#KetResumos - Internato de PEDIATRIA PDF
#KetResumos - Internato de PEDIATRIA PDF
#KetResumos - Internato de PEDIATRIA PDF
MEDICINA
#KetResumos
DOENÇAS E TRATAMENTOS
FERRO PROFILÁTICO
A TERMO / AIG: 1 mg/kg/dia = de 6 meses a 2 anos. Opções: Neutrofer
Prematuros com < 2,5 kg: 2 mg/kg/dia = de 30 dias a 01 ano*. Combiron
Ultrafer
Prematuros com < 1,5 kg: 3 mg/kg/dia = de 30 dias a 01 ano*.
Prematuros com < 1,0 kg: 4 mg/kg/dia = de 30 dias a 01 ano*. 1 gota = 2,5 mg de Fe elementar
*Após 01 ano e até 02 anos = normaliza a dose com 1 mg/kg/dia.
*** Prematuros AIG usar 2mg/kg/dia até 1 ano de idade
ANEMIA FERROPRIVA
HEMOGLOBINA - VALORES DE REFERENCIA NA CRIANÇA:
Idade Hb (g/dl) Idade Hb (g/dl) Idade Hb (g/dl) Idade Hb (g/dl)
Nasc. (cordão) 13,5 a 19,5 2 semanas 12,5 a 20,5 3 a 6 meses 9,5 a 13,5 6 a 12 anos 11,5 a 15,5
1 a 3 dias 14,5 a 22,5 1 mês 10,0 a 18,0 0,5 a 2 anos 10,5 a 13,5
1 semana 13,5 a 21,5 2 meses 9,0 a 14,0 2 a 6 anos 11,5 a 13,5
FÓRMULAS
1ª linha: 2ª linha:
- NAN (< 6 meses) - Nestogeno (< 6 meses)
- Aptamil (> 6 meses) - Millupa (> 6 meses)
* Ajuste: 200 ml/kg/dia dividido por 8 ou 25 ml/kg/mamada (para encontrar a quantidade de água).
Aproximar o valor encontrado para múltiplo de 30, pois 1 medida da fórmula = 30 ml de água.
* Receita: Diluir x medidas da fórmula em y ml de água filtrada ou mineral e dar de 3 em 3 horas. (3X/dia se aleitamento materno
complementado).
Obs.: leite ninho só a partir de 01 ano de idade.
Obs²: Se > 6 meses ou em aleitamento materno complementado, pode-se usar mamadeira 180 ml + 6 medidas da fórmula.
VITAMINAS
- 30 dias a 01 ano: Dar 02 gotas, 1X/dia; - RN e prematuros: 1 a 3 gotas/dia. Uso em prematuros até 06 meses.
- 01 ano a 02 anos: Dar 03 gotas, 1X/dia *Prematuros: usar até 1 ano.
- Crianças: 1 gota/kg/dia Dose = Dar 01 ml, 1 x ao dia.
GANHO PONDERAL
1° trimestre = 25 - 30 gramas/dia;
2° trimestre = 15 - 20 gramas/dia; DOBRAR o peso do nascimento em 5-6 meses
3° trimestre = 10 - 15 gramas/dia; TRIPLICAR em 01 ano.
4° trimestre = 5 - 10 gramas/dia.
Obs.: Perda fisiológica inicial do RN é de 10% do peso corporal recuperado em 10 dias.
Torante / Abrilar ® (hedera helix) ----------------------- 1 Frasco Dipirona gotas 500mg/ml ------------------------------------- 1 Frasco
Até 07 anos: Dar 2,5 ml de 8/8h durante 5 dias Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h, se dor e/ou febre.
> 07 anos: Dar 5 ml de 8/8h durante 5 dias. Paracetamol gotas 200mg/ml -------------------------------- 1 Frasco
ACEBROFILINA Xarope pediátrico 25mg/5ml -------- 1 Frasco Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h, se dor e/ou febre.
1 a 3 anos: Dar 2 mg/kg/dia de 12/12h durante 5 dias. Ibuprofeno gotas ------------------------------------------------ 1 Frasco
3 a 6 anos: Dar 5 mL de 12/12h durante 5 dias. ---- 50mg/ml - Dar 2 gotas/kg/dose de 6/6h, se dor e/ou febre.
6 a 12 anos: Dar 10 mL de 12/12h durante 5 dias. ---- 100mg/ml - Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h, se dor e/ou febre.
ESTOMATITE DRGE
USO ORAL: USO ORAL:
Paracetamol gotas 200mg/ml ---------------------------- 1 Frasco Domperidona 1mg/ml (Motilium®) ------------------------ 1 Frasco
Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h, se dor e/ou febre. Dar 0,25 mg/kg/dose de 8/8h 30 minutos antes das refeições.
KALOBA -------------------------------------------------------- 1 Frasco Omeprazol 10 mg cápsula --------------------------------------- 1 caixa
Até 6 anos – Dar 10 gotas de 8/8h durante 5 dias Dar 1 mg/kg/dia, 1x/dia 30’ antes da primeira refeição.
De 6 a 12 anos – Dar 20 gotas de de 8/8h durante 5 dias *Diluir o conteúdo de 01 cáp. em 10 ml de AD (1mg/ml) e
> 05 anos – Dar 30 gotas de 8/8h durante 5 dias fornecer na dose de 1mg/kg/dia, 1X/dia.
USO TÓPICO:
Ranitidina gotas 40mg/ml (Label®) ------------------------- 1 Frasco
MUD ORAL® ---------------------------------------------------- 1 Tubo Dar 2mg/kg de 8/8h (2mg = 1 gota)
Aplicar a pomada 3 x por dia durante 7 dias. Ranitidina suspensão: 15mg/ml ----------------------------- 1 Frasco
Cepacaína spray ---------------------------------------------- 1 Frasco Dar 2mg/kg de 8/8h
Aplicar 02 jatos na garganta, antes das refeições.
FIMOSE SINÉQUIA
USO TÓPICO: USO TÓPICO:
Postec® (betametasona + hialuronidase) --------------- 1 Tubo Premarin® pomada (estrogênio) ------------------------------ 1 Tubo
Aplicar 2 x ao dia, durante 02 meses. Aplicar 2x/dia durante 3 semanas. (Apenas casos Graves)
Prednisolona 3mg/ml (Prelone®, Predsim®) ----------- 1 Frasco Dimeticona 75mg/ml ----------------------------------------- 1 Frasco
Dar 1 a 2 mg/kg/dia durante 5 dias Lactentes: Dar 4 gotas de 8/8h caso gases e/ou cólicas
2 a 12 anos: Dar 8 gotas de 8/8h caso gases e/ou cólicas
USO TÓPICO:
Dexametasona creme ------------------------------------------ 1 Tubo
Aplicar nas lesões de 12/12h durante 5 dias.
DIARRÉIA FARINGOAMIGDALITE BACTERIANA
USO ORAL: USO IM:
Zinco 2mg/0,5ml (Biozinc®, Grow Zinco®) --------------- 1 Frasco Penicilina G benzatina 1.200.000 UI --------------------- 1 Ampola
< 6 meses - Dar 2,5ml (10mg) 1x/dia por 10 dias. Aplicar 50.000 UI/kg/dose, IM, em dose única.
> 6 meses - Dar 5ml (20mg) 1x/dia por 10 dias.
USO ORAL: (Alternativa)
Probióticos (Floratil®, Repoflor®) -------------------------- 1 Caixa
Dar 1 envelope, 2x/dia durante 3 dias. Amoxicilina 250mg/5ml ------------------------------------- X Frasco
Dar 50 mg/kg/dia de 8/8h por 10 dias
Amoxicilina + Clavulanato 250 + 62,5mg/5ml ---------- X Frasco
Dar 50mg/kg/dia de 8/8h durante 10 dias (Casos recorrentes)
BRONQUIOLITE CONJUTIVITE VIRAL
USO INALATÓRIO (NEBULIZAÇÃO) USO OFTALMOLÓGICO
Berotec ® (Fenoterol) ----------------------------------------- 1 Frasco Lacribell® colírio (lubrificante oftálmico) --------------- 1 Frasco
1 gota a cada 3 kg. Aplicar 1 gota em cada olho de 6/6h, se necessário
Atrovent® (ipratrópio) --------------------------------------- 1 Frasco Lavar com SF 0,9% gelado sempre que necessário.
< 10kg: 10 gotas Atestado por 5 dias.
≥ 10 kg: 20 gotas
Soro Fisiológico 0,9% ----------------------------------------- 1 Frasco
5ml de SF 0,9%
Nebulizar de 6/6h
RINITE ASMA TRATAMENTO AMBULATORIAL
USO INALATÓRIO: USO INALATÓRIO:
Budesonida Spray --------------------------------------------- 1 Frasco Beclometasona 250mcg (Clenil®) --------------------------- 1 Caixa
Até 02 anos: 32 mcg Aplicar 1 jato, via espaçador à noite
De 02 - 05 anos: 50 mcg
De 05 - 10 anos: 64 mcg Salbutamol spary 100 mcg (Aerolin®) -------------------- 1 Frasco
> 10 anos: 100 mcg Aplicar 3 jatos, via espaçador, se crise (SOS).
Aplicar 01 jato em cada narina de 12/12h por 3 meses.
Montelucaste ---------------------------------------------------- 1 Caixa
USO ORAL: 2 a 5 anos: Sache 4mg – 1x/dia por 30 dias
Montelucaste ---------------------------------------------------- 1 Caixa > 5 anos: Comprimido mastigável 5mg – 1x/dia por 30 dias
2 a 5 anos: Sache 4mg – 1x/dia por 30 dias
> 5 anos: Comprimido mastigável 5mg – 1x/dia por 30 dias
IMPETIGO OTITE MÉDIA AGUDA
USO ORAL: USO ORAL:
Cefalexina 250mg/5ml --------------------------------------- X Frasco Amoxicilina 250mg/5ml ------------------------------------- X Frasco
Dar 75 mg/kg/dia 6/6 h durante 7 dias. Dar 50 mg/kg/dia de 8/8h por 10 dias
USO TÓPICO Amoxicilina + Clavulanato 250 + 62,5mg/5ml ---------- X Frasco
Dar 50mg/kg/dia de 8/8h durante 10 dias
Mupirocina creme 2% ------------------------------------------ 1 Tubo
(Quadros graves ou recorrentes; falha terapêutica após 72
Aplicar mupirocina em cavidade nasal, axila e virilha, 1X/dia (à
horas; uso de ATB nos últimos trinta dias; menores que 2 anos
noite) durante 7 dias. (Impetigo de repetição)
ou frequentando creches).
#KetResumos
OTITE EXTERNA PITIRÍASE VERSICOLOR
USO TÓPICO: USO TÓPICO:
Ciprofloxacino + Hidrocortisona solução otológica Sulfeto de Selênio 2,5% ou Cetoconazol Xampu ------- 1 Frasco
(Otociriax®) ----------------------------------------------------- 1 Frasco Aplicar no couro cabeludo ao tomar banho e deixar agindo por
Pingar 3 gotas na orelha afetada de 12/12h durante 7 dias. 3 minutos, durante 7 dias. Após isso, continuar o uso
(Agitar o frasco antes de usar e deixar a cabeça inclinada por 1x/semana, durante 4 semanas;
30”)
Miconazol creme ------------------------------------------------ 1 Tubo
USO ORAL: Aplicar nas lesões 3X/dia, durante 2 semanas;
Ibuprofeno gotas 100mg/ml -------------------------------- 1 Frasco USO ORAL:
Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h, se dor e/ou febre
Hidroxizine 2mg/ml ------------------------------------------- 1 Frasco
Dar 0,5 mg/kg/dose de 8/8h durante 5 dias, caso prurido.
DERMATITE ATÓPICA DERMATITE SEBORREICA
ATOPIA LEVE USO TÓPICO:
USO TÓPICO: Drenison® loção (fludroxicortida) ------------------------- 1 Frasco
Aplicar sobre as lesões de 12/12h durante 1 semana.
Hidratante com ureia pós-banho: Fisiogel, Hidrakids ou
Neutrogena + Sabonete glicerinado para o banho. Opção para lesão úmida
ATOPIA MODERADA A GRAVE USO TÓPICO:
USO ORAL: Drenison® Creme ------------------------------------------------ 1 Tubo
Hidroxizine 2mg/ml ----------------------------------------- 1 Frasco Aplicar sobre as lesões de 12/12h durante 1 semana.
Dar 0,5 mg/kg/dose de 8 em 8 horas durante 5 dias
Opção para lesão seca e escamosa
USO TÓPICO:
USO TÓPICO:
Dexametasona creme ------------------------------------------ 1 Tubo
Aplicar nas lesões de 12/12h durante 7 dias. Drenison® Pomada ---------------------------------------------- 1 Tubo
Aplicar sobre as lesões de 12/12h durante 1 semana.
Hidratante com ureia pós-banho: Fisiogel, Hidrakids ou
Neutrogena + Sabonete glicerinado para o banho.
PARASITOSES
DOENÇA TRATAMENTO
AMEBÍASE Metronidazol suspensão 40 mg/ml: 30 mg/Kg/dia, VO de 8/8h por 7 dias.
Secnidazol suspensão 30mg/ml: 30mg/kg/dia, VO, dose única
GIADÍASE Metronidazol suspensão 40 mg/ml: 30 mg/Kg/dia VO de 8/8h por 7 dias.
Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg) 1x/dia, VO por 5 dias.
ASCARIDÍASE Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias. Repetir em 14 dias.
Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg), VO dose única.
ANCILOSTOMÍASE Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias. Repetir em 14 dias.
Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg), VO dose única.
TRICURÍASE Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias. Repetir em 14 dias.
Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg), VO dose única.
TOXOCARÍASE Mebendazol suspensão 20mg/ml: 100 a 200 mg de 12h/12h, VO durante 5 dias. Repetir em 14 dias.
Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg)/dia, VO durante 5 dias.
ENTEROBÍASE/OXIURÍASE Mebendazol suspensão 20mg/ml: 100 a 200 mg de 12h/12h, VO durante 5 dias. Repetir em 14 dias.
Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg) 2x/dia, VO durante 5 dias.
Pirvínio (susp. 10mg/ml ou Comp. 100mg) – 10 mg/kg OU 1 comp. de 100mg a cada 10kg, dose única.
TENÍASE / CISTICERCOSE Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 10 a 20mg/kg, em dose única. (TENÍASE)
Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 50 a 60 mg/kg, em dose única. (CISTICERCOSE)
ESQUISTOSSOMOSE Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 60 mg/kg, em dose única.
ESTRONDILOIDÍASE Ivermectina 6mg - ½ comp. para crianças > 15kg. A cada 10 kg, adicionar ½ comp. Máx. de 2 comp.
Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO, de 12/12h por 3 dias.
ESCABIOSE Ivermectina 6mg - ½ comp. para crianças > 15kg. A cada 10 kg, adicionar ½ comp. Máx. de 2 comp.
Monossulfiram (Tetmosol) solução
LARVA MIGRANS CUTÂNEA Tiabendazol 5% pomada – Aplicar na lesão 2 vezes ao dia durante 14 dias
Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25-50 mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO de 12/12h, por 5 dias.
#KetResumos
DOSES EM PEDIATRIA
ANALGÉSICOS E ANTITÉRMICOS
DIPIRONA Injetável PESO X 0,04 = Dose
ANTIÁCIDO E RGE
RANITIDINA Injetável 50mg/2ml Peso ÷ 20 = dose em ml EV
ANTIALÉRGICOS
DEXCLORFENIRAMINA 2mg/5ml (Polaramine®) Peso ÷ 4 = dose em ml de 8h/8h durante 5 dias (Máx.: 5ml/dose)
PROMETAZINA Injetável 50mg/2ml (Fenergan®) Peso X 0,02 = dose em ml IM (Máx.: 2ml)
ANTIBIÓTICO
ÁCIDO NALIDIXICO 50mg/ml (NÃO usar < 3 meses) Peso ÷ 4 = dose em ml de 6h/6h durante 7 dias (Máx.: 10ml/dose)
CEFTRIAXONE 250mg / 500mg / 1g 50mg/kg/dose 1x/dia IM de 3 a 7 dias (Máx.: 1g/dose)
METRONIDAZOL Suspensão Oral 4% 0,5ml/Kg/dia ÷ 2 ou 3x/dia (Máx.: 10ml/dose)
ANTIEMÉTICO/VÔMITOS
BROMOPRIDA Gotas 3 a 6 gotas/kg/dia de 8h/8h (Máx.: 40 gotas/dose)
DIMENIDRATO Gotas 25mg/ml (Dramin) 1 gota/kg/dose de 6h/6h SN. (Máx.: 40 gotas/dose)
DIMENIDRATO Injetável 40mg/ml IM Peso X 0,03 = dose em ml IM (Máx.: 1ml/dose)
DRAMIN Injetável 30mg/10ml EV 10Kg = 4ml (Máx.: 10ml/dose). EX.: SG5% 250ml + Dramin 4ml EV
METOCLOPRAMIDA Gotas 4mg/ml (Plasil) 2/3 PESO = dose em gotas 8h/8h SN (Máx.: 40 gotas/dose)
METOCLOPRAMIDA Injetável 10mg/2m Peso ÷ 20 = dose em ml IM / EV (Máx.: 2ml)
ANTIESPASMÓTICOS/CÓLICAS
ESCOPOLAMINA + DIPIRONA (Buscopam Composto) 1 gota/Kg/dose de 6h/6h (Máx.: 40 gotas/dose)
BUSCOPAM COMPOSTO Injetável Peso ÷ 20 dose em ml. Infundir diluído no Soro lentamente.
ANTIINFLAMATÓRIOS
CETOPROFENO Gotas 20mg/ml (Profenid) 1 gota/Kg/dose de 8h/8h 2 a 5 dias (Máx.: 50 gotas/dose)
DICLOFENACO Gotas 15mg/ml (Cataflan) 1 gota/Kg/dose de 8h/8h 2 a 5 dias (Máx.: 40 gotas/dose)
NIMESULIDA Gotas (Scaflam) 1 gota/Kg/dose de 12h/12h 2 a 5 dias (Máx.: 50 gotas/dose)
ANTIPARASITÁRIOS
ANNITA Suspensão Oral 20ml/ml (Nitazoxanida) 7,5 x Peso ÷ 20 = dose em ml 12h/12h 3 dias (Máx.: 14ml/dose)
ALBENDAZOL Suspensão Oral 400mg/10ml 10ml Dose Única. Giardíase: 10ml/dia por 5 dias. Evitas < 2 anos.
MEBENDAZOL Suspensão Oral 100mg/5ml 5ml 12h/12h por 3 dias. Evitar < 2 anos.
IVERMECTINA 6mg (Revectina) Escabiose, Pediculose, Miíase. ½ comp. A cada 15kg.
XAROPES/TOSSE/ASMA
FENOTEROL (Nebulização) 1 gota a cada 3kg / Se grave: 1 gota/kg – Inalação a cada 20 min. Pode fazer até 3X
ACEBROFILINA Xarope 25mg/5ml (Filinar) Peso ÷ 5 = dose em ml 12h/12h por 5 dias (Máx.: 10ml/dose)
CARBOCISTEÍNA Xarope Infantil 20mg/ml 1-4 anos: 2,5ml 5-10 anos: 5ml > 10 anos: 10ml 8h/8h por 5 dias
KÓIDE D XPE (DEXCLOR. + BETAMETASONA) Peso ÷ 4 = dose em ml 8h/8h por 5 dias (Máx.: 5ml/dose)
LEVODROPROPIZINA Xarope 30mg/5ml (Antux) Tosse seca, irritativa. > 2 anos. Vide Tabela
SALBUTAMOL Xarope 2mg/5ml (Aerolin) Asma. Vide Tabela 1 Jato por 2 – 3Kg (Máx 10 jatos)
TERBUTALINA Xarope (Bricanyl) 0,25ml/Kg/dose 8h/8h 5 dias (Máx.: 5ml/dose)
CORTICÓIDES/ALERGIA/ASMA/LARINGITE
DEXAMETASONA Elixir (Decadron) Peso ÷ 3 = ml/dose 8h/8h por 3 a 5 dias (Máx.: 15ml/dose)
DEXAMETASONA 4mg/ml (Decadron) 0,3mg/Kg/dose IM ou EV (Máx.: 4mg/dose)
HIDROCORTISONA 100 a 500mg (Solucortef) 5mg/Kg (ASMA) e 10mg/Kg (ALERGIA). Infundir em SG5% lento
LAXANTES
ÓLEO MINERAL (EVITAR < 1 ano) 1 a 2 ml/kg/dose – 1 a 2 x/dia (Máx.: 15ml/dose)
LACTULONA Xarope < 1 ano: 5ml/dia // 1 a 5 anos: 7,5ml/dia // 6 a 12 anos: 12ml/dia
LEITE DE MAGNÉSIA 1 a 3 ml/dia 1 a 2x/dia (Máx.: 30ml/dia)
#KetResumos
AVALIAÇÃO DE PESO DO RN
A quase totalidade dos recém-nascidos apresentam perda de peso ponderal nos primeiros dias de vida. A maioria dos estudos
comprovam que a perda está relacionada à redução dos fluidos, mas também é consequência do uso, pelo RN, de tecido adiposo
como fonte de energia. A perda de peso aceitável nos 23 primeiros dias de vida é de 5-7% do peso de nascimento.
Se perda de peso < 7% com 48 horas de vida: ALTA HOSPITALAR
Se perda de peso 8-10% do peso de nascimento: ALTA HOSPITALAR COM RETORNO AO AMBULATÓRIO EM 48 HORAS
PARA REAVALIAÇÃO.
Se perda de peso > 10%: SUSPENDER ALTA HOSPITALAR, avaliar amamentação (apojadura) e necessidade de
complementação com fórmula láctea, após mamadas.
OBS.: Sempre avaliar amamentação: pega e técnica correta.
AVALIAÇÃO DE HIPOGLICEMIA
Um recém-nascido de termo necessita de alimentação frequente, pois suas reservas de glicogênio são capazes de fornecer glicose
por aproximadamente 4 horas, entre as mamadas.
O diagnóstico precoce, a introdução urgente do tratamento e a prevenção de futuros episódios de hipoglicemia são de
fundamental importância para a proteção do cérebro em desenvolvimento da carência de glicose.
Um valor de glicemia capilar inferior a 40 mg/dL (hipoglicemia neonatal), obtido por glicosímetro à beira do leito, deverá ser
confirmado por dosagem plasmática de glicose.
Deixar controle de dextro em todo RN:
Pré-termo (< 37 semanas)
PIG
GIG
Filho de mãe diabética.
Esquema:
Pré-termo, GIG e PIG: Na 2º e 6º hora de vida e após de 6/6 horas
Filho de mãe diabética: Na 1º, 2º, 4º e 6º hora de vida e após de 6/6 horas.
Observações:
Se dextro < 40mg/dl assintomático: Colocar em seio materno e complemento, se necessário → repetir em 40 minutos
se mantiver < 40 mg/dl → solicitar vaga em UTIN.
Se dextro < 40 mg/dl com RN sintomático ou dextro < 20mg/dl: Solicitar vaga em UTIN imediatamente.
Manter o controle de glicose por 48 horas e alta apenas se normalidade dos controles nas últimas 24 horas.
AVALIAÇÃO DE ICTERÍCIA
Na maioria das vezes a icterícia reflete uma adaptação neonatal ao metabolismo da bilirrubina e é denominada de “fisiológica”.
Por outras vezes decorre de um processo patológico, podendo alcançar concentrações elevadas e ser lesiva ao cérebro, instalando-
se o quadro de encefalopatia bilirrubínica aguda.
A hiperbilirrubinemia significante presente na primeira semana de vida é um problema preocupante em RN de termo e prematuros
tardios e com frequência está associada à oferta láctea inadequada, perda elevada de peso e desidratação, muitas vezes
decorrente da alta hospitalar antes de 48 horas de vida e da falta do retorno ambulatorial.
A hiperbilirrubinemia indireta denominada “fisiológica” caracteriza-se na população de termo por início tardio (após 24 horas)
com pico entre o 3º e 4º dias de vida e bilirrubinemia total (BT) máxima de 12 mg/dL.
A presença de icterícia antes de 24-36 horas de vida ou de valores de BT > 12 mg/dL, independentemente da idade pós-natal,
alerta para a investigação de processos patológicos.
Risco para Icterícia patológica:
Icterícia nas primeiras 24-36 horas de vida
Incompatibilidade materno-fetal Rh (antígeno D – Mãe negativo e RN positivo) – Coombs direto positivo ou ABO (mãe O
e RN A ou B) – podendo ou não ter Coombs direto positivo
Idade gestacional de 35 e 36 semanas (independentemente do peso ao nascer)
Aleitamento materno exclusivo com dificuldade ou perda de peso > 7% em relação ao peso de nascimento
Irmão com icterícia neonatal tratado com fototerapia
Presença de céfalo-hematoma ou equimoses
Descendência asiática
Mãe diabética.
#KetResumos
Indicação de Fototerapia
Quando em Fototerapia:
Se RN de alto risco repetir a BTF em 6 horas para avaliar queda e solicitar HB, Ht e reticulócitos
Para retirada esperar BT< 10 mg/dl e retorno em 24-48 horas (no ambulatório) para avaliação de rebote.
Quando, sem nível de BT para fototerapia, porém com fatores de risco:
RN em ZONA DE RISCO INTERMEDIÁRIO ALTO → Retorno no ambulatório em 48 horas.
RN em ZONA DE ALTO RISCO → Retorno no ambulatório em 24 horas.
HEPATITE C
Atualmente, não existe profilaxia pré ou pós exposição com imunoglobulina ou vacina efetiva para prevenir infecção pelo VHC. A
prevenção da transmissão e aquisição do VHC depende da prevenção à exposição ao sangue infectado.
#KetResumos
TOXOPLASMOSE
HIV
Quimioprofilaxia com AZT + NPV para todos os recém-nascidos de mães com diagnóstico de infecção pelo HIV que não
receberam ARV na gestação, mesmo que a mãe tenha recebido AZT injetável no momento do parto.
OBS: a Nevirapina não é indicada para RN < 35 semanas, nesse caso utilizar apenas a zidovudina.
Mães que receberam ARV na gestação com carga viral indetectável, usar apenas AZT no recém-nascidos.
AZT + NVP
SÍFILIS
VDRL do RN VDRL do RN
Tratamento:
Penicilina G Cristalina: 50.000 UI/kg/dose, EV de 12/12 horas, até 7 dias de vida e depois de 8/8 horas, completar 10 dias
de tratamento.
Penicilina G procaína: 50.000 UI/Kg/dia, 24/24 horas, IM, por 10 dias.
Observações:
Se neurosífilis: sempre usar penicilina G cristalina.
Se sífilis, porém VDRL do líquor negativo ou líquor normal: pode ser usado penicilina G cristalina ou procaína.
Se mãe adequadamente tratada e exames de triagem do Rn normais, porém na impossibilidade de acompanhamento:
Penicilina G benzatina: 50.000 UI/kg/dose única, IM.
GASOMETRIA ARTERIAL
VALORES DE REFERÊNCIA
pH = 7,35 a 7,45 PCO2 ↑ = Acidose
BIC = 22 a 26 PCO2 ↓ = Alcalose
PCO2 = 35 a 45
BE = + 3 a – 3 BIC ↑ = Alcalose
BIC ↓ = Acidose
MEDICINA
RESUMO - SEMANA 1
ALEITAMENTO MATERNO
IMUNIZAÇÃO
PARASITOSES INTESTINAIS
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
ALEITAMENTO MATERNO
PERGUNTAS
01 - Qual é a proteína do leite de vaca que provoca alergia no RN? BETALACTOGLOBULINA
03 - Qual é a proteína em maior quantidade no leite da vaca? CASEÍNA. Relação caseína/proteína do soro é cerca de 80/20).
04 – Quem tem mais proteína, leite materno ou leite de vaca? LEITE DE VACA
05 – Quem tem mais gorduras (lipídeos), leite materno ou leite de vaca? Quantidades Semelhantes
07 – Quem tem mais Cálcio, leite materno ou leite de vaca? LEITE DE VACA
08 – Qual bom parâmetro para saber a absorção de cálcio? RELAÇÃO CÁLCIO/FÓSFORO. No leite materno é 2:1 (IDEAL)
09 – Quem tem mais ferro, leite materno ou leite de vaca? Igualmente baixo em ambos os leites
11 – Quem tem mais carboidrato (LACTOSE), o leite materno ou o leite de vaca? LEITE MATERNO
Imunidade do leite:
Lisozina – Ação bactericida
Lactoferrina – Ação bacteriostática
Fator bífido – pH ácido
Lactoperoxidade – Imunidade contra estreptococo
IMUNIZAÇÃO
PERGUNTAS
01 - Quais as vacinas do 12º mês?
IDADE SUS SBP
VACINA VACINA
12 MESES TRÍPLICE VIRAL (1ª Dose) TETRA VIRAL (1ª Dose)
PNEUMOMOCÓCICA 10 (1º Reforço) PNEUMOCÓCICA 10 (1º Reforço)
MENINGOCÓCICA C (1º Reforço) MENINGOCÓCICA C (1º Reforço)
MENINGOCÓCICA A,C,W,Y (1º Reforço)
MENINGOCÓCICA B (1º Reforço)
HEPATITE A (1ª Dose)
02 – Qual o calendário vacinal da vacina contra: influenza, Difteria e Haemophilus influenzae tipo B?
INFLUENZA – 6 meses a 1ª dose e 7 meses a 2ª dose e após isso anualmente até os 5 anos
DIFTERIA – 2, 4, 6 meses (Pentavalente), 15, 4 a 6 anos (DTP), após, reforço a cada 10 anos (DT adulto)
HAEMOPHILUS INFLUENZAE TIPO B - 2, 4, 6 meses (Pentavalente)
VACINA SUS SBP
DOSES IDADE DOSES IDADE
Tríplice Bacteriana 3 Doses 2, 4 e 6 meses 3 Doses 2, 4 e 6 meses
(DTP) / (DTPa*) 2 Reforço Reforço: 15 meses // 4 anos 2 Reforço Reforço: 15 meses // 4 a 6 anos
DT Reforço a cada 10 anos Reforço 14 anos
Haemophilus influenza 3 Doses 2, 4 e 6 meses 3 Doses + 2, 4 e 6 meses
tipo B 1 Reforço REFORÇO DE 15 MESES
Influenza 1 Dose anual A partir dos 6 meses 1 Dose anual A partir dos 6 meses
Primoimunização: 1 dose aos 6 e Primoimunização: 1 dose aos 6
outra aos 7 meses e outra aos 7 meses
15 - Após qual vacina paciente pode iniciar quadro de hipotonicidade-hiporresponsividade ou convulsão (após 72h)?
Como será a próxima dose dessa vacina?
DTP (componente Pertussis).
Bordetella Pertussis
Realizar-se-á DTPa.
16 - Por que não é recomendada vacina contra Rotavírus depois dos 5 meses de vida?
Porque é nessa fase que existe pico de incidência de intussuscepção em crianças e alguns estudos relataram risco desse efeito
colateral relacionado ao uso da vacina. Portanto, para evitar sobreposição de riscos, recomenda-se fazer antes.
17 - Qual o esquema de vacinação contra HPV?
- Ministério da Saúde:
----- Meninas entre 9 a 14 anos – 2 doses (0 e 6 meses)
----- Meninos entre 11 a 14 anos - 2 doses (0 e 6 meses)
----- Mulheres e Homens com HIV entre 9 e 26 anos – 3 doses (0, 2 e 6 meses)
- Sociedade Brasileira de Pediatria:
----- Meninos e meninas a partir dos 9 anos em 03 doses (0, 2 e 6 meses).
20 – Quais as vacinas contra bactérias até 15 anos de idade pelo ministério da saúde?
Forma Extraintestinal:
• Abscesso hepático (mais comum): manifesta-se de forma aguda (< 10 dias) com dor em hipocôndrio direito,
hepatomegalia, febre, sudorese noturna e SINAL DE TORRES-HOMEM POSITIVO (Dor à percussão do gradil costal sobre
o hipocôndrio direito). Laboratório: leucocitose neutrofílica importante (20.000 a 30.000) e aumento das enzimas
hepáticas.
o No conteúdo do abcesso hepático, encontram‐se fragmentos proteicos acelulares, tipo “pasta de anchovas”, que
correspondem a hepatócitos destruídos pelos trofozoítos.
o Diagnóstico: USG ou TC + sorologia antiameba = ABCESSO HEPÁTICO
o Tratamento: ATB (Metronidazol) + Drenagem (Raro)
DIAGNÓSTICO DA AMEBÍASE:
EPF - Pesquisa de trofozoítas ou cistos nas fezes (FAUST / MIF= 3 amostras consecutivas).
o Trofozoítos com hemácias fagocitadasm no exame a fresco é PATOGNOMÔNICO
Sorologia (ELISA) e pesquisa de antígenos fecais de ameba.
Colonoscopia com escovado e/ou biópsia da mucosa.
TRATAMENTO DA AMEBÍASE:
Metronidazol suspensão 40 mg/ml: 30 mg/Kg/dia, VO de 8/8h durante 7 dias.
Secnidazol suspensão 30mg/ml: 30mg/kg/dia, VO, dose única. Dose máxima de 2g.
#KetResumos
ASCARIDÍASE
Agente etiológico: Ascaris lumbricoides.
Faixa etária mais acometida: 2 a 10 anos.
Contágio: Ingestão de ovos (alimentos ou água contaminados) ou pelo contato das mãos com o solo contaminado.
Verminose mais prevalente no mundo. Relacionada a saneamento básico e baixos níveis socioeconômicos.
CICLO PULMONAR DE LOSS: LARVAS NO ESTÔMAGO → PENETRAM A MUCOSA → CORRENTE SANGUÍNEA → PULMÃO / ALVÉOLOS
→ MATURAÇÃO → ASCENDEM A ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUIVA → DEGLUTIDAS → ESTÔMAGO → INTESTINO DELGADO.
QUADRO CLÍNICO:
Maioria assintomático.
SÍNDROME DE LÖEFFLER (pneumonia eosinofílica):
o Tosse seca // Broncoespasmo // Febre baixa;
o Infiltrados intersticiais migratórios e múltiplos.
o Eosinofilia (10 a 30%)
Dor abdominal, diarreia, náuseas e anorexia.
Obstrução intestinal (valva ileocecal) – “Bolo de áscaris” em 40%
Invasão da árvore biliar
o Cólica biliar // Icterícia (Colangite ascendente) // Pancreatite.
DIAGNÓSTICO:
Identificação dos ovos nas fezes:
o Métodos de sedimentação de LUTZ ou de HOFFMAN: para ovos inférteis;
o Métodos de suspensão (como o de FAUST): para ovos férteis.
Exames radiológicos do tipo baritados (CPER) podem revelar imagens de “falhas de enchimento” patognomônicas de
ascaridíase.
Laboratorial: Eosinofilia no sangue periférico
TRATAMENTO:
Formas não complicadas (não usar nas formas complicadas):
o Albendazol suspensão 40mg/ml: 10 ml (400mg), VO, dose única, quando > 2 anos;
o Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias e repete em 14 dias.
Formas complicadas (Obstrução intestinal):
o SNG + Jejum + hidratação;
o Citrato de piperazina: 50-100 mg/kg/dia (máx. 3,5g), VO, durante 2 dias. Imobiliza o sistema muscular do verme.
o Óleo mineral 40 a 60 ml/dia;
o Antiespasmódico
o Após eliminação: mebendazol 100 mg, VO, de 12h/12h durante 3 dias.
ANCILOSTOMÍASE
Agentes etiológicos: Necator americanus e Ancylostoma duodenale.
Contágio: Contato com solo contaminado e ingestão de água e alimentos contaminados.
QUADRO CLÍNICO:
Maioria assintomático.
Quadro gastrointestinal agudo: náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e flatulência. ENTERITE CATARRAL.
Quadro crônico expoliativo: ANEMIA FERROPRIVA (HIPO/MICRO), hipoalbuminemia, desnutrição proteica, anasarca,
eventual síndrome disabsortiva e prejuízo no desenvolvimento físico e mental das crianças (hiperinfestação).
Eosinofilia leve a moderada.
Erupções maculopapulares eritematosas e pruriginosas.
SÍNDROME DE LÖEFFLER.
DIAGNÓSTICO:
Achado de ovos no EPF:
o Métodos de Lutz, Willis ou Faust;
o Contagem de ovos pelo Kato-Katz.
*Quando as fezes não são frescas, pode haver liberação pelos ovos das larvas rabditoides (semelhantes aos do Strongyloides).
• Achados laboratoriais: anemia ferropriva + hipoalbuminemia + eosinofilia.
TRATAMENTO:
É indicado para todas as pessoas infectadas da família ou para todos os grupos comunitários para interromper o ciclo de
transmissão.
Albendazol suspensão 40mg/ml: 10 ml (400mg), VO em dose única.
Mebendazol suspensão 20mg/ml – 5 ml (100mg) de 12/12h por 03 dias e repete em 14 dias
Controle de cura com EPF após 7°, 14° e 21° dias após o término do tratamento!!!
#KetResumos
GIARDÍASE
Agente etiológico (protozoário): Giardia lamblia.
Período de incubação: 1 a 4 semanas.
Contágio: ingestão de água não filtrada e alimentos não cozidos contaminados. A transmissão interpessoal (anal-oral) é comum
em creches. A cloração da água não mata os cistos, somente a filtração e a fervura.
Local de infecção: duodeno e jejuno proximal.
CISTO E TROFOZOITO → ATAPETAMENTO DO DELGADO = SÍNDROME DA MÁ ABSORÇÃO
QUADRO CLÍNICO:
Maioria assintomática.
Não é invasiva. Os trofozoítas são capazes de atapetar o delgado (duodeno e jejuno proximal).
Forma aguda (enterite aguda): diarreia e dor abdominal (tipo cólica).
Forma crônica (recidivante):
o Esteatorreia (↓ vit. A, D, E, K, B12, FOLATO);
o Fadiga e anemia
o Anorexia e ↓ peso;
o Flatulência e distensão abdominal;
Síndrome disabsortiva.
Giardíase Grave pode ocorrer em pacientes com hipogamaglobulinemia por IgA e AIDS
DIAGNÓSTICO:
EPF - Identificação de cistos/trofozoítas no exame direto das fezes pelo método Faust (3 amostras consecutivas).
Identificação de trofozoítas no fluido do aspirado duodenal.
TRATAMENTO:
Metronidazol suspensão 40 mg/ml: 30 mg/Kg/dia, VO de 8h/8h durante 7 dias.
Albendazol suspensão 40mg/ml: 10 ml (400mg), VO durante 5 dias.
Tinidazol Suspensão 100mg/ml: 50mg/kg/dia, dose única
Secnidazol suspensão 30mg/ml: 30mg/kg/dia, VO, dose única. Dose máxima de 2g.
ESTRONGILOIDÍASE
Agente etiológico: Strongyloides stercoralis.
Contágio: Solo contaminado.
QUADRO CLÍNICO:
Assintomático;
Sintomas digestivos altos (duodenojejunite): dor epigástrica (surda ou em queimação), que piora com a ingestão de
alimentos (Simula úlcera péptica duodenal/epigastralgia); diarreia; desconforto abdominal; mal-estar; pirose; sonolência;
náuseas e eventualmente vômitos.
Síndrome disabsortiva: esteatorreia, hipoalmbuminemia e anasarca (duodenojejunite e atrofia das vilosidades).
Manifestações dermatológicas (90%): lesões urticariformes ou maculopapulares periódicas.
o LARVA CURRENS: lesão característica, extremamente pruriginosa. Tem aspecto linear e serpentiforme. Geralmente
em nádegas, períneo, virilha, tronco e coxa proximal.
Estrongiloidíase disseminada (Quadro Grave):
o Fatores de risco: uso de altas doses de corticoide, desnutrição, etilismo e neoplasia (imunodeficientes);
o Alta capacidade de invasão parasitária: SNC, Fígado, Peritônio e rins
o Febre, dor abdominal, anorexia, náuseas, vômitos e diarreia que evolui com piora da febre, leucocitose neutrofílica
com desvio à esquerda, sinais de peritonite, meningite e sintomas respiratórios.
o As larvas carreiam Gram-negativos entéricos (risco de sepse).
DIAGNÓSTICO:
EPF - Achado das larvas rabditoides no EPF (método de Baermann-Moraes);
Achado das larvas no aspirado duodenal;
Testes Sorológicos
TRATAMENTO:
É indicado para todos os membros infectados da família ou para todos os membros de grupos comunitários para interromper o
ciclo de transmissão.
Não complicadas:
o Ivermectina (6mg) – ½ comp. em 15 kg e mais ½ comp. a cada 10kg. Máximo de 2 comprimidos.
o Albendazol suspensão 40mg/ml: 10 ml (400mg), VO dose única.
o Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25-50mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO, de 12/12h durante 3 dias.
Graves ou disseminadas:
o Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25-50 mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO ou via enteral, de 8/8h, por 10 dias.
O controle de cura se faz com três EPF no 7°, 14°, 21° dias após o término do tratamento!!!
#KetResumos
TRICURÍASE
Agente etiológico: Trichuris trichiura.
CICLO: ser humano adquire os ovos através de água e alimentos contaminados → Intestino Grosso → ceco e cólon ascendente.
QUADRO CLÍNICO:
Assintomático.
Dor em FID associada à síndrome disentérica (colite + enterorragia).
PROLAPSO RETAL em crianças intensamente parasitadas (hipotonia esfincteriana devido a diarreia + tensão retal +
peristalse sobre a mucosa inflamada).
DIAGNÓSTICO:
EPF (3 amostras – Lutz, Faust e Kato-Katz) – ovos com formato inconfundível de barril.
TRATAMENTO:
Mebendazol suspensão 20mg/ml – 5 ml (100mg) de 12/12h por 03 dias;
Albendazol suspensão 40mg/ml: 10 ml (400mg), VO em dose única.
TENÍASE
Agente etiológico: Taenia solium (porco) e Taenia saginata (vaca).
Contaminação: Ingestão de carne contaminada.
CICLO: Ingestão de carne infectada (boi – T. saginata; porco- T. solium) com cisticercos → verme adulto no intestino → ovos e
proglotes (segmentos do parasita) nas fezes → boi e porco contaminados → cisticerco no músculo.
***** Homem é o hospedeiro definitivo (contém o verme adulto).
QUADRO CLÍNICO:
Assintomático;
Dor abdominal, náuseas, vômitos, perda ponderal e fraqueza;
Podem ser observados proglotes nas fezes.
Teníase saginata é mais sintomática que teníase solium.
DIAGNÓSTICO:
Método de Tamização fecal - Detecção de ovos ou proglotes nas fezes.
Método de Graham ou de Hall - procura de ovos na região perianal
TRATAMENTO:
Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 10 a 20 mg/kg (máx. 600mg), VO, dose única.
Mebendazol suspensão 20mg/ml – 5 ml (100mg) de 12/12h durante 03 dias;
Albendazol suspensão 40mg/ml: 10mg/kg/dia, máxima de 400 mg/dia, VO durante 03 dias.
Niclosamida comprimido mastigável: dose única
o Adultos e crianças > 8 anos = 2g
o Crianças de 2 a 8 anos = 1g
o Crianças < 2 anos = 0,5g
CISTICERCOSE
Agente etiológico: Taenia solium.
Contaminação: ingestão de carne de porco.
CICLO: homem (hospedeiro intermediário), ingere ovos e proglotes → cisticercos disseminados no SNC, músculo, olhos, etc...
QUADRO CLÍNICO – depende do órgão acometido
Neurocisticercose:
o Crises convulsivas;
o Hidrocefalia por obstrução do fluxo de LCR;
o Hipertensão intracraniana;
o Meningite crônica;
o Acidentes vasculares encefálicos.
DIAGNÓSTICO:
Na maioria das vezes o diagnóstico de certeza não é possível.
Neurocisticercose: clínica + neuroimagem (escólex na TC) + testes sorológicos + LCR (pleocitose, eosinofilorraquia e
positividade para reação de complemento) + história de exposição.
TRATAMENTO:
Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 50 a 60 mg/kg/dia, durante 21 dias + dexametasona
Albendazol suspensão 40mg/ml: 15 mg/kg/dia, durante 30 dias + metilprednisona.
Se necessário associar anticonvulsivantes (fenitoína ou diazepam).
#KetResumos
TOXOCARÍASE
Agente etiológico: Toxocara canis.
Hospedeiro definitivo: cão.
Típica de crianças entre 1 e 5 anos.
Contaminação: Via oral e solo contaminado
***** Não completa o ciclo em humanos
QUADRO CLÍNICO:
Assintomáticos
Maioria Autolimitado
Cargas parasitárias elevadas: febre, adinamia, irritabilidade, hepatomegalia, rash cutâneo pruriginoso e convulsões.
SÍNDROME DE LÖEFFLER
Larva migrans ocular: redução da acuidade visual e estrabismo.
Larva migrans visceral
Não há quadro abdominal e sim uma invasão em diversos órgão: Fígado, coração, SNC, tecido ocular...
DIAGNÓSTICO:
Alterações laboratoriais: leucocitose à custa de eosinofilia; hipergamaglobulinemia (IgG, IgM e IgE).
o ↑↑↑ Eosinofilia – Leuco: 30.000-100.000 (reação toxicoinflamatória)
Método padrão-ouro: biópsia.
Sorologia (ELISA).
Não há postura de ovos ou larvas, não faz EPF (negativo).
TRATAMENTO:
Albendazol suspensão 40mg/ml: 10 ml (400mg), VO, VO durante 5 dias;
Mebendazol suspensão 20mg/ml: 100 mg de 12h/12h, VO durante 5 dias.
Corticoides sistêmicos: insuficiência respiratória, edema cerebral ou disfunção miocárdica (Casos Graves).
o Prednisona: 1mg/kg/dia durante 2 a 4 semanas
Toxocaríase ocular: albendazol + corticoide tópico ou sistêmico.
ENTEROBÍASE (OXIURÍASE)
Agente etiológico: Enterobius vermiculares.
Não respeita classe social.
Ciclo Evolutivo: Vivem no intestino grosso (ceco) e as fêmeas grávidas “caem” para a região do tegumento anal, onde liberam os
ovos.
Transmissão: fecal-oral (autoinfestação). Parasitam o intestino grosso e migram para a região anal, onde liberam seus ovos.
QUADRO CLÍNICO:
PRURIDO ANAL (principalmente noturno).
Dermatite perianal
Dor em quadrante inferior direito
Vômitos, dores abdominais, tenesmo e fezes sanguinolentas.
Sexo feminino: prurido e corrimento vaginal.
DIAGNÓSTICO:
Método de Hall (swab anal)
Método de Graham (fita gomada).
TRATAMENTO:
Albendazol suspensão 40mg/ml: 10 ml (400mg), VO em dose única OU
o Albendazol comprimido 400mg: 1 comprimido, VO em dose única
Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5ml (100mg), VO, de 12/12h durante 3 dias.
o Mebendazol comprimido 100mg: 1 comprimido, VO, de 12/12h durante 3 dias.
Pirvínio suspensão 10mg/ml – 10 mg/kg dose única OU
o Pirvínio comprimido 100mg – 1 comprimido de 100mg a cada 10kg, dose única. (NÃO é a melhor opção)
#KetResumos
ESQUISTOSSOMOSE
Agente etiológico: Schistosoma mansoni.
Contaminação: Banhos em lagoas contaminadas. O agente penetra na pele.
CICLO: O verme adulto parasita o sistema venoso mesentérico (circulação porta) → postura de ovos no plexo venoso da junção
retossigmoide → ovos nas fezes, ovos retidos nos pequenos vasos ou circula pelo sistema porta → ovos na água → miracídio →
caramujo Biomphalaria → cercária → penetração na pele de humanos.
O período de incubação é de um a dois meses.
QUADRO CLÍNICO:
Pode ser assintomático
FORMA AGUDA
o Dermatite cercariana (prurido do nadador): prurido seguido por erupção maculopapular pruriginosa (12-24 h
depois da penetração da cercária, podendo durar por mais de 1 semana);
o FEBRE DE KATAYAMA – reação imunológica após 4 a 8 semanas do contato inicial: febre alta, calafrios e sudorese;
mal-estar, mialgias, cefaleia; hepatoesplenomegalia e microadenomegalia, anorexia, dor abdominal, diarreia e
vômitos.
Laboratório: Eosinofilia em torno de 20 a 30%
Exame físico: dermatite, micropoliadenopatia e hepatoesplenomegalia.
FORMA CRÔNICA (Presença de ovos maduros):
o Formação de granulomas
Forma intestinal (ovos na mucosa intestinal): Quadro inespecífico de dor abdominal em cólica, anorexia,
náuseas, vômitos, eructações e flatulência.
Forma hepatoesplênica (ovos retidos no espaço porta): Fibrose granulomatosa intra-hepática pré-sinusoidal
(FIBROSE DE SYMMERS), que resulta na hipertensão porta e suas consequências, como formação de varizes
de esôfago e esplenomegalia congestiva com hiperesplenismo.
Forma Pulmonar: Pela hipertensão porta, parte do sangue do sistema porta é desviado para o sistema cava,
permitindo a disseminação de ovos para outros órgãos e tecidos. O principal é o sistema vascular pulmonar,
levando a hipertensão vascular pulmonar.
o Fenômenos Imunológicos:
Forma renal 15% (glomerulonefrite esquistossomótica): Ocorrência de reação antígeno-anticorpo leva a
formação de imunocomplexos circulantes que se depositam nos vasos renais.
DIAGNÓSTICO:
Pesquisa de ovos nas fezes (Lutz e Kato-Katz).
Biópsia de mucosa retal.
TRATAMENTO:
Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 60 mg/kg, em dose única (preferencial em todas as formas clínicas).
o Não deve ser usado em gestantes; é excretado no leite materno (72 horas)
o Contraindicado na insuficiência renal, hepática e cardíaca graves e na forma hepatointestinal descompensada.
Oxamniquina suspensão 50mg/ml: 20 mg/kg, em dose única (adultos: 15 mg/kg em dose única). OU
o Oxamniquina comprimido 250mg: 20 mg/kg, em dose única (adultos: 15 mg/kg em dose única).
Contraindicado em grávidas, lactantes, crianças < 2 anos, na insuficiência renal, hepática e cardíaca
descompensadas e na hipertensão porta descompensada; não deve ser usado em pessoas com epilepsia.
Controle de cura feito com EPF mensal, por seis meses consecutivos, após o tratamento, devendo-se fazer biópsia retal no 6º
mês pós- tratamento!!!
#KetResumos
LARVA MIGRANS CUTÂNEA
Agente etiológico: Ancylostoma braziliense ou Ancylostoma caninum.
***** Bicho Geográfico.
CICLO: Animais infectados pelos helmintos eliminam os ovos do parasita nas fezes. As fezes contaminadas quando em contato
com um solo quente, úmido e arenoso eclodem, liberando as larvas. No solo, as larvas se alimentam de bactérias, e ao longo de 5
a 10 dias, passam por duas fases evolutivas até se tornarem aptas a infectar humanos ou outros animais. A contaminação do
homem se dá quando há um contato da pele com o solo contaminado por larvas.
Transmissão: Causada pelas larvas de parasitas que vivem nos intestinos de cães e gatos
QUADRO CLÍNICO:
Penetração das larvas (pode passar despercebido) → pápula (um ponto com relevo de mais ou menos 1 cm de diâmetro)
avermelhado e pruriginoso → Após 2 a 3 dias da invasão, surgem os pequenos túneis causados pela migração do verme por baixo
da pele. Cada invasão origina um túnel → Lesões são discretamente elevadas, serpiginosas, marrom-avermelhadas e provocam
muita COCEIRA. Os túneis avançam cerca de 2 a 5 cm por dia.
A duração do processo é variável podendo curar-se espontaneamente ao fim de 2 semanas ou durar meses. A larva migrans
quando desaparece espontaneamente, sem tratamento, pode reaparecer semanas ou meses depois.
DIAGNÓSTICO:
Clínico
TRATAMENTO:
EM POUCAS LESÕES (< 5):
Tiabendazol 5% pomada – Aplicar na lesão 2 vezes ao dia durante 14 dias OU
Albendazol (suspensão 40mg/ml OU Comp. 400mg): 10 ml (400mg), VO em dose única. Repetir após 7 dias. (> de 2 anos)
LESÕES DISSEMINADAS
Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25-50 mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO de 12/12h, durante 5 dias. OU
Albendazol (suspensão 40mg/ml OU Comp. 400mg): 10 ml (400mg), VO 1x/dia durante 3 dias. OU
Ivermectina 200mcg/kg em dose única (Crianças acima de 5 anos e > de 15 kg).
ESCABIOSE
Agente etiológico: Sarcoptes Scabei.
Ciclo Evolutivo: As fêmeas penetram na epiderme e depositam seus ovos, estes se tornam parasitas adultos em 2 semanas.
Transmissão: Contato com pessoas infectada, roupas e/ou outros objetos.
QUADRO CLÍNICO:
Pápulas eritematosas, vesículas, nódulos
Prurido intenso, principalmente a noite
Pode ocorrer crostas melicéricas (cor de mel) e pústulas decorrentes de infecção secundária.
DIAGNÓSTICO:
Clínico
Identificação do parasita ou de seus ovos na avaliação microscópica.
TRATAMENTO:
Todas as pessoas da casa devem ser tratadas, independente se possuem sintomatologia.
Orientar a lavagem de todas as roupas e exposição ao sol.
Monossulfiram (Tetmosol) solução - Diluir uma parte de Tetmosol Solução em três partes iguais de água. Após o banho,
secar o corpo e aplicar a solução nas áreas afetadas deixando-a secar naturalmente, em seguida o paciente pode se vestir.
Em alguns casos este procedimento pode ser repetido sucessivamente por dois ou três dias
SE CRIANÇAS > 2 MESES
Loção de permetrina a 5% - Aplicar (poupar boca e olhos) após o banho 1x/dia à noite, deixar agir durante 8 a 12 horas e
enxaguar. Reaplicar após 7 dias. OU
Deltametrina loção a 20mg/100ml – Aplicar 1x/dia durante 5 dias.
SE CRIANÇAS MAIORES DE 5 ANOS E > 15kg associar:
Ivermectina 6mg: 200mcg/kg VO em dose única. Repetir após 7 dias.
#KetResumos
PARASITOSES INTESTINAIS
PERGUNTAS
01 – Qual tratamento de Teníase? Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 10 a 20 mg/kg (máx. 600mg) VO dose única.
02 – Qual tratamento da Giardíase? Metronidazol suspensão 40mg/ml: 30 mg/kg/dia de 8/8h durante 7 dias.
04 - Qual parasitose cursa com sinal de Torres-Homem e o que ele traduz? AMEBÍASE.
SINAL DE TORRES-HOMEM - Dor à percussão do gradil costal sobre o hipocôndrio direito.
• Laboratório: leucocitose neutrofílica importante (20.000 a 30.000) e aumento das enzimas hepáticas.
o No conteúdo do abcesso hepático, encontram‐se fragmentos proteicos acelulares, tipo “PASTA DE ANCHOVAS”,
que correspondem a hepatócitos destruídos pelos trofozoítos.
o Diagnóstico: USG ou TC + sorologia antiameba = ABCESSO HEPÁTICO
o Tratamento: ATB (Metronidazol) + Drenagem (Raro)
06 - Quais parasitoses cursam com a síndrome de Löeffler? Quais são sua apresentação clínica e exames complementares?
S Strongyloides stercoralis Estrongiloidíase - Larva Currens
A Ancylostoma duodenale Ancilostomose “Amarelão”
N Necator americanus Ancilostomose
T Toxocara canis Toxocaríase “larva migrans visceral”
A Ascaris lumbricoides Ascaridpiase “Lombriga”
APRESENTAÇÃO CLÍNICA – (5 SINTOMAS) = Tosse seca, dispneia, broncoespasmo, hepatomegalia e febre baixa.
IMAGEM (RX): infiltrados intersticiais múltiplos e migratórios.
LABORATORIAL: eosinofilia e hiperglobulinemia.
08 - Qual é o método diagnóstico da estrongiloidíase? EPF - MÉTODO DE BAERMANN-MORAES (Achado das larvas rabditoides)
09 - Qual a manifestação dermatológica da estrongiloidíase? LARVA CURRENS – Sinal dermatológico da entrada do verme.
10 - Qual parasitose pode invadir a genitália feminina e gerar quadro de vulvovaginite? ENTEROBÍASE/OXIURÍASE.
11 - Qual parasitose pode ter em seu quadro clínico o prolapso retal? TRICURÍASE.
12 - Qual é o método diagnóstico para teníase? MÉTODO DE TAMIZAÇÃO FECAL - Detecção de ovos ou proglotes nas fezes.
14 - Qual o tratamento da esquistossomose? PRAZIQUANTEL: 60 mg/kg, dose única OU OXAMNIQUINA: 20 mg/kg, dose única.
15 - Qual é a parasitose que cursa com mais eosinofilia e acometimento ocular? TOXOCARÍASE.
19 - Qual é o modo de contágio/transmissão da estrongiloidíase? Contato direto com a pele (solo contaminado).
#KetResumos
20 - Qual é o tratamento de ascaridíase para crianças menores de 2 anos?
MEBENDAZOL suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias. Após 14 dias do término, dar 5 ml, 12/12h por 3
dias.
Formas complicadas (Obstrução intestinal):
o SNG + Jejum + hidratação + óleo mineral (40 a 60ml/dia) + Antiespasmótico
o Citrato de piperazina: 50-100 mg/kg/dia (máx. 3,5g), VO, durante 2 dias. Imobiliza o sistema muscular do verme.
21 - Qual é a opção além da ivermectina para tratamento de parasitoses em crianças com menos de 15 Kg?
Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25-50 mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO de 12/12h, durante 5 dias. OU
Albendazol (suspensão 40mg/ml OU Comp. 400mg): 10 ml (400mg), VO 1x/dia durante 3 dias.
22 – Qual parasitose tem como sintoma marcante a epigastralgia? ESTRONGILOIDÍASE. Simula a úlcera duodenal.
25 - Qual a orientação para evitar a ancilostomíase? Não deixar a criança andar descalça.
28 – Paciente com Estrongiloidíase vai iniciar tratamento com corticoide em doses imunossupressoras, o que devo fazer?
Tratar com Ivermectina a Estrongiloidíase para não evoluir com a forma disseminada. Antes do início da corticoterapia.
DOENÇA TRATAMENTO
AMEBÍASE Metronidazol suspensão 40 mg/ml: 30 mg/Kg/dia, VO de 8/8h por 7 dias.
Secnidazol suspensão 30mg/ml: 30mg/kg/dia, VO, dose única
GIADÍASE Metronidazol suspensão 40 mg/ml: 30 mg/Kg/dia VO de 8/8h por 7 dias.
Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg) 1x/dia, VO por 5 dias.
ASCARIDÍASE Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias. Repetir em 14 dias.
Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg), VO dose única.
ANCILOSTOMÍASE Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias. Repetir em 14 dias.
Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg), VO dose única.
TRICURÍASE Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias. Repetir em 14 dias.
Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg), VO dose única.
TOXOCARÍASE Mebendazol suspensão 20mg/ml: 100 a 200 mg de 12h/12h, VO durante 5 dias. Repetir em 14 dias.
Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg)/dia, VO durante 5 dias.
ENTEROBÍASE/OXIURÍASE Mebendazol suspensão 20mg/ml: 100 a 200 mg de 12h/12h, VO durante 5 dias. Repetir em 14 dias.
Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg) 2x/dia, VO durante 5 dias.
Pirvínio (susp. 10mg/ml ou Comp. 100mg) – 10 mg/kg OU 1 comp. de 100mg a cada 10kg, dose única.
TENÍASE / CISTICERCOSE Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 10 a 20mg/kg, em dose única. (TENÍASE)
Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 50 a 60 mg/kg, em dose única. (CISTICERCOSE)
ESQUISTOSSOMOSE Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 60 mg/kg, em dose única.
ESTRONDILOIDÍASE Ivermectina 6mg - ½ comp. para crianças > 15kg. A cada 10 kg, adicionar ½ comp. Máx. de 2 comp.
Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO, de 12/12h por 3 dias.
ESCABIOSE Ivermectina 6mg - ½ comp. para crianças > 15kg. A cada 10 kg, adicionar ½ comp. Máx. de 2 comp.
PEDICULOSE Monossulfiram (Tetmosol) solução (Apenas escabiose)
LARVA MIGRANS CUTÂNEA Tiabendazol 5% pomada – Aplicar na lesão 2 vezes ao dia durante 14 dias
Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25-50 mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO de 12/12h, por 5 dias.
#KetResumos
DOENÇAS EXANTEMATICAS
INTRODUÇÃO
CAUSA VIRAL CAUSA BACTERIANA
SARAMPO ESCARLATINA – Estreptococo beta hemolítico do grupo A
RUBÉOLA CAUSA REUMATOLÓGICA
VARICELA – Varicela Zoster DOENÇA DE KAWASAKI
ERITEMA INFECCIOSO – Parvovírus B19
EXANTEMA SÚBITO – Herpes vírus humano tipo 6 e 7
MONONUCLEOSE INFECCIOSA – Epstein Barr
SARAMPO
ETIOLOGIA - Vírus Paramyxovirus, subgrupo Morbillivirus, vírus RNA não muito resistente fora do organismo.
EPIDEMIOLOGIA - Doença extremamente contagiosa. Transmissão por via respiratória (Gotículas de ar). Período de incubação de
1 a 3 semanas
QUADRO CLÍNICO
Febre baixa inicialmente → ↑da febre → Exantema →↓diminuição da febre.
Coriza
Tosse
Conjuntivite + Fotofobia
MANCHAS DE KLOPK – Enantema oral (Específico do sarampo).
DESCAMAÇÃO FURFURÁCEA
EXANTEMA
Maculopapular
Morbiliforme
Distribuição crânio (Fronte – retroauricular – nuca) → caudal (Progressão lenta)
COMPLICAÇÕES
Otite média (Mais comum).
Pneumonia (Mais mata)
TRATAMENTO
Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório)
o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre
o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
Vitamina A no 1º e no 2º dia após o diagnóstico
o Dose: de 6 a 12 meses, 100.000UI VO em dose única, e maiores de 12 meses, 200.000UI também em dose única.
PROFILAXIA
Imunização – 12 MESES (Tríplice viral) e 15 MESES (Tetra viral)
PÓS CONTATO (Pacientes não imunizados): Vacinar contactantes em até 72 horas e gamaglobulina até 6 dias após a
exposição na dose de 0,25mL/kg IM em pacientes de risco (< 6 meses e grávidas), dobrando a dose nos imunodeprimidos.
Essa vacina não entra no calendário vacinal.
RUBÉOLA
ETIOLOGIA - Togavírus.
QUADRO CLÍNICO
Febre baixa
Coriza branda
Conjuntivite branda
LINFADENOPATIA – Retroauricular, occipital, cervical posterior.
SINAL DE FORCHHEIMER (Não é específico) – Pode ocorrer na escarlatina, na faringotonsilite estreptocócica.
EXANTEMA
Rubeoliforme (Maculopapular) – Rosa bebe.
Distribuição crânio → caudal (Progressão rápida)
#KetResumos
COMPLICAÇÕES
Artropatia – principalmente em pequenas articulações. Prescrever AINES
Encefalite (1/6.000 casos) com mortalidade de 20%. Entre os sobreviventes, sequelas são incomuns.
Púrpura trombocitopênica (1/3.000 casos) é outra complicação possível.
SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA – GRAVE!!!
o Mãe não imunizada entra em contato com vírus até a 16ª semana de gestação = MÁ FORMAÇÃO FETAL (Surdez,
catarata, má formação cardíaca)
o NÃO tem profilaxia caso ocorra o contato.
TRATAMENTO
Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório)
o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre
o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
PROFILAXIA
Imunização – 12 MESES (Tríplice viral) e 15 MESES (Tetra viral)
VARICELA ZÓSTER
ETIOLOGIA – Vírus Varicela Zoster.
EPIDEMIOLOGIA – Primoinfecção = Varicela. Vírus permanece latente no organismo → Reativação → Herpes Zoster. Período de
incubação de 2 semanas.
QUADRO CLÍNICO
Febre
PRURIDO INTENSO
Sintomas inespecíficos
EXANTEMA
VESICULAR / PLEOMORFISMO = Mácula → pápula → vesícula → pústula → crosta
Progressão centrífuga e Distribuição centrípeta (lesões no centro do corpo)
Acomete mucosas (oral, vaginal, conjuntiva dos olhos)
COMPLICAÇÕES
Infecção secundária de pelo (IMPETIGO)
Varicela progressiva (GRAVE) – Geralmente em imunocomprometido.
o Lesões com sangue em seu interior. Pode atingir órgãos internos
VARICELA CONGÊNITA (< 20 semanas de gestação) - Má formação de membros, principalmente MMII
Ataxia Cerebelar
Encefalite
Fasciite necrosante (Streptococcus beta-hemolítico do grupo A);
Síndrome de Reye;
Pneumonia;
Hepatite;
Herpes-zóster;
TRATAMENTO
Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório)
o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre
o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
Anti histamínico – Hidroxizine 2mg/ml: Dar 0,5ml/kg/dose de 8/8h durante 7 dias.
Banhos com permanganato de potássio
ATB – Em caso de infecção secundária de pele (Streptococcus pyogenes ou Staphylococcus aureus)
o Cefalexina 250mg/ml: Dar 50 a 100mg/kg/dia de 6/6h durante 7 dias.
ERITEMA INFECCIOSO
ETIOLOGIA – Parvovírus B19. Possui trofismso pelos pré-eritroplastos, parando a produção de glóbulos vermelhos por 5 a 7 dias.
EPIDEMIOLOGIA – 5 a 15 anos.
QUADRO CLÍNICO
Inespecífico ou inexistente TRIFÁSICO:
Febre baixa. FACE ESBOFETEADA + EXANTEMA RENDILHADO + RECIDIVA
Astenia
EXANTEMA
Distribuição crânio → caudal
Ocorre em 3 fases (TRIFÁSICO):
o 1ª FASE – FACE ESBOFETEADA (3 a 4 dias)
o 2ª FASE – EXANTEMA RENDILHADO
o 3ª FASE – Recidiva por estresse físico, calor, atividade física, etc...
***** Na fase exantemática não há disseminação do vírus.
COMPLICAÇÕES
Crise Aplásica – Principalmente em anemias hemolíticas (Anemia falciforme)
Hidropsia Fetal (edema em 3 ou + compartimentos do feto)
Artropatia em pequenas articulações
SÍNDROME PAPULAR PURPÚRICA EM LUVAS E MÃOS – extremamente doloroso.
#KetResumos
TRATAMENTO
Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório)
o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre
o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
PROFILAXIA – NÃO HÁ
MONONUCLEOSE INFECCIOSA
ETIOLOGIA – Vírus Epstein-Barr. Excretado nas secreções orais por mais de 6 meses após a infecção aguda (Doença do beijo).
EPIDEMIOLOGIA – Até 5 anos.
QUADRO CLÍNICO
Quadro arrastado... TRÍADE DE HOAGLAND:
Febre prolongada 1. Faringite exsudativa
Mal estar / Cefaléia 2. Linfadenopatia
Mialgia 3. Esplenomegalia.
SINAL DE HOAGLAND – edema palpebral
Náuseas e dor abdominal
ODINOFAGIA
LINFANDENOPATIA GENERALIZADA
ESPLENOMEGALIA
HEPATOMEGALIA
EXANTEMA
Ocorre em apenas 3 a 15% dos pacientes)
Maculopapular
AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR
Hemograma
o Leucocitose com 20 a 40% de linfócitos atípicos
o Trombocitopenia
Anticorpos Heterófilos específicos (VCA, EA, EBNA)
COMPLICAÇÕES
Ruptura esplênica
Obstrução de Vias aéreas
Sintomas neurológicos (Cefaléia, Convulsão, Ataxia cerebelar, Metamorfopsia – Alice no país das maravilhas, distorção
visual dos objetos)
TRATAMENTO
Repouso
Excluir atividade física por 1 mês pelo risco de ruptura esplênica
Prednisolona 3mg/ml: Dar 1mg/kg/dia durante 10 dias.
Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório)
o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre
o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
A prescrição inadequada de penicilina pode levar a uma vasculite imunomediada que ocasionará em exantema.
PROFILAXIA – NÃO HÁ
ESCARLATINA
ETIOLOGIA – Estreptococo beta hemolítico do grupo A (Estreptococo pyogenes).
EPIDEMIOLOGIA – 5 a 15 anos. O paciente pode apresentar até 3 episódios de escarlatina na vida. A infecção pelo estreptococo
pyogenes pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas o mais comum é na orofaringe.
QUADRO CLÍNICO
Febre alta FARINGOAMIGDALITE + EXANTEMA MICROPAPULAR (LIXA) +
Odinofagia (Faringoamigdalite) LÍNGUA EM MORANGO + SINAL DE FILATOV + SINAL DE PASTIA
Língua “em framboesa”
Descamação do tipo laminar em extremidades - Após 5-7 dias, inicia-se a descamação, que pode durar até 3 a 8 semanas.
#KetResumos
EXANTEMA
Micropapular (lixa)
Distribuição crânio → caudal. Poupa as regiões palmares e plantares.
o Sinal de Filatov - Palidez perioral contrasta com rubor de face.
o Sinal de Pastia - Petéquias e linhas hiperpigmentadas na superfície flexora dos braços e nas raízes das coxas.
COMPLICAÇÕES
Febre Reumática
GNPE
TRATAMENTO
Penicilina Benzatina 50.000 UI/kg IM em dose única
Amoxicilina 250mg/ml – Dar 50mg/kg/dia de 8/8h durante 10 dias.
Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório)
o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre
o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
PROFILAXIA – Não há
DOENÇA DE KAWASAKI
ETIOLOGIA – Desconhecida. Provavelmente reumatológico.
EPIDEMIOLOGIA – Não acomete < 6 meses e adultos. Vasculite de artérias de pequeno e médio calibre. Tropismo artéria coronária.
QUADRO CLÍNICO
FEBRE ALTA QUE DURA + DE 5 DIAS – SINAL OBRIGATÓRIO!!!!!
(Mais 4 dos 5 sintomas a seguir):
CONJUTIVITE NÃO EXUDATIVA BILATERAL. Região entre pálpebra e
conjuntiva não está alterada
ALTERAÇÃO DE LÁBIOS E CAVIDADE ORAL. Fissura labial, língua em
morango vermelho.
LINFOADENITE UNILATERAL > 1,5cm, geralmente em região cervical
EXANTEMA POLIMORFO
ALTERAÇÃO DE EXTREMIDADES. Hiperemia de mãos e pés, edema
em dedos, DESCAMAÇÃO LAMINAR
EXANTEMA - Polimorfo
COMPLICAÇÕES - Aneurisma de artérias coronárias
EXAMES COMPLEMENTARES
VHS (MUITO ↑)
Hemograma
o Anemia
o Leucocitose com aumento de neutrófilos (desvio a esquerda)
o Trombocitose
Ecodopplercardiograma. Fazer no diagnóstico → 2ª a 3ª semana após → Final da doença (VHS ↓)
TRATAMENTO
AAS comprimido 100mg: Dar 80 a 100mg de 6/6h até que o paciente esteja a 48h sem febre. Após reduzir a dose para 3
a 5mg 1x/dia.
Imunoglobulina venosa 2g/kg em BIC por 12h. Pode repetir 1X caso não responda. Acompanhar FC e PA.
Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório)
o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre
o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
PROFILAXIA – Não há
#KetResumos
HERPANGINA
ETIOLOGIA – Coxsakievírus.
EPIDEMIOLOGIA – Não acomete < 6 meses e adultos. Vasculite de artérias de pequeno e médio calibre. Tropismo artéria coronária.
QUADRO CLÍNICO
FEBRE ALTA (até 41ºC)
Disfagia
Dor de garganta
Sialorréia
Irritabilidade
Crianças maiores poderão apresentar dor abdominal e vômitos.
EXAME FÍSICO - Pequenas úlceras e vesículas com halo eritematoso na região posterior da orofaringe: tonsilas, pilares, úvula e
palato mole.
TRATAMENTO
Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório)
o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre
o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre.
PROFILAXIA – Não há
A febre dura, em média, 1 a 4 dias, e o restante dos sintomas se resolve com 1 semana.
#KetResumos
DOENÇAS EXANTEMATICAS
PERGUNTAS
01 - Quais os agentes etiológicos de cada doença exantemática?
Escarlatina: Streptococcus beta hemolítico do grupo A ou Streptococcus pyogenes – 5 a 15 anos
Sarampo: vírus Paramyxovirus -
Rubéola: vírus de RNA do gênero Rubivirus
Eritema infeccioso: parvovírus B19 – 5 a 15 anos
Exantema súbito: herpes vírus humano tipo 6 A e B e 7 – 6 meses a 2 anos
Varicela: vírus Varicela-Zoster
Mononucleose infecciosa: vírus Epstein-Barr – Antes dos 5 anos
Escabiose: Sarcoptes scabiei
Doença de Kawasaki: Sem causa definida – 3 a 5 anos
02 - Quais doenças estão associadas à possível alergia a penicilinas? EXANTEMA SÚBITO MONONUCLEOSE INFECCIOSA.
***** Tratamento incorreto da Mononucleose Infecciosa com Amoxicilina pode ocasionar alergia ao medicamento = Exantema.
03 - Qual doença exantemática está associada a cessação abrupta da febre e início de exantema? EXANTEMA SÚBITO
10 – Quais as principais complicações do ERITEMA INFECCIOSO? CRISE APLÁSICA ↓ produção: plaquetas, leucócitos e Hemácias.
11 - Qual agente causador da crise aplásica? PARVOVIRUS B19 no Eritema Infeccioso. Crise Aplásica
MEDICINA
RESUMO - SEMANA 2
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
ITU
ICTERÍCIA NEONATAL
DIARRÉIAS
IVAS
DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO
Dificuldade respiratória
Tosse
Otalgia
Obstrução nasal
Odinofagia
Febre
ESTRIDOR: Ruído das vias de condução extra pleurais. Refere obstrução na laringe e estruturas periglóticas.
TAQUIPNÉIA:
Até 2 meses = FR ≥ 60 irpm
2 a 11 meses = FR ≥ 50 irpm
1 a 5 anos = FR ≥ 40 irpm
COMPLICAÇÕES:
Otite média aguda (30%)
Sinusite bacteriana aguda ( 5 a 13%)
TRATAMENTO DO RESFRIADO SEM COMPLICAÇÕES:
Hidratação
Antipiréticos/ Analgésico:
o Dipirona = 1 gota/ kg/ dose de 6/6 horas
o Paracetamol = 1 gota/ kg/ dose de 6/6 horas
o Ibuprofeno (100 mg/ml) = 1 gotas /kg/ dose de 6/6 horas
o Não usar AAS pelo risco de desenvolvimento da síndrome de Reye (degeneração hepática / encefalopatia)
Desobstrução nasal
Evitar mucolíticos, anti – histamínicos e descongestionantes em < 6 anos
PREVENÇÃO: Lavagem de mãos
Mastoidite Aguda
o Otalgia, Hiperemia e edema da região retroauricular
o Tratamento: Internação = Miringotomia e ATB parenteral
SINUSITE AGUDA
Inflamação da mucosa de um ou mais dos seios paranasais provocada por vírus ou bactérias.
SINUSITES VIRAIS Consequência direta dos resfriados comuns (resolução espontânea)
SINUSITES BACTERIANAS Mesmos agentes da OMA: Pneumococo, Influenza e Moraxela
Obs: Sinusite bacteriana crônica (> 90 dias): H. Influenza, Estreptococos Alfa e beta-hemolíticos, M.Catarrhalis
QUADRO CLÍNICO
Resfriado arrastado → Quadro persiste por mais de 10 dias sem melhora dos sintomas (Congestão nasal, rinorreia e tosse diurna)
“Quadro que piora”: Recorrência dos sintomas após melhora inicial ou novos sintomas de febre, secreção nasal e tosse diurna
“Quadro grave” → Sintomas mais graves: Febre alta e rinorreia mucopurulenta por 03 ou mais dias consecutivos
* Cefaleia não faz parte do quadro pois crianças até 07 anos não possuem seio frontal plenamente desenvolvido.
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO. Não há indicação de solicitação de exames de imagem nos menores de 6 anos.
Critérios Radiológicos de Sinusite (Radiografia simples e Tomografia):
Espessamento mucoso (> 4 mm)
Opacificação (velamento) do seio (comparar com o seio contralateral)
Nível hidroaéreo
TRATAMENTO
Uso de antibioticoterapia é questionável!
o Amoxicilina 45 a 50 mg/kg/dia (quadro não complicado) por até 7 dias após o desaparecimento do último sintoma;
o Amoxicilina 90 a 100 mg/kg/dia (< 2 anos, crianças que frequentam creches e as que fizeram uso de antimicrobiano
nos 90 dias anteriores).
o Alérgicos à penicilina: cefalosporinas Cefuroxima.
Recomendação da AAP: antimicrobiano nos casos de apresentação grave os sintomas que pioram.
Solução salina nasal
COMPLICAÇÕES
Celulite Orbitária
Celulite Periorbitária
Complicações intracranianas (meningite, abscesso, trombose do seio cavernoso).
TRATAMENTO
Analgésicos e antitérmicos
Antibioticoterapia:
o Penicilina G Benzatina 50.000 UI/kg: dose única, IM.
o Amoxicilina: 50 mg/kg/dia - dose única diária por 10 dias
o Ampicilina e a Penicilina V oral também podem ser prescritas.
o Alérgicos à penicilina: Eritromicina ou Azitromicina (5 dias);
#KetResumos
Tonsilectomia
o Pacientes com 07 ou mais episódios no ano anterior
o 05 ou mais por ano nos 02 anos anteriores
o 03 ou mais por ano nos 03 anos anteriores
COMPLICAÇÕES
NÃO SUPURATIVAS:
o GNPE (Glomerulonefrite pós-estreptocócica)
o Febre reumática.
SUPURATIVAS:
o Abscesso periamigdaliano: Adolescentes e adultos jovens com disfagia, sialorréia e trismo.
Tratamento: Drenagem do abscesso + Antibioticoterapia (Clindamicina 30mg/kg/dia VO em 3 ou 4 doses)
o Abcesso retrofaríngeo: Crianças menores de 5 anos com disfagia e torcicolo.
Tratamento: Internação + Antibioticoterapia parenteral (Ceftriaxone + Clindamicina)
DIAGNÓSTICO
Clínico!
Sinal Radiológico: Sinal do polegar (Edema da Epligote)
Laringoscopia: Visualização da epiglote edemaciada e cor vermelho-cereja
TRATAMENTO:
Conduta imediata: Garantir via aérea avançada
Intubação orotraqueal ou traqueostomia
Enquanto isso...
o Manter a criança em posição confortável, no colo dos pais
o Não agitar a criança – exames não solicitar
o Oferecer oxigênio desde que isso não agite mais a criança
GARANTIDA PERMEABILIDADE AÉREA: cultura de esfregaço supraglótico, hemocultura e ATB
Antibioticoterapia venosa - 7 a 10 dias
o Ceftriaxone: EV, 50 a 100 mg/kg/dia (frasco-ampola 250, 500, 1000, 2000 mg/50ml)
PREVENÇÃO: Vacina Hib (2,4,6 meses - pentavalente)
CLÍNICA
Pródromos catarrais (RESFRIADO)
Febre baixa
Tosse metálica (CRUPE) - pior à noite
Posição sentada ou em pé
Rouquidão
Estridor (No repouso = grave).
#KetResumos
DIAGNÓSTICO: clínico!
EXAMES COMPLEMENTARES:
Radiografia Estreitamento infraglótico - ‘’Sinal da Torre’’ ou “ponta do lápis “
TRATAMENTO
Umidificação das vias aéreas e hidratação
CASO LEVE: SEM estridor em repouso ou desconforto respiratório
o Desobstrução nasal com SF, hidratação oral e antipirético
o Considerar corticóide (dexametasona) e alta para casa
CASO GRAVE: COM estridor em repouso ou desconforto respiratório
o Nebulização com ADRENALINA (0,3 a 0,5 ml/kg – max. 5ml): efeito rápido que dura até 2h. Observar:
Sem estridor = alta
Com estridor = repete nebulização + observação + benefícios do corticóide)
• Corticóide (dexametasona IM dose única)
COMPLICAÇÕES
Laringotraqueíte bacteriana:
o Piora da febre (febre alta)
o Secreção purulenta nas vias aéreas
o Toxemia
o Piora clínica
o Resposta ausente ou pequena a adrenalina
o Tratamento:
Internação
ATB com cobertura para S. aureus (oxacilina + vancomicina)
o Intubação ou ventilação, se necessário.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
LARINGITE ESTRIDULOSA - Despertar súbito sem pródromos, com tosse e estridor.
PNEUMONIA TÍPICA → SEM ESTRIDOR / COM TAQUIPNÉIA
Inflamação no parênquima pulmonar, provocado na maioria das vezes, por agentes infecciosos.
FATORES DE RISCO
Desnutrição Baixo peso ao nascer Ausência de aleitamento materno
Baixa idade Permanência em creche Vacinação incompleta
Presença de comorbidades Episódios prévios de sibilos e pneumonia Variáveis socioeconômicas e
ambientais.
ETIOLOGIA (TÍPICOS):
< 2 meses > 2 meses
- S. agalactiae (Estreptococos grupo B) - S. pneumoniae
- Gram negativos entéricos - H. influenzae
- S. aureus (porta de entrada, grave, rapidamente progressiva, 1º ano)
CLÍNICA
CRIANÇAS MAIORES, ADOLESCENTES E ADULTOS LACTENTES
Instalação HIPERAGUDA Quadro menos exuberante
Febre ALTA (≥39°C) Pródromos catarrais seguidos de elevação da FR
Tosse Irritabilidade, redução do apetite.
Dor torácica
Sinais de Gravidade: Tiragem Subcostal // Batimento da asa nasal // Gemência // Cianose
AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR
RADIOGRAFIA DE TÓRAX
o Padrão lobar com presença de broncograma aéreo.
o Confirmar o diagnóstico
o Avaliar extensão do processo
o Identificar a presença de complicações
LABORATÓRIO - Leucocitose (15.000 a 40.000), predomínio de neutrófilos.
HEMOCULTURA - Sempre solicitada na internação.
#KetResumos
TRATAMENTO
Tratamento Ambulatorial:
Recomendações gerais quanto ao aparecimento de sinais de gravidade
Oferta de líquidos
Medicações para controle da febre
REAVALIAÇÃO APÓS 48 HORAS
o Amoxicilina VO – 50 mg/kg/dia de 8/8 horas, até que esteja afebril por no mínimo de 72h, com duração mínima de
10 dias. OU
o Penicilina Procaína IM 50.000 UI/kg/dia 1x por dia por 10 dias.
Tratamento na internação:
> 2 meses - Penicilina Cristalina 200.000 UI/kg/dia IV, 6/6 horas por até 10-14 dias
< 2 meses - Ampicilina e gentamicina
PNEUMONIA MUITO GRAVE (evolução muito rápida; extensa; comprometimento severo do estado geral; cianose;
evidência de falência respiratória/exaustão; hipotensão arterial; persistência de febre ou instabilidade clínica após 48-
72h de tratamento) - Oxacilina + Ceftriaxona
Falha terapêutica: febre ou instabilidade clínica após 48-72 horas de tratamento.
1º PASSO: é avaliar possível complicação, a principal é o Derrame pleural (Abolição/diminuição do MV). Não escalona ATB.
DERRAME PLEURAL = TORACOCENTESE
CRITÉRIOS DE LIGHT
PARÂMETROS TRANSUDATOS EXUDATOS
Relação entre proteína do líquido pleural e sérica ≤ 0,5 > 0,5
Relação entre DHL do líquido pleural e sérica ≤ 0,6 > 0,6
DHL no líquido pleural > 2/3 do limite superior no soro Não Sim
A presença de qualquer um dos 3 critérios de exsudato é suficiente para sua
caracterização e a presença dos 3 critérios de transudato é necessária para sua
caracterização
EMPIEMA: Aspecto purulento, pH < 7,2, glicose < 40mg/dl, gram e/ou cultura positivos = DRENAGEM
EXSUDATO NÃO COMPLICADO: Irá regredir com o próprio tratamento adequado para pneumonia.
Outro motivo de falha terapêutica é o tipo de germe: pode ser um pneumococo resistente ou um Estafilococos Aureus, nesse caso
deve-se escalonar o ATB para Oxacilina + Ceftriaxona
LABORATÓRIO:
Leucograma: normal
VHS ↑
RADIOGRAFIA DE TÓRAX: Infiltrado intersticial difuso ou broncopneumonia.
#KetResumos
TRATAMENTO:
Azitromicina (200mg/5ml) durante 5 dias
o 10mg/kg/dia, 1x ao dia, no 1º dia
o 05 mg/kg/dia, 1x ao dia do 2º ao 5º dia
CLÍNICA:
Quadro arrastado
História de conjuntivite (5-14 dias de vida)
Colonização de nasofaringe e vias aéreas inferiores, durante o parto.
Coriza, obstrução nasal, tosse intensa e taquipneia.
LABORATORIAL: Presença de Eosinofilia
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: Cultura da nasofaringe ou conjuntiva
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: COQUELUCHE
Agente - Bordetella Pertussis
Clínica:
o Fase catarral: 1 a 2 semanas. Síndrome gripal arrastada.
o Fase paroxística: 2 a 6 semanas. Fase típica. Tosse seca intensa seguida de inspiração profunda (guincho), apneia e
cianose (< 3 meses).
o Fase convalescença: > 2 semanas. Redução dos sintomas.
Laboratório – leucocitose com linfocitose.
Radiografia – infiltrado perihilar
Tratamento:
o Azitromicina 200 mg/5ml --- 10 mg/kg/dia no 1º dia e 5 mg/kg/dia do 2º ao 5º dia
o Trato todos próximos
TRATAMENTO: Azitromicina (20mg/kg/dia por 3 dias)
TRATAMENTO:
Oxigenioterapia (sat <92%)
Hidratação – via parenteral: + graves!
Postura – cabeceira elevada 30° com pescoço em extensão
Internado – nebulização com solução salina hipertônica 3%
#KetResumos
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
PERGUNTAS
01 - Quais os agentes infecciosos de Otite Média Aguda por ordem de epidemiologia?
1º - Pneumococo (Estreptococo pneumoniae) -----> + COMUM
2º - H. influenzae não tipável Mesmos agentes da sinusite bacteriana
3º - Moraxella catarrhalis.
04 - Qual o agente infeccioso, diagnóstico e o tratamento imediato da epiglotite? Qual o sinal radiológico?
AGENTE INFECCIOSO: H. influenza tipo B.
***Vacina Hib: 2, 4 e 6 meses.
DIAGNÓSTICO: CLÍNICO + Laringoscopia (Glote edemaciada com cor vermelho-cereja) + Radiológico (Apenas complementar)
TRATAMENTO:
Intubação orotraqueal ou Traqueostomia
Ceftriaxone (frasco-ampola 250, 500, 1.000 e 2.000 mg/50 ml), EV, 50-100 mg/Kg/dia por 10 dias.
SINAL RADIOLÓGICO: Sinal do polegar (edema de glote).
16 - Qual o agente da febre faringoconjuntival? ADENOVÍRUS (autorresolutivo). Diagnóstico diferencial: faringite bacteriana.
34 - Qual alteração timpânica característica da pneumonia por Mycoplasma pneumoniae? MIRINGITE BOLHOSA.
36 – Pneumonia associada a pneumatocele e derrame pleural nos faz pensar em qual etiologia? Staphylococcus Aureus
39 - Qual é a característica do hemograma na coqueluche? Reação leucemoide (> 25.000 a 30.000) com linfocitose.
42 - Qual é o calendário vacinal da coqueluche? DTP com 2, 4, 6 meses e reforços aos 15 meses, 4 anos.
ITU
Multiplicação de patógenos nas vias urinárias. Envolve: meato uretral até o parênquima renal
PREOCUPAÇÃO:
Risco de sepse
Erradicar o patógeno!
Sequela!!
Cicatriz no parênquima renal
Doença crônica (IRC e HAS)
INCIDÊNCIA
Mais comum em meninas (pico 5 anos)
1º ano de vida → meninos
Hoje: Principal causa bacteriana de febre sem foco em crianças menores de 2 anos.
AGENTES ENVOLVIDOS
E. COLI – Principal Gram Negativo - Klebisiela Pseudomonas
PROTEUS Gram positivo - S. saprophyticus Enterococos
ADENOVÍRUS
PATOGÊNESE
HEMATOGÊNICA ASCENDENTE
Rara Mais comum
Acomete RN ou fetal Colonização perineal
Sepse neonatal Origem no TGI
Via transplacentária Fezes
Colonização do prepúcio
QUADRO CLÍNICO
RN E LACTENTES PRÉ-ESCOLARES
Irritabilidade ou hipoatividade Polaciúria
Diurese reduzida Disúria
Toxemia Estrangúria
Baixo ganho ponderal Urgência miccional
Sucção débil Dor lombar
Vômitos / Diarreia Febre
Distensão abdominal Calafrios
Palidez / Cianose Náuseas / Vômitos
Icterícia prolongada Pesquisar giordano sempre.
Urina com odor fétido
FEBRE = PIELONEFRITE
#KetResumos
DIAGNÓSTICO
Clínica + EAS/urinocultura + Hemograma
Hemocultura, se for pielonefrite.
Exames complementares:
o USG - Avalia malformações grosseiras
o DMSA (Cintilografia Renal Estática com DMSA (Ác. Dimercaptossuccínico))- Avalia se há cicatriz no parênquima renal
o UCM - Uretrocistografia Retrograda e Miccional
EAS
Jato médio > 100.000 UFC
Saco coletor > 100.000 UFC - Trocar a cada 30 minutos. ↑ VPN
Cateterismo vesical > 10.000 UFC
Punção supra púbica - 1 UFC
HEMOGRAMA:
Leucocitose com Neutrofilia - Leucocitose exuberante (20.000 – 25.000 cel/mm³) sugere abscesso renal.
↑ PCR e VHS
TRATAMENTO
CISTITE - Tratar por 5 DIAS ANTIBIÓTICO DOSE
Amoxicilina + Clavulanato 250 + 62,5 mg/5ml 20 a 40 mg/kg/dia de 8/8h
Tratar no ambulatório, independente da
Cefalexina 250mg/5ml (Primeira escolha) 50 a 100 mg/kg/dia de 6/6h
idade.
Nitrofurantoina 5 a 7 mg/kg/dia de 6/6h
Ácido Nalidixico 50 mg/ml (NÃO usar < 3 meses) 55mg/kg/dia de 6/6h
PIELONEFRITE - Tratar por 14 DIAS
Quando internar?
Menores de 01 mês (sepse neonatal) ANTIBIÓTICO DOSE
Criança grave (toxemia, vômitos, estado geral Ceftriaxona EV 50 a 75 mg/kg/dia
comprometido)
Ampicilina + Gentamicina EV Ampicilina - 100 mg/kg/dia
Desidratada
Gentamicina - 5 mg/kg/dia
Falha terapêutica
Bom Estado Geral = TRATAMENTO AMBULATORIAL
ANTIBIÓTICO DOSE
Ceftriaxona IM 100 mg/kg/dia
Amoxicilina + Clavulanato 250 + 62,5 mg/5ml 40 mg/kg/dia de 8/8h
Ciprofloxacino (comp. 250 e 500mg) 30mg/kg/dia (> 17 anos)
DISFUNÇÃO DE ELIMINAÇÕES
Correção dos hábitos urinários adequados (urinar ao acordar, urinar a cada três horas)
Melhora da ingesta hídrica
Corrigir a constipação
Higiene adequada
Tratar as parasitoses
ITU
PERGUNTAS
01 - Cite 3 características de Proteus spp. causando ITU?
Sexo masculino, não circuncidado
Cálculo renal de Estruvita
pH urinário > 8 (Alcalino).
USG de vias urinárias – TODOS que apresentaram ITU. USG normal não exclui a existência de alterações.
Cintilografia renal com DMSA - Exame padrão ouro na detecção da CICATRIZ RENAL. Deve ser realizado em TODOS os lactentes
com ITU febril, crianças que apresentaram quadro clínico de pielonefrite (mesmo naquelas crianças com USG normal de rins e vias
urinárias) e pacientes com RVU. Deverá ser realizado após 4 a 6 meses do episódio inicial de ITU.
Uretrocistografia miccional (UCM) - Reservada àqueles pacientes que apresentam USG de rins e vias urinárias e/ou cintilografia
com DMSA alterada e/ou quadros repetitivos de infecção urinária associados à disfunção miccional.
***** Pela SBP:
1º episódio de ITU - USG + Cintilografia com DMSA. Se algum vier alterado, solicitar UCM
2º episódio de ITU (ITU de repetição) = UCM (1º exame a solicitar)
04 - Quais os valores de UFC para considerar uma urocultura positiva em cada um dos 4 métodos de coleta?
Saco coletor > 100.000 UFC = ITU Presumida
Jato médio > 100.000 UFC = ITU Confirmada
Cateterismo vesical > 10.000 UFC de um único patógeno = ITU Confirmada
Punção suprapúbica qualquer crescimento se Gram-negativo, se Gram-positivos > 2.000 a 3.000 (S. aureus coagulase
negativa) = ITU Confirmada
06 - Qual é a principal via de contaminação na ITU em < 1 mês? HEMATOGÊNICA. Após o 1º mês predomina a via ascendente.
07 - Qual é o melhor método para avaliar cicatriz renal? Cintilografia com DMSA – DMSA marcado com tecnécio 99.
13 – Qual a conduta em pacientes com constipação intestinal, fimose (meninos) e baixa ingesta hídrica na ITU?
Corrigir o erro alimentar
Higienizar corretamente o pênis (ou limpar da vagina em direção ao ânus e não o contrário)
Aumentar a ingesta hídrica.
ICTERÍCIA NEONATAL
Coloração amarelada da pele e mucosas, causada pelo acúmulo da fração direta e/ou indireta de bilirrubina, quando os níveis
desta no RN, ultrapassam valores de 5-7 mg/dl.
Acomete cerca de 60% dos RN’s a termo e 80% dos RN’s prematuros em sua primeira semana de vida.
METABOLISMO DA BILIRRUBINA
Cerca de 75% da bilirrubina produzida no corpo tem origem na degradação de hemácias senis. O restante é originado de outras
proteínas que contenham o pigmento “heme” (citocromo P450 e a mioglobina).
Na vida fetal a excreção de bilirrubina é por via placentária, e na forma indireta. Mecanismos de captação/conjugação/excreção
estão imaturos até os primeiros dias de vida.
RN produz uma maior quantidade de bilirrubina que um adulto: 6-8mg/kg/dia // 3-4mg/kg/dia. Devido aumento da massa
eritrocitária e menor meia-vida de hemácias.
RN possui uma circulação êntero-hepática ↑. Alta atividade da BETAGLICURONIDASE INTESTINAL, e flora intestinal pouco
colonizada.
CLASSIFICAÇÃO DA ICTERÍCIA
ICTERÍCIA FISIOLÓGICA e ICTERÍCIA NÃO FISIOLÓGICA (Predomínio de Bilirrubina Indireta ou Predomínio de Bilirrubina Direta).
ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
Icterícia as custas de bilirrubina INDIRETA
Velocidade normal de aumento da BT < 5 mg/dl/24hs, garantindo um início tardio do quadro (após 24 horas de vida)
Icterícia aparente quando BT > 5- 7 mg/dl, segundo ou terceiro dia de vida
Níveis máximos de BT:
o A TERMO: 12 a 13mg/dl
o PREMATURO: 14 a 15mg/dl
BT < 2mg/dl entre o 5º - 7º dia
ICTERÍCIA NÃO FISIOLÓGICA
Fatores relacionados a quadros não fisiológicos:
Icterícia nas primeiras 24 horas (ou 24 -36 horas) de vida
Nível de bilirrubina subindo a uma taxa superior a 5mg/dl nas 24 horas
Nível de bilirrubina maior do que 12mg/dl em RN a termo ou 14-15 mg/dl em prematuros
Icterícia persistente (mais de 8 dias nos RN’s a termo e mais de 14 dias nos prematuros)
Aumento da bilirrubina direta (indicativo de investigação: níveis de BD> 2mg/dl ou sinais de colestase como acolia e
colúria)
Associação com alterações clínicas diversas (hepatoesplenomegalia, palidez)
A AVALIAÇÃO DA ICTERÍCIA NÃO FISIOLÓGICA COMEÇA COM DISTINÇÃO ENTRE A ICTERÍCIA POR AUMENTO DA FRAÇÃO
INDIRETA E A POR AUMENTO DA FRAÇÃO DIRETA.
#KetResumos
ZONAS DE KRAMER
Avaliação visual ZONAS AREA CORPORAL NIVEL BT
Progressão crânio-caudal
I CABEÇA E PESCOÇO 6 mg/dl
INVESTIGAÇÃO:
◦ USG
◦ Cintilografia hepatobiliar com tecnécio: demonstra captação hepática sem eliminação do radiofármaco.
◦ Biópsia hepática: estrutura lobular hepática intacta, fibrose do espaço porta, plugs de bile e proliferação de ductos.
Exame mais importante.
◦ Colangiografia intraoperatória: exame confirmatório, que permite a identificação da presença e o ponto de obstrução.
TRATAMENTO:
◦ Cirúrgico- portoenterostomia de Kasai (anastomose de uma alça intestinal com a árvore biliar)
◦ Transplante hepático
ACOMPANHAMENTO DA ICTERÍCIA
Desde o nascimento e no decorrer da internação até a alta hospitalar, em todos os RN > 35 semanas:
Avaliar os fatores epidemiológicos de risco para hiperbilirrubinemia
Examinar o RN a cada 8 a 12 horas para detectar a icterícia ao exame físico
Se a icterícia é visualizada antes de 24-36 horas, determinar a BT e identificar o risco de hiperbilirrubinemia significante.
Após 36 horas de vida, se a icterícia atingir nível de umbigo ou mais, determinar a BT para identificar o risco de
hiperbilirrubinemia significante.
Quando após 48 hs o RN não apresentar icterícia ou apresentar apenas na face, com condições clínicas adequadas, avaliar
a alta e agendar reavaliação ambulatorial em 72 hs.
TRATAMENTO
FOTOTERAPIA
Aplicação de luz de alta intensidade e com espectro visível na cor azul.
Promove uma reação fotoquímica na BI, transformando-a em compostos (lumirrubina) que podem ser excretados na bile
ou na urina sem necessidade de conjugação.
A eficácia da fototerapia depende em especial dos seguintes fatores: comprimento de onda da luz, irradiância espectral
e superfície corporal exposta à luz.
#KetResumos
Na maioria dos RN ≥ 35 semanas a fototerapia é instituída no alojamento conjunto, ao lado da mãe que amamenta em
livre demanda
INDICAÇÃO: leva-se em conta a dosagem periódica da BT, a idade gestacional e a idade pós-natal, além das condições
agravantes da lesão bilirrubínica neuronal.
CUIDADOS: aumentar oferta hídrica e manter temperatura corporal constante, proteção ocular com cobertura radiopaca,
proteger equipos de nutrição parenteral.
EXSANGUÍNEOTRANSFUSÃO
Consiste na troca de mais de uma volemia do RN. A principal indicação é presença de doença hemolítica grave por
incompatibilidade Rh.
Objetivos:
1. Diminuir a intensidade da reação imunológica na doença hemolítica (remove os anticorpos ligados ou não às hemácias),
2. Remover BI
3. Corrigir a anemia
Complicações: tromboses, embolias, hipernatremia, acidose metabólica, arritmias, sobrecarga de voume...
IMUBOGLOBULINA - Nos casos de hiperbilirrubinemia por doença hemolítica isoimune. É recomendada quando os níveis de
bilirrubina aproxima-se dos níveis que indicam EST. A medicação diminui a necessidade de EST, por reduzir o processo de hemólise.
ALIMENTAÇÃO PRECOCE - O alimento no tubo digestivo induz a peristalse e acelera a excreção de bilirrubina conjugada presente
no lúmen, reduzindo sua desconjugação e reabsorção através do ciclo êntero-hepático.
ALBUMINA - Promove maior ligação desta proteína com a bilirrubina, e portanto, reduzir o nível tóxico livre deste pigmento.
Empregada em complemento com a EST.
NEUROTOXICIDADE BILIRRUBÍNICA
A maior complicação desta impregnação ocorre a nível encefálico: encefalopatia bilirrubínica ou kernicterus:
HIPOPROTEINEMIA: menor concentração de albumina, e, portanto maior teor de bilirrubina livre.
Deslocamento da bilirrubina de seus sítios de ligação na albumina por:
o Uso de determinadas drogas: sulfas e CEFTRIAXONA.
o Acidose
o Aumento dos ácidos graxos livres no soro (hipoglicemia e hipotermia)
Aumento da permeabilidade da barreira hematoencefálica: imaturidade (prematuros), asfixia, infecção.
ENCEFALOPATIA BILIRRUBÍNICA - KERNICTERUS
Síndrome neurológica causada pelo depósito de BI nas células do SNC. Quanto mais imaturo o RN, maior é a suscetibilidade e a
neurotoxidade da bilirrubina.
Níveis maiores de 25 mg/dl
75% RN’s vêm a falecer e 80% dos sobreviventes apresentam sequelas.
FORMA AGUDA: surge em torno do 2º ao 5º dia nos RN’s a termo
o Fase 1: hipotonia, letargia, má sucção, choro agudo durante algumas horas.
o Fase 2: hipertonia da musculatura extensora (opistótono), convulsões e febre.
o Fase 3: de aparente melhora, em que a hipertonia diminui ou cede, se instala após a primeira semana
FORMA CRÔNICA: sequelas neurológicas (retardo mental, surdez, espasmo muscular involuntário, distúrbios
extrapiramidais)
#KetResumos
ICTERÍCIA NEONATAL
PERGUNTAS
01 - Em que devo pensar quando icterícia antes de 24 horas de vida? (SEMPRE patológica)
Incompatibilidade Rh ↑ RETICULÓCITOS
Incompatibilidade ABO
Esferocitose hereditária (Teste de fragilidade osmótica)
Deficiência de G6PD (glicose-6-fosfato-desidrogenase) - Dosagem de
G6PD
07 - A partir de qual zona de Kramer é necessária conduta médica? Zona III de Kramer.
#KetResumos
12 - Quais as formas e como são caracterizadas as formas da encefalopatia bilirrubínica (KERNICTERUS - bilirrubina > 25)?
Forma aguda (2º ao 5º dia de vida em RN a termo e até o 7º no RN pré-termo):
Fase 1: hipotonia, letargia, má sucção e choro agudo por horas.
Fase 2: hipertonia de musculatura extensora (opistótono), convulsões e febre.
Fase 3: hipertonia substituída por hipotonia (após a 1ª semana).
Forma crônica:
1º ANO: Hipotonia, hiper-reflexia profunda, persistência do reflexo tônico-cervical assimétrico, atraso motor.
APÓS O 1º ANO: Síndrome extrapiramidal (tremores, coreoatetpse, balismo), surdez sensório-neural.
SÍNDROMES DIARREICAS
Diarreia é a perda excessiva de água e eletrólitos pelas fezes, resultando em:
Aumento do volume das fezes e aumento na frequência das evacuações;
Alteração na consistência das fezes;
Ocorrência de ≥ 3 evacuações amolecidas em 24 horas. Mudança do padrão habitual
Mais de 200 g/dia ou volume fecal acima de 10ml/kg/dia (OMS).
CLASSIFICAÇÃO DA DIARRÉIA SEGUNDO A DURAÇÃO DOS SINTOMAS
DIARRÉIA Duração AQUOSA – Secreção ativa de água e eletrólitos sob a estimulação de determinadas substâncias
AGUDA < 14 dias (80% vírus = ROTAVÍRUS)
DISENTERIA – Agente infeccioso invade a mucosa do cólon.
Há exsudação de muco, pus e sangue.
DIARRÉIA Duração Infecção continuada de um agente, danificando as vilosidades e/ou uma regeneração inadequada
PERSISTENTE ≥ 14 dias dos eritrócitos devido à desnutrição crônica. Pode apresentar-se sob a forma de diarreia aquosa
ou disenteria.
DOARRÉIA Duração Grande variedade de causas: inflamações crônicas, alergia a alimentos, cólon irritável, parasitoses
CRÔNICA > 30 dias intestinais, etc.
TOPOGRAFIA DA SÍNDROME
Alta (Intestino Delgado) Baixa (Colônica)
Fezes Volumosas Fezes Pouco Volumosas
Baixa Frequência Alta Frequência
Sem Tenesmo Com Tenesmo
Haverá diarreia sempre que houver quebra de equilíbrio entre absorção e secreção de solutos no trato gastrointestinal.
MECANISMOS ETIOPATOGÊNICOS
OSMÓTICO
SOLUTOS: magnésio, fosfato, lactulose, sorbitol, carboidratos.
CLINITEST: detecta açúcar nas fezes.
Ex: laxantes, deficiência de lactose, má absorção de glicose-galactose.
Retenção de líquidos no lúmem
SECRETÓRIA
Secreção intestinal ativa de água e eletrólitos (Cl⁻e HCO₃⁻), devido toxinas bacterianas (lesão direta dos enterócitos) ou ação direta
de patógenos. É o tipo de maior volume fecal, com sódio fecal elevado, osmolalidade fecal reduzida. Desidratação rápida.
Exemplo:
E. Coli – Produz toxina → Lesão do enterócito → Muda a função de absorção para secreção → passa a secretar água e
eletrólitos.
Rotavírus – Adere nos enterócitos e permanece por 14 dias, até a total descamação e regeneração desses, levando ao
entapetamento e deixando somente a exposição do enterócito imaturo (secreção).
INVASIVA (inflamatória)
Com os enterócitos destruídos, os agentes invadem a mucosa e submucosa, levando ao aparecimento de leucócitos e
polimorfonucleares → produção de muco e pus. Ocorre também destruição de vasos locais, levando ao aparecimento de sangue
e leucócitos nas fezes.
Agentes causadores: Salmonella, Shiegella, Yersinia, Campylobacter, Amebíase.
AUMENTO DA MOTILIDADE: diminuição do tempo de trânsito intestinal por aceleração da peristalse. Ex.: Sínd. Do Intestino
Irritável e Hipertireoidismo.
DIMINUIÇÃO DA MOTILIDADE: diminuição na unidade neuromuscular, com estase e supercrescimento bacteriano. Ex.: pseudo-
obstrução e Síndrome Da Alça Cega.
#KetResumos
DIMINUIÇÃO DA ÁREA DE SUPERFÍCIE: diminuição da capacidade intestinal de absorção de água, eletrólitos e nutrientes de uma
forma geral. Ex.: Doença Celíaca, Enterite por Rotavirus.
DIARREIA AGUDA
Epidemiologia:
É a 2ª causa mais prevalente no mundo de morte entre crianças abaixo de 5 anos. Mata por desidratação e causa
morbidade por desnutrição.
Doença autolimitada;
O termo gastroenterite aguda denota uma causa infecciosa para a diarreia, que pode ser provocada por:
Vírus (rotavírus, hepatite A, adenovírus, calicivírus, astrovírus)
Bactérias (E. coli, Salmonella, Shigella, Campylobacter, entre outras)
Protozoários (Giárdia e Entamoeba)
ROTAVÍRUS HEPATITE A
Mecanismo: osmótico e secretor (via toxina NSP4) Transmissão: fecal-oral.
Faixa etária: 6 a 24meses. Clínica: diarreia, colúria, icterícia, sintomas gripais
Sazonalidade: inverno (países temperados) e todo ano (febre, cefaleia, mal-estar, dor abdominal, náuseas).
(países tropicais). Laboratório: elevação TGO e bilirrubinas.
Transmissão: via fecal-oral. Sorologia: anti-HAV e IgM .
Depressão transitória das DISSACARIDASES Duração: 2 semanas a 3 meses.
Clínica: vômitos + febre + diarreia líquida e volumosa;
Duração 4 a 8 dias.
ESCHERICHIA COLI
Tipos:
Enteropatogênica (ECEP) Enteroinvasiva (ECEI) Enteroagregativa (ECED)
Enterotoxigênica (ECET) Entero-Hemorrágica (ECEH) Enteroaderente difusa (ECEA)
E. Coli Enteropatogênica (ECEP) E. Coli Enterotoxigênica (ECET)
Mecanismo: osmótico e secretor. Com adesão e destruição Mecanismo: secretor. Através da produção de enterotoxinas.
das microvilosidades e inflamação da lâmina própria. É a principal causa de diarreia bacteriana no Brasil.
Importante: em lactentes < 2 anos e em lactentes < 6m que Acomete todas as idades. Causa a DIARREIA DO VIAJANTE.
não estão em aleitamento materno pode evoluir para diarreia Transmissão: água e alimentos contaminados.
persistente. Clínica: evacuação abundante, aquosa e explosiva, sem muco
Ocorre em locais com má condições de higiene. ou leucócitos. Apresenta náuseas e dor abdominal. Não há
Clínica: vômitos, mal-estar, febre e muco nas fezes. febre.
Duração: 3-5 dias.
E. Coli Enteroinvasiva (ECEI) E. Coli Entero-Hemorrágica (ECEH)
Mecanismo: Invasão das células epiteliais com invasão da Transmissão: ingestão de carne bovina malcozida e leite não
mucosa. pasteurizado.
Acomete todas as idades. Infrequente antes de 1 ano de vida. Faixa etária: 6 meses a 10 anos e adultos.
Clínica: disenteria e febre. Produz potente toxina: Shiga like I e II.
NÃO há produção de toxinas, não está envolvida com a SHU. O sorotipo mais associado à SHU é o O157:H7.
Clínica: início agudo, com diarreia aquosa, rapidamente evolui
para disenteria, cólica e vômitos. Ausência de febre ou febre
baixa.
Duração: 1 a 24 dias;
Laboratório: anemia hemolítica + trombocitopenia +
IRA/uremia.
Síndrome Hemolítico Urêmica =
ANEMIA HEMOLÍTICA +TROMBOCITOPENIA +IRA
SALMONELLA spp
São divididas em dois grupos: tifoides (exclusiva do homem) e não tifoides (S. enteritidis)
Transmissão: ingestão de carne, ovos, leite e aves contaminados. Existe estado de PORTADOR CRÔNICO.
Clínica: início abrupto com febre, cólicas e diarreia líquida; em alguns casos com disenteria. Lactentes < 3 meses ou com resposta
imune reduzida podem apresentar bacteremia, evoluindo com sepse, meningite e osteomielite.
Algo a mais: febre elevada, cefaleia, confusão mental, meningismo e convulsões.
#KetResumos
SHIGELLA spp
Transmissão: fecal-oral e interpessoal
Alta infectividade. É a principal causa de DISENTERIA.
Shigella flexneri é o agente mais comum.
Faixa etária: 1 a 4 anos
Clínica: diarreia aquosa leve, que por volta do 2º dia, evolui para disenteria, tenesmo, cólicas abdominais, fezes em pequena
quantidade, com elevada frequência. Casos mais graves evoluem com acometimento do SNC (convulsão).
Pode evoluir para SHU, por produzir a potente shigatoxina (S. dysenteriae).
Síndrome Hemolítico Urêmica = ANEMIA HEMOLÍTICA +TROMBOCITOPENIA +IRA
ANTIBIÓTICOS
Uso está indicado nos casos de DISENTERIA e comprometimento do estado geral.
Crianças:
1. Ciprofloxacino (2mg/ml ou 10mg/ml): 15mg/kg/dose 12/12h VO por 3 dias ou
2. Ceftriaxone (250mg, 500mg e 1g): 50-100mg/kg IM 1x/dia por 2 a 5 dias.
#KetResumos
DIARREIA CRÔNICA
SÍNDROMES DISABSORTIVAS
Podem ser classificadas quanto ao seu mecanismo fisiopatológico.
#KetResumos
DOENÇA CELÍACA
É uma enteropatia crônica autoimune desencadeada pela exposição ao glúten→ síndrome Disabsortiva.
Afeta pessoas de todas as idades, mas principalmente, crianças de 6 meses a 5 anos.
DESENVOLVIMENTO: Genética + exposição + fator ambiental (infecção por rotavírus)
Associada a síndrome de Down, Diabetes tipo I, tireoidite, síndrome de Turner, síndrome de Wiliams e deficiência seletiva de IgA,
dermatite herpetiforme.
CLÍNICA DIAGNÓSTICO
CLÁSSICA ATÍPICA (sem clínica GI) 1º dosar Antigliadina
Diarreia crônica Oligo ou monoasssintomática os anticorpos Antiendomisio
Antitransglutaminase IgA
Distensão Abdominal ↓ estatura
2º biopsia Atrofia de microvilosidades
Edema (pré adolescente) Osteoporose (Padrão ouro) Hiperplasia de criptas
Rarefação de pelos Anemia: refratária ao tratamento Infiltrado linfoplasmocitário na
Emagrecimento (deficiência de ferro, folato ou Vit. B12) lâmina própria
3º melhora com retirada do glúten (tratamento)
Sempre dosar imunoglobulina IgA, junto com um dos anticorpos, para evitar falso negativo.
Principais sinais e sintomas relacionados com a APLV de acordo com o mecanismo subjacente e o sistema envolvido:
#KetResumos
DIARRÉIAS
PERGUNTAS
01 - Qual o principal agente de diarreia aguda? (Menores de 2 anos)
Viral (Rotavírus) → Gastroenterite Viral -----> + comum entre 6 meses e 2 anos
2º Agente + comum = E. Coli
VACINAÇÃO: VORH (Vacina Oral de Rota Vírus Humano)
2 e 4 meses pelo MS
2, 4 e 6 meses pela SBP
INTUSSUSCEPÇÃO pode ser uma complicação do ROTAVIRUS e da Yersinia enterocolitica
02 - Qual a principal causa de diarreia crônica (ou persistente, > 14 dias) em pré-escolares e adolescentes?
Lactentes e menores de 10 anos = Deficiência de lactase pós-infecciosa (Orientar retirar leite de vaca durante a infecção).
Adolescentes = Síndrome do intestino irritável
03 - Após uso de antibiótico por tempo prolongado, inicia-se diarreia, qual nome desta entidade e qual o agente infeccioso?
Colite pseudomembranosa.
Clostridium difficile.
Associada ao uso de ampicilina, metotrexato, cefalosporinas e clindamicina.
TRATAMENTO: Metronidazol VO (20 a 50 mg/kg/dia de 8/8 horas) durante 7 a 10 dias. OU Vancomicina VO
07 - Quais agentes infecciosos promovem um quadro de insuficiência renal, hemólise e sangramento (SHU – Síndrome
Hemolítico Uremico)?
Escherichia coli êntero-hemorrágica sorotipo O157H7 - – Toxinas shiga like I e II
Shigella – Toxina shigatoxina
08 - Qual é o agente infeccioso relacionado à diarreia e dor abdominal aguda simulando apendicite?
Yersinia enterocolitica. Complicações: Megacolon tóxico, ADENITE mesentérica, intussuscepção, ulcerações difusas.
11 - Sendo a fibrose cística uma etiologia de diarreia, qual o mecanismo que provoca a diarreia, como se diagnostica, qual o
tratamento da diarreia, qual a principal complicação/acometimento que leva ao óbito e as duas principais bactérias
relacionadas a essa complicação/óbito?
Mecanismo: Insuficiência pancreática exócrina
Diagnóstico: Teste do suor. Necessário 2 testes positivos. OBS: Rastreio pelo teste do pezinho.
Tratamento: Enzimas pancreáticas (lipase) por via oral
Complicação: Acometimento pulmonar (Pneumonia) e diarreia crônica osmótica.
Bactérias relacionadas a complicação / óbito: Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus.
TESTE DO SUOR: consiste na estimulação da pele por meio de pilocarpina (agonista colinérgico) e aplicação de uma corrente
elétrica de baixa voltagem, que estimula as glândulas sudoríparas para a obtenção do suor. Depois de coletado, são medidos os
valores do sódio por fotometria de chama e do cloreto pela titulometria com nitrato de mercúrio ou pelo cloridrômetro.
Os valores normais em crianças variam de 5 a 60 mEq/l para o cloreto e de 6 a 54 mEq/l para o sódio.
16 - Qual é a principal causa de diarreia bacteriana no nosso meio? E. coli enterotóxica. Diarreia dos viajantes (Bahia).
17 - Qual é a principal causa de disenteria (muco e sangue nas fezes) no nosso meio (Brasil)? Shigella spp.
21 - Qual é o agente etiológico envolvido na diarreia secretora associada à ingestão de grande quantidade de ostras?
Vibrio cholerae (cólera). Transmissão fecal-oral (principalmente em mariscos e peixes mal cozidos). O vibrião é destruído pela
acidez gástrica. Por isso, o uso de bloqueadores H1 e inibidores de bomba de prótons predispõe a doença grave.
22 - Qual é o agente etiológico envolvido com a diarreia secretora em pacientes que usam IBP ou bloqueador de H2?
Vibrio cholerae.
MEDICINA
RESUMO - SEMANA 3
REANIMAÇÃO NEONATAL
ASMA
FEBRE REUMÁTICA
GNPE
ORTOPEDIA PEDIÁTRICA
CIRURGIA PEDIÁTRICA
REANIMAÇÃO NEONATAL
PERGUNTAS
01 - Quais os critérios de classificação do Apgar?
SINAL 0 1 2
Frequência Cardíaca Ausente Lenta (<100bpm) > 100bpm
Respiração Ausente Lenta e irregular Boa e chorando
Tônus Muscular Flácido Algumas flexões nas extremidades Movimento ativo
Irritabilidade reflexa Sem Resposta Careta Tosse, espirro ou choro
Cor Azul, Pálido Corpo rosado, extremidades azuis Completamente rosado
02 - O que devo avaliar para clampear o cordão umbilical do bebê e iniciar o protocolo de reanimação?
1 - O neonato é a termo?
2 - Está respirando ou chorando?
3 - Tem bom tônus muscular?
Se a resposta for “sim” para todas, há boa vitalidade do RN e não há necessidade de intervenção: clampeamento tardio do cordão
umbilical, entre 1 e 3 minutos após o nascimento, contato pele a pele imediato e contínuo entre mãe e RN, e início precoce do
aleitamento materno exclusivo.
CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA
Asma extrínseca alérgica (90% casos entre 2-15 anos) – Aeroalérgenos (ÁCAROS, baratas, cães e gatos)
Asma extrínseca não alérgica - Irritação direta da mucosa por substâncias tóxicas
Asma criptogênica - Fator causal não identificado. Asma na fase adulta
Asma induzida - Associado a rinite e pólipos nasais. AINEs
QUADRO CLÍNICO
DISPNEIA Desconforto torácico Asma sazonal ou perene
TOSSE Pior à noite ou nas primeiras horas da manhã Sem sibilância asma oculta (tosse*)
SIBILÂNCIA Fator desencadeante Melhora espontânea ou após medicação broncodilatadora
EXAME FÍSICO
Taquipneia Ausculta Respiratória: Respiração abdominal
Tempo expiratório prolongado (TE > TI) --- Sibilos (expiratório ou inspiratório*/expiratório) Cianose central *
Tiragem intercostal --- MV abolido * Posição de tripé*
Tiragem supraclavicular --- Sibilos ausentes* Pulso paradoxal *
Batimento da asa de nariz
CRISE ASMÁTICA
MDI: 100 µg/jato, 1 jato/2-3kg (2 a 6 MDI: 100 µg/jato, 1 jato/2-3kg (2 a 6 MDI: 100 µg/jato, 1 jato
jatos, máx.: 10 jatos) jatos, máx.: 10 jatos) NBZ: 10 mg/ml, 0,07 – 0,15
NBZ: 5 mg/ml, 0,07 – 0,15 mg/kg/dose NBZ: 5 mg/ml, 0,07 – 0,15 mg/kg/dose mg/kg/dose (máx.: de 5 mg) + 3-4 ml
(máx.: de 5 mg) + 3-4 ml de SF 0,9% + O2 (máx.: de 5 mg) + 3-4 ml de SF 0,9% + O2 de SF 0,9% + O2 6-8 L/min
6-8 L/min 6-8 L/min
(1 gota a cada 3 kg)
#KetResumos
ANTICOLINÉRGICOS
Mecanismo: broncodilatação Podem ser associados aos β2 – agonista de curta ação efeito aditivo
Menos eficazes COMBIVENT: ipratrópio + salbutamol (aerolin)
Demoram mais para agir 30-60 minutos
Brometo de Ipratrópio (Atrovent)
MDI: 20 µg/jato, < 5 anos – 2 jatos/ dose; > 5 anos – 4 jatos/ dose
NBZ: 0,25 mg/ml, < 10 kg – 0,5 ml (10 gts); > 10 kg – 1 ml (20 gots)
INTERNAÇÃO:
Casos graves ou refratários
SpO2 < 92%
PFE < 50% após BD
Critérios socioeconômicos
CRITÉRIOS DE INTUBAÇÃO:
Acidose respiratória (pH < 7,30)
SpO2 < 85%
Hipoxemia grave (<60 mmHg)
Alteração da consciência
Exaustão
Não consegue falar
TERAPIA DE MANUTENÇÃO
Manter a asma sob controle com a menor dose de medicação possível
SEMPRE CORRIGIR FATORES AMBIENTAIS
CONTROLE DA INFLAMAÇÃO = ↑ da função pulmonar e da qualidade de vida. ↓ das Exacerbações e dos sintomas.
CORTICOIDES INALATÓRIOS
*Efeitos colaterais: candidíase oral (uso de espaçador e lavagem bucal) e disfonia
Apresentação: sachê ou cp. mastigável de 4 ou 5mg. Apresentação: pó para solução injetável de 150mg
Dose: Dose: 75-600 mg, SC a cada 4 semanas
6 meses a 5 anos: 1 sachê, 4 mg/dia > 12 anos
> 5 anos: 1 cp. 5 mg/dia Neutraliza IgE circulante
XANTINAS
TEOFILINA (TEOFILINA)
ANTILEUCOTRIENO
MONTELUCASTE
# Via Oral: # Via Oral:
1 – Montelucaste 4 mg sache ----- 1 Caixa. 1 – Montelucaste 5 mg comp. mastigável ----- 1 Caixa.
Dar 1 sache à noite durante 30 dias Mastigar 1 comprimido à noite durante 30 dias
* 6 meses a 5 anos = 4mg/dia (Sache) * > 5 anos = 5mg/dia (Comp. mastigável)
SALMETEROL FORMOTEROL
14 - Qual o principal desencadeante ambiental da asma? Qual a orientação deve ser dada as pessoas próximas a esse paciente?
Tabagismo.
Orientar a tomar banho, trocar de roupa e escovar os dentes sempre após de fumar.
15 – Paciente de 1 ano e meio, 12kg com tosse noturna, sibilo e dispneia, qual o diagnóstico e conduta?
Lactente Sibilante
Orientar quanto aos possíveis desencadeante das crises e retirar os fatores de risco ambiental
# Uso Inalatório:
1 – Beclometasona 250 mcg Spray ----- 1 frasco
Fazer 1 jato, via espaçador, de 12/12h durante 1 mês
2 – Salbutamol 100 mcg Spray ----- 1 Frasco
Fazer 2 jatos, via espaçador em caso de crise.
# Uso Oral:
1 – Montelucaste 4mg sache ----- 1 Caixa
Dar 1 sache a noite durante 30 dias.
17 - Quais as orientações para crianças acima de 7 anos e adultos em relação ao uso do medicamento inalatório?
Ficar em apneia por 10” e lavar a boca após as aplicações.
FEBRE REUMÁTICA
Decorre da resposta imune tardia após uma infecção faríngea por estreptococos beta-hemolítico do grupo A em pessoas
geneticamente predispostas, com idades entre 5 e 18 anos. Na FR, anticorpos e linfócitos T do hospedeiro dirigidos contra
antígenos estreptocócicos também reconhecem estruturas (coração, articulações, sistema nervoso) do hospedeiro, e
desencadeiam o processo de doença.
CLÍNICA
ARTRITE (75%): Manifestação mais comum, com dor, edema e limitação de movimentos. É autolimitada e não deixa sequelas.
Tem padrão assimétrico e migratório, principalmente das grandes articulações dos membros inferiores.
A resposta aos AINEs é drástica, com melhora da dor em 24 horas e desaparecimentos dos sinais inflamatórios em 2-3 dias.
CARDITE (40-70%): é a manifestação mais grave, havendo uma pancardite (pericárdio, miocárdio e endocárdio). Contudo, a
maioria dos sintomas clínicos se devem ao acometimento valvar. Pode haver atrito/derrame pericárdico de pouco volume,
miocardite expressa por cardiomegalia e insuficiência cardíaca e lesões valvares, especialmente as regurgitações de valvas mitral
e aórtica na fase aguda. As lesões estenóticas prevalecem na fase crônica.
Mitral > aórtica > tricúspide // Insuficiência > estenose
COREIA DE SYDENHAM (5-36%): prevalecem no sexo feminino, e pode aparecer como manifestação tardia isolada até sete meses
após a infecção estreptocócica. Algumas vezes, pode estar associada à cardite subclínica. Aparece de forma insidiosa, com
labilidade emocional, queda do rendimento escolar, movimentos coreicos de face, língua (levando a disartria), tronco e membros.
Tais movimentos involuntários tendem a desaparecer com o sono e aumentar com o estresse emocional. Podem também ser
verificados tiques e comportamentos obsessivo-compulsivos. Duram cerca de 2-3 meses, mas podem perdurar por um ano. Em
todo caso de coreia aguda deve ser solicitado o FAN, pois a coreia reumática deve ser diferenciada da coreia lúpica. Pode haver
recorrência da coreia reumática.
ERITEMA MARGINADO (< 3%): lesões eritematosas com bordos elevados e centro claro, podendo adquirir aspecto serpinginoso,
geralmente localizados em tronco e face interna dos membros. São indolores e não pruriginosos, estando geralmente associados
à cardite.
NÓDULOS SUBCUTÂNEOS (2 a 5%): são formações arredondadas, firmes, de 0,5-2 cm de diâmetro, indolores, localizados sobre
cotovelo, punhos, joelhos, tornozelos e região occipital. Estão fortemente associados à presença de cardite grave.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do primeiro surto de febre reumática deve se basear nos Critérios de Jones Modificados (1992):
TRATAMENTO
1. Erradicação do estreptococo da orofaringe: profilaxia primária.
2. Tratamento da artrite: AAS na dose de 80-100 mg/kg/dia 6/6h ou naproxeno 10-20 mg/kg/dia 12/12h.
3. Tratamento da cardite: prednisona 1-2 mg/ kg/dia durante 2-3 semanas, com redução progressiva da dose nas próximas dez
semanas. Na cardite grave refratária a corticoterapia inicial, pode-se tentar a pulsoterapia com metilprednisolona (30 mg/kg/dia
EV). Além disso, são utilizados sintomáticos para
a insuficiência cardíaca, como: diuréticos, anti-hipertensivos e digitálicos.
4. Tratamento da coreia: apenas indicado para as formas graves: haloperidol, ácido valproico e carbamazepina.
#KetResumos
PROFILAXIA PRIMÁRIA
Penicilina G Benzatina: 50.000 UI/kg dose única IM.
Amoxicilina: 50 mg/kg/dia 8/8h ou 12/12h por 10 dias.
PROFILAXIA SECUNDÁRIA
Penicilina G Benzatina: 50.000 UI/kg IM em dose única, a cada 21/21 dias.
Duração:
FR sem cardite: até 21 anos, ou após 5 anos do último surto, o que for mais longo.
FR com cardite, mas de resolução completa: até 25 anos, ou após 10 anos do último surto, o que for mais longo.
FR com cardite e lesão residual: 40 anos ou por toda a vida.
#KetResumos
FEBRE REUMÁTICA
PERGUNTAS
01 – Quais são os critérios maiores de Jones?
1 – CARDITE: manifestação mais grave, havendo uma pancardite (pericárdio, miocárdio e endocárdio). A maioria dos sintomas
clínicos se devem ao acometimento valvar (Estenose mitral).
2 - ARTRITE (poliarticular, migratória, assimétrica e de grandes articulações);
3 - Coreia de Sydenham;
4 - Eritema marginado;
5 - Nódulos subcutâneos.
PROFILAXIA SECUNDÁRIA
Penicilina G Benzatina 1.200.000 UI: 50.000 UI/kg IM em dose única, a cada 21/21 dias.
DURAÇÃO DA PROFILAXIA:
CATEGORIA DURAÇÃO
FR SEM CARDITE Até 21 anos, ou após 5 anos do último surto, o que for mais longo.
FR COM CARDITE leve ou de resolução completa Até 25 anos, ou após 10 anos do último surto, o que for mais longo.
FR COM CARDITE e lesão residual moderada a severa 40 anos ou por toda a vida
FR COM CARDITE e troca valvar Por toda a vida
CLÍNICA
O quadro clínico varia desde hematúria isolada até casos mais graves, com insuficiência renal. A síndrome nefrítica completa é
caracterizada por hematúria glomerular, oligúria, edema, hipertensão, graus variáveis de disfunção renal, até encefalopatia
hipertensiva (cefaleia, visão borrada, alteração do nível de consciência e crises convulsivas). Admite-se que a encefalopatia
também possa ser provocada por efeitos tóxicos de antígenos estreptocócicos no SNC. Apenas 5% dos casos poderão desenvolver
uma síndrome nefrótica.
A fase aguda dura em média 6-8 semanas. 95% das crianças recuperam-se sem sequelas, e a maior morbidade relaciona-se ao
desenvolvimento de complicações, como encefalopatia, insuficiência renal e insuficiência cardíaca.
LABORATÓRIO
Anemia leve, devido à hemodiluição.
C3 e CH50 reduzidos.
EAS: hematúria, proteinúria, dismorfismo eritrocitário, cilindros hemáticos, leucócitos polimorfonucleares.
Evidência de infecção estreptocócica: cultura de orofaringe, teste rápido antiestreptocócico, e elevação dos títulos de
anticorpos, ASLO nas infecções faríngeas e Anti-DNAse B nas piodermites.
RNM: nas crianças com encefalopatia pode ser identificada uma leucoencefalopatia posterior reversível na RNM.
A proteinúria e a hipertensão normalizam-se em 4-6 semanas.
O C3 normaliza-se em 6-8 semanas.
A hematúria microscópica pode persistir por 1-2 anos.
TRATAMENTO
Repouso durante fase inflamatória aguda
Restrição hidrossalina (restrição volêmica e de sódio)
• Dieta Hipossódica
• Volume = 500ml + diurese do dia anterior.
Diuréticos de alça – Furosemida
Anti-hipertensivos (NIFEDIPINA, hidralazina). Se PA > P90 (verificar no gráfico e anotar na prescrição).
Nitroprussiato de sódio para encefalopatia hipertensiva em BIC
Medidas de suporte:
• Diurese em 24h
• PA de 4/4h
• Peso diário.
Hemodiálise com ultrafiltração se síndrome urêmica e congestão volêmica grave e refratária à terapia medicamentosa.
#KetResumos
ORTOPEDIA PEDIÁTRICA
DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES
DEFINIÇÃO: caracterizada como osteonecrose avascular da cabeça do fêmur que promove deformidades locais, de causa
desconhecida e comportamento autolimitado, acomete crianças entre 4 e 8 anos de idade (80% dos casos).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Em geral, a queixa é a claudicação, e a dor não é freqüente, mas, quando presente, manifesta-se na
virilha, coxa ou irradia-se para a face medial do joelho.
O principal sinal é a limitação da rotação interna do quadril.
DIAGNÓSTICO: Clínica + Radiografia em AP (ântero-posterior) e Lauenstein (posição da rã). Achados: nas fases iniciais,
principalmente na projeção de “rã”, aparece como uma linha translúcida subcondral (↑ do espaço articular); nas fases mais
tardias, pode ser observado a fragmentação da epífise femoral proximal (zonas mais densas entremeadas por radiolúcidas).
TRATAMENTO: é variável. A criança deve ser encaminhada ao ortopedista pediátrico para dar sequência ao tratamento, devendo
ser orientada, de forma geral, a interromper a descarga de peso no membro afetado, com a ajuda de muletas ou cadeira de rodas.
< 6 anos: Melhor prognóstico e baixo
risco de deformidade. Observação e
imobilização inguinomaleolar bilateral
em abdução;
> de 6 anos: Reabsorção do pilar
lateral, subluxação da cabeça femoral.
Terapia definitiva precoce
(osteotomia).
DOENÇA DE OSGOOD-SCHLATTER
DEFINIÇÃO: é a osteocondrose mais prevalente na
adolescência. Acomete a tuberosidade anterior da tíbia
(TAT) por microtrauma, que é o local de inserção dos
tendões patelares e do quadríceps. É mais comum no sexo
masculino (12 a 14 anos) e, frequentemente, associada à
prática de esportes.
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: Dor na região da tuberosidade
anterior tibial e limitação do movimento do joelho
acometido. Edema ou hiperemia em alguns casos.
DIAGNÓSTICO: Clínica + Radiografia de Joelho em Perfil (Achado de Fragmentação da Tuberosidade Tibial, sendo “puxada” pelo
tendão).
TRATAMENTO: Sempre conservador, com indicação de repouso relativo e analgesia (AINE’s apresentam benefício controverso),
além do uso de contensor infrapatelar.
Pródromo: Infecção prévia do trato respiratório superior de 7-14 dias antes dos sintomas.
Diagnóstico: Clínico.
PÉ TORTO CONGÊNITO
DEFINIÇÃO: O pé torto é caracterizado pela aparência do pé torcido
ou até mesmo totalmente invertido. Predomina no sexo masculino e
pode ser bilateral em 50% dos casos.
DIAGNÓSTICO: É essencialmente clínico, sendo observadas as
deformidades já ao nascimento
TRATAMENTO: O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico,
sempre dando prioridade ao conservador, com manipulações e trocas
de gesso, seguidas pelo uso órtese de Dennis-Browne. Caso não sejam alcançados bom resultados, o cirúrgico é indicado.
DOENÇA DE SEVER
DEFINIÇÃO: Inflamação da apófise de crescimento da tuberosidade posterior do calcâneo.
Mais comum em meninos de 5 a 12 anos. A diminuição da espessura do coxim adiposo de
amortecimento do calcâneo e da camada córnea está associada ao desenvolvimento da
doença.
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: Dor no calcâneo que se manifesta em associação com esforços,
limitando o desempenho funcional. Existe uma associação com obesidade e com o início
da prática de esportes.
TRATAMENTO: Utilização de palmilhas de amortecimento para o calcâneo e crioterapia
local. Nas crises álgicas, pode-se utilizar AINE’s e suspender as atividades desportivas.
#KetResumos
CIRURGIAS PEDIÁTRICAS
ONFALOCELE E GASTROSQUISE
ONFALOCELE
GASTROSQUISE
HÉRNIA UMBILICAL
DEFINIÇÃO: Resulta do fechamento incompleto das fáscias dos retos abdominais na cicatriz umbilical. É mais comum em RN’s de
baixo peso. Raramente causam sintomas na infância e evoluem, em 80% dos casos, para fechamento espontâneo do defeito por
volta dos 5 anos de idade.
TRATAMENTO: A cirurgia está indicada em casos de encarceramento, em anel herniário maior que 2 cm e na persistência após os
5 anos de idade.
SINAL DO ALVO
SINAL DE ROSA
DIVERTÍCULO DE MECKEL
DEFINIÇÃO: Divertículo verdadeiro localizado a aproximadamente 45-60 cm da válvula ileocecal. Geralmente é assintomático,
sendo identificado acidentalmente em laparotomia. As complicações mais encontradas são o sangramento, inflamação e
obstrução.
TRATAMENTO: Na presença de hemorragia digestiva, o tratamento consiste na ressecção do segmento ileal contendo o
divertículo. Em situações onde o DM é encontrado de forma incidental, muitos concordam em ressecar o segmento, pelo risco de
complicações futuras.
HIDROCELE
DEFINIÇÃO: Acúmulo de líquido peritoneal ao redor do testículo, no interior da túnica vaginal, devido à persistência total ou parcial
do processo vaginal, que acompanha o testículo na sua migração para o escroto.
HIDROCELE SIMPLES: Acúmulo de líquido ao redor do testículo, após a obliteração proximal completa do processo vaginal. Comum
ao nascimento, frequentemente bilateral;
HIDROCELE COMUNICANTE: Decorre da obliteração incompleta do processo vaginal, que permite o enchimento e esvaziamento
da túnica vaginal ao redor do testículo com líquido peritoneal. Responsável pela maioria das hidroceles em recém-nascidos e
crianças.
DIAGNÓSTICO: História clínica + Exame físico. No exame físico, pode ser identificada pela manobra de transiluminação do escroto.
Em caso de dúvidas, a USG de Bolsa escrotal pode ser solicitada.
TRATAMENTO: A conduta inicial é expectante, já que a maioria dos casos se resolve espontaneamente até o primeiro ano de vida.
Caso persista após este período, o tratamento é cirúrgico, com o fechamento do CPV.
CRIPTORQUIDIA
DEFINIÇÃO: Consiste na falha de descida do testículo ao escroto. Tem incidência aumentada nos prematuros. O testículo tende a
descer nos primeiros meses. Caso não ocorra a migração até os 9 meses de vida, provavelmente o órgão não “descerá” mais.
No exame físico, o testículo pode ou não ser palpável. Quando palpável, é classificado em retrátil, ectópico ou inguinal. O testículo
impalpável pode ser intra-abdominal ou ausente.
DIAGNÓSTICO: Na maior parte das vezes é clínico, através do exame físico. Em casos do testículo não palpável, a laparoscopia se
encontra indicada. A criptorquidia, quando bilateral, requer exame de cariótipo para que o sexo seja definido.
TRATAMENTO: A cirurgia é indicada na maioria dos casos. Idealmente, a orquidopexia deve ser realizada entre 9-15 meses de
vida, através de um acesso inguinal.
#KetResumos
TORÇÃO TESTICULAR
DEFINIÇÃO: Acontece quando o testículo e cordão espermático (responsável pela vascularização do órgão) sofrem um ou mais
giros, no eixo vertical, resultando em edema progressivo da gônada, obstrução venosa e comprometimento de sua perfusão
arterial. Isquemia tecidual e, eventualmente, infarto do órgão e necrose são as principais e mais temidas complicações.
CLÍNICA/DIAGNÓSTICO: O paciente queixa-se de dor testicular súbita unilateral. No exame físico, temos testículo aumentado de
volume e horizontalizado. A USG com Doppler da bolsa escrotal é o método complementar de escolha para confirmação
diagnóstica.
TRATAMENTO: Cirúrgico e em caráter de emergência, já que a viabilidade do testículo é dependente do tempo. Após a abertura
da rafe do escroto, o testículo é acessado, destorcido e sua viabilidade avaliada. Em seguida é realizada orquidopexia bilateral
(fixação dos testículos em dois pontos na bolsa escrotal).
FIMOSE
DEFINIÇÃO: Impossibilidade de retração manual do prepúcio com exposição da glande. Pode ocorrer uma dificuldade de exposição
da glande nos RN’s, por conta de aderências fisiológicas, tendo resolução do quadro em 90% dos pacientes até os 3 anos de idade.
CLASSIFICAÇÃO:
Grau 1 = Retração completa do prepúcio, sem estreitamento do mesmo atrás da glande;
Grau 2 = Retração completa do prepúcio, com estreitamento do mesmo atrás da glande.
Grau 3 = Exposição parcial da glande, limitada pelo prepúcio;
Grau 4 = Retração discreta, mas não há exposição nem da glande, nem do meato uretral;
Grau 5 = Nenhuma retração do prepúcio.
TRATAMENTO: A abordagem inicial é com o uso tópico de cremes de corticosteroides (Postec), com sucesso de 70 a 80% em 6 a
7 semanas de acompanhamento. Nos pacientes com fimose que não responderam ao tratamento conservador e não apresentam
complicações (Ex.: ITU e Balanopostites de repetição), o momento para realização da Postectomia varia entre 3-10 anos de idade.
PARAFIMOSE
DEFINIÇÃO: é uma situação de emergência. Ela é caracterizada pelo prepúcio retraído com um anel constritivo localizado ao nível
do sulco balano-prepucial, ocasionando estrangulamento e edema.
TRATAMENTO: A conduta consiste em redução manual imediata com o auxílio de lubrificantes; contudo, antes da recolocação do
prepúcio em volta da glande é necessário um controle apropriado da dor e redução do edema, sendo utilizados anestesia tópica
e gelo local. Na incapacidade de redução, existe necessidade de intervenção cirúrgica pelo risco de complicações isquêmicas.
#KetResumos
02 - Paciente apresentando claudicação associada à dor inguinal com irradiação para o membro ipsilateral com piora ao esforço
físico, diminuição da mobilidade do quadril principalmente à rotação interna e fraqueza muscular, qual é o possível diagnóstico?
Como se dá o diagnóstico? Qual é o nervo relacionado à irradiação dolorosa?
Patologia: Doença de Legg-Calvé-Perthes.
Diagnóstico: Clínica + CRITÉRIO RADIOLÓGICO:
Necrose: aumento da densidade da epífise;
Fragmentação: colapso da epífise que tende a sair do acetábulo;
SINAL CAFFEY – fratura do osso subcondral;
Reossificação: começa central e expande em todas direções → Retorno ao padrão de densidade óssea do osso normal;
Remodelamento: pouco evidente e ocorre após completa reossificação.
Nervo relacionado: Nervo obturatório.
09 – Citar 3 diferenças entre gastrosquise e onfalocele? Em qual delas ocorre maior incidência de alterações congênitas?
ONFALOCELE (Associação com alterações congênitas) GASTROSQUISE
1 – Formação de Saco herniário 1 – NÃO HÁ saco herniário
2 – Exteriorização tanto intestino quanto órgãos sólidos 2 – Exteriorização apenas do intestino
3 – Defeito da parede abdominal de 4 cm ou mais de diâmetro 3 – Defeito da parede abdominal pequeno (2 a 4 cm) localizado
à direita do cordão umbilical.
#KetResumos
MEDICINA
RESUMO - SEMANA 4
INFECÇÕES CONGÊNITAS
TRAUMA
MAUS TRATOS
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS
REFLUXO GASTROESOFÁGICO
INFECÇÕES CONGÊNITAS
CONCEITO: Infecções que são transmitidas ao feto in utero por via hematogênica transplacentária.
Sífilis Congênita
Toxoplasmose Congênita EXAMES PRÉ-NATAIS:
Rubéola Congênita VDRL
Citomegalia Congênita
TOXOPLASMOSE IgG E IgM
Importante causa de morte intrauterina, CIUR e prematuridade.
Diferenciar das infecções perinatais: Sepse, HIV e Herpes. “Ascendem pelo canal de parto.”
TRANSMISSIBILIDADE X GRAVIDADE
INÍCIO DA GESTAÇÃO FINAL DA GESTAÇÃO
MENOR Transmissibilidade MAIOR Transmissibilidade
MAIOR Gravidade Clínica MENOR Gravidade Clínica
Maioria é assintomática ao nascer.
Quando há manifestação clínica ela é semelhante entre as infecções. (Ex.: visceromegalias, microcefalia, plaquetopenia, icterícia,
exantemas...)
Quando investigar? SUSPEITA: Através das sorologias da gestante e do RN.
ATENÇÃO!!
IgG MATERNO ultrapassa placenta
IgM MATERNO não ultrapassa placenta
IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL COM EFICIÊNCIA
SÍFILIS CONGÊNITA
INFECÇÃO CONGÊNITA MAIS COMUM NO BRASIL
AGENTE: Treponema pallidum (bactéria espiroqueta)
TRANSMISSÃO: Transplacentária
Pode ocorrer em qualquer estágio da gestação ou fase da doença materna, porém, a fase da doença materna está diretamente
relacionada ao risco de transmissão. O risco é maior em mulheres NÃO TRATADAS durante as fases primária e secundária (70-
100%).
Na GESTANTE:
Sífilis primária: Cancro duro. Desaparece após 4 semanas.
Sífilis secundária: Lesões cutaneomucosas.
Sífilis terciária: Tabes dorsalis, tubérculos/gomas e artropatia.
Sífilis latente: Portador assintomático.
QUADRO CLINICO
SINTOMAS: Maioria assintomático ao nascer (50%).
Os primeiros sintomas somente aparecerão em torno do 3° mês de vida.
Quando sintomático ao nascer, o RN pode apresentar as seguintes manifestações, em ordem DECRESCENTE de frequência:
Hepatoesplenomegalia Lesões Cuteneomucosas: Lesões ósseas:
Prematuridade - Pênfigo palmoplantar - Periostite
Restrição do crescimento uterino (CIUR) - xantema Maculopapular - Osteíte ou osteocondrite
- Rinite serossanguinilenta Edema, hidropsia
Menigoencefalite assintomática
Anemia
A clínica pode ser dividida em precoce e tardia.
PRECOCE (ATÉ 2 ANOS DE VIDA)
O RN pode ser prematuro ou pequeno para a idade gestacional
LESÕES CUTANEOMUCOSAS: são ricas em treponemas e permitem o contágio da doença pelo contato direto
PÊNFIGO PALMOPLANTAR: Lesões maculopapulares, eritematosas. Único surto.
SIFÍLIDES: Lesões que se apresentam como máculas e pápulas (dorso, nádegas e coxas).
CONDILOMA PLANO: Em torno do ânus, vulva e boca.
RINITE (CORIZA SIFILÍTICA): É a manifestação mais precoce. Apresenta-se com secreção mucossanguinolenta. Se houver
lesão da cartilagem nasal, poderá surgir o NARIZ EM SELA, estigma da sífilis.
#KetResumos
LESÕES ÓSSEAS: São as manifestações clínicas MAIS FREQUENTES. O acometimento é simétrico e localizado em
ossos longos (úmero, rádio, fêmur e tíbia). São autolimitadas, curando-se com ou sem tratamento.
OSTEOCONDRITE METAFISÁRIA: 75 a 100% dos sintomáticos. Epífise quase sempre preservada. Lesões
extremamente dolorosas com impotência funcional (PSEUDOPARALISIA DE PARROT).
SINAL DE WIMBERGER: inflamação da metáfise da margem superior interna da tíbia. (visto na
radiografia).
PERIOSTITE: Acomete diáfise dos ossos longos e ossos do crânio. Espessamento extenso e bilateral da
diáfise (SINAL DO DUPLO CONTORNO).
OUTRAS LESÕES:
VISCERAIS: Hepatoesplenomegalia.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL: Meningite.
OCULARES: Coriorretinite (PADRÃO SAL E PIMENTA).
HEMATOLÓGICAS: Anemia hemolítica com Coombs negativo, leucopenia, leucocitose com monocitose e plaquetopenia.
DIAGNÓSTICO
Pesquisa direta do treponema (lesões úmidas) - negativa após 1º dia de tratamento.
Sorologias:
NÃO TREPONÊMICO – VDRL
INESPECÍFICO: Não avaliam anticorpos contra treponema e sim contra complexo lipídico que o treponema libera quando é lesado.
RN: Amostra do SANGUE PERIFÉRICO
RESULTADO: (Não reagente, não exclui infecção)
Qualitativo (“REAGENTE ou NÃO REAGENTE”) → Avalia IgM e IgG
Quantitativo (Titulações 1:2, 1:8 etc.)
VDRL reagente no RN: Não há necessariamente infecção, uma vez que o IgG materno ultrapassa a placenta.
VDRL do RN for igual ou menor que o da mãe IgG é materno? Repetir VDRL em 15 dias. Títulos ascendentes a infecção é ativa
e provável.
VDRL do RN for maior que o da mãe: Provavelmente infectado.
RASTREIO NA GESTAÇÃO
VDRL no 1º e 3º trimestre de gravidez e repetido na admissão para trabalho de parto ou aborto.
Mãe com VDRL POSITIVO Coleta do sangue periférico do RN.
Nenhum RN deve receber alta do berçário antes do resultado do VDRL da mãe.
TRATAMENTO NA GESTAÇÃO
Após tratamento: VDRL mensal. Se mãe TRATADA ADEQUADAMENTE, risco EXTREMAMENTE BAIXO de Sífilis Congênita.
CURA: Queda de dois ou mais títulos (1:32 para 1:8) ou NEGATIVAÇÃO após 6 meses.
NOVO TRATAMENTO: Elevação dos testes em duas diluições (ex.: 1:16 para 1:64).
REAÇÃO DE JARISCH-HERXHEIMER
Proteínas liberadas pelas espiroquetas mortas. É uma complicação benigna autolimitada. É rara no período neonatal imediato.
Se apresenta como uma exacerbação sistêmica FEBRIL AGUDA, com EXACERBAÇÃO DAS LESÕES, CONVULSÕES, COLAPSO
CIRCULATÓRIO E QUEDA DO ESTADO GRERAL que ocorre em pacientes com sífilis congênita TRATADOS COM PENICILINA.
NÃO está indicada a suspensão do tratamento e sim uso de sintomáticos (AINE’s ou corticóides)
TRATAMENTO E MANEJO DO RN
1° PASSO: Avaliar o tratamento materno
Pelo menos 1 dos itens abaixo = Tratamento INADEQUADO para sífilis materna:
1. Tratamento realizado com terapia não penicilínica, ou penicilínica incompleta (tempo e/ou dose);
2. Ausência de documentação do tratamento;
3. Ausência de queda na titulação do VDRL após o tratamento;
4. Instituição de tratamento com menos de 30 dias do parto;
5. Parceiros sexuais não tratados ou inadequadamente tratados;
6. Esquema inadequado para a fase clínica.
#KetResumos
2° PASSO: Avaliar e tratar o RN. O Ministério da Saúde Separa o manejo em três grupos: A / B / C
GRUPO A - RN de mães com sífilis não tratada ou inadequadamente tratada, independente do resultado doVDRL.
Realizar a investigação completa (Hemograma, RX de ossos longos e LCR), independente do VDRL do RN e tratar todos os casos.
SITUAÇÃO ESQUEMA TERAPÊUTICO
Líquor normal Penicilina G procaína 50.000 UI/kg, dose única diária, IM, durante 10 dias OU
Alteração em algum outro Penicilina cristalina, 50.000 UI/kg/dose, IV, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e
exame da rotina de sífilis a cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias (TRATAMENTO DA NEUROSSÍFILIS)
Líquor alterado Penicilina cristalina, 50.000 UI/kg/dose, IV, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e
a cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias
TODOS os exames normais Penicilina G benzatina, na dose única de 50.000 UI/kg, IM
RN assintomático Acompanhamento obrigatório, com seguimento com VDRL sérico após conclusão do tratamento
VDRL negativo Sendo impossível garantir o acompanhamento, o RN deverá ser tratado com o esquema:
Penicilina G procaína 50.000 UI/kg, dose única diária, IM, durante 10 dias OU
Penicilina cristalina, 50.000 UI/kg/dose, IV, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e
a cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias
GRUPO B - RN de mães adequadamente tratadas e VDRL em amostra de sangue periférico do RN reagente e com
título maior em 2 diluições quando comparado ao título materno e/ou na presença de alterações clínicas
Realizar a investigação completa (Hemograma, RX de ossos longos e LCR).
SITUAÇÃO ESQUEMA TERAPÊUTICO
Líquor normal Penicilina G procaína 50.000 UI/kg, dose única diária, IM, durante 10 dias OU
Alteração em algum outro Penicilina cristalina, 50.000 UI/kg/dose, IV,a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e
exame da rotina de sífilis a cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias
Líquor alterado Penicilina cristalina, 50.000 UI/kg/dose, IV,a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e a
cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias
GRUPO C - RN de mães adequadamente tratadas, realizar o teste não treponêmico em amostra de sangue
periférico do RN (RN ASSINTOMÁTICO COM VDRL NEGATIVO OU COM TÍTULO ≤ O MATERNO)
SITUAÇÃO ESQUEMA TERAPÊUTICO
Se o RN for assintomático Na impossibilidade de garantir o seguimento, deve-se proceder ao tratamento do RN com
VDRL não reagente, proceder o esquema:
apenas ao seguimento clínico- Penicilina G benzatina, IM, na dose única de 50.000 UI/kg
laboratorial
Se o RN for assintomático e VDRL LCR normal e exames alterados
reagente, com titulo igual ou Penicilina G procaína 50.000 UI/kg, dose única diária, IM, durante 10 dias OU
menor que o materno, Penicilina cristalina, 50.000 UI/kg/dose, IV, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e a
acompanhar clinicamente. cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias
LCR alterado
Na impossibilidade do seguimento Penicilina cristalina, na dose de 50.000 UI/kg/dose, IV, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias
clinico, investigar e tratar de de vida) e a cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias
acordo com alterações liquóricas LCR normal e exames normais
Penicilina G benzatina(c), na dose única de 50.000 UI/kg, IM
O acompanhamento é obrigatório, incluindo o seguimento com teste não treponêmico sérico
após conclusão do tratamento.
CONSIDERAÇÕES DO TRATAMENTO:
Na IMPOSSIBILIDADE de punção liquórica → Tratar como NEUROSSÍFILIS.
Após o período neonatal (>28 dias) → Mantém os mesmos esquemas recomendados, porém com intervalos diferentes:
o Penicilina G Cristalina: de 4 em 4 horas.
o Penicilina G Procaína: de 12 em 12 horas, mantendo-se os mesmos esquemas de doses recomendados.
Interrupção do tratamento por mais de 24 horas → Reiniciar o esquema.
Precaução de contato para todos os casos de sífilis congênita por até 24 horas após o início do tratamento com penicilina.
SEGUIMENTO DO RN
Consultas mensais até o sexto mês e bimensais do 6º ao 12º mês;
Realizar VDRL com 1, 3, 6, 12 e 18 meses (interromper se 2 exames consecutivos negativos);
Se elevação de títulos ou não negativação até os 18 meses: reinvestigar e tratar;
Acompanhamento oftalmológico, neurológico e audiológico semestral por 2 anos;
Casos onde o LCR esteve alterado: punção lombar de 6/6 meses até a normalização do LCR
Após os 18 meses de idade: realizar Fta-abs para a confirmação do caso;
#KetResumos
SÍFILIS CONGÊNITA
PERGUNTAS
01 - Qual agente da sífilis?
Treponema pallidum
02 – Qual o quadro clínico da sífilis congênita precoce (até os 2 anos de idade)? Cite 4 alterações.
RINITE – Presença de secreção sanguinolenta (Rinite sifilítica)
LESÕES MUCOSAS – Condilomas planos anogenitais
LESÕES CUTÂNEAS – PÊNFIGO PALMOPLANTAR (LESÃO CARACTERÍSTICA) e EXANTEMA MACULOPAPULAR (MAIS COMUM)
LESÕES ÓSSEAS – OSTEOCONDRITE METAFISÁRIA (úmero, fêmur e tíbia), lesões altamente dolorosas e com perda de função do
membro acometido (PSEUDOPARALISIA DE PARROT) e PERIOSTITE.
NEUROLÓGICO – meningite, hidrocefalia, paralisia de pares cranianos (III, IV, V, VI), hemiplegia e convulsões
OCULARES – Coriorretinite, ceratite, glaucoma, catarata e uveíte, cancro palpebral e atrofia ótica
- Hepatomegalia, esplenomegalia, anemia hemolítica (com coombs negativo), púrpura e icterícia com aumento de transaminase.
Quanto mais precoces os sinais clínicos, mais grave é a doença.
03 – Qual o quadro clínico da sífilis tardia (após 2 anos de vida). Cite 4 alterações.
5 – No que devemos pensar quando o título do VDRL do neonato for igual ou inferior ao da mãe?
Como o VDRL tem reatividade observada para IgM e IgG, um teste não treponêmico positivo no RN não indica, necessariamente,
infecção congênita, uma vez que a IgG materna ultrapassa a barreira placentária (IgM não atravessa). Nestes casos, devevemos
repetir a sorologia do neonato em 15 dias e caso haja títulos ascendentes, a infecção é provável.
RN com título sorológico superior ao da mãe provavelmente tem infecção congênita.
Líquor alterado Penicilina cristalina, 50.000 UI/kg/dose, IV, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e
a cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias
TODOS os exames normais Penicilina G benzatina, na dose única de 50.000 UI/kg, IM
RN assintomático O acompanhamento é obrigatório, incluindo o seguimento com teste não treponêmico sérico
VDRL negativo após conclusão do tratamento
Sendo impossível garantir o acompanhamento, o RN deverá ser tratado com o esquema:
Penicilina G procaína 50.000 UI/kg, dose única diária, IM, durante 10 dias OU
Penicilina cristalina, 50.000 UI/kg/dose, IV, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e
a cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias
B - RN de mães adequadamente tratadas eVDRL em amostra de sangue periférico do RN reagente e com título maior
em duas diluições quando comparado ao título materno e/ou na presença de alterações clínicas
SITUAÇÃO ESQUEMA TERAPÊUTICO
Líquor normal Penicilina G procaína 50.000 UI/kg, dose única diária, IM, durante 10 dias OU
Alteração em algum outro Penicilina cristalina, 50.000 UI/kg/dose, IV,a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e
exame da rotina de sífilis a cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias
Líquor alterado Penicilina cristalina, 50.000 UI/kg/dose, IV,a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e a
cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias
C - RN de mães adequadamente tratadas, realizar o teste não treponêmico em amostra de sangue periférico do
RN
SITUAÇÃO ESQUEMA TERAPÊUTICO
Se o RN for assintomático e o Na impossibilidade de garantir o seguimento, deve-se proceder ao tratamento do RN com
teste não treponêmico for não o esquema:
reagente, proceder apenas ao Penicilina G benzatina, IM, na dose única de 50.000 UI/kg
seguimento clínico-
laboratorial
LCR normal e exames alterados
Se o RN for assintomático e o teste
não treponêmico for reagente, Penicilina G procaína 50.000 UI/kg, dose única diária, IM, durante 10 dias OU
com titulo igual ou menor que o Penicilina cristalina, 50.000 UI/kg/dose, IV, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e a
materno, acompanhar cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias
clinicamente. LCR alterado
Penicilina cristalina, na dose de 50.000 UI/kg/dose, IV, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias
Na impossibilidade do seguimento de vida) e a cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias
clinico, investigar e tratar de LCR normal e exames normais
acordo com alterações liquóricas Penicilina G benzatina(c), na dose única de 50.000 UI/kg, IM
O acompanhamento é obrigatório, incluindo o seguimento com teste não treponêmico sérico
após conclusão do tratamento.
Os RNs que com sífilis congênita precoce devem ser isolados até 24h após início do tratamento pois as lesões são altamente
infectantes.
Líquor alterado Penicilina cristalina, 50.000 UI/kg/dose, IV, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e
a cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias
TODOS os exames normais Penicilina G benzatina, na dose única de 50.000 UI/kg, IM
RN assintomático O acompanhamento é obrigatório, incluindo o seguimento com teste não treponêmico sérico
VDRL negativo após conclusão do tratamento
Sendo impossível garantir o acompanhamento, o RN deverá ser tratado com o esquema:
Penicilina G procaína 50.000 UI/kg, dose única diária, IM, durante 10 dias OU
Penicilina cristalina, 50.000 UI/kg/dose, IV, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e
a cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias
Líquor alterado Penicilina cristalina, 50.000 UI/kg/dose, IV,a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e a
cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias
OBS: Criança com diagnóstico após 28 dias de vida, manter esquemas e recomendações, porém atentar para o intervalo entre as
doses: Penicilina G Cristalina de 4/4h. Penicilina G procaína de 12/12h.
Resumo dos esquemas terapêuticos para as parcerias sexuais de gestantes com sífilis
17 – Durante um surto de toxoplasmose em uma creche, a mãe traz seu filho de 1 ano e meio com o seguinte exame:
Toxoplasmose IgM e IgG positivo. Qual a conduta perante o caso?
Solicitar fundoscopia e encaminhar ao oftalmologista.
Se normal – Nada a fazer
Se alterado – Tratar
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
AGENTE: Toxoplasma gondii → Protozoário
TRANSMISSÃO: Via transplacentária após infecção materna primária ou reativação de infecção latente em mulheres
imunodeprimidas
Risco de transmissão médio é de 40%;
EPIDEMIOLOGIA: Brasil tem uma das taxas mais elevadas de prevalência (1:3.000 nascidos vivos).
IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL COM EFICIÊNCIA
DIAGNÓSTICO MATERNO
Realizar sorologia IgG e IgM materna na primeira consulta de pré-natal.
Repetir o exame em 2 a 3 meses se susceptível (contato com animais domésticos, terra, dieta com carne mal passada, etc).
SOROLOGIA MATERNA E CONDUTA
Se IgM e IgG positivos: Infecção aguda ou crônica?
Fazer o teste de avidez do IgG (Se <16 semanas de IG)
o Baixa avidez (<30%): Infecção aguda.
o Alta avidez (>60%): Infecção antiga → Ocorreu há mais de 3 ou 4 meses.
IgG positivo e IgM negativo: Imune
Não necessita repetir o exame se imunocompetente.
IgG negativo e IgM negativo: Susceptível (Risco de primoinfecção).
Repetir sorologia mensal ou a cada 3 meses + orientações
o Evitar contato com gato
o Evitar contato com carne crua
o Evitar manuseio de terra
o Ingerir apenas água tratada
IgG negativo e IgM positivo: Infecção aguda ou falso positivo?
Iniciar ESPIRAMICINA 1g, VO, 8/8h até o termo imediatamente → Reduzo a possibilidade de transmissão.
Repetir sorologia em três semanas.
o Se, IgG positivo: confirmo infecção
Encaminho para Investigação fetal (USG fetal/Amniocentese e PCR)
Prescrevo:
• Sulfadiazina de prata 1,5g, VO, 12/12h +
• Pirimetamina 100mg,VO, 1x/dia/depois 50mg à partir do 3 dia +
• Ácido folínico 10-20mg, VO, 1x/dia.
o Se, IgG negativo: Falso-positivo → Suspender Espiramicina
QUADRO CLÍNICO
80 a 90% dos RN infectados são assintomáticos
Alterações gerais inespecíficas + Alterações VISCERAIS, NEUROLÓGICAS OU OFTALMOLÓGICAS
FORMA NEUROLÓGICA TRÍADE DE SABIN
Forma clássica que geralmente é resultante de uma infecção nas fases iniciais da gestação. Calcificações cerebrais difusas
Calcificações cerebrais difusas; Hidrocefalia do tipo obstrutiva
Hidrocefalia do tipo obstrutiva Coriorretinite grave
Coriorretinite grave;
Retardo mental futuro; TÉTRADE DE SABIN
Convulsão, microcefalia, paralisia e dificuldade de deglutição; Calcificações cerebrais difusas
Alterações liquóricas. Hidrocefalia do tipo obstrutiva
Coriorretinite grave
FORMA GENERALIZADA Retardo mental
Ocorre após infecções em fases mais tardias da gestação:
Retinocoiroidite;
Hepatoesplenomegalia;
Linfadenopatia;
Miocardite;
SEQUELAS TARDIAS
Coriorretinite bilaretal é o mais clássico (lesões na retina e coróide).
As lesões podem curar mesmo sem tratamento, mas com alta recidiva e sequelas graves;
Pode complicar com glaucoma, estrabismo, nistagmo e descolamento de retina.
#KetResumos
RASTREIO NO RN
Hemograma: Linfocitose com eosinofilia.
Bioquímica: Aumento de BD e queda de albumina.
Exame auditivo: teste da orelhinha.
Neuroimagem: USG transfontanela (triagem) e TC de crânio (padrão ouro);
Punção de Líquor: Proteína e citometria elevadas, glicose baixa e presença de anticorpos.
Oftalmoscopia: fundoscopia.
Sorologias.
DIAGNÓSTICO DO RN
Presença de IgM (ELISA) ou IgA nos primeiros 6 meses de vida ou Persistência de IgG após 12 meses ou Teste de avidez de IgG
elevado.
TRATAMENTO DO NEONATO
Rastreio POSITIVO: Todos os neonatos com toxoplasmose congênita confirmada ou nos filhos de mães com toxoplasmose
confirmada ou provável deverão receber tratamento por 12 meses, independente da presença de sintomas.
Esquema: Pirimetamina + Sulfadiazina + Ácido folínico ± Glicocorticoide.
CRIANÇAS ADEQUADAMENTE TRATADAS: Negativação ou queda de IgG comprovada após 6 meses da terapia.
*** Pirimetamina inibe a dihidrofolato redutase responsável pela síntese do ácido fólico. Causa mielotoxicidade. Ácido folínico
ajuda na prevenção.
#KetResumos
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
PERGUNTAS
01 - Qual agente etiológico?
Toxoplasma gondi (protozoário)
A infecção congênita ocorre após uma infecção materna primária ou reativação da infecção latente durante a gestação.
7 – O que se espera encontrar nos exames dos RNs portadores de infecção congênita?
HEMOGRAMA – Linfocitose com eosinofilia, anemia e trombocitopenia
BIOQUÍMICA – elevação de bilirrubina direta. Proteínas totais e albumina baixa.
NEUROIMAGEM (USG transfontanela) – dilatações ventriculares e calcificações
LCR – Aspecto xantocrêmico com proteínas alta e glicose baixa. Linfomonocitose e eosinofilia. Podem estar presentes anticorpos
Igm e a PCR pode ser positiva.
OFTALMOSCOPIA – Pesquisa de coriorretinite e neurites
Se toxoplasmose congênita confirmada, o exame oftalmológico deverá ser feito a cada 6 meses até a idade escolar, e depois
anualmente, pois as lesões ativas novas e reativações de focos podem surgir a qualquer momento.
RUBÉOLA CONGÊNITA
AGENTE: RNA vírus da FAMÍLIA TOGAVÍRUS e o homem é o único hospedeiro.
TRANSMISSÃO: Transplacentária.
A presença de MALFORMAÇÕES NÃO É COMUM quando a infecção ocorre APÓS 16 SEMANAS.
SOROLOGIA MATERNA: Solicitar IgM e IgG sempre após contato com pessoa infectada.
PREVENÇÃO PÓS CONTATO: Não há. (? Gamaglobulina 20-25ml - 2 dias).
PROFILAXIA MATERNA: A melhor forma é a PREVENÇÃO.
Vacina Tríplice viral aos 12 meses + Tetra viral aos 15 meses: Imunidade duradoura.
Se mulher em idade fértil mesmo vacinada tiver sorologia negativa = Tríplice viral.
OBS: NÃO ENGRAVIDAR NOS PRÓXIMOS 30 DIAS.
CLÍNICA
Maioria assintomática.
As principais manifestações, em ordem DECRESCENTE de frequência:
1. Deficiência auditiva bilateral (80-90%): Alterações na cóclea e órgão de Corti;
2. CIUR (50-85%);
3. Manifestações cardíacas (30-40%): Persistência do canal arterial e estenose da artéria pulmonar;
4. Malformações oculares: Catarata geralmente bilateral, leucocoria e glaucoma;
5. SNC: Microcefalia e retardo;
6. Manifestações transitórias: Hepatomegalia, icterícia, púrpura e etc.
MANIFESTAÇÃO TARDIA - Diabetes mellitus Tipo I (acomete 20%).
DIAGNÓSTICO
RN com suspeita diagnóstica, devemos solicitar:
Hemograma;
Radiografia de ossos longos;
Ecocardiografia;
Exame de imagem de SNC;
Avaliação audiométrica.
DIAGNÓSTICO NO RN Após o nascimento (má formações estabelecidas).
Solicitar sorologia IgM positivo confirma diagnóstico;
Se IgG positivo com IgM negativo Repetir após 3 meses, se IgG mantiver positivo é doença;
Outra opção: Isolamento viral (faringe posterior- Swab).
TRATAMENTO
Não há tratamento medicamentoso para a Síndrome da Rubéola Congênita. Manejo das sequelas com especialistas!
Apenas a catarata e a cardiopatia são passíveis de correção cirúrgica.
RUBÉOLA CONGÊNITA
PERGUNTAS
1 – Qual a clínica da rubéola congênita? Tríade da rubéola congênita.
Catarata congênita
Surdez
Cardiopatia Congênita
3 – Qual a manifestação mais comum da rubéola congênita? Deficiencia auditiva neurossensorial bilateral
CITOMEGALOVIROSE CONGÊNITA
AGENTE: Citomegalovírus (CMV). Vírus de DNA da família Herpesviridae. Mais comum em países desenvolvidos.
TRANSMISSÃO:
Transplacentária (infecção primária) sendo mais grave se for no primeiro trimestre;
Reativação de um processo latente (forma rara). 30% dos casos.
SOROLOGIA MATERNA: Sempre após contato com pessoa infectada.
Prevenção pós contato: Não há.
CLÍNICA
10% são sintomáticos e 90% desses apresentam sequelas;
MANIFESTAÇÕES INESPECÍFICAS: Petéquias, microcefalia, hepatoesplenomegalia, icterícia, CIUR e prematuridade.
SNC: CALCIFICAÇÃO PERIVENTRICULAR, SURDEZ NEUROSSENSORIAL, CORIORRETINITE.
o CMV É A PRINCIPAL CAUSA DE SURDEZ NEUROSSENSORIAL DE CAUSA VIRAL NA INFÂNCIA.
FORMA GRAVE DA DOENÇA: INCLUSÃO CITOMEGÁLICA.
EXAMES LABORATORIAIS - SOROLOGIA: IgM anti-CMV e IgG anti-CMV.
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO NA GESTANTE:
Detecção de IgM positivo para CMV;
Teste de avidez para IgG.
DIAGNÓSTICO NO RN:
Isolamento do vírus (urina e saliva): Mais específico e sensível. OU
Detecção de seu DNA (PCR) na urina ou saliva nas primeiras 2 semanas de vida.
OBS: Fragmentos do vírus na urina são infectantes e podem transmitir CMV durante anos.
TRATAMENTO
É controverso. Necessidade de terapia prolongada X Efeitos tóxicos
Ganciclovir 12mg/kg/dia, EV, por 6 semanas → Risco de NEUTROPENIA 30%.
A essência do tratamento é REDUZIR a progressão da DOENÇA NEUROLÓGICA E AUDITIVA.
PREVENÇÃO: Reduzir exposição materna;
Eliminação do CMV no leite materno não contraindica o aleitamento
CITOMEGALOVIROSE CONGÊNITA
PERGUNTAS
1 – Qual a principal causa de surdez neurossensorial de etiologia viral na infância?
Citomegalovirose ou citomegalia
PREVENÇÃO
QUEDAS
o As crianças devem brincar em locais seguros.
o Instale grades ou redes de proteção nas janelas e sacadas. Os espaços das redes e grades devem ser de no máx. 6
cm;
o Mantenha sempre uma mão segurando o bebê durante a troca de fraldas.
o Nunca deixe um bebê sozinho em mesas, camas ou outros móveis, mesmo que seja por pouco tempo;
o O uso de andadores não é aconselhado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Além de comprometerem o
desenvolvimento saudável da criança, podem causar sérias quedas;
ASFIXIA
o Corte os alimentos em pedaços bem pequenos na hora de alimentar a criança;
o Não dê alimentos redondos e duros, como uvas, pipoca, cenoura crua e nozes para crianças;
o Mantenha objetos pequenos (< 3 cm) e sacolas plásticas fora do alcance das crianças.
o Nunca use colares, bolsas e roupas com fitas durante brincadeiras em parques.
o Berços: distância entre as grades de proteção menor que 6 cm, retirar brinquedos, travesseiros e protetores. Uso de
cobertores até o peito da criança, braços para fora e cobertor preso embaixo do colchão.
AFOGAMENTOS
o Nunca deixe crianças sozinhas quando estiverem dentro ou próximas da água, nem por um segundo.
o Ensine as crianças que nadar sozinhas, sem ninguém por perto, é perigoso;
o O colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamentos. Boias e outros equipamentos infláveis
passam uma falsa segurança, mas podem estourar ou virar a qualquer momento;
o Piscinas devem ser protegidas com cercas de 1,5 m de altura e portões com cadeados ou trava de segurança
o Deixe a porta do banheiro e da lavanderia fechada ou trancada por fora e mantenha a tampa do vaso sanitário
fechada (se possível, lacrada com um dispositivo de segurança);
o Mantenha cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos sempre trancados.
QUEIMADURAS
o Mantenha as crianças longe da cozinha e do fogão, principalmente durante o preparo das refeições;
o Não utilize toalhas de mesa compridas. As crianças podem puxar esses tecidos, causando escaldadura ou
queimadura de contato;
o Durante o banho do bebê, coloque primeiro a água fria e verifique a temperatura da banheira imergindo a mão
inteira na água.
o As tomadas devem estar protegidas por tampas apropriadas, esparadrapo, fita isolante ou mesmo cobertas por
móveis;
o Guarde fósforos, isqueiros, velas e outros produtos inflamáveis em locais altos e trancados
o Muito cuidado com o álcool. Ele é responsável por um grande número de queimaduras graves em crianças. Guarde
o produto longe do alcance delas.
#KetResumos
ACIDENTES URBANOS, LAZER E RURAL
No meio urbano os traumas associados a acidentes de trânsito são a principal causa de morte em crianças (70%)
8% apresentam lesões torácicas – marcador para lesões em outros sistemas.
Lesões em vários órgãos são mais comuns do que em adultos.
Quando houver marca de cinto de segurança na parede do abdome deve considerar alto risco para lesão do trato gastrointestinal.
Tríade de Waddell (fratura de fêmur, TCE e lesão em tronco).
Praças e parques são os principais locais de lazer nos quais acontecem os acidentes – 80% são quedas.
Ambiente rural: afogamento em poços, rios e córregos; acidentes com tratores, acidentes com animais.
PREVENÇÃO
Crianças devem ser sempre observadas quando estiverem brincando nos parquinhos;
Conheça os parquinhos onde as crianças brincam. Verifique se os equipamentos estão enferrujados, quebrados ou
contêm superfícies perigosas. Procure equipamentos apropriados para a idade das crianças e mostre para elas quais são
os equipamentos apropriados para sua faixa etária;
O parquinho dever ser instalado em piso que absorva impacto, como um gramado, um piso emborrachado ou areia fina.
Jamais deve ser instalado em piso de concreto ou pedra;
ACIDENTES DE TRÂNSITO
1) medidas de educação no trânsito e controle de qualidade das estradas e sinalização;
2) medidas de controle de velocidade dos automóveis;
3) nunca transportar crianças no colo, mesmo que no banco traseiro;
4) uso de equipamento de proteção física, como: cinto de segurança de 3 pontos, encosto cervical, uso de assentos apropriados
para crianças de acordo com faixa etária e peso;
5) Crianças devem sempre usar equipamentos de segurança (capacete, joelheira e cotoveleira) ao andar de bicicleta, skate ou
patins. Verifique se os equipamentos possuem o selo do Inmetro;
PREVENÇÃO – Dispositivo de retenção veicular
1) BEBÊ CONFORTO - Bebês de até 1 ano de idade ou 13 kg devem ser transportados sempre no banco de trás na posição de costas
para frente do carro.
2) CADEIRINHA - Crianças entre 1 e 4 anos devem ficar na cadeirinha presa com o cinto e no banco traseiro, voltadas para frente.
Preferência no meio do banco.
3) ASSENTO DE ELEVAÇÃO - Crianças com idade entre 4 e 7 anos e meio, assento no banco de trás.
4) Crianças com idades entre 7 anos e meio e 10 anos devem utilizar apenas cinto de segurança no banco de trás.
Resolução Nº 277 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de 28 de maio de 2008- Obrigatoriedade do uso de dispositivos de
segurança para criança.
O Brasil reduziu em 36% o número de mortes de crianças (0 a 10 anos) entre os anos de 2003 e 2013, esse número caiu de 1.621
para 1.054 vítimas.
O uso da cadeirinha reduz em até 71% o risco de morte infantil em caso de acidente de trânsito.
DISPOSITIVO DE RETENÇÃO VEICULAR- SBP
Assento tipo bebê conforto ATÉ 2 ANOS
Cadeirinha: MAIORES DE 2 ANOS ou que tenham ultrapassado o limite máximo de peso do bebê conforto. Limite inferior
de peso para esse assento são 18kg.
Assento de elevação: toda criança cujo peso ou estatura tenha ultrapassado o limite máximo permitido para a cadeirinha
de segurança, até atingir a estatura de 1,45m (o que pode ocorrer entre nove e treze anos de idade).
> 1, 45 m de altura: banco com cinto de segurança.
Viajar no banco traseiro até 13 anos.
#KetResumos
ABUSO SEXUAL
Presume-se violência sempre que o indivíduo tiver menos de 14 anos, ou for deficiente mental ou quando a vítima não puder
resistir a agressão.
Cerca de 80 % dos casos o agressor é um homem.
20% existe contato oral-genital ou penetração.
Mais prevalente no sexo feminino
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Pode não apresentar sinais clínicos de violência
Apresentam queixas vagas como: dor abdominal, constipação, enurese, encoprese, disúria, corrimento vaginal,
masturbação excessiva, distúrbios do sono, distúrbios da fala, baixo desempenho escolar e distúrbios do
comportamento.
LESÕES GENITAIS
o Região vulvar: hematomas, lesão de mucosa, de uretra, lacerações clitorianas
o Vagina: hemorragias, rotura do fundo de saco, rotura himenal (nem sempre faz diagnóstico de abuso).
o Lesões anais: lacerações de mucosa, rotura de esfíncter, rotura de mucosa retal ou formação de abscessos locais.
CONDUTA
ACOLHIMENTO DA VÍTIMA
EXAME FÍSICO COMPLETO
PROVIDÊNCIAS LEGAIS:
o Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. (Lei n.
8069/1990).
o A violência sexual e a tentativa de suicídio passam a ter notificação imediata (24 horas) para a Secretaria Municipal
de Saúde. (Portaria GM/MS nº 1.271, de 6 de junho de 2014, define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de
doenças)
o A ausência de denúncia é considerada crime.
INTERNAÇÃO HOSPITALAR:
o Há risco de vida para a criança ou adolescente
o Há gravidade no quadro clínico, seja pela repercussão física ou psíquica
o Risco de novas agressões
ABORDAGEM DA CRIANÇA VÍTIMA DE ABUSO SEXUAL
Solicitar exames laboratoriais:
VDRL: na admissão, 3 e 6 meses depois;
Anti-HIV: na admissão, 3 e 6 meses depois;
HBsAg: na admissão, 3 e 6 meses após
Anti-HCV: na admissão, 3 e 6 meses depois
Transaminases, hemograma, glicose, ureia e creatinina: admissão e 2 semanas após o evento.
Realizar profilaxia para:
PROFILAXIA CONTRA GRAVIDEZ: LEVONORGESTREL, 2 comp (0,75mg/comp), VO, dose única .
REALIZAR QUIMIOPROFILAXIA CONTRA HIV /AIDS: Iniciar em 24 horas após exposição, ou até no máximo 72 horas, com
duração de 4 semanas, sem interrupção.
PROFILAXIA CONTRA DST NÃO VIRAIS- Crianças e adolescentes pesando até 45 kg
o Sífilis - PENICILINA G BENZATINA: 50.000UI/Kg, dose única, IM.
o Gonorreia – CEFTRIAXONE: 125mg, dose única IM
o Clamídia - AZITROMICINA: 20 mg/kg, dose única, VO (máx 1g)
PROFILAXIA CONTRA A HEPATITE B (imunoglobulina e confirmar vacinação)
#KetResumos
NEGLIGÊNCIA
É o ato de omissão do responsável pela criança ou adolescente em prover as necessidades básicas para o seu desenvolvimento. O
abandono é a forma de gravidade máxima.
APRESENTAÇÃO
Aspecto de má higiene (corporal, roupas sujas, dermatite de fraldas, lesões de pele de repetição).
Desnutrição por falta de alimentação, por erros alimentares persistentes, por restrições devido a ideologias dos pais
(vegetarianos estritos, por exemplo).
Abandono do tratamento para doenças crônicas.
Distúrbios de crescimento e desenvolvimento sem causa orgânica.
Falta ou ausência escolar.
DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS
Os primeiros mil dias de vida (da concepção até os dois anos de vida) são os mais vulneráveis à desnutrição, e este dano precoce
ao crescimento e desenvolvimento provoca consequências futuras na saúde do indivíduo, com prejuízo na capacidade intelectual,
desempenho escolar, produtividade laborativas.
EPIDEMIOLOGIA
Declínio 72% nas taxas de desnutrição nos últimos 25 anos.
Aumento nos índices de sobrepeso e obesidade.
Incidência de baixo peso ao nascer declinando de 11% para 8%.
Aumento na prevalência da anemia.
#KetResumos
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO-PROTEICA (DEP)
A desnutrição é um distúrbio na nutrição decorrente da falta concomitante de calorias e de proteínas em diferentes proporções.
Pode ser dividida em PRIMÁRIA e SECUNDÁRIA:
PRIMÁRIA resulta da combinação de três fatores ambientais:
o Carência alimentar,
o Falta de acesso a condições sanitárias e serviço de saúde
o Falta de práticas de cuidados infantis.
SECUNDÁRIAS são provocadas por doenças que aumentam as necessidades metabólicas, diminuem a absorção intestinal
ou levam a perda de nutrientes.
CONSEQUÊNCIAS do DEP
Uma das principais causas de mortalidade e morbidade nas crianças abaixo de 5 anos.
Aumenta a gravidade e a mortalidade das infecções intercorrentes.
Hipoatividade, diminuição do ganho de peso e estatura.
Alterações hormonais (aumento de cortisol, hormônio do crescimento, catecolaminas e diminuição de glicose e
aminoácidos.
Alterações imunológicas, neurológicas, gastrintestinais, cardiovasculares e renais.
COMBATE A DESNUTRIÇÃO INFANTIL
A OMS destaca as principais intervenções globais em prol do combate à desnutrição infantil:
INTERVENÇÕES MATERNAS: suplementação de ferro e ácido fólico na gestação, utilização do sal iodado, suplementação
de cálcio materno, redução do tabagismo;
INTERVENÇÕES NEONATAIS: promoção do aleitamento materno;
INTERVENÇÕES INFANTIS: promoção do aleitamento materno, melhorias da qualidade da alimentação complementar,
suplementação de ferro, zinco, vitamina A e iodo, e estimulação de práticas de higiene.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de desnutrição é feito a partir da história clínica da criança (história gestacional, HPP, vacinação, anamnese alimentar
e social), bem como pelo seu exame físico. As medidas de peso, estatura, perímetro cefálico são imprescindíveis para o
diagnóstico. O uso da circunferência de braço é apontado como uma medida simples, eficaz e de boa precisão para o diagnóstico
de desnutrição grave.
Peso x Idade, Peso x Estatura, Estatura x Idade, IMC x Idade, também se prestam a avaliação antropométrica e avaliação do estado
nutricional infantil.
O diagnóstico de déficit ponderal ou desnutrição é feito com base nos percentis/escores Z das novas curvas da OMS.
KWASHIORKOR
o Deficiência dietética de proteína;
o Criança “consumida”;
o Edema;
o Alterações mentais/comportamentais (apatia, hipoativa)
o Sem apetite;
o Tecido subcutâneo presente;
o Hepatomegalia (esteatose).
CLASSIFICAÇÃO PELO MS
EXAMES LABORATORIAIS
PROTEINAS SÉRICAS
HEMOGRAMA, FUNÇÃO RENAL E HEPÁTICA, ELETRÓLITOS.
GLICEMIA
URINA TIPO 1
EPF
CULTURA (COPROCULTURA, HEMOCULTURA E UROCULTURA)
#KetResumos
TRATAMENTO
INDICAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO NA DEP:
1- Crianças cujo peso para altura esteja abaixo de - 3 DP (magreza acentuada);
2- Crianças com edema simétrico envolvendo no mínimo os pés;
3 - Presença de descompensação.
O tratamento envolve 3 fases: Estabilização, reabilitação e acompanhamento
ESTABILIZAÇÃO (1-7 DIAS)
HIPOGLICEMIA: glicose sanguínea é inferior a 54mg/dl (menor de 3 mmol/l).
o Criança consciente: 50ml de glicose ou sacarose a 10%, via oral ou nasogástrica. Alimentar a cada 2horas, durante
todo o período. Repetir glicemia capilar após 30 minutos.
o Criança inconsciente, letárgica ou com convulsão: 5ml/kg de glicose a 10%, intravenoso em bolus e manter
velocidade de infusão de glicose (VIG) de 4-6mg/kg/min.
o Inicia Antibioticoterapia de amplo espectro.
HIPOTERMIA: Temperatura axilar abaixo de 35,0 ºC ou a temperatura retal abaixo de 35,5 ºC. Deve-se aquecê-la e
monitorar.
DESIDRATAÇÃO:
o Criança consciente: ReSoMal, 5ml/kg a cada 30 minutos por 2 horas, via oral ou nasogástrica e posteriormente, 5-
10ml/kg /hora nas próximas 4-10 horas. Repor 50-100ml de ReSoMal para crianças abaixo de 2 anos e 100-200ml
para crianças maiores de 2 anos, após cada episódio de diarréia ou vômito.
o Criança inconsciente: Solução glico-fisiológica 1:1. Deve-se administrar 15ml/kg, intravenoso por uma hora e
monitorizar a criança cuidadosamente para sinais de hiperidratação; se não houver melhorar, repetir a hidratação
venosa por mais uma hora. Assim que possível, deve-se substituir a hidratação venosa por hidratação oral ou
nasogástrica com o ReSoMal no volume de 10ml/kg/hora.
o MONITORIZAÇÃO!!
Distúrbios Hidroeletrolíticos: A OMS recomenda a adição de potássio e magnésio extras nos preparados alimentares
dessas crianças (3-4mmol/kg/dia e 0,4-0,6mmol/kg/dia, respectivamente). (+ RESOMAL)
INFECÇÃO:
o Criança sem sinais de infecção - amoxicilina 25mg/kg/dose, via oral, de 12/12h durante 5 dias.
o Criança letárgica com hipoglicemia, hipotermia ou com sinais clínicos de infecção: Gentamicina: 7,5mg/kg de peso,
IM ou IV, 1 vez ao dia por 7 dias, associado à Ampicilina: 50mg/kg de peso, IM ou IV a cada 6 horas, por 2 dias,
seguido por: Amoxicilina, 15mg/kg de peso, via oral de 8/8h durante 5 dias.
o Obs: Se amoxicilina não disponível, dê Ampicilina, 25mg/kg via oral a cada 6 horas.
Deficiências de Micronutrientes: Tratar deficiência de Vitamina A: Crianças sem manifestações clínicas oculares deve
ser feita a administração rotineira de vitamina A, em dose única por via oral, no primeiro dia de internação. < 6meses
50000 UI; 6 meses a 1 ano 100000 UI; > 1 ano 200000 UI. Se manifestação ocular 3 doses (1º, 2º e 14º d).
Anemia: Se Hb < 4 – 6 + distúrbio respiratório – sangue 10ml/kg em 3 horas. Com sinais de ICC - concentrado de hemácia
5-7 ml/kg (furosemida 1 ml/kg no início da transfusão).
Reposição de micronutrientes em desnutridos graves: via oral por no mínimo 2 semanas:
Cobre: 0,2 mg/kg/dia. Dose máx: 2 mg/dia;
Zinco: 2 mg/kg/dia. Dose máxima: 20 mg/dia;
Ferro: 3 a 4 mg/kg/dia;
Vitaminas 2 vezes o recomendado (RDA) para a idade
Ácido fólico: 5mg no 1º dia e após: 1mg/dia
Multivitaminas – Protovit, Revitam JR.
REABILITAÇÃO (2 A 6 SEMANAS)
Retorna apetite, regride edema periférico
Suplementação com outras vitaminas B, C, D, E e K.
Ganho de peso alto: 10-15g/kg/dia.
SUBSTITUIR F75 (75Kcal/100ml e 0.9 g proteína) por F100 (100Kcal / 100ml e 2.9 g proteína) em 48hs e continuada até
que a criança atinja -1 DP (90%) da mediana dos valores de referências do NCHS/OMS para o peso e altura.
Ferro: 3mg/kg/dia
Programa alta, estimulando vínculo mãe-filho sempre!!
Para promover o crescimento rápido, é necessária uma ingestão energético-protéica mais alta (150-220 Kcal/kg/dia e 4-5g de
proteína/kg/dia), capaz de promover ganho de peso superior a 10g/kg/dia. Para isso, deve ser utilizado o preparado alimentar
para crescimento rápido (F de crescimento rápido) que contém 100 Kcal/100ml e 2,9g de proteína/100m.
ACOMPANHAMENTO 7ª a 26ª semana
Acompanha-se a criança e sua família, para prevenir a recaída e assegurar a continuidade do desenvolvimento emocional, físico e
mental. Deve ser vista 1 semana, 2 semanas, 1 mês, 3 meses e 6 meses após alta.
Visitas 2x/ ano até que a criança tenha, no mínimo 3 anos.
#KetResumos
SÍNDROME DA REALIMENTAÇÃO
Complicação grave (fosfato sérico menor ou igual a 0.5mmmol/l, levando a fraqueza muscular, rabdomiólise, disfunção de
neutrófilos, arritmias cardíacas, convulsões e morte súbita. Monitorização desde fase de reabilitação. Seguir processo alimentar,
enteral ou parenteral, corretamente.
DISTÚRBIOS CARENCIAIS DE MICRONUTRIENTES
VITAMINAS (ORIGEM ORGÂNICA) E MINERAIS (ORIGEM INORGÂNICA)
HIDROSSOLÚVEIS: VITAMINA C E COMPLEXO B
LIPOSSOLÚVÉIS: VITAMINAS A, D, E e K. (CARÊNCIAS EM DIETAS E SINDROMES DISABSORTIVAS).
VITAMINA A (RETINOL) - Fígado, gema de ovo leite e derivados; vegetal verde escuro, legumes, frutas vermelhas e amarelas.
Manifestações oculares: ↓ da visão no escuro, MANCHAS DE BITOT (queratinização bulbar), fotofobia, xeroftalmia; METAPLASIA.
Tratamento: > 1 ano 200.000 UI VO 2-4 semanas repete dose; < 1 ano metade.
VITAMINA B1 - TIAMINA - Carne, especialmente a de porco, vísceras, peixes, gema de ovo, leite; legumes, nozes e trigo.
GRAVE: BERIBÉRI - sintomas neurológicos e cardiovasculares; metabólico + precoce.
Tratramento: Crianças devem receber 10mg/dia.
VITAMINA B2 - RIBOFLAVINA - Leite, carnes, ovos, legumes, vegetais.
Manifestações raras isoladamente: Queilite ou estomatite angular, glossite, dermatite, anemia
Tratamento: 3-10MG/DIA VO ou 2mg/dia IM; * URINA 24HS < 30mcg
VITAMINA BE - NIACINA - Deficiência rara; PELAGRA, dermatite, diarreia e demência.
Tratamento: 50-300 mcg/dia VO ou 100 IM.
VITAMINA B5 - AC. PANTOGÊNICO // VITAMINA B6 - PIRIDOXINA // VITAMINA B7 - BIOTINA - Deficiência rara e manifestações
inespecíficas. Erro inato do metabolismo em neonatos.
Tratamento: B6 IV 10-100mg, manutenção diária.
VITAMINA B9 - AC. FÓLICO* - Gestante; anemia macrocítica, atraso do desenvolvimento psicomotor, microcefalia
Tratamento: 0.5 -1mg/dia VO 4-6 semanas ou até resolver anemia.
VITAMINA B12 - CIANOCOBALAMINA - Deficiência relacionada com ANEMIA PERNICIOSA, Síndromes disabsortivas, infecção por
h. pylori, omeprazol*, outras.
Tratamento da anemia perniciosa: 100-1000mcg IM/dia por 1 semana/mês, se persiste, repõe por toda vida.
VITAMINA C - Frutas e hortaliças verdes. Deficiência por ingestão inadequada (lactentes em uso de leite de vaca em pó). Escorbuto
aa < 0.2mg/dl.
Tratamento: 300-500mg 3x/dia VO 3-4 semanas.
VITAMINA D - Síntese cutânea 90%. Deficiências nutricionais, congênitas, secundárias, raquitismo e osteomalácia. Níveis séricos
25 (OH)D < 20ng/ml.
Tratamento.:400 a 4000 UI/dia por 6-12 semanas + prevenção (até 01 ano 400 UI/dia, 1-2 anos 600 UI/dia)
VITAMINA E - Óleos vegetais, grãos, sementes, vegetais. Prematuro desenvolvem 2º mês anemia hemolítica, trombocitose e
edema,
Tratamento: 25-50 unidades/dia por uma semana; sintomas neurológicos. Níveis séricos <0.5mg/dl. DD ATAXIA DE FRIEDREICH.
VITAMINA K - K1 folhas, fígado, óleos. K2 bactérias intestinais gram negativas. Doença hemorrágica do RN, ingestão, absorção,
uso prolongado de ATB.
Tratamento: 5mg/dia VO.
Prevenção IG >32 E >1KG = 1MG IM OU EV; <32sem e >1kg 0.5mg; <1kg 0.3mg IM.
OBESIDADE
Primária: Obesidade exógena
95% dos casos
No Brasil 12.7% meninas e 8.8% meninos.
Secundária: Condições patológicas; rápido aumento de peso, achados dismórficos.
5% dos casos
Deficiência intelectual, malformações
Genética / Cromossômica / Endócrina / Medicamentosa
#KetResumos
COMORBIDADES
Dermatológicas: acantose nigricans, candidíase, estrias, celulites, acne, hirsutismo
Ortopédicas: geno valgo, epifisiólise da cabeça fêmur, osteocondrites, artrite degenerativa, pé plano
Cardiovasculares: HAS
Endócrinas: DLP, SM, RI
Respiratórias: sindrome da apnéia obstrutiva do sono, asma
Hepáticos: colelitíase, esteatose hepática
Gastrointestinais: RGE, constipação
Genitourinário: SOP, pubarca precoce, ITU
Sistema nervoso: pseudotumor cerebral, problemas psicossociais
TRATAMENTO
1) Educação nutricional
2) Atividade física
3) Medicações
4) Cirurgia
#KetResumos
DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS
PERGUNTAS
1 – Qual a melhor atitude para evitar que a criança fique obesa?
Alimentação adequada
2 – Uma criança de 6 anos e uma de 3 anos com escore Z entre +2 e +3, como fica a classificação de acordo com as idades
citadas?
3 e 6 anos – Peso elevado
9 – Criança com 3 meses de idade, em aleitamento materno exclusivo, com ganho ponderal adequado, apresenta Hb de 9,5
após quadro infeccioso de origem viral. Qual a conduta perante o caso?
Nada a fazer. ANEMIA fisiológica do lactente.
A anemia é verificada após o nascimento, a partir do 7º dia de vida, em consequência da queda nos níveis de eritropoietina e meia
vida mais curta da hemácia.
No período de vida intrauterino, a hematopoiese ocorre no o fígado (período hepático) até a 20-24ª semana de gestação, quando
então começa o período mieloide, caracterizado pela produção de células sanguíneas pela medula óssea.
A produção de Eritropoetina (EPO), hormônio responsável pelo estímulo à produção de células eritroides, pelo feto é alta,
estimulada pela baixa tensão de oxigênio no sangue, cuja saturação gira em torno de 45%. Com o nascimento, há uma elevação
da saturação de oxigênio para valores acima de 95% e os níveis de EPO caem substancialmente, e como consequência, a contagem
de hemácias e reticulócitos e concentração de hemoglobina sofrem uma queda em torno do 7º dia de vida para 1/10 dos níveis
verificados ao nascimento.
Apesar da queda na concentração de hemoglobina, não existe deficit de oxigenação celular, pois a razão entre a hemoglobina A e
a fetal diminui e os níveis de 2,3 bifosfoglicerato (molécula que diminui a afinidade da hemoglobina A pelo oxigênio) aumentam,
facilitando o fornecimento de oxigênio para o tecido.
O NADIR é a fase de menor concentração de hemoglobina que chega a níveis de 9-11 mg/dl na 6ª-8ª semana (alguns livros colocam
8ª-12ª semana) de vida, quando então a síntese de EPO volta a ser estimulada. Todos os estoques de ferro são utilizados nesta
fase de eritropoiese ativa, e se esgotam em torno da 15ª-20ª semana se não forem repostos.
Como a anemia fisiológica da infância não é uma “anemia do ponto de vista funcional”, não causa qualquer repercussão negativa
sobre o bebê, não havendo necessidade de tratamento.
OBS.: EPO secretada pelo córtex renal.
TRATAMENTO
Terapia conservadora e alteração do estilo de vida são as bases do tratamento. Orientação aos pais, postura do bebê e manejo
dietético. Entretanto, nos casos de DRGE muitas vezes faz-se necessário o uso de medicações.
#KetResumos
PROCINÉTICOS: Aumentam a pressão no EEI e aceleram o tempo de esvaziamento gástrico.
Domperidona (Motilium®): Não atravessa a barreira hemato-encefálica, logo, não provoca efeitos extra- piramidais. É
bem tolerada, mas, apesar de sua boa resposta da DRGE em adultos, sua eficácia na população pediátrica é controversa.
o Suspensão 1mg/ml:
0,25 mg/kg/dose, VO, 8/8h ou 6/6h.
REDUTORES DA ACIDEZ GÁSTRICA: Restringidos à população que apresenta sinais endoscópicos sugestivos de esofagite.
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2 – Amplamente utilizados e eficazes no tratamento da esofagite leve a moderada.
o Ranitidina (Label®) - Xarope 15mg/ml
Neonatos: 2mg/kg/dose, VO, a cada 12h;
Crianças: 4-5mg/kg/dia, VO, a cada 12h.
o Ranitidina (Label®) - Gotas 40mg/ml (2mg/gota)
2 a 8 mg/kg/dia de 12/12h
INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS (IBPS) - Drogas muito eficazes no tratamento da esofagite.
o Omeprazol – Frasco-Ampola 40mg/10ml
0,2 a 3,5mg/kg/dia, IV/VO, a cada 24h.
o Omeprazol – Comprimido revestido 10, 20, 40mg // cápsula 10 e 20mg
1mg/kg/dia 1x/dia 30 minutos antes do café da manhã, em jejum.
Usar o Losec mups® - Diluir o conteúdo de uma cápsula de 10mg em 10ml de AD (1mg/ml) e fornecer
1mg/kg/dia.
CIRURGIA
A fundoplicatura está reservada aos casos que não respondem ao tratamento medicamentoso e que apresentam graves
complicações esofagianas (ex: estenose), respiratórias e nutricionais (ex: desnutrição grave).
Cirurgia de Nissen (360°) ou de Thal (180°) e pode ser realizada também uma piloroplastia para melhorar esvaziamento gástrico.
Correção das anomalias anatômicas.
#KetResumos
Até os primeiros 6 meses de vida há uma imaturidade do EEI associado a uma dieta predominantemente líquida. Nesse momento
são necessárias orientações como, manter a criança de 15 a 30 minutos no colo em posição vertical após se alimentar e evitar
tabagismo passivo.
Caso as medidas de orientação não tenham resposta ou a criança passe a ter repercussão no ganho ponderal deve-se associar
uma prova terapêutica. Inicialmente com BLOQUEADOR H2 (Ranitidina - Label®). Na prática é melhor associar um PRÓ-CINÉTICO
(Domperidona - Motilium®), e, se durante 2 semanas não houver resposta trocar a domperidona pelo IBP (omeprazol).
Se o bebê não estiver em amamentação exclusiva, trocar a fórmula para formulações antirrefluxo.
Reavaliação em 2 semanas.
Caso as medidas de orientação e medicamentosa não resolver o caso deve-se solicitar exames complementares, principalmente a
seriografia para investigação da hérnia de hiato (principal indicação de cirurgia). Se for necessário, realizar a fundoplicatura o
quanto antes.
6 – Como pesquisar microaspirações?
Pela cintilografia.
7 – Qual a indicação da cintilografia?
Avaliar o esvaziamento gástrico (motilidade)
Aspiração pulmonar
8 – Quais as orientações para o tratamento do RGE fisiológico?
Tranquilizar os pais sobre o período que pode ocorrer o refluxo fisiológico.
Posição vertical do bebê após as mamadas durante 15 a 30 minutos.
Se em fórmula, orientar sobre a quantidade adequada para o peso da criança.
#KetResumos
MEDICINA
RESUMO - UTIN
1º - pH (7,35 – 7,45)
NORMAL – Entre 7,35 – 7,45
ÁCIDO – Abaixo de 7,35
BÁSICO – Acima de 7,45
4º - BE (+3 a -3)
NORMAL = Distúrbio Respiratório (AGUDO)
ALTERADO = Distúrbio Metabólico
#KetResumos
TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA DO RN
Autolimitado – 72h
Brando
Parto Cesária
Rx: Infiltrado intersticial difuso
Tratamento = Suporte
SEPSE NEONATAL
TRIAGEM INFECCIOSA:
Hemograma
Hemocultura
PCR
PERGUNTAS DIVERSAS
1 – Cite 2 sinais patognomônicos e suas respectivas doenças?
Sinal de Pastia e Filatov – Escarlatina
Manchas de Klopk – Sarampo
Mancha de Bitot – Hipovitaminose A
4 – Em que situação realizo o tratamento da sífilis congênita com Penicilina G Benzatina 50.000 UI IM dose única?
Mãe com sífilis não tratada ou tratada inadequadamente e RN assintomático com exames de rotina para sífilis normais e VDRL
negativo.
Mães com sífilis adequadamente tratada e RN com VDRL reagente e com titulação menor que a da mãe, assintomáticos e exames
de rotina para sífilis normais.
Mães com sífilis adequadamente tratadas e RN com VDRL não reagente, assintomático e exames de rotina para sífilis normais,
mas na impossibilidade de garantir o acompanhamento adequado.
6 – Quais patologias podem apresentar hemograma com leucocitose as custas de LINFOCITOSE? (VÍRUS)
Sífilis (Bactéria gram negativa)
Mononucleose infecciosa (linfocitose atípica) – Trombocitopenia pode estar associado
Coqueluche (Bactéria)
Bronquiolite
Toxoplasmose (+ eosinofilia)
7 – Quais patologias podem apresentar hemograma com leucocitose as custas de NEUTROFILIA? (BACTÉRIA)
Doença de Kawasaki – Causa indeterminada
Amebíase com abcesso hepático
Estrongiloidíase disseminada - Parasitose
Pneumonia típica
13 - Escolar, com histórico de febre reumática, sem cardite prévia, deverá receber profilaxia secundária, valendo o que cobrir
maior período, até:
a) 25 ou 10 anos, após o último surto.
b) 24 ou 10 anos, após o último surto.
c) 22 ou 5 anos, após o último surto.
d) 21 ou 5 anos, após o último surto.
e) 18 ou 5 anos, após o último surto.
14 - Analisando um paciente de 18 anos com hipertensão, hematúria e edema, conclui-se que se tratatava de glomerulonefrite
aguda pós-estreptocócica. Assim sendo, dos dados abaixos o mais IMPROVÁVEL é:
a) proteinúria usualmente subnefrótica.
b) faringite precedendo o quadro em cerca de 10 dias.
c) piodermite precedendo o quadro em cerca de 14 a 21 dias.
d) consumo de complemento pela via clássica com diminuição de C4 e CH50.
e) hipocomplementemia inferior a 8 semanas.
16 - Atualmente, em lactentes não amamentados com leite materno, o uso de fórmulas tem sido cada vez mais estimulado
porque o leite de vaca possui:
a) Menor carga osmótica
b) Deficiência de sódio
c) Menor quantidade de proteínas
d) Maior quantidade de contaminação
#KetResumos
PROVAS ANTERIORES
1- Criança com pneumonia, tratou com penicilina cristalina e não melhorou em 72h, não tem derrame, qual a conduta?
Devo escalonar o antibiótico pensando em pneumococo resistente ou estafilococo aureus.
Prescrevo oxacilina + Ceftriaxona
USO ORAL:
1 – HIDROXIZINE 2mg/ml -------------------------- 1 Frasco
Dar 0,5mg/kg/dose de 6/6h durante 7 dias
11- Qual a principal causa de Itu, qual o exame de imagem que faço para avaliar função renal e qual exame eu faço para avaliar
presença de alterações no ureter?
PRINCIPAL CAUSA – Refluxo vesico ureteral
EXAME DE AVALIAÇÃO DE FUNÇÃO RENAL – Cintilografia com DMSA
EXAME DE AVALIAÇÃO DE URETER – Uretrocistografia miccional
COLOSTRO - Primeiros 3 a 5 dias de vida. Produzido em menor volume, o que está adequado à imaturidade renal do RN. Possui
maior concentração de imunoglobulinas, em especial a IgA secretora, que se aderem à mucosa intestinal, protegendo contra vírus,
bactérias e parasitas. Apresenta maior concentração de proteínas do que o leite maduro, menor concentração de minerais,
gorduras e lactose, e elevadas concentrações de VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS (Vit. A, E, D e K), em especial a vitamina K, que auxilia,
em parte, na prevenção da doença hemorrágica do RN.
LEITE MADURO – Produzido a partir do 15º dia pós-parto. Observam-se 3 fases durante a mamada: aquela em que o leite é aquoso,
rico em imunoglobulinas e outros fatores de proteção; aquela composta predominantemente por proteínas; e a última, em que o
leite é rico em gorduras que auxiliam na saciedade e contribuem para o ganho ponderal. Predomina as vitaminas hidrossolúveis
(Vit. Do complexo B e vitamina C).
17 – Criança com 18 meses, com peso de nascimento de 2380g, frequentadora de creche, nunca fez uso de ATB. Ao EPF presença
de áscaris lumbricóides. Ao exame físico e clínica compatível com OMA. Faça a prescrição completa para o quadro acima.
Prescreva também a dos de ferro.
# USO ORAL
1 – Mebendazol 20ml/ml ------------------------------------ 1 Frasco
Dar 5ml (100mg) de 12/12h durante 3 dias. Repetir o tratamento após 14 dias.
2 – Neutrofer --------------------------------------------------- 1 Frasco
Deve ser prescrito 1mg/kg/dia até os 2 anos de idade.
3 – Amoxicilina 250ml/ml ------------------------------------ X Frasco
Dar 90 mg/kg/dia de 8/8h durante 10 dias.
26 – Cite as vacinas realizadas contra bactérias até 15 anos de idade pelo ministério da saúde.
31 – Interpretação do escore Z.
ANEMIAS
PERGUNTAS
01 - Quais são os níveis de hemoglobina para cada idade na pediatria?
- Até 2 anos: > 11 g/dl
- 2 a 5 anos: > 11,5 g/dl
- 5 a 10: > 12 g/dl
02 - Qual é a diferença laboratorial entre anemia ferropriva e talassemia?
Ambas as anemias são hipocrômica/microcítica, mas na ferropriva o RDW (índice de anisocitose) estará aumentado.
***Talasssemia poderá ter também poiquilocitose (alterações na forma da hemácia).
03 - Qual é o tratamento da anemia ferropriva?
4 a 6 mg/Kg/dia de ferro elementar, durante 3 a 6 meses, 1 hora antes do almoço associado a sucos cítricos.
Solicitar hemograma e ferritina sérica após 3 meses de tratamento.
04 - Onde ocorre a absorção intestinal de ferro, ácido fólico e vitamina B12?
Ferro e ácido fólico = duodeno e jejuno proximal.
Vitamina B12 = íleo terminal.
05 - Como diferenciar uma anemia megaloblástica pela deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico?
Deficiência de Vitamina B12 = elevam-se ácido metilmalônico e homocisteína
Deficiência de ácido fólico = eleva-se a homocisteína.
06 - Como diferenciar clinicamente uma anemia megaloblástica por deficiência de folato ou cobalamina?
Na deficiência de cobalamina, haverá sintomas/sinais neurológicos.
07 - Qual é a característica laboratorial patognomônica de anemia megaloblástica?
Neutrófilos hipersegmentados com 5 ou mais lobos.
08 - Qual é a principal causa de óbito da anemia falciforme?
Síndrome torácica aguda (levando à insuficiência respiratória).
09 - Qual é o principal agente infeccioso relacionado à osteomielite num paciente portador de anemia falciforme?
Salmonella spp.
10 - Quais e quando aplicar as vacinas em pacientes encaminhados à esplenectomia eletiva?
Vacinas contra germes encapsulados (H. influenzae, pneumocócica e meningocócica) 14 dias antes da cirurgia.
11 - Qual é o marcador laboratorial de sucesso terapêutico da anemia ferropriva?
Reticulócitos, elevam-se a partir do 3º a 5º dia com pico no 7º dia.
12 - Qual é a proteína responsável pela homeostase do ferro? Quais são as suas funções?
Hepcidina. Diminuir a absorção (inibindo ferroportina) e a liberação de ferro pelos macrófagos.
13 - Como é feita a profilaxia de ferro?
- RN A TERMO: não faz profilaxia até 6 meses se amamentação materna exclusiva ou fórmula infantil. A partir dos 6 meses recebe
1 mg/Kg/dia de ferro até os 2 anos de idade (exceto se criança ingerir mais de 500 ml de fórmula infantil por dia – não precisa
repor).
- RN PREMATURO:
1 - Se < 1.000g, faz 4 mg/kg/dia (de 30 dias até 1 ano de vida).
2 – Se < 1.500g, faz 3 mg/kg/dia (de 30 dias até 1 ano de vida).
3 – Se < 2.500g, faz 2 mg/kg/dia (de 30 dias até 1 ano de vida).
Após um ano, continua-se a reposição com 1 mg/kg/dia até os 2 anos de vida para as 3 situações de prematuridade.