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Altri - Relatório e Contas 2015

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31 de Dezembro de 2005

Introdução
Enquadramento macroeconómico
Evolução bolsista
Actividade do grupo
Análise financeira
Proposta de aplicação
de resultados
Eventos subsequentes
Perspectivas para o ano de 2006
Governo da Sociedade
Disposições legais
Declaração de responsabilidade
Considerações finais
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
(SOCIEDADE ABERTA)

Altri, S.G.P.S., S.A.


(Sociedade Aberta)

Relatório do
Conselho de Administração

Contas Consolidadas

Rua General Norton de Matos, 68


4050-424 Porto
Capital Social: 25.641.459 €
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 2
ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 3
EVOLUÇÃO BOLSISTA 6
ACTIVIDADE DO GRUPO 8
ANÁLISE FINANCEIRA 13
PROPOSTA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO
RESULTADO LÍQUIDO INDIVIDUAL 17
EVENTOS SUBSEQUENTES 17
PERSPECTIVAS PARA O ANO DE 2006 17
GOVERNO DA SOCIEDADE 18
DISPOSIÇÕES LEGAIS 30
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE 31
CONSIDERAÇÕES FINAIS 31

Exercício de 2005 1
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Senhores accionistas

Dando cumprimento ao disposto na Lei, vem o Conselho de Administração da


Altri,S.G.P.S., S.A. (Sociedade Aberta) apresentar o Relatório de Gestão relativo ao
exercício de 2005.

INTRODUÇÃO

A Altri, S.G.P.S., S.A. foi constituída no âmbito do projecto de reestruturação do Grupo


Cofina, S.G.P.S., S.A. durante o primeiro trimestre de 2005, através do destaque, por
cisão, da participação social detida por aquela sociedade na Celulose do Caima,
S.G.P.S., S.A., na modalidade de cisão-simples conforme previsto na alínea a) do n.º 1 do
art. 118º do Código das Sociedades Comerciais. Esta operação teve por objectivo
agrupar as participações financeiras do Grupo Cofina numa lógica de negócio, passando
assim os interesses no sector dos media a estar agregados no Grupo Cofina e os da área
industrial integrados na Altri, S.G.P.S., S.A. A data relevante para produção de efeitos
contabilísticos e jurídicos desta operação ocorreu no dia 1 de Março de 2005, o mesmo
dia em que as suas acções foram admitidas para negociação no mercado de cotações
oficiais da Euronext Lisbon. As acções representativas do capital social da Altri, S.G.P.S.,
S.A. foram atribuídas aos accionistas da Cofina, S.G.P.S., S.A. na relação de uma acção
representativa do capital social da Altri, S.G.P.S., S.A. por cada acção da Cofina,
S.G.P.S., S.A. detida.

Como operações acessórias a esta cisão, de modo a concluir de forma plena a


reestruturação e a equilibrar a situação patrimonial das duas sociedades, ocorreram ainda
as seguintes transacções anteriormente à data de constituição da Altri:
- distribuição, em 11 de Fevereiro de 2005, de reservas livres aos accionistas da Celulose
do Caima, S.G.P.S., S.A. no montante de cerca de 37 milhões de euros, correspondentes
a um dividendo de aproximadamente 1,9 euros por acção;
- aquisição das acções da F. Ramada – Aços e Indústrias, S.A. (Grupo F. Ramada)
detidas anteriormente pelas empresas do Grupo Cofina (correspondentes à totalidade do
capital dessa empresa) pela Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. pelo valor de cerca de 36
milhões de euros;
- aquisição de 10.682.321 acções representativas de 19,80% do capital social da VAA –
Vista Alegre Atlantis, S.G.P.S., S.A. pela Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. (operação
concretizada ainda durante o exercício de 2004).

Deste modo, à data de produção de efeitos jurídicos e contabilísticos da operação de


cisão e de admissão da Altri, S.G.P.S., S.A. à negociação no mercado de cotações
oficiais da Euronext Lisbon (1 de Março de 2005) as condições para a concretização da
cisão-simples da Cofina, S.G.P.S., S.A., e consequentemente para o desenrolar de toda a
tramitação subsequente a tal cisão, já se haviam verificado, nomeadamente no que se
refere à aquisição das acções da F. Ramada e à distribuição de reservas da Celulose do
Caima.

No âmbito da cisão-simples da Cofina, S.G.P.S., S.A. não se verificou qualquer


passagem de dívida desta sociedade para a Altri, resultando a dívida constante do
balanço consolidado do Grupo Altri unicamente da realização das operações acessórias à
cisão acima mencionadas, e da actividade das empresas que integram o grupo.

Exercício de 2005 2
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O exercício de 2005 ficou ainda marcado pela aquisição de 95% do capital da Celtejo –
Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (empresa anteriormente denominada Portucel Tejo –
Empresa de Celulose do Tejo, S.A.) no âmbito do concurso público referente à primeira
fase do processo de reprivatização dessa sociedade, num investimento que ascendeu a
cerca de 38 milhões de euros.

Como consequência do processo de cisão, a Altri passou assim a agregar as


participações detidas anteriormente pelo Grupo Cofina nos sectores da pasta de papel e
do aço, sendo a estrutura das principais participações financeiras detidas em 31 de
Dezembro de 2005 conforme se ilustra em seguida:

Celtejo
95%

100 %
Caima Pasta e Papel

Pasta de Papel 10,5%


Vista Alegre Atlantis
100 % F. Ramada Cristais, Vidros e Porcelanas

Aços e Sistemas de Armazenagem

Tendo em consideração a data de produção de efeitos jurídicos e contabilísticos da


constituição da sociedade (1 de Março de 2005) a informação financeira consolidada da
Altri, S.G.P.S., S.A. reporta-se, somente, à actividade da Sociedade e dos Grupos
Ramada e Caima desenvolvida a partir dessa data e do Grupo Celtejo a partir de 1 de
Agosto de 2005. São no entanto apresentados dados relativos a 12 meses de actividade
sempre que tal se demonstre ser de maior interesse para a análise da actividade do
Grupo, nomeadamente no que se refere à comparação face ao ano de 2004.

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

Enquadramento Internacional

Apesar de ainda não estarem disponíveis dados definitivos, estima-se que a economia
mundial registe um nível de crescimento em 2005 ligeiramente acima de 4% face ao ano
transacto, evolução justificada pelo comportamento favorável dos mercados financeiros e
pelo estímulo dado pelas políticas económicas, que se traduziu na melhoria do volume de
negócios e das perspectivas das empresas. Contribuindo também para esta evolução,
não poderemos deixar de realçar o efeito da subida significativa dos preços do petróleo e
matérias-primas, bem como dos contínuos desequilíbrios estruturais verificados nas
economias mais avançadas. Em termos particulares, será de destacar o crescimento
significativo de algumas economias emergentes, como a China e Índia que, a par dos
EUA e dos novos membros da União Europeia, continuaram a apresentar um forte
dinamismo económico, bem como a retoma económica verificada no Japão e o modesto
crescimento da Zona Euro.

Apesar da subida do preço do petróleo, o aumento das taxas de juro nos Estados Unidos
(2 pontos percentuais) e na Zona Euro (0,25 pontos percentuais) e a revisão em baixa
das expectativas de crescimento para 2006, o desempenho dos mercados financeiros
internacionais em 2005 foi globalmente favorável, registando-se um aumento dos

Exercício de 2005 3
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

resultados das empresas de diversos sectores de actividade e uma maior procura


institucional de títulos de dívida pública.

Nos EUA as taxas de juro do mercado monetário de curto prazo registaram um aumento
de cerca de 200 pontos base, bastante elevado quando comparado com o crescimento de
cerca de 30 pontos base verificado na Zona Euro. No mesmo sentido variaram as taxas
de rendibilidade das obrigações de dívida pública de longo prazo nos EUA, que
apresentaram em 2005 um valor 17 pontos base acima do valor registado em 2004,
situando-se na ordem dos 4,4%, tendo este indicador na Europa evidenciado uma quebra
de 37 pontos base, cifrando-se nos 3,3% no final de 2005.

O ano de 2005 foi ainda caracterizado por uma depreciação do Euro de 12,6% face ao
Dólar americano, após três anos consecutivos de valorização em termos efectivos. Em
resultado, o Banco Central Europeu iniciou uma política de subida de juros, que poderá
resultar em potenciais pressões inflacionistas a médio prazo. No entanto, a conjuntura de
elevada taxa de desemprego verificada na Europa (8,3%), conjugada com a moderação
salarial verificada, mantiveram a inflação relativamente controlada (2,2% em Dezembro
de 2005), verificando-se uma subida de apenas 25 pontos base nas taxas de juro das
principais operações de refinanciamento.

Ao nível bolsista, os principais índices accionistas europeus (CAC 40, DAX e IBEX 35)
verificaram valorizações significativas, à semelhança do que se passou no Japão, onde o
índice Nikkei valorizou cerca de 40,2% face ao ano anterior. Nos Estados Unidos
verificou-se um desempenho menos positivo dos mercados accionistas, com os índices
Nasdaq e S&P 500 subiram cerca de 1,4% e 3% respectivamente, enquanto que o Dow
Jones caia 0,6% em resultado da tendência de subida de juros de referência para
próximo do seu nível neutral (4,25% no conjunto do ano).

Enquadramento Nacional

No ano de 2005 o PIB em Portugal cresceu 0,3%, com a procura interna a ser afectada
pelas elevadas taxas de desemprego (7,6% em termos médios) e por níveis de confiança
relativamente baixos, sendo este moderado crescimento da economia portuguesa
justificado por factores como a desaceleração da procura interna, em resultado da queda
do investimento, e o abrandamento do consumo. Apesar da desaceleração das
exportações, a moderação das importações reflectiu-se na melhoria do contributo da
procura externa líquida para o crescimento do produto. A evolução ao longo do ano de
2005 foi diferenciada, registando-se no segundo semestre uma recuperação gradual das
exportações e uma moderação mais intensa da procura interna. Neste sentido, a inibição
da recuperação sustentada da economia portuguesa teve na sua base a debilidade
verificada na recuperação europeia, bem como o aumento do preço do petróleo e a fraca
competitividade externa agravada pelo alargamento europeu e a globalização.

Perspectivas futuras

Na Zona Euro, prevê-se actualmente um evolução positiva a decorrer durante os


próximos dois anos, com o crescimento real estimado do PIB a situar-se no intervalo
entre 1,4% e 2,4% em 2006 e 2007. A recuperação da actividade será sustentada pelas
exportações e pelo investimento interno, perspectivando-se que o consumo privado
mantenha um crescimento moderado, em linha com a evolução esperada do rendimento
disponível real.

Exercício de 2005 4
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O mercado de trabalho na Zona Euro continua a dar sinais de melhoria gradual,


prevendo-se um maior dinamismo da economia e um incremento do grau de confiança
dos empresários.

Quanto à taxa de inflação média anual no conjunto da Zona Euro, prevê-se que esta se
situe entre 1,6% a 2,6% em 2006 e entre 1,4% e 2,6% em 2007, tendo por base a
diminuição progressiva do contributo do preço da energia bem como a manutenção do
crescimento nominal dos salários a níveis moderados e a previsão do aumento
significativo dos impostos indirectos na Alemanha em 2007.

Para 2006 prevê-se um aumento do ritmo de crescimento da actividade económica em


Portugal para níveis próximos dos verificados em 2004. Na base desta evolução estará o
impulso dado pelas exportações, a evoluírem em linha com o crescimento dos mercados
internacionais, recuperação que continuará, no entanto, dependente pela evolução débil
da procura interna. Prevê-se que o consumo denote uma ligeira desaceleração em 2006,
em contraposição com a ténue recuperação do investimento, em função das restrições
financeiras do sector público e do elevado nível de endividamento das famílias. O
investimento empresarial será a base da recuperação do investimento total, o que se
prevê venha a resultar num aumento do emprego, ainda assim insuficiente para evitar
novos aumentos da taxa de desemprego.

Exercício de 2005 5
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

EVOLUÇÃO BOLSISTA

(Nota: Consideramos o PSI 20 como um índice com valor inicial idêntico ao do título em
análise, de forma a possibilitar uma melhor comparação das variações das cotações.)

De um modo geral, o ano de 2005 registou um crescente dinamismo ao nível do mercado


de capitais com uma valorização de cerca de 13% no principal índice bolsista português
(PSI 20) depois de ultrapassado um ligeiro abrandamento ocorrido no primeiro semestre
do ano (onde se registou uma desvalorização de 1% face ao início do ano). Este índice
fechou o ano de 2005 nos 8.619 pontos (um aumento de 1.019 pontos face aos 7.600
pontos em 31 de Dezembro de 2004).

As acções da Altri, S.G.P.S., S.A., passaram a ser cotadas no mercado de capitais desde
1 de Março de 2005, data da sua constituição, e mantiveram durante todo o ano, uma
performance superior à do índice PSI 20. O valor das acções apresentou assim uma
performance muito positiva, tendo-se estreado a cotar nos 1,11 euros por acções e
encerrando o ano nos 3,04 euros, reflectindo o reconhecimento, por parte dos
investidores, da capacidade de crescimento do Grupo.

Evolução bolsista

3,5
3
2,5
2 PSI 20
1,5 Altri
1
0,5
0
Mar- Abr- Mai- Jun- Jul- Ago- Set- Out- Nov- Dez-
05 05 05 05 05 05 05 05 05 05

No exercício de 2005, foram transaccionadas cerca de 167 milhões de acções da Altri,


corroborando a vitalidade da Empresa no mercado de capitais. A capitalização bolsista
em 31 de Dezembro de 2005 ascendia a cerca de 156 milhões de euros, tendo encerrado
o ano a cotar nos 3,04 euros por acção.

Em 28 de Abril de 2005 foram comunicados ao mercado os resultados da Altri relativos ao


primeiro trimestre de 2005 (os quais correspondiam somente a um mês de actividade),
cujas contas consolidadas pró-forma (integrando três meses de actividade do Grupo
Caima e do Grupo Ramada) apresentavam um crescimento das vendas de cerca de 15%
face ao período homólogo comparativo anterior para os 36,7 milhões de euros, e um
EBITDA consolidado de 7,3 milhões de Euros, comparável com 5,4 milhões de euros
obtidos no primeiro trimestre de 2004 representando assim um crescimento de 34%.

Em 25 de Maio de 2005 a cotação das acções da Altri subia mais de 7%, atingindo o seu
máximo desde 17 de Março e registando o volume de transacções mais elevado desde a
segunda semana de negociação em resultado da actividade intensa dos «liquidity
providers», a poucos dias da decisão sobre a nova composição do PSI 20, e com
recomendações favoráveis por parte dos principais analistas.

Exercício de 2005 6
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Num comunicado enviado em 20 de Junho de 2005 pela Euronext Lisbon, a bolsa


nacional confirmou a entrada da Altri para o principal índice accionista da Euronext
Lisbon, o PSI 20. A liquidez dos últimos seis meses, até ao final de Maio, foi o critério
mais relevante para determinar as entradas. No caso da Altri, que começou a cotar em
bolsa no início de Março, a Comissão Gestora do índice excluiu a liquidez das primeiras
15 sessões efectuando uma extrapolação para o período em falta. Em reacção a este
facto e suportando a notoriedade e potencial de valorização das suas acções no
mercado, as acções da Altri negociavam em 21 de Junho em subida máxima de 6,56%
para os 1,30 euros e liderava a liquidez na bolsa nacional, com mais de 700 mil títulos
negociados.

Em 28 de Junho de 2005, o Conselho de Ministros aprovou a alienação de 95% do capital


da Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (anteriormente denominada Portucel
Tejo) à Invescaima – Investimentos e Participações, S.G.P.S., SA, empresa subsidiária
do Grupo Caima. A operação havia sido decidida pelo anterior Governo, tendo a proposta
apresentada pela Empresa sido aprovada em 28 de Fevereiro de 2005, pelo júri do
processo de reprivatização presidido pelo Inspector-Geral de Finanças. Nessa altura, o
processo de alienação de 7.125.000 acções da Celtejo, representativas de 95% do capital
da referida empresa, havia sido aprovado por uma quantia de 37,9 milhões de Euros,
montante que foi reconfirmado na resolução do Conselho de Ministros tornada pública a
esta data. Assim, em 12 de Julho de 2005 o Grupo Caima, subholding da Altri para os
investimentos no sector da pasta de papel, concretizou finalmente a aquisição de 95% do
capital da Celtejo.

Em Agosto de 2005 o Grupo, através da subsidiária Celulose do Caima S.G.P.S.


procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista de 21,5 milhões de euros por um
prazo de seis anos. As obrigações relativas a este empréstimo passaram a ser cotadas
no mercado de capitais a partir de 7 de Março de 2006.

Em 30 de Setembro de 2005, através de comunicado, a Altri informou que adquiriu as


107.710 acções detidas pelos accionistas minoritários da Celulose do Caima, SGPS,
S.A., pelo valor global de 484.695 euros, passando a dominar totalmente mencionada
sociedade. As acções da Empresa encerraram a sessão bolsista a cotar nos 1,97 euros.

Em comunicado relativo às demonstrações financeiras do primeiro semestre de 2005


(que englobam unicamente 4 meses de actividade, dado a sociedade ter sido constituída
em 1 de Março de 2005) realizado a 8 de Setembro de 2005, a Altri apresentou
resultados líquidos de 4,8 milhões de euros. As receitas operacionais do período de
quatro meses findo em 30 de Junho atingiram o valor de 52,5 milhões de euros e o “cash
flow” operacional ascendeu a 9,9 milhões de euros. Nesta data, as acções da Altri
fecharam a cotar nos 1,73 euros por acção.
Em 13 de Outubro de 2005, a Altri celebrou, através da sua participada Celulose do
Caima, S.G.P.S., S.A. um acordo com a EDP – Energias de Portugal, S.A. com o
objectivo de adquirir uma participação de 50% do capital social da EDP Produção –
Bioeléctrica, S.A., numa transacção de 7,5 milhões de euros.

Em 27 de Outubro de 2005 a Altri anunciou os seus resultados relativos ao terceiro


trimestre de 2005 (que engloba unicamente 7 meses de actividade dos grupos F. Ramada
e Caima, dado a sociedade ter sido constituída em 1 de Março de 2005 e 2 meses de
actividade do grupo Celtejo, em virtude da participação financeira neste grupo ter sido
adquirida em Julho). A Altri apresentou um resultado líquido para o período de sete
meses no montante de 8,4 milhões de euros, com as receitas operacionais a atingirem os
99,3 milhões de euros, tendo sido gerado um “cash flow” operacional de 19,1 milhões de
euros. Nesta data, as acções da Altri fecharam a cotar nos 2,56 euros por acção.

Exercício de 2005 7
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ACTIVIDADE DO GRUPO

Tendo a sua génese sido o resultado de um processo de reestruturação do Grupo Cofina


que teve como objectivo de agregar os sectores de actividade numa lógica de negócio, a
Altri é actualmente detentora de interesses nas indústrias de Pasta de papel e Aços e
Sistemas de armazenagem, possuindo ainda uma participação residual no sector de
cristais, vidros e porcelanas.

Celtejo
95%

100 %
Caima Pasta e Papel

Pasta de Papel 10,5%


Vista Alegre Atlantis
100 % F. Ramada Cristais, Vidros e Porcelanas

Aços e Sistemas de Armazenagem

A. Pasta e Papel

A participação neste sector é efectuada através da Celulose do Caima S.G.P.S., a qual


por sua vez detém, entre outras, a Caima – Indústria de Celulose, dedicada unicamente à
actividade de produção e comercialização de pasta de papel, a Silvicaima, unidade
detentora e gestora dos recursos florestais do grupo, a Caima Energia, que responde à
necessidades de energia eléctrica e térmica para as empresas associadas e a Celtejo
que produz e comercializa pastas kraft cruas e papel kraftsaco, através da sua subsidiária
CPK..

Caima SGPS

100%
Invescaima

100%
100%
Inflora Caima Indústria
10,5%

100% 100% Vista


Silvicaima Caima Energia Alegre
Atlantis

95%
Celtejo

Em Agosto de 2005 a Celulose do Caima S.G.P.S. procedeu à emissão de um


empréstimo obrigacionista de 21,5 milhões de euros por um prazo de seis anos. As
obrigações relativas a este empréstimo passaram a estar cotadas no mercado de capitais
Exercício de 2005 8
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

a partir de 7 de Março de 2006. Este empréstimo tem como finalidade aumentar a


maturidade média do passivo financeiro do Grupo Caima/Celtejo e reforçar a sua
capacidade de investimento.

MERCADO

O mercado de pasta para papel continuou a sofrer em 2005, o efeito conjugado da


decepcionante evolução da economia europeia e da apreciação do euro face ao dólar
americano. No entanto, a partir de Setembro 2005, verificou-se uma inflexão na evolução
cambial, tendo o dólar vindo a sofrer uma gradual apreciação face ao euro até Dezembro
2005.

Os preços das pastas branqueadas de eucalipto (BEKP), quando expressos em euros,


sofreram um acréscimo médio de 9,7% face ao valor de 2004.

As pastas de fibra longa (NBSK) mantiveram preços semelhantes ao ano anterior, tendo-
se terminado o ano numa situação pouco habitual, com preços de fibra longa
praticamente iguais aos de fibra curta.

Evolução do Preço da Pasta de Papel nos Mercados Internacionais


Valor es em eur os/ t onelada

550
500
450
BHKP PIX
400
350
300
Jan- Fev- Mar- Abr- Mai- Jun- Jul- Ago- Set- Out- Nov- Dez-
05 05 05 05 05 05 05 05 05 05 05 05

GRUPO CAIMA

Actividade Comercial

A empresa prosseguiu em 2005 a sua actividade comercial em linha com a estratégia


seguida nos últimos anos, que se caracteriza fundamentalmente pela presença em nichos
de mercado, orientados para a valorização das características intrínsecas da pasta
Caima. A pasta Caima, com branqueamento TCF (totally chlorine free) é especialmente
solicitada em mercados do norte da Europa.

As vendas registaram um volume de 113 204 toneladas de pasta, 6,7% superior ao


alcançado em 2004, consolidando-se assim acima das 100.000 toneladas pelo quarto ano
consecutivo. O volume de negócios associado à venda de pasta teve um acréscimo de
15,2 %, face a 2004.

O mercado Português representou cerca de 12,3% do volume de vendas de pasta, tendo


os restantes 87,7% sido colocados em mercados de primeira linha nomeadamente
Espanha, Alemanha, França, Suécia, Reino-Unido e Suíça. Os mercados extra-Europa
representaram um volume residual na ordem dos 0,9% do volume total de vendas.

Exercício de 2005 9
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

A partir de biomassa residual, resultante da actividade de produção de pasta de papel, a


Caima Energia comercializa o vapor para o processo de fabricação de pasta da Caima –
Indústria de Celulose, S.A. e energia eléctrica, cuja produção foi integralmente vendida a
EDP.

Actividade Industrial

O ano de 2005, foi caracterizado por um bom desempenho do sector da produção,


atingindo um volume do produção de 108.104 toneladas de pasta, situando-se assim
acima da produção do exercício anterior, fruto da exploração optimizada da capacidade
produtiva da fábrica.

Os custos directos unitários de produção situaram-se em valores idênticos aos do ano


anterior como resultado da optimização da capacidade produtiva e da melhoria do
controlo dos processos.

Os investimentos realizados totalizaram 6,8 milhões de euros, sendo de realçar os


investimentos realizados no domínio da captação de emissões para a atmosfera, na
modernização da instalação de corte da pasta, na recolha e reprocessamento de
derrames e na recepção da biomassa, os quais tiveram um impacto significativo na área
ambiental e das condições de trabalho.

Em 2005, foi produzido um total de 93,6 Gwh de energia eléctrica, valor superior ao de
2004, que totalizou 92,9 Gwh. Verificou-se um aumento da venda de vapor à Caima –
Indústria da Celulose, S.A., passando de 228.272 toneladas em 2004 para 235.798
toneladas em 2005, a atingindo um valor de 3.5 milhões de euros.

Ambiente, Qualidade e Segurança

Para além da manutenção dos Sistemas de Gestão da Qualidade (NP EN ISO


9001:2000), a implementação das políticas na área do ambiente garantiram a
manutenção da certificação pela norma NP EN ISSO 14001. No final do ano, foi concluído
o processo, com a auditoria de concessão, para certificação do Sistema de Gestão da
Segurança e Saúde no Trabalho pela norma NP 4397 (OHSAS 18001) bem como a
acreditação do Laboratório pela norma NP EN ISSO/IEC 17025.

Durante o ano de 2005 foi cumprida a legislação ambiental, nomeadamente no que se


refere aos parâmetros das emissões líquidas e gasosas, bem como no exigível para a
gestão e valorização de resíduos sólidos. Foram, igualmente, concluídos os investimentos
relacionados com o plano que visava o cumprimento da directiva comunitária sobre o
controlo integrado de poluição (IPPC) transcrita pelo decreto-lei 194/2000, tendo sido
formalizado o processo para obtenção do correspondente Licenciamento Ambiental.

Investigação e Desenvolvimento

Na vertente tecnológica, foi mantida a cooperação com os Departamentos de Química e


de Ordenamento e Ambiente da Universidade de Aveiro, no âmbito de Projectos de
Investigação e Desenvolvimento nas áreas da digestão anaeróbia de condensados da
evaporação e na engenharia de processo associada às áreas de cozimento da pasta e à
optimização dos processos de branqueamento TCF.

Exercício de 2005 10
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

GRUPO CELTEJO

(actividade relativa ao período de 1 de Agosto de 2005 a 31 de Dezembro de 2005)

Os preços das pastas cruas em 2005, foram, em média, semelhantes aos do ano anterior.

Os volumes de vendas, no período em apreço, foram de 54,7 milhares de toneladas de


pastas kraft cruas e de 22,1 milhares de toneladas de papel kraftsaco. O volume de
negócios ascendeu a 26,9 milhões de euros.

Processo de reestruturação – o período caracterizou-se pela definição e prossecução


do processo de reestruturação das empresas do Grupo Celtejo.

Neste âmbito, merece destaque a concretização de algumas medidas estruturais:

a) reorganização e racionalização do quadro de pessoal, que permitiu, com recurso


essencialmente a rescisões por mutuo acordo, e com acréscimo de eficiência, uma
redução de cerca de 30% dos efectivos.

b) Renegociação, com claras vantagens financeiras para o Grupo, dos principais


contratos de matérias primas e serviços.

c) Agilização e normalização de processos numa lógica empresarial por forma a tirar


partido das sinergias com o Grupo Caima.

No final do exercício a reestruturação estava concluída, correspondendo inteiramente às


melhores expectativas. É nossa convicção que o Grupo Celtejo, nas actuais condições de
preços de mercado, possa atingir em 2006 uma margem de EBITDA de 22%.

B. Aços e Sistemas de Armazenagem

A Altri detém a totalidade dos direitos de voto do Grupo F. Ramada através do qual
intervém no mercado dos Aços e Sistemas de Armazenagem, podendo a estrutura
organizativa deste grupo ser esquematizada do seguinte modo:

F. Ramada

100% 100%
F.Ramada
Universal Afir
Estruturas

100% 90% F.Ramada II 10%


BPS
Imobiliária

100% 100% 98%


F.Ramada Serviços 2%
Storax UK
Gestão

Storax Benelux

Para além destas duas principais áreas de negócio, a F. Ramada tem ainda interesses no
mercado de aços especiais para moldes, serras e ferramentas.

Exercício de 2005 11
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Grupo Ramada é actualmente composto por 8 empresas, incluindo três subsidiárias


que apoiam a sua rede de distribuição na Europa localizadas em França, Bélgica e Reino
Unido.

O ano de 2005 foi marcado pela forte aposta na inovação e desenvolvimento de novas
soluções, o que permitiu consolidar fortemente a posição da F. Ramada –Produção e
Comercialização de Estruturas Metálicas e de Armazenagem, S.A. e melhorar a
competitividade internacional do sector de Sistemas de Armazenagem. Foi neste sentido
que foi constituída, durante o segundo semestre de 2005, uma nova empresa - Storax
Benelux, S.A. - com sede na Bélgica, a qual irá desenvolver a sua actividade comercial na
Bélgica e na Holanda.

Durante o ano de 2005 as vendas para o mercado externo representaram mais de 80%
do total das vendas desta área de negócio, traduzindo-se num incremento de 10% face
ao ano anterior. O volume de negócios neste segmento teve um aumento de cerca de
6,5% face ao ano anterior sustentado pela estratégia de internacionalização e
especialização, sendo o Grupo Ramada actualmente o líder mundial nas soluções de
armazenagem frigorífica de alta densidade.

Relativamente à actividade do sector dos Aços, numa situação desfavorável da procura


interna e com as exportações a reflectir o baixo crescimento da economia europeia, o
volume de actividade manteve-se nos níveis de 2004. Os preços do aço, no primeiro
trimestre de 2005, continuaram com a tendência de subida verificada em 2004, tendo
estabilizado ou iniciado algum declínio a partir do segundo semestre.

Evolução do Preço do Aço no Mercado Europeu


P reço s Co nstantes de 1997

200
190
180
170
160
150
140
130
120
110
100
3

5
4

5
4

5
03

04

05
03

04

04

05

05
l-0
l-0

l-0
-0

-0
-0

-0
v-

v-

v-
n-

n-
t-

t-

t-
ar

ar
ai

ai
Ju

Ju

Ju
Se

Se

Se
Ja

Ja
No

No

No
M

M
M

A actividade dos sectores consumidores de aços especiais, nomeadamente as indústrias


de Moldes e Metalomecânica, mantiveram níveis de actividade similares aos verificados
em 2004, apesar de terem efectuado compras de aço mais reduzidas, suprimidas que
foram algumas compras especulativas ocorridas em 2004.

Espera-se que, em 2006, o nível de actividade possa melhorar ligeiramente em resultado


da previsível recuperação da economia europeia. Os preços dos aços de carbono manter-
se-ão com pequenas variações devendo os aços de liga continuar a baixar
acompanhando alguma descida das ligas.

Exercício de 2005 12
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ANÁLISE FINANCEIRA

Altri, S.G.P.S., S.A.

As demonstrações financeiras individuais da Altri, S.G.P.S.,S.A. em 31 de Dezembro de


2005 foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites
em Portugal.

A informação financeira consolidada da Altri foi preparada de acordo com os princípios de


reconhecimento e mensuração dos International Financial Reporting Standards - IFRS, e
reflecte apenas dez meses de actividade dado a Empresa ter sido constituída em 1 de
Março de 2005. Com o objectivo de proporcionar maior informação e uma imagem mais
apropriada da performance do Grupo, foram igualmente preparados indicadores “pro-
forma” englobando a actividade consolidada dos grupos Ramada e Caima relativamente
aos doze meses de actividade, incluindo ainda cinco meses de actividade do grupo
Celtejo (adquirido em Julho). Deste modo, os principais dados e indicadores da actividade
consolidada do Grupo podem ser resumidos como segue:

(valores em milhares de euros) Dez-05 Dez-05 Dez-04 ∆%


Pro-forma Pro-forma
(b) (b)
Balanço
Activo Líquido 290.125 - - -
Capitais Próprios 72.523 - - -
Dívida Remunerada Bruta 154.872 - - -
Caixa e equivalentes de caixa (c) 13.318 - - -
Dívida Remunerada Líquida 141.554 - - -
Demonstração de Resultados
Proveitos Operacionais 151.534 177.976 140.654 26,5%
Resultados Operacionais (EBIT) 18.027 21.537 19.937 8,0%
Resultados Financeiros (3.233) (3.486) n.a.
Resultado Líquido atribuível aos accionistas da Empresa-mãe 10.415 12.923 14.951
Interesses minoritários 152 152 286 -46,9%
Resultado Líquido 10.567 13.075 15.237 -14,2%
Indicadores
RL / Prov. Operacionais 6,9% 7,3% n.a.
EBITDA (a) 28.417 33.316 27.486 21,2%
Dívida/EBITDA 5,0 - -
Capitais Próprios / Activo 25,0% - -
Return on Equity 14,4% - -

(a) EBITDA = Resultados Operacionais + Amortizações


(b) indicadores pró-forma incluíndo 12 meses de actividade dos grupos F. Ramada e Caima
(c) Incluindo o valor dos investimentos detidos para negociação

Assim, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 (que engloba unicamente 10


meses de actividade dos grupos F. Ramada e Caima, dado a sociedade ter sido
constituída em 1 de Março de 2005 e 5 meses de actividade do grupo Celtejo em virtude
da participação financeira neste Grupo ter sido adquirida apenas em Julho), a Altri
S.G.P.S. atingiu proveitos operacionais consolidados de 151,5 milhões de euros, e um
resultado líquido consolidado de 10,6 milhões de euros, cifrando-se o “cash-flow”
operacional (resultados operacionais + amortizações) em 28,4 milhões de euros.

Numa base comparável, analisando a performance consolidada de 2005 e confrontando-a


com o exercício anterior, é de realçar o crescimento de 27% verificado ao nível dos

Exercício de 2005 13
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

proveitos operacionais, para o qual contribuem as operações da Celtejo desde Agosto de


2005 (unidade adquirida em Julho), assim como o crescimento de 21% no EBITDA, cujo
incremento atinge os 5,8 milhões de euros.

Ao nível dos indicadores “pro-forma”, apenas são apresentados os indicadores


comparativos da performance operacional, uma vez que, tendo em consideração as
operações acessórias do projecto de cisão e aquisição do Grupo Celtejo, as
performances da função financeira e resultado líquido não são directamente comparáveis.

Em 31 de Dezembro de 2005, o endividamento bruto consolidado do Grupo Altri ascendia


a 154,9 milhões de euros, correspondendo a um endividamento líquido de 141,5 milhões
de euros.

Com o objectivo de proporcionar dados ao mercado e aos accionistas para uma melhor
análise da performance do Grupo Caima e Grupo Ramada durante o exercício de 2005,
apresenta-se abaixo a informação financeira e operacional destes grupos relativa ao
exercício de 2005 em comparação com o exercício de 2004, sendo importante realçar
mais uma vez que apenas foram incluídas nas demonstrações financeiras da Altri as
operações destes grupos a partir de 1 de Março de 2005.

Grupo Caima / Celtejo

(valores em milhares de euros) Dez-05 Dez-04 ∆%


IFRS IFRS
Balanço
Activo Líquido 202.597 123.593 63,9%
Capitais Próprios 65.962 94.617 -30,3%
Dívida Remunerada Bruta 99.103 13.892 613,4%
Caixa e equivalentes de caixa (c) 8.785 3.383 159,7%
Dívida Remunerada Líquida 90.318 10.509 759,4%
Demonstração de Resultados (b)
Proveitos Operacionais 84.391 54.189 55,7%
Vendas e prestações de serviços 79.984 48.408 65,2%
Resultados Operacionais (EBIT) 10.419 10.427 -0,1%
Resultado Líquido atribuível aos accionistas da Empresa-mãe 7.357 9.639 -23,7%
Interesses minoritários 120 -
Resultado Líquido 7.477 9.639 -22,4%
Indicadores
RL / Prov. Operacionais 8,7% 17,8%
EBITDA (a) 19.963 15.491 28,9%
Dívida / EBITDA 4,5 0,7
Capitais Próprios / Activo 32,6% 76,6%
Return on Equity 11,2% 10,2%

(a) EBITDA = Resultados Operacionais + Amortizações


(b) Incluindo, em 2005, 12 meses de actividade do grupo Caima e 5 meses de actividade do grupo Celtejo
(c) Incluindo o valor dos investimentos detidos para negociação

A Celtejo adquirida em Julho de 2005, foi integrada no Grupo Caima. Assim, os


indicadores de performance das empresas do Grupo Caima consideram, para o exercício
de 2005, cinco meses de actividade do grupo Celtejo e doze meses de actividade das
restantes empresas que já constituíam o perímetro de consolidação.

Exercício de 2005 14
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Em 2005, o mercado de pasta para papel continuou a sofrer o efeito conjugado da


decepcionante evolução da economia europeia e da apreciação do euro face ao dólar
americano. No entanto, a partir de Setembro de 2005, verificou-se uma inflexão na
evolução cambial tendo o dólar apreciado gradualmente face ao euro até final do ano,
tendo influenciado a melhoria dos preços médios face a 2004.

O valor consolidado de vendas e prestações de serviços foi de 80 milhões de euros,


registando um aumento de 31,6 milhões de euros (incremento de 65% face ao ano
anterior), devido sobretudo à contribuição de cinco meses de actividade do Grupo Celtejo,
adquirido em Julho de 2005, com vendas e prestações de serviços nesse período de 26,9
milhões de euros.

Durante o exercício de 2005, o Grupo Caima concluiu o plano de investimentos associado


ao cumprimento da Directiva Comunitária sobre o controlo integrado de poluição (IPPC),
tendo sido formalizado o processo para obtenção do Licenciamento Ambiental, o qual
apenas será obrigatório a partir de 2007.

A nível dos resultados operacionais, e quando comparados com o ano anterior, é de


considerar que o ano de 2004 teve a vantagem de alguns factores atípicos,
nomeadamente (i) mais valias no montante de 1,6 milhões de euros na venda de terrenos
florestais e (ii) contribuição de contratos de futuros sobre o preço da pasta superior à
verificada em 2005 em virtude de alguns destes contratos terem atingido a sua
maturidade. Os resultados operacionais foram de 10,4 milhões de euros em linha com o
exercício de 2004.

O EBITDA atingiu 20 milhões de euros, tendo registado um incremento de 29% face ao


ano anterior. A margem EBITDA foi de 25%. Para o crescimento do EBITDA foi decisiva a
contribuição da Celtejo. Completado que está o processo de reestruturação é nossa
convicção de que a Celtejo atingirá em 2006 uma margem de EBITDA de 22%, nas
condições actuais de preços do mercado de pasta e papel.

Os resultados financeiros foram negativos em 0,8 milhões de euros que comparam com
0,1 milhões de euros em 2004, alteração naturalmente decorrente da estrutura do
balanço do Grupo com a aquisição da Celtejo.

Exercício de 2005 15
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Grupo F.Ramada

(valores em milhares de euros) Dez-05 Dez-04 ∆%


IFRS IFRS
Balanço
Activo Líquido 76.222 68.722 10,9%
Capitais Próprios 30.593 27.850 9,9%
Dívida Remunerada Bruta 20.798 17.099 21,6%
Caixa e equivalentes de caixa (b) 4.257 6.260 -32,0%
Dívida Remunerada Líquida 16.541 10.839 52,6%
Demonstração de Resultados
Proveitos Operacionais 93.585 88.356 5,9%
Resultados Operacionais (EBIT) 11.530 8.934 29,1%
Resultado Líquido 7.700 5.771 33,4%
Indicadores
RL / Prov. Operacionais 8,2% 6,5%
EBITDA (a) 13.462 11.118 21,1%
Dívida / EBITDA 1,2 1,0
Capitais Próprios / Activo 40,1% 40,5%
Return on Equity 25,2% 20,7%

(a) EBITDA = Resultados Operacionais + Amortizações


(b) Incluindo o valor dos investimentos detidos para negociação

Os proveitos operacionais do Grupo F. Ramada beneficiaram do incremento do preço do


aço nos mercados internacionais bem como da expansão das vendas o nível dos
sistemas de armazenagem, crescendo cerca de 6% face a 2004.

Este crescimento foi potencializado pela optimização na gestão dos seus recursos,
traduzindo-se num aumento dos resultados operacionais de 29,1%, cifrando-se nos 11,5
milhões de euros.

O resultado líquido consolidado do período atingiu o valor de 7,7 milhões de euros,


situando-se 33,4% acima do registado em 2004, mantendo assim o Grupo F. Ramada a
excelente retribuição dos capitais investidos que tem vindo a demonstrar em exercícios
anteriores, cifrando-se a rentabilidade dos capitais próprios em 25% no ano de 2005.

Exercício de 2005 16
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PROPOSTA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO


RESULTADO LÍQUIDO INDIVIDUAL

A Altri, S.G.P.S., S.A. na qualidade de holding do Grupo, registou nas suas contas
individuais um resultado líquido de 3.651.930,56 euros, para o qual, nos termos legais e
estatutários, o Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral a seguinte
aplicação:

Reserva Legal 182.596,53


Reservas Livres 905.188,13
Distribuição de dividendos 2.564.145,90
-------------------
3.651.930,56
===========

Esta aplicação corresponde a uma distribuição de dividendos de 0,05 euros por acção.

EVENTOS SUBSEQUENTES

Em finais de 2005, a Autoridade da Concorrência pronunciou-se favoravelmente sobre a


venda de 50% da EDP Produção Bioeléctrica S.A. ao Grupo Caima proporcionando assim
as condições necessárias à concretização do negócio com a EDP – Energias de Portugal,
S.A., que ocorreu em 5 de Janeiro de 2006.

PERSPECTIVAS PARA O ANO DE 2006

O Grupo Altri encara o ano de 2006 com um optimismo moderado, esperando os factores
políticos e económicos se venham a conjugar, no sentido de garantir a estabilidade e
crescimento económico para que se verifique a retoma já há muito esperada.

No segmento da pasta de papel, as expectativas são de que o rápido e sustentado


crescimento da economia chinesa aliado à manutenção do desempenho das principais
economias mundiais, poderá sustentar os actuais níveis do preço da pasta de eucalipto
que, no entanto, continuarão a ser afectados pelo efeito cambial Euro vs. Dólar e pelo
preço da energia.
Relativamente ao sector dos Aços, prevê-se que o nível de actividade melhore
ligeiramente, em resultado da recuperação moderada da economia europeia. Os preços
dos aços e carbono manter-se-ão com pequenas variações devendo os aços de liga
continuar a baixar.

Ao nível dos Sistemas de armazenagem, a política de investimentos, de redução de


custos e de aumento de produtividade, permite ao Grupo estar optimista relativamente
aos objectivos de crescimento de vendas e de rentabilidade orçamentados para 2006.

Exercício de 2005 17
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

GOVERNO DA SOCIEDADE

No cumprimento das orientações constantes do Regulamento da CMVM n.º 07/2001, com


as alterações introduzidas pelos Regulamentos nº 11/2003 nº 10/2005, este ponto
pretende ser o resumo dos aspectos fundamentais da gestão da Sociedade no que
respeita ao Conselho de Administração, tendo em conta a necessidade de transparência
relativamente a esta matéria e a necessidade de informação por parte dos investidores e
dos destinatários da informação.

Este capítulo encontra-se organizado segundo as instruções definidas pelo Anexo ao


regulamento supracitado, sendo entendimento do Conselho de Administração de que
foram cumpridas, na sua maioria, as disposições constantes das Recomendações da
CMVM sobre o Governo das Sociedade Cotadas.

I. Divulgação de Informação

1. Órgãos e definições de competências

Órgãos Sociais

Os corpos sociais da Altri, S.G.P.S., S.A. são:

™ Assembleia Geral, composta por todos os accionistas com direito de voto, a


quem compete deliberar sobre alterações estatutárias, proceder à apreciação
geral da administração e fiscalização da Sociedade, deliberar sobre o relatório
de gestão e contas do exercício, proceder à eleição dos corpos sociais de sua
competência e, de uma forma geral, deliberar sobre todos os termos que lhe
forem submetidos pelo Conselho de Administração.

™ Conselho de Administração, eleito pela assembleia geral, é composto


actualmente por 5 membros, a quem compete praticar todos os actos de gestão
na concretização de operações inerentes ao seu objecto social, tendo por fim o
interesse da Sociedade, accionistas e trabalhadores.

™ Fiscal Único, a quem compete a fiscalização da administração, a verificação da


regularidade das contas da Sociedade, registos contabilísticos e documentos de
suporte e verificar a observância da lei e do contrato da Sociedade.

Principais áreas de responsabilidade dos membros do Conselho de Administração

O Conselho de Administração, eleito em Assembleia Geral, funciona de forma


colegial com as funções de gestão e coordenação das diferentes empresas do Grupo
e é constituído actualmente por um presidente e quatro vogais, exercendo todos os
membros função executiva.

A distribuição de pelouros entre os diversos membros do Conselho de Administração


pode ser efectuada do seguinte modo:

Pedro Pinto Mendonça


João Borges de Oliveira Paulo Fernandes Domingos Matos
Chief Financial Officer Chief Executive Officer Carlos Borges de Oliveira
Vogais do C.A.

Exercício de 2005 18
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O organigrama funcional do Grupo é como segue:

Altri SGPS
Conselho de Administração:

Paulo Fernandes
João Borges de Oliveira
Pedro Pinto Mendonça
Domingos Matos
Carlos Borges de Oliveira

Celulose do Caima F. Ramada

Conselho de Administração Conselho de Administração

Directores Gerais:
Director Geral:
Reis Costa
Dolores Ferreira
Ramada Barros

2. Comissões existentes na Sociedade

De acordo com os estatutos da Sociedade, os membros dos órgãos sociais terão


remunerações que forem fixadas por uma comissão de três accionistas, um dos
quais será o presidente e terá voto de qualidade, todos eleitos por deliberação dos
accionistas. A Comissão de Remunerações não se encontra ainda nomeada.

Não existem quaisquer outras Comissões em funcionamento na Sociedade.

3. Descrição do sistema de controlo de riscos implementado na sociedade

Tendo em conta que a Altri, S.G.P.S., S.A. desempenha unicamente funções de


holding, o controlo dos riscos inerentes à actividade é efectuado directamente pelo
Conselho de Administração, dada a estreita relação e tempo dedicado ao
desempenho das suas funções.

Nas restantes empresas participadas, são definidos sistemas de controlo específicos


a cada uma das actividades cujo órgão máximo é o Conselho de Administração de
cada uma das empresas.

Exercício de 2005 19
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

4. Evolução da cotação das acções da Altri na Euronext Lisboa

Em complemento à análise efectuada anteriormente sobre a evolução da cotação


dos títulos da Altri, apresenta-se em seguida uma análise detalhada das variações
mais significativas, bem como dos factos mais relevantes ocorridos ao longo do
exercício.

Evolução das cotações da Altri

3,5

2,5

1,5 27 Out

1 8 Set
28 Abr 28 Jun
0,5

0
Mar- Abr- Mai- Jun- Jul- Ago- Set- Out- Nov- Dez-
05 05 05 05 05 05 05 05 05 05

• 1 de Março de 2005 – admissão das acções da Altri à negociação na Euronex


Lisbon, a um preço inicial de 1,11 euros por acção.

• 28 de Abril de 2005 - anúncio dos resultados relativos ao primeiro trimestre de


2005 (os quais correspondem apenas a um mês de actividade), com um
crescimento de 34% face ao trimestre homólogo. A cotação de fecho das acções
nesta data ascendia a 1,12 euros.
• 28 de Junho de 2005 – aprovação pelo Conselho de Ministros da alienação de
95% do capital da Celtejo à Invescaima, subsidiária do Grupo Caima. O valor a
despender na aquisição desta participação será de cerca de 38 milhões de
euros.

• 8 de Setembro de 2005 – anúncio dos resultados relativos ao primeiro semestre


de 2005, no montante de 4,8 milhões de euros (englobando unicamente 4 meses
de actividade).Nesta data as acções apresentavam cotação de 1,73 euros.

• 27 de Outubro de 2005 – anúncio dos resultados relativos ao terceiro trimestre


de 2005 (que engloba 7 meses de actividade dos Grupos F. Ramada e Caima e
3 meses de actividade da Celtejo), sendo de destacar um resultado líquido no
montante de 8,4 milhões de euros. Nesta data as acções apresentavam uma
cotação de 2,56 euros.

Exercício de 2005 20
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

5. Política de dividendos

Tendo sido constituída no decurso do exercício de 2005, a Altri não tem ainda um
historial de distribuição de dividendos. No entanto, de acordo com a política definida
pelo Conselho de Administração, deverão ser propostos montantes relativos a
distribuição de dividendos que tenham como objectivo proporcionar uma adequada
remuneração aos accionistas do capital investido, sem nunca perder de vista as
necessidades de expansão/investimento do Grupo.

6. Planos de atribuição de acções e de opção de aquisição de acções

A Altri, S.G.P.S., S.A. não possui qualquer plano de atribuição de acções ou de


opções de aquisição de acções aos membros dos órgãos sociais, nem aos seus
trabalhadores.

8. Negócios realizados entre a Sociedade e membros dos órgãos sociais

Durante o exercício de 2005, não foram realizados quaisquer negócios entre a


Sociedade e os membros dos seus órgãos sociais (de administração e de
fiscalização), titulares de participações qualificadas ou sociedades em relação de
domínio ou grupo, que não tenham sido realizados em condições normais de
mercado para operações do mesmo género, e sempre inseridas na actividade
normal da sociedade, de gestão das suas participações financeiras.

9. Gabinete de Apoio ao Investidor

Na sociedade existe um representante para as relações com o mercado – Dr.


Alfredo Luís Portocarrero Pinto Teixeira, secretário da Sociedade. Sempre que
necessário, o mercado assegura a prestação de toda a informação relevante no
tocante a acontecimentos marcantes, factos enquadráveis como factos relevantes,
divulgação trimestral de resultados e resposta a eventuais pedidos de
esclarecimento por parte dos investidores ou público em geral sobre informação
financeira de carácter público.

Os contactos com vista à obtenção de informações por parte de investidores


poderão ser efectuados pelas seguintes vias:

Rua do General Norton de Matos, 68 –r/c


4050-424 Porto
Porto
Telefone: 22 8346502
Fax: 22 8346503
E-mail: aportocarrero@altri.pt

Através da sua página oficial na Internet (www.altri.pt), a Altri disponibiliza


informação financeira relativamente à sua actividade individual e consolidada, bem
como das suas empresas participadas. Este site é igualmente utilizado pela
empresa para divulgação de comunicados efectuados à imprensa com indicação
sobre quaisquer factos relevantes para a vida societária da empresa que ocorram.
Nesta página encontram-se igualmente disponíveis os documentos de prestação de
contas da Empresa.

Exercício de 2005 21
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

10. Remunerações pagas aos auditores

As remunerações pagas aos nossos auditores e a outras pessoas colectivas


pertencentes à mesma rede, pelas empresas em relação de domínio ou de grupo,
ascendem a cerca de 556 mil euros, distribuídas da seguinte forma:

- Serviços de auditoria financeira 37,7%


- Outros serviços de garantia de fiabilidade 19,0%
- Serviços de consultoria fiscal 20,9%
- Outros serviços 22,4%

O Conselho de Administração na solicitação dos projectos atribuídos aos auditores


das empresas do grupo, assegura, antes da sua adjudicação, que a estes e sua
respectiva rede não são contratados serviços que, nos termos da Recomendação da
Comissão Europeia nº C (2002) 1873 de 16 de Maio de 2002 possam pôr em causa
a sua independência. Adicionalmente, a independência é salvaguardada pelo facto
de os outros serviços serem prestados por profissionais diferentes dos que
executam os trabalhos de auditoria financeira.

II. Exercício de direitos de voto e representação de accionistas

A Altri, previamente a cada Assembleia Geral, e respeitando os prazos legais,


procede a ampla publicitação das datas em que as mesmas ocorrerão, sendo
complementado no site institucional da Altri (www.altri.pt) o aviso da convocatória.

A Assembleia Geral é constituída por todos os accionistas com direito a voto,


correspondendo um voto a cada mil acções.

Tem direito a voto o accionista titular de, pelo menos, mil acções registadas ou
depositadas em seu nome em sistema centralizado de valores mobiliários. Os
registos e depósitos anteriormente referidos deverão mostrar-se efectuados com a
antecedência mínima de quinze dias relativamente à data para que a reunião da
Assembleia Geral foi convocada.

No seu artigo 10º, ponto 8, os estatutos definem que “os accionistas não poderão
votar por correspondência, salvo nos casos em que disposição legal autorizar
imperativamente essa forma de voto”, não se encontrando definido qualquer modelo
específico para o efeito

Não está prevista a possibilidade do exercício de direito de voto por meios


electrónicos.

Os accionistas individuais com direito de voto poderão fazer-se representar por


outro accionista, por cônjuge, ascendente ou descendente, ou por qualquer membro
do Conselho de Administração. As pessoas colectivas que sejam accionistas da
Sociedade serão representadas por quem designarem para o efeito. As
representações mencionadas devem ser comunicadas ao Presidente da Mesa da
Assembleia Geral, por carta entregue na sede social, até às dezassete horas do
quinto dia anterior ao dia designado para a reunião da Assembleia Geral.

Os accionistas que não forem titulares de um número de acções necessário para


que tenham direito de voto, poderão agrupar-se de forma a perfazer esse número,
devendo designar um só deles que a todos represente na Assembleia Geral.
Exercício de 2005 22
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

III. Regras Societárias

Código de Conduta e Regulamentos Internos

Pelo facto da Altri ter a qualidade de Sociedade Aberta, existe por parte da
Administração e seus colaboradores uma grande atenção no cumprimento dos
deveres de confidencialidade nas relações com terceiros, salvaguardando a posição
da Altri em situações de conflito de interesse.

Foi aprovado pelo Conselho de Administração da Altri um regulamento interno que


define que os membros da Administração estão impedidos de transaccionar acções
representativas do capital da Altri, S.G.P.S., S.A., bem como títulos nelas
convertíveis ou que a elas confiram direitos:
a) no período compreendido entre o 15º dia anterior ao termo de cada
trimestre ou de cada exercício e a divulgação pública, qualquer que seja o
meio utilizado, dos correspondentes resultados;
b) no período compreendido entre a decisão dos órgãos competentes da Altri,
S.G.P.S., S.A. de propor uma emissão de acções representativas do seu
capital social ou de títulos nelas convertíveis ou que a elas confiram direito
e a respectiva divulgação pública, qualquer que seja o meio utilizado para o
efeito.

Sempre que esteja em curso uma operação sobre o capital da Altri, S.G.P.S., S.A.
que tenha dado lugar à publicação de prospecto, não se aplicam as disposições
anteriormente apresentadas desde a data da publicação do prospecto até ao termo
do período de subscrição ou aquisição dos valores abrangidos pela operação
objecto desse prospecto.

No que se refere ao seu controlo interno, as empresas operacionais do Grupo Altri


possuem órgãos de controlo de gestão que exercem a sua actividade a todos os
níveis das empresas participadas, elaborando relatórios com periodicidade mensal
para cada Conselho de Administração, isto para além da actividade desenvolvida
pelo Revisor Oficial de Contas e dos auditores externos, que nos termos da lei
exercem funções nas diversas sociedades.

Não existem quaisquer condições específicas que limitem o exercício de direitos de


voto pelos accionistas da Sociedade, nem existem quaisquer acordos parassociais
que sejam do conhecimento da Sociedade.

IV. Órgão de administração

1. Caracterização do Conselho de Administração

De acordo com os estatutos da Altri, o Conselho de Administração é constituído por


três, cinco, sete ou nove membros, accionistas ou não, eleitos em Assembleia Geral
por períodos de 3 anos.

Exercício de 2005 23
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O actual Conselho de Administração é constituído por 5 elementos, sendo os seus


cargos distribuídos como segue:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes Presidente


João Manuel Matos Borges de Oliveira Vogal
Pedro Macedo Pinto de Mendonça Vogal
Domingos José Vieira de Matos Vogal
Carlos Manuel Matos Borges de Oliveira Vogal

Todos os actuais membros do Conselho de Administração da Altri desempenham


funções executivas. Os membros do Conselho de Administração da Altri não podem
ser considerados independentes, na medida em que todos eles fazem parte do
Conselho de Administração da Cofihold, SGPS, S.A., empresa detentora de cerca
de 20% do capital da Altri, e que sobre ela exerce uma influência dominante.

Os actuais membros do Conselho de Administração foram nomeados para o triénio


2005/2007 através da escritura de cisão que deu lugar à criação da Altri, realizada
no dia 14 de Fevereiro de 2005, tendo sido esta a primeira nomeação dos membros.

Em 31 de Dezembro de 2005 os membros do Conselho de Administração eram


titulares das seguintes acções da Altri:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes 1.592.873


João Manuel Matos Borges de Oliveira 1.145.000
Pedro Macedo Pinto de Mendonça 426.250
Domingos José Vieira de Matos 1.734.858
Carlos Manuel Matos Borges de Oliveira 1.145.000

A qualificação profissional dos actuais membros do Conselho de Administração,


actividade profissional desenvolvida e a indicação de outras empresas onde
desempenha funções de administração, é como segue:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes

Foi um dos fundadores da Cofina (sociedade que deu origem à Altri, por cisão),
tendo estado directamente envolvido na gestão do Grupo desde a sua criação. É
licenciado em Engenharia Electrónica pela Universidade do Porto, tendo
posteriormente concluído um MBA na Universidade de Lisboa. Desempenha
funções nas áreas de media e indústria, bem como na definição estratégica do
Grupo.

As outras empresas onde desempenha funções de administração são:


- Cofina, S.G.P.S.,S.A. (a)
- Caima – Indústria de Celulose, S.A.
- Canal de Negócios – Edição de Publicações, Lda. (a)
- Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A.
- Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.
- Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a)
- Cofina.com II, S.G.P.S., S.A. (a)
- Cofinagest.com, Consultoria, S.A. (a)
- CPK – Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A.
- Edisport – Soc. de Publicações Desportivas, S.A. (a)
Exercício de 2005 24
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

- F. Ramada – Participações, S.G.P.S., S.A. (a)


- F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de
Armazenagem, S.A.
- F. Ramada II Imobiliária, S.A.
- F. Ramada Serviços de Gestão, Lda.
- F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A.
- IMC – Investimentos, Média e Conteúdos, S.G.P.S., S.A. (a)
- Invescaima, S.G.P.S., S.A.
- Investec II, S.G.P.S., S.A. (a)
- Investec Media, S.G.P.S., S.A. (a)
- Mediafin – S.G.P.S., S.A. (a)
- Presselivre – Imprensa Livre, S.A. (a)
- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a)
- Rodão Power, S.A.
- Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a)

(a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2005, não podem ser consideradas


como fazendo parte do grupo Altri, SGPS, S.A.

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Sendo igualmente um dos fundadores da Cofina (sociedade que deu origem à Altri,
por cisão), é licenciado em Engenharia Química pela Universidade do Porto, tendo
frequentado uma pós graduação na Universidade Católica de Lisboa e concluído o
MBA do Insead. Desempenha funções nas áreas de media e indústria, bem como
na definição estratégica do Grupo.

As outras empresas onde desempenha funções de administração são:


- Cofina, S.G.P.S., S.A. (a)
- Caima – Indústria de Celulose, S.A.
- Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A.
- Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.
- Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a)
- Cofina.com II, S.G.P.S., S.A. (a)
- Edisport – Soc. de Publicações Desportivas, S.A. (a)
- F. Ramada – Participações, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de
Armazenagem, S.A.
- F. Ramada II Imobiliária, S.A.
- F. Ramada Serviços de Gestão, Lda.
- F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A.
- IMC – Investimento, Media e Conteúdos, S.G.P.S., S.A. (a)
- Invescaima, S.G.P.S., S.A.
- Investec Media, S.G.P.S., S.A. (a)
- Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a)
- Presselivre – Imprensa Livre, S.A. (a)
- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a)
- Universal Afir - Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A.

(a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2005, não podem ser consideradas


como fazendo parte do grupo Altri, SGPS, S.A.

Exercício de 2005 25
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Frequentou a Faculdade de Medicina do Porto durante dois anos, detendo a


licenciatura em Mecânica pela Ecole Superiore de L’Etat em Bruxelas.

As outras empresas onde desempenha funções de administração são:


- Cofina, S.G.P.S., S.A. (a)
- Caima – Indústria de Celulose, S.A.
- Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A.
- Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.
- Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada – Participações, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de
Armazenagem, S.A.
- F. Ramada II Imobiliária, S.A.
- F. Ramada Serviços de Gestão, Lda.
- F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A.
- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a)

(a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2005, não podem ser consideradas


como fazendo parte do grupo Altri, SGPS, S.A.

Domingos José Vieira de Matos

É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto,


tendo iniciado actividades de gestão em 1978.

As outras empresas onde desempenha funções de administração são:


- Cofina,S.G.P.S.,S.A. (a)
- Caima – Indústria de Celulose, S.A.
- Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.
- Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada – Participações, S.G.P.S., S.A.
- F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de
Armazenagem, S.A. (a)
- F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a)
- F. Ramada Serviços de Gestão, Lda. (a)
- F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a)
- Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a)
- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a)
- Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A.
- Universal Afir - Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A.

(a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2005, não podem ser consideradas


como fazendo parte do grupo Altri, SGPS, S.A.

Carlos Manuel Matos Borges de Oliveira

É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto,


e iniciou a sua carreira em 1988 como director comercial.

As outras empresas onde desempenha funções de administração são:


- Cofina,S.G.P.S.,S.A. (a)
- Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a)
Exercício de 2005 26
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

- F. Ramada – Participações, S.G.P.S., S.A. (a)


- F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de
Armazenagem, S.A.
- F. Ramada II Imobiliária, S.A.
- F. Ramada Serviços de Gestão, Lda.
- F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A.
- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a)
- Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A.
- Universal Afir - Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A.

(a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2005, não podem ser consideradas


como fazendo parte do grupo Altri, SGPS, S.A.

2. Comissão Executiva

Não existe qualquer Comissão Executiva com competências em matéria de gestão.


As decisões de gestão são tomadas pelo Conselho de Administração, no desenrolar
normal das suas funções, pelo que se considera ser a constituição de uma comissão
deste tipo desnecessária ao bom funcionamento da sociedade e à protecção dos
interesses dos investidores.

3. Controlo exercido pelo Conselho de Administração

Competem ao Conselho de Administração os mais amplos poderes de gestão e


representação da sociedade e a realização de todas as operações relativas à
execução do objecto social, nomeadamente:

- Adquirir, alienar e onerar quaisquer bens móveis, designadamente veículos


automóveis e, observados os limites legais, imóveis;
- Adquirir participações sociais noutras sociedades;
- Alienar participações sociais noutras sociedades;
- Tomar e dar de locação quaisquer bens móveis e imóveis;
- Constituir mandatários ou procuradores para a prática de determinados actos
ou categorias de actos, definindo a extensão dos respectivos mandatos;
- Representar a sociedade em juízo e fora dele activa e passivamente, propor
e fazer seguir acções judiciais, confessá-las e nelas desistir da instância ou
do pedido e transigir, bem como, comprometer-se em árbitros.

Não existe limitação quanto ao número máximo de cargos acumuláveis pelos


administradores em órgãos de administração de outras sociedades, tentando os
membros do Conselho de Administração da Altri fazer parte das administrações das
empresas participadas mais relevantes do grupo, de forma a permitir um mais
próximo acompanhamento das suas actividades.

O Conselho de Administração reúne regularmente, sendo as suas deliberações


válidas apenas quando esteja presente a maioria dos seus membros. Durante o ano
de 2005 o Conselho de Administração reuniu 3 vezes, estando as correspondentes
actas registadas no livro de actas do Conselho de Administração.

Exercício de 2005 27
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

4. Politica de remunerações

Os membros do Conselho de Administração não auferem qualquer remuneração


pela Sociedade sendo remunerados directamente pelas restantes sociedades do
Grupo Altri onde exercem funções de administração. A remuneração dos membros
do Conselho de Administração não está directamente dependente da evolução da
cotação das acções da Sociedade.

Não se encontra definida nenhuma política de compensações a atribuir aos


membros do Conselho de Administração em caso de destituição ou cessação
antecipada de contrato.

5. Remuneração dos membros do Conselho de Administração

As remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração da Altri


durante o exercício de 2005, no exercício das suas funções em empresas do grupo
foram como segue:

Remuneração fixa 805.800


Remuneração variável 653.000
-------------
1.458.800
========
A remuneração variável atribuída resulta do desempenho das sociedades que
compõem o Grupo, sendo os critérios da sua atribuição antecipadamente definidos.

Não existem:
- planos ou sistemas de incentivos relacionados com a atribuição de acções
aos membros do Conselho de Administração
- indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores relativamente à
cessão de funções durante o exercício
- regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os
administradores
- benefícios não pecuniários considerados como remuneração

6. Política de comunicação de irregularidades ocorridas na Sociedade

Tendo em consideração a proximidade dos membros do Conselho de Administração


relativamente às actividades correntes das diversas empresas do Grupo, os
colaboradores do grupo, não existe formalmente um modelo de comunicação de
irregularidades internas, sendo que esta proximidade permite que sempre que são
detectadas irregularidades, são prontamente comunicadas aos administradores que
asseguram a implementação de procedimento que visam lidar de modo eficaz e
justo com as eventuais irregularidades relatadas.

Exercício de 2005 28
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

V. Declaração de cumprimento

A Altri, S.G.P.S., S.A. cumpre com a maioria das recomendações da CMVM relativas ao
Governo das Sociedades, à excepção das seguintes:

ƒ Recomendação II-2: Os estatutos da sociedade definem algumas limitações ao


exercício do direito de voto, nomeadamente por impor um prazo de antecedência
do depósito ou bloqueio das acções para a participação em Assembleia Geral
superior a 15 dias úteis, por restringir o voto por correspondência apenas a
situações em que tal seja expressamente permitido por lei. A sociedade entende
que os prazos definidos estatutariamente e as limitações do direito ao voto por
correspondência não limitam o exercício activo do direito de voto por parte dos
accionistas.

ƒ Recomendação IV-6: O Conselho de Administração eleito em Assembleia Geral


não inclui qualquer membro que nos termos do Regulamento 11/2003 possa ser
considerado independente.

ƒ Recomendação IV-7: Muito embora não existam comissões de controlo interno


formais com a atribuição de competências na avaliação da estrutura e governo
societários, o Conselho de Administração entende que tais funções podem ser
garantidas pelo próprio Conselho de Administração ao nível individual da
Sociedade e que as mesmas funções são exercidas pelos departamentos de
controlo de gestão das suas subsidiárias.

Ao nível das competências na avaliação da estrutura e governo societário, tais


funções são exercidas directamente pelo Conselho de Administração, que
mantém um debate constante sobre esta problemática.

ƒ Recomendação IV-8: A Altri, SPGS, S.A. divulga no presente capítulo


informação relativa à remuneração fixa e variável dos seus administradores,
entendendo que a divulgação da remuneração individual de cada administrador
não traz informação relevante para os accionistas.

ƒ Recomendação IV-9: Conforme mencionado, não se encontra em funções a


comissão de remunerações prevista nos estatutos da Sociedade, em virtude de
os membros do Conselho de Administração não serem remunerados
directamente pela Altri, SGPS, S.A. mas directamente pelas empresas
subsidiárias onde desempenham funções.

Exercício de 2005 29
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DISPOSIÇÕES LEGAIS

Acções próprias

Nos termos e para os efeitos do disposto no art. º 66 do Código das Sociedades


Comerciais, informa-se que em 31 de Dezembro de 2005 a Altri não detinha acções
próprias não tendo adquirido ou alienado acções próprias durante o período.

Acções detidas pelos órgãos sociais da Altri

Nos termos e para os efeitos do disposto no art. 447º do Código das Sociedades
Comerciais, informa-se que, em 31 de Dezembro de 2005 os administradores da
Sociedade detinham as seguintes acções:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes 1.592.873


João Manuel Matos Borges de Oliveira 1.145.000
Pedro Macedo Pinto de Mendonça 426.250
Domingos José Vieira de Matos 1.734.858
Carlos Manuel Matos Borges de Oliveira 1.145.000

Em 31 de Dezembro de 2005, o Fiscal Único e os membros da Mesa da Assembleia


Geral não possuíam acções representativas do capital social da Altri, com excepção da
primeira secretária, Ana Rebelo Mendonça Fernandes, que possuía 3.184.670 acções da
sociedade.

Participação no Capital da Sociedade

Nos termos e para os efeitos do disposto nos Artigos 16º e 20º do Código de Valores
Mobiliários e no Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que as
sociedades e/ou pessoas singulares que têm uma participação social qualificada que
ultrapasse os 2%, 10%, 20%, 33% e 50% dos direitos de voto, e de acordo com as
notificações recebidas até à data na sede da Sociedade são como segue:

Acções detidas % directa de


Superior a 2% dos direitos de voto em 31.12.2005 direitos de voto
Paulo Jorge dos Santos Fernandes 1.592.873 3,11%
João Manuel Matos Borges de Oliveira 1.145.000 2,23%
Domingos José Vieira de Matos 1.734.858 3,38%
Carlos Manuel Matos Borges de Oliveira 1.145.000 2,23%

Acções detidas % directa de


Superior a 5% dos direitos de voto em 31.12.2005 direitos de voto
UBS AG – ZURIQUE 3.020.000 5,89%
Ana Rebelo Mendonça Fernandes 3.184.670 6,21%

Exercício de 2005 30
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Acções detidas % de direitos


Superior a 20% dos direitos de voto em 31.12.2005 de voto
Cofihold, S.G.P.S., S.A.
a) directamente 10.500.000 20,47%

b) indirectamente, através dos seus administradores


Paulo Jorge dos Santos Fernandes 3,11%
João Manuel Matos Borges de Oliveira 2,23%
Domingos José Vieira de Matos 3,38%
Carlos Manuel Matos Borges de Oliveira 2,23%

A Altri não foi notificada de qualquer transacção ocorrida durante o exercício na


participação detida pela Cofihold, S.G.P.S., S.A., não tendo igualmente recebido qualquer
notificação de participações acima de 33% dos direitos de voto.

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

Os membros do Conselho de Administração da Altri, S.G.P.S., S.A. declaram assumir a


responsabilidade pela presente informação e asseguram que os elementos nela inscritos
são verídicos e que não existem omissões que sejam do seu conhecimento.

Nos termos do art. 21º do Decreto-Lei 411/91, de 17 de Outubro informamos que não
existem dívidas em mora perante o Estado, nomeadamente perante a Segurança Social.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Não queremos concluir sem expressar o nosso agradecimento, reconhecendo a


dedicação e empenho dos Colaboradores do Grupo Altri. Finalmente, gostaríamos de
expressar a nossa gratidão pela colaboração prestada pelos restantes Órgãos Sociais, a
qual é extensiva às Instituições Bancárias que connosco se relacionaram.

Porto, 15 de Março de 2006

O Conselho de Administração

Paulo Jorge dos Santos Fernandes – Presidente

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Domingos José Vieira de Matos

Carlos Manuel Matos Borges de Oliveira

Exercício de 2005 31
ALTRI, SGPS, S.A.

BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005

(Montantes expressos em Euros)

ACTIVO Notas 31.12.2005


ACTIVOS NÃO CORRENTES:
Activos biológicos 9 21.673.658
Imobilizações corpóreas 6 124.744.084
Diferenças de consolidação 7 14.339.391
Imobilizações incorpóreas 8 482.183
Investimentos disponíveis para venda 4 2.855.017
Impostos diferidos activos 10 5.931.984
Outros activos não correntes 117.767
Total de activos não correntes 170.144.084

ACTIVOS CORRENTES:
Existências 9 42.814.930
Clientes 11 54.137.161
Outras dívidas de terceiros 12 9.041.543
Outros activos correntes 668.639
Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados 13 7.905.963
Caixa e equivalentes de caixa 14 5.412.270
Total de activos correntes 119.980.506

Total do activo 290.124.590

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 31.12.2005

CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social 15 25.641.459
Outras reservas 34.688.170
Resultado líquido consolidado do periodo 10.415.229
Total do capital próprio atribuível aos accionistas da Empresa-Mãe 70.744.858

Interesses minoritários 1.778.485

Total do capital próprio 72.523.343

PASSIVO:
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Empréstimos bancários 16 57.307.614
Outros empréstimos 16 12.130.487
Outros credores não correntes 18 26.074.979
Outros passivos não correntes 19 2.358.877
Impostos diferidos passivos 10 1.009.067
Provisões 17 150.637
Total de passivos não correntes 99.031.661

PASSIVO CORRENTE:
Empréstimos bancários 16 13.429.544
Outros empréstimos - parcela de curto prazo 16 47.004.219
Fornecedores 31.398.153
Outras dívidas a terceiros 20 14.090.940
Outros passivos correntes 21 12.646.730
Total de passivos correntes 118.569.586

Total do passivo e capital próprio 290.124.590

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Conselho de Administração
ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZAS


PARA O PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 1 DE MARÇO DE 2005
(DATA DE CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA) E 31 DE DEZEMBRO DE 2005

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2005

Proveitos operacionais
Vendas 142.875.744
Prestações de serviços 5.429.739
Outros proveitos operacionais 3.228.399
Total de proveitos operacionais 28 151.533.882
Custos operacionais
Custo das vendas 9 59.778.513
Fornecimento de serviços externos 39.163.764
Custos com o pessoal 21.266.616
Amortizações e depreciações 6e8 10.390.493
Provisões e perdas por imparidade 17 935.797
Outros custos operacionais 1.972.151
Total de custos operacionais 133.507.334
Resultados operacionais 28 18.026.548

Resultados relativos a outros investimentos 22 922.037


Custos financeiros 22 (4.420.688)
Proveitos financeiros 22 265.846
Resultado antes de impostos 14.793.743

Impostos sobre o rendimento 10 (4.226.483)


Resultado depois de impostos 10.567.260

Atribuível a:
Detentores de capital próprio da empresa-mãe 27 10.415.229
Interesses minoritários 152.031

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos resultados


para o período findo em 31 de Dezembro de 2005.

O Conselho de Administração
ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO


PARA O PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 1 DE MARÇO DE 2005 (DATA DE CONSTITUIÇÃO
DA EMPRESA) E 31 DE DEZEMBRO DE 2005

(Montantes expressos em Euros)

Atribuível aos Accionistas da Empresa-Mãe


Reserva de Reserva de Outras Resultado Interesses Total do Capital
Notas Capital social cobertura conversão reservas líquido Total minoritários próprio

Constituição da Empresa 25.641.459 792.463 (225.189) 34.869.504 - 61.078.237 1.040.788 62.119.025


Variação nas reservas
Reservas de conversão - - 45.736 - - 45.736 - 45.736
Reservas de cobertura 26 - (792.463) - - - (792.463) - (792.463)
Outros - - - (1.881) - (1.881) - (1.881)
Aquisição de participação na Celulose do Caima, SGPS, S.A. - - - - - - (1.040.788) (1.040.788)
Aquisição de participação na Celtejo, S.A. - - - - - - 1.626.454 1.626.454
Resultado consolidado líquido do
período findo em 31 de Dezembro de 2005 - - - - 10.415.229 10.415.229 152.031 10.567.260
Saldo em 31 de Dezembro de 2005 25.641.459 - (179.453) 34.867.623 10.415.229 70.744.858 1.778.485 72.523.343

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Conselho de Administração
ALTRI , SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA


PARA O PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 1 DE MARÇO DE 2005
(DATA DE CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA) E 31 DE DEZEMBRO DE 2005

(Montantes expressos em Euros)

2005

Actividades operacionais:
Recebimentos de clientes 130.464.669
Pagamentos a fornecedores (82.486.693)
Pagamentos ao pessoal (17.443.405)
Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (11.056.134)
Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (1.159.705) 18.318.732
Fluxos gerados pelas actividades operacionais (1) 18.318.732

Actividades de investimento:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 5.995.210
Imobilizações corpóreas 2.318.809
Subsidios ao investimento 907.049
Juros e proveitos similares 287.344 9.508.412
Pagamentos relativos a:
Investimentos financeiros (53.345.115)
Imobilizações incorpóreas (305.442)
Imobilizações corpóreas (14.434.213)
Activos biológicos (2.440.591) (70.525.361)
Fluxos gerados pelas actividades de investimento (2) (61.016.949)

Actividades de financiamento:
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 203.121.018 203.121.018
Pagamentos respeitantes a:
Amortização de contratos de locação financeira (673.159)
Juros e custos similares (3.101.326)
Empréstimos obtidos (116.049.008) (119.823.493)
Fluxos gerados pelas actividades de financiamento (3) 83.297.525

Caixa e seus equivalentes no início do período (a) (39.567.682)


Efeito de variação de perímetro 1.975.737
Variação de caixa e seus equivalentes: (1)+(2)+(3) 40.599.308
Caixa e seus equivalentes no fim do período 3.007.363

(a) Saldo transferido por cisão da Cofina, SGPS, S.A. (Nota Introdutória)

O Anexo faz parte integrante da demonstração consolidada de fluxos de caixa


para o período findo em 31 de Dezembro de 2005.

O Conselho de Administração
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO À DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE FLUXOS DE CAIXA PARA O PERIODO COMPREENDIDO
ENTRE 1 DE MARÇO DE 2005 (DATA DE CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA) E 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

1. PAGAMENTOS E RECEBIMENTOS RELATIVOS A INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2005 os pagamentos e recebimentos relativos a


investimentos financeiros foram os seguintes:

Aquisições Valor da Valor


transacção pago/cobrado

Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. 36.976.250 36.976.250


Títulos detidos para negociação 12.662.855 12.662.855
Celulose do Caima, S.G.P.S, S.A. 2.425.871 2.425.871
Outros 280.139 280.139
--------------- ---------------
53.345.115 53.345.115
========= =========
Alienações
Títulos detidos para negociação 4.598.210 4.598.210
Títulos disponíveis para venda 1.397.000 1.397.000
--------------- --------------
5.995.210 5.995.210
======== ========

O valor de Caixa e seus equivalentes adquirido durante o período findo em 31 de Dezembro de


2005, através da aquisição da Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (empresa anteriormente
denominada Portucel Tejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A.) ascendeu a 1.975.737 Euros.

O montante pago relativamente à Celulose do Caima, SGPS, S.A. corresponde à aquisição de 2,77% do
capital desta Sociedade (Nota 5 do Anexo às demonstrações financeiras consolidadas).

2. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

A discriminação de caixa e seus equivalentes constantes da demonstração dos fluxos de caixa para o
período compreendido entre 1 de Março (data de constituição da Empresa) e 31 de Dezembro de 2005 e a
reconciliação entre esse valor e o montante de “Caixa e seus equivalentes” constante do balanço nessa
data é como segue:

Caixa 44.383
Depósitos à ordem 5.367.887
5.412.270

Descobertos bancários ( 2.404.907)

3.007.363
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Altri, SGPS, S.A. (“Altri” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1 de Março de 2005, com
sede na Rua General Norton de Matos, 68, r/c no Porto e que tem como actividade principal a gestão de
participações sociais, sendo as suas acções cotadas na Euronext Lisbon. Actualmente a Altri dedica-se à
gestão de participações sociais essencialmente na área industrial, sendo a empresa-mãe do grupo de
empresas indicado na Nota 4 e designado por Grupo Altri.

A Altri foi constituída no âmbito do projecto de reestruturação da Cofina, SGPS, S.A. através da cisão
representativa de 97,23% da participação social detida por aquela sociedade na Celulose do Caima, SGPS,
S.A., na modalidade de cisão-simples prevista na alínea a) do n.º 1 do art. 118º do Código das Sociedades
Comerciais. A data relevante para produção de efeitos contabilísticos e jurídicos da referida cisão ocorreu no
dia 1 de Março de 2005.

Como operações acessórias a esta operação de cisão ocorreram ainda as seguintes transacções
anteriormente a esta data:

- a distribuição, em 11 de Fevereiro de 2005, de reservas livres aos accionistas da Celulose do Caima no


montante de cerca de 37 milhões de Euros, correspondentes a um dividendo aproximado de 1,9 Euros por
acção;
- a aquisição das acções da F. Ramada – Aços e Indústrias, S.A. (Grupo F. Ramada) detidas anteriormente
pelas empresas do Grupo Cofina (correspondentes à totalidade do capital dessa empresa) pela Celulose do
Caima, SGPS, S.A. pelo valor de cerca de 36 milhões de Euros;
- a aquisição de 10.682.321 acções representativas de 19,80% do capital social da VAA – Vista Alegre Atlantis,
SGPS, S.A. pela Celulose do Caima, SGPS, S.A. (operação concretizada ainda durante o exercício de 2004).

Deste modo, à data de produção de efeitos jurídicos e contabilísticos da operação de cisão e de admissão da
Altri, SGPS, S.A. à negociação no mercado de cotações oficiais gerido pela Euronext Lisbon (1 de Março de
2005) as condições para a concretização da cisão-simples da Cofina, SGPS, S.A., e consequentemente para o
desenrolar de toda a tramitação subsequente a tal cisão, já se haviam verificado, nomeadamente no que se
refere à aquisição das acções da F. Ramada e à distribuição de reservas da Celulose do Caima.

No âmbito da cisão-simples da Cofina, SGPS, S.A. não se verificou qualquer passagem de dívida desta
sociedade para a Altri, resultando a dívida constante do balanço consolidado da Empresa unicamente da
realização das operações acessórias à cisão acima mencionadas, da sua actividade e das suas participadas.

As acções representativas do capital social da Altri, SGPS, S.A. foram atribuídas aos accionistas da Cofina,
SGPS, S.A. na relação de uma acção representativa do capital social da Altri, SGPS, S.A. por cada acção da
Cofina, SGPS, S.A. detida, tendo sido admitidas à negociação no mercado de cotações oficiais gerido pela
Euronext Lisbon no dia 1 de Março de 2005.

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas


são como segue:

2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das


operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 4)
ajustados de modo a reflectir os princípios de mensuração e reconhecimento das Normas Internacionais de
Relato Financeiro (“International Financial Reporting Standards – IFRS” – anteriormente designadas “Normas
Internacionais de Contabilidade – IAS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) em
vigor em 1 de Janeiro de 2005 tal como adoptadas pela União Europeia.

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos
das empresas incluídas na consolidação (Nota 4) no pressuposto da continuidade das operações e tomando
por base o custo histórico, excepto para alguns instrumentos financeiros que se encontram registados ao justo
valor (Nota 2.3.k)).

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

2.2 PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO

Os princípios de consolidação adoptados pelo Grupo Altri na preparação das suas demonstrações financeiras
consolidadas são os seguintes:

a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo Altri detenha, directa ou indirectamente, mais
de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou detenha o poder de controlar as suas
políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), são incluídas nas
demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o
resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas, é apresentado
separadamente no balanço consolidado e na demonstração dos resultados consolidada nas rubricas
“Interesses minoritários”. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras pelo método de
consolidação integral encontram-se detalhadas na Nota 4.

Quando os prejuízos atribuíveis aos accionistas minoritários excedem o interesse minoritário no capital
próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os
accionistas minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial
subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos
prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.

Nas concentrações empresariais, os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na
data de aquisição conforme estabelecido pelo IFRS 3 – “Concentrações de actividades empresariais”.
Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é
reconhecido como diferença de consolidação positiva. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o
justo valor de activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito
do exercício após reconfirmação do justo valor atribuído. Os interesses de accionistas minoritários são
apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações de
resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.

Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para
adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos
distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação.

Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim
específico (“Special Purpose Entities” – SPE’s), ainda que não possua participações de capital directamente
nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral.

b) Investimentos financeiros em empresas associadas

Os investimentos financeiros em empresas associadas (entendendo o Grupo como tal as empresas onde
exerce uma influência significativa mas em que não detém o controlo ou o controlo conjunto das mesmas
através da participação nas decisões financeiras e operacionais da empresa - geralmente investimentos
representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência
patrimonial.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu
custo de aquisição ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais
próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício
e pelos dividendos recebidos.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, os investimentos financeiros em empresas


associadas são inicialmente contabilizados pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido do valor
correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou da
primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. As participações financeiras são posteriormente
ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das associadas por
contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. Adicionalmente, os dividendos destas empresas são

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

registados como uma diminuição do valor do investimento, e a parte proporcional nas variações dos capitais
próprios é registada como uma variação do capital próprio do Grupo.

As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada
na data de aquisição, se positivas são reconhecidas como diferenças de consolidação e mantidas no valor
da rubrica “Investimentos em empresas associadas”. Se essas diferenças forem negativas, após
reconfirmação do justo valor atríbuido, são registadas como proveito do exercício na rubrica “Resultados
relativos a empresas associadas”.

É efectuada uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo
possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem
existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir são
objecto de reversão.

Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o
investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo, excepto quando o Grupo
tenha assumido compromissos para com a associada, registando nesses casos uma provisão para fazer
face a essas obrigações.

Os ganhos não realizados em transacções com empresas associadas são eliminados proporcionalmente ao
interesse do Grupo na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas
não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que
o activo transferido esteja em situação de imparidade.

c) Diferenças de consolidação

Nas concentrações de actividades empresariais, as diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos
em empresas do Grupo e associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas
à data da sua aquisição, se positivas, são registadas na rubrica do activo “Diferenças de consolidação” ou
mantidas na rubrica “Investimentos em empresas associadas”, consoante se refiram a empresas do Grupo
ou a empresas associadas. As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em filiais sedeadas
no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas filiais à data da sua aquisição,
encontram-se registadas na moeda funcional dessas filiais, sendo convertidas para a moeda de reporte do
Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa
conversão são registadas na rubrica de capitais próprios “Reservas de conversão”.

As diferenças de consolidação transferidas por cisão (Nota Introdutória) originadas em aquisições


anteriores a 1 de Janeiro de 2004 foram mantidas pelos valores apresentados de acordo com os princípios
contabilísticos geralmente aceites em Portugal a essa data, e objecto de testes de imparidade, sendo os
impactos desses ajustamentos registados na rubrica “Outras reservas”, em conformidade com as
disposições constantes da IFRS 1. No caso de filiais estrangeiras, as diferenças de consolidação foram
reexpressas na moeda funcional de cada filial, retrospectivamente.

O valor das diferenças de consolidação não é amortizado, sendo testado anualmente para verificar se
existem perdas por imparidade. As perdas por imparidade das diferenças de consolidação constatadas no
exercício são registadas na demonstração de resultados do exercício na rubrica “Provisões e perdas por
imparidade”. As perdas por imparidade relativas a diferenças de consolidação não podem ser revertidas.

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo
valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, se negativas, são
reconhecidas como proveito na data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos activos e passivos
identificáveis.

d) Conversão de demonstrações financeiras de filiais expressas em moeda estrangeira

Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras incluídas na consolidação


são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio à data do balanço e os custos e proveitos bem
como os fluxos de caixa são convertidos para Euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no
exercício. A diferença cambial resultante é registada nas rubricas de capitais próprios.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

O valor das diferenças de consolidação e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades
estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos para Euros de acordo com
a taxa de câmbio em vigor no final do exercício.

Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na
demonstração de resultados como um ganho ou perda na alienação.

A cotação utilizada na conversão para Euros das contas das filiais e empresas associadas estrangeiras
incluídas nas demonstrações financeiras anexas foi a seguinte:

Libra esterlina
Câmbio final Câmbio médio
31.12.2005 1,45922 1,46265

2.3 PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

Os principais critérios valorimétricos usados pelo Grupo Altri na preparação das suas demonstrações
financeiras consolidadas, são os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e


das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável
que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se
possa medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de desenvolvimento para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu
desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja provável que o
activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de
desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo no período em que são
incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como


custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos
estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios
económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos
incorpóreos.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes
em conformidade com o período de vida útil estimado (genericamente 3 a 5 anos).

b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) e
transferidas para o Grupo Altri por cisão (Nota Introdutória), encontram-se registadas ao seu “deemed cost”,
o qual corresponde ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios
contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações acumuladas e
de perdas por imparidade.

As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido
das correspondentes amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes
em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Anos
Edifícios e outras construções 10 a 50
Equipamento básico 2 a 15
Equipamento de transporte 2 a 10

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

Ferramentas e utensílios 4 a 14
Equipamento administrativo 2 a 10
Outras imobilizações corpóreas 3 a 10

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos activos nem resultem em
benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos das imobilizações corpóreas são registadas como
custo do exercício em que incorrem.

As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção, encontrando-se


registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estas imobilizações são
amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do imobilizado corpóreo são determinadas como a
diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo
registadas na demonstração dos resultados nas rubricas “Outros proveitos operacionais” ou “Outros custos
operacionais”.

c) Locação financeira e aluguer de longa duração

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes
responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do
activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os
juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme descrito na Nota 2.3.b),
são registados como custos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

As rendas de aluguer de longa duração referentes a bens adquiridos neste regime são reconhecidas como
custo na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

A classificação das locações financeiras ou operacionais é realizada em função da substância dos contratos
em causa e não da sua forma.

d) Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas

Os subsídios recebidos no âmbito de programas de formação profissional ou subsídios à exploração, são


registados na rubrica “Outros proveitos operacionais” da demonstração consolidada dos resultados do
exercício em que são obtidos, independentemente da data do seu recebimento.

Os subsídios atribuídos a fundo perdido para financiamento de imobilizações corpóreas são registados no
balanço como “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” relativamente às parcelas de
curto prazo e de médio e longo prazo respectivamente, e reconhecidos na demonstração dos resultados
proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas subsidiadas.

e) Imparidade dos activos, excepto Diferenças de consolidação

É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos do Grupo à data de cada balanço e sempre que seja
identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se
encontra registado possa não ser recuperável.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é
reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e
perdas por imparidade”.

A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda
líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades
independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é
o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do
activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo,
individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo
pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando se conclui
que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. Esta análise é

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

efectuada sempre que existam indícios que a perda de imparidade anteriormente reconhecida tenha
revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica
“Outros proveitos operacionais”. Esta reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da
quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não
se tivesse registado em exercícios anteriores.

f) Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros (juros) relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como custo na
demonstração dos resultados do exercício de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

g) Existências

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao custo médio de


aquisição, deduzido do valor dos descontos de quantidade concedidos pelos fornecedores, o qual é inferior
ao respectivo valor de mercado.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são


valorizados ao custo de produção, que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e
gastos gerais de fabrico, e que é inferior ao valor de mercado. Dentro desta óptica, a madeira cortada em
posse do Grupo Caima / Celtejo encontra-se valorizada ao custo de produção, que inclui os custos
incorridos com o corte e “rechega” da madeira, assim como a parte proporcional à área cortada dos custos
acumulados de estabelecimento, manutenção e gastos administrativos com estes activos.

As empresas do Grupo procederam ao registo das correspondentes perdas por imparidade para reduzir,
quando aplicável, as existências ao seu valor realizável líquido ou preço de mercado.

h) Activos biológicos

As florestas, propriedade das empresas do Grupo Caima / Celtejo encontram-se classificadas na rubrica
“Activos biológicos”. O custo das florestas adquiridas ou com as plantações efectuadas e os custos
incorridos com o seu desenvolvimento, conservação e manutenção são incluídos no valor destas. O custo
da madeira é transferido para custo de produção quando a madeira é cortada. Os cortes de madeira própria
são valorizados ao custo específico de cada mata atribuído a cada corte, o qual inclui ainda os custos
incorridos em cada mata desde o último corte. São reconhecidos como custo do exercício os custos
acumulados de plantação, manutenção e gastos administrativos, proporcionais à área cortada nesse
exercício.

i) Provisões

As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tenha uma obrigação presente (legal
ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra
uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são
revistas na data de cada balanço e ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano
formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

j) Complementos de reforma

Algumas empresas do Grupo assumiram compromissos de conceder aos seus empregados prestações
pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez. Para cobrir essas
responsabilidades existem os correspondentes fundos de pensões autónomos, cujos encargos anuais,
determinados de acordo com cálculos actuariais são registados como custos ou proveitos do exercício, em
conformidade com a IAS 19 – “Benefícios dos empregados”.

As responsabilidades actuariais são calculadas de acordo com o “Projected Unit Credit Method” utilizando
os pressupostos actuariais e financeiros considerados adequados utilizando as tábuas de mortalidade TV
73/77 e invalidez EKV-80.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

k) Instrumentos financeiros

i) Investimentos

Os investimentos detidos pelo Grupo são classificados como segue:

Investimentos detidos até à maturidade, designados como activos financeiros não derivados com
pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada, e relativamente aos quais existe a intenção
positiva e a capacidade de deter até à maturidade. Estes investimentos são classificados como
Activos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço.

Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados fazem parte de uma carteira de
instrumentos financeiros geridos com o objectivo de obtenção de lucros no curto prazo e são
classificados como Activos correntes.

Investimentos disponíveis para venda, designados como todos os restantes investimentos que não
sejam considerados como detidos até à maturidade ou mensurados ao justo valor através de
resultados, sendo classificados como Activos não correntes.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço
pago; no caso dos investimentos detidos até ao vencimento e investimentos disponíveis para venda
são incluídas as despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os


investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu
valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos da transacção que
possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não
sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são
mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os investimentos
detidos até à maturidade são mensurados pelo custo amortizado usando o método da taxa de juro
efectiva.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para
venda são registados no capital próprio, na rubrica de “Reserva de justo valor” incluída na rubrica
“Outras Reservas” até o investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do investimento
se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade,
momento em que a perda acumulada é transferida para a demonstração dos resultados.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos
respectivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira.

ii) Dívidas de terceiros

As dívidas de terceiros que não vencem juros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de
eventuais perdas de imparidade para que as mesmas reflictam o seu valor presente realizável líquido.

iii) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo seu valor nominal deduzido dos custos de transacção
que sejam directamente atribuíveis à emissão desses passivos. Os encargos financeiros são
calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração dos resultados do
período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar activos e passivos e o Conselho
de Administração pretender liquidar numa base líquida ou realizar o activo e liquidar simultaneamente
o passivo, os mesmos são compensados, e apresentados no balanço pelo seu montante líquido.

iv) Contas a pagar

As contas a pagar que não vencem juros são registadas pelo seu valor nominal.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

v) Instrumentos derivados

A Altri utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a
cobertura desses riscos.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos
de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro e de taxa de
câmbio de empréstimos obtidos, bem como de cobertura do preço da pasta de papel. Os indexantes,
as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos
instrumentos de cobertura de taxa de juro e taxa de câmbio são em tudo idênticos às condições
estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas
de cobertura. Os índices de preços aos quais estão indexados os contratos de futuros de cobertura do
preço da pasta de papel, são os mais utilizados pelas empresas do Grupo Caima / Celtejo como
referencial do preço de venda da sua pasta de papel.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de
cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos
fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
- a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
- existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
- a transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro e de câmbio são registados pelo seu justo valor. As
alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica
“Reservas de cobertura”, sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento
objecto de cobertura afecta resultados.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se


vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como
instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas até então, que se encontram
registadas em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertura”, são transferidas para resultados do
período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura
deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da
demonstração dos resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os


mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não
estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os
contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas
registadas na demonstração dos resultados.

Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo específico de
cobertura de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação
como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afectam directamente a demonstração de
resultados, na rubrica de resultados financeiros.

vi) Passivos financeiros e Instrumentos de capital próprio

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a


substância contratual da transacção. São considerados instrumentos de capital próprio os que
evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos, sendo registados
pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.

vii) Acções próprias

As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital
próprio. Os ganhos e perdas inerentes à alienação das acções próprias são registadas em “Outras
reservas”.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

viii) Letras descontadas e contas a receber cedidas em “factoring”

Os saldos a receber de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber
cedidas em “factoring com recurso” à data de cada balanço são reconhecidas no balanço até ao
momento do recebimento das mesmas.

ix) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de


caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de
três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de
valor.

Ao nível da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” compreende
também os descobertos bancários incluídos na rubrica do passivo corrente “Empréstimos bancários”.

l) Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes são definidos pela Empresa como (i) obrigações possíveis que surjam de
acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou
mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da empresa ou (ii) obrigações
presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável
que um exfluxo de recursos que incorpore benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação
ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo, sendo os
mesmos objecto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios
económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objecto de divulgação.

Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência
somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente
sob o controlo da Empresa.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa mas
unicamente objecto de divulgação quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

m) Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas
incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas
incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor, considerando o resultado intercalar e a
taxa anual efectiva de imposto estimada.

Algumas das empresas incluídas no perímetro de consolidação do Grupo Altri pelo método integral são
tributadas segundo o regime especial de tributação de grupos de sociedades, de acordo com o art. 63º do
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as
diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os
respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e
anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à
data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de
lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças
temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão.
No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos
sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores
registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na
mesma rubrica.

n) Rédito e especialização dos exercícios

O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quando (i)
são transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não
seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o
controlo efectivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensurada, (iv) seja
provável que os benefícios económicos associados com as transacções fluam para o Grupo e (v) os custos
incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção possam ser fiavelmente mensurados. As vendas
são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo
valor do montante recebido ou a receber.

As empresas do grupo F. Ramada seguem o procedimento de reconhecer os resultados das obras


relacionadas com a actividade de sistemas de armazenagem pelo método da obra acabada. Neste sentido
os custos de produção já incorridos nas obras em curso permanecem registados como custos diferidos na
rubrica “Outros activos correntes” e “Existências” e as facturações antecipadas destas mesmas obras estão
registadas como proveitos diferidos na rubrica “Outros passivos correntes”.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos na demonstração dos resultados do período em que é
decidida a sua atribuição.

As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios
pelo qual estas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento em que
são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes
receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas
rubricas “Outros activos correntes”, “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes”.

Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados com base na melhor avaliação dos
Conselhos de Administração das Empresas do Grupo.

o) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando as
taxas de câmbio oficiais vigentes à data de balanço. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis,
originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na
data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como proveitos e custos na
demonstração dos resultados do exercício.

p) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem provas ou informações adicionais sobre
condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações
financeiras do Grupo. Os eventos após a data do balanço que sejam indicativos de condições que surgiram
após a data do balanço (“non adjusting events”), quando materiais, são divulgados no anexo às
demonstrações financeiras.

q) Informação por segmentos

Em cada exercício, são identificados os segmentos relatáveis aplicáveis ao Grupo mais adequados tendo
em consideração as actividades desenvolvidas.

A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 28.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas nem erros materiais relativos a
períodos anteriores.

4. INVESTIMENTOS

As empresas incluídas na consolidação pelo método integral, respectivas sedes, proporção do capital detido e
actividade desenvolvida em 31 de Dezembro de 2005 são as seguintes:

Percentagem
efectiva de
Denominação social Sede participação Actividade

Empresa mãe:
Sociedade gestora de participações
Altri, SGPS, S.A. Porto
sociais

Grupo Caima / Celtejo


Sociedade gestora de participações
Celulose do Caima, SGPS, S.A. Lisboa 100%
sociais
Constância Produção e comercialização de pasta de
Caima Indústria de Celulose, S.A. 100%
Sul papel
Constância
Silvicaima – Sociedade Silvícola do Caima, S.A. 100% Exploração silvícola
Sul
Caima Energia – Empresa de Gestão e Constância
100% Produção de energia térmica e eléctrica
Exploração de Energia, S.A. Sul
Invescaima – Investimentos e Sociedade gestora de participações
Lisboa 100%
Participações, SGPS, S.A. sociais
Inflora – Sociedade de Investimentos
Lisboa 100% Exploração silvícola
Florestais, S.A.
Vila Velha de Produção e comercialização de pasta de
Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (b) 95%
Rodão papel
Vila Velha de
CPK – Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A. (b) 95% Produção e comercialização de papel
Rodão
Vila Velha de
Rodão Power, S.A. (b) 95% Produção de energia térmica e eléctrica
Rodão
Sosapel – Sociedade Comercial de Sacos de Vila Velha de
80% Comercialização
Papel, Lda. (b) Rodão

Grupo Ramada
F. Ramada – Aços e Indústrias, S.A. Ovar 100% Comercialização de aço
F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Produção e comercialização de sistemas
Ovar 100%
Metálicas de Armazenagem, S.A. de armazenagem
F. Ramada II, Imobiliária, S.A. Ovar 100% Imobiliária
F. Ramada, Serviços de Gestão, Lda. Ovar 100% Serviços de administração e gestão
Paris, Comercialização de sistemas de
BPS – Equipements, S.A. 100%
França armazenagem
Bromsgrove,
Comercialização de sistemas de
Storax Racking Systems, Ltd. Reino Unido 100%
armazenagem
Bélgica Comercialização de sistemas de
Storax Benelux (a) 100%
armazenagem

(a) – filial criada em 2005


(b) – empresa adquirida no segundo semestre de 2005

Estas filiais foram incluídas na consolidação do Grupo Altri pelo método de consolidação integral, conforme
indicado na Nota 2.2.a).

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

Os investimentos disponíveis para venda em 31 de Dezembro de 2005, percentagem de capital detido e seu
valor de balanço nessa data, podem ser detalhados como segue:

Percentagem
efectiva de
Denominação social participação Valor de balanço

VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A. 10,5% 3.868.667


Outros investimentos - 1.911.153

5.779.820

Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 17) ( 2.924.803 )

Valor líquido 2.855.017

5. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

Durante o segundo semestre de 2005 foi adquirida uma percentagem de 95% do capital do Grupo Celtejo, o
qual integra as seguintes empresas:

Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (anteriormente denominada Portucel Tejo – Empresa de
Celulose do Tejo, S.A.
CPK – Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A.
Rodão Power, S.A.
Sosapel – Sociedade Comercial de Sacos de Papel, Lda.

A participação foi adquirida com referência a Julho de 2005, tendo deste modo sido incluídos na demonstração
dos resultados cinco meses de actividade destas entidades.

Os principais impactos das aquisições efectuadas no balanço e na demonstração dos resultados, são como
segue:

Imobilizações corpóreas (Nota 6) 51.930.760


Imobilizações incorpóreas (Nota 8) 1.061.940
Activos biológicos 1.107.747
Existências 14.458.719
Impostos diferidos activos (Nota 10) 3.652.547
Clientes e outros activos 13.114.245
Caixa e equivalentes de caixa 1.975.737
Empréstimos bancários de longo prazo (8.795.395)
Impostos diferidos passivos (Nota 10) (168.208)
Responsabilidades por pensões (4.381.471)
Outros passivos não correntes (586.328)
Parcela de curto prazo dos empréstimos bancários de longo prazo (500.000)
Outras dívidas a terceiros e outros passivos (39.737.826)
33.132.467
Percentagem não adquirida (1.626.454)
Diferenças de consolidação (Nota 7) 7.470.237
Custo de aquisição 38.976.250
Pagamentos efectuados 38.976.250

Proveitos operacionais 27.164.244


Custos operacionais 23.143.766
Resultado financeiro (324.743)
Resultados antes de impostos 3.695.735

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

Os fluxos de caixa líquidos decorrentes desta aquisição são como segue:

Pagamentos efectuados ( 38.976.250 )


Caixa e equivalentes de caixa 1.975.737
----------------
37.000.513
=========

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2005 a Altri adquiriu igualmente 2,77% do capital social da
Celulose do Caima, SGPS, S.A., passando assim a deter a totalidade do capital desta sociedade.

6. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Durante o período compreendido entre 1 de Março de 2005 (data de constituição da Empresa) e 31 de


Dezembro de 2005 o movimento ocorrido no valor das imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas
amortizações acumuladas, foi o seguinte:
Activo bruto
Terrenos e Edifícios e Outras Adiantamentos
recursos outras Equipamento Equipamento de Ferramentas e Equipamento imobilizações Imobilizações por conta de
naturais construções básico transporte utensílios administrativo corpóreas em curso imobilizações Total
Cisão (Nota Introdutória) 29.017.847 31.414.776 97.581.563 3.828.767 860.298 6.085.434 1.647.130 3.620.458 390.854 174.447.127
Variação de perimetro (Nota 5) 2.834.573 10.859.649 94.155.713 1.060.852 25.307 1.117.489 388.715 3.530.797 1.347 113.974.442
Aumentos 139.651 293.507 5.531.713 561.836 41.176 291.415 155.267 9.023.750 2.401 16.040.716
Alienações (363.918) - (230.530) (441.837) (4.870) (7.022) - - - (1.048.177)
Tranferências e abates 280.460 1.810.260 7.110.831 80.984 (146) (4.388) 182.256 (8.907.025) (199) 553.033
Saldo final 31.908.613 44.378.192 204.149.290 5.090.602 921.765 7.482.928 2.373.368 7.267.980 394.403 303.967.141

Amortizações acumuladas
Edifícios e Outras
outras Equipamento Equipamento de Ferramentas e Equipamento imobilizações
construções básico transporte utensílios administrativo corpóreas Total
Cisão (Nota Introdutória) 19.866.860 77.108.257 3.671.234 829.982 4.991.582 1.288.762 107.756.677
Variação de perimetro (Nota 5) 6.772.701 53.350.246 605.204 22.526 945.003 348.002 62.043.682
Aumentos 1.242.561 7.981.185 241.194 19.771 573.356 178.314 10.236.381
Alienações - (158.978) (409.865) (4.870) (6.071) - (579.784)
Tranferências e abates - (237.376) - (146) (2.407) 6.030 (233.899)
Saldo final 27.882.122 138.043.334 4.107.767 867.263 6.501.463 1.821.108 179.223.057
31.908.613 16.496.070 66.105.956 982.835 54.502 981.465 552.260 7.267.980 394.403 124.744.084

7. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO

Durante o período compreendido entre 1 de Março de 2005 (data de constituição da Empresa) e 31 de


Dezembro de 2005, o movimento ocorrido nas diferenças de consolidação e nas respectivas perdas de
imparidade, foi o seguinte:

Cisão (Nota Introdutória) 8.382.226


Aumentos 8.252.697
16.634.923
Perdas de imparidade acumuladas transferidas por cisão (Nota Introdutória) (2.295.532)
Saldo final 14.339.391

O efeito da cisão reflectido no ano de 2005 está relacionado com a reorganização do Grupo Cofina levado a
cabo durante o primeiro trimestre.

Os aumentos registados no período findo em 31 de Dezembro de 2005 são relativos à aquisição de uma
participação de 95% no capital da Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A., no montante de 7.470.237
Euros, incluindo ainda 782.460 Euros relativos a aquisição de acções da Celulose do Caima, SGPS, S.A..

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

8. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Durante o período compreendido entre 1 de Março de 2005 (data de constituição da Empresa) e 31 de


Dezembro de 2005, o movimento ocorrido no valor das imobilizações incorpóreas, bem como nas respectivas
amortizações acumuladas, foi o seguinte:

Activo bruto
Despesas de Propriedade
Despesas de investigação e industrial e outros Imobilizado em
instalação desenvolvimento direitos Software curso Total
Cisão (Nota Introdutória) - - - 208.159 - 208.159
Variação de perimetro (Nota 5) 3.888 2.210.697 58.277 - 660.395 2.933.257
Aumentos - 84.369 5.414 57.503 - 147.286
Tranferências e abates - (24.793) 25.182 - (636.245) (635.856)
Saldo final 3.888 2.270.273 88.873 265.662 24.150 2.652.846

Amortizações acumuladas
Despesas de Propriedade
Despesas de investigação e industrial e outros
instalação desenvolvimento direitos Software Total
Cisão (Nota Introdutória) - - - 145.234 145.234
Variação de perimetro (Nota 5) 3.888 1.828.304 39.125 - 1.871.317
Aumentos - 99.507 21.654 32.951 154.112
Saldo final 3.888 1.927.811 60.779 178.185 2.170.663
- 342.462 28.094 87.477 24.150 482.183

9. EXISTÊNCIAS E ACTIVOS BIOLÓGICOS

Em 31 de Dezembro de 2005, o montante registado na rubrica “Activos biológicos” corresponde às plantações


detidas pela Caima e Celtejo, podendo o valor em causa ser detalhado como segue:

Valor bruto 21.962.003


Perdas de imparidade acumuladas (Nota 17) ( 288.345 )
21.673.658

Em 31 de Dezembro de 2005, o montante registado na rubrica “Existências” pode ser detalhado como segue:

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 13.865.583


Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 52.691
Produtos e trabalhos em curso 5.238.282
Produtos acabados e intermédios 13.198.408
Mercadorias 11.951.691
44.306.655
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 17) (1.491.725)
42.814.930

O custo das vendas do período findo em 31 de Dezembro 2005 ascendeu a 59.778.513 Euros e foi apurado
como segue:

Matérias primas,
subsidiárias e de Produtos acabados e Produtos e trabalhos
Mercadorias consumo Subprodutos intermédios em curso Activos biológicos Total
Cisão (Nota Introdutória) 8.224.999 8.396.963 1.079 5.783.867 2.978.762 20.176.670 45.562.340
Variação de perímetro (Nota 5) - 5.103.458 55.487 8.739.082 560.692 1.107.747 15.566.466
Compras 24.852.972 39.677.711 - - - - 64.530.683
Regularização de existências (33.205) 170.668 - 52.895 236.403 (39.079) 387.682
Existências finais (11.951.691) (13.865.583) (52.691) (13.198.408) (5.238.282) (21.962.003) (66.268.658)
21.093.075 39.483.217 3.875 1.377.436 (1.462.425) (716.665) 59.778.513

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

10. IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das
autoridades fiscais durante um período de seis anos até 2000 e quatro anos após essa data (dez anos para a
Segurança Social até 2000 inclusive, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham havido prejuízos
fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou
impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos.
Deste modo, as declarações fiscais da generalidade das empresas do Grupo Altri do ano 2000 e dos anos de
2002 a 2005 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais correcções resultantes de


revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito
significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2005.

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos no período compreendido entre 1 de
Março de 2005 (data de constituição da Empresa) e 31 de Dezembro de 2005 foi como segue:

Passivos por impostos


Activos por impostos diferidos diferidos

Saldo em 1.3.2005 - -
Efeito da cisão (Nota Introdutória) 4.040.504 1.097.773
Variação de perímetro (Nota 5) 3.652.547 168.208
Efeitos na demonstração dos resultados (1.722.760) 81.982
Efeitos em capitais próprios (Nota 26) (38.307) (338.896)
Saldo em 31.12.2005 5.931.984 1.009.067

O detalhe dos activos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2005, de acordo com as diferenças
temporárias que os geraram, é como segue:

Passivos por impostos


Activos por impostos diferidos diferidos
Anulações de imobilizações corpóreas 443.587 -
Anulações de imobilizações incorpóreas 146.999 -
Provisões e perdas por imparidade de activos não aceites fiscalmente 3.011.695 -
Prejuízos fiscais reportáveis 1.438.324 -
Fundos de pensões 834.584 -
Amortizações não aceites como custo fiscal - 442.333
Mais valias reinvestidas - 103.179
Anulação de outros acréscimos de custos - 110.846
Outros 56.795 352.709
5.931.984 1.009.067

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos no período compreendido entre 1 de Março de 2005 (data de
constituição da Empresa) e 31 de Dezembro de 2005 são detalhados como segue:

Imposto corrente
Estimativa de imposto 2.421.741
Imposto diferido 1.804.742
4.226.483

- 15 -
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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

11. CLIENTES

Em 31 de Dezembro de 2005 esta rubrica tinha a seguinte composição:

Clientes, conta corrente 55.279.922


Clientes, títulos a receber 3.755.190
Clientes de cobrança duvidosa 7.554.283
66.589.395
Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 17) ( 12.452.234 )
54.137.161

A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da sua actividade
operacional. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas acumuladas de
imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, de acordo com a sua experiência e
com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração entende
que os valores contabilísticos das contas a receber se aproximam do seu justo valor.

12. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2005 esta rubrica tinha a seguinte composição:

Adiantamentos a fornecedores 68.105


Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 36.739
Estado e outros entes públicos:
Imposto sobre o Valor Acrescentado 5.620.945
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 1.056.489
Outros 38.349
Outros devedores 2.454.820
9.275.447
Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 17) ( 233.904 )
9.041.543

13. INVESTIMENTOS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2005, o saldo desta rubrica correspondia a títulos cotados detidos para negociação e
obtenção de mais valias no curto prazo, os quais foram já posteriormente alienados no início de 2006.

14. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de Dezembro de 2005, o detalhe da rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” era como segue:

Caixa 44.383
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 5.367.887
5.412.270

- 16 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

15. CAPITAL SOCIAL

Em 31 de Dezembro de 2005, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e era
composto por 51.282.918 acções com o valor nominal de 50 cêntimos de Euro cada acção. Nessa data, a Altri,
SGPS, S.A. e as suas filiais não detinham acções próprias.

Em 31 de Dezembro de 2005 as seguintes pessoas colectivas detinham uma participação no capital subscrito
de, pelo menos, 20%:

- Cofihold, SGPS, S.A.

16. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Em 31 de Dezembro de 2005, o detalhe das rubricas “Empréstimos bancários” e “Outros empréstimos” é como
segue:

Valor nominal Valor contabilístico


Corrente Não corrente Corrente Não corrente
Empréstimos bancários 8.277.644 36.988.500 8.277.644 36.377.812
Descobertos bancários 2.404.907 - 2.404.907 -
Empréstimos obrigacionistas - 21.500.000 - 20.929.802
Contas caucionadas 1.500.000 - 1.500.000 -
Empréstimos garantidos pelo fundo EFTA 1.246.993 - 1.246.993 -
Empréstimos bancários 13.429.544 58.488.500 13.429.544 57.307.614

Empréstimo reembolsável - API - 8.795.394 - 8.795.394


Empréstimo reembolsável - PEDIP 952.883 3.335.093 952.883 3.335.093
Papel comercial 42.445.036 - 42.445.036 -
Factoring 3.606.300 - 3.606.300 -
Outros empréstimos 47.004.219 12.130.487 47.004.219 12.130.487
60.433.763 70.618.987 60.433.763 69.438.101

Em Julho de 2005 a Invescaima, SGPS, S.A. celebrou um contrato de mútuo com a Caixa Geral de Depósitos
(CGD) e com a Caixa Banco de Investimento (CBI) no montante de 30.000.000 Euros, com juros semestrais
postecipados e com reembolso de capital em 10 prestações semestrais, iguais e sucessivas, com início em
Janeiro de 2007.

Em Agosto de 2005 a Celulose do Caima, SGPS, S.A. procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista
no montante de 21.500.000 Euros reembolsável no prazo de 6 anos, o qual tem associadas determinadas
imposições relativas a cumprimento de rácios financeiros.

O Grupo tem contratados alguns programas de papel comercial, renováveis, com garantia de colocação
subscritos pelas diversas empresas, os quais têm vencimento no curto prazo.

Os empréstimos obtidos vencem juros a taxas de mercado.

As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, encontrando-
se estas a ser reconhecidas como juro ao longo do período de vida do empréstimo.

O valor nominal dos empréstimos registados no Médio e longo prazo será reembolsado como segue:

Ano de reembolso Montante


2007 10.608.050
2008 17.414.945
2009 8.619.550
2010 6.476.442
2011 27.500.000
70.618.987

- 17 -
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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

17. MOVIMENTO DAS PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE

O movimento verificado nas provisões e perdas de imparidade durante o período findo em 31 de Dezembro de
2005 pode ser detalhado como segue:

Perdas de imparidade Perdas de imparidade em


em contas a receber existências e activos Perdas de imparidade
Provisões (a) biológicos em investimentos Total
Cisão (Nota Introdutória) 168.350 12.817.942 692.731 4.999.349 18.678.372
Variação de perímetro (Nota 5) - 252.270 1.060.000 - 1.312.270
Aumentos 73.044 837.895 24.857 392.834 1.328.630
Reposições - (117.457) (777) - (118.234)
Utilizações (90.757) - - (2.467.380) (2.558.137)
Transferências - - 3.259 - 3.259
Saldo final 150.637 13.790.650 1.780.070 2.924.803 18.646.160

(a) – inclui 1.104.512 Euros relativos a perdas de imparidade em contas a receber registadas no activo não corrente

Os aumentos de perdas de imparidade verificados no compreendido entre 1 de Março de 2005 (data de


constituição da Empresa) e 31 de Dezembro de 2005 foram registados por contrapartida das rubricas da
demonstração dos resultados como segue:

Provisões e perdas por imparidade 935.797


Resultados relativos a outros investimentos (Nota 22) 392.833
--------------
1.328.630
========

O valor registado na rubrica “Provisões” em 31 de Dezembro de 2005 corresponde à melhor estimativa da


administração para fazer face a perdas a incorrer com processos judiciais actualmente em curso.

18. OUTROS CREDORES NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2005 esta rubrica tinha a seguinte composição:

Portucel, SGPS, S.A. 25.000.000


Fornecedores de imobilizado 1.061.912
Outros credores 13.067
26.074.979

O saldo a pagar à Portucel, SGPS, S.A. deverá ser liquidado até Janeiro de 2008 vencendo juros a taxas de
mercado.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

19. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2005 a rubrica “Outros passivos não correntes” inclui o montante de,
aproximadamente, 1.835.000 Euros relativo às parcelas de médio e longo prazo de subsídios ao investimento.

20. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2005 a rubrica “Outras dividas a terceiros” podia ser detalhada como segue:

Adiantamentos por conta de vendas 1.247.148


Fornecedores de imobilizado 6.735.526
Estado e outros entes públicos:
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 846.834
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 1.184.414
Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.754.532
Contribuições para a Segurança Social 515.124
Outros 46.087
Outros 1.761.275
14.090.940

21. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2005 a rubrica “Outros passivos correntes” podia ser detalhada como segue:

Acréscimos de custos:
Valores a pagar ao pessoal 4.415.596
Fundos de pensões (Nota 24) 2.550.202
Juros a liquidar 1.028.279
Outros 2.916.591
Proveitos diferidos:
Subsídios ao investimento – parcela de curto prazo 620.765
Facturação antecipada 451.653
Outros 663.644
12.646.730

- 19 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

22. RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros do período findo em 31 de Dezembro de 2005 podem ser detalhados como segue:

Resultados relativos a outros investimentos:


Ganhos na valorização dos títulos ao valor de mercado 129.795
Ganhos na alienação de aplicações de tesouraria 1.388.743
Ganhos em outros investimentos 46.610
Provisões para aplicações financeiras e investimentos financeiros (Nota 17) (392.833)
Perdas em outros investimentos (250.278)
922.037
Custos financeiros:
Juros suportados (3.108.020)
Diferenças de câmbio desfavoráveis (67.681)
Outros custos e perdas financeiras (1.244.987)
(4.420.688)
Proveitos financeiros:
Juros obtidos 37.559
Diferenças de câmbio favoráveis 146.255
Descontos de pronto pagamento obtidos 15.484
Outros proveitos e ganhos financeiros 66.548
265.846

23. ENTIDADES RELACIONADAS

Em 31 de Dezembro de 2005 não se verificam saldos materialmente relevantes com entidades relacionadas.

Durante o período compreendido entre 1 de Março de 2005 (data de constituição da Sociedade) e 31 de


Dezembro de 2005, não se verificaram transacções materialmente relevantes com entidades relacionadas.

24. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUIDOS NO BALANÇO

a) Fundos de pensões

Algumas empresas do Grupo Caima / Celtejo possuem compromissos relacionados com encargos com
pensões de reforma não incluídos no balanço consolidado.

O Fundo de Pensões Caima e Silvicaima, constituído por escritura de 31 de Dezembro de 1987 e


administrado pela “BPI Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.”, destina-se a garantir
aos trabalhadores (i) que à data normal da reforma ou (ii) na cessação contratual do contrato de trabalho
com a Empresa, tenham pelo menos 57 anos de idade e 10 anos de serviço contínuo, o direito a um
complemento de reforma, a partir da idade normal de reforma, cujo valor tem por base a média dos
vencimentos ilíquidos dos últimos dois anos ao serviço da empresa. Por decisão da Administração da
Caima, o Fundo de Pensões Caima e Silvicaima foi dividido em dois fundos autónomos, em Dezembro de
1998, após autorização do Instituto de Seguros de Portugal.

Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente da
Celtejo e CPK com mais de cinco anos de serviço, têm direito após a passagem à reforma ou numa
situação de invalidez a um complemento mensal de pensão de reforma ou invalidez. Este complemento
está definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal líquida
actualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço,
no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos.
Para cobrir estas responsabilidades existe um fundo de pensões autónomo denominado Fundo de Pensões
Tejo.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

De acordo com o último estudo actuarial realizado pela sociedade gestora do fundo com referência a 31 de
Dezembro de 2005, o valor actual das responsabilidades por serviços passados para os colaboradores no
activo e para os reformados, bem como a situação patrimonial dos fundos de pensões, naquela data, eram
como segue:
Caima Silvicaima Celtejo CPK
Responsabilidades actuais dos serviços passados 3.052.972 370.456 14.093.102 2.338.018
Situação patrimonial dos fundos de pensões 2.948.326 418.260 12.805.990 1.916.558

Para fazer face a diferenças entre o valor das responsabilidades actuais dos serviços passados e a
situação patrimonial dos fundos de pensões, encontra-se registado na rubrica “Outros passivos correntes –
Acréscimos de custos” o montante de 2.550.202 Euros (Nota 21).

Aquelas responsabilidades foram determinadas com base no método de cálculo “Projected Unit Credit”,
tendo-se utilizado as Tábuas de Mortalidade TV 73/77 e Invalidez EKV-80. Para além dos parâmetros
técnicos acima referidos foram assumidos como pressupostos uma rentabilidade real de longo prazo de 3%
quando comparada com o crescimento dos salários e de 4% face ao crescimento das pensões.

b) Terrenos arrendados

O Grupo Caima / Celtejo assumiu responsabilidades com rendas de terrenos arrendados para florestação
no montante de, aproximadamente, 3.825.000 Euros, ascendendo o valor das rendas referente ao período
findo em 31 de Dezembro de 2005 a, aproximadamente, 380.000 Euros.

c) Outros compromissos

Em 31 de Dezembro de 2005, os compromissos contratuais para aquisição de imobilizado assumidos pelas


empresas do Grupo Caima / Celtejo são de, aproximadamente, 7.350.000 Euros.

25. RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2005, as empresas do Grupo Caima tinham assumido responsabilidades por garantias
bancárias prestadas como segue:

API 6.291.290
Linhas de crédito 1.500.000
DGCI – pedidos de reembolso de IVA 1.368.703
Outras 1.027.651
----------------
10.187.644
=========

Em 31 de Dezembro de 2005, as empresas do Grupo F. Ramada tinham assumido responsabilidades por


garantias bancárias prestadas como segue:

Papel comercial 3.996.995


IAPMEI 1.381.750
DGCI – pedidos de reembolso de IVA 571.968
Outras 170.646
--------------
6.121.359
========

Além destas garantias, o Grupo tinha ainda constituído penhor sobre 1.706.920 acções da VAA – Vista Alegre
Atlantis, SGPS, S.A. e sobre 200.000 acções da F. Ramada – Aços e Indústrias, S.A. para garantia de um
programa de papel comercial junto do Banco BPI no montante de 3.750.000 Euros.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

26. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2005 as empresas do Grupo Caima / Celtejo tiveram em vigor
contratos relativos a instrumentos financeiros derivados associados a cobertura das variações do preço de
pasta de papel e taxa de câmbio, sendo esses instrumentos registados de acordo com o seu justo valor.

As empresas do Grupo Caima apenas utilizam derivados de taxa de câmbio para cobertura de fluxos de caixa
futuros nas suas transacções. Estes instrumentos financeiros venceram-se durante o período, não tendo sido
celebrados novos contratados.

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros durante o período findo em 31 de Dezembro
de 2005 pode ser detalhado como segue:

Derivados de
cobertura de preço Derivados de taxa
da pasta de câmbio

Saldo inicial (a) 1.232.350 ( 139.298 )


( 1.232.350 ) 139.298
Variação do justo valor dos derivados

Saldo final - -

(a) – saldo inicial transferido por cisão da Cofina, SGPS, S.A. (Nota Introdutória)

Os ganhos e perdas do período associados à variação do justo valor dos instrumentos de cobertura (conforme
denominados nos termos do IAS 39), no montante de 1.093.052 Euros, foram registados directamente em
rubricas de capitais próprios líquidos dos correspondentes passivos por impostos diferidos, no montante de
300.589 Euros.

27. RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção do período, foram calculados em função dos seguintes montantes:

Resultado para efeito do cálculo do resultado líquido por acção básico e diluído 10.415.229
Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico e diluído 51.282.918
Resultado por acção
Básico 0,20
Diluído 0,20

- 22 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em Euros)

28. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

De acordo com a origem e natureza dos rendimentos gerados pelo Grupo, foram definidos como segmentos
principais os seguintes:
- Aço
- Pasta e Papel
- Holding

A repartição por segmentos em 31 de Dezembro de 2005 é como segue:

Ajustamentos de
consolidação e
Aços Pasta e Papel Holding eliminações Consolidado

Proveitos operacionais líquidos 78.039.046 73.494.836 - - 151.533.882


Cash-flow operacional (EBITDA) (a) 11.036.331 17.490.569 (109.859) - 28.417.041
Resultados operacionais (EBIT) 9.440.754 8.997.749 (111.476) (300.479) 18.026.548

Activo imobilizado e financeiro (b) 10.070.082 121.323.361 96.475.266 (85.448.034) 142.420.675


Activos biológicos - 21.673.658 - - 21.673.658
Existências 24.568.739 18.246.191 - - 42.814.930
Outros activos 41.583.337 41.353.747 278.243 - 83.215.327
Total do activo 76.222.158 202.596.957 96.753.509 (85.448.034) 290.124.590

Dívidas a terceiros 42.205.299 124.173.351 35.057.287 - 201.435.937


Outros passivos 3.423.484 12.461.235 - 280.591 16.165.310
Total do passivo 45.628.783 136.634.586 35.057.287 280.591 217.601.247

(a) - Resultados operacionais + amortizações


(b) - incluindo Diferenças de Consolidação

Relativamente ao segmento geográfico, a repartição das vendas e prestações de serviços do Grupo por
mercado é como segue:

Mercado interno 67.575.558


Mercado externo 80.729.925

29. NÚMERO DE PESSOAL

Durante o período compreendido entre 1 de Março de 2005 (data de constituição da Empresa) e 31 de


Dezembro de 2005, o número médio de pessoal ao serviço das empresas incluídas na consolidação pelo
método de consolidação integral foi de 1.020.

30. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão
em 15 de Março de 2006.

- 23 -
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA
CONTAS CONSOLIDADAS

Introdução

1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e o Relatório de
Auditoria sobre a informação financeira consolidada contida no Relatório de Gestão e as
demonstrações financeiras consolidadas anexas do período compreendido entre 1 de Março de 2005
(data de constituição da Empresa – Nota Introdutória) e 31 de Dezembro de 2005 da Altri, S.G.P.S.,
S.A. (“Empresa”) e subsidiárias, as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2005 (que
evidencia um total de 290.124.590 Euros e capitais próprios de 72.523.343 Euros incluindo um
resultado líquido consolidado atribuível aos accionistas da Empresa de 10.415.229 Euros), as
Demonstrações Consolidadas dos resultados por naturezas, dos fluxos de caixa e das alterações no
capital próprio do período findo naquela data e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa; (i) a preparação de demonstrações


financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da
Empresa e do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas
operações e os seus fluxos de caixa consolidados; (ii) que a informação financeira histórica seja
preparada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União
Europeia e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo
Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a
manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; (iv) a informação de qualquer facto relevante
que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição
financeira ou os seus resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira consolidada contida nos


documentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos
materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido
pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente
baseado no nosso exame.
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Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de
Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado
e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações
financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação,
numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações
financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de
Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a verificação das
operações de consolidação, a aplicação do método da equivalência patrimonial e de terem sido
apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação, a
apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a
sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da
continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das
demonstrações financeiras consolidadas, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se
a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame
abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de
Gestão com os restantes documentos de prestação de contas. Entendemos que o exame efectuado
proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

5. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima,


apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a
posição financeira consolidada da Altri, S.G.P.S., S.A. em 31 de Dezembro de 2005, o resultado
consolidado das suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o período compreendido
entre 1 de Março de 2005 (data de constituição da Empresa) e 31 de Dezembro de 2005, em
conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União
Europeia e a informação nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas directrizes
mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Ênfase

6. Conforme referido na Nota Introdutória do Anexo às demonstrações financeiras, a Empresa foi


constituída em 1 de Março de 2005 no âmbito do projecto de reestruturação da Cofina S.G.P.S., S.A.
Consequentemente, não são apresentadas demonstrações financeiras comparativas com o exercício
homólogo anterior.

Porto, 15 de Março de 2006

DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A.


Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves
RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO
CONTAS CONSOLIDADAS

Aos Accionistas da
Altri, S.G.P.S., S.A.

Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi confiado, vimos submeter à
Vossa apreciação o nosso Relatório e Parecer que abrange a actividade por nós desenvolvida e os
documentos de prestação de contas consolidadas da Altri, S.G.P.S., S.A. (“Altri”) e subsidiárias (“Grupo”),
relativos ao período compreendido entre 1 de Março de 2005 (data de constituição da Empresa) e 31 de
Dezembro de 2005, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração.

Acompanhámos, com a periodicidade e a extensão que consideramos adequada, a evolução da actividade


da Empresa bem como das principais empresas englobadas na consolidação, a regularidade dos seus
registos contabilísticos e o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor, tendo recebido do
Conselho de Administração e dos diversos serviços Empresa e das principais empresas englobadas na
consolidação todas as informações e os esclarecimentos solicitados.

No âmbito das nossas funções, examinámos o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2005, as


Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas, dos fluxos de caixa e das alterações no capital
próprio para o período compreendido entre 1 de Março de 2005 (data de constituição da Empresa) e 31 de
Dezembro de 2005 e os correspondentes Anexos. Adicionalmente, procedemos a uma análise do Relatório
Consolidado de Gestão do exercício de 2005 preparado pelo Conselho de Administração. Como
consequência do trabalho de revisão legal efectuado, emitimos nesta data a Certificação Legal das Contas e
Relatório de Auditoria sobre as contas consolidadas, que inclui no seu parágrafo 6 uma ênfase.

Face ao exposto, somos de opinião que, tendo em consideração o descrito no parágrafo 6 da Certificação
Legal das Contas e Relatório de Auditoria, as demonstrações financeiras consolidadas supra referidas e o
Relatório Consolidado de Gestão, estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias
aplicáveis, pelo que poderão ser aprovados em Assembleia Geral de Accionistas.

Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração, aos diversos serviços da Empresa e das
empresas participadas, o nosso apreço pela colaboração prestada.

Porto, 15 de Março de 2006

DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A.


Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves

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