Trabalho de Funcionalismo e Estruturalismo

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 9

MÉTODO FUNCIONALISTA

Considerações Gerais

O Funcionalismo encontrou seu apogeu a partir d e 1930, mas veio crescendo desde 1914 quando
Malinowski iniciou seus estudos. Trouxe para Antropologia uma nova orientação. Seus estudos foram
iniciados por Malinowski e, depois Radclie Brow, que se

preocuparam em estudar e explicar o funcionalismo da cultura num momento dado. Ao funcionalismo


não interessa mais explicar o presente pelo passado, mas o passado pelo presente. A visão sistemática
utilizada na análise da cultura procurou explicar a maneira de ssr de cada cultura, buscando as razões
não mais nas origens.

O Funcionalismo

É o estudo da sociedade sob o ponto de vista da função, isto é, como um

sistema organizado de atividades. Ao funcionalismo não interessa mais explicar o

presente pelo passado, mas o passado pelo presente se apoiando demo do decisivo

nas pesquisas de campo.

Exemplo: A cidade é um sistema organizado de

atividades, como transportes, educação, saneamento básico, etc.

O método funcionalista considera, de um lado, a sociedade como uma

estrutura complexa de grupos ou indivíduos, de outro, como um sistema de instituições correlacionadas


entre si.

Hebert Spencer

A função de uma instituição social surgiu com Hebert Spencer, na sua analogia da sociedade com um
organismo biológico (onde cada

órgão tem uma função e depende dos outros para sobreviver ).

Ele baseou-se na doutrina do evolucionismo para elaborar sua teoria

sociológica, na qual a premissa básica é a analogia orgânica, isto é, a identificação

entre sociedade e organismo biológico: tanto a sociedade como

os organismos se
distinguem da matéria inorgânica pelo crescimento visível durante sua existência;

tanto as sociedades como os organismos aumentam em complexidade de estrutura à medida que


crescem em tamanho; e uma diferenciação progressiva de funções

acompanha a diferenciação progressiva da estrutura da sociedade e dos organismos.

Émile Durkheim

Mas é com Durkheim que a instituição social tom a a característica de uma correspondência entre ela e
a s necessidades do organismo social. Ele chega a fazer

distinção entre o funcionamento “normal” e “patológico” das instituições, pois para

Durkheim a instituição social é um mecanismo de proteção da sociedade, é o conjunto de regras e


procedimentos padronizados socialmente, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade, cuja

importância estratégica é manter a organização do grupo e satisfazer as necessidades dos indivíduos


que dele

participam.

Portanto as Instituições são conservadoras por essência, quer seja família, escola, governo, polícia ou
qualquer outra, elas agem fazendo força contra as mudanças, pela manutenção da ordem.

Robert Merton

Por sua vez, Merton critica a concepção do papel indispensável de todas as atividades, normas,
práticas, crenças, etc. para o funcionamento da sociedade. Ele cria então o conceito de funções manifestas
e funções latentes.

Função Manifesta

São as finalidades pretendidas e esperadas das organizações. Exemplo: A função da

família é ordenar as

relações sexuais. A função da escola é educar a população. A função dos ônibus é transportar os
passageiros de forma segura. A função da policia é oferecer segurança.

Funções Latentes

São as consequências não pretendidas, não esperadas e inclusive, não


reconhecidas. Exemplo: O sistema educacional amplia as desigualdades entre os indivíduos, de acordo
com o grau de escolaridade

efeito.”

MÉTODO ESTRUTURALISTA

Considerações Gerais

O estruturalismo se tornou num dos principais métodos de análise na

segunda metade do século XX a ser utilizado na abordagem da linguagem, cultura,

filosofia da m atemática, sociedade. Nesta época a análise estruturalista foi sendo praticada em estudos
sobre desempenho e racionalidade; cultura organizacional;

produtividade e trabalho. Mas, praticamente, não existem limitações à aplicação do

método estruturalista, sendo que mais tarde sua aplicação se expandiu diversas outras disciplinas. Ele
permite uma análise tanto de grupos elementares, entendidos

como uma coleção de indivíduos (estrutura simples que utiliza modelos mecânicos)

como da totalidade dos indivíduos em um conjunto de organizações (utilizando modelos estatísticos).

Claude Lévi-Strauss

O método Estruturalista foi desenvolvido por Claude Lévi-Strauss,

antropólogo, professor e filósofo francês, considerado fundador da antropologia estruturalista, e um d os


grandes intelectuais do século XX. Em 19 49 publicou o livro As estruturas elementares do parentesco,
consagrando-se como um dos mais

importantes estudos de família já publicados.

O estruturalismo de Lévi-Strauss sofre influências do pensamentos dialético,


da femonemologia existencial e da geologia, nascendo de pesquisas de campo que tenta conciliar a teoria
com a prática . Lévi-Strauss procurou uma ponte entre o lógico

e o empírico, algo que não fosse a simples descrição do empírico imediato, mas que

fosse uma teoria logicamente possível, construída a partir do real concreto. “O estruturalismo procura
captar os fenômenos humanos aquém da consciência que deles se tem, escolhendo como terrenos de
estudos privilegiados a s ordens d e f atos muito insignificantes e desprovidas de implicações práticas”. (Lévi-
Strau ss, 1971).

Lévi-Strauss declara o programa do primeiro estruturalismo, do que vai desencadear a revolução


metodológica, com base nas seguintes ideias:

Ex: Verificação das leis que regem o casamento e o sistema de parentesco das sociedades primitivas, ou
modernas, através da construção do m odelo que represente o s diferentes indivíduos e suas relações,
no âmbito do matrimônio e parentesco. (Lakatos, 1991:85 -86).

Ideias Centrais do Estruturalismo

Um estruturalista consegue driblar um grande problema que aflige grande número de estudiosos no
campo social: o da multiplicidade infinita de situações

díspares. Acontece que quanto maior o rigor no detalhamento da pesquisa, mais os

dados e informações coligidos parecem descrever uma situação única, só verificável


naquele espaço e naquele momento específicos. Mas o método estruturalista

permite analisar as estruturas em processo através de observações não presenciais.

Estuda atividades tão diversas como rituais de preparação e d o servir de alimentos, rituais religiosos,
jogos, textos literários e não -literários e outras formas de

entretenimento para descobrir as profundas estruturas pelas quais o significado é produzido e


reproduzido em uma cultura.

O método parte da investigação de um fenômeno concreto elevasse ao nível

do abstrato, construindo um modelo que represente o objeto de estudo, retornando

por fim ao concreto, dessa vez com uma realidade estruturada e relacionada com a

experiência do sujeito social. (Eva Maria Lakatos, 1992).

Estrutura é um conjunto de relações, portanto os objetos devem ser tratados enquanto "posições em
sistemas estruturados" e não enquanto "objetos existentes independentemente de uma estrutura". A
análise do estruturalismo consiste na criação de modelos de ordem geral que enfatizam as relações
entre os fenômenos.

Com isto tira o foco da investigação de qualquer elemento particular.

Análise Estrutural

A interpretação estrutural parte dos modelo s descritivos. Tais modelos podem ser mecânicos (relações
simples) ou estatísticos. A análise estrutural consiste em: proceder a experimentações com os modelos,
isto é, em rea lizar procedimentos que

permitam saber como um modelo dado reage a modificações; a efetuar

comparações entre modelos de mesmo tipo e de tipos diferentes.

O exemplo utilizado por Lévi-Strau ss (1958 , p. 303 -352) para esclarecer sobre

o processo de modalização é o do estudo do suicídio. Em um primeiro nível

observacional, ele toma o suicídio da perspectiva dos casos individuais (mecânica),

considerando a vítima, o meio, local, etc. Em um segundo nível, toma -o a partir do conjunto
(estatística), considerando a frequência dos suicídios em diferentes sociedades, em diferentes épocas,
etc. Dessas relações extrai os modelos das várias formas de suicídio, do suicídio em sociedades
diferentes, da relação entre o suicídio e outros fenômenos sociais etc. A analise estrutural então
compara os modelos entre si, procurando encontrar propriedades formais (leis, lógicas) que
encerrem estruturas explicativas do fenômeno do suicídio em geral.

Em linha de crítica contra o estruturalismo, aponta -se que este abandona a gênese, a história dos
fenômenos, que desconsidera as e struturas diacrônicas.

Entretanto isso não é verdade. O estruturalismo não nega as condicionantes

históricas. Ele só se opõe à história que pretende estudar o s elementos isolados, em lugar de tomar
consciência de suas relações. Esse aceita que existam causas, relações causais e mudanças, até mesmo
de caráter histórico (relações

diacrônicas), mas não crê que tais relações sejam determinantes na compreensão

do mundo que nos cerca. As estruturas são não -causais. Não revelam a origem dos elementos nem o
modo como operam, mas as condições, as formas de relações, que se definem por sua sintaxe, isto é, p
elas leis de concordância, de subordinação

e de ordem a que estão sujeitos os elementos.


Conclusão

Como vimos, este trabalho é resultado de um estudo minucioso a respeito dos

Métodos Funcionalista e Estruturalista, que seguiu com muitos exemplos e análises, isso para facilitar a
compreensão das ideias propostas por cada autor que contribuiu na formação desses conhecimentos.

Assim vemos que a teoria Funcional permite realizar uma análise comparativa dos fenômenos em
diversas culturas. E que a essa é capaz de produzir um a análise concreta d a cultura através das
instituições e de seus aspectos. Toda sua importância no campo do desenvolvimento do conhecimento
cientifica, e sua colaboração especifica no enriquecimento da ciência Antropológica.

No Método Estruturalismo consegue-se notar sua capacidade em analise, tanto de grupos elementares
como também da totalidade de indivíduos em conjunto

de organização, quebrando com toda a complexidade que no principio se apresenta.

O que certamente nos faz perceber aspectos não observados anteriormente.

O Desenvolvimento deste trabalho de fato foi muito agregador, nos

possibilitou entender relações e conceitos importantes. E a distinguir as divergências

dos Métodos Funcionalista e Estruturalista.

Referências

Você também pode gostar