PERFIL PANCREATICO Relatório

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PERFIL PANCREATICO

1. INTRODUÇÃO

A glicose é a aldo-hexose mais importante para a manutenção energética do


organismo. Em condições normais, a glicose sanguínea é mantida em teores
apropriados por meio de vários mecanismos regulatórios.
A regulação da glicose no corpo é feito pelo pâncreas, através da ação
conjunta dos hormônios insulina e glucagon. A insulina é produzida pelas chamadas
células-beta do pâncreas e é responsável pela diminuição dos níveis de glicose no
sangue. Esse hormônio atua facilitando a absorção da glicose pelas células
dos músculos esqueléticos, do fígado e do tecido adiposo. Nesses tecidos, a insulina
ainda promove a união de moléculas de glicose para a formação de glicogênio,
constituindo uma reserva energética. Já o glucagon é produzido pelas células-alfa do
pâncreas e realiza o processo inverso a insulina, aumentando os níveis de glicose no
sangue. Isso ocorre pela estimulação da quebra do glicogênio em moléculas de
glicose.
As amilases são enzimas que catalisam a hidrólise da amilopectina, da amilose
e do glicogênio. A amilase presente no sangue e na urina de indivíduos normais é de
origem pancreática (predominantemente forma P) e das glândulas salivares (forma S).
A avaliação dos níveis séricos da amilase tem grande utilidade clínica no diagnóstico
das doenças do pâncreas e na investigação da função pancreática. Na pancreatite
aguda, os níveis de amilase podem alcançar valores de quatro a seis vezes o limite
superior de referência, elevando-se em dois a 12 horas e retornando a níveis normais
em três a quatro dias. A magnitude da elevação da amilase não se correlaciona com a
gravidade da lesão pancreática. Cerca de 20% dos casos de pancreatite aguda podem
cursar com valores normais de amilase. Por isso, a dosagem concomitante dos níveis
de lipase é importante, permitindo o diagnóstico desses casos.
A lipase é a enzima digestiva produzida principalmente pelas células acinares do
pâncreas exócrino. Tem o papel fisiológico de hidrolisar as longas cadeias de
triglicerídeos no intestino delgado (lipólise). Sua avaliação é essencial no diagnóstico
das patologias pancreáticas. Ela se eleva nas primeiras oito horas após o início da
agressão pancreática, atingindo valores mais altos em 24 horas e mantendo-se
elevada em torno de sete a 14 dias. Seus níveis geralmente não permanecem
elevados por mais de duas semanas. Quando isso acontece sugere complicações
como abscessos e pseudocistos.

2. OBJETIVO
Realizar os exames do perfil pancreático como: glicose, amilase e lipase e
comparar os resultados com os valores de referência.

3. MATERIAIS
3.1 Glicose
Soro e plasma
3.2 Amilase
Soro
3.3 Lipase
Soro

4. METODOS
4.1 Glicose
Colorimétrico enzimático.
4.2 Amilase
Substrato CNPG3
4.3 Lipase
Colorimétrico.

5. RESULTADOS
Glicose
Paciente 1
Sexo Feminino
Idade 29 anos
Resultado 110,00 mg/dL

Paciente 2
Sexo Feminino
Idade 59 anos
Resultado 76,00 mg/dL

Valores de referências
65,0 a 99,0 mg/dL: Normal
100,0 a 125,0 mg/dL: Intolerancia a glicose (Investigar)
>126,0 mg/dL: Sugere Diabetes (Confirmar)
Amilase
Paciente 1
Sexo Masculino
Idade 60 anos
Resultado 391,0 U/L
Paciente 2
Sexo Feminino
Idade 22 anos
Resultado 194,0 U/L

Valores de referências
Recém-nascido: 5 a 65 U/L
Adulto: 25,0 a 125,0 U/L
> 70 anos: 20 a 160 U/L

Lipase
Paciente 1
Sexo Feminino
Idade 70 anos
Resultado 343,0 U/L

Paciente 2
Sexo Masculino
Idade 60 anos
Resultado 405,0 U/L

Valor de referência
11 a 82 U/L

6. DISCUSSÃO.
6.1 Glicose
O resultado do exame do paciente 1 apresentou um valor elevado, pouco
acima do valor de referência, com isso deve-se investigar se o mesmo é
intolerante a glicose. Já o paciente 2 mostrou bons resultados, estando dentro
da media.

6.2 Amilase
Os resultados dos pacientes 1 e 2 apresentou-se bem elevado, podendo
ser um sinal de inflamação ou doença no pâncreas ou nas glândulas
salivares.

6.3 Lipase
Os resultados dos pacientes 1 e 2 apresentou-se uma taxa bem elevado,
isso normalmente é tratada de acordo com a causa do problema, pois os
níveis aumentados indicam a existência de alguma doença no sistema
digestivo, especialmente a pancreatite aguda.

7. CONCIUSÃO.
Altos níveis de glicose no sangue a ponto deste açúcar ser eliminado na urina
indica uma doença crônica conhecida como diabetes. Essa falta de controle da
glicose está associada a uma deficiência de insulina. Há dois tipos principais de
diabetes: tipo I e tipo II. Na diabetes tipo I a deficiência ocorre na produção de
insulina, resultado de uma redução acentuada das células-beta do pâncreas. Ela
se desenvolve antes dos 40 anos e seus portadores necessitam de injeções de
insulina para controlar os níveis de glicose no sangue. Já na diabetes tipo II a
deficiência se encontra na ação da insulina, com seus portadores apresentando
níveis praticamente normais desse hormônio. O que ocorre é a redução no número
de receptores de insulina na membrana das células musculares e adiposas,
reduzindo sua capacidade de absorção da glicose. Este tipo geralmente acomete
pessoas acima dos 40 anos e é decorrente de maus hábitos alimentares e de vida,
podendo estar ligado ao sedentarismo e ao estresse.
A lipase é, portanto, um marcador mais específico de doença
pancreática aguda do que a amilase. Seus níveis estão aumentados em
pacientes com pancreatite aguda e recorrente, abscesso ou pseudocisto
pancreático, trauma, carcinoma de pâncreas, obstrução dos ductos
pancreáticos e no uso de fármacos (opiáceos).

8. REFERÊNCIAS
MOTTA, V. Bioquímica Clínica para o Laboratório: Princípios e
Interpretações. 5 ed. Rio de Janeiro: MedBook. 2009.

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