Texto I
Texto I
Texto I
TEXTO I
Desigualdade é a face da globalização, diz secretário-geral da ONU
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lamentou nesta terça-feira (8), em Cuba, que a
globalização, apesar de ter tirado muitos da pobreza, também aumenta a desigualdade no
mundo e gera instabilidade social.
"O aumento da desigualdade se tornou a face da globalização e gerou descontentamento,
intolerância e instabilidade social, sobretudo entre nossos jovens", disse Guterres durante a
inauguração do 37º período de sessões da Comissão Econômica para a América Latina e o
Caribe (Cepal), em Havana.
"É verdade que a globalização trouxe diversos benefícios. Mais pessoas deixaram a pobreza
extrema que nunca (...), mas há demasiadas pessoas que ficaram para trás", acrescentou.
O líder da ONU lembrou que "por mais de uma geração, a renda do 1% mais rico do mundo
cresceu em um ritmo duas vezes maior que a dos 50% mais pobres".
Guterres destacou que "o desemprego entre os jovens alcança níveis alarmantes, com trágica
repercussão" em seu bem-estar, "nas possibilidades de desenvolvimento dos países e até
mesmo em algumas regiões do mundo, com impacto negativo em matéria de segurança".
Ele afirmou que as mulheres continuam a ter menos possibilidades de participar do mercado de
trabalho "e a desigualdade salarial por gênero continua a ser uma preocupação mundial".
Ainda neste tema, a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, garantiu que "a pobreza tem
o rosto de mulher", já que "um terço das mulheres da região não consegue ter renda própria".
Guterres defendeu a busca por uma "globalização equitativa" e pelo potencial da "quarta
revolução industrial" que o planeta vive seja aproveitado.
"Este é, provavelmente, o desafio mais difícil que teremos nas próximas duas décadas: fazer
da quarta revolução industrial uma fonte de bem-estar e progresso, e não um risco que pode
ter consequências muito negativas", apontou.
Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/mundo/2018/05/08/interna_mundo,751337/desiguald
ade-e-a-face-da-globalizacao-diz-secretario-geral-da-onu.shtml
TEXTO II
Gráficos mostram como mundo está se tornando (realmente) um lugar melhor
Segundo acadêmico sueco, pouco lembramos que 200 mil pessoas em todo o mundo deixam a
linha de pobreza de US$ 2 por dia
[...] Embora seja verdade que a globalização tenha pressionado para baixo os salários da
classe média nas últimas décadas, também ajudou a levantar centenas de milhões de pessoas
acima da linha de pobreza global — desenvolvimento que ocorreu principalmente no Sudeste
Asiático.
O acadêmico sueco Hans Rosling alerta, no entanto, que o aumento do populismo nos países
ocidentes, com "Trump, Brexit e a eleição de populistas na Hungria e na Itália" traz
preocupações para o bem-estar global. "A globalização é o único caminho a seguir para
garantir que a prosperidade econômica seja compartilhada entre todos os países e não apenas
algumas poucas economias avançadas", escreveu.
Enquanto algumas pessoas glorificam o passado, um dos grandes fatos da história econômica
é que, até muito recentemente, uma parte significativa da população mundial vivia em
condições bastante miseráveis — e isso tem sido verdade em toda a história humana.
Os gráficos a seguir mostram como o mundo se tornou um lugar muito melhor em comparação
com apenas algumas décadas atrás:
Dados das crianças (nascidas vivas) que faleceram antes de completar cinco anos de idade.
Proposta de redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal
da língua portuguesa sobre o tema “embate entre igualdade e globalização na sociedade
contemporânea”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de
seu ponto de vista.
Instruções de Envio:
1. A sua redação deve ser escrita à mão, assim como no ENEM. Não serão aceitas
redações digitadas.
2. Tire uma foto do seu texto e envie clicando no botão abaixo.
Dica: Você pode enviar uma foto do seu celular para o computador utilizando o WhatsApp
Web.
TEXTO I
cidades para que(m)?
Políticas de "higienização social" não combinam com esta gestão
É comum que o poder público confunda, de maneira preconceituosa, "crime, lixo e moradores
de rua", como se fosse tudo um problema só. A limpeza pública rapidamente serve de disfarce
para uma política de "higienização social". Há muitos anos, me envolvi em polêmica pelos
jornais, com o então prefeito Serra, justamente em razão da criação de bancos e rampas anti-
mendigos. Uma sociedade que "produz" moradores de rua como a nossa deve, em primeiro
lugar, assumir a responsabilidade pelo fato de ser tão injusta, e o primeiro passo para isso, é
ter a grandeza de implementar políticas de atendimento e reinserção social, e não reproduzir
práticas de intolerância.
Barracas nas ruas, colchões sobre as calçadas, fogueirinhas para refeições e moradias
provisórias. Nada disso mais é admitido nas ruas da Mooca e do Brás, na zona leste de São
Paulo, onde as autoridades declararam "tolerância zero" a crime, lixo e moradores de rua. O
termo foi escolhido pelo capitão Aldrin Córpas, da Polícia Militar, para as operações que
passou a fazer em apoio aos trabalhos de limpeza urbana da Subprefeitura da Mooca. Ele
ainda postou fotos do "tolerância zero da Mooca" no Facebook, pedindo apoio da população.
Eliana Andressa, de 37 anos, é uma das moradoras dos arredores do Viaduto Bresser que
perdeu documentos nas abordagens municipais. Ela chegou a São Paulo faz três meses, vinda
de Dois Córregos, no interior do Estado. "Eles disseram que era para recolher meus objetos
pessoais. Corri, mas não deu tempo de pegar a minha bolsa com meus documentos. Agora,
preciso retirar os documentos para ir embora para casa", disse.
Fonte: https://cidadesparaquem.org/
TEXTO II
Fonte: http://10paezinhos.blog.uol.com.br/arch2009-01-01_2009-01-31.html#2009_01-18_11_21_11-2677714-25
TEXTO III
De 0,6% a 1%, essa é a porcentagem da população morando nas ruas do país segundo
dados do censo do IBGE.
O jornalista e escritor Tomás Chiaverini, de 28 anos, viveu em meio aos moradores de rua, se
disfarçando como um deles para poder sentir na pela como era a situação vivida por essas
pessoas, experiência que deu origem ao seu livro, Cama de Cimento. Durante esse período,
ele notou um grande descaso por parte da sociedade em geral e explicou que o motivo de
muitos dos moradores de rua não irem para os albergues, que oferecem programas de
moradia, deve-se ao fato de não ser permitido que se leve grandes pertences como carroças e
cachorros, bens que a maioria deles não consegue deixar para trás. Outro motivo é o
rompimento dessas pessoas com a sociedade e, por consequência disso, não conseguirem se
adaptar às regras dos albergues.
O importante ao se analisar essa realidade encontrada no Brasil, é lembrar que essas pessoas
fazem parte de nossa sociedade, que todos possuem os mesmos direitos perante às leis e que
devemos rever nossos conceitos e incentivar o respeito ao próximo, tratando a todos com
dignidade, independente da situação socioeconômica em que esse se encontra.
Fonte: http://www.pucrs.br/blog/projeto-alerta-para-condicao-de-pessoas-em-situacao-de-rua/
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa
sobre o tema "Os moradores de rua e política higienista no Brasil", apresentando proposta
de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções:
1. Sua redação deve ser escrita à mão em uma folha padrão do Me Salva! ou em uma folha de
caderno comum
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
- tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "insuficiente".
TEXTO I
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/noticia/2016/05/crise-economica-entenda-a-ascensao-e-a-queda-
da-classe-c-no-brasil-5795332.html
TEXTO II
“A classe média, ou classe C, como definem os institutos de pesquisa, representa hoje 54% da
população brasileira. Na política, ela pode, sozinha, selar uma eleição. Na economia,
transforma um pequeno investimento em um negócio gigante. [...] Os empresários perceberam
que é essa classe média crescente que dará aos negócios escala econômica. [...] Aloísio Pinto,
vice-presidente de planejamento da WMcCann, uma das principais agências de publicidade do
país, afirma que os publicitários tiveram que estudar esse novo consumidor para entender o
que ele quer. [...] O mercado chama as linhas de consumo mais populares de “marcas de
combate”. Você mantém os produtos “premium”, para uma elite que pode pagar mais, e cria
uma linha diferente para disputar um novo consumidor, que já supriu suas necessidades mais
básicas e vai em busca de qualidade.”
MARINHEIRO, Vaguinaldo. Todos querem tirar a nova classe média para dançar. Folha de SP, 15/07/2012.
TEXTO III
Por que a classe média está ficando muito endividada em vários lugares do mundo,
segundo a OCDE
Relatório da organização mostra que um em cada cinco lares de classe média gasta mais do
que ganha nos países que fazem parte da instituição. No Brasil, índice chega 27%.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Desenvolva um texto de caráter dissertativo-argumentativo sobre o tema "Ascensão e
queda da classe média brasileiro no século XXI".
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente;
2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;
3. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos;
4. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
TEXTO I
"Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade."
TEXTO II
TEXTO III
Abaixo você irá ler um trecho do discurso do escritor brasileiro Luiz Ruffato, proferido na última
Feira do Livro de Frankfurt (Alemanha), um dos maiores eventos de literatura do mundo.
Ruffato tem sido aclamado pela crítica literária pela publicação de Eles eram muitos
cavalos (2001), texto híbrido em que o autor (des)constrói um panorama da babilônica
sociedade paulistana, revelando as mazelas de um povo brasileiro marginalizado. Aplaudido
por alguns, vaiado por outros, inclusive representantes do governo federal, com este discurso,
Ruffato lembra-nos, uma vez mais, das efemérides do país em que vivemos.
TEXTO I
“Nós somos um país paradoxal. Ora o Brasil surge como uma região exótica, de praias
paradisíacas, florestas edênicas, carnaval, capoeira e futebol; ora como um lugar execrável, de
violência urbana, exploração da prostituição infantil, desrespeito aos direitos humanos e
desdém pela natureza. Ora festejado como um dos países mais bem preparados para ocupar o
lugar de protagonista no mundo – amplos recursos naturais, agricultura, pecuária e indústria
diversificadas, enorme potencial de crescimento de produção e consumo; ora destinado a um
eterno papel acessório, de fornecedor de matéria-prima e produtos fabricados com mão de
obra barata, por falta de competência para gerir a própria riqueza.
Agora, somos a sétima economia do planeta. E permanecemos em terceiro lugar entre os mais
desiguais entre todos...
Volto, então, à pergunta inicial: o que significa habitar essa região situada na periferia do
mundo, escrever em português para leitores quase inexistentes, lutar, enfim, todos os
dias, para construir, em meio a adversidades, um sentido para a vida?”
TEXTO II
Observe ambas as obras da pintora modernista Tarsila do Amaral:
(Os Operários - Tarsila do Amaral)
(Abaporu - Tarsila do Amaral)
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura atenta dos textos acima redija um texto dissertativo-argumentativo sobre “A
identidade brasileira entre a diversidade cultural e a precariedade social”.
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito a tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número
de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
TEXTO I
Cérebro Eletrônico
TEXTO II
Assista ao trailler: https://www.youtube.com/watch?v=TggD91pV6KE
TEXTO III
Analfabetismo Afetivo
O tema da afetividade é uma magnífica porta de entrada para começar uma reflexão sobre os
maus-tratos e a intolerância que se propagam, de maneira sutil, no mundo contemporâneo.
Não conseguimos conceitualizar ainda o importantíssimo papel da afetividade, não só na vida
cotidiana, mas também em dimensões onde até há pouco ela era considerada um estorvo,
como é o caso da pesquisa científica. Assunto claro para os que se preocupam, a nível
mundial, com a formação de pesquisadores, pois sabem que a atitude científica é produto da
partilha de rotinas com mestres treinados em orientar sua paixão para a formulação de
hipóteses pertinentes que serão validadas com escrúpulo e esmero num jogo de distinções
analíticas. Cada vez estamos mais dispostos a reconhecer que o tipicamente humano, o
genuinamente formativo, não é a operação fria da inteligência binária, pois as máquinas sabem
dizer melhor que nós dois mais dois são quatro. O que nos caracteriza e diferencia da
inteligência artificial é a capacidade de emocionar-nos, de reconstruir o mundo e o
conhecimento a partir dos laços afetivos que nos impactam.
Há alguns anos, ainda acreditávamos que as máquinas poderiam substituir-nos nas tarefas
fundamentais. Por isso era frequente representar o futuro como uma sociedade robotizada.
Este sonho terrível foi-se dissipando no horizonte científico e social, porque agora é claro que,
se o robô pode reproduzir certas funções ou atividades humanas, ninguém conseguiu inventar
um computador capaz de sentir, de comprometer-se com o entorno, de chorar ou de rir. E este
não é um fato intranscendente. Como nós, seres humanos, só podemos descobrir-nos nos
espelhos deformantes que a cultura nos oferece, hoje podemos constatar que o pesadelo do
homem-máquina, tão perseguido pelo Ocidente, também serviu para ratificar de maneira
profunda e certeira a autêntica dimensão do humano. O que caracteriza nosso pensamento,
nossa cognição, o que nenhuma máquina jamais poderá suplantar, é precisamente esse
componente afetivo presente em todas as manifestações da convivência interpessoal. Mesmo
aceita esta afirmação em sua validade geral, continuamos tendo dificuldade para reconhecer,
em cada um de nossos espaços cotidianos, o que consiste esse componente afetivo e de que
maneira devemos fomentá-lo.
Luis Carlos Restrepo. O Direito à Ternura. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Redija uma redação, de caráter dissertativo-argumentativo, justificando sua escolha e
defendendo seu ponto de vista sobre o tema "Os efeitos da relação entre homem e as
tecnologias no século XXI".
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
Comentário: No mundo em que vivemos, o homem defronta-se diariamente com o império das
máquinas, que surgiram para facilitar a rotina e otimizar o tempo, atenuar o desgaste físico em
atividades diárias e, ainda, estreitar as longas distâncias que nos separavam há poucos
séculos. Nós, sujeitos da contemporaneidade, não podemos nos reconhecer sem a presença
dessas máquinas. Entretanto, hoje refletimos sobre as condições que tais máquinas
estabeleceram para que possamos fazer parte desse mundo; refletimos, sobretudo, sobre que
tipo de humanidade temos exercido e construído. O homem, criador e criatura diante de uma
máquina, percebe-se, muitas vezes, em um desamparo que também constrói sua existência –
espaço que finalmente nos encontramos na atualidade à procura de satisfazer as necessidades
mais básicas do ser. É estranho olharmos um mundo em total crescimento e abundância
quando se trata de tecnologia e percebermos, ao mesmo tempo, que falta o que nos é mais
importante para continuar vivendo, a nossa humanidade. Sendo assim, procure estabelecer
uma relação crítica entre o homem e a máquina na sociedade contemporânea e globalizada,
levando em consideração o questionamento a respeito do que se pode considerar ser humano.
Não esqueça de apresentar alguma proposta de intervenção para minimizar os efeitos
negativos dessa relação. Seria uma possibilidade voltar a viver como nossos antepassados,
sem acesso a todas as tecnologias que somos acostumados hoje?
TEXTO I
Apesar de você - Chico Buarque
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar
Fonte: https://www.letras.mus.br/chico-buarque/7582/
TEXTO II
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base nos textos anteriores, reflita a respeito da seguinte pergunta: de que maneira o fim,
independente da instância em que ele ocorra, pode representar a reconstrução, a
reorganização do que não está ou não se mostra bem? De que maneira o fim pode
representar um começo? Redija um texto dissertativo-argumentativo para responder essa
pergunta.
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
- tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente.
- fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
- apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
- apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Comentário:
Assim como são inesgotáveis as dúvidas sobre a origem do planeta Terra e da existência
humana nele, muito se tem falado a respeito do fim do mundo e, consequentemente, da
humanidade. Discussões das mais diversas procuram encontrar razões para tanto alvoroço.
Programas de televisão se aproveitam da insegurança de alguns para erguer sua escala no
Ibope, charlatões religiosos angariam devotos, empresas de turismo faturam com as rotas para
os paraísos ainda existentes. Certas culturas, inclusive, acreditam tanto nessa hipótese que se
preparam para o fatídico momento. Algumas filosofias refletem sobre o estado das relações
humanas, sejam elas políticas, culturais, sociais, e atestam que as discrepantes desigualdades,
os atentados à vida em sociedade, o inescrupuloso sistema de governo, de certa forma, já
indicam o fim dos tempos. A partir desse cenário, você deve se questionar: Cada encerramento
de época, de experiência, de vivência inicia um momento totalmente novo ou estaríamos nós
sempre presos em um mesmo sistema, que, no fundo, em nada se altera? Pense a partir dos
exemplos dados no texto de apoio escritos durante a ditadura brasileira. Frente ao atual cenário
político brasileiro, o que mudou? Algo mudou?
Primeiramente, leia, observe e reflita sobre os textos abaixo:
Não é de hoje que ouvimos o músico e compositor Lobão criar polêmicas. Recentemente, com
a publicação de seu novo livro, intitulado “Manifesto do Nada na Terra do Nunca” (2013), Lobão
abre os debates novamente. Acompanhe trechos do livro na reportagem em seguida, publicada
no jornal Folha de São Paulo, no dia 02 de maio.
Independentemente de concordarmos ou não com Lobão, é interessante observar o quanto a
liberdade de expressão, assumida com veemência pelo músico, o qual defende suas ideias
sem parecer se preocupar com as opiniões alheias, causou tamanho alvoroço nos meios de
comunicação, sobretudo, nas redes sociais – lugar conhecido por sua liberdade. De tal forma,
foram diversas as críticas, os comentários, os tweets sobre questões que dali surgiram.
Por outro lado, leia um trecho da entrevista feita pelo jornal Estadão com a defensora
pública Vanessa Vieira, responsável por ajuizar ação contra Levi Fidelix, na época
candidato a presidência do Brasil, devido ao seu discurso em relação as minorias:
ESTADÃO: Como ensinar a diferença entre liberdade de expressão e incitação ao ódio?
VANESSA: A diferença entre as duas coisas nem sempre é fácil de fazer. Muitas vezes,
discurso de ódio está travestido de liberdade de expressão, de liberdade religiosa. O critério
que a gente procura utilizar é que discurso de ódio é aquele que de fato incita a violência, a
discriminação, coloca que aquele grupo social merece menos respeito, menos direitos que
outros grupos. Muitas vezes, as pessoas falam coisas discriminatórias, preconceituosas, sob o
manto da liberdade de expressão e da liberdade religiosa.
ESTADÃO: Qual foi a estratégia usada para chegar à condenação?
VANESSA: Nós entendemos que não foram apenas as pessoas que denunciaram ou as
pessoas que de algum forma reclamaram para a gente as prejudicadas e lesadas, mas toda a
população LGBT. Nós baseamos nossa ação no argumento de que a liberdade de expressão
tem, sim, limites e afirmamos para a juíza que todo esse discurso homofóbico, transfóbico,
discriminatório gera danos reais à sociedade. Nós vimos o ano passado, nesse ano, vemos
sempre, pessoas sendo agredidas, assassinadas em virtude da sua orientação sexual ou da
sua identidade de gênero. Muitas vezes pessoas heterossexuais são assassinadas por serem
confundidas com homossexuais. Juntamos, na ação, recortes de jornal de mortes e agressões
em virtude da orientação sexual e da identidade de gênero.
Fonte: Estadão, 22/03/2015
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir das reflexões, elabore um texto dissertativo-argumentativo sobre "Os limites entre
liberdade de expressão e discurso de ódio".
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
- tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente.
- fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
- apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
- apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Comentário:
Para um país como o nosso, que já passou por momentos históricos de grande censura, a
liberdade de expressão certamente é algo de grande valor. A possibilidade de falar ou escrever
sem que haja um cerceamento por parte das instituições é um direito democrático, isto é,
premissa para a construção de uma sociedade justa e igualitária, pois possibilita a todas e
todos o direito a fala. No entanto, em muitos casos, o direito a liberdade de expressão, ou seja,
falar livremente sem quaisquer amassas sociais, pessoais, políticas etc acaba revelando
opiniões preconceituosas e infundamentadas, que além de revelar a ignorância daquele que as
enuncia, reforça um sistema de preconceito e descriminação ainda tão presente em nossa
sociedade. Assim, perceber os limites entre a liberdade de expressão e o discurso de ódio é a
grande questão posta por esse tema. Pense: Deve ser permitido falar sobre tudo e todos
independente de sermos ofensivos com determinados grupos sociais/culturais sob a premissa
de não censura? Ou não? Devemos combater esse tipo de discurso, pois essa é também uma
forma de combater o próprio preconceito e evitar seus efeitos mais extremos, como violência e
mortes? Não esqueça de evidenciar sua proposta de intervenção: quem, afinal, é responsável
por controlar esses discursos? De que forma esse controle deve ser feito?
TEXTO I
Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Identidade_de_gênero. Acesso 31 jan 2018.
TEXTO II
Em 2014, após reclamações de usuários que queriam mais opções em seus perfis, o Facebook
passou a oferecer mais de 50 opções de termos para classificar gêneros. É possível ainda
escolher por qual pronome você deseja ser chamado, “ele”, “ela” ou “neutro”.
A novidade já existe em países como EUA, Reino Unido e Argentina e incluem classificações
como andrógino, transgênero, entre outros. Em entrevista ao jornal inglês The Independent,
Simon Milner, diretor do Facebook no Reino Unido, afirmou que, com essas inclusões, “o
Facebook está permitindo que as pessoas sejam elas mesmas e fazendo que os usuários se
sintam confortáveis em expressar quem são”.
[...] No mundo atual onde pessoas se expressam de forma tão diversa e plural, o respeito à
singularidade e a tolerância de cada individuo torna-se fator de extrema importância. Olhar para
um mundo com mais respeito à diversidade dos gêneros é entender que o outro, independente
de sua orientação é alguém que merece respeito e direitos políticos, sociais e econômicos.
(UOL, 26/12/2014)
TEXTO III
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir dos textos de apoio e o seu conhecimento de mundo, redija um texto dissertativo-
argumentativo sobre o tema "A necessidade de respeito à identidade de gênero no Brasil".
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
- tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente.
- fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
- apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
- apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Comentário:
Sabemos que, em nossa sociedade, um conjunto de práticas e símbolos nos fazem quem
somos. Ser quem somos não é só um processo natural, mas também sócio-cultural. Podemos
observar que, atualmente, a construção de nossa identidade de gênero tem se mostrado uma
tarefa bastante complexa e, talvez por isso, muitos conflitos ocorram. Sendo assim, é nesse
cenário que uma série de preconceitos e estereótipos manifestam-se, o que acaba legitimando
desde violência simbólica interpessoal (quando as próprias pessoas excluem ou constrangem
outras pessoas devido ao seu gênero) e institucional (com o não reconhecimento de uma série
de direitos e ainda a patologização dessas identidades) até violência física (com requintes de
crueldade!). Nesse sentido, o respeito às identidades de gênero no Brasil se mostra
extremamente necessário para assegurar a construção de uma sociedade igualitária, isto é,
que todos e todas tenham os mesmos direito enquanto cidadãos. Não esqueça de apresentar
uma proposta de intervenção para alteração dessa realidade social. Indique, por exemplo, que
a conscientização por meio da informação é o caminho para combater diversos preconceitos,
mas que apenas com políticas públicas sérias e efetivas esse cenário poderá finalmente ser
alterado.
TEXTO I
Segundo dados da Anistia Internacional, dos 30 mil jovens vítimas de homicídios por ano, 77%
são negros. O movimento negro vem denunciando há tempos o que chama de extermínio da
juventude negra.
[...]
A verdade é que as vidas negras não importam dentro dessa lógica racista. Judith Butler define
bem isso em entrevista a George Yancy: “Quando algumas pessoas refazem a mensagem ‘a
vida da população negra importa’ para ‘Toda Vida Importa’, elas não entendem o problema,
mas não porque a mensagem delas é falsa. É verdade que todas as vidas importam, mas é
igualmente verdade que nem todas as vidas são construídas para importar. E é precisamente
por isso que é mais importante nomear as vidas que não importam e estão lutando para isso no
modo que elas merecem".
E é por isso que nós, feminismo negro, movimento negro e aliados, seguiremos dizendo: a vida
negra importa. E é necessário que essa sociedade, além de chorar essas mortes, se
responsabilize por elas. Nós não esqueceremos.
(Djamila Ribeiro, Carta Capital, 03/03/2016)
TEXTO II
Disponível em www.capitalteresina.com.br Acesso 31 jan de 2018
TEXTO III
O número de denúncias de racismo no Distrito Federal foi multiplicado por 11 nos últimos
quatro anos, segundo dados registrados pelo Ministério Público local. Desde janeiro, o órgão
registrou 90 ocorrências de injúria racial e racismo. A pilha de casos é 87% maior que os 48
identificados no ano passado [2014], e 1025% maior que os nove casos de 2011. [...] “As
práticas discriminatórias não podem ser toleradas, porque elas são um câncer social. Elas
anulam o que tem de mais importante em uma sociedade democrática, que é o princípio da
igualdade”, afirma. A legislação sobre o tema foi alterada em 2010, quando o MP começou a
ajuizar processos sobre o tema.
(G1, 20/12/2015)
PROPOSTA DE REDAÇÃO
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos de apoio somados ao seu conhecimento de mundo, redija um texto
dissertativo-argumentativo com o intuito de responder a questão: "Quem tem direito à
cidade?"
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
- tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente.
- fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
- apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
- apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Comentário:
Por mais óbvio que possa parecer, é sempre importante ressaltar que todos os cidadãos
devem ter os mesmos direitos. No entanto, para alguns grupos de pessoas os valores de uma
sociedade democrática, igualitária e humanista são negados: É o caso dos moradores de rua.
Pessoas ignoradas, invisibilizadas e sem qualquer auxílio vivem nas ruas atualmente tentando
sobreviver. No entanto, tanto instituições públicas quanto instituições privadas excluem e
segregam cada vez mais essas pessoas, principalmente, no que diz respeito aos seus direitos
básicos enquanto cidadãos. Dessa forma, a partir desse cenário, você deve se questionar
sobre, afinal, quem tem o direito de ocupar a cidade, uma vez que a igualdade de
oportunidades não é a mesma para os moradores de rua. Não esqueça também de indicar
formas de resolver esse problema. Proibir determinadas pessoas de transitarem por
determinados locais da cidade parece uma solução? Talvez, visando a resolução ou mesmo
diminuição dessa problemática, o desenvolvimento de políticas públicas tanto de saúde quanto
de segurança para moradores de rua seja a alternativa mais humana.
TEXTO I
TEXTO II
Episódios envolvendo tiroteios, execuções, morte de criança por bala perdida, ônibus
incendiado, sequestro e desaparecimento nos últimos 25 dias realçam o crescimento de um
fenômeno cada vez mais em evidência em Porto Alegre.
A exemplo do que ocorre há décadas no Rio de Janeiro, onde o tráfico desce o morro para
acertar as contas no asfalto, a capital gaúcha padece com o avanço de quadrilhas pela cidade,
fruto de guerras pelo controle de pontos de tráfico e o descontrole sobre a criminalidade.
— A insegurança é enorme. Não é só traficante matando rival. Está atingindo a todos nós. Não
tem dia, hora ou lugar. Estamos expostos a esses desatinos — lamenta a promotora Lúcia
Helena Callegari, que atua junto à 1ª Vara do Júri de Porto Alegre.
A promotora diz faltar organização na segurança pública e critica a escassez de vagas em
cadeias, que tem gerado a soltura de presos para cumprir pena em casa, alguns sob
monitoramento de tornozeleiras eletrônicas.
— Há uma liberalidade para concessão desses benefícios aos criminosos e isso tem reflexo
forte nas ruas — assegura.
O recrudescimento da violência coincide com a falta de dinheiro do Estado para investimentos.
Em janeiro, o governador José Ivo Sartori restringiu contratações por 180 dias e determinou
cortes no pagamento de horas extras.
Na Polícia Civil, a investigação de homicídios na Capital, por exemplo, está comprometida
porque policiais que trabalhavam até 40 horas a mais por mês, agora não passam de oito horas
adicionais. De acordo com Wilson Müller, presidente da Associação dos Delegados da Polícia
Civil, o principal problema da corporação é "absoluta falta de pessoal".
— A defasagem é imensa. O policial escolhe o crime que vai investigar, sempre os mais graves
e os mais recentes — observa Müller.
A Ugeirm-Sindicato, que representa escrivães, inspetores e investigadores, marcou paralisação
para 28 de abril.
Na Brigada Militar (BM), o corte nas horas extras se soma à diminuição natural na tropa por
conta de aposentadorias e a um antigo déficit de policiais militares (PMs), que beira 40%. O
resultado é um enxugamento no patrulhamento. Nos cálculos da Associação Beneficente
Antônio Mendes Filhos (Abamf), entidade que representa cabos e soldados da BM, o efetivo
nas ruas emagreceu em 20%.
— Falta planejamento para segurança — reclama Leonel Lucas, presidente da Abamf.
Oficialmente, os gaúchos desconhecem os resultados do trabalho das polícias em 2015. Na
semana passada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) se limitou a divulgar percentuais de
redução e elevação de alguns crimes, sem revelar detalhes. Segundo o coronel Paulo Moacyr
Stocker, subcomandante-geral da BM, a criminalidade de um modo geral está em baixa no
Estado. Ele também garante que a redução das horas extras atingiu apenas 2% dos PMs nas
ruas:
— Não falta policiamento. Poderia ser melhor? Sim. Há desafasagem histórica. Mas, hoje, os
resultados provam que as ações melhoram em relação a anos anteriores.
Para Stocker, não existe uma onda de violência. Na opinião de Cléber Ferreira, delegado
regional da Polícia Civil em Porto Alegre, a sequência de crimes é anormal e tende a reduzir.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/04/violencia-assusta-e-desafia-porto-alegre-
4744455.html#
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base nos textos de apoio, redija sua redação de caráter dissertativo-argumentativo acerca
da "Falta de segurança na vida urbana". Você pode se basear em sua experiência pessoal e
relatos que já tenha ouvido para discorrer sobre a violência que impera nas cidades atualmente
e que enche as revistas e telejornais, violência, esta, a que estão submetidas tanto as cidades
europeias quanto as cidades brasileiras.
Comentário
Sobre o tema "Falta de segurança urbana", você pode tanto a partir do contexto europeu
quanto do contexto brasileiro apresentar fatos e acontecimentos, inclusive, do seu cotidiano.
Você acha que existe uma crise na segurança pública? Pense nos hábitos de seus pais e avós:
eles tinham medo de sair na rua à noite? Costumavam trancar as portas? E você? Ao que você
atribui essa mudança de comportamentos? Os textos de apoio levantam algumas hipóteses: a
desigualdade social, por exemplo, pois, se existe uma parcela da população completamente
marginalizada e sem acesso aos principais espaços de socialização e lazer, não parece
“normal” que a interação entre esses grupos e a sociedade em geral seja violenta? No entanto,
como podemos lidar com essas problemáticas? Quais programas e políticas de promoção de
igualdade podem ser promovidas? Além disso, outro aspecto muito importante em relação a
essa questão é a falta de planejamento da segurança, pelo menos, no Rio Grande do Sul, o
que resulta, dentre outras coisas, na desvalorização dos policiais. Procure apontar
possibilidades de reversão desse cenário a curto e a longo prazo.
Leia atentamente o texto abaixo, publicado em março de 2016 pelo jornal Metro, em Porto
Alegre, e de autoria do economista Marcos Silvestre.
TEXTO I
O país dos corruptos! (Mas só "os outros"...)
Na veia! Corrupção é a palavra que está em quase toda frase formulada hoje no país.
Infelizmente a corrupção está nas nossas vidas, é parte da cultura cotidiana brasileira. Dê uma
olhada nestes exemplos, e você me dirá se não são coisas com as quais a gente esteja
“acostumado”.
Vaselina. Dar “uma graninha”, qualquer quantia, a qualquer funcionário público ou seu
representante, ou mesmo a funcionários de empresas privadas, para que as coisas “se
resolvam”, apesar da burocracia. “Cara, se não for assim, não sai”! Se não for assim… começa
a sair do jeito certo! Servicinho extra. Pagar o zelador ou funcionários do seu condomínio para,
durante seu expediente de trabalho, prestar pequenos serviços particulares em seu
apartamento. “Tô ajudando eles…” Errado! Na moita… Perceber, em uma compra de vários
itens, que algum produto não foi cobrado, ou que foi cobrado a menor, ou ainda que o troco
veio a maior. “Que mal tem? Tá bem pago, né?!” Errado! Tchauzinho. Bater em carro alheio no
estacionamento, e sair de fininho (torcendo para ninguém ter anotado a placa). Não vai ser
legal o dia que acontecer com você? Daí não adianta xingar “o fdp que…”. Quer notinha?
Simplesmente deixar de pedir nota fiscal (ou até recusá-la, quando oferecida) naquele posto de
combustíveis que, espertamente, primeiro passa o cartão… e só depois pergunta se quer nota.
Um uisquinho! Dar gorjeta ao garçom no começo de uma festa (como um casamento, por
exemplo) para ser “melhor atendido”. (Se for no final, como gratificação pelos bons serviços
prestados, tudo bem. Deduz aê! Tentar lançar despesa falsa para aumentar a restituição do
Imposto de Renda. “Mas os caras já arrecadam demais”! Sonegação é sonegação, não tem a
ver com a (in)competência do governo. Mude… e exija mudança! Particularmente, não sou da
opinião que, quem comete algum destes erros “menores” na conduta de sua vida financeira,
não chega a ter o direito de criticar a corrupção de políticos e empresários que roubam milhões.
Até tem. Mas creio que toda pessoa nestas circunstâncias deve cair na real, perceberque o
país está mudando e mudar também, exigindo mudança geral a partir daí. Afinal, das virtudes
humanas, coerência é a maior, porque sem ela as outras não se sustentam.
Fonte: http://www.metrojornal.com.br/nacional/marcos-silvestre/o-pais-dos-corruptos-mas-so-os-outros-268334
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A corrupção tem sido pauta de muitas discussões atualmente mas esse não é um fato novo na
política do país nem mesmo nas ações cotidianas de sua população. Sua redação deverá
discorrer sobre a "Corrupção em grande e pequena escala". De que forma incitamos uma
índole corrupta com nossas ações diárias? Haveria uma solução para a corrupção?
Comentário: O tema "Corrupção e pequenas corruptelas do cotidiano" pode ser desenvolvido
a partir de duas esferas, ou seja, tanto a vida pública de forma ampla, com foco nas ações de
nossos governantes, quanto nas suas próprias ações diárias. Reflita sobre a relação entre
ambas. Se no fundo ambas as formas de corrupção acabam prejudicando um terceiro (mesmo
que nas pequenas corruptelas do cotidiano não seja tão fácil perceber, pois já estamos
“acostumados”), qual a diferença essencial entre elas? Como devemos mudar a mentalidade
das pessoas para que percebam que as críticas em relação aos nossos governantes deveria
ser aplicada também na nossa própria vida?
Incentivo à cultura
Ao mesmo tempo em que diz sobre um povo - sobre seus costumes, crenças e tradições -, o
termo cultura pode ser empregado também como sinônimo de educação, cabendo ao governo
proporcionar aos cidadãos eventos ligados à arte, literatura, música, dança, etc. Vivemos uma
situação paradoxal no Brasil, na qual, de um lado, todos querem mais recursos para a Cultura
e, de outro, ocorrem desvio de verbas destinadas a este fim.
TEXTO I
Ministério da Cultura certifica 27 Pontos de Cultura no País
Acesso à cultura
O reconhecimento facilita a obtenção de apoios, parcerias e permite que as entidades se
articulem com os outros pontos de cultura.
Fonte: http://www.brasil.gov.br/cultura/2016/07/ministerio-da-cultura-certifica-27-pontos-de-cultura-no-pais
TEXTO II
Campanha incentiva brasileiros a conhecer museus do País
Acesso à cultura
Instituto Brasileiro de Museus quer valorizar os mais de 3,6 mil museus em
funcionamento no País
Fonte: http://www.brasil.gov.br/cultura/2016/07/campanha-incentiva-brasileiros-a-conhecer-museus-do-pais
TEXTO III
Comissão aprova 236 projetos para receber recursos via Rouanet
Incentivo à cultura
Produtores culturais beneficiados devem aguardar a autorização ser divulgada
no Diário Oficial da União
Fonte: http://www.brasil.gov.br/cultura/2016/07/comissao-aprova-236-projetos-para-receber-recursos-via-
rouanet
Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/Politica/2016/7/591669/Comissao-de-
Incentivo-a-Cultura-analisa-projetos-da-Lei-Rouanet
PROPOSTA DE REDAÇÃO