Aula-11-Engrenagens - Dentes - Retos - DIN

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Elementos de Máquinas

Engrenagens - Dimensionamento

Prof. Osvaldo Abadia de Carvalho Filho


Engrenagens Dimensionamento
 As engrenagens podem falhar por duas maneiras
distintas:
 Fadiga por flexão
 Desgaste (fadiga de contato).

 Durante o dimensionamento ambos os modos de


falhas devem ser verificados.
Engrenagens Dimensionamento

 O dimensionamento sempre consiste em


comparar a tensão atuante com a resistência,
ou seja:

σATUANTE ≤ σADMISSÍVEL
Engrenagens Dimensionamento
 O dimensionamento pode ser feito de várias maneiras
distintas, como:
a) Determinar o módulo (m) e a largura do dente (b) necessário para
transmitir uma certa potência:
 Determinar o módulo e a largura pela fadiga por flexão.
Posteriormente verificar se estes valores calculados são
suficientes para resistir ao desgaste. (Pode também iniciar
pelo desgaste e verificar à flexão).

b) Determinar a máxima potência que um par de engrenagens


conhecido pode transmitir, ou seja, sua capacidade de
transmissão.
 Neste caso o módulo e a largura são conhecidos
previamente. Determina-se a capacidade de transmissão para
a fadiga por flexão e para o desgaste. O menor valor será a
capacidade do par de engrenagens.
Engrenagens Dimensionamento
c) Se o material do pinhão for o mesmo da coroa,
dimensionar apenas o pinhão (pois possui um número
menor de dentes).
 Se as engrenagens forem fabricadas com materiais
diferentes (com durezas distintas), dimensionar
ambos: pinhão e coroa.
Engrenagens cilíndricas de dentes retos
Critério de Desgaste - SARKIS
 Determinação da pressão admissível (padm):

0,487 HB
padm 
W 1/ 6
 padm : Pressão admissível [N/mm2];
 HB : Dureza Brinell [N/mm2];
 W : Fator de durabilidade;

 Sendo 60n p h
W
106
 np: Rotação do pinhão [rpm]
 h: Vida útil do par [horas]
Engrenagens cilíndricas de dentes retos
Critério de Desgaste - SARKIS
 Volume mínimo do pinhão:

MT  1
b d  5,72 x10 2
2 5

padm   0,14
1 01

 b1 : Largura do dente do pinhão [mm];


 d01 : Diâmetro primitivo do pinhão [mm];
 MT : Torque no pinhão [Nmm];
 padm : Pressão admissível [N/mm2];
  : Relação de transmissão (Z2/Z1);
 φ : Fator de serviço (tabela).
Engrenagens cilíndricas de dentes retos
Critério de Desgaste - SARKIS
Engrenagens cilíndricas de dentes retos
Critério de Desgaste - SARKIS
 Relação entre a largura da engrenagem e o diâmetro primitivo (b/d0):

 Para que uma engrenagem esteja bem dimensionada, é necessário que


sejam obedecidas as seguintes relações:
Engrenagens cilíndricas de dentes retos
Critério de Desgaste - SARKIS
 Cálculo do módulo do engrenamento (m):
 Tem-se:

MT  1
x  b d  5,72 x10 2
2 5

padm   0,14
1 01

 Defini-se “y” como sendo a relação entre a largura da


engrenagem e o diâmetro primitivo (b/d0).

b1
y  b1  yd 01
d 01
Engrenagens cilíndricas de dentes retos
Critério de Desgaste - SARKIS
 Cálculo do módulo do engrenamento (m):
 Substituindo:

x
yd d  x  d 
2
01 01
3
01
y
 Logo:
x
d 01  3
y
 Mas, como: d 01
m
Z1
 Calcula-se então o módulo resultante
Engrenagens cilíndricas de dentes retos
Critério de Desgaste - SARKIS
 Padronização do módulo do engrenamento (m):

 Após padronizar o módulo, deve-se calcular o diâmetro


primitivo para o novo módulo e em seguida a largura do
pinhão.
Engrenagens cilíndricas de dentes retos
Critério de Resistência - SARKIS
 A tensão máxima no pé do dente é expressa por:

FT q
 max    mat
bm n
 σmax : Tensão máxima atuante na base do dente [N/mm2];
 FT : Força tangencial [N];
 q : Fator de forma (tabela);
 φ : Fator de serviço (tabela);
 b : Largura do dente do pinhão [mm];
 mn : Módulo normalizado [mm];
 σmat : Tensão admissível do material [N/mm2];
Engrenagens cilíndricas de dentes retos
Critério de Resistência - SARKIS
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Interferência entre engrenagens
cilíndricas retas
 Interferência entre duas engrenagens existe quando o contato
entre os dentes ocorre fora do perfil gerado.
 Para evitar interferência devem ser determinados os números
mínimos de dentes.
 O número mínimo de dentes que um pinhão pode ter (NP) para
evitar interferência é:

 mG = NC/NP = Relação do número de dentes do pinhão e da coroa.


 Exemplo: Para mG = 4; k = 1; Φ = 200. O número mínimo de dentes NP
= 15,4 = 16 dentes. Assim, um pinhão de 16 dentes poderá se acoplar
com uma coroa de 64 dentes sem que haja interferência.
Interferência entre engrenagens
cilíndricas retas
 E o número máximo de dentes (NC) que uma coroa
pode se acoplar com um pinhão com número de
dentes igual a NP sem que haja interferência é:

 Exemplo: Para um pinhão com 13 dentes, k=1 e


ângulo de ação Φ = 200: NC = 16,45 = 16 dentes.
Para este pinhão, o número máximo de dentes que a
coroa pode ter sem que haja interferência são 16
dentes.
Referências

 MELCONIAN, Sarkis. Elementos de máquinas. 9.


ed. rev. São Paulo: Erica, 2009. 376 p. ISBN
9788571947030
 SHIGLEY, J. E., Mischke, C.R. e Budynas, R.G.,
Projeto de Engenharia Mecânica, Bookman, Porto
Alegre, 7a Ed., 2005.
 JUVINALL, R.C., Marshek, K.M. (2006)
Fundamentals of Machine Component Design.
John Wiley and Sons, New York.
 Notas de Aulas Elementos de Máquinas – Prof.
Claysson Vimieiro – PUCMinas
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Próxima Aula: Leituras Sugeridas

 Engrenagens Cilíndricas de Dentes Helicoidais


 Referência Bibliográfica:
 MELCONIAN, Sarkis. Elementos de máquinas. 9.
ed. rev. São Paulo: Erica, 2009. 376 p. ISBN
9788571947030

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