BR Manual Precision
BR Manual Precision
BR Manual Precision
INSTRUÇÕES DE USO
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Parabéns!
Agora você é um usuário dos equipamentos para eletrocirurgia fabricados pela DELTRONIX®. Você
adquiriu o que há de melhor e mais moderno neste segmento e isso certamente irá facilitar muito o seu
trabalho dentro do Centro Cirúrgico.
A DELTRONIX Equipamentos Ltda. é uma empresa genuinamente brasileira que está no mercado de
equipamentos eletromédicos desde 1970. Utilizando os mais modernos recursos da engenharia eletro-
eletrônica fabrica produtos com reconhecida qualidade, funcionalidade, durabilidade e simplicidade de
manuseio.
A DELTRONIX® produz Geradores Eletrocirúrgicos (Bisturi Eletrônico) e seus acessórios para todas as
especialidades cirúrgicas e entre elas estão a ginecologia, oftalmologia, ortopedia, dermatologia,
neurocirurgia, cirurgia plástica e cirurgia cardíaca. Há também produtos indicados para procedimentos
de endoscopia, videolaparoscopia, odontologia e veterinária.
Neste setor há mais de quarenta anos, a DELTRONIX® adquiriu know-how e conta hoje com o
reconhecimento do segmento no Brasil e em todos os outros países com os quais tem contato técnico
comercial. Os bisturis eletrônicos DELTRONIX® acompanham o estado da arte em todo o mundo. São
práticos, funcionais, eficientes e seguros, sendo por isso bem recebido em todos os países onde estão
presentes.
A ELETROCIRURGIA É O NOSSO FORTE. Por este motivo oferecemos o que há de melhor no setor.
ii
MANUAL DO USUÁRIO
INSTRUÇÕES DE USO
Marca:
Deltronix Equipamentos Ltda.
Fabricante do equipamento e detentora do registro:
Deltronix Equipamentos Ltda.
Responsável Técnico:
Engº Carlos Alberto Paulin – CREA-SP nº 0685086790
Nome técnico:
Equipamento Eletro-Cirúrgico de Alta Freqüência
Nome comercial:
Bisturi Eletrônico Microprocessado
Modelos comerciais:
Precision TC 4, Precision TC 3, Precision TC 2, Precision RC 4, Precision RC 3 e Precision RC 2.
Registro ANVISA:
Família Precision nº .................
• Este manual deve ser lido por todas as pessoas que preparam e utilizam este
equipamento.
• Leia e entenda todas as instruções contidas neste Manual de Usuário antes de instalar
ou operar este equipamento.
• Este equipamento é destinado para o uso somente por profissionais médicos
qualificados e treinados para executarem procedimentos técnicos e cirúrgicos
A Deltronix poderá manter à disposição o MANUAL DE SERVIÇO, com esquemas elétricos, listas de
componentes, descrições e as instruções para calibração e aferição e demais informações necessárias ao
pessoal técnico qualificado do usuário, para reparar as partes do equipamento mediante o acordo com
o usuário ou em suas Assistências Técnicas Autorizadas.
REPRESENTANTE EUROPEU
Obelis S.A.
European Authorized Representative Center
End: Avenue de Tervuren 34, Bte 44 B-1040 Brussels,
Belgium
Contact: mail@obelis.net
Nenhuma parte deste texto pode ser reproduzida ou usada sob qualquer forma ou meio, sem o prévio
consentimento por escrito por parte do editor.
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SUMÁRIO
1. Apresentação, Descrição dos Controles, Indicadores e Conectores
1.1. Apresentação – Descrição Tecnica 1
1.2. Descrição dos Controles do Painel Frontal 3
1.2.1. Painel de Controle dos Bisturis da Linha Precision TC 3
1.2.2. Painel de Controle dos Bisturis da Linha Precision RC 3
1.2.3. Linha Precision TC 4
1.2.4. Linha Precision RC 4
1.2.5. Indicadores (Display Digital) 4
1.2.6. Ajuste de Potência com a caneta porta-eletrodo ou com o Pedal Duplo 5
1.2.7. Indicador de Placa Neutra e Sistema de Alarme 5
1.2.8. Conectores no Painel Frontal 6
1.2.9. Conectores no Painel Traseiro 6
2. Classificação, Simbologia
2.1. Classificação IEC, ANVISA e MDD 8
2.2. Simbologia 8
4. Modos de Utilização
4.1.Monopolar 15
4.1.1. Corte (CUT) 16
4.1.1.1. Corte Pulsado (PPC®) 17
4.1.1.2. Procedimentos para configuração e habilitação do modo PPC® 17
4.1.2. Coagulação (COAG) 18
4.1.2.1. Coagulação Pulsado (PPC®) 18
4.2. Bipolar 19
4.2.1. Bipolar (BIPO) 19
4.3. Tripolar® 20
4.4. Programação de Procedimentos Cirúrgicos 20
4.4.1. Salvando Programas na Memoria 20
4.4.2. Lendo Programas da Memoria 21
4.4.3. Função Reload 21
5. Especificações Técnicas
5.1. Características Gerais 23
5.2. Compatibilidade com Coagulador a Gás Argônio 24
5.3. Tabelas de Potências 24
5.3.1. Tabela de Potências Máximas 24
5.3.2. Tabela de potências Mínima e Máximas de Entrada 24
5.3.3. Tabela de Fusíveis 24
5.3.4. Tabela de Dimensionais e Pesos 24
5.4. Compatibilidade Eletromagnética 25
v
7. Acessórios
7.1. Acessórios acompanhantes 31
7.2. Recomendações 36
8. Manutenção e Reparo
8.1. Responsabilidade do Fabricante 38
8.2. Assistência Técnica ao Produto 38
8.3. Códigos de Erros do Painel 38
8.4. Guia de Defeitos e Soluções 38
8.5. Contatos 39
• NBR IEC 60601-1:1994 Emenda 1:1997 (IEC 60601-1:1988 Am1:1991 Am2:1995) – Prescrições gerais para
segurança;
• NBR IEC 60601-1-2:2006 Emenda 1:2006 (IEC 60601-1-2:2004 Amend.1) – Equipamento Eletromédico – Parte 1
– Prescrições gerais para segurança – Norma Colateral: Compatibilidade Eletromagnética – Prescrições e ensaios;
• NBR IEC 60601-2-2:2001 (IEC 60601-2-2:1998) – Equipamento Eletromédico – Parte 2 – Prescrições particulares
para segurança de equipamento cirúrgico de alta frequência;
• NBR IEC 60601-1-4:1996/A1:1999 (IEC 60601-1-4: 1996) - Aparelhagem elétrica para medicina — Parte 1-4:
Regras gerais de segurança — Norma colateral: Sistemas de eletromedicina programáveis;
• EN 980:2008 - Símbolos gráficos para utilização na rotulagem dos dispositivos médicos;
• EN ISO 14971:2009 - Dispositivos médicos - Aplicação da gestão de risco aos dispositivos médicos;
• MDD 93/42/EEC incluindo a Emenda 2007/47/EC.
vi
1. APRESENTAÇÃO, DESCRIÇÃO DOS CONTROLES, INDICADORES E CONECTORES
1.1. APRESENTAÇÃO – DESCRIÇÃO TÉCNICA
Os Bisturis Eletrônicos Deltronix® das linhas PRECISION TC (Touch Control) e PRECISION RC (Rotary
Control) são transistorizados e utilizam microprocessadores de última geração. Projetados para utilização em
cirurgias de Baixa, Média e Alta Complexidade, possuem recursos que os habilitam tanto para Cirurgia Cardíaca
quanto para Cirurgia Urológica ou Neurocirurgia. Corta e Coagula em campo úmido (debaixo d'agua)
possibilitando todos os tipos de ressecção endoscópica. A forma de onda para cada função foi convenientemente
ajustada para as Cirurgias Cardiovasculares, tendo sido também testada e aprovada em Ressecção Mamária. Para
conveniência da equipe médica, permite o trabalho simultâneo e independente de 2 (dois) cirurgiões. Sua saída
Bipolar é independente e isolada, adequada a todos os procedimentos utilizados em Neurocirurgia e
Microcirurgias.
O acionamento do CORTE (CUT) ou da COAGULAÇÃO (COAG) pode ser feito através de pedal duplo ou da
caneta porta-eletrodo, com comando digital (CD, comando manual na própria caneta). A potência de saída é
ajustada através de controles existentes no painel, com indicação digital do valor escolhido. Para a função CORTE
(CUT) existe a opção entre corte puro (PURE CUT) e BLEND (mistura de CORTE com COAGULAÇÃO) em três formas
diferentes selecionáveis no painel: BLEND MIN (1), BLEND MID (2) e BLEND MAX (3), com níveis variados de
coagulação pré-programados. Nesta função pode-se também optar pela função CORTE (PURE CUT) Hi, BLEND
MIN (1)Hi, BLEND MID (2)Hi e BLEND MAX (3)Hi, individualmente, que permite a cirurgia em tecidos adiposos
com maior facilidade. A Função CORTE (CUT) permite ainda o modo PPC® (Pulsed Polypectomy CUT e Pulsed
Polypectomy COAGULATION) que é uma nova forma de utilizar a função CUT ou a função COAG em técnicas
endoscópicas, na forma PULSADA. Esta técnica permite ao cirurgião, por exemplo, efetuar a remoção de um
pólipo de forma mais segura, eficiente, e com menor possibilidade de sangramento. A função COAGULAÇÃO
(COAG) dá ao cirurgião a oportunidade de escolher entre três modalidades diferentes de coagulação: DESICCATE,
SPRAY e FULGURATE, de acordo com o tecido e o procedimento desejado.
A Técnica BIPOLAR poderá ser melhor explorada fazendo uso de uma das opções oferecidas: PRECISE,
STANDARD, MACRO e BCUT® (para pinças bipolares que permitam corte). Cada uma destas opções permite uma
escolha mais precisa da potencia a ser utilizada, com acréscimos de 0,5 watt.
Para maior segurança, incorpora o Sistema de Proteção MRPGraph® (Monitoração da Resistência de Placa
com indicação do nível do contato através de uma barra de led’s ), que monitora a resistência elétrica de contato
entre o paciente e a placa neutra (eletrodo de dispersão), reduzindo sensivelmente as possibilidades de
queimaduras. Este Sistema de Proteção monitora também a continuidade do fio da placa neutra e a sua conexão
ao equipamento, com bloqueio total de seu funcionamento em caso de falha. Este dispositivo tanto poderá ser
utilizado com placas metálicas, de aço inox, quanto com placas descartáveis auto-adesivas, possibilitando ainda
maior segurança contra queimaduras.
O transporte deste equipamento, dentro e fora do Centro Cirúrgico, pode ser facilitado com o
fornecimento de uma Unidade de Transporte (carrinho suporte, com 2 prateleiras), que permite também o
armazenamento dos acessórios. Ele poderá, no entanto, ser facilmente removido da Unidade de Transporte e
transportado sem dificuldade. Todo material fornecido pela DELTRONIX® (Unidade Eletrocirúrgica, Unidade de
Transporte e Pedal) recebe tratamento anticorrosivo, protegido com pintura eletrostática à base de epoxy, de
alta resistência.
IMAGEM FRONTAL DO BISTURI ELETRÔNICO PRECISION TC4
2
1.2. DESCRIÇÃO DOS CONTROLE DO PAINEL FRONTAL
PAINEL FRONTAL DOS MODELOS DA LINHA PRECISION TC COM CONTROLES EFETUADOS COM TECLAS DO TIPO UP/DOWN.
(1) Controle de Volume (9) Display da Coagulação (17) Ajuste de Potência do Bipolar
(2) Função Stand-by (10) Funções de Coagulação (18) Bipolar Ativo
(3) Display do Corte (11) Seleção da Coagulação (19) Placa Simples
(4) Seleção Modo Low/Hi/PPC (12) Ajuste de Potência da Coagulação (20) Placa Bipartida - M.R.P. Graph®
(5) Funções de Corte (13) Coagulação Ativa (21) Alarme de Placa
(6) Seleção do Corte (14) Display Bipolar (22) Teclas para programação de memória
(7) Ajuste de potência do Corte (15) Funções Bipolar (23) Função Tripolar®
(8) Corte Ativo (16) Seleção do Bipolar
3
1.2.3. Linha PRECISION TC
O controle da potência é efetuado através de teclas UP e DOWN. Pressionando a tecla UP seleciona-se
potências de 0 (zero) até o fundo de escala de cada modelo (400 Watts para o PRECISION TC4, 300 Watts para
o modelo TC3 e 200 Watts para o modelo TC2) em incrementos de uma unidade. Mantendo a tecla
pressionada por alguns instantes, o ajuste de potência é acelerado, facilitando atingir rapidamente o valor
desejado. Os valores apresentados nos displays, são apenas valores de referencia.
Os valores apresentados nos displays, não são valores absolutos, são unidades relativas de referencia.
Todos os valores de potências selecionados em quaisquer das funções escolhidas, são imediatamente memorizados,
facilitando sobremaneira o retorno aos valores pré-selecionados, no caso de falta momentânea de energia elétrica. Veja
logo abaixo a utilização da tecla (RELOAD).
4
1.2.6. Ajuste de Potência com a caneta porta-eletrodo ou com o Pedal Duplo
Para sua maior comodidade, você poderá alterar as potências do CORTE (CUT) ou da COAGULAÇÃO (COAG), por
Controle Remoto, utilizando os botões da caneta de comando manual ou do próprio pedal duplo. Para isso siga as
instruções abaixo:
1º) Pressione os botões de CORTE (amarelo) e COAGULAÇÃO (azul) na caneta de comando manual (ou os dois
pedais) simultaneamente, durante aproximadamente 3 segundos. Os displays começarão a piscar, indicando sua
entrada no sistema de ajuste remoto de potência.
2º) Pressione o botão de CORTE (amarelo) para ajustar o CORTE ou o botão de COAGULAÇÃO (azul) para ajustar a
COAGULAÇÃO ou o pedal BIPOLAR (pedal simples) para ajustar o BIPOLAR. A partir deste momento, somente a
função selecionada continuará piscando.
3º) Em seguida use o botão de CORTE (amarelo) para aumentar a potência ou o botão de COAGULAÇÃO (azul)
para diminuir a potência. Para cada toque a potência será alterada, com uma indicação sonora (beep). O display
indicará a nova potência escolhida. Se o botão ou pedal permanecer acionado, o acréscimo ou decréscimo de
potência será contínuo. Escolha a potencia desejada.
4º) Pressione os dois botões (ou os dois pedais) novamente para sair do modo de ajuste Remoto de Potência. O
display irá parar de piscar indicando que o equipamento estará pronto para ser usado com a nova potência
selecionada.
Placa descartável, dupla, auto-adesiva. Funciona com o Sistema M.R.P.Graph® (Monitoração da Resistência
de Placa), de proteção contra queimaduras. O funcionamento do aparelho só é liberado se a resistência
elétrica entre a pele do paciente e o eletrodo de retorno (placa) estiver entre limites pré-determinados pela
fábrica. Com o uso de placa dupla, certifique-se que o paciente esteja em bom contato elétrico com as duas
partes da placa (quanto maior o número de leds do M.R.P.Graph® acesos, melhor o contato da placa com a
pele). Não utilize pasta/gel condutor de qualquer tipo para não inutilizar o adesivo da placa que é condutor
elétrico.
Placa descartável, simples, auto-adesiva: Não utilize pasta condutora ou gel, pois esta poderá inutilizar o
adesivo, produzindo um mau contato. Só utilize esta placa quando o adesivo estiver em bom estado (veja a
data de validade da placa descartável).
Placa simples (metálica). Nunca enrole a placa (metálica) com lençol ou com outro material. Um mau contato
elétrico da placa com o paciente poderá provocar queimaduras. Coloque sempre alguma pasta/gel condutor
entre a placa (metálica) e a pele do paciente para garantir um bom contato elétrico.
Obs.: Não reutilizar placa descartável! A prática de reutilização de acessórios descartáveis gera sérios riscos à saúde do
paciente e usuários;
O sistema MRPGraph® (Monitoração da Resistência de Placa) monitora a resistência elétrica de contato entre a
placa e a pele do paciente (somente com placa dupla), com indicação da qualidade de contato através de leds
coloridos, bloqueando o funcionamento do equipamento na função Monopolar, em caso de falha na conexão da
placa (rompimento do fio, não conexão da placa no paciente ou resistência de contato placa/paciente
inadequada), reduzindo os riscos de queimadura. Alarmes SONORO e VISUAL (FAULT no painel frontal) e display
5
monopolar apagado, serão acionados alertando a equipe médica para a falha apresentada. O equipamento só
será desbloqueado para funcionamento quando a causa do alarme for removida.
CONECTORES DO PAINEL FRONTAL INFERIOR DOS MODELOS DAS LINHAS PRECISION TC E PRECISION RC
(1) Monopolar 1: Conector para Caneta de Comando Manual (3 pinos), Caneta de Comando por Pedal, Pinça Hemostática ou Cabo para Ressectoscópio. Para
estes casos, utilizar o pino da direita.
(2) Monopolar 2: Conector para Caneta de Comando Manual (3 pinos), Caneta de Comando por Pedal, Pinça Hemostática ou Cabo para Ressectoscópio. Para
estes casos, utilizar o pino da direita.
(3) Conector para Pinça Bipolar, Ressectoscópio Bipolar ou Tesoura Bipolar.
(4) Conector do Cabo de Placa: Conector duplo (dois pinos), para ser utilizado com a técnica Monopolar ou TRIPOLAR®. Poderá ser conectado tanto a placa
simples (aço inox ou auto-adesiva, descartável) como a placa dupla (bipartida). A detecção da placa utilizada é automática.
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CAPÍTULO 2
CLASSIFICAÇÃO E SIMBOLOGIA
2.1.1. Classificação: Classe I (NBR IEC 60601-1), Classe III (ANVISA), Classe IIb (MDD
93/42/EEC)
®
Os Bisturis Deltronix das linhas Precision TC e Precision RC possuem suas partes metálicas expostas protegidas de
modo a não causar choques elétricos aos usuários, desde que devidamente aterrado.
2.1.2 Tipo de proteção contra choques elétricos: Tipo CF (NBR IEC 60601-1)
®
Os Bisturis Deltronix das linhas Precision TC e Precision RC possuem um alto grau de proteção contra choques
elétricos, inclusive considerando correntes de fuga ao paciente, permitindo procedimentos envolvendo o coração,
sendo, inclusive, protegidos contra descargas de desfibriladores cardíacos, conforme NBR IEC 60601-2-2.
2.1.3. Isolação
®
Os Bisturis Deltronix das linhas Precision TC e Precision RC possuem suas saídas isoladas (flutuantes) em relação à
terra.
2.2. SIMBOLOGIA:
Os símbolos utilizados nos equipamentos e nos manuais têm os significados descritos abaixo.
2.2.1. Atenção
Consulte os documentos acompanhantes.
Indicação de que o equipamento está em conformidade com a Directiva 2002/96/EC (WEEE Directive). Este
símbolo indica que o equipamento não pode ser descartado como lixo doméstico.
2.2.2. Cuidado
Saída de Alta Voltagem e/ou correntes de Alta Frequência. Para reduzir riscos de choques elétricos, não abra o
equipamento. Procure a rede de assistência técnica autorizada.
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2.2.5. Radiação Não Ionizante
Caso necessário, conectar o gerador eletrocirúrgico ao conector de equalização de potencial do hospital com cabo
apropriado.
2.2.8. Acessórios
Caneta Monopolar
Alça de Ressecção
Pinça Bipolar
Placa Simples
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CAPÍTULO 3
TRANSPORTE, INSTALAÇÃO,
MANUTENÇÃO, LIMPEZA,
DESINFECÇÃO, ESTERILIZAÇÃO E
BIOCOMPATIBILIDADE
3.2. INSTALAÇÃO
Conecte o cabo de força no equipamento e em seguida na rede elétrica. Este equipamento possui sistema de
comutação automática de voltagem, podendo ser ligado tanto em redes elétricas de 100-130 V como em 200-
240 V (bivolt), corrente alternada de 45/65 Hz;
O equipamento poderá funcionar sem estar ligado ao potencial de Terra. A recomendação de ligação ao
potencial de Terra é universal, para garantia de PROTEÇÃO e SEGURANÇA à equipe médica e ao paciente. Em
caso de dúvida, solicite as informações corretas para uma boa ligação à Terra. A ligação deste equipamento
ao potencial de Terra ajuda eliminar interferências que podem causar seu mau funcionamento.
Não utilize extensões ou plugues adaptadores. Este procedimento é, frequentemente, a causa de
interferências e de mau funcionamento do equipamento.
Coloque o bisturi eletrônico o mais distante possível dos outros equipamentos eletrônicos dentro do Centro
Cirúrgico. A utilização de qualquer bisturi eletrônico poderá causar interferência eletromagnética nestes
equipamentos;
Examine todos os acessórios e suas conexões no bisturi antes de usá-lo. Tenha certeza do correto
funcionamento dos acessórios. Uma conexão errada pode resultar em faíscas, mau funcionamento dos
acessórios e efeitos cirúrgicos indesejáveis. Tenha especial cuidado com os cabos das canetas, cabos de placa
neutra e do pedal. A manipulação incorreta destes acessórios é a maior causa de problemas nos bisturis
eletrônicos.
Não enrole os cabos dos acessórios e/ou cabo de placa em torno de objetos metálicos. Isto pode induzir
correntes elétricas que podem causar choques elétricos, fogo ou efeitos prejudiciais ao paciente ou à equipe
cirúrgica.
Não obstrua os orifícios de ventilação do bisturi eletrônico. Isto poderá acarretar um sobreaquecimento e
danificar o equipamento. Jamais cubra o equipamento com qualquer tipo de tecido, incluindo o próprio
campo cirúrgico. A ventilação por convecção natural exige a movimentação do ar em torno do equipamento.
Mantenha seu entorno completamente livre.
Não coloque equipamentos que aqueçam (por exemplo, fontes de luz, outro bisturi, etc.) em cima da tampa
do bisturi eletrônico, pois isto poderá danifica-lo.
Temperatura de operação: entre +10 ºC e +40 ºC;
Umidade relativa: entre 30% e 75%, sem condensação;
Pressão atmosférica: entre 700 e 1060 mbar
Os bisturis da Família Precision exigem precauções especiais referentes a EMC e necessitam ser instalados e
colocados em serviço de acordo com as informações EMC fornecidas neste manual.
Equipamentos portáteis e móveis de comunicações RF podem afetar os bisturis da Família Precision.
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3.3. MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA
A DELTRONIX® recomenda que este bisturi eletrônico seja inspecionado pelo menos uma vez por ano em suas
Assistências Técnicas Autorizadas na região, ou diretamente na fábrica;
Informações adicionais sobre o funcionamento deste bisturi eletrônico podem ser obtidas diretamente na
fábrica;
Garantia padrão de 12 (doze) meses para quaisquer defeitos de fabricação (excluem-se acessórios como
cabos, canetas, pontas, etc.). Danos causados por mau uso do equipamento não são cobertos pela garantia.
Equipamentos com lacre danificado ou violado terão suas garantias suspensas.
Assistência Técnica permanente do equipamento posto na fábrica ou através de Assistência Técnica
Autorizada na região, de acordo com o Termo de Garantia que acompanha este equipamento.
A fábrica se reserva o direito de promover alterações no produto acima descrito, sempre que condições
tecnológicas ou de produção assim o exigirem.
Dê mais qualidade à sua cirurgia, utilize somente acessórios originais Deltronix. A utilização de acessórios não
originais podem resultar em um acréscimo de emissões ou decréscimo da imunidade do equipamento.
3.7. ESTERILIZAÇÃO
Os acessórios podem ser esterilizados em autoclave ou óxido de etileno. A Deltronix® recomenda
que sejam seguidos os procedimentos padrão do centro de esterilização local;
Por serem construídos com material termo sensível, partes dos acessórios têm sua vida útil reduzida
com o processo de autoclavagem. A Deltronix® recomenda que sejam seguidos os procedimentos
especificados pelos fabricantes de autoclaves para uma esterilização segura. Normalmente são
utilizados vapor à 134 oC/20 min.
Não é recomendada a esterilização por imersão em agentes germicidas, por terem ação corrosiva,
podendo danificar partes e peças dos acessórios.
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3.8. BIOCOMPATIBILIDADE
O equipamento não possui partes que entram em contato direto com o corpo do paciente.
Os acessórios utilizados com o equipamento e que entram em contato direto com o corpo do
paciente, são biocompatíveis conforme a norma ISO 10993-1: Placa de Paciente (placa neutra),
eletrodos e pinças.
Contaminação;
Reutilização indevida ou a utilização após a vida útil e consequentemente má funcionamento do
equipamento e acessórios, ocasionando lesões e/ou queimaduras no usuário ou paciente.
Equipamento: O equipamento não utiliza, internamente, itens descartáveis nem gera resíduos após sua
utilização, no entanto, após a vida útil do mesmo, este deve retornar à fábrica para ser feito sua
inutilização e controle de rastreabilidade.
Acessórios: Nos acessórios que são acoplados ao equipamento (neste caso encontram-se canetas,
placas de contato, eletrodos), devem ser tomadas as seguintes providências (para itens descartáveis,
após a utilização dos mesmos e para itens reutilizáveis, após sua vida útil média): devem ser inutilizados
segregando-os em local apropriado como lixo hospitalar sendo devidamente identificados como tal, e
removidos por entidades credenciadas para coleta de lixo hospitalar.
A Vida útil média para o equipamento é de 5 anos e para os acessórios reutilizáveis de 50 utilizações,
aproximadamente.
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CAPÍTULO 4
MODOS DE UTILIZAÇÃO
15
4.1.1. Corte (CUT)
A função Corte (CUT) (região amarela) está dividida em dois tipos: CORTE PURE
(liso, pouca fulguração e com pouca hemostasia) e BLEND, com as opções
BLEND1(MIN), BLEND2(MID) e BLEND3(MAX). A opção Corte/Blend permite uma
mistura de corte com coagulação. A hemostasia é pequena na escolha Blend1(MIN)
e maior se a escolha for Blend3(MAX).
A troca de uma ação para outra é feita através das teclas “deslocamento para a esquerda <I” ou “deslocamento
para a direita I>”, na cor amarela. A informação de que a seleção foi aceita é indicada pela respectiva função
acesa.
A seleção do modo HIGH (led HI aceso), no painel frontal, permite ajustar o funcionamento do equipamento de
forma a facilitar o inicio do procedimento de corte em tecidos de alta resistência elétrica (tecidos adiposos) ou em
condições desfavoráveis (cirurgias debaixo d´agua, como as de RTU e EVP – Ressecção Transuretral da Próstata e
Eletrovaporização da Próstata).
A seleção do modo LOW (led HI apagado), permite o funcionamento do equipamento com menor faiscamento,
nas condições normais de uso de uma eletrocirurgia. Use esta opção sempre que desejar realizar um corte com
pequeno faiscamento
Resumindo:
CORTE PURE HI: Corte liso, com algum faiscamento, com pouca hemostasia, para corte de tecidos adiposos ou em
condições físicas especiais.
CORTE PURE LOW: Corte liso, com pequeno faiscamento e com pouca hemostasia;
BLEND1(MIN) HI/LOW: Corte com pequeno grau de coagulação. Maior e menor faiscamento;
BLEND2(MID) HI/LOW: Corte com médio grau de coagulação. Maior e menor faiscamento;
BLEND3(MAX) HI/LOW: Corte com maior grau de coagulação. Maior e menor faiscamento.
Atenção: A função COAGULAÇÃO (COAG) é independente da função CORTE (CUT), com controle também independente,
portanto sua ação não é alterada pelas teclas CORTE/BLEND.
Observação: O acionamento simultâneo dos dois pedais, ou dos dois botões da caneta de comando manual, por mais de 3
segundos, ativa a função de ajuste de potência. Veja ajuste de potência com a caneta portas-eletrodo (capítulo 6.2.4).
A função Corte (CUT) permite ainda a utilização da técnica no modo CORTE PULSADO, muito útil em alguns
procedimentos de POLIPECTOMIA e PAPILOTOMIA.
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4.1.1.1. CORTE PULSADO (PPC)
O Modo PPC (Pulsed Polypectomy CUT / Pulsed Polypectomy COAGULATION) é uma nova forma de utilizar a
função CUT e a função COAG em técnicas ENDOSCOPICAS, com aplicações vantajosas em polipectomia e
papilotomia, agora no Modo PULSADO. Esta técnica permite ao cirurgião efetuar a remoção de um pólipo de
forma mais segura e eficiente reduzindo a possibilidade de sangramento.
No modo Pulsed Polypectomy CUT (PPC) a corrente de radio frequência aplicada ao pólipo consiste de pulsos de
grande amplitude (de acordo com a potência e a forma de onda/função escolhida), aplicados durante cerca de 70
milissegundos, seguidos de uma corrente de coagulação a cada 700 milissegundos. O nível de potência de
coagulação será ajustada automaticamente por um mecanismo que escolhe o melhor valor um função da
potência de corte escolhida pelo médico.
Esquema do modo Pulsed Polypectomy Cut (PPC®). Os pulsos do Corte poderão ter a forma de onda do PURE CUT, BLEND MIN,
BLEND MID ou BLEND MAX. O intervalo entre os pulsos de Corte serão preenchidos com a forma de onda da Coagulação
(DESICCATE). Os níveis de potência são ajustaveis.
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Se houver necessidade de alterar o valor da potência de Coagulação entre os pulsos de Corte, deve-se pressionar
a tecla HI (PPC®) até ouvir o beep e mantendo a tecla HI pressionada, fazer uso das teclas /\ (Up) ou \/ (Down) da
coagulação, para incrementos ou decrementos da potência de coagulação (o valor apresentado no display,
representará um desvio positivo ou negativo ao valor automaticamente calculado pelo equipamento). Para fazer
uso do valor selecionado e voltar ao modo PPC®, basta que o usuário libere/solte a tecla HI.
DESICCATE: Coagulação eficiente, com a completa desidratação dos tecidos, porém com pouca fulguração
(faiscamento). Indicada para coagulação onde o eletrodo é colocado em contato direto com os tecidos, (para uma
ação de DESSECAÇÃO). O tecido, após perder agua, apresenta-se com uma cor esbranquiçada, indicativo de
morte celular.
SPRAY: Coagulação mais eficiente em regiões de grande sangramento superficial. Maior fulguração, com o
eletrodo mantido afastado do tecido a uma distancia entre 3 e 6 mm. Nesta função a ação do faiscamento é mais
intensa. Forma-se um cone de faiscamento, com uma base mais ampla e de cor azulada, produzido pela geração
randômica de senoides amortecidas, com frequências e amplitudes variáveis e que permanece em ação mesmo
após a carbonização dos tecidos. Depois desta coagulação o tecido se apresenta carbonizado, com uma escara
enegrecida.
FULGURATE: Coagulação mais eficiente em regiões de grande sangramento. Forma-se um cone de faiscamento,
com uma base pequena e mais localizada, e de cor azulada. Fulguração, com o eletrodo mantido afastado do
tecido a uma distancia entre 2 e 4 mm. Nesta situação a ação de faiscamento diminui ou desaparece após a
carbonização do tecido
Esquema do modo Pulsed Polypectomy Coagulation (PPC®). Pulsos de Coagulação (com a forma de onda DESICCATE, SPRAY
ou FULGURATE) com duração fixa de 3,0 milissegundos se repetem a cada 6,0 milissegundos. O nível de potência é ajustável.
18
4.2. BIPOLAR
Opções de conexão da pinça bipolar e o pedal simples ou duplo.
A troca de uma ação para outra é feita através das teclas “deslocamento para a esquerda <I” ou “deslocamento
para a direita I>”, na cor azul. A informação de que a seleção foi aceita é indicada pela respectiva função acesa.
PRECISE (Micro/Auto-Stop): Recomendada para situações mais delicadas. O ajuste de potência é feito com
incrementos de 0,5 em 0,5 Watt até 100 Watts. Esta função possui a ação de AUTOSTOP, isto é, o efeito da
Coagulação entre as pontas da pinça bipolar é eletronicamente monitorado, e a potência aplicada é
automaticamente cancelada quando a impedância do tecido atinge valores previamente selecionados (em torno
de 220 Ohms), mesmo que o pedal permaneça acionado. Com esta ação diminui-se o risco de lesões indesejáveis
em vasos de pequeno calibre. Observe que no modo PRECISE não é critica a escolha da potência uma vez que
atingida a coagulação do tecido, a potência aplicada é automaticamente zerada. Potências mais altas permitem
atingir o estado de coagulação mais rapidamente.
STANDARD (Auto-Stop): Recomendada também para situações delicadas. O ajuste de potência é feito com
incrementos de 0,5 em 0,5 Watt até 100 Watts. Esta função também possui a ação de AUTOSTOP, isto é, o efeito
da Coagulação entre as pontas da pinça bipolar é eletronicamente monitorado, e a potência aplicada é
automaticamente cancelada quando a impedância do tecido atinge valores previamente selecionados (neste
caso, em torno de 520 Ohms), mesmo que o pedal permaneça acionado.
MACRO (BCUT): Utilizada na maioria das situações que necessitam da técnica bipolar convencional. O ajuste da
potência é feito com incrementos de 0,5 em 0,5 Watt em toda a escala (valor máximo de 100 Watts),
pressionando a tecla UP (seta para cima) para aumentar a potência ou a tecla DOWN (seta para baixo) para
diminuir a potência. A potência escolhida é fornecida para a pinça bipolar, mesmo após a coagulação dos tecidos.
A utilização de uma pinça bipolar com uma lamina de corte incorporada permitirá a ação de corte com a
separação do vaso coagulado.
19
Para voltar à técnica monopolar, acionar quaisquer das funções do CORTE (CUT) ou COAGULAÇÃO (COAG). Se for desejável
®
que a função Monopolar permaneça ativa juntamente com a função BIPOLAR, veja abaixo o uso da função TRIPOLAR .
ATENÇÃO: A pinça Bipolar será ativada sempre com o pedal simples (BIPOLAR), conectado no painel traseiro. Caso somente
o Modo Bipolar estiver ativo, a pinça Bipolar poderá ser ativada também pelo pedal duplo da coagulação, se o mesmo
estiver conectado em Mono (2).
4.3. TRIPOLAR®
A função TRIPOLAR®, única nos equipamentos DELTRONIX®, permite o uso
simultâneo dos modos MONOPOLAR + BIPOLAR. Em algumas técnicas cirúrgicas
é conveniente o uso simultâneo das técnicas Monopolar e Bipolar, isto é, o
cirurgião pode precisar usar uma caneta monopolar e uma pinça bipolar
alternadamente para melhorar o procedimento cirúrgico. Para continuar com todas as vantagens das duas
técnicas, sem a necessidade de acionar várias teclas, a DELTRONIX® criou a função TRIPOLAR®, que é habilitada
automaticamente ao ligar o equipamento. Como em toda técnica Monopolar, será necessário o uso da placa de
retorno durante a função TRIPOLAR®. As funções de CORTE (CUT) e COAGULAÇÃO (COAG) serão ativadas pela
caneta ou pelos respectivos pedais. Se o usuário for utilizar o equipamento e deseja usar apenas a técnica Bipolar,
basta desabilitar a função TRIPOLAR®, e não precisará colocar o eletrodo de retorno (placa de retorno) no
paciente. Neste momento o equipamento passará para a técnica Bipolar, ou se desejar, basta acionar a tecla de
seleção do modo Monopolar para alterar a técnica para Monopolar.
ATENÇÃO: A pinça Bipolar será ativada sempre com o pedal simples (BIPOLAR), conectado no painel traseiro. Caso
somente o Modo Bipolar estiver ativo, a pinça Bipolar poderá ser ativada também pelo pedal duplo da coagulação, se o
mesmo estiver conectado em Mono (2).
120 Programas, numerados de 1 a 120 poderão ser escolhidos, permanecendo armazenados mesmo que o
aparelho seja desligado.
Para gravar (salvar) um conjunto de valores de potência (Programa) na memória proceda como descrito abaixo:
1º) Escolha a potência desejada em cada um dos modos Monopolar e Bipolar, isto é, coloque os valores desejados
das potências em cada uma das funções: PURE CUT (HI/LOW), BLEND1 (HI/LOW), BLEND2(HI/LOW), BLEND3(HI/LOW),
DESICCATE, FULGURATE, SPRAY, STANDARD, PRECISE, MACRO além do PPC® e TRIPOLAR®. Você poderá, portanto, escolher
20
até 10 valores de potência, uma para cada função. Para maior segurança, quando não é escolhida a potência a ser
usada em uma função, o equipamento grava a potência 0 (zero) para aquela função.
2º) Verifique se o equipamento está em Monopolar ou Bipolar. Deixe-o na função que você deseja que o
equipamento se inicie quando for solicitado. Por exemplo, deixe-o em Bipolar se deseja que ele reinicie nesta
função quando acionar a tecla LOAD.
3º) Pressione a tecla SAVE. Escolha em que memória (de 1 à 120) deseja armazenar o conjunto de valores de
potência já selecionados, acionando as teclas UP e DOWN da função Bipolar. Pressione SAVE novamente. Pronto,
todos os valores estão armazenados na memória escolhida, indefinidamente, mesmo que o equipamento seja
desligado.
4º) Através das Teclas UP e DOWN da função Bipolar, selecione o número do programa a ser salvo (SAVE) ou
carregado(LOAD). Exemplo: 05 (Programa 05 nos displays).
5º) Caso seja necessário, você poderá alterar os valores das potências a qualquer momento, sobrepondo os novos
valores.
Obs.: Caso você desista de utilizar qualquer programa da memória, basta pressionar a tecla CANCEL.
Para recuperar (ativar) um Programa já armazenado na memória proceda como descrito abaixo:
1º) Pressione a tecla LOAD, selecione a posição de memória (de 1 à 120) desejada usando as teclas UP e DOWN
da função Bipolar.
2º) Pressione LOAD novamente. Pronto, você recuperou todos os valores anteriormente armazenados na
memória escolhida.
3º) Caso seja necessário, você poderá alterar os valores das potências a qualquer momento, salvando os novos
valores escolhidos no mesmo endereço.
Todos os valores de potências selecionados em quaisquer das funções escolhidas, são imediatamente
memorizados, facilitando sobremaneira o retorno aos valores pré-selecionados, no caso de falta momentânea de
energia elétrica. Para recuperação destes valores, basta ligar o equipamento e manter a tecla CANCEL
pressionada por aproximadamente 2 (dois) segundos.
21
CAPÍTULO 5
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Obs.: Se o equipamento estava armazenado ou foi transportado em condições fora da faixa de operação acima especificada,
aguardar pelo menos uma hora para que o equipamento atinja a temperatura ambiente, antes de colocá-lo em
funcionamento.
Um cooler com acionamento automático poderá ser incorporado, controlado termostáticamente por microcontrolador, caso a
temperatura interna atinja valores pré-determinados. Em condições normais de uso, porém, o mesmo não será acionado.
As especificações estão sujeitas a alterações sem prévio aviso. As especificações são típicas e são referidas dentro de uma
faixa de ± 20%, considerando temperatura ambiente de 25°C e tensão de entrada nominal.
Este equipamento é pretendido para uso somente por profissionais de saúde. Este equipamento pode causar rádio
interferência ou pode interromper a operação de equipamentos próximos. Pode ser necessário tomar medidas mitigatórias,
como re-orientação ou re-locação do equipamento.
23
5.2. COMPATIBILIDADE COM COAGULADOR A GÁS ARGÔNIO
Os Bisturis Eletrônicos Deltronix® das linhas PRECISION TC e PRECISION RC possuem características adequadas que
permitem sua utilização com Coaguladores por Feixe de Gás Argônio.
COAGULATION (COAG)
DESICCATE 180 W 150 W 130 W
SPRAY 120 W 120 W 100 W
FULGURATE 120 W 120 W 100 W
BIPOLAR
STANDARD 100 W 100 W 100 W
PRECISE 100 W 100 W 100 W
MACRO / BIPOLAR CUT 100 W 100 W 100 W
Valores máximos válidos para carga nominal declarada, 500 Ohms para as funções Monopolar e 100 Ohms para as funções
Bipolar, dentro da tolerância de 15% ou 5 W, o que for maior. Vide Tabela de distribuição de Potência no Anexo 1.
24
5.4. COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA
Os Geradores Eletrocirúrgicos Deltronix® das linhas PRECISION TC e PRECISION RC satisfazem as especificações
apropriadas das Normas NBRIEC 60601-1-2 e NBRIEC 60601-2-2, com relação à compatibilidade eletromagnética.
25
5.4.3. Guia e declaração do fabricante de acordo com NBRIEC 60601-1-2 – Imunidade
Eletromagnética – Tabela 204
®
Os Geradores Eletrocirúrgicos Deltronix das famílias PRECISION TC e PRECISION RC são destinados para uso em ambiente eletromagnético
especificado abaixo. O cliente ou o usuário final deverá assegurar-se de que sejam usados em tal ambiente.
®
Os Geradores Eletrocirúrgicos Deltronix das famílias PRECISION TC e PRECISION RC são destinados para uso em ambiente
eletromagnético no qual os distúrbios de RF irradiadas são controlados. O cliente ou o usuário final dos geradores eletrocirúrgicos
®
Deltronix das famílias PRECISION TC e PRECISION RC pode ajudar a evitar interferência eletromagnética, mantendo uma distância
®
mínima entre os equipamentos (transmissores RF) e os geradores eletrocirúrgicos Deltronix das famílias PRECISION TC e PRECISION
RC, conforme recomendado abaixo, de acordo com a potência máxima de saída do equipamento de comunicação.
Nota: A fábrica reserva o direito de promover alterações nos equipamentos aqui especificados, sempre que condições
tecnológicas ou de produção assim o exigirem.
26
CAPÍTULO 6
CUIDADOS NOS PROCEDIMENTOS
ELETROCIRÚRGICOS
O eletrodo neutro (placa) deverá ser posicionado de forma a ter toda a sua superfície útil em perfeito
contato elétrico com o corpo do paciente e posicionado tão perto quanto possível do campo operatório.
Escolha cuidadosamente o local de colocação da placa. Ela deverá ser colocada sempre em uma região com
boa irrigação sanguínea, e tão próxima quanto possível da região cirúrgica. Nunca a coloque em regiões com
saliências ósseas ou em áreas com calosidades, cicatrizes e com pouca massa muscular.
Posicione a placa de tal forma a evitar que a corrente de radio frequência, originada no eletrodo ativo e
retornando à placa, passe pelo coração, pelos eletrodos de ECG ou por próteses metálicas.
Lembre-se sempre que acidentes como queimaduras só acontecem quando a área de contato da placa com a
pele do paciente for pequena ou insuficiente para garantir uma baixa densidade de corrente de radio
frequência.
Verifique sempre o posicionamento da placa quando houver necessidade de reposicionamento do paciente
ou quando houver longos períodos em que o eletrodo ativo permaneça ligado; em cirurgias prolongadas,
verifique periodicamente a posição e a integridade da conexão da placa; certifique-se que o alarme de placa
esteja ativado e em condições de funcionar.
O paciente não deverá entrar em contato com partes metálicas ligadas ao potencial de terra ou apresentar
uma capacitância apreciável em relação à terra (mesa de operação, suportes, gabinete do bisturi, etc.).
O contato pele-pele (por exemplo, entre os braços e o corpo do paciente) deverá ser evitado, por exemplo,
pela inserção de compressa seca;
Os cabos condutores dos eletrodos de cirurgia devem ser posicionados de modo a evitar contato com o
paciente ou com outros condutores. Eletrodos ativos (caneta, pinça hemostática, etc.) temporariamente não
utilizados, deverão ser guardados de modo a ficarem isolados eletricamente do paciente.
Nos procedimentos cirúrgicos onde a corrente de alta frequência poderá passar por partes do corpo que
tenham uma área de secção transversal relativamente pequena, é recomendada a utilização das técnicas
bipolares para evitar efeitos fisiológicos em locais indesejados.
A potência aplicada deverá sempre ser a menor possível, compatível com o procedimento cirúrgico desejado.
A interferência eletromagnética (IEM) produzida pelo funcionamento de um bisturi eletrônico pode
influenciar desfavoravelmente o funcionamento de outro equipamento eletrônico; teste o equipamento
dentro do centro cirúrgico, antes de iniciar o procedimento.
Todo Bisturi Eletrônico é capaz de produzir efeitos fisiológicos.
Não corte a placa para reduzir seu tamanho. Uma alta densidade de corrente elétrica de rádio frequência
pode provocar queimaduras no paciente.
Verifique sempre o funcionamento correto do seu equipamento, observando as regras usuais recomendadas
para a eletrocirurgia;
Falha no sistema de controle de potência poderá acarretar um aumento indesejado da potência de saída.
28
Para pacientes portadores de marca-passo cardíaco ou de outros implantes ativos, existe um risco potencial
de interferência sobre o funcionamento do marca-passo ou de um dano a ser causado a este último. Em caso
de dúvida, consulte o fabricante do marca passo e peça a opinião ou a aprovação de profissionais
qualificados.
29
7. ACESSÓRIOS
CAPÍTULO 7
ACESSÓRIOS
Durante a escolha (substituição) de acessórios como canetas ou cabos, verificar a compatibilidade das conexões,
dimensões dos cabos e das tensões máximas suportadas pelo mesmo, definido no Anexo 1 e o seu descarte no
capítulo 3.9 deste manual.
7.1. ACESSÓRIOS
Eletrodos para uso geral Código (1,6 mm) Código (2,38 mm)
EM09 Ponta Bola 4.0mm / 70mm 20.0009 21.0009
EM10 Ponta Bola 5.5mm / 70mm 20.0010 21.0010
EM11 Ponta Bola 6.5mm / 70mm 20.0011 21.0011
EM20 Ponta Bola 6.0mm / 120mm 20.0020 21.0020
EM 13 Ponta Faca Reta 70mm 20.0013 21.0013
EM16 Ponta Faca Reta 70mm 20.0016 21.0016
EM19 Ponta Faca Reta 120mm 20.0019 21.0019
EM14 Ponta Faca Curva 70mm 20.0014 21.0014
EM17 Ponta Faca Curva 70mm 20.0017 21.0017
EM18 Ponta Faca Curva 120mm 20.0018 21.0018
EM12 Ponta Alça 70mm 20.0012 21.0012
EM21 Ponta Alça 120mm 20.0021 21.0021
EM22 Ponta Alça 120mm 20.0022 21.0022
EM05 Ponta Agulha 0.5 / 70mm 20.0005 21.0005
EM06 Ponta Agulha 0.6 / 70mm 20.0006 21.0006
EM07 Ponta Agulha 0.7 / 70mm 20.0007 21.0007
EM15 Ponta Agulha 0.3 / 70mm 20.0015 21.0015
EM23 Ponta Vasectomia 20.0023 21.0023
EM24 Ponta Depilação 0.8 20.0024 21.0024
EM34 Ponta Depilação 1.5 20.0034 21.0034
Eletrodos para Plástica/ Dermatologia Código (1,6 mm) Código (2,38 mm)
ED01 Ponta Bola 5.0 mm / 50 mm 20.0101 21.0101
ED11 Ponta Alça 4.0 mm / 50 mm 20.0111 21.0111
ED12 Ponta Alça 6.0 mm / 50 mm 20.0112 21.0112
ED20 Ponta Faca 50 mm 20.0120 21.0120
31
ED30 Ponta Curva c/ Refil 20.0130 21.0130
ED35 Refil para ED30 20.0135 21.0135
32
Eletrodos para Odontologia Código (1,6 mm) Código (2,38 mm)
EO11 Ponta Alça 3.0mm / 55mm 20.0411 21.0411
EO12 Ponta Alça 6.0mm / 55mm 20.0412 21.0412
EO13 Ponta Alça Losango 6.0mm / 55mm 20.0413 21.0413
EO10 Ponta Bola 2.0mm / 55mm 20.0410 21.0410
EO21 Ponta Bola 45° 2.0mm / 55mm 20.0421 21.0421
EO14 Ponta Agulha Reta 0.5mm / 55mm 20.0414 21.0414
EO15 Ponta Agulha Reta 0.3mm / 55mm 20.0415 21.0415
EO22 Ponta Agulha 45° 0.3mm / 55mm 20.0422 21.0422
EO23 Ponta Agulha 45° 0.5mm / 55mm 20.0423 21.0423
EO24 Ponta Gancho 45° 0.5mm / 55mm 20.0424 21.0424
EO25 Ponta Agulha 110° 0.5mm / 55mm 20.0425 21.0425
EO26 Ponta p/ Afastamento Gengival 20.0426 21.0426
EO16 Ponta Oval Reta 55mm 20.0416 21.0416
EO17 Ponta Oval 90° 55mm 20.0417 21.0417
EO19 Ponta Oval 45° 55mm 20.0419 21.0419
EO20 Ponta Longa 45° 55mm 20.0420 21.0420
PB02 - 14 cm 30.0214
PB02 - 16 cm 30.0216
PB02 - 18 cm 30.0218
PB02 - 20 cm 30.0220
PB05 - 14 cm 30.0514
PB05 - 16 cm 30.0516
PB05 - 18 cm 30.0518
PB05 - 20 cm 30.0520
PB05 - 22 cm 30.0522
PB05 - 25 cm 30.0525
PB06 - 12 cm 30.0612
PB06 - 14 cm 30.0614
PB06 - 16 cm 30.0616
PB06 - 18 cm 30.0618
PB06 - 20 cm 30.0620
PB07 - 12 cm 30.0712
PB07 - 14 cm 30.0714
PB07 - 16 cm 30.0716
PB07 - 18 cm 30.0718
PB07 - 20 cm 30.0720
33
PB08 - 12 cm 30.0812
PB08 - 14 cm 30.0814
PB08 - 16 cm 30.0816
PB08 - 18 cm 30.0818
PB08 - 20 cm 30.0820
PB09 - 12 cm 30.0912
PB09 - 14 cm 30.0914
PB09 - 16 cm 30.0916
PB09 - 18 cm 30.0918
PB09 - 20 cm 30.0920
34
PD03 - Placa Adulto (dupla) 40.0103
PD04 - Placa Infantil (dupla) 40.0104
PD06 - Placa Neo-natal (simples) 40.0106
PD07 - Placa Neo-natal (dupla) 40.0107
Pedais Código
PE402RS - Pedal Duplo (Double) 50.00402
PE452RS - Pedal Simples (Single) 50.00452
PE412ST - Pedal Duplo – Steute (Double) 50.00412
PE462ST - Pedal Simples – Steute (Single) 50.00462
Diversos Código
PC09 - Prolongador de Caneta 90.0009
CA01 - Plug Adaptador 90.0101
CA02 - Plug Adaptador 90.0102
CA03 - Plug Adaptador 90.0103
CA04 - Plug Adaptador 90.0104
OBSERVAÇÃO: Os eletrodos acima descritos poderão ser fornecidos com diâmetro de 1,6mm, 1,8mm ou 2,38mm.
Quando não especificados, e para o mercado brasileiro, serão fornecidos com diâmetro de 1,6mm.
35
Os cabos das canetas, placas e/ou pinças e ressectores devem ter comprimentos máximos entre 2,5 m e 3 m.
7.2. RECOMENDAÇÕES
As canetas porta-eletrodo e canetas de comando manual são dispositivos delicados, sujeitos a alguns defeitos
originados principalmente pelo manuseio inadequado. Para prolongar sua vida útil recomendamos não tracionar
o cabo da caneta, o que pode causar o rompimento dos fios causando mau funcionamento.
Os acessórios fornecidos com o equipamento, quando pertinente, possuem cabos de silicone que suportam
tensão máxima de 8kV. Verifique sempre a compatibilidade entre as tensões máximas suportadas pelos
acessórios e as tensões máximas geradas pelos bisturis eletrônicos em que serão utilizados.
. A utilização de acessórios, como por exemplo, canetas e cabos não originais podem resultar em aumento de emissões ou
diminuição da imunidade do equipamento.
36
CAPÍTULO 8
MANUTENÇÃO E REPARO
As instalações elétricas do ambiente onde o bisturi será utilizado, atende os limites de funcionamento
constantes nas especificações técnicas descritas neste manual, como por exemplo: aterramento do
equipamento, operação dentro dos limites de tensão de entrada, conectores segundo as normas brasileiras
(não utilizar adaptadores ou conversores de tipos de plugues) e cabo de energia de entrada original ou
aprovados pelo fábrica.
Utilização do equipamento de acordo com as instruções contidas neste manual.
Esquemas elétricos, listas de peças, componentes e instruções para manutenção/calibração estarão à disposição, mediante
acordo com o usuário/proprietário ou após treinamento/qualificação do pessoal técnico, assim como quaisquer outras
informações necessárias para a manutenção preventiva e/ou corretiva do equipamento.
002 COMANDO DE COAG DO PEDAL 1 EM CURTO 008 COMANDO DE CORTE DO ACESSÓRIO 2 EM CURTO
003 COMANDO DE CORTE DO PEDAL 2 EM CURTO 009 COMANDO DE COAG DO ACESSÓRIO 2 EM CURTO
004 COMANDO DE COAG DO PEDAL 2 EM CURTO 010 FALHA NA COMUNICAÇÃO ENTRE PLACA DO PAINEL E PLACA DE CONTROLE
005 COMANDO DO PEDAL 3 EM CURTO 011 FALHA NO SENSOR DE TEMPERATURA DO DISSIPADOR DO ESTAGIO DE RF
38
8.4. GUIA DE DEFEITOS E SOLUÇÕES
Problema Possível Causa e Solução
Verifique os fusíveis.
Verifique se o aparelho está ligado na tomada.
Aparelho não liga.
Verifique se o cabo de força está adequadamente colocado no
aparelho
Verifique se o alarme de placa está acionado.
Aparelho liga, mas os controles não funcionam. Verifique se o pedal ou caneta de comando manual estão
acionados.
Verifique se o alarme de placa não esta acionado.
Controles funcionam normalmente, mas não aciona
Verifique se a função desejada é a que esta sendo acionada e
saída de potência.
se a mesma está configurada com potência acima de zero watt.
Tudo funciona bem, mas a potência de saída está Verifique se a caneta simples está encaixada na posição
baixa. correta.
Verifique se pedal está conectado no aparelho. Verifique se
Pedal não aciona potência.
está encaixado no conector correto.
Verifique se a caneta está conectada ao acessório 2 do bisturi.
Pedal aciona o aparelho, mas o bisturi não fornece
Verifique a continuidade do fio da caneta.
potência.
Troque a caneta
Verifique configuração da placa (simples / dupla).
Alarme de placa não desliga mesmo com a placa Verifique se placa esta bem encaixada, não havendo “maus
colocada. contatos” que acionem o alarme de placa.
Verifique se cabo da placa está quebrado.
®
Bipolar não funciona quando aciona o pedal. Verifique se função Bipolar está ativada.
Aciona-se o pedal, toca um bip e não aciona Verifique se está em modo de programação. Se estiver
potência. mantenha os dois pedais acionados por mais de 3 segundos
8.5. CONTATOS
A DELTRONIX® possui uma equipe de profissionais pronta para atendê-lo. A sua opinião, sugestão ou reclamação é
fundamental para que possamos aperfeiçoar nossos produtos e serviços.
Para saber o endereço de uma Assistência Técnica Autorizada Deltronix, visite nosso site ou entre em contato
com o Representante local.
Envie-nos um e-mail com a sua solicitação e responderemos o mais breve possível.
ATENÇÃO: Verifique sempre o funcionamento correto do seu equipamento, observando as regras usuais recomendadas
para a eletrocirurgia.
A FÁBRICA NÃO SE RESPONSABILIZA PELO USO INCORRETO DOS EQUIPAMENTOS DESCRITOS NESTE MANUAL,
DESACONSELHANDO E MESMO DESAUTORIZANDO SUA MANIPULAÇÃO POR PESSOAS QUE NÃO POSSUAM COMPLETO
CONHECIMENTO DAS TÉCNICAS DA ELETROCIRURGIA.
39
Anexo 1
GRÁFICOS DE POTÊNCIAS
Valores médios considerando uma tolerância de ±20% ou 5W, o que for maior.
41
• Gráficos para a função Blend1(Min)_Hi:
42
Gráficos para a função Blend2(Mid)_Hi:
43
Gráficos para a função Blend3(Max)_Hi:
44
Gráficos para a função Desiccate:
45
Gráficos para a função Spray:
46
Gráficos para a função Precise:
47
Anexo 2
PRINCÍPIOS DA ELETROCIRURGIA
Quanto mais tempo a corrente elétrica percorrer o condutor de resistência R, maior a quantidade de calor
produzido. Portanto a quantidade de calor produzida, e como conseqüência a temperatura final atingida,
depende não apenas da corrente elétrica, mas também do tempo em que esta corrente permanece no condutor.
Este conceito é muito importante e será útil nas explicações que se segue.
Se a corrente elétrica passa em um condutor metálico produzindo calor e este condutor aquecido é
levado diretamente ao tecido que se deseja atingir estaremos utilizando o principio do ELETROCAUTÉRIO. O
Eletrocautério é então o aquecimento de um condutor metálico pela passagem de um tipo de corrente elétrica, e
o calor produzido e acumulado na ponta é levado diretamente ao tecido. NÃO HÁ PASSAGEM de corrente elétrica
no tecido. Apenas o calor é levado diretamente ao tecido pelo condutor (em geral um fio metálico) aquecido. A
temperatura do fio é suficientemente alta para mantê-lo ao rubro, ou mesmo aquecido ao branco. Não há um
controle preciso da temperatura do fio, e a transferência do seu calor para o tecido é muito precária, primitiva,
ocasionando muitas vezes a destruição generalizada do tecido próximo ao desejado, através de queimaduras do
segundo ou terceiro grau. Por estas razões, a técnica do ELETROCAUTÉRIO foi abandonada, dando lugar aos
modernos GERADORES ELETROCIRÚRGICOS, ou Bisturis Elétricos/Eletrônicos.
A técnica é simples. Se a corrente elétrica é capaz de produzir calor no meio por onde circula, por que não
fazê-la circular pelo próprio tecido no qual se deseja o efeito Joule de produção de calor? Este é o principio dos
Geradores Eletrocirúrgicos modernos: PASSAGEM DA CORRENTE ELÉTRICA ATRAVÉS DO TECIDO. Porem, que tipo
de corrente elétrica, e em que forma esta condução deverá ser realizada? É o que veremos a seguir.
49
ANEXO 2.2. EFEITOS BIOLÓGICOS DA CORRENTE ELÉTRICA
A corrente elétrica pode ser unidirecional, isto é, deslocar-se dentro do condutor em uma única direção,
convencionalmente do polo positivo para o negativo. Quando isto acontece, diz-se que a corrente é contínua
(C.C). Veja Fig. 1.
Figura 1. Corrente Continua (C.C.) ou unidirecional. A corrente flui em um único sentido, do pólo positivo para o
negativo (sentido convencional). Pode haver variação de amplitude, porém não de sentido.
De outro modo, a corrente poderá mudar de direção, ora indo do polo positivo para o negativo, ou então
indo do negativo para o positivo, alternando sua direção. Diz-se neste caso que a corrente é alternada (C.A). A
forma como a corrente muda de direção é bastante variada. Duas das formas mais conhecidas e utilizadas estão
mostradas na Figura 2. A Figura 2a é conhecida como onda quadrada ou retangular, e a Figura 2b é a forma de
onda senoidal. A primeira é muito utilizada para produzir estimulações elétricas, e a segunda é a forma mais
comum usada na geração e distribuição de energia elétrica.
A forma de onda senoidal poderá ser de amplitude máxima constante ou Pulsante, com parte do tempo
onde seu valor é nulo. A Figura 3a e Figura 3b mostram estes dois casos mais comuns.
Figura 3 a. Forma
de onda de
corrente senoidal Figura 3 b. For
com amplitudes máximas e mínimas constantes senoidal pulsante, com intervalos de repouso
Na forma de onda senoidal pode-se definir dois parâmetros fundamentais: Amplitude Máxima (positiva
ou negativa) ou valor de pico (Vp), e Período T(distancia, na escala de tempo, entre dois valores iguais e
sucessivos). O número de períodos por segundo (unidade de tempo) é a frequência, medida em Hertz.(Hz). Um
quilohertz (1kHz) corresponde a 1000 períodos por segundo, ou 1000 ciclos por segundo. 1 Megahertz (1 MHz)
corresponde a 1 milhão de períodos por segundo.
A passagem de corrente elétrica em um tecido biológico produzirá calor, de acordo com a lei de Joule.
Porem, em algumas situações, este calor poderá vir acompanhado de outras sensações fisiológicas, como a
50
estimulação neuromuscular. Já em 1891 D'Arsonval demonstrou que correntes com frequências altas (correntes
alternadas com frequência de dezenas de quilohertz) podem passar pelos tecidos vivos sem produzir nenhuma
resposta muscular ou nervosa, apesar da produção de calor. Isto significa que, a partir de certa frequência da
corrente alternada, o tecido vivo não responderá com contrações ou sensação de choque elétrico, prevalecendo
apenas o efeito térmico. Este fenômeno é a base da moderna ELETROCIRURGIA.
Em correntes alternadas com frequências superiores a 100 kHz, o tempo da passagem da corrente, em
um semiciclo, é insuficiente para produzir um deslocamento de íons no tecido neuromuscular e produzir
despolarização celular. Não havendo despolarização da membrana celular não haverá excitação da mesma e
consequentemente não haverá o efeito da contração muscular (efeito farádico). Na realidade os íons disponíveis
só se deslocarão uma pequena distancia e a energia fornecida será dissipada apenas na forma de calor,
aquecendo suas células (1). Na prática, a maioria dos geradores eletrocirúrgicos trabalha com correntes
alternadas acima de 200 kHz e abaixo de 1 MHz.
Se a corrente elétrica que passa por um tecido biológico for alternada, oscilando com uma frequência
suficientemente alta, nenhuma resposta tecidual aparecerá a não ser aquela devido ao efeito Joule, isto é, a
produção de calor pela passagem da corrente elétrica. O tipo de corrente usado e o método de aplicação ao
tecido determinam a quantidade de calor gerado que poderá ir de um leve aquecimento localizado até a
destruição das células do tecido. O operador tem completo controle sobre o equipamento e seu efeito
terapêutico. Uma vez que somente células individuais são afetadas pelo calor localizado, apenas existirá a
desidratação ou volatilização celular. Como o calor não destrói grande massa tecidual, pois os efeitos são agora
bastante localizados, não haverá contração cicatricial na reparação dos tecidos, com rápida recuperação, com
uma escara em tudo semelhante aos tecidos circunvizinhos.
Os elementos básicos da eletrocirurgia são usados desde fins do século XIX (2) e mostraram-se úteis em
praticamente todas as modalidades cirúrgicas. Estes dispositivos prestam-se muito bem tanto para coagulação
quanto ao corte dos tecidos. Os cuidados na sua construção juntamente com a crescente evolução tecnológica
dos componentes elétricos/eletrônicos, e a natural evolução e aperfeiçoamento no desenho dos circuitos
eletrônicos praticamente eliminaram os acidentes que ocorriam durante seu emprego. Os eventuais acidentes
que ainda ocorrem devem-se, na maioria das vezes, ao desconhecimento de como os equipamentos devem ser
manipulados, e dos princípios fundamentais, básicos, da chamada técnica monopolar (onde se usa
obrigatoriamente a placa neutra), do que por falhas operacionais destes equipamentos (3). Vários tipos de lesões
de tecidos, ou mesmo queimaduras cutâneas, tanto da equipe de cirurgia quanto do paciente já foram registradas
(4) (5) (6). As lesões térmicas ou elétricas em vísceras intra-abdominais (em laparoscopia) são as mais comuns,
resultado de erro técnico ou uso inadequado do equipamento utilizado para a eletrocauterização. Estas
queimaduras em geral são produzidas pela transferência de energia de rádio frequência utilizada nos geradores
eletrocirúrgicos (bisturis eletrônicos), percorrendo um caminho não previsto pelo cirurgião e fora de seu campo
visual no monitor de vídeo (6). Uma destas causas se deve ao que tecnicamente se chama de “acoplamento
capacitivo” (7) e que será descrito com maiores detalhes nas páginas seguintes.
Se o calor é o principio fundamental que se usa em eletrocirurgia, que efeitos se pode conseguir
utilizando diversas formas de onda de corrente alternada?
A corrente elétrica deverá satisfazer certas exigências, sendo a mais importante a de não produzir
estimulação neuromuscular. Para isso, a frequência desta corrente alternada deverá ter um valor mínimo de tal
forma que, para produzir os efeitos desejados de corte e coagulação, sua amplitude esteja abaixo do limiar de
estimulação neuromuscular. Chega-se assim a valores de frequências que deverão estar acima de 100 kHz, como
já foi mencionado.
As propriedades esperadas da eletrocirurgia dependerão dos valores da frequência acima do mínimo já
estabelecido? Por que os valores superiores de frequência devem também ser limitados? Sabe-se que os efeitos
esperados da corrente alternada usadas em eletrocirurgia não dependem da frequência, desde que acima de 100
51
kHz, pois se baseiam essencialmente na lei de Joule, que também não depende dela para produção de calor.
Porém algumas outras considerações poderão ser feitas a fim de esclarecer estes limites. É desejável que a
corrente fornecida pelo bisturi elétrico esteja sempre confinada nos condutores que a transportam para o tecido-
alvo, a fim de que seus efeitos sejam sempre os desejados e previsíveis. Porém deve-se ter presente que, quanto
maior a frequência da corrente, mais difícil será mantê-la circulando apenas nos condutores, devido a algumas
propriedades elétricas apresentadas pelo meio onde ela é utilizada. Um fenômeno elétrico natural apresentado
pelas correntes alternadas é que estas correntes podem passar de um material condutor (por exemplo, um
eletrodo) através de um isolante (por exemplo, o isolante de um eletrodo) para outro material condutor (por
exemplo, uma cânula metálica). Este conjunto, condutor-isolante-condutor forma um capacitor, por onde a
corrente alternada pode passar. Quanto maior a frequência, mas fácil será a passagem desta corrente alternada,
isto é, quanto maior a frequência menor a “resistência” (neste caso chamada de reatância) que o capacitor
oferece à passagem da corrente alternada.
É através desta capacitância parasita que se pode ter a passagem indesejável da corrente fornecida pelo
bisturi eletrônico. Esta corrente, que poderá percorrer caminhos não previstos pelo usuário, será capaz de
produzir efeitos indesejáveis, entre eles as queimaduras inesperadas em lugares não previstos. Quanto maior a
frequência, maior o efeito indesejável deste capacitor e maiores as chances de acidentes térmicos ou
queimaduras. Diz-se, de maneira mais geral, que estas correntes através dos capacitores parasitas são correntes
de fuga (por escaparem de nosso controle), e que poderão ser minimizadas, porém nunca totalmente eliminadas.
Uma forma de reduzi-la é utilizar geradores eletrocirúrgicos que trabalhem com frequências dentro do que já está
claramente estabelecido, e que se encontra abaixo de 1 MHz. Com estas considerações conclui-se que os
geradores eletrocirúrgicos deverão trabalhar com frequências acima de 100 kHz (para evitar as contrações
musculares) e abaixo de 1 MHz (para diminuir as correntes de fuga). Uma vez que estes valores de frequência são
utilizados pelas emissoras de rádio (em ondas médias), estas frequências são comumente referidas como de rádio
frequência (RF).
A técnica monopolar é a mais usada atualmente, servindo a todos os procedimentos cirúrgicos, desde as
cirurgias abertas até as endoscópicas.
Todos os geradores eletrocirúrgicos possibilitam sua utilização, oferecendo variados graus de sofisticação,
tanto na escolha dos diversos tipos de correntes elétricas disponíveis, como os mais variados graus de proteção
contra acidentes térmicos (queimaduras de paciente), monitoração da resistência elétrica entre o paciente e a
placa, sinalização sonora e visual do funcionamento do equipamento, programação para uso nas mais variadas
técnicas cirúrgicas, memorização dos valores de potência selecionados, indicação digital das potências utilizadas,
alarme de rompimento do fio de placa, comando de ativação do equipamento pela caneta, tanto para o corte
quanto para a coagulação, ajuste da potência na própria caneta, etc. O seu desenvolvimento e o grau de
segurança atualmente apresentado possibilitou o avanço e o sucesso de algumas técnicas cirúrgicas, entre elas
certamente a da videolaparoscopia.
52
A técnica monopolar, como já mencionado, utiliza também dois eletrodos: o eletrodo ativo, representado
pela caneta porta-eletrodo com o seu eletrodo propriamente dito (com suas mais variadas formas e dimensões),
e o eletrodo de retorno, ou placa, que desempenha um papel importantíssimo nesta técnica e que será analisado
com muito cuidado mais adiante. Por ser apenas o eletrodo ativo o que será diretamente acionado pelo cirurgião
(desde que a placa, uma vez posicionada não mais será manipulada) esta técnica recebe o nome impróprio de
monopolar, apesar de também utilizar dois eletrodos.
FUNÇÃO CORTE
Experiências empíricas mostraram que uma forma de onda senoidal, não amortecida, é capaz de produzir
incisão em um tecido biológico (9), (10). Verificou-se também que este tipo de corrente é pouco eficiente para
produzir hemostasia e que durante o procedimento do corte, uma fina camada de tecido é evaporado em torno
do eletrodo. Para se conseguir o corte não basta apenas a forma de onda adequada. O tipo de eletrodo e a
maneira como a corrente é levada ao tecido tem também importância fundamental.
Figura 4. Forma de onda senoidal, não amortecida, capaz de produzir corte de tecido, com pouca hemostasia. Para
frequência de 500 kHz, o período será de 2 microsegundos.
A figura 5 mostra a disposição do paciente em uma mesa cirúrgica e o caminho percorrido pela
corrente de rádio frequência, do gerador eletrocirúrgico até o paciente e do paciente retornando ao
gerador.
Figura 5. Disposição dos componentes básicos para uma eletrocirurgia. Observe o caminho percorrido pela corrente I, que é
a mesma na caneta e no circuito da placa (eletrodo de dispersão)
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Observe que a corrente que sai do gerador é a mesma que retorna, formando um circuito fechado. Para
se conseguir o efeito desejado de corte, junto ao eletrodo ativo (caneta) manipulado pelo cirurgião, e apenas
neste eletrodo, deve-se tomar os seguintes cuidados:
1. O eletrodo ativo deverá ter uma área relativamente pequena, de tal forma que a densidade de corrente
elétrica, junto ao tecido a ser cortado, seja suficientemente alta para que o calor ali produzido pelo efeito
Joule seja capaz de elevar a temperatura do tecido-alvo junto ao eletrodo até a evaporação da água
extracelular, dessecando-o. Consegue-se isto utilizando-se eletrodos tipo agulha, faca, etc.
2. O eletrodo que recolherá a corrente depois de produzir o corte, e que retornará ao gerador eletrocirúrgico,
deverá ter uma área bastante grande, de tal forma que a densidade de corrente seja suficientemente
pequena para que o calor devido ao efeito Joule ali produzido esteja bem distribuído e dissipado em toda a
área, impedindo a elevação da temperatura a nível capaz de produzir qualquer lesão térmica. É claro que se
supõe sempre um contato elétrico e mecânico perfeito entre este eletrodo e o paciente. Este eletrodo,
algumas vezes chamado erroneamente de “eletrodo terra” (não está necessariamente ligado á Terra), na
realidade é o “eletrodo de retorno”, “placa neutra”, ou “eletrodo de dispersão”. Faz necessariamente parte
do circuito elétrico e tem uma função importante e indispensável na eletrocirurgia.
3. A relação de áreas (a área da placa é centenas de vezes maior que a área do eletrodo ativo) determina a
relação entre as densidades de corrente elétrica e, portanto determina em que local se deseja que o efeito
Joule seja predominante, com elevação da temperatura do tecido-alvo até se conseguir o efeito desejado. Do
ponto de vista puramente físico o efeito de corte (ou queimadura) poderá estar em quaisquer dos eletrodos.
O que importa é a relação entre as áreas envolvidas, uma vez que a corrente total é a mesma. Com este
conceito já se consegue explicar porque algumas queimaduras de paciente acontecem junto à placa, ou em
outras áreas de contato do paciente com partes metálicas, porém sempre em pequenas áreas. Não adianta,
porem, a placa ter área grande, é preciso que o paciente esteja em bom contato elétrico com uma grande
área da mesma. Só assim os acidentes serão evitados.
4. Sendo alta a densidade de corrente junto ao eletrodo ativo, o efeito Joule será bem localizado, com
acentuada elevação da temperatura. O calor gerado no tecido junto ao eletrodo ativo depende de três
fatores: distancia da ponta do eletrodo ao tecido, intensidade da corrente e duração da aplicação da
corrente. Isto significa que a temperatura junto ao eletrodo será maior no tecido bem próximo a ele,
diminuindo á medida que dele se afasta. Com isto obtêm-se a elevação da temperatura a algumas centenas
de graus centígrados (2) que provoca a volatilização dos carboidratos tissulares, formando então vapores e
gases e deixando um resíduo carbonáceo no local por onde se desloca o eletrodo (11).
Figura 6. Representação do processo de Corte, com indicação da região de faiscamento) e liberação de vapores e gases
Havendo um ajuste correto da potência elétrica (energia por unidade de tempo) fornecida pelo gerador
eletrocirúrgico e controlando o tempo que o eletrodo permanece em contato com o tecido (isto é, ajustando
empiricamente a velocidade de deslocamento do eletrodo) ter-se-á uma separação adequada do mesmo, com um
corte suave e liso, com pequena destruição do tecido adjacente. Na ação do corte a formação do faiscamento
junto ao eletrodo é inerente ao processo, bem como a formação de vapores e gases, com a liberação de odor
característico (13).
FUNÇÃO COAGULAÇÃO
A Coagulação se processa de maneira semelhante á descrita para o Corte, porém adequando-se a forma
de onda da corrente fornecida pelo gerador. De maneira empírica observou-se que uma forma de onda do tipo
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senoidal amortecida, figura 10, é capaz de prover uma melhor coagulação, com pequeno efeito de Corte (aqui
também a forma do eletrodo é bastante importante). Para prover a Coagulação a corrente é interrompida
periodicamente, mantendo-se nula em intervalos de 30 a 100 microssegundos. A relação entre “tempo ligado” e
“tempo desligado” determina o nível de coagulação (14). Valores entre 1:5 a 1:10 produzem os melhores
resultados. Este efeito de Coagulação é conseguido pela dessecação das células do tecido: o calor gerado pela
corrente vaporiza a água das células o que cria uma região de células desidratadas. Estas formam então uma
barreira que acentua o efeito hemostático da corrente: o tecido-alvo é submetido a um aumento súbito de
temperatura (produzido pelos picos de corrente). Em torno de 60 ºC ocorre desnaturação das proteínas tissulares
com embranquecimento tecidual (que já é uma indicação de morte celular) (15) e em 100 ºC há vaporização da
água celular (formação de vapor e encolhimento do tecido) (11). A partir deste mecanismo consegue-se o efeito
desejado da Coagulação. A figura 10 mostra a forma de onda senoidal amortecida, formando os pacotes de
corrente responsável pela eficiência da hemostasia.
Figura 7. Forma de onda senoidal amortecida, utilizada na Coagulação. Note os períodos de condução (ligado) e os intervalos
de repouso (desligado). Relações de 1:5 até 1:10 favorecem a Coagulação.
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potência depende da área do eletrodo sendo maior á medida que o eletrodo tenha maior área de contato com o
tecido.
Alguns geradores eletrocirúrgicos oferecem ainda outra forma de utilização da fulguração, chamada de
SPRAY, que permite um faiscamento mais intenso, permitindo manter o eletrodo afastado de 4 a 6 milímetros do
tecido. Além disso, o cone formado pelas faíscas possui uma base maior, atingindo uma área maior do tecido-
alvo, permitindo uma varredura mais rápida da região com sangramento, tendo como resultado uma diminuição
do tempo cirúrgico e menor perda sanguínea.
O calor gerado no faiscamento e no tecido facilita a coagulação do tecido abaixo dela, favorecendo o
trabalho em regiões onde existe maior sangramento superficial devido á presença de grande quantidade de vasos
capilares. Para coagulação onde existam vasos de maior calibre a técnica da dessecação, com o eletrodo tocando
firmemente o tecido, é mais vantajosa e oferece um resultado mais seguro.
A técnica da fulguração, muito útil em grandes sangramentos, permite uma coagulação eficiente e
rápida, com o cirurgião executando pequenos deslocamentos do eletrodo sobre a região que sangra. Para
sangramentos maiores ou em regiões que possuam grande quantidade de capilares, o uso do Coagulador a
Plasma de Gás Argônio é uma solução que vem se impondo com maior frequência, não apenas pela possibilidade
de melhor coagular os pequenos vasos, mas principalmente, por diminuir a perda sanguínea graças á diminuição
do tempo cirúrgico.
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MISTURA DE CORTE COM COAGULAÇÃO (BLEND)
Em muitas situações, é desejável que o Corte seja feito com pouca destruição dos tecidos adjacentes ou
que permita um deslizamento rápido e eficiente do eletrodo sobre o tecido, mesmo que a hemostasia seja
insuficiente. É o caso da remoção de tecidos para biopsias e alguns tipos de ressecção (prostática, por exemplo)
onde o sangramento resultante é posteriormente estancado usando-se as técnicas de coagulação já descritas. Na
maioria das vezes, e em cirurgia laparoscópica inclusive, é desejável que a ação de Corte se faça com hemostasia
simultânea. Os modernos equipamentos, especialmente os ditos transistorizados ou microprocessados, incluem
uma forma de onda apropriada para este tipo de necessidade. Aliando as propriedades do Corte Puro, obtido com
uma forma de onda senoidal, e da coagulação, com trens de onda pulsante de senoide amortecidas, criou-se uma
forma de onda intermediaria, misturando-se as duas propriedades. As correntes mistas, chamadas de BLEND,
permitem realizar esta ação intermediaria (14). Variando-se o “tempo ligado” e o “tempo desligado” como já
descrito, consegue-se uma boa ação de Corte com uma Coagulação satisfatória. Em geral, todos os equipamentos
modernos incluem esta facilidade, acrescentando pelo menos três níveis de coagulação misturados ao corte. Com
isto, passando-se do Blend 1 (Mínimo) para o Blend 3 (Máximo), por exemplo, acrescenta-se progressivamente
maior índice de coagulação no Corte. A função Blend 3 terá assim um corte com nível de coagulação maior que as
anteriores. A escolha conveniente deste recurso permitirá ao cirurgião realizar seu trabalho mais rapidamente,
com maior segurança e menor tempo cirúrgico.
A placa deverá ter a maior área de contato possível com o paciente, a fim de que, a partir do eletrodo ativo
sofra a maior dispersão possível. Isto significa que, quanto maior a dispersão a partir do eletrodo ativo, menor
será a possibilidade da corrente produzir efeitos indesejáveis (queimadura) em seu caminho em direção á
placa Em laparoscopia estes percursos da corrente devem ser previstos para evitar queimaduras em regiões
distantes do contato com o eletrodo ativo.
Para que a corrente, a partir do eletrodo ativo, percorra o menor caminho possível até á placa, esta deve ser
colocada o mais próximo possível da região da cirurgia. Isto garantirá um caminho de menor resistência
elétrica e exigirá menor potência do gerador. E quanto menor a potência utilizada, menor os riscos de
queimadura.
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Para que a corrente se disperse bastante, a placa deverá ser colocada em uma região que tenha tecidos bem
irrigados, com boa massa muscular (bom condutor de eletricidade). Evite regiões adiposas (a gordura é má
condutora de eletricidade)
Tome todos os cuidados para que o cabo da placa não se rompa, não se desconecte da placa ou do gerador, e
que a placa não se separe do paciente. A corrente de radio frequência sempre procurará um caminho de volta
ao gerador (através das capacitâncias parasitas já descritas), se ele for acionado com a placa desconectada.
Regiões de saliência óssea (tipo cotovelo, calcanhar, crista ilíaca, etc), em contato com partes metálicas da
mesa cirúrgica ajudarão a fechar o circuito elétrico e, por terem pequena área de contato, permitirão grandes
densidades de corrente, com as conseqüentes queimaduras.
Prefira sempre os geradores eletrocirúrgicos modernos que oferecem todas as proteções e alarmes de
segurança.
Figura 11. Se área da placa for pequena haverá alta densidade de corrente com efeito Joule localizado produzindo elevação
da temperatura. Conseqüência: possível queimadura.
Figura 12. Rompendo-se o fio da placa, ou ela se desconectando do paciente, a corrente de radio frequência poderá retornar
ao gerador por caminhos imprevisíveis (capacitâncias parasitas). Consequência: queimadura possível.
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com menor chance de se deslocar durante o ato cirúrgico. Com este cuidado, e usando-a segundo indicações de
cada fabricante, os riscos de queimadura são reduzidos.
Proteções oferecidas pela placa simples, descartável, autoadesiva:
Garantia do posicionamento. O paciente poderá movimentado durante o procedimento cirúrgico que a placa
permanecerá colada ao mesmo;
Se o cabo se romper, o equipamento será informado (se possuir este recurso) e bloqueará seu
funcionamento, evitando queimadura.
Inconveniente ainda existente:
Em cirurgias de longa duração, possibilidade de mau contato placa/paciente, ou descolamento parcial da
placa com diminuição de sua área efetiva, retornando o risco de queimadura. Este risco ainda aumenta se a placa
for reutilizada, contrariando as recomendações dos fabricantes. A reutilização significa menor aderência da placa
com o paciente, implicando em uma área efetiva menor, ou o risco de deteriorar o contato elétrico durante a
cirurgia, levando a uma situação semelhante á descrita anteriormente.
A solução atualmente adotada, e que procura evitar todos os inconvenientes até aqui apontados, é a
divisão da placa em duas partes, isolada uma da outra. Com este procedimento, para seu adequado
funcionamento é necessário que a pele do paciente seja colocada entre as duas partes, fechando um circuito
elétrico que informará o equipamento que a mesma foi colocada na pele do paciente e que a resistência de
contato está dentro dos valores considerados aceitáveis e seguros. É claro que isto só pode ser feito em
equipamentos que ofereçam este recurso (que aceitem placas duplas). Os bons equipamentos permitem a
utilização de quaisquer das placas descartáveis, simples ou duplas, bastando um simples comando no painel
selecionando o tipo de placa a ser utilizada. Não basta somente liberar o uso da placa descartável, qualquer que
seja ela, mas respeitar a escolha criteriosa da equipe cirúrgica.
A figura 13 mostra uma placa simples descartável auto-adesiva e uma placa dupla nas mesmas condições.
Um cabo adequado, duplo, com conectores apropriados deverá ser conectado ao gerador e a placa.
Figura 13. Placa simples e placa dupla, descartáveis, auto-adesivas. Sua fabricação já inclui um gel condutor que garante o contato
elétrico adequado entre a placa e o paciente. São descartáveis e não devem ser reutilizadas, sob risco de perderem suas propriedades
elétricas e mecânicas.
A figura 14 mostra a forma esquemática das ligações ao gerador, que deverá admitir este tipo de
conexão, propiciando a monitoração da resistência de contato, e bloqueando seu funcionamento se esta sair dos
valores previamente estabelecidos pelo fabricante. Se esta resistência estiver acima de determinado valor ou
abaixo de outro, o equipamento é desenergizado automaticamente, soam os alarmes e seu uso só será permitido
quando os erros forem corrigidos. Com estes cuidados a possibilidade de queimaduras é bastante reduzida.
Figura 14. A corrente I do gerador é agora dividida em duas partes, exigindo que o paciente seja colocado entre as partes da placa dupla
para fechar o circuito. i é a corrente de monitoração fornecida pelo gerador e que comanda as informações necessárias para seu controle.
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Deve-se ter presente que a placa é um eletrodo indispensável na Técnica Monopolar e que seu uso
adequado só tende a aumentar a segurança dos geradores eletrocirúrgicos. Os acidentes por queimaduras terão
sua incidência eliminada, ou pelo menos reduzida se as regras aqui sugeridas forem obedecidas.
Na Técnica Monopolar o caminho da corrente de radio frequência, do eletrodo ativo até a placa é, em
parte, desconhecido, seguindo sempre o caminho de menor resistência (16). Isto faz com que seja imprevisível o
correto percurso da corrente e a posição das eventuais lesões térmicas. Em laparoscopia cuidados precisam ser
tomados para evitar as “correntes canalizadas” em regiões de baixa resistência elétrica e de pequena seção
transversal, favorecendo altas densidades de corrente que poderá levar a lesões térmicas indesejáveis. Na
Técnica Bipolar procura-se limitar a região de aplicação da corrente, confinando-a entre as pontas de uma pinça
apropriada, com suas duas partes separadas e eletricamente isoladas. Com este procedimento, a corrente de
radio frequência terá seu percurso limitado e previsível e exigindo, além do mais, pequena potência para produzir
o efeito de coagulação desejado (esta técnica está praticamente restrita á coagulação). Para atingir o objetivo de
limitar a corrente no tecido colocado entre as pontas da pinça bipolar, o gerador deverá ter uma saída
apropriada, com um controle de potencia também separado para possibilitar uma precisão maior de ajuste para
este procedimento cirúrgico. Deve-se ter presente que a técnica bipolar é uma complementação da monopolar,
não a excluindo, mas complementando-a. Isto porque esta técnica, apesar de apresentar algumas vantagens
sobre a monopolar, apresenta também desvantagens que não podem ser ignoradas, (2). A maior delas,
certamente, é a limitação da região a ser trabalhada e o tempo que se gasta para coagular uma região mais
ampla, uma vez que o circuito só é fechado, permitindo a passagem da corrente, quando a pinça é fechada,
aprisionando certo volume de tecido ou de pequenos vasos. A mudança de local exige que a pinça seja aberta a
cada momento e novo local seja aprisionado. Se a região for grande e com grande sangramento o tempo gasto
torna-se um inconveniente. Não se consegue reduzir este tempo abaixo de certo valor porque o próprio processo
da coagulação exige alguns segundos para se completar, em cada pinçada. A técnica monopolar por sua vez é
mais abrangente e o eletrodo pode ser movimentado rapidamente na região desejada, realizando o mesmo
trabalho em menor tempo. Porém, para algumas regiões mais nobres, onde não se pode tolerar a passagem de
corrente de radio frequência elevadas, sem correr o risco de danificá-las, a técnica bipolar é a ideal. Em
laparoscopia este procedimento é justificado para se evitar lesões térmicas em regiões afastadas devido ao efeito
da canalização de corrente e vem tendo seu uso recomendado exatamente para evitar este tipo de acidente.
Além do mais, neste procedimento a ponta da pinça bipolar estará obrigatoriamente na linha de visada do
cirurgião, garantindo assim o controle completo sobre o uso da corrente de RF. Como o volume de tecido
aprisionado pela pinça é sempre pequeno e limitado, a potência necessária para realizar um trabalho de
coagulação é também reduzida. É bem aceito o limite máximo de 50 a 60 Watts para a técnica bipolar contra os
valores de até 400 Watts para a técnica monopolar (17). Para permitir um ajuste mais preciso é comum esta faixa
de potencia ser dividida em microbipolar e bipolar. Com potências menores e sem necessidade da placa, os riscos
de acidentes serão proporcionalmente menores. Na realidade as duas pontas da pinça bipolar farão
simultaneamente o papel do eletrodo ativo e da placa no equivalente á técnica monopolar.
Alguns procedimentos cirúrgicos, em especial em vídeo-laparoscopia, fazem uso alternado das técnicas
monopolar e bipolar, o que exige da equipe médica a manipulação dos controles disponíveis para passar de uma
técnica a outra. O uso da pinça bipolar dispensa a placa que, se for desligada bloqueia o funcionamento do
equipamento, soando os respectivos alarmes. O pedal de corte deverá ser desativado, permitindo apenas o da
coagulação para evitar qualquer acionamento acidental, etc. Enfim, vários comandos deverão ser acionados para
se passar de uma técnica a outra, desviando a atenção da equipe médica para um procedimento menos
importante. Um novo comando vem sendo utilizado, com a denominação de TRIPOLAR® que reúne todos os
procedimentos descritos anteriormente em uma única tecla. Seu acionamento acrescenta, automaticamente, a
função Bipolar na Técnica Monopolar quando esta estiver sendo usada, ou a Técnica Monopolar na Bipolar,
quando esta última estiver em uso, acrescentando um pedal especialmente para a Técnica Bipolar. Significa, na
realidade, somar uma função com a outra (Monopolar + Bipolar), facilitando sobremaneira o trabalho com as
duas técnicas, simultaneamente.
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Figura 15. Bisturi Elétrico microprocessado, fornecendo até 400 Watts de potência no Corte Puro. Observe os controles para
as funções de Corte, Blend, Coagulação e Bipolar. Todas as indicações são digitais. A tecla TRIPOLAR® está habilitada, além da
indicação automática para placas simples ou duplas.
Esta nova técnica, complementar da clássica eletrocirurgia, vem ganhando popularidade por apresentar
algumas vantagens, principalmente com relação a diminuição do tempo cirúrgico.
Na eletrocirurgia clássica, quando se utiliza a técnica da fulguração para prover uma coagulação
superficial, um faiscamento elétrico é formado, através da ionização do ar, entre a ponta do eletrodo ativo e o
tecido. Esta ionização diminui a impedância do ar e permite a passagem da corrente de radio frequência do
eletrodo ativo para o tecido, produzindo o efeito desejado da coagulação na superfície. Este faiscamento se
mantém a uma distancia entre 2 a 4 milímetros sobre o tecido e o cirurgião, com movimentos lentos do eletrodo
sobre a superfície do tecido é capaz de ir coagulando os vasos capilares que sangram. Uma escara é então
formada sobre o tecido, propiciando a coagulação superficial desejada. O eletrodo, normalmente com área maior
do que o utilizado em corte, não toca o tecido, mantendo-se á distancia já mencionada.
Uma evolução desta técnica utiliza um feixe ou jato de gás argônio (com um fluxo da ordem de 4 litros por
minuto) para ajudar a ionização da região entre o eletrodo ativo e o tecido e então favorecer a passagem da
corrente de RF. Na realidade a energia para a coagulação continua sendo fornecida pelo gerador eletrocirúrgico,
que criará o campo elétrico de alta intensidade necessário para ionizar o gás, que sai coaxialmente com um
eletrodo ativo (em forma de agulha) ligado ao gerador. O argônio ionizado apenas servirá como ponte para a
passagem da corrente de RF, do eletrodo ativo para o tecido.
Como o gás argônio se ioniza mais facilmente que o ar, um pequeno fluxo deste gás é suficiente para
manter a passagem da corrente de RF. O resultado é um jato de gás ionizado, com uma cor azul-claro/violeta,
com um comprimento que pode facilmente atingir 15 milímetros, na forma de um cone com origem no eletrodo
ativo e base no tecido, com diâmetro de 2 a 5 mm (ou um pouco mais) e que pode ser deslocado com
movimentos rápidos sobre a superfície sangrenta, produzindo uma coagulação eficiente, rápida, com formação
de uma escara mais fina do que a obtida na fulguração convencional, da ordem de 0,1mm de espessura. A
profundidade de penetração é também aproximadamente a metade da conseguida na fulguração tradicional (13).
Sendo mais delgada, esta escara pode acompanhar os movimentos do tecido, não se desprendendo dele com
facilidade e reduzindo, portanto as chances de novo sangramento. A temperatura do tecido raramente excede os
110ºC devido ao efeito de resfriamento proporcionado pelo fluxo do gás e pela potência de RF reduzida, com
diminuição acentuada de lesão do tecido adjacente. Por outro lado, o fluxo do gás argônio desloca o oxigênio e o
nitrogênio do ar junto ao tecido onde incide, permitindo que a corrente de RF realize seu trabalho, porém agora
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com menor carbonização, menor produção de fumaça e redução significativa do odor característico. A pressão do
gás sobre o tecido ainda afasta o sangue aí existente permitindo melhor visualização da área trabalhada. Em
laparoscopia esta técnica também começa a ser utilizada, substituindo-se a caneta por uma sonda de pequeno
diâmetro que mantém as mesmas funções e tem o mesmo principio de funcionamento que ela.
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