Lingua Portuguesa
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Lingua Portuguesa
LÍNGUA PORTUGUESA
Interpretação textual; Aspectos semânticos: adequação vocabular, denotação,
conotação, polissemia e ambiguidade; Emprego dos sinais indicativos de pontuação:
vírgula, ponto, ponto e vírgula, dois-pontos, reticências, aspas, travessão e parênteses;
Emprego do acento indicativo de crase; Coesão e coerência textuais: mecanismos
linguísticos de conexão e sequência lógica entre as partes do texto (coesão referencial,
lexical, sequencial e temporal); paralelismo sintático e paralelismo semântico;
Relações de coordenação, correlação e subordinação entre orações e termos das
orações; Colocação pronominal dos pronomes oblíquos átonos (próclise, mesóclise e
ênclise); Concordância verbal e nominal; Regência verbal.
Interpretação textual;
A compreensão de um texto é um processo que se caracteriza pela utilização de
conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe, o conhecimento
adquirido ao longo de sua vida. É mediante a interação de diversos níveis de
conhecimento, como o conhecimento linguístico, o textual e o conhecimento de mundo,
que o leitor consegue construir o sentido do texto.
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Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias seletas e organizadas, através
dos parágrafos que é composto pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e
a conclusão do texto. Pode-se, desenvolver um parágrafo de várias formas:
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a) Declaração inicial;
b) Definição;
c) Divisão;
d) Alusão histórica.
Serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques.
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um
espaçamento da margem esquerda.
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central
extraída de maneira clara e resumida.
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, assegura-se um caminho que nos
levará à compreensão do texto.
A textualidade
É um conjunto de características que fazem com que um texto seja considerado como
tal, e não apenas uma sequência de palavras e frases, ou seja, qualidade ou condição
daquilo que é textual ou, fielmente reproduzido.
Denotação e Conotação
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra)
e significado, por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito de
signo linguístico (significante + significado) que se constroem as noções de denotação e
conotação.
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Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem
muitas significações). Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos
significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista,
ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à
palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de expressões que lhe
completem e esclareçam o sentido.
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras
formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu.
Se não houver esta visão global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação
pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na
referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor.
Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito
para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente
pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes,
são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a
posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta
será mais consciente e segura.
A compreensão e a interpretação dos textos devem ser a base dos estudos, tendo em
vista que o desempenho da leitura interfere na aprendizagem de todas as outras
matérias, além de promover a socialização e a cidadania do candidato-leitor. O bom
leitor sabe selecionar o que deve ler e que efetivamente pode contribuir para sua
compreensão sobre a complexidade do mundo atual.
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Interpretar é criar sentido, pois toda interpretação provoca a criação de “outro texto”.
Cada leitor é um sujeito singular, que utiliza diferentes estratégias (sua experiência
prévia, suas crenças, seus conflitos, suas expectativas e suas relações com o mundo)
para dar sentido ao que lê, sem, no entanto, eliminar o sentido original do texto. Cabe,
porém, ressaltar que é quase impossível determinar o grau de fidelidade de um leitor em
relação ao texto original.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
TEXTO NARRATIVO
As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, forças naturais ou
fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar dos fatos.
O narrador que está a contar a história também é uma personagem, pode ser o
protagonista ou uma das outras personagens de menor importância, ou ainda uma
pessoa estranha à história.
Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de personagem: as planas:
que são definidas por um traço característico, elas não alteram seu comportamento
durante o desenrolar dos acontecimentos e tendem à caricatura; as redondas: são mais
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complexas tendo uma dimensão psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as
suas reações perante os acontecimentos.
Sequencia dos fatos (enredo): Enredo é a sequencia dos fatos, a trama dos
acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo podemos distinguir, com maior
ou menor nitidez, três ou quatro estágios progressivos: a exposição (nem sempre
ocorre), a complicação, o clímax, o desenlace ou desfecho.
No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi: dizer, falar,
acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de travessões. Porém,
quando as falas das personagens são curtas ou rápidas os verbos de locução podem ser
omitidos.
TEXTO DESCRITIVO
Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais característicos de um
objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.
Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra técnica. Passaremos
a falar um pouco sobre cada uma delas:
Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é transmitir a
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impressão que a coisa vista desperta em nossa mente através do sentidos. Daí decorrem
dois tipos de descrição: a subjetiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas
preferências, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o que vê realmente;
já a objetiva traduz a realidade do mundo objetivo, fenomênico, ela é exata e
dimensional.
Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das personagens,
pela acumulação de traços físicos e psicológicos, pela enumeração de seus hábitos,
gestos, aptidões e temperamento, com a finalidade de situar personagens no contexto
cultural, social e econômico .
Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o observador
abrange de uma só vez a globalidade do panorama, para depois aos poucos, em ordem
de proximidade, abranger as partes mais típicas desse todo.
Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos ambientes em
que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma visualização das suas particularidades,
de seus traços distintivos e típicos.
Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada, que se
desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de um incêndio, de uma briga, de
um naufrágio.
Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características gerais da literatura,
com a distinção de que nela se utiliza um vocabulário mais preciso, salientando-se com
exatidão os pormenores. É predominantemente denotativa tendo como objetivo
esclarecer convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanismos, a
fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc.
TEXTO DISSERTATIVO
Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação consta de uma série
de juízos a respeito de um determinado assunto ou questão, e pressupõe um exame
critico do assunto sobre o qual se vai escrever com clareza, coerência e objetividade.
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir o leitor a respeito
dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como finalidade dar a conhecer ou
explicar certo modo de ver qualquer questão.
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O TEXTO ARGUMENTATIVO
Para se persuadir por meio de muitos recursos da língua é necessário que um texto
possua um caráter argumentativo/descritivo. A construção de um ponto de vista de
alguma pessoa sobre algo, varia de acordo com a sua análise e esta dar-se-á a partir do
momento em que a compreensão do conteúdo, ou daquilo que fora tratado seja
concretado.
A formação discursiva é responsável pelo emassamento do conteúdo que se deseja
transmitir, ou persuadir, e nele teremos a formação do ponto de vista do sujeito, suas
análises das coisas e suas opiniões. Nelas, as opiniões o que fazemos é soltar
concepções que tendem a ser orientadas no meio em que o indivíduo viva. Vemos que o
sujeito lança suas opiniões com o simples e decisivo intuito de persuadir e fazer suas
explanações renderem o convencimento do ponto de vista de algo/alguém.
Dentro dos mecanismos coesivos, podem realizar-se em contextos verbais mais amplos,
como por jogos de elipses, por força semântica, por recorrências lexicais, por estratégias
de substituição de enunciados.
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Sabe-se que a leitura e escrita, ou seja, ler e escrever; não tem em sua unidade a mono
característica da dominação do idioma/língua, e sim o propósito de executar a interação
do meio e cultura de cada indivíduo. As relações intertextuais são de grande valia para
fazer de um texto uma alusão à outros textos, isto proporciona que a imersão que os
argumentos dão tornem esta produção altamente evocativa.
A paráfrase é também outro recurso bastante utilizado para trazer a um texto um aspecto
dinâmico e com intento. Juntamente com a paródia, a paráfrase utiliza-se de textos já
escritos, por alguém, e que tornam-se algo espetacularmente incrível. A diferença é que
muitas vezes a paráfrase não possui a necessidade de persuadir as pessoas com a
repetição de argumentos, e sim de esquematizar novas formas de textos, sendo estes
diferentes. A criação de um texto requer bem mais do que simplesmente a junção de
palavras a uma frase, requer algo mais que isto. É necessário ter na escolha das palavras
e do vocabulário o cuidado de se requisitá-las, bem como para se adotá-las. Um texto
não é totalmente auto-explicativo, daí vem a necessidade de que o leitor tenha um
emassado em seu histórico uma relação interdiscursiva e intertextual.
Uma das últimas, porém não menos importantes, formas de persuadir através de
argumentos, é a Alusão ("Ler não é apenas reconhecer o dito, mais também o não-
dito"). Nela, o escritor trabalha com valores, ideias ou conceitos pré estabelecidos, sem
porém com objetivos de forma clara e concisa. O que acontece é a formação de um
ambiente poético e sugerível, capaz de evocar nos leitores algo, digamos, uma
sensação... Texto Base: CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo” São Paulo SP,
Editora ..Scipione, 1994 - 6ª edição
Assim Othon Garcia define o parágrafo, e por assim dizer, exerce o parágrafo a
coordenação das partes de uma composição. Esta para comunicar-se plenamente,
depende da eficácia daquele, o que se nota quando há ordenação do raciocínio. Tal
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Parágrafo é a unidade redacional que divide o texto em partes menores, cada uma
responsável por um novo enfoque ou abordagem sobre o mesmo assunto que tem em
vista atingir um objetivo. A gramática formal conceitua parágrafo como aquele que está
marcado pela mudança de linha e de um afastamento da margem esquerda, mas sua
finalidade vai além desses conceitos gramaticais.
Vale lembrar que o homem ao construir algo, um texto, por exemplo, procura
ou deve fazê-lo seguindo de maneira a esmerar-se pela perfeição, pois, tratando-se
de texto, deve construí-lo como um objeto aberto, plural, dialogante e ligado ao
contexto verbal, estrutural entre o este e a situação em que ele ocorre. Texto extraído
de: MEDEIROS, João Bosco. Português Instrumental. São Paulo: Atlas, 2000
Estrutura do parágrafo
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O tamanho do parágrafo
Se você até hoje detestou textos, talvez não tenha entendido que eles falam uns com os
outros através, não somente da moldagem dos parágrafos, mas também de outros
fatores. Bem, este é o princípio básico do sétimo fator, a intertextualidade:
o conversar entre textos distintos, ou seja, qualquer discurso tem a ver com os fatores
pragmáticos envolvidos no processo sociocomunicativo. Fica assim entendido que os
elementos que concorrem para a textualidade numa relação coerente entre as ideias, são:
Tópico Frasal
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Constituído habitualmente por um ou dois períodos curtos iniciais, o tópico frasal, que é
a introdução da unidade de composição, nos fornece o tema a ser desenvolvido. Tal
consideração é também feita de forma generalizada, pois o tópico frasal pode não ser
inicial, mas sem dúvida, este é o tipo mais usado por consagrados escritores e
recomendado para os principiantes.
Iniciando o parágrafo
I - DESENVOLVENDO O PARÁGRAFO
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É aquele que descreve o objeto, ser, coisa, paisagem ou até mesmo um sentimento.
Tal descrição se dá pela apresentação das características predominantes e pelo
detalhamento destas. É portanto o objeto matéria da descrição.
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O parágrafo narrativo tem como núcleo o incidente, o fato ocorrido, nele também,
geralmente, não se tem o tópico frasal explícito, pois este, esta diluído implicitamente
no ordenamento da narração.
Devido a intenção deste trabalho, nos deteremos em três destas qualidades, a saber:
coesão, coerência e argumentação.
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1.0 - Coesão
Coesão ou unidade, consiste no resultado do emprego correto dos termos conectivos
da linguagem, o que permite expressar uma coisa de cada vez, omitindo o desnecessário
e prendendo-se às relações existentes entre as ideias, principal e secundárias. Tal
resultado em muito se deve ao correto emprego do tópico frasal.
Além dos recursos acima citados, que proporcionam coesão, evitando pormenores
impertinentes, acumulações e redundâncias, outros recursos redacionais proporcionam
coesão ao parágrafo, e podemos citar alguns como: O emprego, sempre que possível do
tópico frasal explícito; o desenvolvimento da idéia-núcleo em um mesmo parágrafo, a
busca da não utilização de frases entrecortadas.
1.1 - Coerência
Valendo-nos da definição primariamente apresentada para coerência, ( a ligação
perfeitamente inteligível das partes de um texto com o seu todo), podemos auferir, que
esta consiste em ordenar e interligar as ideias de maneira clara e lógica e de acordo com
um plano definido.
Para que a coerência seja evidente numa composição, algumas particularidades devem
ser observadas:
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ADEQUAÇÃO VOCABULAR
"Detonar", nos dicionários, aparece como sinônimo de "fazer explodir", "provocar uma
explosão". Na gíria, essa palavra passou a ser usada como sinônimo de "pôr tudo a
perder", "acabar com tudo" e até de "ser o máximo", "ser o melhor dos melhores". O
jogador que "detonou", por exemplo, foi o melhor do jogo.
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No território da gíria, da linguagem popular, usar o verbo "detonar" com esse sentido é
perfeitamente possível. Em linguagem formal, isso não seria de maneira alguma
adequado. "Detonar" se limitaria, nesse caso, a indicar a idéia de explosão.
CONOTAÇÂO, DENOTAÇÂO
Estes dois conceitos são muito fáceis de entender se lembrarmos que duas partes
distintas, mas interdependentes, constituem o signo lingüístico: o significante ou plano
da expressão - uma parte perceptível, constituída de sons - e o significado ou plano do
conteúdo - a parte inteligível, o conceito. Por isto, numa palavra que ouvimos,
percebemos um conjunto de sons ( o significante), que nos faz lembrar de um conceito
(o significado).
Portanto, o sentido conotativo difere de uma cultura para outra, de uma classe
social para outra, de uma época a outra. Por exemplo, as palavras senhora, esposa,
mulher denotam praticamente a mesma coisa, mas têm conteúdos conotativos diversos,
principalmente se pensarmos no prestígio que cada uma delas evoca.
Desta maneira, podemos dizer que os sentidos das palavras compreendem duas
ordens: referencial ou denotativa e afetiva ou conotativa.
DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO
TEXTO I TEXTO II
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inseticidas químicos.
Além dos poetas, os humoristas e os publicitários fazem um amplo uso das palavras
no seu sentido conotativo, o que contribui para que os anúncios despertem a atenção
dos prováveis consumidores e para que o dito humorístico atinja o seu objetivo de fazer
rir, às vezes até com uma certa dose de ironia.
Texto 4 - propaganda
Na frase que fecha o anúncio, desfaz-se a ambigüidade: "Venha até a (ao invés
de o) Pavimento Superior e confira esta e outras novidades de revestimentos para
pisos". Mas a frase de abertura faz pensar em outros sentidos: o centro comercial
ganhou um novo andar, um novo pavimento, ou ganhou um revestimento novo em todo
o seu piso, em todo o seu chão.
d) Exemplo de conotação
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Quando ocorre qualquer alteração na seqüência lógica dos termos, temos a ordem
indireta.
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termo
deslocado
Quando a oração se dispõe em ordem direta, não se separam por vírgulas seus termos
imediatos. Assim, não se usa vírgula entre o sujeito e o predicado, entre o verbo e seu
complemento, e entre o nome e seu complemento ou adjunto.
Muitos imigrantes europeus chegaram ao Brasil naquele ano.
sujeito predicado
verbo complemento
aposto
expressão
explicativa
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conj. intercalada
adj.
adv.intercalado
adj. adv.anteposto
compl. pleonático
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anteposto
4. marcar o vocativo
“Meus amigos, a ordem é a base do governo.”(Machado de Assis)
vocativo
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4 . orações coordenadas
As orações coordenadas (exceto as iniciadas pela conjunção aditiva e) separam-se por
vírgula.
Duvido, logo penso. Penso, logo existo.
or. coord. or. coord. or. coord. or. coord.
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PONTO
É utilizado para encerrar qualquer tipo de período, exceto os terminados por orações
interrogativas. É um dos sinais que indica maior pausa.
Anoitecia. Eu sou estudante. Refiz as contas e não descobri onde errei.
O ponto é também usado para indicar abreviação de palavras. Sr., Sra., Srtª., V.
Exª., Obs., Ex....
PONTO-E-VÍRGULA
O ponto-e-vírgula marca uma pausa mais longa que a vírgula, no entanto, menor que a
do ponto. Justamente por ser um sinal intermediário entre a vírgula e o ponto, fica difícil
sistematizar seu emprego.
Entretanto, há algumas normas para sua utilização.
Emprega-se o ponto-e-vírgula para:
Separar orações coordenadas que já venham quebradas no seu interior por vírgula.
Os indignados réus mostravam suas razões para as autoridades de forma firme; alguns,
no entanto, por receio de punições, escondiam detalhes aos policiais.
Os indignados réus protestaram; os severos juízes, no entanto, não cederam.
Separar orações coordenadas que se contrabalançam em forma expressiva (formando
antítese, por exemplo).
Muitos se esforçam; poucos conseguem. Uns trabalham, outros descansam.
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Nota:
Para melhor compreensão deste assunto, é conveniente revisar os conceitos de artigo
e preposição, os quais se encontram no capítulo da MORFOLOGIA (CLASSES
GRAMATICAIS).
Observações:
Antes de uma poderá haver crase em duas hipóteses:
a) quando “uma” for numeral, caso em que é possível substituí-lo por “duas”:
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3. Antes de verbo:
Limita-se a cantar sambas.
Pode-se usar artigo antes de verbo (quando for substantivo), mas esse artigo será o
masculino (Gosto de ouvir o cantar dos pássaros), nunca o feminino.
Observação:
Os pronomes de tratamento senhor, senhora e senhorita admitem artigo, podendo ser
encarados, para efeito de crase, como palavras comuns (item IV).
Antes de pronomes relativos pode haver crase (item VII).
Muita atenção para este caso: trata-se de um a (preposição simples, sem s) e de uma
palavra no plural (com s). Se tivéssemos escrito “Dedicava-se às causas nobres”, a
construção seria outra na forma e no sentido, e a solução é a do caso comum (item IV).
6. Antes do sujeito:
Chegou a hora de resolver isso.
Ouvem-se, ao longe, as vozes dos animais.
Observação:
Até, quando significa mesmo, ainda, é advérbio; por isso, pode haver crase depois
dele:
O bom leitor dá atenção até às vírgulas.
a) se, no lugar do a(s), aparecer ao(s), haverá preposição e artigo; portanto, crase:
Não foi à festa das amigas.
(Não foi ao baile das amigas.)
Disse às amigas que estava resfriado.
(Disse aos amigos que estava resfriado.)
b) se, no lugar do a(s), aparecer o(s), não haverá preposição e, evidentemente, não
haverá crase:
Observação:
Como o artifício prova, essas expressões repetidas (“cara a cara”, “boca a boca” etc.)
jamais apresentam crase.
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O artifício provaria:
Fui ao reduto Marco Polo.
Refere-se ao livreiro do Globo.
CASOS FACULTATIVOS
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Por isso, diz-se que a crase antes deles é facultativa. É, mas em certa circunstância e
nada mais.
Comecemos por examinar estes exemplos:
a) Dirigiu-se humildemente a seu pai.
b) Disse não dever nada a seus irmãos.
c) Disse não dever nada a suas irmãs.
Pelas razões expostas no item II (1 e 5), em nenhuma dessas frases existe artigo, não
se caracterizando, portanto, a crase. Se quisermos dispor da faculdade de usar os artigos,
teremos:
a) Dirigiu-se humildemente ao seu pai.
b) Disse não dever nada aos seus irmãos.
E, obrigatoriamente:
c) Disse não dever nada às suas irmãs.
Na última frase, existe a preposição (quem deve, deve algo a alguém), e passou a
existir o artigo, comprovado pelo s; portanto, existe a crase indicada.
Ambos estão certos, porque existe a preposição (quem se dirige, dirige-se a alguém),
e o artigo é facultativo, sendo facultativa a indicação de crase.
Conclusão:
Para haver crase facultativa antes de possessivo, é preciso que ele esteja no feminino
singular e que haja preposição. Nos demais casos, ou a crase é proibitiva ou é
obrigatória.
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Neste caso, o que se pode fazer é não usar o artigo, mas jamais indicar crase.
Vi Helena no cinema.
Itália admite artigo (A Itália exporta gente), mas só no segundo exemplo há também
a preposição.
Cumpre destacar que todo topônimo acompanhado de um elemento determinante
admite artigo. Roma não admite artigo (Roma era dissoluta), porém, se colocarmos ao
seu lado o determinante antiga ou dos césares etc., passará a aceitá-lo.
A Roma antiga era dissoluta.
A Roma dos césares era dissoluta.
Por conseguinte, há crase em frases como:
Referiu-se à Roma antiga.
Devemos muito à Roma dos césares.
Nada parece mais difícil aos leigos do que reconhecer a crase antes do que, quem,
qual, quais (pronomes) e de (preposição). Isso é, todavia, talvez mais fácil do que nos
outros casos. Bastará aplicar o mesmo artifício de substituição da palavra feminina por
uma masculina, com a diferença de que, nesse caso, a palavra a ser substituída estará
antes do a(s) e não depois.
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Exemplos:
1) A rua a que nos dirigimos é paralela à que te referes.
(O rio a que nos dirigimos é paralelo ao que te referes.)
2) A casa de Maria é semelhante à que pretendo construir.
(O lar de Maria é semelhante ao que pretendo construir.)
3) A reunião à qual não compareceste terminou cedo.
(O encontro ao qual não compareceste terminou cedo.)
4) As obras recentemente iniciadas, às quais se destinou vultosa verba, serão
concluídas antes do prazo.
(Os prédios recentemente iniciados, aos quais se destinou vultosa verba, serão
concluídos antes do prazo.)
5) A sabedoria de certos homens é igual à dos burros.
(O saber de certos homens é igual ao dos burros.)
Observações:
1) No caso do que, ao aplicar o artifício, é preciso tomar cuidado para não substituí-
lo por qual ou quais, pois isso dará solução errada.
Esta é a obra a que me dedico.
Artifício certo: Este é o livro a que me dedico.
Artifício errado: Este é o livro ao qual me dedico.
2) O de pode estar combinado com outras classes, o que em nada altera a regra.
Minha opinião é oposta à daqueles que fazem a guerra.
(Meu parecer é oposto ao daqueles que fazem a guerra.)
3) Antes de quem, que entrou aqui por uma questão didática, nunca aparece crase.
Esta é a moça a quem dedicou seus poemas.
(Este é o povo a quem dedicou seus poemas.)
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Se nada aparecer antes de este(s), esta(s) ou isto, não haverá crase “sobre” aquele(s)
, aquela(s) ou aquilo.
Coerência e coesão textuais são dois conceitos importantes para uma melhor
compreensão do texto e para a melhor escrita de trabalhos de redação de qualquer área.
A coerência diz respeito à ordenação das ideias e dos argumentos, ou seja, aborda a
relação lógica entre ideias, situações ou acontecimentos, apoiando-se, por vezes, em
mecanismos formais, de natureza gramatical ou lexical, e no conhecimento
compartilhado entre os usuários da língua. Pode-se dizer que o conceito de
coerência está ligado ao conteúdo, no sentido constituído pelo leitor. A coerência
depende da coesão. Um texto com problemas de coesão terá, provavelmente, problemas
de coerência.
A coesão de um texto é decorrente das relações de sentindo que se operam entre os seus
elementos. Muitas vezes, a compreensão de um termo depende da interpretação de outro
ao qual ele faz referência.
Os elementos de que a língua dispõe para relacionar termos ou segmentos na construção
de um texto são os recursos vocabulares, sintáticos e semânticos – chamados de
conectivos, coesivos ou conectores.
Os principais mecanismos de coesão textual são:
PREPOSIÇÕES – palavras invariáveis que ligam outras palavras, estabelecendo entre
elas determinadas relações de sentindo e de dependência.
As preposições podem ser:
Essenciais (sempre têm essa função): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em,
entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
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Cuidado!!!
A preposição de não deve contrair-se com:
O artigo que precede o sujeito de um verbo.
Ex: É tempo de a polícia agir com eficácia.
O artigo que faz parte de um título.
Ex: O fato de O Globo ter noticiado a negociação...
Tratar com carinho (modo); ficar pobre com a inflação (causa); vinho se faz com uva
(matéria); ir ao cinema com o Jonas (companhia); jogar com (contra) os argentinos
(oposição).
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cada vez mais baixos porque o processo inflacionário diminui consideravelmente seu
poder de compra. Além de tudo, são considerados como renda e taxados com
impostos”.
Algumas expressões (isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras) introduzem
esclarecimentos, retificações, desenvolvimento ou desdobramento da ideia
anterior. Exemplo: “Muitos jornais fazem alarde de sua neutralidade em relação aos
fatos, isto é, de seu não comprometimento com nenhuma as forças em ação no interior
a sociedade”.
Alguns conectivos adversativos (mas, todavia, porém, contudo, entretanto) marcam
oposição entre dois enunciados ou dois segmentos do texto. Não é possível ligar, por
meio desses conectivos, segmentos que não se oponham.
Certos elementos de coesão servem para estabelecer gradação entre os componentes de
uma escala. Alguns (mesmo, até, até mesmo) situam a ideia no topo da escala; outros
(ao menos, pelo menos, no mínimo) situam-na no plano mais baixo.
Exemplos:
“O homem é ambicioso, quer ser dono de bens materiais, da ciência, o próprio
semelhante; até mesmo o futuro e da morte”.
“É preciso garantir ao homem seu bem-estar: o lazer, a cultura, a liberdade, ou, no
mínimo, a moradia, o alimento e a saúde”.
Os conectivos que estabelecem ao mesmo tempo uma relação de contradição e de
concessão (embora, ainda que, mesmo que) servem para admitir um dado contrário e
depois negar seu valor e argumento. É preciso ficar atento ao seu uso, pois se essa
relação não for apropriada, deixará o enunciado descabido. Veja:
“Embora o Brasil possua um solo fértil e imensas áreas de terras plantáveis, vamos
resolver o problema da fome”.
PRONOMES RELATIVOS – pronomes que retomam um termo já citado numa
oração, substituindo o no início da oração seguinte. Veja:
Eu trouxe os lápis. Você precisará desses lápis.
Eu trouxe os lápis de que você precisará.
Os pronomes relativos podem ser:
Variáveis: o/a qual, os/as quais; cujo(s), cuja(s);
quantos(s), quantas(s).
Invariáveis: que, quem, onde, como, quando.
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Oração A Oração B
2°) A maioria das bancas examinadoras do país gosta de cobrar os pronomes relativos
atrelados à regência (nominal ou verbal). Exemplos:
Ele é o rapaz a cujas ideias me refiro.
Ele é o rapaz de cujas ideias discordo.
Ele é o rapaz com cujas ideias concordo.
Ele é o rapaz de cujas ideias desconfio.
3°) O relativo que:
a) Pode retornar palavras que nomeiam pessoas ou coisas.
Ex: O rapaz que chegou é meu vizinho. (o qual)
b) Pode se referir aos demonstrativos o, a, os, as.
Ex: Sei o que você faz neste lugar! (o = aquilo)
4°) O relativo quem só é usado para retomar palavras que designam pessoas.
Ex: Ela é a pessoa com quem você conversava.
5°) Os relativos cujo(a), cujos (as) são usados entre dois substantivos, estabelecendo
entre eles uma ideia de posse.
Discutiremos um assunto cujas causas são complexas.
(cujas causas = as causas do assunto)
6°) Os relativos onde, aonde: essas duas formas sempre indicam lugar e têm empregos
diferentes.
Onde – indica “lugar em que”. Exemplo:
Fui à cidade onde você nasceu. (quem nasce, nasce em).
Aonde – indica “lugar a que”. Exemplo:
Conheço a cidade aonde você vai. (quem vai, vai a ).
7°) Os relativos quanto(s) e quanta(s) são precedidos
de tudo, todo, tanto (e variações). Exemplos:
Esqueceu-se de tudo quanto prometera.
Todos quantos assistiram ao filme ficaram decepcionados.
Você quer provas de concurso? Pois pegue tantas quantas quiser.
8°) O relativo como tem sempre as palavras “modo”, “maneira” ou “forma” como
antecedentes e equivale semanticamente a pelo qual (e variações). Exemplos:
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Exemplo:
“O que é aquilo que está lá no fim da rua?”
Atenção!
Os pronomes adjetivos (último, penúltimo, antepenúltimo, anterior, posterior) e os
numerais ordinais (primeiro, segundo, etc.) também podem ser usados para se fazer
referências em geral.
Nas ondas da praia quero ser feliz / Nas ondas do mar quero me afogar.
Os amores (estão) na mente / As flores (estão) no chão / A certeza (está) na frente / A
história (está) na mão.
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(Nesse caso, o paralelismo ocorre pela correspondência do desejo, da atração pelo mar e
pela morte).
Sujeito: é o termo da oração que funciona como suporte de uma afirmação feita
através do predicado. Em análise sintática, o sujeito é um dos termos essenciais da
oração, responsável por realizar ou sofrer uma ação ou estado; o outro é o predicado.
Didaticamente, fazemos uma pergunta para o verbo: Quem é que? ou Que é que? ―
e teremos a resposta; esta resposta será o sujeito.O sujeito simples tem um núcleo.
"O menino brinca." Quem é que brinca? O menino. Logo, o menino é o sujeito da
frase.
"O livro é bom." O que é que é bom? O livro. Logo, o livro é o sujeito da frase.
Um jeito de diferenciá-lo de objeto é o seguinte:
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Por exemplo: "A empresa fornecia comida aos trabalhadores", Agora façamos a
pergunta - "Quem fornecia comida aos trabalhadores?" - A empresa. Portanto a
empresa é o sujeito.
Exemplo:
“[O homem velho] [me contou isso com espanto e desprezo].” (Rubem Braga)
I--------sujeito----------I I--------------------------predicado---------------------------I
Sujeito
É o ser a respeito do qual se declara alguma coisa. “É a pergunta à resposta feita
ao verbo.”
Ex.: Marcelo controlou a situação.
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Mandei-o estudar
Aqui, o pronome o é o sujeito do verbo estudar. E o que se conhece como
sujeito de infinitivo. Isso só ocorre com os verbos causativos ( mandar,deixar,fazer) e
Sensitivos (ver, sentir,ouvir) seguidos de infinitivos. A oração começada
pelo
pronome átono é sempre objetiva direta. Assim, temos: 1ºor.- Mandei
(principal);
2º or- o estudar ( sub. Substantiva obj. direta ).
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4) Oração sem sujeito.: quando a oração possui apenas predicado. Alguns autores
Dizem sujeito inexistente. Ocorre nos seguintes casos principais:
* Com o verbo haver significando existir ou indicando tempo.
Ex.: Há muitos livros na estante.
Há meses que não vou lá. (A primeira oração não tem sujeito.)
Predicado
“O que convém?” que você honre seu pai e sua mãe. (sujeito oracional.
Estudo do predicado
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1. Predicativo
É o termo que atribui ao sujeito ou objeto uma qualidade, estado, característica
etc. Pode ser.
a) Do sujeito:
Ex.: Rodrigo é estudioso. Ela voltou cansada. (predicativo de Rodrigo que é
sujeito)
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b) Do objeto.
Ex.: Eu o considero inteligente. (predicativo de o que é objeto)
2. Objeto direto
Observe que, neste caso, o verbo não exige a preposição de. Ele é transitivo
direto.
O objeto direto pode ainda ser:
3. Objeto indireto
4. Complemento nominal
5. Agente da passiva
É o termo que pratica a ação na voz passiva. Corresponde ao sujeito voz ativa. Vem
introduzido pelas preposições POR (PELO,
PELA) ou DE.
Ex.: A história foi contada por vovó.( o sujeito é passivo: a história )
Mudando a voz do verbo, temos: Vovó contou a história. O agente da passiva
(por Vovó) transformou-se no sujeito da voz ativa ( Vovó).
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*** Cuidado para não confundir este ultimo caso com o complemento nominal.
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2. Adjunto adverbial
É o termo de natureza adverbial que modifica o verbo, adjetivo ou advérbio,
indicando as circunstâncias com que se desenvolve o processo verbal. É representado
geralmente por advérbio ou expressão adverbial.
Ex: Ontem fomos à praia.
Tempo lugar
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3. Aposto
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4. Vocativo
Termo com valor exclamativo que serve para interpelar alguém ou algo. “É um
chamativo”. Não pertence ao sujeito, nem ao predicado. Sempre com vírgula.
Exemplos:
Exemplo:
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Exemplo:
O período é formado por três orações independentes que poderiam ser transformadas em
três fases distintas ou reordenadas livremente. Existe, portanto, entre as orações, além
da independência sintática; independência de sentido bastante acentuada
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ADITIVAS:
As idéias são colocadas em seqüência, uma adicionada à outra, podendo estar implícita
a idéia de sucessividade temporal.
Conjunções coordenativas: e, nem, não só... mas também, não só... como também.
Exemplos:
ADVERSATIVA:
Exemplos:
ALTERNATIVA:
Exemplos:
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EXPLICATIVA:
Quando sindeticamente, são introduzidas pelas conjunções que, pois porque e porque
quando, que estabelecem entre a oração que introduzem e a coordenada anterior uma
dependência de sentido bastante acentuada. As coordenadas explicativas expressam
uma, justificativa para a declaração feita na oração anterior.
Exemplos:
CUNCLUSIVA:
Quando sindéticas , são introduzidas pelas conjunções logo, pois, portanto, por
conseguinte ou pelos vocábulos conseqüentemente e então, que assumem valor
conclusivo. Tais conetivos estabelecem entre a coordenada que introduzem e a oração
anterior forte dependência de sentido, pois as coordenadas expressam conclusão ou
decorrência da declaração anterior.
Exemplos:
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Exemplo:
Exemplo:
Coordenadas sindéticas têm sempre seu conetivo precedido de pausa marcada por
vírgula ou ponto-e-vírgula, exceto se os conetivos forem e, nem (aditivos) e ou (
alternativos). Com tais conetivos a pausa é opcional, sendo aconselhável marcá-la na
escrita, quando se tornar necessário separar mais nitidamente as orações por razão
expressivas ou por necessidade de clareza.
Exemplo;
Casou, teve filhos e lhe vieram netos, e sobre a descendência ela se deliciou
no gozo de mandar.
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Observe:
Agente da passiva : termo preposicionado que pratica a ação verbal, quando este
está na voz passiva analítica.
Ex.: O carro foi roubado pelo mecânico.
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***sujeito: A resposta à pergunta feita ao verbo: Ex.: É importante que você busque
ao Senhor.
Exemplos:
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* Não é certo que ele morreu ontem. (o que não é certo?) * Se ele passará o ano
não se sabe. (o que não se sabe )
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Subjetivas Predicativas
* É importante que aprendam análise sintática. * O importante é que
aprendam análise sintática.
* É bom que se beba água. * O bom é que se beba água.
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Observação. : Geralmente as apositivas são iniciadas após dois pontos ( : ). Raras são
as vezes em que elas são iniciadas após vírgula; mesmo assim, as vírgulas estão apenas
substituindo os dois pontos ( : ).
São as que têm o valor e a função de um adjetivo. São introduzidas, na maioria das
vezes, por pronomes relativos e referem-se a um termo antecedente, que pode ser um
substantivo ou pronome substantivo ou numeral substantivo. Elas podem ser
classificadas como:
Restritivas : Restringem, limitam o termo antecedente. Explicativas :
explica o termo antecedente.
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Restritivas Explicativas
* Aparecem mais vezes que as explicativas. * Aparecem com menos freqüência.
* Individualizam o antecedente. * Destacam aspectos que já estão implícitos
no termo antecedente
* Não devem ser isoladas por vírgulas. * Devem ser isoladas por vírgulas.
Exemplos : Exemplos :
*O homem que vi ontem era o diretor. * O homem, que é mortal, tem alma
imortal.
* Pedra que rola não cria limo. * Deus, que é nosso pai, nos salvará.
* É teu tudo quanto existe aqui. * Jesus, que é Filho de Deus, nos
ama muito.
* Há palavras cuja origem é obscura. * Paulo, que é operário, não foi
escolhido.
* Admiro o modo como ele trabalha. * A serpente, que é venenosa, tem presas
finas.
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Principais conjunções : como., tal qual, qual ( depois de tal ), assim como, ( tão ou
tanto ) como, mais que ou mais do que, menos que ou menos do que, tanto quanto, que
nem, feito (= como, do mesmo modo que ), o mesmo que ( = como ).
* Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento. * Sou o mesmo que um
cisco em minha própria casa.
* O exército avançava pela planície qual uma serpente imensa. * Por que ficou me
olhando assim feito boba ?
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ORAÇÕES REDUZIDAS
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* Não convém procederes assim. ( Não convém que procedas assim ) . "Red. inf. "
* É impossível terem tão pouco interesse. ( que tenham ) . "Red. inf. "
* Penso estar preparado. ( que estou preparado). " Red. inf. "
b) Objetivas diretas :
* Nós mandamos virem os livros. ( que viessem ). "Red. inf. "
* Dizem ter estado lá. ( que estiveram ) "Red. inf. "
* Não falei por não ter certeza. ( porque não tinha ). " Red. inf. "
c) Objetivas indiretas :
* O tempo impedirá você de vir hoje. ( de que venha ) . " Red. inf. "
* Nada me impede de ir agora. ( de que eu vá ) " Red. inf. "
* O pai impedirá os filhos a respeitá-lo. ( a que o respeitem ) . " Red. inf. "
d) Predicativas :
* O essencial é salvarmos a nossa alma. ( que salvemos ) . " Red. inf. "
* Seu sonho era morar no Rio de Janeiro. ( que morasse ) . " Red. inf. "
* O mais sensato seria voltares para casa de teus pais. ( que voltaste ) . " Red. inf. "
e) Completivas nominais :
* Tenho a impressão de o estar vendo. ( de que o estou vendo ) . " Red. inf. "
* Tinha ânsia de chegar lá. ( de que eu chegasse ). " Red. inf. "
* Estou disposto a ir sozinho. ( a que eu vá sozinho ) . " Red. inf. "
f) Apositivas :
* Só te faltas uma coisa : seres feliz . ( que sejas ) . " Red. inf. "
* Só lhe peço isto : honrar o nosso nome. ( que honre ) . " Red. inf. "
* Confesso uma coisa : ser um homem puro. ( que sou ) . " Red. inf. "
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* A morte é o último inimigo a ser destruído por Cristo. ( que será ) " Red. inf. "
* Passaram guardas conduzindo presos. ( que conduziam ) . " Red. ger. "
* Esta é a notícia divulgada pela imprensa. ( que foi divulgada ) . " Red. part. "
a) Temporais :
* Ao despedirem-se, choravam. ( Quando se despediam ) . " Red. inf. "
* Chegando lá, avise-me. ( quando chegar ) . " Red. ger. "
* Feito isto, podem sair. ( depois que fizerem ) " Red. part. "
b) Finais :
* Corra para chegar a tempo. ( para que chegue ). " Red. inf. "
* O animal feroz mata para se alimentar. ( a fim de se alimentar ). " Red. inf. "
c) Concessivas :
* Ofendi-o sem querer. ( embora não quisesse ) . " Red. inf. "
* Mesmo correndo, não o alcançou . ( embora corresse ) . " Red. ger. "
* Mesmo oprimidos, não cederemos. ( mesmo que sejamos oprimidos ) . " Red. part. "
d) Condicionais :
* Você não sairá sem antes me avisar. ( sem que me avise ) . " Red. inf. "
* Ficando aí, nada verás . ( se ficares aí ) . " Red. ger. "
* Aberta a porta, entraríamos. ( se estivesse aberta ) . " Red. part. "
e) Causais :
* Marta não veio por se achar doente. ( porque se achava ) . " Red. inf. "
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* Estando adoentado, não saí de casa. ( como estava adoentado ) . " Red. ger. "
* Assaltados, pusemo-nos a correr. ( como fomos assaltados ) . " Red. part. "
f) Consecutivas :
* Muito distraído devia estar você para não me ver na festa. ( para que não me visse ) .
" Red. inf. "
* Aquela cena o impressionou muito, a ponto de lhe tirar o sono. (para que lhe tirasse o
sono) – “Red. Inf”
g) Conformativas:
* Seguindo velho hábito, não aceitou o presente. ( Conforme velho hábito ) . " Red. ger.
"
h) Comparativas:
* Por que ficou me olhando assim feito boba ? (como se fosse boba). “Red. Part.”
i) Modal:
* Retirei-me discretamente, sem ser percebido. (sem que me percebessem) “Red. Inf.”
* Eugênia saiu sem se despedir do pai. (sem que se despedisse) “Red. Inf.”
Haja vista:
* Forçaram o preso a confessar o crime, torturando-o. ( Oração adverbial de meio ou de
modo)
* Em vez de (ou em lugar de) se abandonar ao desânimo, ele reagiu e venceu. (Oração
adverbial de negação)
* Não fez nada o mês inteiro, a não ser (senão) passear. (Oração adverbial de exceção)
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COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO :
Já sabemos que período é a frase constituída por uma ou mais orações, formando
um todo com sentido completo. O período pode ser simples ou composto.
Obs.: A próclise pode ser empregada, desde que não inicie orações. Todavia, existindo
termo atrativo, a próclise deve ser usada.
Exs.:
1. Não se mostrou animado com as novidades que se firmaram através da imprensa.
mostrou-se [ F ] que firmaram-se [F]
Alguém o considerou hermético. Em se tratando de opacidade, ninguém o precede.
considerou-o [F] tratando-se [F] precede-o
[F]
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5. Eu te amo!
amo-te! [ F] * A frase é exclamativa.
9. Nada incomoda-me [ F ]
me incomoda [ V ]
Obs.: Mesmo existindo termo atrativo, se o verbo estiver no infinitivo, devo empregar a
Próclise, mas posso usar a ênclise.
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Obs.: Existindo mais de um termo atrativo, o pronome oblíquo deve ser usado após o
último termo atrativo.
Concordância Nominal
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Mesmo pode ser advérbio quando significa realmente, de fato. Será portanto invariável.
Ex.: Maria viajará mesmo para os EUA.
Ele próprio fará o pedido ao diretor./ Ela própria fará o pedido ao diretor.
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Nota:
Se o particípio pertencer a um tempo composto será invariável.
Ex.: O juiz tinha iniciado o jogo de vôlei./ A juíza tinha iniciado o jogo de vôlei.
9- Um e outro, um ou outro, nem um nem outro deixam o substantivo no singular e o
adjetivo no plural.
Ex. Extraíram-me um e outro dente cariados.
10- O adjetivo POSSÍVEL concorda com o artigo que inicia a expressão.
Ex.: Trabalho com livros o melhor possível .
Trabalho com livros os melhores possíveis.
Concordância Verbal
1) Sujeito simples
Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
Ex.: Nós vamos ao cinema.
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).
Casos especiais:
a) O sujeito é um coletivo- o verbo fica no singular.
Ex.:A multidão gritou pelo rádio.
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular
ou vai para o plural.
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.
c) O sujeito é um pronome de tratamento- o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular
ou do plural).
Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio.
d) O sujeito é o pronome relativo que – o verbo concorda com o antecedente do
pronome.
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.
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2) Sujeito composto
Regra geral: o verbo vai para o plural.
Ex.: João e Maria foram passear no bosque.
Casos especiais:
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes- o verbo
ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos ( 1ª pessoa plural) amigos.
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis ( 2ª pessoa do plural) amigos.
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.
Ex.: Tu e ele se tornarão amigos.(3ª pessoa do plural)
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c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - o verbo poderá
ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa).
Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e ansiedade
não o ajudava a se concentrar.
d) Quando há gradação entre os núcleos- o verbo pode concordar com todos os núcleos
(lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo.
Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar
bastava.
e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo concorda
com o aposto resumidor.
Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.
f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões um e outro, nem um nem outro...-
o verbo poderá ficar no singular ou no plural.
Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram.
g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou- o verbo irá para o singular
quando a idéia for de exclusão e plural quando for de inclusão.
Ex.: Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão)
A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão)
h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto...como/
assim...como/ não só...mas também, etc.) - o mais comum é o verbo ir para o plural,
embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular.
Ex.: Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo./
Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo.
Outros casos:
1) Partícula SE:
a- Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo direto) concordará com o sujeito
passivo.
Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros.
b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará
obrigatoriamente no singular.
Ex.: Precisa-se de secretárias.
Confia-se em pessoas honestas.
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2) Verbos impessoais
São aqueles que não possuem sujeito, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Havia sérios problemas na cidade.
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.
Deve haver sérios problemas na cidade.
Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.
Nota:
Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais.
O verbo existir não é impessoal. Veja:
Existem sérios problemas na cidade.
Devem existir sérios problemas na cidade
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Ex.: Antes de (tu)responder, (tu) lerás o texto./Antes de (tu )responderes, (tu) lerás o
texto.
- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração
principal e está indicado por algum termo do contexto.
Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o direito de contestarmos.
- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração
principal e não está indicado por nenhum termo no contexto.
Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato.
c) Quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal
- não se flexiona o infinitivo sendo este o verbo principal da locução verbal quando
devida à ordem dos termos da oração sua ligação com o verbo auxiliar for nítida.
Ex.: Acabamos de fazer os exercícios.
Nota:
Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias pois subentende-se a palavra
dia.
Ex.: Hoje são 24 de outubro./ Hoje é (dia) 24 de outubro.
d- Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se
dará com o pronome.
Ex.: Aqui o presidente sou eu.
Nota:
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Regência Verbal
1- Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em.
Ex.: Vou ao dentista./ Cheguei a Belo Horizonte.
2- Morar/ residir – normalmente vêm introduzidos pela preposição em.
Ex.: Ele mora em São Paulo./ Maria reside em Santa Catarina.
3- Namorar – não se usa com preposição.
Ex.: Joana namora Antônio.
4- Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a.
Ex.: As crianças obedecem aos pais./ O aluno desobedeceu ao professor.
5-Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição com.
Ex.: Simpatizo com Lúcio./ Antipatizo com meu professor de História.
Nota:
Estes verbos não são pronominais, portanto, são considerados construções erradas
quando os mesmos aparecem acompanhados de pronome oblíquo: Simpatizo-me com
Lúcio./ Antipatizo-me com meu professor de História.
6- Preferir - este verbo exige dois complementos sendo que um usa-se sem preposição e
o outro com a preposição a.
Ex.: Prefiro dançar a fazer ginástica.
Nota:
Segundo a linguagem formal, é errado usar este verbo reforçado pelas expressões ou
palavras: antes, mais, muito mais, mil vezes mais, etc.
Ex.: Prefiro mil vezes dançar a fazer ginástica.
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1 - Aspirar
a- no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposição. Ex.: Aspirou o ar puro da
manhã.
b- no sentido de almejar, pretender: exige a preposição a. Ex.: Esta era a vida a que
aspirava.
2 - Assistir
a) no sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer: usa-se sem preposição. Ex.: O
técnico assistia os jogadores novatos.
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b) se tem por complemento palavra que denote pessoa: são regidos pela preposição a.
Ex.: Perdoou a todos,
8 - Informar
a) no sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas construções:
1) objeto direto de pessoa e indireto de coisa (regido pelas preposições de ou sobre).
Ex.: Informou todos do ocorrido.
2) objeto indireto de pessoa ( regido pela preposição a) e direto de coisa. Ex.:
Informou a todos o ocorrido.
9 - Implicar
a) no sentido de causar, acarretar: usa-se sem preposição.
Ex.: Esta decisão implicará sérias conseqüências.
b) no sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois complementos, um direto e
um indireto com a preposição em.
Ex.: Implicou o negociante no crime.
c) no sentido de antipatizar: é regido pela preposição com.
Ex.: Implica com ela todo o tempo.
10- Custar
a) no sentido de ser custoso, ser difícil: é regido pela preposição a. Ex.: Custou ao
aluno entender o problema.
b) no sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se sem preposição. Ex.: O
carro custou-me todas as economias.
Regência Nominal
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