adverte quanto aos perigos de se negligenciar a oração: “Como escaparemos nós, se
negligenciarmos tão grande salvação?...” (Hebreus 2. 3). Em grego a palavra “negligenciarmos”
aqui significa “não nos interessarmos, não levarmos a sério”.
Isso nos leva a crer, que Deus está profundamente ferido pela negligência da oração por
parte do seu povo, em nossos dias. Jeremias escreve: “Acaso, se esquece a virgem dos seus
adornos ou a noiva do seu cinto? Todavia, o meu povo se esqueceu de mim por dias sem conta”
(Jeremias 2. 32).
Paira no ar a pergunta que tem resposta: Como pode o próprio povo de Deus, que
ostenta viver da Fé, e que está sob ataque constante do inferno, enfrentando problemas e
tentações de todos os lados, passar semanas e semanas sem jamais buscá-lo? E como podem
declarar que o amam e crêem em suas promessas, e contudo jamais se achegar ao seu
coração?
• Tem temor a Deus: “Ele acode à vontade dos que o temem; atende-lhe o
clamor e os salva” (Sl 145. 19)
• Guarda com diligência seus mandamentos: “E aquilo que pedimos dele
recebemos, porque os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é
agradável” (I Jo 3. 22).
• Humilha-se: “Pois aquele que requer o sangue lembra-se deles e não se
esquece do clamor dos aflitos” (Sl 9. 12).
• É justo: “E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e se
houver cometido pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes
curados. Muito pode, por sua eficácia a suplicado justo” (Tg 6. 15-16).
• Pede com fé em nome de Cristo: “E tudo quanto pedirdes em meu nome,
isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14. 13).
• Pede segundo a vontade de Deus: “E esta é a confiança que temos para
com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo coisa segundo a sua
vontade, ele nos ouve” (I Jo 5. 14).
• Busca a Deus de todo o coração: “Então, me invocareis, passareis a orar a
mim, e eu vos ouvirei” (Jr 29. 12).
• Espera em Deus: “Espere confiantemente pelo Senhor; ele se inclinou para
mim e me ouviu quando clamei por socorro” (Sl 40.1).
• Não há dúvida de que Daniel orou ao Senhor na cova dos leões, pedindo para
não ser devorado por eles, e Deus atendeu o seu pedido (Dn 6.10, 16 - 22).
• Os cristãos primitivos oraram, incessantemente a Deus pela libertação de
Pedro da prisão, e Deus enviou um anjo para libertá-lo (At 12.3-11 - cf. 12.5 ).
Tais exemplos devem fortalecer a nossa fé e encher-nos de disposição para
orarmos de modo eficaz, segundo os princípios delineados na Bíblia.
• O rei Ezequias adoeceu e Isaías lhe declarou que morreria (2Rs 20.1 / Is
38.1). Ezequias, reconhecendo que sua vida e obra estavam incompletas,
virou o rosto para a parede e orou, intensamente a Deus, para que
prolongasse sua vida. Deus mandou Isaías retornar a Ezequias, para garantir
a cura e mais quinze anos de vida (2 Rs 20. 2 – 6 / Is 38. 2-6).
• Deus respondeu às orações de Elias em pelo menos quatro grandes
ocasiões, em todas elas redundaram em glória ao Deus de Israel (Tg 5. 17 -
18).
• Moisés fez numerosas orações intercessórias às quais Deus atendeu, mesmo
depois de Ele dizer a Moisés que ia proceder de outra maneira.
• Sansão, arrependido, orou pedindo uma última oportunidade de cumprir sua
missão máxima de derrotar os filisteus; Deus atendeu essa oração, ao lhe dar
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forças suficientes para derrubar as colunas do prédio, onde os inimigos
estavam exaltando o poder dos seus deuses (Jz.16. 21- 30).
Atividade de Apoio
Cada aluno deve fazer uma pesquisa detalhada sobre a vida de um personagem da
Bíblia, que tenha alcançado vitória, através da oração.
“Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que, se alguém
disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se
fará o que diz, assim será com ele. Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes,
crede que recebestes, e será assim convosco” (Mc 11. 22-24).
Os membros de uma pequena igreja nas montanhas de Great Smoky (EUA) construíram
um novo prédio, em um terreno que haviam recebido por doação. Dez dias antes da
inauguração, o inspetor de obras da localidade informou ao pastor que o estacionamento era
insuficiente para o tamanho do prédio. Se a igreja não dobrasse o tamanho do estacionamento,
não poderia usar o salão. Infelizmente, a igreja já havia ocupado cada polegada do escasso
terreno, com exceção da colina que ficava atrás do prédio. Para criar mais vagas no
estacionamento, seria necessário remover a colina. Na manhã do domingo seguinte, o pastor
anunciou, corajosamente que, à noite, queria reunir-se com todos os membros da igreja que
tivessem fé para remover montanhas. Eles teriam uma noite de oração para pedir a Deus que
removesse a colina, e providenciasse o dinheiro suficiente para asfaltar o estacionamento, antes
da inauguração, no domingo seguinte. No horário combinado, reuniram-se para orar 24 dos 300
membros da igreja. Eles oraram durante cerca de três horas. Às 22 horas o pastor disse o último
“Amém”. Conforme está planejado, inauguraremos o salão no próximo domingo, garantiu ele.
“Deus nunca nos abandonou, e creio que também desta vez Ele será fiel”.
Na manhã seguinte, quando estava trabalhando em seu gabinete, alguém bateu com
força na porta. Ao responder entre, apareceu um empreiteiro de aspecto rude, que tirou seu
capacete. “Desculpe, pastor, sou da empreiteira de obras da localidade vizinha. Estamos
construindo um enorme centro de compras e precisamos de terra. O senhor estaria disposto a
nos vender uma parte da colina que fica atrás da igreja? Nós pagaremos a terra que tirarmos e
asfaltaremos, gratuitamente o espaço vazio, desde que possamos dispor da terra,
imediatamente. Não podemos continuar com a construção do shopping, antes que a terra esteja
depositada no local e, suficientemente compactada”.
O novo salão foi inaugurado no domingo seguinte como tinha sido planejado, e no evento
de abertura, estavam presentes muito mais membros "com fé para remover montanhas" do que
na semana anterior.
Seja sincero: você teria participado daquela reunião de oração? Algumas pessoas dizem
que a fé é produzida pelos milagres. Mas outras sabem: milagres resultam da fé!
Nota: Extraído da revista Chamada da Meia-Noite, fevereiro de 2000
Conclusão
A Bíblia dá-nos um modelo de oração. Ela diz em Mateus 6. 9-13 “Portanto, orai vós
deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja
feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-
nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; e não
nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. Porque teu é o reino e o poder, e a glória,
para sempre, Amém.”
Bibliografia:
Famosas orações não respondidas – Warren W. wiersbe – 1989
Prática da Oração – Seifa – 2002
Série - Escola de Oração - Valnice M.
www.estudosbiblicos.com - Pr. Luciano Subirá
World Challenge, Lindale, Texas, USA - 1999.
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Coordenação Geral
1- ( ) A Bíblia não determina regras fixas sobre em que tempo se deve jejuar ou qual tipo de
jejum praticar, isto é algo pessoal a cada cristão. Entretanto, a prática do jejum é recomendação
Divina.
2- ( ) A Escritura nos diz que nós também jejuaríamos, e nos instrui sobre a forma correta de
jejuarmos.
5- ( ) “Muita oração, muito poder, pouca oração pouco poder, nenhuma oração, nenhum
poder”. Esse ditado não é verdadeiro.
11 - “O jejum não muda a Deus. Ele é o mesmo antes, durante e depois de seu jejum. Mas,
jejuar mudará você. Vai lhe ajudar a manter-se mais suscetível ao Espírito de Deus”. Quem
afirmou estas palavras?
1- ( ) Kenneth Hagin.
2- ( ) Martin Lutero
3- ( ) Billy Gran
4- ( ) Todas alternativas estão certas
13 – O ato da oração sempre consiste de três graus de intensidade daqueles que oram.
1- ( ) Primeiramente, a oração coloca em movimento nossas emoções;
3- ( ) Em segundo lugar, a oração coloca em movimento nossa inteligência;
2- ( ) Em terceiro lugar, orar é colocar em movimento a vontade;
4- ( ) Todas as alternativas estão corretas
14 – Falando ainda sobre a oração, definimos que:
1- ( ) Devemos dar prioridade a oração 3- ( ) A oração não tem poder
2- ( ) Não devemos dar prioridade a oração 4- ( ) Todas alternativa estão certas
16 – A lição sugere pelo menos seis motivos que impedem nossas orações. Quais são:
1- ( ) Pecado, egoísmo, deixar de glorificar a Deus, discórdia no lar, Idolatria, a falta de
concentração diante de Deus
2- ( ) Não entrar na Igreja, mascar chiclete, assobiar.
3- ( ) Se concentrar, dar muita glória, harmonia no lar.
4- ( ) Todas as alternativas estão corretas
17 – Segundo o que está escrito em Marcos 11. 22 – 24, a oração com fé remove:
1- ( ) casas 3- ( ) Florestas
2- ( ) Vales 4- ( ) Montanhas
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18 – Jejuar é uma ordenança Divina, através da qual obtemos salvação?
1- ( ) Sim 3- ( ) Talvez
2- ( ) Não 4- ( ) Todas alternativas estão certas
Boa Sorte!!!