Tutela e Curatela
Tutela e Curatela
Tutela e Curatela
TUTELA
A tutela tem fundamento legal no artigo 1.728 do Código Civil que diz:
TESTAMENTÁRIA
Porém, existem dois requisitos para que esta espécie de tutela tenha eficácia:
b) que aquele que nomeia o tutor esteja no exercício do poder familiar ao tempo
de sua morte. (O artigo 1.730 torna nula a nomeação de pai ou mãe que ao tempo de sua
morte não tinha o poder familiar).
LEGÍTIMA
Art. 1.731. Em falta de tutor nomeado pelos pais incumbe a tutela aos parentes
consanguíneos do menor, por esta ordem:
II - aos colaterais até o terceiro grau, preferindo os mais próximos aos mais
remotos, e, no mesmo grau, os mais velhos aos mais moços; em qualquer dos casos, o
juiz escolherá entre eles o mais apto a exercer a tutela em benefício do menor.
DATIVA
Art. 1.735. Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam:
III - os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes
expressamente excluídos da tutela;
A tutela não pode ser deferida a quem não tenha condições para exercê-la.
Aqueles que tiverem qualquer conflito de interesses com o que pretende acolher como
tutelado devem entrar no “rol” dos impedidos para o exercício da tutela. Tais
impedimentos “inspiram-se em razões de ordem pessoal, de natureza econômica e por
incompatibilidade real ou presumida.” O impedimento pode ser arguido pelo próprio
nomeado, por provocação dos legitimados e até de ofício, pelo juiz. Este, então, deve
indeferir a tutoria ou destituir do que já exerce.
O artigo 1.736 elenca aqueles que podem escusar-se do exercício da tutela, quais
sejam:
I - mulheres casadas;
II - maiores de sessenta anos;
III - aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de três filhos;
Em regra, o convocado não pode escusar-se, por ser a tutela um múnus público.
Os que, por força da idade, sobrecarga ou doença, dificilmente poderiam dedicar-se
integralmente ao encargo, têm a exclusiva prerrogativa de se escusarem.
REQUISITOS DA TUTELA
Um dos requisitos da tutela é que “os pais do menor tenham sido destituídos ou
estejam suspensos do poder familiar”. Também na hipótese de os pais se encontrarem
em local incerto e não sabido, caberá o instituto da tutela, até que o menor volte aos seus
progenitores. Quando o desaparecimento for voluntário, ocorrerá a destituição do poder
familiar, mas quando for fortuito, somente será deferida a tutela após declaração judicial
de ausência.
EXERCÍCIO DA TUTELA
O tutor não tem total liberdade para desempenhar o seu múnus. Não pode exercê-
lo com a amplitude e a discricionariedade de quem está no exercício do pátrio poder. Ele
depende da supervisão judicial para exercer quaisquer atos referentes à pessoa e aos
bens do pupilo. Essa dependência é característica mor, o marco fundamental que
estabelece os limites entre a tutela e o pátrio poder. Em última análise, o responsável
pelo exercício da tutela é o juiz.
I - representar o menor, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo,
após essa idade, nos atos em que for parte;
O artigo 1.748 dispõe sobre o que o tutor pode fazer, necessitando, contudo, de
autorização judicial para tal:
II - aceitar por ele heranças, legados ou doações, ainda que com encargos;
III - transigir;
CESSAÇÃO DA TUTELA
A lei ainda faz diferença nos artigos 1.763 e 1.764 do Código Civil, uma vez que o
término das funções do tutor nem sempre acarreta a cessação da condição de
pupilo. Dispõe o art. 1.764 que:
Art. 1.764. Cessam as funções do tutor:
CURATELA
II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade;
V - os pródigos.
O nascituro e seus bens também devem ser protegidos pelo ordenamento jurídico.
REQUISITOS DA CURATELA
Existem dois requisitos para que a curatela seja deferida – a incapacidade e
decisão judicial. Só será concedida a curatela mediante prévia decretação do juiz.
ESPÉCIES DE CURATELA
Da mesma forma que a tutela, a curatela também pode ser legítima, testamentária
ou dativa.
CESSAÇÃO DA CURATELA
BIBLIOGRAFIA:
1 RODRIGUES, Sílvio. Direito civil: direito de família: volume 6. 28. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
2 VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: direito de família. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
3 PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. Rio de Janeiro: Forense, 2006.