Caderno Doutrinário 2 - Tática Policial, Abordagem PDF
Caderno Doutrinário 2 - Tática Policial, Abordagem PDF
Caderno Doutrinário 2 - Tática Policial, Abordagem PDF
AJUDÂNCIA-GERAL
SEPARATA
DO
BGPM
Nº 62
MANUAL TÉCNICO-PROFISSIONAL
nº 3.04.02/2013-CG
CADERNO DOUTRINÁRIO 2
MANUAL TÉCNICO-PROFISSIONAL
nº 3.04.02/2013-CG
Belo Horizonte - MG
Academia de Polícia Militar
2ª Edição revisada
2013
Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).
Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação restrita
ISBN 978-85-64764-02-6
Abordagem policial. 2. Busca Pessoal. 3.Uso de Algemas. 4. Tática
Policial. I. Título. II. Série.
CDU 351.75
CDD 352.2
Ficha catalográfica: Rita Lúcia de Almeida Costa – CRB – 6ª Reg. n.1730
ADMINISTRAÇÃO:
Centro de Pesquisa e Pós Graduação
Rua Diábase 320 – Prado Belo Horizonte – MG
CEP 30410-440
Tel.: (0xx31)2123-9513
E-mail: cpp@pmmg.mg.gov.br
FIGURA 8 – Uso de Escudo Balístico (Segurança Mínima com arma na lateral) ......... 29
FIGURA 9 – Uso de Escudo Balístico (Segurança Mínima com arma à frente do visor) ......30
SEÇÃO 1
APRESENTAÇÃO
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1 APRESENTAÇÃO
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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SEÇÃO 2
TÉCNICA E TÁTICA
POLICIAL BÁSICA
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b) os abrigos são usados como proteções, e são anteparos que, por suas
características e dimensões, são capazes de proteger o policial militar contra
disparos de arma de fogo e arremesso de objetos.
Exemplos: postes, muros, paredes, parte frontal de veículos (compartimento
do motor), caçambas metálicas, tronco de árvores, dentre outros (Figura 3).
Figura 3 – Abrigo
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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a) Segurança Máxima:
t o escudo será utilizado pelo 1° policial militar, que deslocará com a silhueta
reduzida, com o escudo bem próximo ao solo. Em casos de disparo contra
a guarnição, ou para conceder mais segurança em uma abordagem, o 1º
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Figura 8 – Uso de Escudo Balístico (Segurança Mínima e Máxima com arma na lateral)
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Figura 9 – Uso de Escudo Balístico (Segurança Mínima e Máxima com arma à frente do visor)
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!iluminação do ambiente;
!sinalização.
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b) posição 2: o policial militar coloca a mão que está com a lanterna abaixo da
mão que segura a arma. As costas das mãos se apóiam para dar estabilidade
ao conjunto, conforme ilustra a (Figura 10). É importante frisar que, nesta
posição, o armamento está em empunhadura simples com apoio, o que
poderia dificultar uma boa sustentação e estabilidade após o recuo da arma
entre um disparo e outro.
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a) Tomada de ângulo
A varredura será feita de maneira lenta e gradual, frente a locais com ângulos
desconhecidos (esquina de becos, portas, corredores, escadas, dentre
outros). O policial militar se moverá lateralmente, sem a exposição do corpo e
sem cruzar as pernas, tendo como referência o obstáculo (parede, muro, por
exemplo), que lhe servirá de abrigo.
A tomada de ângulo será feita até que se tenha o controle visual total do
ambiente ou visualize partes do corpo do abordado, momento em que
recorrerá à verbalização e às técnicas de abordagem.
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Durante sua execução, a arma deverá estar no coldre ou em uma das mãos,
devendo o policial militar atentar para o controle da direção do cano.
Antes de empregar a técnica, o policial militar deverá ter próximo à sua
retaguarda, em cobertura, outro policial militar, que deverá estar em pé, com
a arma na posição 2 – guarda baixa, sem apontá-la em direção ao executor
e expô-lo ao perigo.
Ao avistar a área de risco e identificar o(s) suspeito(s) com a olhada rápida, o
policial militar executor sinalizará para os outros policiais militares o número
e localização dos suspeitos, bem como se estão armados.
Caso tenham supremacia de força3, deverão usar, após a olhada rápida, a
técnica de tomada de ângulo, com o objetivo de se posicionarem seguramente
para emprego da verbalização e abordagem.
c) Uso do espelho
O uso do espelho é uma técnica que contribui para aumentar a segurança do
policial militar. A varredura será realizada com o espelho de baixo para cima
ou vice-versa, cautelosamente e devagar, observando todos os ângulos. É
conveniente que o espelho a ser utilizado seja convexo e sustentado por uma haste,
para facilitar o manuseio e permitir uma maior amplitude visual. Ao conhecer a
posição do suspeito, o policial militar deverá recorrer à tomada de ângulo a fim de
3 Ver seção 3 deste Caderno.
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São técnicas em que o policial militar faz a intervenção sem recorrer a quaisquer
armamentos, instrumentos ou equipamentos. São estabelecidas para cada
nível de risco9, orientando a distância e a angulação de aproximação, bem
como a posição de mãos e braços do policial militar.
Para todas as posturas a mãos livres, o policial militar deverá adotar a posição
de “base”, utilizada nas artes marciais, variando-se apenas a posição das
mãos e braços. Esta posição permite ao policial militar equilíbrio e melhores
possibilidades de defesa e contra-ataque. Também permite maior proteção
da arma de fogo do policial militar, haja vista que os braços e pernas mais
fortes e, consequentemente, o coldre (geralmente colocado do lado da mão
mais forte) ficam ligeiramente projetados para a retaguarda. Logo, mais
distantes do raio de ação do abordado.
a) Postura Aberta
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b) Postura de Prontidão
Deverá ser utilizada nas intervenções em que o abordado não estiver
aparentemente portando armas e apresentar comportamento de resistência
passiva.
Esta postura com um dos braços elevados e mãos abertas (conforme figura 20)
permite ao policial militar o emprego mais eficiente das técnicas de controle
de contato, além de transmitir uma mensagem gestual de contenção do
conflito, não agressividade e intenção de resolução pacífica.
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A postura defensiva com as mãos livres deverá ser utilizada nos seguintes
casos:
a) abordado aparentemente desarmado que apresenta resistência
passiva continuada: após esgotada a tentativa de convencimento do
abordado ao acatamento das ordens, o policial militar deverá mudar a
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d) Posição 4 – pronta-resposta
A arma será apontada diretamente para o abordado, conforme figura 25.
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- Segurança;
- Objetivo da ação;
- Formações;
- Disciplina de luz e som;
- Possibilidades de contato;
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- Velocidade de deslocamento;
- Manutenção da integridade tática;
- Condições do terreno
- Sigilo das operações;
- Controle da equipe.
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L V
T Y
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Cabe agora, a esta mesma patrulha, ou outra realizar uma retirada da equipe
incluindo o ferido.
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componentes ferido.
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SEÇÃO 3
ABORDAGEM
A PESSOAS
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3 ABORDAGEM APESSOAS
O ato de abordar é discricionário, e jamais poderá ser ilegal, sob pena de não
atingir sua finalidade precípua, que é o bem comum. É imprescindível também
que, durante as abordagens, a pessoa receba um tratamento respeitoso.
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Comportamento do
Verbalizador Revistador/Segurança
Abordado
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Resistente Passivo
Iniciar abordagem na posição de
(Ex.: Arma de fogo na cintura ou guarda alta; Iniciar abordagem na posição de
na mão com o cano voltado para Manter constante verbalização, guarda alta ou pronta-resposta;
baixo, porém, não acatando tentando convencer o autor a Será responsável pela segurança
as determinações do PM largar a arma de fogo no chão e do PM Verbalizador;
Verbalizador) acatar as ordens. Fará a aproximação para a
Caso, após tentativa de imobilização e prisão do autor
verbalização não acate as somente após certificar-se
ordens, deverá ser empregado de que o autor largou a arma
IMPO para imobilização e prisão de fogo e não oferece poder
do autor. de reação face aos efeitos do
A escolha do tipo de IMPO que emprego do IMPO;
será empregado ficará a cargo
dos policiais de acordo com os
meios disponíveis, com o fato e
com a análise de risco.
Poderá efetuar disparo com a arma de fogo caso a ação do autor
Resistente Ativo configure risco real e imediato à vida dos policiais e de terceiros.
autor apontando arma em Deverá estar coberto e abrigado;
direção aos policiais ou a Iniciar abordagem na posição de pronta resposta;
terceiros; porém sem atirar.
O policial deverá fazer uma
análise do risco e verificar se o Será responsável pela segurança
autor tem intenção de atirar e se do PM Verbalizador;
o disparo tem probabilidade de Fará a aproximação para a
atingir aos policiais e a terceiros: imobilização e prisão do autor
a) caso o policial avalie que o somente após ter sido cessado
autor não tem intenção de atirar sua força de resistência face aos
E se caso vier a atirar o disparo efeitos do emprego do IMPO;
não tem condições de atingir Fará uso da arma de fogo caso a
os policiais e terceiros, face à ação do autor acarrete em risco
coberta e abrigo, deverá optar real e imediato à vida.
pelo emprego de IMPO capazes
de retirar, momentaneamente a
capacidade de reação do autor.
Sugerimos o uso do I.M.P.O e da
“munição de impacto controlado”
para o caso em análise;
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O PM Revistador deverá:
! executar a busca pessoal, conforme seção 4 deste caderno, dando
sequência aos demais procedimentos da prisão, se confirmada
autoria;
! avaliar a necessidade do emprego de algemas, conforme item 4.4;
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SEÇÃO 4
BUSCA PESSOAL
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4 BUSCA PESSOAL
É uma técnica policial utilizada para fins preventivos ou repressivos, que visa
a procura de produtos de crime, objetos ilícitos ou lícitos que possam ser
utilizados para a prática de delitos que estejam de posse da pessoa abordada
em situação de suspeição.
Será realizada no corpo, nas vestimentas e pertences do abordado,
observando-se todos os aspectos legais, técnicos e éticos necessários.
A busca poderá ser realizada independente de mandado judicial, desde que
haja fundada suspeita.
Quando o policial militar realiza busca pessoal, a situação de suspeição
deverá ser verificada através da atitude do cidadão, ou seja, da conjugação
entre comportamento e ambiente. Exemplos:
- estado de flagrante delito;
- mesma característica física e de vestimenta utilizada por autor de
crime/ contravenção;
- comportamento estranho do suspeito (tensão, nervosismo, aceleração
do passo ou mudança brusca de direção ao avistar a presença policial);
- volumes observáveis na cintura ou em outras partes do corpo;
- pessoa parada em local ermo ou de grande incidência de criminalidade;
-pessoa monitorando residências;
- pessoa portando objeto duvidoso;
-condutor que tenta evadir de bloqueio policial; dentre outros.
Os policiais militares devem estar preparados tecnicamente para realizar
a busca pessoal e cuidar para que esta ação não se converta em atos de
arbitrariedade e discriminação.
4.1 Aspectos legais da busca pessoal
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t Fase de Revista
- O PM Revistador, com a arma no coldre, deverá se aproximar
do abordado pela posição 2 ½ ou 3 (figura 18), adotando os seguintes
procedimentos:
— posicionará atrás do abordado;
— deverá segurar os dedos do abordado, que estarão sobre a testa;
— ao revistar o lado direito do corpo do abordado, deverá segurar os
dedos do abordado com a mão esquerda e fazer a revista com a mão
direita;
— ao revistar o lado esquerdo do corpo do abordado, deverá segurar
os dedos do abordado com a mão direita e fazer a revista com a mão
esquerda;
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!Fase de Revista
O PM Revistador, com a arma no coldre, deverá se aproximar do
abordado pela posição 2 ½ ou 3, adotando os seguintes procedimentos:
- posicionará atrás do abordado;
- ao revistar o lado direito do corpo do abordado, deverá apoiar a mão
esquerda nas costas do abordado, apoiar o joelho esquerdo atrás da
perna direita do abordado e fazer a revista com a mão direita;
- ao revistar o lado esquerdo do corpo do abordado, deverá apoiar a
mão direita nas costas do abordado, apoiar o joelho direito atrás da
perna esquerda do abordado e fazer a revista com a mão esquerda;
- o PM Verbalizador, no momento da revista, será responsável pela
segurança do PM Revistador e, portanto, deverá variar sua posição de
maneira a manter sempre a triangulação descrita na TAT.
A busca minuciosa na posição de contenção em pé, com apoio, vem ilustrada
na figura 41.
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!Fase de Revista:
O PM Revistador, com a arma no coldre, deverá se aproximar pelo lado em
que o abordado não estiver olhando:
- certificará sobre a existência do fato motivador da abordagem
(existência de cometimento de crime);
- se necessário, efetuará a algemação , conforme item 4.4;
- conduzirá o abordado até a posição de pé;
- posicionará atrás do abordado, segurando-lhe as algemas;
- determinará ao abordado que abra as pernas ao máximo;
- ao revistar o lado direito do corpo do abordado, deverá segurar as
algemas com a mão esquerda e fazer a revista com a mão direita;
- ao revistar o lado esquerdo do corpo do abordado, deverá segurar as
algemas com a mão direita e fazer a revista com a mão esquerda;
- o PM Verbalizador, no momento da revista, será responsável pela
segurança do PM Revistador e, portanto, deverá variar sua posição de
maneira a manter sempre a triangulação descrita na TAT.
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! os magistrados;
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SEÇÃO 5
PROCEDIMENTOS
POLICIAIS
ESPECÍFICOS
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- autoridades;
- grupos vulneráveis;
- minorias;
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* Nos crimes cuja competência para apuração é da União, o BO/REDS deverá ser encaminhado
para a Polícia Federal, desde que haja Delegacia desta Instituição no município.
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Recomendações:
!a abordagem de mulheres pode ser feita por qualquer policial militar,
independentemente do sexo, devendo a busca pessoal ser efetivada
conforme determina a legislação nacional15, que prescreve que a
busca em mulher será feita por outra mulher, “se não importar em
retardamento ou prejuízo da diligência”;
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Recomendações:
Em ocorrências que envolvam pessoas ou grupos que se caracterizam por
identidade étnica, religiosos ou linguísticos, resguardados os aspectos de
fundada suspeita e os respectivos fundamentos da abordagem, sempre que
possível o policial militar deverá:
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Recomendações:
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Recomendações:
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SEÇÃO 6
TRATAMENTO
ÀS VÍTIMAS
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6 TRATAMENTO ÀS VÍTIMAS
As ciências que estudam o ato delituoso (como a criminologia e o direito
penal) inicialmente não percebiam a importância da vítima como objeto de
estudo. A ênfase maior de tais disciplinas era dada à pena e ao delinquente.
Na atualidade, as vítimas já conquistaram a atenção destas ciências, e o seu
comportamento e atitudes são temas constantes de pesquisa.
Seguindo essa lógica, as vítimas também não podem ser desconsideradas
pelos organismos policiais. É necessária a conscientização dos profissionais
de segurança pública que o tratamento inadequado pode gerar a violação e
o desrespeito aos Direitos Humanos, o que resultaria em uma nova violência.
A Declaração das Nações Unidas sobre os Princípios Fundamentais de Justiça
Relativos às Vítimas da Criminalidade e do Abuso do Poder é o instrumento
internacional que oferece orientação sobre a proteção e a reparação a essas
pessoas. Para este documento, vítimas são todas as pessoas que, individual
ou coletivamente, tenham sofrido prejuízo ou atentado à sua integridade
física ou mental, sofrimento de ordem material, ou grave atentado aos seus
direitos fundamentais, como resultado de ações ou omissões violadoras da
legislação instituída pelo Estado.
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SEÇÃO 7
LOCAL DE CRIME
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7 LOCAL DE CRIME
É o espaço onde tenha ocorrido um ato que, presumidamente, configure
uma infração penal e que exija as providências legais por parte da polícia.
Compreende, além do ponto onde foi constatado o fato, todos os lugares
em que, aparentemente, os atos materiais, preliminares ou posteriores à
consumação do delito, tenham sido praticados.
O local de crime é fundamental para a investigação criminal. Ele fornece
elementos relevantes para concretizar a materialidade do delito e chegar à
autoria.
7.1 Classificação do Local de Crime e Conceitos Correlatos
A Criminalística19 apresenta uma classificação própria do local de crime. Para
a atividade policial-militar destacam-se as seguintes:
a) Consoante à natureza:
Pode ser de homicídio, infanticídio, suicídio, atropelamento, incêndio,
afogamento, furto, roubo, arrombamento, dentre outros.
b) Consoante ao lugar do fato:
! local interno: área compreendida por ambiente fechado, que preserva
os vestígios da ação dos fenômenos da natureza. Ex.: Interior de
residências, interior de veículos, galpões, dentre outros;
! local externo: área não restrita, e que não preserva os vestígios da
ação dos fenômenos da natureza. Trata-se de áreas abertas, como ruas,
rodovias, praças, estradas, matagal, beira de rios, dentre outros;
! local imediato: é a área exata onde ocorreu o fato ou o crime;
! local mediato: são as adjacências; os pontos e áreas de acesso ao local
do crime. Ex.: corredores, ambientes ao redor de cômodos, jardins,
estradas, trilhas, dentre outros;
! locais relacionados: são as áreas que podem apresentar conexão
com o fato criminoso e, por isso, oferecer pontos comuns de contato
(vestígios) a serem observados.
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c) Consoante ao exame
local idôneo: é aquele que não foi violado, que não sofreu nenhuma
alteração desde a ocorrência do fato.
7.2 Prova
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!O que fazer?
!Como atuar?
O policial militar, ao chegar, deve dar atenção a tudo que estiver presente
no local de crime, sem fazer qualquer juízo de valor. A preservação deverá
ser realizada por meio do isolamento e proteção de forma efetiva para
que as pessoas não tenham acesso a ele, evitando-se que vestígios sejam
modificados ou destruídos, antes de seu reconhecimento. Em princípio, tudo
que estiver no local é importante.
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REFERÊNCIAS
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Manual Técnico-Profissional 3.04.02
em 25 de junho de 2010.
________. Polícia Militar. Plano Estratégico da PMMG, para vigência no período
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________. Polícia Militar. MTP n. 1. Belo Horizonte: Academia de Polícia Militar,
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________. Polícia Militar. Manual de Prática Policial n. 1: Abordagem, Busca e
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MG, 2002.
________. Polícia Militar. Comando Geral. Diretriz para a produção de serviços
de segurança pública n. 08. Atuação da Polícia Militar de Minas Gerais
Segundo a Filosofia dos Direitos Humanos. Belo Horizonte, 2004.
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PEREIRA, Cláudio Moisés Rodrigues. A Formação Profissional do Cadete da
Polícia Militar de Minas Gerais acerca das prerrogativas de função. 2007.
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