Missiologia e Evangelismo

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ÍNDICE

I - FUNDAMENTO BÍBLICO DA MISSÃO...........................................................2

II - O ESPÍRITO SANTO E A MISSÃO................................................................8

III- O ESPÍRITO SANTO E OS DONS ESPIRITUAIS.......................................17

V – É A MISSÃO POSSÍVEL AINDA?...............................................................44

VI – A CAMPANHA EVANGELÍSTICA..............................................................55

VII - METODOLOGIA DO EVANGELISMO PÚBLICO......................................65

VIII – DIVERSAS FORMAS DE CAMPANHAS EVANGELÍSTICAS NA


DIVISÃO INTERAMERICANA...........................................................................68

IX - OBREIROS E LEIGOS UNIDOS.................................................................78

X - PRECAUÇÕES PARA A REUNIÃO EVANGELÍSTICA...............................94

XI - SEMINÁRIO DO APOCALIPSE – Sua Filosofia E Seu Uso..................100

BIBLIOGRAFIA................................................................................................104
2

I - FUNDAMENTO BÍBLICO DA MISSÃO

A – Missão No Antigo Testamento – Sua natureza

[1] A Missão começa com Deus. (Gn 3:9-15).

[a] O objetivo da Missão é o homem culpado.

[b] O primeiro passo da Missão é a busca do perdido para


conscientizá-lo de sua culpa, e revelar-lhe a salvação.

[c] As quatro perguntas de Deus. (Gn 3:3,9,11).

[1] Onde estás?

[2] Quem te fez saber que estavas nu?

[3] Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?

[4] Que é isso que fizeste?

[d] À serpente Ele não pergunta. Declara seu juízo, e a coloca sob a
sua ira.

[e] Resistência do homem-Adão culpa a Eva, Eva culpa a serpente e


a Deus – Deus não insiste em conscientizar da culpa, mas revela
a salvação. (Gn 3:15, 16).

[2] – Deus entrega a Missão aos homens. Eleição (Rm 9:10-13).

O PROCESSO:
[a] ENOS – “Começou a se invocar o nome do Senhor”. (Gn 4:26).

[1] Esta expressão se usa no AT para indicar um culto público.

[b] NOÉ – Da casa de Lameque, descendente de ENOS, Deus


escolheu a Noé. (Gn 6:13,14 ss.).
3

[c] ABRAÃO – Da família de Sem. Deus escolheu a Abraão. (Gn


12:3; 22:18 e 18:18,19).

[d] ISAQUE – (Gn 26:4).

[e] JACÓ –Entre Esaú e Jacó Deus escolheu a este último. (Gn
28:14).

[f] ISRAEL – A nação (Dt 7:6-8). Deus escolheu a Israel para cumprir
seu juramento – ser uma bênção a todos os povos.

[1] A eleição de Deus não é favoritismo.

[2] A eleição de Deus é para a realização de uma missão


mundial.

[3] – A missão do povo de Deus para resgatar o homem caído tem sua
origem em Deus. O objetivo dessa missão é o homem culpado. Deus
mesmo é o primeiro missionário. Ele não é só originador, mas também o
Senhor da missão. O homem culpado é o objeto da missão salvífica da
divindade. a queda do homem ocasionou a revelação da missão e o
exercício dela. Com isso Deus não deixa a ninguém o direito de
estabelecer o objetivo, o alcance e os princípios da natureza da Missão
bem como a maneira de executá-la, seus métodos.

DEUS ENOS NOÉ ABRAÃO ISAQUE JACÓ ISRAEL TODAS

Gn 3:15 Gn 4:25,26 Gn 6:13; Gn 18:18 Gn 26:4 Gn 28:14 Dt 7:6-8


NAÇÕES
20:14

DEFINIÇÃO:
MISSÃO – É a busca do homem perdido cujo primeiro passo é
conscientizá-lo da culpa e consequência de seu pecado e revelar-lhe a
salvação para reintegrá-lo à comunhão com Deus e com todos que o cercam.
O MÉTODO – Através das bênçãos dadas a Israel com base na
santidade, Deus queria atrair os povos de toda terra para reconhecê-lo como
Seu Deus, e integrá-los na comunhão do Seu povo. Ex.: Salomão e Ezequias.
4

[4] – Método da Missão no AT.

[a] Posição geográfica da Palestina, faz de Israel a encruzilhada das


nações do mundo antigo.

[b] Deus propiciou a Israel toda facilidade parra que chegasse a ser a
maior nação, a fim de que atraísse todos os povos ao Deus de
suas bênçãos. (Dt 4:6-9).

[c] Todo o êxito de Israel tinha que basear-se na SANTIDADE DE


CARÁTER. Sem esta bênção básica, as muitas vantagens de
Israel resultariam em prejuízo para eles e os demais. Bênçãos.

[1] Dt 28:1,13,14; Dt 30:8-10. Lv 19:2; Êx 19:5,6;


A prosperidade material dependia da prosperidade
espiritual.

[d] As bênçãos de Deus incluíam:

[1] A saúde. (Êx 15:26, Dt 7:15).

[2] Agropecuária. (Dt 7:13, 28:2-8).

[3] Habilidade Artesanal. (Êx 31:2-6, 35:31-35).

[4] Prosperidade. (Dt 28:11-13).

[5] Grandeza. (Dt 4:6-8, Dt 28:1).

[e] O propósito de Deus em abençoar Israel:

[1] Sejam testemunhas. (Is 43:8-10; 44:8; 66:18-20; 49:6).

[2] Atrair os povos. (Dt 28:10; Is 49:6-9,12,18,22; Zc 8:22; Is


55:4,5).

[f] O sentido da Missão para Israel é fazer convergir os povos ao


povo de Deus para que sejam parte dele – CENTRÍPEDA

CONVERGENTE
5

“Aquelas nações que haviam rejeitado a adoração e serviço ao


verdadeiro Deus, deviam ser despojadas. Mas era propósito de
Deus que pela revelação de seu caráter através de Israel, fossem
os homens atraídos a si. O convite do Evangelho devia ser dado
a todo o mundo. Mediante o ensino do serviço sacrifical, Cristo
devia ser erguido perante as nações, e todos que olhassem para
Ele viveriam. Todos aqueles que, como Raabe e Rute ...
tornassem da idolatria para o culto ao Verdadeiro Deus, deviam
unir-se ao seu povo escolhido. À medida que o número dos
israelitas crescessem, deviam eles ampliar suas fronteiras, até
que o seu reino envolvesse o mundo”. (P. R. pp. 17,18).

“Todos os que se voltaram da idolatria ao culto do Verdadeiro


Deus, haviam de se unir com o povo escolhido. À medida que
aumentasse o número dos israelitas, estes deviam alargar suas
fronteiras até que seu reino abarcaria o mundo.” (P. R. 273).

Sentido Convergente Da Missão No Antigo Testamento

NAÇÕES
NAÇÕES

SANTO
ISRAEL
ABENÇOADO

NAÇÕES NAÇÕES
6

B – Missão No Novo Testamento

[1] – A Missão começa com Cristo. Lc 19:10;


Mc 10:45;
Lc 4:14,15; 31-35; 40-41

Kerigma – pregação
Didaquê – ensino
Diaconia - serviço

[a] Cristo, o Padrão.

[b] O objetivo da Missão é buscar e salvar o perdido.

[c] Missão é servir dando sua vida em resgate de todos.

[d] Isto é entregue à Igreja.

[2] – A Missão é entregue à Igreja pessoalmente. JESUS.

[a] Enviando os 12. (Mt 10:1-42 – 1,7,8).

[b] Enviando os 70. (Lc 10:12-25 – 17-20).

[c] Enviando os 120. (At 1:8,15).

[d] Enviando pelos apóstolos a Igreja toda. (Mt 28:18-20; Mc 16:15-


18).

CRISTO OS 12 OS 70 OS 120 IGREJA NAÇÕES

[3] – O imperativo central da missão é ir para fazer discípulos em todas as


nações.

[a] Antecede ao ir o fato de esperar o poder do Espírito Santo para


testemunhar. (Lc 24:49; At 1:4,5,8; At 2:41-47).

[4] – A meta evangelística não cessa com o esperar o Espírito Santo, nem
com o ir para testemunhar, nem com o acrescentar os novos membros à
7

Igreja através do batismo. Mas a meta evangelística só será de fato


alcançada quando o novo convertido for instruído pela Igreja, quando ele
esperar e receber a plenitude do Espírito a cada dia, e assim
testemunhando, se tornar um cristão produtivo. (At 2:41-47).

[5] – O objetivo da meta evangelística é:

[a] Fazer cristãos reprodutivos, portanto responsáveis.

[b] Fazer igrejas reprodutivas, portanto responsáveis.

[c] Missão Centrífuga.

“ANTES de ser escrito um livro do Novo Testamento, e ANTES de


ser pregado qualquer sermão depois da ascensão de Cristo, o
Espírito Santo desceu sobre os apóstolos em oração. ENTÃO,
seus inimigos deram o testemunho: “Enchestes Jerusalém desta
vossa doutrina”. (D. T. N. 647).

[6] – O Processo evangelístico é:

[a] Conversão.
[b] Esperar o Espírito. C re s c e r
[c] Ir testemunhar. E s p e ra r o e m N ú m e ro
[d] Fazer discípulo. E s p írito D ia ria m e n -
[e] Batizar. te S a ir
IR Te s te - P e la C o -
[f] Acrescentar à
Igreja. m unha r m u n id a d e
[g] Crescer em
número.
[h] Instruir. Fa ze r C on v e rs ã o Re c e b e r
[i] Receber o D is c íp u lo o E s p írit o
Espírito.
[j] Sair pela
comunidade.
B a tiz a r In s tru ir
[l] Crescer em
número A c re s - C re s c e r
diariamente. c e n ta r em
à Ig re ja N ú m e ro
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II - O ESPÍRITO SANTO E A MISSÃO

[A] – Nos capítulos 14 e 16 do Evangelho de João, temos exposto por


Cristo a doutrina da dispensação do Espírito Santo. Ela é desenvolvida
tendo por base três verdades;

[1] A promessa do Espírito Santo.

[2] O Caráter e Personalidade do Espírito Santo.

[3] A Missão do Espírito Santo.

[B] – Assim como a missão de Cristo na Terra, devia se realizar dentro de


um período de tempo definido: do nascimento até sua ascensão; da
mesma forma a missão do Consolador, na Terra, tem limites
determinados.

[C] – Promessa do Espírito Santo.

Fundamento Bíblico:

 Jo 14:16
 Jo 14:26
 Jo 15:26
 Jo 16:7
 Jo 16:13
 At 2:1,33

[1] A promessa do Espírito Santo.

“E eu rogarei ao Pai, e Ele nos dará outro Consolador...” (Jo


14:16). “Mas o Consolador, o Espírito Santo a quem o Pai
enviará em meu nome” (Jo 14:26). “Convém-vos que eu vá,
porque se eu não for, o Consolador não virá a vós outros...” (Jo
16:7). “Quando vier, porém, o Espírito da Verdade ...” (Jo 16:13).
“Quando, porém, vier o Consolador que eu vos enviarei da parte
do Pai, o Espírito da Verdade, que dEle procede...” (Jo 15:26).

[2] Ocasião da realização da promessa.


9

“... pois o Espírito até esse momento não fora dado, porque
Jesus não havia sido ainda glorificado” (Jo 7:39). – Promessa,
tempo.

“Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do pai, a


promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis” (At
2:33 cf. At 2:1 cf. 5:31). – Cumprimento.

[a] No dia de Pentecostes.

[b] Para conceder arrependimento e remissão dos


pecados.

[D] – Origem, meio, ocasião da promessa do Espírito.

[1] A promessa do Espírito procede do Pai.

[a] É Ele quem dá e envia o Consolador.

[2] O Espírito Santo é enviado no nome de Jesus Cristo, através de


sua intercessão.

[a] O Espírito só poderia vir à Terra se Jesus fosse para seu


Pai.

[b] A vinda do Espírito Santo convinha aos apóstolos e à Igreja


hoje.

[3] O Espírito Santo só poderia vir quando Jesus fosse glorificado


ou exaltado.

[a] A exaltação de Jesus se deu no dia de Pentecostes.

[b] A dispensação do Espírito Santo, portanto, tem dois marcos


de tempo definidos: do Pentecostes até a 2ª vinda.

[c] O Espírito era, então, uma promessa que só poderia se


cumprir na glorificação de Jesus.
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[d] O consolador não poderia ser pedido ao Pai antes do


Pentecostes.

[e] Condições para receber a promessa: “Cristo prometeu o


Dom do Espírito Santo a Sua Igreja, e a promessa nos
pertence a nós da mesma maneira que os primeiros
discípulos. Mas, como todas as outras promessas, é dada
sob condições. Muitos há que crêem e professam reclamar
a promessa do Senhor; e todavia não recebem benefício.
Não entregam a alma para ser guiada e regida pelas forças
divinas ... Querem dirigir-se a si mesmos. É por isso que
não recebem o Dom celeste. Unicamente aos que esperam
humildemente em Deus, que estão atentos a sua guia e
graça, é concedido o Espírito. O poder de Deus aguarda
que o peçam e o recebam. Esta prometida bênção,
reclamada pela fé, traz após si todas as outras bênçãos. É
concedida segundo as riquezas da graça de Cristo, e Ele
está pronto a suprir toda alma segundo sua capacidade
para receber.” (Ellen G. White, D. T. N. pp. 647 e 648).

[f] Quando deverá ser cumprida esta promessa?

“A descida do Espírito Santo sobre a Igreja é olhada como


estando no futuro; é, porém o privilégio da Igreja tê-la,
agora. Buscai-a, orai por ela, crede nela. Precisamos tê-la,
e o Céu espera para concedê-la”. (Review and Herald,
19.03.1895 – Evangelismo 701 – Ellen G. White).

[E] – Missão do Espírito Santo pelos Ímpios. (Jo 16:8).

[a] Convence do pecado.

[b] Convence da justiça.

[c] Convence do juízo.


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[F] – A Missão do Espírito Santo pelos Cristãos.

[1] Primeiro revela a Cristo como uma presença que mora dentro da
alma.

[2] Revela a verdade de Deus, tornando-a uma realidade no mais


íntimo do ser.

[3] Santifica o homem.

[4] Testifica acerca de Cristo.

[5] Glorifica a Cristo.

* A presença de Cristo era limitada e individualizada.

[G] – A presença interior de Cristo através do Espírito Santo.

“Convém-nos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá a


vós outros”. (Jo 16:7).

[1] A vinda do Espírito para os discípulos era mais vantajosa do que a


presença física de Cristo. Por que?

[a] Porque na dispensação do Espírito, Ele não estaria só com


os homens, mas estaria nos homens.

“... vós o conheceis porque Ele habita convosco e estará em


vós”. (Jo 14:17).

[1] Agora Ele habita com os apóstolos.

[2] No futuro Ele estará nos apóstolos.

[b] Porque na dispensação do Espírito Jesus tornar-se-ia mais


íntimo deles do que quando viveu entre eles nos seu
ministério. “O dia de Pentecostes lhes trouxe a presença
do Consolador, de quem Cristo havia dito: “Convém-vos
que eu vá ...” e desde aquele dia, mediante o Espírito,
Cristo iria morar continuamente no coração de seus filhos.
12

Sua união com eles seria mais estreita do que quando


estava pessoalmente com eles ...” (C. C. pp. 74,75 –
EGW).

[1] Assim como a missão de Cristo é revelar o Pai aos


homens, a missão do Espírito é tornar conhecida a
pessoa de Jesus Cristo. “A obra do Espírito Santo é
incomensuravelmente grande. Desta fonte o obreiro de
Deus recebe poder e eficiência; e o Espírito Santo é o
Consolador, como a presença pessoal de Cristo para a
alma. (EGW, Review and Herald, 29.11.1892).

[2] Resultados da Presença Interior do Espírito.

[a] Pensamentos impuros, atos de rebeldia e sentimentos


perversos serão expulsos.

[b] Ocupando a alma do crente com pensamentos divinos,


afetos celestiais, e ações como as de Cristo, e uma
disposição bondosa com o outro. “A transformação do
caráter é para o mundo o testemunho de que Cristo mora
no crente. Ao sujeitar os pensamentos e desejos à vontade
de Cristo, o Espírito de Deus produz nova vida no homem
e o homem interior fica renovado à imagem de Deus”
(Profetas e Reis, EGW, p. 175).

[H] – Revela a Verdade de Deus.

“Quando vier, porém, o Espírito de verdade, Ele vos guiará a toda verdade
...” (Jo 16:13).

“... esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que
vos tenho dito”. (Jo 14:26).

[1] O trabalho do Espírito Santo é definir e manter a verdade.


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[a] Porque Ele próprio é a verdade, Ele testifica da verdade. O


que é a verdade?

[1] I Jo 5:6
[2] Jo 14:6
[3] Jo 17:17
[4] Sl 119:151, 142
[5] Jer 10:10 cf. Dt 32:4

“Cristo, em seu caráter e obra é o centro e circunferência de toda


verdade. Ele é a cadeia à qual estão unidas as jóias da doutrina.
Nele se encontra o sistema correto da verdade”. (EGW – Review
and Herald, 15.08.1893).

[2] Os frutos do Espírito da Verdade são: consolo, paz, compreensão


de Cristo em seu ministério e compreensão das doutrinas.

[I] – Cultivar a Santidade do Homem.

“Agora pois já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo


Jesus, porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou do
pecado e da morte ... a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós
que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”. (Rm
8:1,2,4).

“Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os


mortos, esse mesmo ... vivificará os vossos corpos mortais por meio do
Espírito que em vós habita.” (Rm 8:11).

“Assim pois irmãos somos devedores não à carne ... mas se pelo Espírito
mortificardes os defeitos do corpo, certamente vivereis”. (Rm 8:13).

[1] Santidade é para quem pelo Espírito está justificado em Cristo,


portanto sem nenhuma condenação.

[a] A lei é obedecida.

[b] O pendor do Espírito é para vida e paz.

[c] Permanece no Espírito.


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[d] Tem o Espírito de Cristo, Cristo está nele.

[e] Vivifica os corpos mortais do pecado.

[f] Filhos de Deus.

[g] Filhos por adoção podem chamar a Deus de: Aba, Pai.

[h] Herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo.

[1] Sofrimento.
[2] Glorificação.
* Por tudo isso, e muito mais, somos devedores do
Espírito Santo.

[J] – Testifica acerca de Cristo.

“Quando vier o Consolador, que enviarei da parte do Pai esse dará


testemunho de mim”. (Jo 15:26).

[1] Ele é o Vigário de Cristo na Terra, pois Ele está investido da


autoridade de Deus na Terra para apresentar a verdade sobre o
Filho.

“O Espírito Santo vem ao mundo como o representante de Cristo.


não somente fala a verdade, senão que é a verdade. A
Testemunha fiel e verdadeira dos corações e conhece o caráter
de Deus”. (Cons. Pais, Professores e Estudantes, p. 61, EGW).

“Este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus


Cristo, não somente com água, mas com água e com sangue. E
o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade.
Pois há três que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue,
e os três são unânimes num só propósito. Se admitirmos o
testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; ora,
este é o testemunho de Deus, que ele dá acerca de seu Filho.
Aquele que crê no Filho de Deus tem em si o testemunho ... e o
testemunho é este, que Deus nos deu vida eterna, e esta vida
15

está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida, aquele que
não tem o Filho de Deus não tem a vida”.(I Jo 5:6-12).

[a] Na ordem das três testemunhas, que são unânimes, o


Espírito é a primeira (água e sangue).

[b] Ele pode dar o testemunho porque o Espírito, não só fala a


verdade, mas Ele mesmo é a verdade.

[c] O testemunho aparece em três níveis:

[1] Quem crê no Filho tem o testemunho.

[2] A vida eterna, que está no Filho, é uma dádiva do Pai.

[3] Quem, pela fé, tem o Filho de Deus tem a vida.

[d] O testemunho do Espírito, portanto, vida infundir no cristão


que a fé no Filho – que veio pela água do seu batismo e
pelo sangue do seu sacrifício – dá-lhe a certeza da vida
eterna, dádiva do Pai através do Espírito Santo.

[L] – Glorifica a Cristo.

“Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de


anunciar”. (Jo 16:14).

“Disse Jesus a respeito do Espírito. “Ele me glorificará. O Salvador veio


para glorificar o Pai pela demonstração de Seu amor; assim o Espírito
havia de glorificar a Cristo, revelando ao mundo a sua graça. A própria
imagem de Deus tem de ser reproduzida na humanidade. A honra de
Deus, a honra de Cristo, acham-se envolvidas no aperfeiçoamento do
caráter de seu povo”. (DTN, EGW, p. 647).

“O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da
letra, mas de Espírito, porque a letra mata, mas o Espírito vivifica. E se o
ministério da morte, gravado com letras em pedras se revestiu de glória ...
como não será de maior glória o Ministério do Espírito ... em muito maior
16

proporção será glorioso o ministério da justiça ... neste respeito já não


resplandece, diante da atual sobrexcelente glória. Porque, se já o que
desvanecia, teve a sua glória, muito mais glória tem o que é
permanente... Mas até hoje, quando é lido Moisés o véu está posto sobre
o coração deles. Quando, porém, alguém se converte ao Senhor, o véu
lhe é tirado. Ora o Senhor é o Espírito ... E todos nós ... contemplando ...
a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na Sua
própria imagem como pelo Senhor, o Espírito”. (II Co 3:6-18).

“E disto nos dá testemunho também o Espírito Santo porquanto após ter


dito: Esta é a aliança que porei com eles depois daqueles dias...” (Hb
10:15,16).

[1] Colocarei minha lei em seus corações.


[2] Aos seus pecados me não lembrarei – perdão.

[a] O Espírito Santo glorifica a Cristo porque aquilo que Ele recebe
de Jesus, isso mesmo Ele anuncia.

[1] Assim como Jesus glorificava o seu Pai pela demonstração


do amor, que Ele (Pai) possuía, assim também o Espírito
Santo glorifica a Jesus por revelar aos homens a Sua
graça.

[a] Jesus glorifica o Pai pela demonstração do amor do Pai


em seu ministério.

[b] O Consolador glorifica o Filho pela revelação de Sua


graça ao mundo em seu ministério.

[2] O ministério do Espírito é também chamado de Ministério da


Nova Aliança ou Ministério da Justiça.

[a] Ele é mais glorioso do que o ministério da lei.

[b] No primeiro, pelo Espírito a lei é gravada no coração dos


homens.
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[c] No segundo, pela mão de Deus, a lei é gravada, de


forma gloriosa na pedra.

[d] A glória do Ministério da Justiça do Espírito é


permanente.

[e] A glória do Ministério da Lei é esvaecente.

[b] A glória do Ministério do Espírito só é percebido pelos que se


convertem.

[1] E esta glória é crescente no coração do homem pela


contemplação.

[a] Pela contemplação do Senhor somos transformados a


Sua própria imagem, através do Espírito.

[2] Pela conversão percebemos a glória do Ministério do


Espírito.

[3] Pela contemplação aumentamos a glória deste Ministério


em nós.

[a] Efetuar em nós a formação da imagem de Deus.

[4] Tudo isto só é possível porque pela Nova Aliança no


Ministério do Espírito, Deus o Pai não mais se lembra dos
nossos pecados. É o perdão total de todos os pecados.

III- O ESPÍRITO SANTO E OS DONS ESPIRITUAIS

[A] – OS DONS E A UNIDADE DA IGREJA.

[1] Toda vez que Paulo fala dos dons espirituais, ele os relaciona com
a Igreja, como sendo um só corpo unido. “Assim também nós,
conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo...” (Rm 12:5).
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“... fostes chamados em um só corpo”. (Cl 3:15).

“Há somente um corpo e um Espírito”. (Ef 4:4).

“... e todos os membros, sendo muitos constituem um só


corpo”. (I Co 12:12,13).

“... a favor do seu corpo, que é a Igreja”. (Cl 1:24).

[2] Esta unidade é importante para o eficaz desempenho dos dons


espirituais, e da Missão. Ela manifesta-se em 7 aspectos:

[a] Ef 4:4-6:

[1] Há somente um corpo


[2] Um Espírito
[3] Uma só esperança da vossa vocação.
[4] Um só Senhor
[5] Uma só fé
[6] Um só batismo
[7] Um só Deus e Pai de todos que é sobre todos, que age
por meio de todos, que está em todos.

[B] – A igreja enquanto corpo de Cristo apresenta três princípios de ação,


que com a UNIDADE são: DIVERSIDADE E COOPERAÇÃO.

[1] A diversidade na ação tríplice do Espírito Santo.

I Co 12:4-6

[a] A diversidade de dons relacionados com o mesmo Espírito.


(I Co 12:4).

[b] A diversidade de serviços relacionados com o mesmo


Senhor. (I Co 12:5).

[c] A diversidade de realizações relacionados com o mesmo


Deus. (I Co 12:6).

[2] O dom é uma capacidade espiritual específica.

[3] O serviço é a esfera em que o Dom é exercido.


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[4] A realização é o grau de poder em que um Dom se manifesta em


um dado serviço.

[5] Os dons, serviços e realizações devem atuar numa relação de


cooperação mútua, para preservar a unidade, sendo assim mais
eficientes. (I Co 12:12-27).

1) UNIDADE (1Co
12:12-14) 2) DIVERSIDADE (1Co
UM SÓ CORPO 12:14-20)
MUITOS MEMBROS

3) COOPERAÇÃO (1Co
12:21-27)
OS MEMBROS
COOPERAM

UNIDADE NA DIVERSIDADE
só é possível pela
cooperação mútua dos que
receberam os dons.
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[C] – O ESPÍRITO SANTO É SOBERANO NO DISTRIBUIR OS DONS


NO CORPO DE CRISTO.

[1] Ele o faz individualmente.

[2] Ele os distribui como lhe agrada. (I Co 12:11).

[3] Visando sempre um fim proveitoso, na manifestação dos dons.

[D] – ATRAVÉS DA DISPENSAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO, JESUS


CAPACITA SUA IGREJA COM DONS, TENDO OBJETIVOS
DETERMINADOS. (Ef 4:10-16).

[1] aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço.

[2] Edificação do corpo de Cristo.

[3] Unidade da fé.

[4] Maturidade cristã.

[5] Crescimento do corpo em amor.

[6] Crescimento moral.

[a] Individual (Ef 4:17-32; 5:1-21).


[b] Conjugal (Ef 5:22-33).
[c] Familiar (Ef 6:1-4).
[d] Social (Ef 6:5-9).

[E] – O EXERCÍCIO DOS DONS.

[1] Deve edificar a Igreja. (I Co 14:12,26).

[a] Interna e externamente.

[2] Deve ser realizado com decência e ordem. (I Co 14:40).

[3] Deve ser realizado na atmosfera do amor. (I Co 13).


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[F] – OS DONS QUE DEUS TEM DADO AO SEU POVO.

[1] Rm 12:6-8.

[a] Profecia
[b] Ministério
[c] Ensino
[d] Exortação
[e] Liberalidade
[f] Liderança
[g] Misericórdia

[2] I Co 12:8-12.

[a] Sabedoria
[b] Conhecimento
[c] Fé
[d] Cura
[e] Milagres
[f] Profecia*
[g] Discernir espíritos
[h] Línguas
[i] Interpretação

[3] I Co 12:28.

[a] Apóstolos
[b] Profetas*
[c] Mestres*
[d] Milagres*
[e] Curas*
[f] Socorros
[g] Governos

[4] Ef 4:11.

[a] Apóstolos*
[b] Profetas*
[c] Evangelistas
[d] Pastores
[e] Mestres*

[5] I Pe 4:11

[a] Falar*
[b] Servir*

OBS.: * Indica dom repetido.


22

[6] Temos assim cerca de 20 dons dados pelo Espírito Santo que
podem se combinar numa proporção infinita.

[G] – DONS ESPIRITUAIS E TALENTOS.

[1] Dom é uma capacidade espiritual, dada pelo Espírito Santo.


Aquilo que devemos fazer.

[a] Apóstolos, mestres, profecia, milagres, etc.

[2] Talento natural é uma capacidade natural, herdada ou adquirida.


Aquilo que temos facilidade de fazer.

[a] Cantar, pintar, escrever, tocar, etc.

[b] Os talentos naturais devem ser canalizados para a Missão


da Igreja.

[3] Cumpre a cada cristão, ajudado pela Igreja definir para si qual ou
quais os dons e talentos que possui com o fim de ajudar na
Missão da Igreja.

IV– A MISSÃO DA IGREJA NO LIVRO DE ATOS

Introdução:
A Escritura declara em Mt 24:14:

“Será pregado este evangelho do reino por todo mundo, para testemunho
a todas as nações. Então virá o fim”.

Em S. Marcos é dito. “E disse-lhes: ide por todo o mundo e pregai o


evangelho a toda criatura.”

[A] O ALCANCE DA MISSÃO É:

[1] Todo o mundo.

[2] Todas as nações.


23

[3] Toda criatura.

O nosso escopo é mundial e a toda criatura. Cada homem em


todo o mundo precisa ouvir o EVANGELHO DO REINO.

[B] Como estamos nós em nossa Missão? A quantas nações e


pessoas nos faltam pregar para que o Salvador venha?

[C] A população do mundo.

[1] O crescimento populacional continua a crescer rapidamente.


Na época de Cristo a população do mundo estava em
torno de 250 milhões de habitantes. Para que esta
população duplicasse o seu número passaram-se 1.500
anos, então tivemos 500 milhões de seres humanos. Esta
foi a época do Movimento de Reforma Luterana, e os
protestantes em geral (1) não tinham, nesta época, uma
visão missionária agressiva. No fim do século XVIII,
quando Guilherme Carey partiu para evangelizar a Índia, o
número de pessoas duplicou mais uma vez, e alcançamos
o número de 1 bilhão de habitantes.

[2] Na época da Conferência Missionária de Edimburgo, 1910,


a população duplicara uma vez mais e ultrapassara a 2
bilhões de criaturas. Hoje somos cerca de 6 bilhões de
habitantes.

6.000.000.000

5.000.000.000

4.000.000.000

3.000.000.000

2.000.000.000

1.000.000.000

0
Cristo [30] Lutero Carey Edimburgo Hoje [1999]
[1515] [1793] [1910]
24

2.000.000.000
Cristãos

Não Cristãos
(Que vivem
com os
cristãos)

2.000.000.000 2.000.000.000
Não Cristãos
(Que vivem
separados
dos cristãos)

,
[D] Ora, no ritmo e modo que prossegue a evangelização mundial e
nacional, isto nos leva a admitir que a promessa da vinda de
Cristo não está tão perto como se costuma declarar, a menos que
mudemos a situação interna da Igreja.

[1] A evangelização do mundo é possível e viável? Ou Deus


deu uma tarefa impossível, ou não é esta a nossa tarefa?

[2] Das 3 possibilidades, só a primeira é verdadeira: A


EVANGELIZAÇÃO É POSSÍVEL. A MISSÃO É POSSÍVEL.

[a] A base para se dizer isso está fundamentado na


Revelação: Cl 1: 6-23; At 5:28.

[b] Portanto, os princípios e métodos de evangelização da


Igreja Apostólica, formam o padrão da MISSÃO DA
IGREJA ADVENTISTA.

[c] Este padrão parece, predominantemente, no livro de


Atos.

[3] Esta necessidade de mudança é atestada no discurso de


Billy Grahan, no Congresso Internacional de Evangelização
Mundial, realizado em Lausanne, Suíça, quando disse:
25

[a] “A razão pela qual os grandes movimentos missionários


do século XIX produziram impacto duradouro no
mundo, foi o fato de terem sido internamente fortes.
Eles sabiam em que acreditavam, e estavam resolvidos
a proclamá-lo ao mundo. Precisamos orar para que nós
também possamos experimentar esse mesmo tipo de fé
e urgência. Missão da Igreja no Mundo Hoje, ABU, SP,
Brasil, 1982.

O Conteúdo Da Mensagem E Da Vida Da Igreja Apostólica

[A] CRISTO

[1] Somente Jesus Cristo, a expressão “o nome” faz referência a


Jesus no livro de Atos 34 vezes. A Ele é sempre creditado todo o
mérito de tudo quanto foi operado pela Igreja Primitiva, no
exercício de sua Missão.

[2] Segundo o livro de Atos dos Apóstolos (At 1:1-3, 10, 11), e difusão
do cristianismo tem como fundamento “tudo que Jesus começou
não só a fazer, mas ensinar ...”, e este quadro acrescenta-se a
promessa de sua vinda, e o tema único dos dezoito sermões
constantes neste livro – Cristo, o Messias pela Ressurreição dos
Mortos.

[3] Assim, o primeiro tratado de Lucas e a maneira como a Igreja


Primitiva o recebeu formam o primeiro elemento da expansão do
cristianismo primitivo. Este foi o conteúdo da mensagem que
abalou o mundo antigo.

[4] O Espírito de Profecia refere-se ao assunto como segue:

“O nome de Cristo deve ser a senha, a insígnia, o laço de união,


a autoridade para sua norma de prosseguimento e sucesso ...”
(AA, 28).
26

“A ambição dos crentes era revelar o caráter de Jesus Cristo,


bem como trabalhar pelo desenvolvimento de seu reino .” (AA,
48).

“Nas palavras ‘unicamente a Jesus’ (Mt 17:8), está contido o


segredo da vida e do poder que marcaram a história da Igreja
Primitiva.” (AA, 64)

“Se os que hoje, estão ensinando a Palavra de Deus, exaltassem


mais e mais a Cruz de Cristo, haveria um maior sucesso em seu
ministério.” (AA, 209).

“Cristo era o principal tema de sua pregação, conversação e


ensino ...” (AA, 157).

[5] As instruções finais de Cristo, durante os quarenta dias, após sua


ressurreição foram concernentes ao Reino de Deus. Isto está em
evidente relação com os fatos ocorridos em Lc 24:13-53, cf. At
1:3,4, quando Cristo se apresenta, no caminho de Emaús aos
discípulos, com base no Antigo testamento, como o Servo-
Sofredor, como o Senhor ressurrecto, e o Intercessor.

“... O apóstolo (Pedro a Cornélio) pregou a Cristo – Sua vida,


Seus milagres, Sua traição e crucifixão, Sua ressurreição e
ascensão, Sua obra no céu como representante e advogado do
homem. Ao indicar Jesus aos presentes como única esperança
do pecador ...” (AA, 138).

[B] – ESPERAR A PROMESSA DO ESPÍRITO SANTO.

[1] Apesar de toda esta introdução, os membros reunidos


perguntaram sobre a data do restabelecimento político e militar
de Israel. Cristo queria dar poder espiritual e eles se
preocupavam com a cronologia, reservada ao Pai
exclusivamente. “Não vos compete conhecer o tempo ou as
épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade.” Foi a
resposta de Jesus. (At 1:6,7).
27

[2] Em ocasião a esta preocupação, Cristo repete a promessa:


“Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo”. (At
1:6). Para o recebimento da provisão foi dada uma ordem: “...
ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais
revestidos de poder”. (Lc 24:49). “... determinou-lhes que não se
ausentassem de Jerusalém, e esperassem a promessa do Pai.”
(At 1:4).

[3] A primeira ordem para evangelizar é esperar.

Não se pode anunciar, sem “ficar”, não se ausentar de


“Jerusalém”. Esperar antes de ir, antecede ao ministério da
Palavra, o da Oração. Estudar a Escritura e orar são os únicos
meios para equipar o obreiro com a palavra autoritativa.

[a] “Os que trabalham pelas almas têm de alcançar um


conhecimento mais profundo, mais amplo e claro de Deus
do que pode ser obtido pelo esforço ordinário... se
quiserem ganhar almas como recompensa, precisam
apegar-se firmemente a Deus, recebendo diariamente,
poder e graça da fonte de toda bênção.” (AA 205, 206).

“Todos estes (120) perseveraram unanimemente em


orações e súplicas...” (At 1:14).

[b] A Promessa e a Súplica.

“Esperaram em Jerusalém a promessa do Pai... Não


esperaram ociosos... Esperaram sempre no templo,
louvando e bendizendo a Deus... Para apresentar seus
pedidos ao Pai... Em solene reverência, ajoelharam em
oração, repetindo a promessa: “Tudo quanto pedirdes a
Meu Pai, em Meu nome, Ele vo-lo há de dar”. (AA 35).

“Confiaram no poder do Espírito Santo para tornar eficaz a


Palavra da Vida.” (AA 158).
28

[c] Extensão da Promessa.

“Promessa do Espírito Santo não é limitada a algum século


ou raça. Cristo declarou que a divina influência do Seu
Espírito estaria com os seus seguidores até o fim... Quanto
mais intimamente os crentes andam com Deus, tanto mais
clara e poderosamente testificam do amor do Redentor.”
(AA 49).

[d] A promessa do Espírito e o Crescimento.

“Quando quer que assuntos de menor importância ocupem


a atenção, o divino poder, preciso para o crescimento e
prosperidade da Igreja, e que haveria de trazer após si
todas as demais bênçãos está faltando, ainda que
oferecido em infinita plenitude.” (AA 50).

[e] A promessa do Espírito e a Missão.

“Cada obreiro devia fazer uma petição a Deus pelo batismo


diário do Espírito. Grupos de obreiros cristãos se devem
reunir para suplicar auxílio especial, sabedoria celestial,
para que saibam como planejar e executar sabiamente.
Especialmente devem eles orar para que Deus batize seus
embaixadores escolhidos nos campos missionários, com
uma rica medida do Seu Espírito. A presença do Espírito
com os obreiros de Deus dará à proclamação da verdade
um poder que nem a honra ou a glória do mundo dariam.”
(AA 51).

[f] A comunhão e a Promessa do Espírito Santo.

“A menos, porém, que os membros da Igreja de Deus,


hoje, estejam em viva associação com a fonte de todo
conhecimento espiritual, não estarão prontos para o tempo
da ceifa.” (AA 55).
29

[g] Maneira Diária de Receber.

“Manhã após manhã, ao se ajoelharem os arautos do


evangelho perante o Senhor, renovando-lhe seus votos de
consagração, Ele lhes concederá a presença de Seu
Espírito com Seu poder vivificante e santificador. (AA 56).

[h] Sucesso – Segredo.

“Para que pudessem ter sucesso em sua obra, eles


receberam o poder do Espírito Santo.

“Não pelo poder humano ou humana sabedoria, devia o


evangelho ser proclamado, mas pelo poder de Deus”. (AA
109).

[4] O segredo do expansionismo apostólico se deveu a uma vida e a


um ministério centrados em Cristo, sob o poder do Espírito Santo.
Viver e anunciar a Jesus Cristo no influxo do Espírito, com base
no ministério da Palavra e da Oração estava, e está o segredo do
sucesso na obra de salvar almas.

[C] – A UNIDADE DA IGREJA

[1] Outro elemento importante do êxito apostólico estava na unidade


da totalidade: “todos perseveraram na oração”, “todos estavam
unidos, encheu-se toda a casa em que estavam assentados”,
“todos foram cheios do Espírito Santo”, “línguas de fogo sobre
cada um deles”, e “todos começaram a falar noutras línguas”.
Todos receberam a promessa e todos a anunciaram, e dos que
ouviram todos se maravilharam. A dinâmica espiritual constitui-se
de : toda a promessa, todos reunidos e unidos, todos anunciando
a todos, todos se maravilham e milhares se convertem.

[a] O êxito e a unidade.


30

“Para conduzir ao êxito a obra para a qual haviam sido


chamados, esses homens, diferindo em características
naturais e hábitos de vida, necessitaram chegar à
UNIDADE DE SENTIMENTOS, PENSAMENTOS E
AÇÃO”. (AA, 20).

[b] O Plano de Satanás e a Unidade.

“Satanás sabia que, enquanto esta união continuasse a


existir, ele seria impotente para deter o progresso da
verdade evangélica, e procurou tirar vantagens de
anteriores hábitos de pensar, na esperança de que por
este meio pudesse introduzir na Igreja elementos de
desunião.” (AA, 88).

[c] Condições para se efetuar a missão.

“Todo agente estará subordinado ao Espírito Santo, e todos os


crentes unidos num esforço organizado e bem dirigido para
dar ao mundo as alegres novas da graça de Deus.” (AA,
164).

[D] – A FINALIDADE DA DINÂMICA ESPIRITUAL é que eles se tornem


testemunhas”... recebereis a virtude do Espírito Santo que há de vir sobre
vós, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a
Judéia e Samaria, até aos confins da Terra”. (At 1:8).

[1] A promessa e a missão são feitas a nível de uma congregação


local, no caso aos 120 reunidos em uma casa em Jerusalém (ora,
a multidão era de quase 120 reunidos). (At 1:15). A mensagem
deve ser apresentada por indivíduos como testemunhas a outras
pessoas. Cada pessoa alcançada torna-se uma testemunha.

[2] De forma visível, audível e sobrenatural Deus cumpriu sua


promessa, para torná-los testemunhas da ressurreição. Isto se
deu após dez dias de comunhão com Deus. Assim receberam a
promessa habilitante para difusão do cristianismo. Deus habilitou
31

sua Igreja para o expansionismo pelo poder do Espírito Santo,


dando-lhe o Dom necessário, fazendo uso do momento oportuno,
uma festa nacional, quando houve grande ajuntamento com um
objetivo religioso, o pentecostes. (At 2:1-23). No habilitar a Igreja
e seus membros com o Dom propício para uma hora propícia, na
junção do trabalho pessoal com o público através de homens
convertidos na escola da vida cristã, está outros segredo. Daí
resultarem uma cadeia quantitativa, qualitativa e orgânica na
Igreja.

[E] – CRESCIMENTO QUANTITATIVO

[1] At 1:15 – A Primeira Igreja começou com 120 membros.

[2] At 2:41,42 – 3.000 foram batizados.

[3] At 4:4 – 5.000 homens.

[4] At 5:14 – Multidão de homens e mulheres.

[5] At 21:20 – Miríades de Judeus. (Miríades = 10.000).

[6] At 16:5 – Multiplicação de igrejas.

[F] – O CRESCIMENTO QUALITATIVO – É, a um tempo, a força que


propicia o crescimento quantitativo e o mantém. Ele consiste em: At 2:41-
47.

[1] Perseverar

[a] Na doutrina dos apóstolos.


[b] Na comunhão.
[c] No partir do pão.
[d] Nas orações.

[2] Temor

[a] Havia em toda alma.


[3] União

[a] Estavam juntos.


32

[b] Tinham tudo em comum.

[4] Liberalidade e Assistência Social

[a] Vendiam seus bens e repartiam com os mais necessitados.

[5] Comunhão com Deus

[a] Todos os dias perseveravam unânimes no templo.


[b] Louvavam a Deus.

[6] Relacionamento com a Sociedade

[a] Caindo na graça de todo o povo.

[G] – MORDOMIA NA MISSÃO DA IGREJA

[1] O conceito de Mordomia está bem desenvolvido no NT. É a


administração de uma casa, em que se verifica se os servos
fazem o trabalho designado, que produz os frutos esperados. A
mordomia espera resultados. Se não há resultados o mordomo
está sujeito ao juízo do seu senhor. Como mordomos devemos
trabalhar pelo resultado e esperá-lo. Se nossas colheitas não
atingem nossas expectativas, devemos examinar o nosso
trabalho.

[a] Lavrador – Lc 20:9 e 19.


[b] Viticultor – Lc 13:6-9.
[c] Agricultor – Lc 8:4-15.

[2] No livro de Atos sob a forma de contraste do bom e mau


mordomo, Deus ensina o valor da fidelidade à missão. São
comparadas, aqui na Igreja apostólica José Barnabé com
Ananias e Safira. (At 4:32 a 5:11). Os bens materiais só tinham
sentido se de alguma forma conduziam para a realização da
Missão.

[a] A administração dos bens e a Missão.


33

[1] “Um comum interesse os guiava – a missão a eles


confiada – e a avareza não tinha lugar em sua vida.”
(AA, 71).

“Dinheiro, tempo e influência – todos os dons que


receberam das mãos de Deus – só eram por Ele
apreciados quando usados como meio de fazer avançar
a obra evangélica.” (AA, 71).

[2] “Toda vez que isto acontece as verdades terão poderosa


influência sobre os ouvintes.” (AA, 71).

[3] “Deus tem feito depender a proclamação do evangelho


do trabalho e dos donativos do Seu povo.” (AA, 74).

[4] “Todos os que receberam o evangelho receberam a


sagrada verdade para repartir ao mundo.” (AA, 109).

[b] Estes consagram seus recursos, usam seus talentos e


empenham-se em laboriosos esforços.

[1] “Os que nela se empenham com seriedade de propósito,


verão almas salvas para o Salvador, pois a influência
que acompanha a atividade prática da divina missão é
irresistível. (AA, 110).

[2] “Ide em meu nome ajuntar na Igreja a todos quantos


creram, deixou claro perante eles a necessidade de
manterem simplicidade. Quanto menor a ostentação e o
exibicionismo, maior seria sua influência para o bem.
Os discípulos deviam falar com a mesma simplicidade
que Cristo havia falado.” (AA, 28).

[H] – DONS ESPIRITUAIS E A MISSÃO – At 3:1 a 4:4.

[1] Da cura do coxo de nascença, junto à porta Formosa realizada


por Pedro na companhia de João, sobressai mais um princípio
34

gerador de crescimento. Para homens dotados de dons


sobrenaturais, resultantes da plenitude do Espírito Santo, o
dinheiro é circunstancial e a operação de sinais constitui-se na
melhor propaganda para o anúncio do evangelho para as
grandes multidões e para as classes privilegiadas e mais
discriminadas da sociedade.

[2] A ausência de dinheiro não limita o resultado da proclamação.


Para uma igreja em crise de qualquer tipo, a solução se encontra
em homens possuídos pelo Espírito Santo, que podem operar
sinais e maravilhas conforme a vontade de Deus.

[3] O acontecimento gerou na igreja unanimidade no louvor a Deus e


súplica para socorro da igreja. E o socorro era para falar com
ousadia face às ameaças, e continuar operando em nome de
Jesus Cristo os sinais e maravilhas. A resposta de Deus foi
imediata, enchendo-os com Seu Espírito. (At 4:23-31).

[a] Os recursos apostólicos e a Missão.

“Os discípulos não passavam de homens humildes, sem


dinheiro e sem nenhuma outra arma que não a Palavra de
Deus... Sem honra ou reconhecimento terrestres, foram
heróis da fé.” (AA, 77).

[b] Dois tipos de recursos.

“Todo membro era exortado a bem desempenhar sua


parte. Cada qual devia fazer sábio uso dos talentos a ele
confiados. Alguns foram dotados pelo Espírito Santo com
dons especiais... Todas estas classes de obreiros, porém
deveriam trabalhar em harmonia.” (AA, 85).

[c] Exercício dos dons.

“A estes (diáconos) humildes, bem como aos apóstolos e


discípulos,... fora confiado o precioso encargo(missão)... O
35

Senhor operava por meio deles. Aonde quer que iam, os


doentes eram curados. E havia alegria naquela cidade.”
(AA, 106).

[d] Todos convidados a usar seus talentos.

“Conquanto esteja no plano de Deus que obreiros


escolhidos, de consagração e talentos, sejam estacionados
em importantes centros de população para realizar
conferências públicas, é também o seu propósito que os
membros da igreja que vivem nas cidades usem seus
talentos que Deus lhes deu trabalhando em favor das
almas.” (AA, 156).

[e] A diversidade dos talentos e a Missão.

“Deus está chamando não somente ministros, mas


também médicos, enfermeiros, colportores, obreiros
bíblicos, e outros consagrados membros da igreja,
possuidores de diferentes talentos, que tenham
conhecimento da Palavra de Deus e possuam o poder de
sua graça, para que considerem as necessidades das
cidades não advertidas.” (AA, 159).

Todos os meios devem ser postos em operação, para que


as oportunidades atuais sejam, sabiamente aproveitadas.
(AA, 269).

[4] No crescimento da igreja o dinheiro tem que ser circunstancial. A


igreja não pára quando não há dinheiro. Somente homens,
cheios do Espírito Santo, habilitados com dons espirituais, são
imprescindíveis. O resultado que colhe tal igreja é crescimento
numérico inevitável. (At 4:4).
36

[ I ] – MINISTÉRIO DA PALAVRA E DA ORAÇÃO. (At 6:1-7).

[1] O prioritário na igreja é administração dos bens espirituais, que


são ministério da Palavra e da Oração. “Não é razoável que
deixemos a Palavra de Deus e sirvamos às mesas...” “Nós
perseveraremos na oração e no ministério da Palavra.” (At 6:2,4).

[2] O ministério da Palavra está constituída de:

[a] Estudo da Palavra.

[b] Apresentação Pública da Palavra.

[c] Apresentação Pessoal da Palavra.

[1] O Estudo.

“A magnitude da obra que lhe estava diante levou-o a


dedicar muito estudo às Escrituras Sagradas, a fim de
que pudesse pregar o Evangelho.” (AA, 138).b

“Pedro, Tiago e João... trabalhavam, testificando do que


tinham visto e ouvido, e apelando para a multiforme
palavra dos profetas num esforço de persuadir (Casa de
Israel)... que a esse Jesus a quem os Judeus
crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo. (AA, 165).

[3] Obra Pessoal.

“Em toda sua obra (de Cristo), Ele os estava preparando para
trabalho individual, que devia ser expandido à medida que seu
número aumentasse.” (AA, 32).

“Os esforços do apóstolo não estavam restringidos à pregação


pública; muitos havia que não poderiam ser alcançados desta
maneira. Ele despendeu muito tempo no trabalho de casa em
casa. Visitava os enfermos e tristes, confortava os aflitos,
animava os oprimidos.” (AA, 250).
37

[4] Obra Pública e Pessoal.

“Apolo estava desejoso de ir para Acaia... Seguiu para Corinto,


onde, em trabalho público e de casa em casa... convencia os
judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo.” (AA,
270).

“O trabalho de Paulo estava concluído... Havia ele ensinado o


povo de casa em casa e em público, instruindo-os e advertindo-
os com muitas lágrimas.” (AA, 290).

[5] A evangelização pública e pessoal eram o método básico da igreja


apostólica. A proclamação no templo, e de casa em casa, todos
os dias, eram a estratégia da igreja primitiva.

[J] – PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO E A MISSÃO.

[1] O ministério da Palavra e da Oração são a prioridade maior na


Igreja. Por causa disso era necessário delegar a outros os
cuidados das necessidades e dos interesses financeiros da
Igreja. Então surgiu a função do diácono para cuidar destes dois
aspectos da Igreja.

[a] Necessidades Individuais.

[b] Interesses Financeiros.

[2] Causas da Nova Ordem Administrativas.

[a] “Os discípulos tinham chagado a uma crise em sua


experiência... A Igreja se ampliava de contínuo, e este
crescimento em membros representava constante aumento
de trabalho. Havia uma necessidade de uma redistribuição
de responsabilidades que tão fielmente tinham sido
levados por uns poucos...” (AA,88).

[b] “Chegou o tempo..., em que os chefes espirituais...


deveriam ser aliviados da tarefa de distribuir aos pobres, e
38

de outros encargos semelhantes, de modo que pudessem


estar livres para levar avente a obra de pregar o
evangelho.” (AA, 89).

[c] Resultado.

“..., e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos


discípulos... Essa messe de almas tanto era o resultado de
maior liberdade assegurada aos apóstolos, como o zelo e
o poder mostrados pelos sete diáconos.” (AA, 90).

[3] A escolha de homens para esta nova função devia seguir dois
tipos de exigências: pessoas habilitadas por condições próprias
para ocupar a responsabilidade e que preenchessem os
princípios de governo esboçados no VT. Deveriam ser homens
adaptados a lidar com os helenistas que amassem o trabalho de
cuidar dos pobres e preenchessem as qualidades de um líder
que conduz a Igreja ao crescimento.

[a] A base para escolha de homens.

“Na obra de ordenar as coisas em todas as igrejas, e na


ordenação de homens capazes, para agir como oficiais, os
apóstolos se orientaram pelas altas normas de governo
esboçado no VT.” (AA, 95).

[b] As qualidades destes homens devem ser:

[1] Distribuir as responsabilidades.


[2] Homens de verdade.
[3] Homens capazes, tementes a Deus.
[4] Aborreçam a avareza.
[5] Dignidade.
[6] São juízo.
[7] Experiência.
[8] Saber ouvir.
[9] Julgar justamente.
[10] Destemido.
39

[4] Como Davi, eles deveriam guardar todos os mandamentos de


Deus. deveriam conhecer a Deus, e servi-lo com coração perfeito
e voluntário, um homem que busque a Deus. (I Tm 3:2-7 e 8-10,
12,13).

[a] “Negligenciar ou desprezar àqueles que Deus designou


para arcar com as responsabilidades da direção ligada ao
progresso da verdade, é rejeitar o meio ordenado por Ele
para auxílio, animação e fortalecimento de Seu povo.” (AA,
164).

[b] Os fatores de crescimento – Crescimento Orgânico.

“Como importante fator de crescimento espiritual dos


novos conversos, os apóstolos tiveram o cuidado de cercá-
los com a salvaguarda da ordem evangélica. As igrejas
eram devidamente organizadas em todos os lugares...
Eram indicados oficiais para cada igreja, e ordem e
sistemas próprios eram estabelecidos para que se
conduzissem todas as atividades, pertinentes ao bem estar
espiritual dos crentes.” (AA, 186).

[L] – PERSEGUIÇÃO, O MÉTODO DA PENETRAÇÃO.

[1] A Igreja dotada de dons e talentos, e organizada, traz em seu bojo


o conseqüente crescimento. E tudo isto gera uma estratégia de
emergência permitida por Deus, contudo não gerada por Ele. O
preço do crescimento espiritual – a plenitude do Espírito – e do
crescimento numérico é a PERSEGUIÇÃO – a herança do
evangelho.

[2] O zelo do fanatismo judaico e os melindres do Império Romano


com seu domínio e sua autoridade, trouxeram o sofrimento à
Igreja Apostólica. Esta foi a causa externa da perseguição da
Igreja, não necessariamente causada por Ele. Enquanto por outro
lado, houve uma causa interna. O crescimento, repentino e
40

explosivo da Igreja em Jerusalém, trouxe um excessivo cuidado


em proteger a Igreja dos ataques inimigos, ao passo que se
descuidava do trabalho interno de toda a Igreja e de prepará-la
para a tarefa da evangelização.

[a] Causas e Finalidades da Perseguição.

“A perseguição que sobreveio à Igreja de Jerusalém


resultou em grande impulso para obra do evangelho. O
êxito havia acompanhado o ministério da Palavra neste
lugar, e havia ali o perigo de que os discípulos ali se
demorassem por muito tempo... Esquecidos de que a
fortaleza para resistir ao mal é melhor obtida pelo trabalho
intenso, começaram a pensar que não havia para eles
trabalho tão importante como o de escudar a Igreja de
Jerusalém dos ataques do inimigo. Em lugar de instruir os
novos conversos para levarem o evangelho aos que não o
haviam ouvido, estavam em perigo de tomar um caminho
que os levaria a se sentirem satisfeitos com o que já
tinham alcançado. Afim de espalhar seus representantes
por outras partes do mundo, de maneira que pudessem
trabalhar por outros, deus permitiu que lhes sobreviesse a
perseguição.” (AA, 105).

[b] Penetração e Perseguição.

“Após haverem sido os discípulos expulsos de Jerusalém


pela perseguição, a mensagem do evangelho espalhou-se
rapidamente pelas regiões que ficavam além das fronteiras
da Palestina; e muitos grupos pequenos de crentes se
formaram em importantes centros.” (AA, 155).

[c] Perseguição x Satanás.

“Não é sem luta que Satanás permite ser o reino de Deus


estabelecido na Terra. As forças do mal estão empenhadas
41

em incessante luta contra os instrumentos indicados para


disseminar o evangelho e esses poderes das trevas são
especialmente ativos quando a verdade é proclamada
diante dos homens de reputação... Desta maneira sempre
trabalha o inimigo caído para conservar em suas fileiras
homens de influência que, se convertidos, prestariam
eficiente serviço à causa de Deus...” (AA, 167).

[d] Maneiras de Satanás Agir.

“Os que pregam a verdade de Deus encontrarão o


astucioso inimigo por muitas diferentes formas. Algumas
vezes será na pessoa de um erudito, mas na maioria delas
por intermédio de homens ignorantes, a quem Satanás
treinou para se tornarem eficientes instrumentos no
enganar as almas.” (AA, 169).

[3] A perseguição, assim, é método e conseqüência do crescimento


numérico, qualitativo e orgânico. É o grande princípio por Ele
permitido; é a dispersão para testemunho e conversão.

[a] O resultado das perseguição.

“Haviam encontrado oposição e perseguição, mas a


intervenção da providência em seu favor, e a conversão
do carcereiro e de sua casa, foi mais do que suficiente
para cobrir a desventura e o sofrimento que haviam
suportado. As novas de sua injusta prisão e milagroso
libertamento tornaram-se conhecidos em toda região, e
isto levou a obra dos apóstolos ao conhecimento de
grande número que, de outra maneira, não seriam
alcançados.” (AA, 218).

[M] – AS CRISES NA IGREJA APOSTÓLICA.

[1] A Igreja do primeiro século passou por algumas crises:


42

[a] Crise Administrativa.


[b] Crise Doutrinária.
[c] Crise Relacional.
[d] Crise de fidelidade.
[e] Crise Missiológica.

[2] A Crise Administrativa foi gerada pelo excesso de trabalho


assumido pelos apóstolos, que os levou a não tratar justamente
as viúvas dos helenistas.

[3] A Crise Doutrinária teve como causa a imposição da lei como


condição para salvação por parte dos judeus convertidos ao
cristianismo.

[4] A Crise Relacional ocorrida entre Paulo e Barnabé se deu em


função da discórdia de ambos quanto ao ministério de João
Marcos.

[5] A Crise de Fidelidade ocorreu devido ao desejo de ostentação


exterior de santidade, com o objetivo de alcançar projeção social.
Numa sociedade religiosa, santidade significa prestígio. Em cada
caso houve solução diferente, e uma conseqüência única.

[6] E a solução estava em dar a primazia à prioridade.

[a] Na Crise Administrativa a prioridade foi dada ao ministério


da Palavra e da Oração enquanto o problema material foi
entregue aos diáconos.

[b] Na Crise Doutrinária a prioridade exclusiva foi dada à


salvação pela graça mediante a fé (At 15:11), sendo uma
decisão dos apóstolos e anciãos das igrejas.

[c] Na Crise Relacional a prioridade foi dada a individualidade


de cada qual, não houve uma imposição administrativa.

[d] Na Crise da Fidelidade foi dada uma punição, que se tornou


prioridade. E a conseqüência em todos os casos é que a
43

Igreja crescia em quantidade e qualidade. (At 6:7; 15:30-


32).

[e] No Caso de Ananias e Safira.

“A infinita sabedoria viu que essa evidente manifestação da


ira divina era necessária para impedir que a jovem igreja
se desmoralizasse. O número dos crentes aumentava
rapidamente. A Igreja teria corrido perigo se, no rápido
aumento de conversos, fossem acrescentados homens e
mulheres que, embora professassem servir a Deus,
adorassem a Mamom.” (AA, 73).

[f] Individualidade.

“Cada um tem sua própria individualidade, que não deve


diluir-se na de outro. Não obstante, cada um deve trabalhar
em harmonia com seus irmãos. Em seu trabalho, os
obreiros devem ser, essencialmente, uma unidade.
Ninguém deve colocar-se como padrão.”

[g] O perigo da excessiva individualidade.

“O progresso da mensagem evangélica não deve ser


detido por preconceitos e preferências de homens,
qualquer que seja sua posição na Igreja.” (AA, 200).

[h] Crise doutrinária.

“O concílio que decidiu este caso era composto dos


apóstolos e mestres que se haviam salientado no trabalho
de levantar igrejas cristãs e gentias, juntamente com
delegados escolhidos de vários lugares... Os apóstolos e
anciãos, homens de influência e bom senso, redigiram e
expediram o decreto que foi aceito pelas igrejas cristãs.”
(AA, 196).
44

[ i ] Conseqüências.

“As decisões amplas e de grande alcance do concílio geral


levaram confiança às fileiras dos descrentes gentios e a
causa prosperou”. (AA,197).

V – É A MISSÃO POSSÍVEL AINDA?

Dr. Gottfried Oosterval – traduzido pelo Pr. Luiz Nunes.


Em 1986, a população alcançou 5 bilhões. Isto é mais do que 25
vezes a população nos dias de Cristo e do apóstolo Paulo. E cinco vezes mais
do que nos dias dos nossos pioneiros. Das 5 bilhões de pessoas, cerca de 3/5
desconhecem o poder e as promessas do evangelho de Nosso Senhor Jesus
Cristo. e pode haver entre estes, 4 bilhões de pessoas que nunca ouviram com
clareza as três mensagens angélicas. Estes 4 bilhões constituem as não
alcançadas, o alvo da missão dos Adventistas do 7º Dia.
A questão agora é como, no mundo podem estas pessoas serem
alcançadas com o evangelho eterno nesta geração. Antes de concluir este
artigo, vamos primeiro estar certos que concordamos no alvo de nossa missão:
Alcançar estes 4 bilhões de pessoas que também nunca ouviram o evangelho
de Jesus Cristo em geral, ou a mensagem adventista em particular. Não
somente porque o avanço da missão é proporcional à declarada clareza de
nosso alvo, mas também porque as estratégias da missão são grandemente
determinadas pelos nossos objetivos. Quando não há clareza e unanimidade
em relação ao nosso alvo, a missão sofre. Esta é a razão porque nós não
estamos avançando tão rapidamente como poderíamos.
Uma idéia freqüentemente ouvida é que Deus tem milhares
maneiras próprias d’Ele mesmo para alcançar estes bilhões de pessoas com o
evangelho. Por que, então ser tão estreitos em alcançá-los com os limitados
meios disponíveis desta igreja? Outro conceito que está ganhando
preeminência é a noção de que a missão adventista deve atender,
primeiramente seu alvo, de forma exclusiva. A isto nós, tradicionalmente,
descrevemos como “chamar aos sinceros filhos de Deus para fora de
Babilônia”. No mais estreito sentido deste termo, significa proclamar a primeira,
45

segunda e terceira mensagens angélicas, somente a 33% da população


mundial que é pelo menos nominalmente cristã.
Estes dois pontos de vista tem grande importância e precisam ser
levados a sério. O primeiro começa da visão bíblica que a missão é obra de
Deus. Ele a iniciou. Ele pagou o preço por ela. Ele também a consumará. E Ele
fará no seu próprio tempo e a sua maneira. A principal coisa que precisamos
fazer é estar certos que nós estamos do lado dele, e que nós O seguimos
enquanto ele nos lidera. Assim nós cresceremos n’Ele e participaremos em sua
obra, e a missão de Deus será terminada.
Há muito conforto neste ponto de vista. Mas considerado em si
mesmo, ele representa muito pouco de nossa missão mundial. Toda missão é
obra de Deus, mas Ele escolheu instrumentalidades humanas para consumar
Sua obra. De fato, através das Escrituras são pronunciadas maldições sobre
aqueles que não fazem a obra para o cumprimento da missão de Deus, como
se a salvação da humanidade dependesse de seu labor (Ez 3:18 e I CO 9:16).
Os Adventistas do 7º Dia mantêm uma visão inclusiva da missão. Deus tem, na
verdade, muitas outras formas e usa diferentes pessoas e organizações para
evangelizar o mundo. Mas nós não ousamos deixar para outros aquilo que
Deus em sua graça, tem especialmente, nos confiado. Não somente nossa
identidade como Igreja, mas nossa continuidade cai ou permanece de pé
conforme nossa participação em mostrar a outros – 5 bilhões de pessoas – a
alegria, a paz, e a certeza da salvação em Jesus Cristo, e as boas novas do
seu pronto retorno.
O segundo ponto de vista também tem grande valor. É parte de
nossa herança, e através dos anos tem desenvolvido a nossa missão e
determinado nossos conceitos e estratégias de evangelismo. Mas esta visão
estreita de nossa missão deve ser completada e corrigida pelo reconhecimento
que na Escritura a missão é sempre missão mundial. Significa envolver todas
as pessoas e não evitar nenhuma. A Bíblia deixa claro que o amor de Deus é
tão profundo, tão amplo, tão abrangente que inclui todas as nações, tribos,
línguas e povos. Deus comissionou esta igreja para fazer discípulos de todos
os povos, em todo lugar, e ensiná-los a obedecer todas as coisas que o Senhor
nos ensinou.
46

É correto para um grupo de crentes limitar sua missão a uma menor


e claramente definida audiência, quando é ainda emergente e está no processo
de descobrir sua própria identidade. Isto foi verdade na igreja primitiva. Mas
dentro de poucos anos eles viram sua missão expandir de Jerusalém para a
Judéia, então para Samaria, e finalmente ao resto do mundo (At 1:8).

Teoria Da Porta Fechada

Este foi também o caso com os crentes do adventismo nascente,


depois de 1844, quando eles gradualmente expandiram sua missão de um
grupo fechado dos irmãos de Laodicéia para os cristãos da América do Norte e
daí para os sinceros filhos de Deus que estão ainda em Babilônia em todos os
lugares.
Por mais atrativa que seja esta visão, e por mais que ela represente
uma maior ou menor parcela de nossa tradicional maneira de entender a
missão e o evangelismo, ela é muito limitada. O mundo inteiro é nossa
paróquia não só geograficamente, mas também, social, religiosa e
culturalmente. Deus não tem favoritos. Seu amor envolve cristãos, os
maometanos e os marxistas, os sectários e os secularistas. Eles todos têm o
direito de ouvir a mensagem, todos os 4 bilhões.

Duas Formas De Missão:

Há basicamente, duas formas de missão, cada uma com a sua


própria forma de ministério e seus próprios instrumentos de evangelização.
Ambas são bem bíblicas, e ambas são necessárias para efetuar a missão.
Embora elas sejam bastante diferentes, pois partem de premissas opostas e
têm orientação inteiramente diferentes, as duas são muito necessárias
mutuamente, e uma complementa a outra, assim como a mão esquerda
complementa a direita. Elas se desfiam e se corrigem entre si mesmas. Grande
dano é causado ao avanço da missão de Deus quando somente um tipo é
adotado, ou quando uma forma é muito mais enfatizada do que a outra. Uma é
intitulada MISSÃO CENTRALIZADA NA IGREJA e a outra MISSÃO
CENTRALIZADA NO MUNDO. É claro, que estas duas formas nunca ocorrem
totalmente isoladas uma da outra.
47

Muito do trabalho da missão é a mistura destas duas maneiras,


embora, geralmente, uma assuma a precedência em determinar as atitudes e
aproximações em missão, os métodos e as estratégias seguidas em
evangelismo, e o tipo de organização e meios empregados. Como estes dois
processos determinam a um mais extremo avanço missionário e suas
conseqüências para a tarefa de alcançar os não alcançados.

1ª) Missão Centralizada Na Igreja

Características

A missão centralizada na igreja focaliza-se no trabalho de


especialistas: ministros, e evangelistas, administradores e professores, obreiros
de hospital e técnicos. Os membros da igreja são instados a fazer sua parte no
avanço da missão. Suas atividades são, usualmente, determinadas e
estabelecidas pelos especialistas por que eles são chamados a ajudar no
desenvolvimento da igreja.

Visão Da Igreja

Comumente, na visão centralizada na igreja, ela se vê como uma


“divina fortaleza num mundo revolto”, como um baluarte em um mundo poluído
pelo pecado. Há pouco ou nada neste mundo que contribua par o avanço da
missão ou tenha qualquer valor salvífico. A tarefa da missão é chamar pessoas
para fora deste mundo mau, para longe de suas atividades seculares, e reuni-
las na segurança da santa fortaleza de Deus. Os termos usados para
descrever este tipo de missão são ilustrativos do conceito anteriormente
explicados: cruzada, campanha, salvar almas. Habitualmente tal conceito de
fortaleza anda de mãos dadas com a forma hierárquica da organização da
igreja e com uma forma de governo fortemente centralizada.
A mensagem particular da igreja desempenha um poderoso papel
nesta Missão. A mensagem também é importante na Missão Centralizada no
Mundo, exceto que neste segundo aspecto a mensagem é adaptada às
circunstâncias e condições das pessoas a quem ela é dirigida. Na missão
centralizada na igreja, a mensagem, uma vez formulada e adotada pela igreja
como verdade, tende a se tornar uma tradição sagrada, uma herança
48

divinamente inspirada, que deve ser preservada exatamente como ela tem sido
transmitida à geração seguinte, sem mudança ou mesmo nos métodos de
comunicá-la.
O método de Missão Centralizada na Igreja tem enorme força. Não
há questionamento acerca da identidade da igreja e de sua mensagem.
Especialistas – evangelistas, administradores, técnicos podem ser enviados de
uma parte a outra do globo, onde eles podem apresentar o mesmo padrão nos
métodos e na forma de administrar as organizações e instituições da igreja. E
quando as pessoas aceitam a mensagem, elas encontram uma boa e funcional
organização para recebê-los e para assisti-los para que eles possam crescer
em espírito e verdade.
O método da Missão Centralizada na Igreja tem servido bem à Igreja
Adventista do Sétimo Dia. De um punhado de crentes, ridicularizados e
rejeitados por muitos, nossa igreja tem crescido como organização mundial,
admirada e respeitada por outros grupos missionários. De uma denominação
de base americana e de orientação americana ela tem se desenvolvido como
igreja universal, solidamente estabelecida em 190 países do mundo. De fato, a
Igreja Adventista do Sétimo Dia, hoje é a mais ampla organização missionária
protestante no mundo, e possui um consistente crescimento de membros de 6
a 6,5 porcento ao ano. Esta comparação nos é muito favorável com os 2
porcento do nível de crescimento do Cristianismo em geral e da população do
globo.
Do ponto de vista centralizado na igreja, este crescimento da Igreja
Adventista do Sétimo Dia e sua expansão ao redor do mundo é um grande
sucesso. Da visão da missão centralizada no mundo, contudo, a situação nos
parece completamente diferente. E é esta visão (CM) que é desesperadamente
necessária agora para complementar e corrigir a outra (CI) se nós queremos
alcançar os 4 bilhões de pessoas de nosso alvo.
49

2ª) Missão Centralizada No Mundo

O foco da Missão Centralizada no Mundo não é a igreja, mas o


mundo, seu povo, e suas atividades. Ao contrário do método da missão
centralizada na igreja, a missão neste aspecto não é uma extensão da igreja.
Esta é outra maneira bem distinta. A Igreja é um produto da missão, e um
instrumento, ferramenta para alcançar os alvos e os objetivos da missão. O
alvo não é em primeiro lugar salvar almas, nem buscar a todo custo aumentar o
número de pessoas para a igreja, nem expandir suas organizações e
instituições, mas é a EVANGELIZAÇÃO: apresentar a pessoa e a obra de
Jesus Cristo de tal maneira, que todas as pessoas, em todo lugar, sejam
informadas com o evangelho que os força a decidir por uma vida com ou sem
Cristo, assumindo todas as conseqüências para o presente e a eternidade.
Quando as missões adventistas começaram, havia cerca de 1 bilhão
de pessoas no mundo, cerca de 30% dos quais eram cristãos ou estavam sob
a direta influência do evangelho. Desde então, o número de pessoas que
nunca ouviu a mensagem de Cristo e sua obra na fase final do Seu ministério
tem quintuplicado. A cada ano 85 milhões de pessoas estão sendo adicionadas
à população mundial, predominantemente em áreas não cristãs. É um
tremendo avanço o consistente percentual de crescimento de 6% ao ano, mas
do ponto de vista da missão centralizada no mundo, isto significa que o número
de não alcançados está aumentado pelos milhões de cada ano. Se nós
levarmos a sério nosso alvo missionário de alcançar os não alcançados nesta
geração, sobretudo nesse método centralizado na igreja precisa ser
complementado e corrigido pela missão centralizada no mundo.
A Missão Centralizada no Mundo começa com um diferente
entendimento do mundo e da função da igreja em sua relação com o mundo,
ela orienta diferentes formas de comunicar a mensagem.
Outra vez mais, é preciso considerar a realidade do que é o alvo da
missão. Na visão centralizada na igreja, nosso alvo real é salvar almas, e
construir igrejas. As nossas atividades e programas estão focalizadas na igreja
e seu crescimento. Salvar almas é importante também, na visão orientada para
o mundo, mas como resultado, não como o objetivo primário de nossa missão.
Na visão centralizada no mundo, o objetivo primário da igreja é alcançar as
50

pessoas que não foram alcançadas com sua mensagem. O alvo é dar a cada
pessoa na terra a oportunidade de ouvir com clareza o evangelho eterno,
desse modo chamá-lo para uma decisão concernente a Jesus Cristo e Sua
obra. A pessoa que aceita Cristo está salva, e não há para ela condenação. E
aqueles que depois de ouvirem o evangelho não receberam a Cristo, e
conscientemente, rejeitaram-no como seu Senhor e Salvador, já estão, desta
forma condenados.
Missão nesta visão não é como uma grande campanha política
tentando alistar mais eleitores para sua causa. Mais do que isso, é participar
com Cristo em Sua obra de julgamento. Nas palavras de Cristo, esta obra é
completada quando os homens, em todo lugar, são poderosamente
persuadidos a fazer uma decisão quanto à luz que Ele, cristo, trouxe ao mundo.

Nossa Real Tarefa

Não é esta a específica tarefa para a qual a Igreja Adventista do


Sétimo Dia tem sido chamada à existência? Crescimento numérico vem como
um resultado desta missão. Mas o avanço desta missão está determinado não
só pelo número daqueles a quem nós introduzimos na igreja, mas também pelo
número daqueles a quem cientificamos com o evangelho eterno, e têm sido
forçados a fazer uma decisão definitiva entre a vida com Cristo ou a vida sem
Cristo. quando o evangelho tiver sido proclamado com tal poder em
testemunho a todas as nações, então o fim virá .
Para apressar o término desta tarefa, a visão centralizada no mundo
assume, em missão, aproximações diferentes. Reconhecer que o mundo é um
mosaico colorido de diferentes culturas e grupos, cada qual com seu sistema
particular de valor, símbolos e formas de comunicação, o missionário procura
tornar-se um com aqueles grupos. Ele se identifica com seus interesses e
necessidades, participa em seus assuntos seculares, e aprende a maneira e a
forma em que a mensagem do evangelho pode melhor ser comunicada.
Nisto nós devemos seguir o exemplo do Apóstolo Paulo. Ellen White
diz de Paulo: “Variava sua maneira de trabalho, sempre desenvolvendo sua
mensagem conforme as circunstâncias sob as quais ele foi colocado... nós
também precisamos aprender e adaptar nossos labores às condições do povo,
51

para encontrar os homens onde eles estão.” (Gospel Worker, pp. 302,302).
“Muitos esforços, embora feitos com grandes dispêndios, têm sido em grande
medida mal sucedidos porque eles não vão ao encontro das necessidades de
tempo e lugar.” (Idem, p. 297).
Resumindo de uma forma jornalística diríamos: a missão
centralizada no mundo não está orientada para a produção, mas está
direcionada para o grupo. A Missão Centralizada no mundo observa em cada
cultura aquilo que é santo, bom e proveitoso para o avanço da obra do
evangelho.
Quem são as pessoas mais ajustadas a concluir a evangelização do
mundo? Obviamente, aqueles crentes que já vivem e trabalham no mundo,
aquele que cada dia, participa com outros em suas atividades seculares, e em
cujas vidas o evangelho se tornou realidade. O método da missão orientada
para a igreja é fortemente programático e institucionalizado. Evangelismo
público, rádio, e televisão são formas predominantes de proclamação do
ministério. O método de missão orientada para o mundo é fortemente
encarnacional. Ela é também uma forma integrada de missão, integrada na
totalidade da vida, parcela integrante no dia a dia de cada crente. Não é
necessário um tempo e um lugar especiais. Ocorre enquanto o crente vive sua
vida cristã. ocorre espontaneamente, não programadamente. Especialmente
em nossa urbanas e secularizadas sociedades, esta é a única forma de missão
possível.
Há uma outra maneira, portanto, na qual o alvo de alcançar os não
alcançados é concluído e esta é através da visão da Missão Centralizada no
Mundo. Ela vê Deus mesmo agindo poderosamente na obra no mundo, e
segue sua liderança. A visão orientada para a igreja tende a limitar as
atividades de Deus dirigidas à Igreja. Ela vê os dons do Espírito operando
primeiramente dentro da igreja. Por contraste, a visão centralizada no mundo
vê o Espírito do Senhor constantemente sendo derramado sobre os pagãos.
Ela vê os milagres da ação de Deus acontecendo em cada lugar, e renovado
interesse da leitura da Bíblia na Europa secular, e enorme receptividade ao
evangelho em forma e símbolos que o homem moderno pode entender,
surgimento de movimentos populares na direção de Cristo em todos os
continentes, e a emergente expectação messiânica em cada lugar. Porque
52

muitas destas atividades do Espírito estão aparecendo em outras formas fora


daqueles sancionados em nossa tradição de igreja, a visão de missão
orientada para igreja nem sempre as reconhece como tal. Ainda que elas sejam
a maneira de Deus terminar Sua obra.

Concluindo A Tarefa

Alcançar os não alcançados: como, quando, nós nos ocupamos


disto? Embora a missão centralizada no mundo tenha enorme força, ela
também tem suas fraquezas. A missão centralizada no mundo sem uma forte
igreja para guiá-la e dirigi-la, ela cedo perde sua identidade. Torna-se como o
sal que não tem sabor.
A Missão Centralizada no Mundo pode ter o poder de uma onda,
mas sem a força institucional da igreja ela não tem estabilidade e nem
continuidade. Ministros especializados são necessários para atender os crentes
em sua vida e sem seu trabalho pela missão no mundo. Conversos precisam
ser cuidados e observados dentro da nossa comunidade cristã. Todas as
indicações dadas a nós na Escritura e através de cuidadosa pesquisa apontam
para o fato de que missão orientada para o mundo precisa da missão
centralizada na igreja, e vice-versa, para que o alvo de alcançar os não
alcançados seja concluído. Os dois métodos complementam um ao outro, se
desafiam e se corrigem mutuamente. Mas pelo fato de que nossa tradicional
aproximação à missão tem sido direcionada, predominantemente, pela visão
centralizada na igreja, nós precisamos começar a dar muito maior ênfase para
a visão centralizada no mundo, tanto em nossos pensamentos como em nossa
pátria. Para o futuro imediato de nossa obra isto significa:

[1] Nós devemos fazer um sério estudo dos diferentes métodos da missão
mundial adventista, tais como os milhares de grupos sociais e étnicos não
alcançados, e desenvolver a mais conveniente maneira de alcançá-los em
suas necessidades particulares e em suas possibilidades.

[2] Nós devemos dar muito mais atenção em estimular e equipar os


membros voluntários para o desempenho da missão, não só
padronizados de acordo com ministérios especializados e programas da
53

igreja, mas em harmonia com suas particulares funções no mundo e


baseados nos seus dons especiais do Espírito (evangelismo integrado,
testemunha espontânea, ministérios de participação e assistência).

[3] Nós devemos fazer do alcançar os não alcançados nosso alvo primário
na missão, e ajustar todos os outros objetivos e atividades de acordo com
ele.

[4] Nós devemos desenvolver uma série de projetos nas igrejas para
alcançar os de fora, em particular os povos secularizados do mundo.

[5] Nós devemos considerar o estabelecimento de um concílio missionário


para guiar a igreja nesta nova era da missão com seus novos desafios e
oportunidades.

Onde Se Posiciona Sua Igreja?

Depois de ler este artigo dê uma olhada em todas as atividades


práticas e programas de sua igreja (conferência e união, etc.). onde elas se
posicionam, nos dois processos de missão sumariados nesta tabela? Usando
escalas de 1 a 9, estabeleça o nível de sua igreja em relação aos dois tipos de
missão centralizada na igreja ou no mundo. Marque a colocação de sua igreja
na linha horizontal (centralizada no mundo) e na vertical (centralizada na
igreja), estabelecendo os eixos no cartão.
Desenhe uma linha vertical a partir do eixo da linha horizontal e
desenhe uma linha vertical. Então desenhe outra linha do centro do esquema
para a interseção das duas linhas. (Veja exemplo no esquema abaixo).
Cabalmente esta linha deveria ficar próxima da linha pontilhada no quadrante
II. Se sua igreja encontra-se em outro quadrante, como poderia você mudar
sua direção?
54

Alto Centralizada
na Igreja
9

8
I II
7

Baixo Centralizada 6 Alto Centralizada


No mundo No mundo

1 2 3 4 6 7 8 9

2
III IV

Baixo Centralizada
na Igreja
55

VI – A CAMPANHA EVANGELÍSTICA

Passos Consecutivos De Uma Campanha Evangelística

Uma campanha evangelística não começa nem termina quando o


evangelista dita a primeira e última conferência. Uma campanha bem sucedida
tem sido pensada e planejada meses antes da primeira conferência e se
prolonga por meses depois que o evangelista deixou de apresentar-se em
público. Uma campanha bem realizada segue uma seqüência de passos bem
definidos e importantes que estudaremos a seguir:

[A] – ESCOLHA DO LUGAR.

O primeiro passo é escolher o bairro, a cidade, estado, ou país onde se


realizarão as conferências. Pode ser que um campo local deseje fortificar
a obra em certo lugar e peça ao evangelista que realize uma série ali.
Pode ocorrer também que se esteja inaugurando um novo templo em
certa cidade, ou que se queira abrir obra nova. Pode ser que o
evangelista sinta um desejo especial por certa cidade. Ver tipo sócio-
econômico, especialmente quando são novos templos em campanha
metropolitana.

[B] – CONSENSO FAVORÁVEL.

É de desejar que finalmente haja um consenso favorável com respeito à


escolha do lugar por parte do campo local, do evangelista, do pastor da
igreja ou igrejas da cidade e sobretudo das igrejas. Convém insistir que o
pastor ou pastores das igrejas da cidade e os membros das comissões
das igrejas e os membros em geral aceitem a idéia da campanha como
algo necessário, tomar o projeto como seu e dar-lhe um apoio total,
caloroso e entusiasta. Quando não existe tal apoio dos pastores e das
igrejas convém pensar mais de uma vez na conveniência de escolher tal
lugar.

[C] – PLANEJAMENTO TENTATIVO – Sugestivo.


56

Uma vez escolhido o lugar e conhecido pelo evangelista, este traça os


planos provisórios da campanha. Estes planos incluem:

[1] Estratégia da campanha

[2] Lema da campanha

[3] Duração da campanha

[4] Lugar ou lugares sugeridos para as conferências

[5] Temário

[6] Comissões

[7] Plano de preparação do terreno

[8] Pessoal da campanha

[9] Materiais necessários

[10] Escola de evangelismo

[11] Finanças

[12] Alvos vários

[13] Calendário de eventos da campanha

[14] Batismos, datas e programas

[15] Participação dos leigos

[16] Relações públicas

[17] Organização interna da campanha

[D] – DISCUSSÃO E APROVAÇÃO DO PLANOS.

O evangelista submete os planos ao campo local. Discute-se e são feitas


as sugestões. É apresentado o plano aos pastores envolvidos e são
ouvidas suas sugestões. O mesmo se faz com a igreja. Tomando em
57

conta todas as sugestões, se traça o plano definitivo que é aprovado pelo


campo local e pelo evangelista.

[E] – COMUNICAÇÃO DOS PLANOS.

Os planos definitivamente aprovados são comunicados detalhadamente


a:

[1] Campo local


[2] Presidente de comissões
[3] Pastores
[4] Igrejas
[5] Obreiros que participarão da campanha

[F] – CAPACITAÇÃO DOS QUE PARTICIPARÃO DA CAMPANHA.

Se na campanha participam pregadores leigos é necessário capacitá-los


com boa antecedência. Também se faz necessário capacitar aos que
preparam o terreno, e aos que formam parte de comissões.

A equipe de obreiros deve chegar ao lugar uns dias antes para receber
instruções e capacitação. Deverão ser orientados todos aqueles que
forem designados pelo campo local em conformidade com o evangelista.

[G] – PREPARAÇÃO DO TERRENO.

As campanhas modernas são de colheita. Mas para que exista colheita


deve ser precedida por uma semeadura e esta semeadura se faz com
meses de antecedência pelas igreja dirigida pelos pastores. Quanto mais
abundante e de melhor qualidade seja a semeadura, mais abundante e de
melhor qualidade será a colheita. O ideal é que ao começar as
conferências haja centenas de pessoas quase totalmente instruídas na
verdade e praticando a maior parte das doutrinas. Então as conferências
recapitulam a verdade, decidem ao interessado e o levam ao batismo.

[1] Formas antecipadas de preparar o terreno.

[a] Carteiros missionários. Trabalhando com as lições da


Escola Radiopostal, ou qualquer curso apropriado desde
58

seis meses antes de começarem as conferências... Um


trabalho mais completo é que o carteiro distribua o curso
do Mundo de Amanhã, Encontro com a Vida e Família
Feliz. Insistir que o carteiro tenha como meta apresentar o
seu aluno como candidato preparado para o batismo. Cada
igreja terá seu chefe de carteiros missionários. As pessoas
inscritas devem ser o triplo da capacidade do salão (pasta).

[b] Classes Batismais. Em cada igreja envolvida na campanha


se organizam até três classes batismais: menores, jovens
e adultos. Estas classes são PERMANENTES e tornam
necessário que se nomeie e capacite a bons instrutores de
classes batismais.

[c] Pontos de Pregação. Pregadores leigos, grupos de jovens


e unidades evangelizadoras iniciam o maior número
possível de reuniões evangelizadoras nos bairros da
cidade. Ao começar as conferências todos os interesses
são concentrados nos lugares das conferências (a melhor
época é a Semana Santa).

[d] Estudos bíblicos por leigos. Dezenas de leigos bem


treinados dão estudos bíblicos a centenas de pessoas
interessadas, e Seminário do Apocalipse de casa em casa.

[2] Meios de preparar o terreno justamente antes das conferências,


para conseguir público.

[a] Panfleto preparatório. Nas vizinhanças do lugar de


conferências se distribui um panfleto intrigante que
desperte a curiosidade do povo e ofereça mais notícias, no
final do mesmo haverá resposta (carta, convite, cartaz).

[b] Pesquisa. Umas três semanas antes das conferências a


vizinhança do lugar de conferências deve ser visitada,
fazendo-lhes uma pesquisa, na qual escolhem os temas
59

que mais lhes interessam, tomando também nota do nome


de cada um e endereço (TV e jornal).

[c] Entrega do convite. Todos aqueles que receberam o


panfleto preparatório e que responderam à pesquisa
devem receber o convite para as conferências (convite,
passeata).

[d] Plano de cinco dias para deixar de fumar. Nos lugares


onde é propício, se organiza um plano de cinco dias para
deixar de fumar, imediatamente antes das conferências. Ao
terminar se convida a todos para assistirem as
conferências.

[e] Grande campanha entre os membros da igreja para que


levem visitas. Deve se incentivar a mobilizar os membros
da igreja, alguns meses antes para que levem seus
amigos, familiares, companheiros, vizinhos e interessados
às conferências.

[H] – NOMEAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DAS COMISSÕES.

Pelo menos dois meses antes das conferências se nomeiam todas as


comissões que atuarão como suporte das conferências. Deve ser
nomeada seu presidente, vice-presidente e os vogais. Convém ter uma
reunião com cada comissão para explicar-lhes detalhadamente suas
responsabilidades. As comissões mais comuns são as seguintes:

[1] Comissão de recepcionistas

[2] Comissão de plataforma

[3] Comissão de música e programas especiais

[4] Comissão de equipamentos de som e projeção

[5] Comissão de secretárias


60

[6] Comissão de diáconos para recolher a oferta e dividir materiais

[7] Comissão de visitação dos interessados

[8] Comissão de consolidação dos novos batizados

[9] Comissão de propaganda

[10] Comissão de grupos de oração

[ I ] – PROPAGANDA.

Na semana anterior ao início das conferências, toda a propaganda que se


tenha decidido fazer, deverá estar pronta. Para isso devemos contar com
a ajuda dos obreiros que formam a equipe e dos leigos.

[1] Propaganda interna. Não esquecer que a melhor propaganda são


os nossos membros de igreja. Portanto, convém fazer boletins
informativos e cartazes para manter diante deles o desfio de
convidar seus amigos e suas relações. Oferecer incentivos.
Quanto mais pessoas levem nossos irmãos melhor será a
colheita.

[2] Propaganda externa. É a propaganda para fazer conhecer ao


público as conferências. A propaganda é dividida pelas seguintes
pessoas:

[a] Membros da equipe evangelística – obreiros.

[b] Membros da igreja.

[c] Jovens.

[d] Desbravadores.

[e] O público que assiste às conferências.

[f] TV, rádio e jornal.

[J] - SÉRIE DE CONFERÊNCIAS.


61

A série de conferências durará entre 4 a 12 semanas, segundo os meios e


o tempo disponível pelo evangelista. Geralmente a série se divide nas
seguintes partes:

[1] Começo, introdução. Apresentação de temas sociais, para ganhar


a confiança do público. Geralmente se dão dois ou três temas
sociais, depois entra-se no religioso e cada semana se apresenta
pelo menos um tema social, ou seja, introduzir os temas sociais
através da série.

[2] Curso bíblico. Muitos conferencistas dão os temas religiosos em


forma de classes bíblicas; outros seguem a forma tradicional de
conferência.

[3] Recapitulação final. As duas últimas semanas se dedicam a uma


recapitulação total das doutrinas ensinadas.

[K] – SEMANA DE DECISÃO – 2 Semanas.

A última semana de conferências se chama “Semana da Decisão”. Cada


noite se faz um fervoroso chamado ao batismo. Assim mesmo os
instrutores bíblicos e os leigos que estão preparando candidatos tomam
as decisões finais.

[L] – BATISMOS.

Há várias formas de encarar o assunto dos batismos:

[1] Ter batismos cada duas semanas durante a campanha.

[2] Ter um batismo no começo e outro grande no final.

[3] Aceitar todos os candidatos para um só batismo.

[4] Os batismos contam a partir do início da preparação do terreno.

Quando se trata de uma campanha múltipla ou nacional, se


realizam dois batismos: o primeiro durante as primeiras semanas
da série e o último é uma concentração gigante.
62

[a] Batismo gigante – A vantagem é o efeito psicológico de algo


grande, que ajuda a muitas pessoas a tomarem uma
decisão, bem como um impacto sobre a igreja, os crentes,
a comunidade. A maior desvantagem é a dificuldade para
fazer um bom chamado. Assim mesmo um batismo gigante
necessita de cuidadosa preparação e organização.

[b] Batismos contínuos – A maior vantagem é ter a


oportunidade de fazer vários apelos aos quais sempre há
interessados que respondem.

[M] – INFORMAÇÃO.

Depois de terminar a campanha é normal informar os resultados da


campanha ao campo local e à organização a qual pertence o evangelista.
Se a campanha foi bem sucedida é conveniente escrever um artigo para
nossas revistas. Tal artigo deve ser ponderado, evitando exageros e
dando abundante crédito aos colaboradores e sobretudo aos leigos.

[N] – CONTINUIDADE.

Geralmente, quando o evangelista termina sua parte, não quer dizer que
terminou o interesse do público, ou que terminaram os candidatos.
Portanto, convém ter programado uma série de continuidade com temas
de confirmação doutrinais, um tanto profundos: mordomia, história
denominacional, estudo das profecias, capacitação missionária, etc.
também é conveniente que parte da equipe evangelística fique por um
tempo para terminar de preparar os interessados. Durante a continuidade
deve-se planejar pelo menos duas cerimônias batismais. Amiúde, se o
programa de continuidade é bom, se batizam tanto como na série
principal.

[O] – CONSOLIDAÇÃO.

tradicionalmente, a parte mais débil de todo o programa é a consolidação


dos novos batizados. Vão embora o evangelista, os instrutores bíblicos,
às vezes o pastor da igreja é transferido e os irmãos perdem o interesse.
63

Nessa situação dezenas de novos batizados se desanimam, sucumbem


diante das tentações e problemas, e abandonam a fé. A responsabilidade
da consolidação corresponde a:

[1] O evangelista. No sentido de planejar a consolidação como parte


integral da campanha. Outrossim, antes de ir embora, o
evangelista deve se assegurar de que há um bom plano de
consolidação e insistir no assunto.

[2] O pastor e a igreja. Por certo que a maior responsabilidade recai


sobre o pastor e a igreja. Neles recai, sobretudo, a parte
operação. Durante vários meses depois de uma campanha, a
principal preocupação do pastor deve ser a consolidação dos
novos membros. Para isso deve contar com a ajuda dos anciãos,
diáconos, diaconisas, professores de Escola Sabatina e outros
oficiais e membros da igreja. Deve se traçar um plano definido de
visitação dos novos conversos, e cada semana os visitadores
devem dar um relatório ao pastor ou aos anciãos ajudantes.

[3] O administrador do campo local. Deve cuidar se realmente está


sendo levado avante o plano de consolidação no lugar em que
houve a série de conferências. Por nenhum motivo deve ser
transferido o pastor, até que os resultados da campanha tenham
ficado firmemente estabelecidos.

[4] Material impresso de consolidação: lição da Escola Sabatina.

[5] Anciãos, diáconos e diaconisas.

[6] Visitação integrada.

[P] – AVALIAÇÃO.

É um passo pouco praticado. Consiste em regressar ao lugar onde se


realizou a campanha e fazer uma pesquisa muito objetiva dos resultados
da mesma, um ano após a realização da mesma. Outra boa prática é
64

fazer um relatório de avaliação da campanha no qual se informem clara e


objetivamente:

[1] Os pontos altos da campanha.

[2] Aqueles métodos e coisas que deram bom resultado.

[3] Os assuntos que não funcionaram bem.

[4] Os métodos que resultaram num fracasso.

[5] Avaliação do pessoal que colaborou com a campanha.

[6] Recomendações sobre como melhorar no futuro.

É um erro fazer aparecer como êxito o que não o foi. O correto e


produtivo é fazer uma honesta avaliação, ver por que as coisas
não saíram bem e aprender para não cometer os mesmos erros
nas próximas campanhas.

Quando a campanha obtém êxito, vale à pena analisar as razões


do êxito para incrementá-las e aperfeiçoá-las em futuras
campanhas.

Realizar uma campanha evangelística é uma aventura sagrada.


Há muitas coisas imponderáveis que ajudam ou afetam o bom
êxito, porém um evangelista escrupuloso não se lança a ela
temerariamente, senão planejando e seguindo os passos naturais
de uma campanha . a empresa da salvação não foi improvisação
senão o resultado de um plano cuidadoso. Sigamos o exemplo
divino.
65

VII - METODOLOGIA DO EVANGELISMO PÚBLICO

I – Evangelismo Público Centralizado

[A] Do ponto de vista humano, é aquele que se fundamenta na


capacidade extraordinária de um grande pregador, foi iniciado na
América Latina pelo Pr. Schubert, cuja grande qualidade foi
adaptar os tipos de reuniões evangelísticas ao mundo católico.
Ele foi o precursor deste tipo de evangelismo para toda América
Latina.

[1] Ele seguia metodologia tal que evitasse suscitar o


preconceito religioso nas pessoas.

[a] Usando temas sociais introdutórios, e depois


gradativamente religiosos.

[b] Evitando, inicialmente oração em público.

[c] Não se declarando pastor, nem representante de


qualquer igreja, mas representante de uma entidade,
hoje conhecida como ABBI.

[2] Atualmente todo o sistema evangelístico da América Latina


segue, com as devidas adaptações, os moldes de
conferências do Pr. Schubert. Os grandes nomes do
evangelismo público moderno foram, direta ou
indiretamente, influenciados por seus métodos.

[3] Recebeu este método o título de evangelismo estrela,


porque era realizado por um só pregador, que administrava
toda a campanha sozinho.

[a] Era responsável pela escolha do local das reuniões.

[b] Administração financeira.

[c] Preparo Espiritual da igreja.


66

[d] Preparo Missionário do campo.

[e] Orientação e liderança da obra Bíblica.

[f] Propaganda.

[g] Apresentação dos temas.

[h] Resultados de batismos que só eram contados a partir


da primeira noite da proclamação.

[4] Devido a grandeza destes pregadores muitos pastores se


viam muito distantes desse ideal: a quantidade de recursos
audiovisuais, o valor de verba necessária, o tamanho dos
auditórios, a qualidade da música apresentada. Tudo isso
fez com que muitos pastores, entendendo suas limitações,
abandonassem a esperança de fazer evangelismo público
centralizado.

[a] Ele continua tendo sua utilidade em cidades, ou até


mesmo em bairros, onde não haja representatividade
da igreja.

[b] Este método vende a idéia que a obra do evangelismo


era uma atividade de um especialista, e quem não era,
estava fora.

[c] Até se conclui que para ser evangelista tinha-se que ser
grande orador, e possuidor de uma personalidade
extrovertida.

[B] – Dentro deste sistema tem-se a Campanha Metropolitana Unida.

[1] É uma campanha em uma cidade importante na qual todas


as igrejas e congregações se unem em um só lugar e na
qual prega um só evangelista auxiliado por obreiros e
leigos que fazem a obra de visitação.
67

[a] Local – teatro, grande salão, tenda ou grande templo.

[b] Organização – segue os moldes do evangelismo


centralizado, enquanto na primeira o trabalho de
preparação é entregue a especialistas.

[c] Os batismos são periódicos a cada uma ou duas


semanas, terminando, culminando com um grande
batismo.

[d] Este sistema é muito bom quando se deseja inaugurar


um novo templo. Ou quando se quer fazer um forte

impacto na cidade. E quando se tem um evangelista


excepcional.

[e] No Brasil há dois homens que fazem este método: Pr.


Alcides Campolongo e Pr. José Bessa. O exemplo mais
significativo é o do Pr. Kenneth Cox, cujas campanhas
em grandes salões reúnem até 8.000 pessoas.

II – Evangelismo Público Descentralizado

Nunca faça uma conferência onde com os mesmos recursos podem ser
feitas mais.

[A] – Modernamente se iniciou com Pr. Carlos Aeschlimann, em 1979


em El Salvador.

[1] O Pr. Aeschlimann, chegou a esta missão com o propósito


de fazer uma série no sistema tradicional.

[a] Quando o Pr. Raul Rodriguez, presidente da missão,


pediu que ele lhe desse toda a sua verba, e que ao
invés de fazer uma campanha, fossem feitas várias.
68

[b] Depois de ficar um tanto confuso e preocupado, depois


de expor o problema a Deus em oração, no dia seguinte
deu toda a sua verba nas mãos do Pr. Raul Rodriguez.

[2] No lugar de uma só campanha foram realizadas 136 com a


duração de 9 semanas onde foram batizadas 2.000
pessoas, havendo um batismo gigante de 1350 pessoas,
assistido por 7.000.

VIII – DIVERSAS FORMAS DE CAMPANHAS EVANGELÍSTICAS NA


DIVISÃO INTERAMERICANA

Entre as mais bem-sucedidas formas de evangelismo e conquista de


almas, a pregação do evangelho continua ocupando lugar preeminente.
Quando essa pregação é organizada para apresentar a verdade em forma
lógica e completa a um público não-adventista, estamos falando de uma
CAMPANHA EVANGELÍSTICA OU SÉRIE DE CONFERÊNCIAS.

Na Divisão Interamericana estão sendo usados vários tipos de


campanhas evangelizadoras, algumas de forma tradicional e outras um tanto
inéditas.

[1] – CAMPANHA EVANGELÍSTICA NACIONAL

[a] Descrição: é uma campanha unida, com temário, propaganda,


materiais e datas comuns. Abrange o país inteiro. Geralmente é
dirigida por um evangelista de grande experiência, ao qual se
unem na pregação os obreiros, pastores e leigos.

[b] Lugares: A campanha é realizada em todas as igrejas e


congregações do país, usando todos os templos e capelas, bem
como dezenas de lugares novos.

[c] Organização: Geralmente o Presidente do Campo é o presidente


da comissão diretiva. Se o país tem vários campos locais, o
presidente da união é o dirigente principal. Cada campo local tem
69

sua respectiva comissão; o mesmo ocorre com cada igreja. O


evangelista da União é o coordenador geral e os evangelistas
dos campos locais, coordenadores em seu respectivo campo.
Cada igreja nomeia sua comissão, sendo os homens-chave um
ancião encarregado do evangelismo, o pregador, o diretor dos
carteiros missionários, o diretor missionário e o instrutor das
classes batismais.

Uma Campanha Nacional tem tanto trabalho de organização, que


é necessário prepará-la com pelo menos um ano de
antecedência.

[d] Vantagens: Unem-se todas as forças de obreiros e leigos em um


gigantesco esforço comum em favor da evangelização. Todos os
obreiros são mobilizados, bem como todas as igrejas.

[e] Batismos: Freqüentemente se organiza um batismo gigante


unido, ou batismos regionais. Se o país é grande, é necessário
dedicar uma semana inteira para batizar em todos os rincões do
país.

[f] A Primeira Campanha Nacional: Foi organizada no ano de 1979,


em El Salvador. Foi dirigida pelo Presidente daquela Missão, o
Pastor Raul Rodriguez, e pelo Secretário Ministerial da Divisão
Interamericana. A Campanha abrangeu 136 locais de pregação,
durou nove semanas e resultou em 2.000 batizados. Houve um
batismo gigante de 1350 candidatos, o qual foi presenciado por
7.000 pessoas.

Cabe mencionar que El Salvador repetiu a Campanha Nacional


em 1980 e em 1981, com resultados extraordinários. Em 1981,
essa pequena Missão batizou cerca de 4.000 almas, ou seja,
esteve entre os campos mundiais que mais batizaram.

[g] Campanhas Nacionais Seguintes: Em 1982 foi realizada a


Campanha Nacional da Colômbia, da qual participaram duas
70

Associações e duas Missões com aproximadamente 650 centros


de pregação.

Em 1983 realizou-se a Campanha Evangelística Centro-


Americana, que abarcou toda a União Centro-Americana,
participando sete campos locais e com uns mil centros de
pregação.

[2] –CAMPANHA EVANGELÍSTICA REGIONAL

[a] Descrição: Segue o mesmo padrão da Campanha Nacional, mas


abrange um território menor, que pode ser uma província, um
estado ou um conjunto de distritos. É dirigida por um evangelista
de união ou campo local, ajudado pelos pastores da área e
leigos.

[b] Lugares: Templos, capelas e lugares novos.

[c] Organização: Semelhante à da Campanha Nacional.

[d] Vantagens: Todo um estado ou conjunto de distritos é


galvanizado pelo evangelismo.

[e] Batismos: Geralmente se organiza uma cerimônia batismal unida


e gigante.

[f] Exemplos: Em 1980 foi realizada a Campanha Rgional de Nuevo


Leon, México, organizada pela Associação Norte do México, sob
a direção dos pastores Neftali Quintero, Carlos Aeschlimann e
Donato Ramirez. Incluiu 25 locais e foram batizadas 700 almas.

Em 1981 foi organizada uma Campanha Regional na Associação


Sul México, sob a direção do evangelista Arcadio Gonzalez.
Compreendeu seis distritos com 115 locais de pregação, e
culminou com um batismo gigante de 950 candidatos na cidade
de Tapachula.
71

[g] Próximas: Está sendo planejada uma campanha que inclua todo
o estado de Veracruz, no México. Possivelmente outra que
abarque toda a Associação do Sudeste do México.

[3] – CAMPANHA METROPOLITANA MÚLTIPLA

[a] Descrição: É uma campanha evangelizadora numa cidade


grande, mobilizando todas as igrejas e congregações dessa
cidade. Pregam o evangelista na igreja principal e os obreiros e
pastores nas demais igrejas. O programa, o temário e os
materiais são unificados.

[b] Lugares: Templos, capelas e lugares novos.

[c] Organização: A campanha é dirigida pelo presidente do campo e


o evangelista. Geralmente os obreiros participantes são
organizados em equipes.

[d] Vantagens: Todas as igrejas de uma cidade são beneficiadas


pelo entusiasmo evangelísticos e a mensagem é levada aos
bairros da cidade.

[e] Batismos: Geralmente se organiza um batismo unido de todas as


igrejas da cidade.

[f] Exemplo: Em 1980 foi realizada a Campanha Metropolitana


Múltipla de Caracas, da qual participaram 17 igrejas. Foram
batizadas aproximadamente 500 almas. Foi dirigida pelo pastor
Carlos Aeschlimann.

Em 1981 ocorreram as campanhas metropolitanas de


Guadalajara, México, e de Barranquilla, Colômbia.

[g] Próximas: Em 1982 foi realizada a Campanha Metropolitana


Múltipla da Cidade do México, na qual participaram 54 igrejas e
congregações. Participaram uns 60 obreiros, 160 colportores e
leigos.
72

[4] – CAMPANHA METROPOLITANA UNIDA

[a] Descrição: É uma campanha em uma cidade importante, na qual


todas as igrejas e congregações se unem num só lugar e na qual
prega um só evangelista, auxiliado por obreiros e leigos, que
fazem a obra pessoal de visitação.

[b] Lugares: Pode ser em um teatro, salão, tenda ou num grande


templo.

[c] Organização: Esta campanha é dirigida pelo evangelista. Os


obreiros geralmente se organizam em equipes.

[d] Vantagens; Sistema muito bom quando se deseja inaugurar um


novo templo. Também quando se deseja causar um forte impacto
na cidade ou quando se tenha conseguido um evangelista
excepcional.

[e] Batismos: Batismos cada duas semanas ou terminando com um


grande.

[f] Exemplos: As campanhas do pastor Kenneth Cox, que tiveram


uma freqüência de até 8.000 pessoas em grandes salões, são o
tipo mais usual de séries de conferências.

[5] – CAMPANHAS EVANGELÍSTICAS PASTORAIS

[a] Descrição: São campanhas que cada pastor de igreja deve dirigir
anualmente. Na América Central calculamos que 90% dos
pastores dirigem uma campanha evangelística por ano. Alguns
dirigem até quatro por ano. Este evangelismo é de vital
importância, pois a soma de todas as campanhas dirigidas por
todos os pastores é o que pode dar os maiores resultados. Todo
pastor tem o sagrado dever de fazer evangelismo cada ano.

[b] Lugares: Templos, capelas, tendas e salões.


73

[c] Organização: É dirigida pelo pastor com a ajuda dos leigos.


Geralmente dura de 4 a 6 semanas.

[d] Vantagens: Manter o espírito evangelizador nas igrejas. A soma


de todas as campanhas dá êxito a um campo local.

[e] Batismos: No mesmo local onde foram realizadas as


conferências.

[6] – CAMPANHAS POR ADMINISTRADORES E DEPARTAMENTAIS

[a] Descrição: São campanhas geralmente curtas, dirigidas cada ano


pelos administradores e departamentais do campo local. Na
Divisão Interamericana é tradição que administradores e
departamentais dêem o exemplo e inspirem os obreiros e leigos,
dirigindo pelo menos uma campanha por ano.

[b] Lugares: Em alguma das igrejas do campo local.

[c] Organização: Fica por conta do pregador, ajudado pelo pastor da


igreja e dos leigos. Dura entre 2 a 4 semanas.

[d] Vantagens: O exemplo é contagioso. Às vezes há


administradores e departamentais que são excelentes
evangelistas e fazem um trabalho excepcional. As igrejas são
reconfortadas e animadas.

[7] – CAMPANHAS DIRIGIDAS POR LEIGOS

[a] Descrição: São campanhas evangelísticas dirigidas por


pregadores leigos. Na América Central se está promovendo muito
esse tipo de evangelismo. Nas campanhas nacionais e regionais,
centenas de leigos se unem aos obreiros e dirigem campanhas
com muito sucesso. Os leigos também gostam de dirigir reuniões
de bairro e abrir novas frentes da obra.

[b] Lugares: Templos, capelas, tendas, lares adventistas e não-


adventistas, salões e qualquer lugar disponível.
74

[c] Organização: Essas campanhas são organizadas pelas igrejas,


com a supervisão do pastor.

[d] Vantagens: Quanto mais campanhas dirigirem os leigos,


melhores resultados haverá. Por isso, muitas uniões e campos
locais estão investindo grandes somas de dinheiro no
evangelismo dos leigos.

[8] – CAMPANHAS DIRIGIDAS POR JOVENS

[a] Descrição: São campanhas evangelísticas dirigidas pelos jovens.


Eles ajudam especialmente por ocasião do Evangelismo da
Semana Santa e também nas campanhas nacionais. Além disso,
na Divisão Interamericana, existe o projeto de evangelismo
juvenil chamado “Operação Natã”, que consiste em que os jovens
começam séries de conferências no tempo da primeira semana
de oração, até o mês de junho, quando vem o mês dos batismos
dos juvenis.

[b] Lugares: Especialmente em templos e capelas, ou qualquer outro


lugar disponível.

[c] Organização: Igreja local, Sociedade de Jovens. Assessoramento


do pastor ou ancião encarregado dos jovens.

[d] Vantagens: Quando os jovens se interessam em evangelismo,


não só há maiores resultados em batismos, como também menos
problemas juvenis na igreja.

[9] – EVANGELISMO INFANTIL

[a] Descrição: Em conexão com as campanhas evangelísticas para


adultos e jovens, freqüentemente funciona uma seção de
evangelismo infantil que costuma dar muito bons frutos em
batismos.
75

Na Associação Colombiana do Pacífico, o pastor Orlando


Gonzalez está experimentando campanhas com pregadores
infantis, e para surpresa de muitos, estão tendo êxito inusitado.

[10] – CAMPANHAS CURTAS E INTENSIVAS

[a] Descrição: São campanhas de duas ou três semanas de


duração, com conferências todas as noites. Essencialmente, são
campanhas de colheita às quais deve anteceder uma cuidadosa
preparação do terreno.

[b] Lugares: Essencialmente templos.

[c] Organização: O evangelista e a igreja local.

[d] Vantagens: Certos evangelistas, para dar um forte impulso à


evangelização e aos batismos numa união ou campo local,
preferem dirigir várias destas campanhas em lugar de uma
grande e dispendiosa. Geralmente várias destas campanhas
produzem centenas de batizados.

[11] – CAMPANHAS TIPO REAVIVAMENTO

[a] Descrição: São reuniões especialmente designadas para obter


um reavivamento na igreja, mas à qual os irmãos convidam seus
interessados. Outras vezes é a Semana de Oração da Igreja, à
qual se convidam interessados. Podem ser semanas de
Mordomia, do Lar ou da Saúde, aproveitando-se para que os
irmãos estejam presentes.

[b] Vantagens: Não apenas os membros da igreja se beneficiam,


mas é realizada a evangelização e são conquistadas preciosas
almas para Cristo.
76

[12] – SEMANA DE ORAÇÃO NOS COLÉGIOS

[a] Descrição: Todos os nossos colégios realizam duas Semanas de


Oração que podem chegar a ser magníficas ocasiões para
evangelizar e preparar para o batismo os alunos não-adventistas.

[b] Batismo: É costume que as Semanas de Oração terminem com


batismo.

[13] – EVANGELISMO NAS MISSÕES EXPERIMENTAIS

[a] Descrição: Há vários anos funciona a Missão Experimental nos


colégios da América do Sul, a qual tem dado magnífico resultado
na preparação dos alunos e também no evangelismo e na
conquista de almas. Em nossa Divisão, a primeira Missão
Experimental está funcionando com grande êxito em ICOLVEN.
No Brasil, a primeira Série de Conferências Evangelísticas foi
feita em Caruaru – PE, pelos alunos do SALT-Norte em 1981.

[b] Vantagens: Os alunos de Teologia praticam a obra pastoral e o


evangelismo em situação real. As campanhas que dirigem no
contexto da Missão Experimental têm sido muito frutíferas.

[14] – CAMPANHAS TIPO PENETRAÇÃO

[a] Descrição: São campanhas em lugares novos com o objetivo de


estabelecer uma congregação ou igreja.

[b] Lugares: Cidades ou povoados onde não há obra estabelecida.


Geralmente se aluga um salão, se aluga ou compra uma casa e
se fazem as necessárias adaptações.

[c] Organização: Estas campanhas são dirigidas por um evangelista.


Outras vezes são projeto missionário de uma igreja grande.

[d] Vantagens: São campanhas utilíssimas para estender a obra a


lugares novos.
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[15] – CAMPANHAS DA SEMANA SANTA

[a] Descrição: São o evangelismo feito para aproveitar a disposição


religiosa do público durante o tempo da Semana Santa. Nas
Divisões Sul-Americana e Interamericana este tipo de
evangelismo se tem imposto, e está dando magníficos
resultados.

[b] Lugares: Todos os templos, capelas, escolas, salões, etc.

[c] Organização: Espera-se que todos os obreiros participem e em


todas as igrejas se faça evangelismo de Semana Santa. Os
pregadores serão os obreiros, os leigos e os pregadores juvenis.
Cada igreja organiza seu programa. Em nossa Divisão, o
evangelismo de Semana Santa dura três semanas e a Divisão
fornece cada ano um livro com os 21 temas.

[d] Vantagens: Tem-se demonstrado que na Semana Santa o povo


está predisposto para assuntos espirituais. Os resultados têm
sido magníficos. As campanhas mobilizam toda a igreja.

[e] Batismos: São sempre finalizados com grandes batismos.

[16] – CAMPANHAS DO DIA DE FINADOS

[a] Descrição: Especialmente na América do Sul, costumam


oferecer uma semana de conferências em torno do dia de
finados, apresentando uma mensagem de esperança e verdade
sobre o tema.

[b] Vantagens: Aproveitar um momento psicológico apropriado para


oferecer consolo diante do sempre doloroso assunto da morte.

[17] – CAMPANHA DE NATAL

[a] Descrição: Também na América do Sul se costuma aproveitar o


tempo de Natal para apresentar belos programas, filmes e
mensagens oportunas.
78

[18] – CAMPANHAS COMBINANDO PROGRAMAS DE SAÚDE E


EVANGELISMO

[a] Descrição: Unir aspectos da mensagem de saúde com os temas


evangelísticos. Se há pessoal capacitado, oferecer certos
exames e provas como atração. Combinar os cursos de Cinco
Dias para Deixar de Fumar com o começo de uma série de
conferências.

CONCLUSÃO

Existe uma diversidade de formas de encarar uma campanha


evangelística. O evangelista decidirá qual é a mais adequada para o lugar
e a ocasião. Mas em todo caso convém que o evangelista esteja
familiarizado com as várias maneiras de encarar as campanhas, para
poder aplicar a mais adequada e também para aconselhar os obreiros
novos e os leigos.

IX - OBREIROS E LEIGOS UNIDOS

A Igreja e suas Funções

Cristo fundou a Igreja Cristã, sendo Ele mesmo o fundamento (I Co


3:11). Os apóstolos e outros membros seriam as pedras vivas (Ef 2:20) com as
quais se levantaria todo o edifício. Haveria uma interação e colaboração
dinâmica e constante entre o elemento divino e o humano, com o fim de
cumprir conjuntamente os fins e as funções da igreja.

Quais são esses fins e funções? Enumeraremos os principais:

[1] Função Litúrgica: A igreja provê bênção mediante os cultos de


adoração, principalmente o culto sabático, e mediante os ritos e
cerimônias (Lc 4:16).

[2] Função Sanadora: A igreja preocupa-se com a saúde física,


mental e espiritual dos membros (Mt 4:23).
79

[3] Função Pastoral: A igreja provê atenção e assistência pastoral


mediante a visitação, o aconselhamento e outros meios,
especialmente aos enfermos, aos que têm problemas espirituais
e de muitos outros tipos (Ef 4:11, 12).

[4] Função de Pregação: A igreja prega o evangelho nos diversos


cultos realizados no templo e às vezes fora do templo (II Tm 4:2).

[5] Função Didática: A igreja partilha ensinos para a edificação


espiritual, moral, missionária e cultural, para crianças, jovens e
adultos (MT 28:20).

[6] Função Filantrópica: A igreja socorre os pobres entre seus


membros e presta auxílio a todos em caso de calamidades (II Co
8:1-4).

[7] Função Missionária: A igreja proclama o evangelho mediante o


evangelismo em todas as suas formas (At 1:8).

[8] Função Social: A igreja provê um senso de irmandade, amizade


e amor cristão que une seus membros com laços especiais (Mt
23:8, 9).

Todas essas funções são importantes e devem ser cumpridas com


eficácia e persistência. Qual, entretanto, é a prioritária?

Função Prioritária Da Igreja

É vital estabelecer prioridades. É indispensável fazê-lo em empresas


humanas e muito mais em relação com a obra da igreja. Se as prioridades não
são claras, existe o perigo de perder o sentido de missão e vagar sem rumo
nem meta, com perigo de cair em estagnação e inclusive em retrocesso.
Cristo tinha e sabia quais eram Suas prioridades. Nada, ninguém, O
afastou de Sua missão. “A minha comida consiste em fazer a vontade dAquele
que Me enviou, e realizar a Sua obra” (Jo 4:34). “Porque o Filho do homem
veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19:10).
80

A igreja apostólica também sabia qual era sua prioridade, mas


diante da multiplicidade de tarefas distraíram-se do primário para atender o
secundário. Mas reagiram a tempo, reafirmaram as prioridades e organizaram
a igreja para atender todas as outras funções. “Não é razoável que nós
abandonemos a Palavra de Deus para servir às mesas. ...Escolhei sete
homens... e nós nos consagraremos à oração e ao ministério da Palavra (At
6:2-4).
“A igreja primitiva tinha sido confiada uma obra de constante
ampliação – estabelecer centros de luz e bênção, onde quer que existissem
almas sinceras e dispostas a se dedicarem ao serviço de Cristo” (Atos do
Apóstolos, p. 90).
Qual é a tarefa prioritária da Igreja Adventista? A resposta virá de
três fontes: duas que reconhecemos como inspiradas e uma como tendo
autoridade.

[1] Segundo a Bíblia: Cristo em forma clara e inequívoca declarou


qual era a missão prioritária da igreja: “E disse-lhes Ide por todo o mundo e
pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16:15). “E será pregado este evangelho
do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o
fim” (Mt 24:14). “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho
eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo,
e língua e povo” (Ap 14:6). “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o
Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em
toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (At 1:8).

[2] Segundo o Espírito de Profecia: Estabelece, sem lugar a


dúvidas, qual é a missão prioritária da igreja para este tempo: “A obra
evangelística, de abrir as Escrituras aos outros, advertindo homens e mulheres
daquilo que está para vir ao mundo, deve ocupar, mais e mais, o tempo dos
servos de Deus” (Evangelismo, p. 17). “O Senhor determinou que a
proclamação desta mensagem fosse a maior e mais importante obra no
mundo, para o presente tempo”(Evangelismo, p. 18). “Por todas as partes a luz
da verdade deve brilhar... Em todos os países e cidades o evangelho deve ser
proclamado... Esta obra missionária do evangelho precisa manter-se atingindo
81

e anexando novos territórios, ampliando as porções cultivadas da vinha. O


círculo deve ser estendido até que rodeie o mundo” (Evangelismo, p. 19).

[3] Segundo a Associação Geral: Em um histórico documento


intitulado “O Evangelismo e a Terminação da Obra”, a direção da Igreja fixou
em termos inequívocos qual é nossa missão prioritária.
“A corrente vital da igreja é evangelismo. Sem ele a igreja não pode
existir. A igreja foi organizada para evangelizar e sua missão peculiar é levar o
evangelho ao mundo. Se permitimos que a primazia e a centralidade do
evangelismo permeie cada ato da Igreja, sempre manteremos as prioridades
onde Deus deseja que estejam. Qualquer atividade dentro da Igreja que
ameace ou substitua o evangelismo é certamente um instrumento de Satanás,
e é ilegítimo.”
O pastor Neal C. Wilson, presidente da Associação Geral, declarou:
“Devemos proclamar a mensagem dos três anjos com clareza e convicção.
Todos os obreiros e todos os membros da Igreja devem dar à trombeta um
sonido claro e distinto. Agora é o tempo para unir-nos em amor, devoção e
zelo, e levantar-nos juntos para cumprir a missão que o Senhor nos confiou.
Agora é o tempo de terminar a obra” (Adventist Review, dezembro de 1982).

Atrasados

“Houvesse o desígnio de Deus sido cumprido por Seu povo em dar


ao mundo a mensagem de misericórdia, e Cristo haveria, antes disto, de ter
vindo à terra, e os santos teriam recebido as boas-vindas à Cidade de Deus.”
(Evangelismo, 694).
“Sei que, se o povo de Deus houvesse mantido viva ligação com Ele,
se Lhe houvessem obedecido à Palavra, estariam hoje na Canaã Celestial”.
(Evangelismo, 694).
“Se todo atalaia sobre os muros de Sião houvesse dado à trombeta
um sonido certo, o mundo haveria antes desta data ouvido a mensagem de
advertência. A OBRA, PORÉM, ACHA-SE COM ATRASO DE ANOS. Enquanto
os homens dormiram ,Satanás marchou furtivamente sobre nós” (Evangelismo,
694-695).
82

Como Apressar A Vinda De Cristo?

“Dando o evangelho ao mundo, está em nosso poder apressar a


volta de nosso Senhor” (Evangelismo, 696). É privilégio de todo cristão não
apenas esperar, mas apressar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. se todos
os que professam Seu nome estivessem levando frutos para Sua glória, quão
rapidamente todo o mundo seria semeado com a semente do evangelho! Em
pouco tempo a última colheita seria realizada e Cristo viria para juntar o
precioso grão. “Ela (a vinda do Senhor) não será retardada para além do tempo
em que a mensagem for levada a todas as nações, línguas e povos”
(Evangelismo, 697).

Onde Está O Erro?

Não há dúvida de que a igreja prega o evangelho. Realizam-se


grandes campanhas evangelísticas, apresentam-se programas de rádio e
televisão, produzem-se toneladas e toneladas de publicações, realiza-se obra
filantrópica. Mas é evidente que o progresso é lento. Ainda pior, em alguns
lugares do mundo não apenas não se progride, como ainda se retrocede.
Pareceria que sabemos que é necessário pregar o evangelho, mas algo
funciona mal com a metodologia. Algo deve mudar radicalmente para que a
mensagem seja proclamada com maior eficácia e muito maior rapidez.
Procuremos descobrir onde está o erro. Roy Allan Anderson disse:
“Foi um golpe de mestre da estratégia de Satanás quando obteve êxito em
dividir a Igreja em dois grupos definidos: os clérigos e os leigos. Essa divisão
não existiu na igreja apostólica” (Evangelismo, p. 66).
O erro tem consistido em que a obra de evangelizar e ganhar almas
tem sido considerada como dever e privilégio do pastor unicamente, sem
integrar os leigos.
Esse é um velho engano. Moisés o cometeu, ao fazer sozinho todo o
trabalho de organizar, dirigir e julgar o povo de Deus. A igreja primitiva o
cometeu em princípio, quando os apóstolos realizavam toda a obra pastoral,
evangelística e beneficente. A Igreja Adventista o tem cometido em larga
escala, e essa é a razão principal por que a obra está atrasada e os avanços
são penosamente pequenos.
83

O Espírito de Profecia previne clara e energicamente contra tal erro:


“Não é o desígnio do Senhor que se deixe aos ministros a maior
parte da obra de semear a semente da verdade” (Serviço Cristão, 67).
“O ministro não deve sentir ser seu dever fazer todas as pregações e
todos os trabalhos e todas as orações”(Serviço Cristão, 69).
“Não somente sobre o ministro ordenado repousa a
responsabilidade de sair a cumprir esta missão” (Idem, 12).
“A disseminação da verdade de Deus não se limita a alguns poucos
ministros ordenados” (Idem, 68).
“A idéia de que o ministro deve arcar com todos os encargos e
fazer todo o trabalho, é grande erro” (Idem, 68).
O Senhor Jesus jamais trabalhou sozinho. Estava constantemente
acompanhado de discípulos, seguidores e santas mulheres, que O assistiam
em Seu ministério e aos quais o Senhor ensinava.
O pastor trabalhando sozinho comete o mesmo erro que cometeria
um general que deve combater um forte exército inimigo e sai a batalhar só,
deixando todo o regimento nos quatéis.

A Quem Corresponde A Missão De Evangelizar?

“A Igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos


homens. Foi organizada para servir e sua missão é levar o evangelho ao
mundo. Desde o princípio tem sido plano de Deus que Sua igreja reflita para o
mundo Sua perfeição e competência” (Serviço Cristão, 15).
“Alguém tem de cumprir a comissão de Cristo; alguém tem que levar
avante a obra que Ele começou a fazer na Terra; e este privilégio foi concedido
à igreja. Para este fim foi ela organizada” (Idem, 14).
“Para sermos fiéis à nossa herança e estarmos à altura de nossa
tarefa atual, nossa estratégia deve insistir em que a evangelização se
considere como a responsabilidade de toda a igreja” (Evangelismo un
Concepto, p. 43).
“O evangelismo não é uma obra para uns poucos especialistas.
Evangelismo é a obra que Jesus designou a todos os Seus seguidores” (John
Shuler, Public Evangelism, p. 15).
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“O êxito no evangelismo depende não tanto da habilidade de um


evangelista, mas da atividade conjunta da igreja” (John W. Fowler).
Jamais foi o propósito de Deus ou de Cristo que a obra fosse apenas
dos ministros, mas sim da igreja em seu conjunto.

A Vocação Missionária Dos Leigos

A história bíblica ensina que Deus sempre buscou a participação do


homem nos grandes empreendimentos. Deus é Todo-poderoso e poderia fazer
tudo sem a ajuda de quem quer que seja. Entretanto, envolve o homem para
ensinar-lhe que tem o dever e o privilégio de colaborar com Deus. “os homens
são instrumentos nas mãos de Deus, por Ele empregados para cumprirem
Seus propósitos de graça e misericórdia” (Serviço Cristão, 11).

[1] Deus pediu que NOÉ dedicasse 120 anos para construir uma
arca e admoestar sua geração. Quando o povo de Israel combatia contra
Amaleque, MOISÉS devia manter erguidas as suas mãos. Na tomada de
Jericó, todo o povo teve de dar voltas em redor da cidade. No caso de Ai, só
uns poucos foram combater e foram derrotados. O Senhor ordenou a Josué:
“Não temas, não te atemorizes: toma contigo toda a gente de guerra, e dispõe-
te, sobe a Ai” (Josué 8:1). Quando Jesus multiplicou os pães e os peixes, foram
os discípulos os encarregados de distribuir o alimento.

[2] Na ressurreição de LÁZARO, Jesus ordenou que se removesse a


pedra e se desatassem as faixas do ressuscitado. “Cristo podia ter ordenado à
pedra que se deslocasse por si mesma, e ela Lhe teria obedecido à voz.
Poderia ter mandado aos anjos que se Lhe achavam ao lado, que fizessem
isso. ...Mas ela devia ser retirada por mãos humanas. Assim queria Cristo
mostrar que a humanidade tem de cooperar com a divindade. o que o poder
humano pode fazer, o divino não é solicitado a realizar. Deus não dispensa o
auxílio humano. Fortalece-o, cooperando com ele, ao servir-se das faculdades
e aptidões que lhe foram dadas” (DTN, 511).

[a] Quando os necessitados vinham a Jesus, encontravam salvação e


saíam convertidos em missionários. Depois de libertar os endemoniados,
85

Jesus lhes ordenou: “Volta para casa e conta aos teus tudo o que Deus
fez por ti” (Lc 8:39).

[3] “Os DOIS CURADOS POSSESOS foram os primeiros


missionários enviados por Cristo a pregar o evangelho na região de
Decápolis. ...Não podiam ensinar o povo, como os discípulos, que se achavam
diariamente com Cristo. Apresentavam, porém, em si mesmos o testemunho de
que Jesus era o Messias. Podiam dizer o que sabiam; o que eles próprios
tinham visto e ouvido, e experimentado do poder de Cristo. É o que todo
aquele cujo coração foi tocado pela graça de Deus é dado fazer” (DTN, 323).

[4] A SAMARITANA teve com Jesus um encontro que mudou sua


vida, e converteu-se imediatamente em uma fervorosa missionária. “A mulher
enchera-se de alegria ao escutar as palavras de Cristo. ...Coração
transbordante de alegria, apressou-se em ir comunicar a outros a preciosa luz
que recebera. ...Assim que encontrou o Salvador, a samaritana levou outros a
Ele. ...Ela transmitiu imediatamente a luz a seus concidadãos. Essa mulher
representa a operação de uma fé prática em Cristo. Todo verdadeiro discípulo
nasce no reino de Deus como missionário” (DTN, 170, 174).

[a] Quando ANDRÉ encontrou a Jesus, “achou primeiro ao seu próprio


irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias, e o levou a Jesus”
(João 1:41, 42).

[b] Jesus de imediato acendia em Seus seguidores uma forte vocação


missionária. Primeiro chamou OS DOZE e a seguir enviou-os a pregar.
Depois escolheu SETENTA e também os enviou a pregar.

[c] Na igreja primitiva todos pregavam. Era uma igreja em ação.


ESTEVÃO, um leigo, era pregador excepcional, de tal modo que “não
podiam sobrepor-se à sabedoria e ao Espírito com que ele falava” (At
6:10). FELIPE, o evangelista e instrutor bíblico do etíope, era um leigo.
Sem dúvida alguma, no aposento alto o Espírito Santo investiu de poder
aos apóstolos e aos leigos. Era uma igreja com vocação evangélica. A
missão correspondia a todos e todos a cumpriam com poder.
86

“Todo verdadeiro discípulo nasce no Reino de Deus como


missionário. Aquele que bebe da água viva, faz-se fonte de vida. O depositário
torna-se doador. A graça de Cristo na alma é como uma vertente no deserto”
(Serviço Cristão, 9).

“Aquele que se torna um filho de Deus deve, daí em diante,


considerar-se como um elo na cadeia descida para salvar o mundo, um com
Cristo em Seu plano de misericórdia, indo com Ele a buscar e salvar o perdido”
(CBV, 105).

“Todo o que haja recebido a Cristo é chamado a trabalhar pela


salvação de seus semelhantes” (Atos dos Apóstolos, 110).

“Os que se uniram ao Senhor em concerto de serviço, acham-se sob


obrigação de que a Ele se unir também na grande, sublime obra de salvar
almas” (Ts, vol. III, 82).

“Salvar almas deve ser a obra da vida de todos os que professam a


Cristo. Somos devedores ao mundo da graça que Deus nos concedeu, da luz
que tem brilhado sobre nós e da formosura e do poder que descobrimos na
verdade” (Testimonies, vol. IV, 53).

“Toda alma que Cristo salvou, é chamada a atuar em Seu nome pela
salvação dos perdidos. Esta obra fora negligenciada em Israel. Não é também
hoje negligenciada pelos que professam ser seguidores de Cristo?” (Parábolas
de Jesus, 191).

A Responsabilidade Do Pastor

Não existe a menor dúvida de que entre suas responsabilidades


indiscutíveis, o pastor deve fazer evangelismo e dedicar a maior parte do
tempo à conquista de almas.

Mas jamais deve olvidar qual é a tarefa principal de um dirigente. “E


Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas, e outros para pastores e mestres, COM VISTAS AO
APERFEIÇOAMENTO DOS SANTOS PARA O DESEMPENHO DE SEU
87

SERVIÇO” (Ef 4:11, 12). Quer dizer que o dever principal do pastor é preparar
seus membros para, juntos, realizarem a obra ministerial de apascentar o
rebanho, pregar o evangelho e ganhar almas. “A melhor ajuda que os ministros
podem prestar aos membros de nossas igrejas, não é pregar-lhes sermões,
mas planejar trabalho para eles. Dai a cada um uma obra a fazer em bem de
outros. Ajudai todos em ver que, como participantes da graça de Cristo, se
acham na obrigação de trabalhar para Ele. Especialmente aqueles que
acabam de abraçar a fé, devem ser educados de modo a se tornarem
coobreiros de Deus” (Serviço Cristão, 69).

“Os pastores não devem fazer a obra que pertence à igreja,


cansando-se eles mesmos, e impedindo que outros desempenhem seu dever.
Devem ensinar os membros a trabalhar na igreja e na comunidade” (Historical
Scketches, 291).

“Ao ser feito um esforço para se apresentar nossa fé aos incrédulos,


os membros da igreja ficam muitas vezes para trás, como se não fossem parte
interessada, e deixam todo o peso sobre os ministros” (Obreiros Evangélicos,
196).
“Mas muitos pastores falham em conseguir, ou em não tentar, que
todos os membros da igreja se empenhem ativamente nos vários ramos da
obra. Se os pastores dessem mais atenção a pôr e manter seu rebanho
ativamente ocupado na obra, haveriam de: 1)Realizar mais benefícios, 2)Ter
mais tempo para estudar, 3)Fazer visitas missionárias, 4)Também evitar muitas
causas de atrito” (OE, 198).

“Ensinem os ministros aos membros da igreja que, a fim de crescer


em espiritualidade, devem levar o fardo que o Senhor sobre eles pôs – o
encargo de conduzir almas à verdade. Aqueles que não estão fazendo face a
suas responsabilidades devem ser visitados, orando-se e trabalhando-se com
eles. Não leveis o povo a descansar em vós como ministros; ensinai-lhes antes
que devem usar seus talentos em comunicar a verdade aos que os rodeiam”
(OE, 200).
88

“O ministro não deve sentir ser seu dever fazer todas as pregações e
todos os trabalhos e todas as orações; cabe-lhe preparar auxiliares, em todas
as igrejas. Que pessoas diferentes se revezem na direção das reuniões, e em
dar estudos bíblicos; assim fazendo, estarão empregando os talentos que Deus
lhes deu, e, ao mesmo tempo, recebendo o preparo para serem obreiros” (OE,
197).

“Ao trabalhar em lugares onde já se encontram alguns na fé, o


ministro deve não tanto buscar a princípio, converter os incrédulos, como
exercitar os membros da igreja para prestarem cooperação proveitosa.
Trabalhe com eles individualmente, tentando despertá-los para buscarem eles
próprios experiência mais profunda, e trabalharem por outros” (OE, 196).

O pastor é como um general que recruta e prepara o maior número


de soldados. É como o maestro de uma orquestra, que ensina a cada um sua
parte e depois dirige a execução do concerto. O pastor de êxito é aquele capaz
de recrutar e pôr em ação a maior quantidade de membros da igreja na
evangelização e conquista de almas.

A Fórmula Da Vitória: Obreiros E Leigos Unidos

“Que os ministros e membros leigos saiam para os campos a


amadurecer” (Serviço Cristão, 67).

“ A obra de Deus nesta Terra nunca poderá ser terminada a não ser
que os homens e as mulheres que constituem a igreja concorram ao trabalho
e unam os seus esforços aos dos ministros e oficiais da igreja” (OE, 352).

“Todo o que haja recebido a Cristo é chamado a trabalhar pela


salvação de seus semelhantes. Os que ocupam lugar de líderes na igreja de
Deus devem sentir que a missão do Salvador é dada a todos os que crerem no
Seu nome. Deus deseja enviar para Sua vinha a muitos que não foram
consagrados ao ministério pela imposição das mãos” (Atos dos Apóstolos,
110).

“O cristão deve unir-se com o cristão, a igreja com a igreja, o


instrumento humano deve cooperar com o divino, e todo instrumento há de
89

subordinar-se ao Espírito Santo, e tudo deve combinar-se para dar ao mundo


as boas novas da graça de Deus” (General Conference Bulletin, 28 de fevereiro
de 1893, p. 421).

Mobilização Espiritual: Semana de Oração.

Como Mobilizar Os Leigos?

[1] PLANIFICAÇÃO

Apresentar aos leigos planos bem traçados, razoáveis e abrangentes.


Melhor ainda se os próprios leigos participam na elaboração dos planos.
Recordar que os planos grandes e audazes provocam uma grande
resposta; os planos tímidos e pequenos não entusiasmam a ninguém.

[2] COMUNICAR OS PLANOS

Os melhores planos que ninguém conhece jamais produzirão resultados.


Convém apresentar os planos em forma entusiasta, compreensível para
todos, e permitir as sugestões dos leigos, aceitando de bom grado as que
forem oportunas.

Não se deve procurar impor planos, pois a resposta será mínima. Os


planos devem ser de todos. Assim, todos se sentem envolvidos no
programa.

[3] RECRUTAMENTO

O ideal é que cada membro da igreja colabore segundo seu dom natural.
Certo pastor praticava a seguinte fórmula:

 33% da irmandade: ajudar no evangelismo e na conquista de


almas;
 33% da irmandade: ajudar na consolidação;
 33% da irmandade: ajudar na administração.

Há três tipos de recrutamento e podem ser feitos em forma pública ou
pessoal:
90

[a] Recrutamento permanente para atividades missionárias;


[b] Recrutamento para campanhas especiais;
[c] Recrutamento para os cargos administrativos mediante
nomeação.

[4] CAPACITAÇÃO

Os leigos devem receber instrução acerca de como realizar o trabalho


missionário. Em cada igreja deveria funcionar uma classe permanente de
capacitação missionária dos leigos. Quando se empreende uma
campanha evangelística grande, é necessário prover capacitação
especial.

Os instrutores podem ser:

[a] Diretor de atividades leigas do campo local;


[b] Pastor da igreja;
[c] Leigos com ampla experiência missionária.

Em distritos ou igrejas grandes, dificilmente o pastor poderá prover


capacitação para todos os leigos. Deverá limitar-se a capacitar instrutores
leigos, os que por sua vez capacitarão a outros leigos. A capacitação deve
ser um pouco de teoria e bastante prática.

[5] MATERIAIS PARA O TRABALHO MISSIONÁRIO

O que as armas e munições são para um exército, são os materiais para


os leigos. Um exército, por mais numeroso e valente que seja, se não tem
armas e munições está derrotado. Igualmente os leigos, por mais
voluntários e capazes que sejam, se não têm materiais são ineficientes.
Assim como o exército deve prover as armas e munições, a Igreja deve
prover aos leigos as munições espirituais, que são um bom material,
adequado e abundante. É um contra-senso esperar que os leigos
contribuam com seu tempo escasso, sua boa vontade e além disso
também tenham que comprar os materiais. A prática ensina que isso
anula qualquer plano. Definitivamente, a igreja deve prover os materiais.

[6] PROVER FUNDOS PARA O EVANGELISMO DOS LEIGOS [Fontes]


91

na Divisão Interamericana, cerca de 70% de todos os batismos são


atribuídos à atividade missionária dos leigos. Isso que dizer que a melhor
inversão que se pode fazer é prover fundos adequados para o
evangelismo dos leigos e para que tenham material bom e farto.

Os referidos fundos devem ser destinados pela Divisão, passando pelas


uniões e campos locais. Assim também as igrejas devem separar uma
boa quantia para evangelismo em seus orçamentos.

[7] SUPERVISÃO E AJUDA

Convém que o pastor e os leigos mais capazes supervisem o trabalho


realizado pelos leigos e prestem ajuda quando necessário.

[8] RECONHECIMENTO E CRÉDITO

Quando chega o momento do triunfo, nunca esquecer-se da parte que os


leigos desempenharam. Convém expressar reconhecimento e dar
incentivos.

Métodos Mais Eficazes Na Conquista De Almas Com A Ajuda Dos Leigos

Na atualidade, os métodos mais eficazes de ganhar almas na Divisão


Interamericana são, em ordem:

[a] Campanhas Evangelísticas. Podem ser campanhas no templo,


em lugares novos, ao ar livre. Os leigos têm-se demostrado
excelentes pregadores e muito bons organizadores.

[b] Estudos Bíblicos. Nos lares, com uma família ou um grupo de


famílias. Os leigos são extraordinários como instrutores bíblicos.
É necessário fornecer-lhes manuais de estudos bíblicos e, se
possível, transparências e outros materiais audiovisuais.

[c] Classes Batismais. Em cada igreja ou congregação devem


funcionar as classes batismais para: (1) menores; (2) jovens; (3)
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adultos. Os instrutores dessas classes serão leigos dignos de


todo respeito.

[d] O Lar: Centro de Evangelização e Conquista de Almas. Existe um


enorme movimento missionário que tende a transformar os lares
em centros de evangelização. O primeiro dever do lar é ganhar a
seus próprios membros não convertidos ainda. Oferecer o lar
para diversas atividades ganhadoras de almas, como:

 Reuniões evangelizadoras;
 Estudos bíblicos;
 Seminários;
 Filiais da Escola Sabatina.

Em vários lugares se dedica um dia da semana para as reuniões


no lar, com resultados assombrosos.

[e] Carteiros Missionários. Em vários países, os carteiros


missionários que levam as lições da Voz da Profecia ou outros
cursos, se tornaram uma ferramenta poderosa na conquista de
milhares de almas.

[f] Unidades Evangelizadoras.

[g] Seminários. Especialmente nos Estados Unidos os seminários


sobre o Apocalipse são um dos métodos mais eficientes na
conquista de almas.

[h] Projeto Pioneiro. É um plano de tremendo êxito na América do


Sul. Consiste em que um grupo de irmãos deixa sua igreja-mãe
para formar uma nova congregação ou igreja em lugar novo.

[i] Testemunho Cristão. Ensinar os irmãos a estarem prontos para dar


um curto testemunho de sua experiência cristã e da Bíblia, em
qualquer oportunidade que se apresentar.

[j] Publicações. O uso de nossas revistas missionárias, como


“Decisão”, e a distribuição de folhetos sempre rende uma
abundante colheita de almas.
93

O Triunfo É Seguro

“A Verdade há de em breve triunfar gloriosamente, e todos quantos


agora escolhem ser cooperadores de Deus, com ela triunfarão” (Evangelismo,
692).

“O povo de Deus unir-se-á, apresentando frente unida ao


inimigo. ...Então, a mensagem do terceiro anjo se avolumará num alto clamor,
e a terra inteira será iluminada com a glória do Senhor” (Evangelismo, 693).

Embora seja indispensável o trabalho denodado e unido de obreiros


e leigos, jamais devemos esquecer que a VITÓRIA FINAL será o resultado da
obra do Espírito Santo agindo através de canais limpos e consagrados.

Jesus disse a Seus desunidos discípulos: “Mas recebereis poder, ao


descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em
Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (At
1:8).

”O grande derramamento do Espírito de Deus, o qual ilumina a Terra


toda com Sua glória, não há de ter lugar enquanto não tivermos um povo
esclarecido, que conheça por experiência o que seja ser cooperador de Deus.
quando tivermos uma consagração completa, de todo o coração, ao serviço de
Cristo, Deus reconhecerá esse fato mediante um derramamento, sem medida,
de Seu Espírito; mas isso não acontecerá enquanto a maior parte dos
membros da igreja não forem cooperadores de Deus” (Serviço Cristão, 253).

“Quando colocarmos nossos corações em unidade com Cristo e


pusermos nossa vida em harmonia com Sua obra, o Espírito que desceu sobre
os discípulos no dia de Pentecostes descerá sobre vós” (Review and Herald,
30 de junho de 1903).

Oswald J. Smith tem as seguintes palavras desafiadoras: “Alguma


geração haverá de completar a evangelização do mundo. Por que não a
nossa? Por que deixar isso a outra? Se queremos, podemos fazê-lo” (Pasión
por las Almas, p. 49).
94

Oremos e trabalhemos para que este movimento de OBREIROS E


LEIGOS EM AÇÃO seja tão poderoso que a terra se encha “do conhecimento
da glória do Senhor” (Hc 2:14).

X - PRECAUÇÕES PARA A REUNIÃO EVANGELÍSTICA

[A] – Três dias antes do início, no Sábado, toda a parte interna e externa
do salão deve estar pronta.

[1] Bancos

[2] Mesa de recepção

[3] Mesa de projeção (tela)

[4] Quadro de giz

[5] Mesa de som (montado)

[6] Pintura simples

[7] Materiais de uso na recepção

[a] Fichas de inscrição


[b] Folhetos
[c] Convite para a 2ª semana
[d] Marcador de presença
[e] Lápis e outros
[f] Velas, remédios
[g] Bíblias
[8] Boa iluminação interna e ótima externa

[B] – Testar todos as aparelhos na 4ª feira que antecede o início da série.

[1] Ter o projetor de vídeo preparado.

[2] Ter todos os slides arrumados.

[3] Ver arrumação da plataforma e as flores.


95

[C] – Chegar ao salão 1 hora antes, para deixar tudo pronto para o início,
e receber, amigavelmente o povo à entrada.

[1] Aperte a mão, sorria, e olhe nos olhos das pessoas com
satisfação.

[D] – Ter responsáveis para as seguintes tarefas:

[1] Seis senhoras para cuidar da conferência simultânea – das


crianças. A líder pode ser a esposa do pastor.

[2] Disciplina interna do salão: obreiros e diaconisas (ajudam a


procurar passagens).

[3] Disciplina externa do salão: obreiros e diáconos.

[4] Se não houver chave geral da energia (ideal é ter uma pessoa
para ligar e desligar as luzes).

[5] Um homem para operar o som.

[6] Um homem para operar as máquinas.

[7] Vigia e zelador do salão.

[8] Colador dos filmes e reparador das máquinas.

[E] – Iniciar a reunião em ponto – 19:30h ou horário anunciado.

[1] Boas vindas calorosas.

[2] Música especial – às vezes há na própria igreja, ou se pode


buscar fora.

[3] Sorteio.

[4] Oração – pedidos por quaisquer problemas.

[5] Conferência ou classe bíblica (incluindo slides).

[6] Anúncios, próximo tema e despedida entusiasta.


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[7] O filme pode ser posto em qualquer momento da conferência, de


preferência no início.

[F] – Terminar no horário, no máximo até 21:10h.

[1] O evangelista e/ou seu associado despede o povo,


entusiasticamente, fazendo os avisos e tema da próxima noite.

[2] O tempo da reunião deve ser de 1:30h até 1:40h.

[3] Toda 6ª feira, entregar para o auditório, à saída, o convite da


próxima reunião.

[4] Dar folheto sobre o tema apresentado.

[5] Terminar a reunião com o povo ouvindo música à medida que vai
saindo.

[G] – A apresentação do tema deve ser mais solta do que numa pregação
de igreja. Deve-se sempre envolver o povo.

[1] Entrevistas.

[2] Apelos simples e progressivos.

[3] Pedir aplauso.

[4] Permitir perguntas, dar respostas brandas e amigas.

[5] O tipo de música deve ser mais próxima possível do gosto do


povo.

[H] – Propaganda.

[1] A principal é campanha de inscrições dos cursos VP.

[2] Carta convite dirigida a todos que iniciaram os cursos VO, a todos
os clientes de colportores, a todos os clientes de hospital que
assistiram a quaisquer cursos oferecidos pelo hospital. Carta
distribuída - 15 dias antes da conferência.
97

[3] Faixas de anúncio do início da conferência coladas 15 dias antes


do início.

[4] Outdoor – 1 mês antes.

[5] Balão inflável – 1 para cada conferência pastoral.

[6] Convites 10 a 20 vezes a capacidade do salão. Ver a


oportunidade de distribuir – 4 tipos diferentes – distribuídos no
mesmo dia.

[7] Carro propaganda – usa-se no dia de cada conferência.

[8] Uso de TV, spots sobre diversos cursos.

[a] Colocar por 20 dias, dez dias antes do início.

[b] Responsável é a ADSAT.

[c] Lançar fins de agosto, próximo da campanha do Governo


Federal sobre o Fumo.

[d] O 1º convite deve constar curso para Deixar de Fumar e


Beber.

[ I ] – O temário tem alguns objetivos.

[1] Quebrar o preconceito, nosso maior inimigo.

[2] Criar ligação afetiva entre o orador e o público.

[3] Fazer de cada ouvinte um cristão.

[4] Fazer de cada cristão um crente na 2ª vinda.

[5] Conduzi-los a ver a perpetuidade da lei de uma forma amiga: 10 –


1 = 0.

[6] Guardadores do Sábado e obedientes a toda lei bíblica.


98

[7] Fazê-lo ver a importância de pertencer ao povo remanescente de


Deus e sua doutrinas específicas.

[8] Batizar o maior número possível.

[9] Os temas podem seguir ordem diversa, conforme o pregador, mas


deve refletir uma ordem com objetivos claros.

[10] Princípios específicos.

[a] Consulta feita em EGW e a resposta dela da ordem


temática (Ev. 226, 227; Carta 2, 1885).

[1] Santidade prática.


[2] Devoção e piedade.
[3] Vida de Jesus.
[4] Profecias.
[5] Doutrinas.

[b] A primeira e mais importante mensagem que devemos


comunicar é que somos cristãos. (Ev., 231).

[1] O seguinte é que os amamos e desejamos seu bem.

[11] Hoje já existem livros de conferências prontas.

[a] Pr. Bessa.


[b] Pr. Campo Longo.
[c] Pr. Ruben Pereira.
[d] Pr. Feyeraben.
[e] Pr. Tucker.
[f] Pr. Belvedere.

[12] Princípios metodológicos gerais para evitar os preconceitos.

[a] Estar de acordo com nosso auditório em tudo que for


possível (Ev. 140, 141).

[b] Apresentar as porções da verdade que eles podem assimilar


(Ev. 142).

[c] Não perturbar sua maneira habitual de pensar (Ev. 140,


143,144).
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[d] Não lançar em rosto os erros (Ev. 172, 173, 267, 268, 305).

[e] Não sejamos ofensivos (Ev. 303, 304).

[f] Não apresentar temas controvertidos no princípio (Ev. 142,


246).

[g] Melhor forma de tratar com o erro é apresentar a verdade


(Ev. 166, 170).

[h] Relacionar as verdades com as recordações mais


acariciadas das pessoas (Ev. 148, 149).

[i] Apresentar com simplicidade e amor (Ev. 143).

[j] A mensagem tem que ser cristocêntrica.

[13] Temas de conferência conforme pastor Aeschlimann.

[a] Tipos de temas.

[1] Secular – religioso – inicia-se com vários temas


introdutórios, a seguir, gradativamente, com temas
religiosos. Para locais com muito preconceito ou novos.
Ex.: Plano como deixar de fumar e beber.

[2] Religiosos com enfoques sociais – poucos temas


introdutórios. Logo se apresenta o religioso. Cada
semana é incluído um assunto social, adequado a
lugares sem preconceitos, com terreno preparado e
quando é em igrejas.

[3] Combinação de social e religioso – cada noite é


apresentado um breve tema social – ou de saúde, e
logo após tema religioso. Podem ser oferecidos dois
cursos simultâneos, um sobre o lar, ou saúde e o outro
religioso.
100

[4] Curso bíblico – depois de alguns assuntos sociais, ou de


saúde, entra-se num curso de investigação bíblica,
tendo o público a Bíblia na mão, o mais usado no Brasil.
Antes da IB. , dá-se 2 temas de transição sobre stress,
AIDS, ou família.

[5] Seminário do Apocalipse.

XI - SEMINÁRIO DO APOCALIPSE – Sua Filosofia E Seu Uso.

[A] – O PROBLEMA – A maneira como estudam os pastores o apocalipse


no seminário e a maneira como deve ser ensinado ao povo.

[1] Os pastores aprendem, como não podia deixar de ser, um


Apocalipse acadêmico, próprio para uma elite de intelectuais de
teologia.

[B] – OS QUE ESTUDARAM O APOCALIPSE SE DIVIDEM EM 3


GRUPOS:

[1] O apocalipse foi a melhor matéria.

[2] O Apocalipse foi a mais pesada matéria.

[3] O apocalipse foi uma matéria pesada.

[4] Mas o Apocalipse, embora possua complexidade que desafie o


mais arguto erudito, ele foi escrito para a igreja em todos os seus
níveis.

[1] Resposta Ap. 1:3.

[C] – FINALIDADE – Ap 1:1 – Revelação de Jesus Cristo.

[1] Não se trata de um livro obscuro e difícil, mas a revelação de


Jesus.

[a] Revelação da Pessoa.


101

[b] Revelação da obra de Cristo.

[c] Revelação da doutrina de Cristo.

[2] No AT Jesus é revelado como uma promessa de salvação ao


povo de Israel, nas profecias messiânicas.

[3] Nos evangelhos Ele é apresentado como Deus conosco, O Servo


– Sofredor, cujo clímax é sua completa expiação na cruz e sua
ressurreição gloriosa.

[4] Nas epístolas, Ele é o Hóspede aguardado, que habita no interior


do homem na dispensação do Espírito Santo.

[5] no Apocalipse, Cristo glorioso é apresentado como tendo a


direção de sua vida no céu, apontada para sua igreja, aqui na
terra. Os ministros, Ele os mantém em sua mão direita.

[6] A doutrina ou o pensamento de Cristo.

[a] Revelação – Ap 1:1, 11.

[b] Justificação – Ap 1:5.

[c] Segunda vinda – Ap 1:7.

[d] Divindade – AP 1:8.

[D] – METODOLOGIA – apresentar o Apocalipse não é difícil, mas


simples.

[1] Em La Paz, foi apresentado o Seminário do Apocalipse, e uma


menina de 12 anos, interessada, ficou tão encantada com o
assunto que ensinava as lições ao seu pai médico.

[a] Ensinou a 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, o pai veio à conferência e todos se
batizaram.

[2] Em Belém, bairro da Guanabara, Sr. Pedro e uma família com 17


pessoas. Aparência de um estivador ou um “boxer”, professor
102

universitário federal, mestrado, convite a doutorado. Batizou-se


ele, sua esposa e mais cinco pessoas da família.

[3] Todos temos padrões de vida que são o resultado de 3 coisas:

[a] O que nos foi ensinado.

[b] O que pratica a nossa comunidade.

[c] O que experimentamos.

Isto forma o nosso senso comum das coisas, e por sua vez
os nossos padrões de vida.

[d] Cuscuz no Rio e no NE.

[4] O pastor aprendeu o Apocalipse erudito; pela pregação ele pratica


o Apocalipse erudito, experimenta algo cansativo para ele e para
o público. Este é o maior obstáculo para o seminário.

[5] O Apocalipse tem pouco ou nada de História. Ele é simples,


cristocêntrico e evangelístico.

[6] Isto vai nos conduzir a pregar as mensagens probantes da


teologia, que temos esquecido nos últimos anos.

[a] Os pioneiros a pregaram.


[b] Roberto Carlos – Roqueiro.
[c] IASD – Hoje.

[7] Processo do Seminário – Há diversos tipos.

[a] Professor.
[b] Manual de Professor.
[c] Manual de Aluno .
[d] Sala.
[e] Alunos.
[f] Discussão e exposição.
[g] Gastar-se-ia 3 anos até a implementação deste processo.

[1] 1º ano – conscientização.


[2] 2º ano – instrução.
[3] 3º ano – treinamento.
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[h] Já temos um seminário pronto, sendo usado a longo tempo,


como forma básica do nosso culto – a lição da Escola Sabatina.
Não precisa ser ensinado o processo, porque já há milhares de
pessoas, os professores de Escola Sabatina que o praticam.

[8] Seminário de apocalipse e seu uso.

[a] No trabalho pessoal como estudo bíblico – preparação de


terreno.

[b] Em série de conferências, na fase de consolidação.

[c] Como temas de conferência no estilo de classe bíblica.

[d] Como temas de conferência no estilo de Escola Sabatina,


dividindo o auditório em classes de 15 a 30 alunos. Para
isto é necessário treinar os professores com os temas.

[1] Neste processo pode ser feito uma introdução geral do


tema.

[2] E ainda pode-se fazer uma recapitulação com


audiovisual.

[e] Foram usados todos estes processos nas conferências de


Ariquêmis e Belém com bons resultados.
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BIBLIOGRAFIA

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Paulo, Cresça, 1981.
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[SEM AUTOR]. “A Missão da Igreja no Mundo de Hoje”. Congresso de
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