Automutilação e Depressão
Automutilação e Depressão
Automutilação e Depressão
As situações nas quais ocorre ferimentos propositais contra o próprio corpo é uma
tendência autodestrutiva inconsciente. O impulso auto punitivo estaria à espreita
(recalcado), aguardando uma chance para se manifestar.
Uso de drogas
Cruz, M., S., M arques, A., C., P.,R., (2000), O adolescente e o uso de drogas, Rev Bras
Psiquiatr, 22(Supl II):32-6
Santos, M.,A., Pratta, E., M., M.,(2012) tempo psicanalítico, Rio de Janeiro, v. 44.i, p. 167-182.
Automutilação
Na leitura médica e psiquiátrica, o sintoma é algo que geralmente deve ser eliminado (ou
tratado) para que o sujeito volte ao estado anterior de saúde. Outra leitura, adotada também
pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), é que a automutilação,
em si mesma, é um transtorno.
Desde a metade do século XIX, existem nos Estados Unidos vários artigos sobre estudos de
caso na literatura médica sobre as formas mais severas de automutilação. Esses eram
principalmente sobre psicóticos que tinham incidentes isolados de automutilação extrema –
geralmente induzidos por alucinações ou ilusões de fundo religioso –, como enucleação dos
olhos ou castração.
Entre a metade e o final do século XIX, foram registrados vários relatos de casos de mulheres,
então diagnosticadas como histéricas, que furavam suas peles com agulhas. “Uma ‘garota
agulha’, como eram chamadas na época, teve 217 agulhas extraídas de seu corpo num período
de 18 meses. Outras 100 agulhas foram encontradas no ombro de uma jovem holandesa”
(Strong, 1998, p. 30).
Segundo Turner (2002), o primeiro artigo sobre automutilação publicado na literatura médica,
em 1846, foi um relato de caso de uma viúva maníaco-depressiva de 48 anos que removeu
seus próprios olhos. Ela cometeu a enucleação porque sentia que seus olhos a estavam
levando a desejar homens e, consequentemente, a pecar.
A automutilação representava um sacrifício de uma parte do corpo pelo bem de todo o corpo
(Menninger, 1938/1966).
Viana, T., C., Carvalho, I., S., Chatelard, d., S., Araújo, J., F., B.,
O CORPO NA DOR: AUTOMUTILAÇÃO, MASOQUISMO E PULSÃO
DOI: http//dx.doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v21i2p497-515.