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UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

MARY CELINA BARBOSA DO NASCIMENTO

OLHE SOB UMA NOVA PERSPECTIVA: DESAFIOS E PROPOSTAS PARA


ATUAÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO NA APRENDIZAGEM

BARBACENA-MG
MAIO DE 2020.
UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

MARY CELINA BARBOSA DO NASCIMENTO

OLHE SOB UMA NOVA PERSPECTIVA: DESAFIOS E PROPOSTAS PARA


ATUAÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO NA APRENDIZAGEM
.

Artigo Científico Apresentado à Universidade


Candido Mendes - UCAM, como requisito
parcial para a obtenção do título de Especialista
em Neuropsicopedagogia.
.

BARBACENA-MG
MAIO DE 2020.
OLHE SOB UMA NOVA PERSPECTIVA: DESAFIOS E PROPOSTAS PARA
ATUAÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO NA APRENDIZAGEM

Mary Celina Barbosa do Nascimento 1

RESUMO:

O presente trabalho exterioriza a asserção do discernimento da Neuropsicopedagogia e suas concepções


para o ensino aprendizagem. Os objetivos serão atingidos a partir da análise dos documentos oficiais
referentes à Neuropsicopedagogia, sendo ela a única ciência que tem como tema central de estudo as
interações do conhecimento que trata da relação entre a cognição (e comportamento) e a atividade do
sistema nervoso em condições normais e patológicas. O embasamento teórico se dará através de pesquisa
bibliográfica e documental com o propósito de instrumentalizar o profissional que atua diretamente com
pacientes portadores de dificuldades de aprendizagem, na área clínica, além de expandir as ideias
derivadas da Neuropsicologia para dentro dos processos pedagógicos, tanto nos ambientes escolares
quanto na clínica psicopedagógica, médica, psicológica e de tantos outros profissionais envolvidos com
os processos de ensino e aprendizagem. Sua metodologia foi à revisão de literatura nas obras de autores
como Beauclair (2014), Damásio (2014), Pedroso (2006) e Brandão (2004), entre outros, quanto aos
sentidos que a Neuropsicopedagogia vem despertando visto que sentiu-se a necessidade de entender sobre
a complexidade do funcionamento cerebral e as articulações entre o cérebro e comportamento humano
através do estudo da educação a qual trará inúmeras contribuições para compreender o processamento do
ensino-aprendizagem. O estudo se justificou frente à necessidade do ser humano entender as
transformações e exigências do mundo atual, mediante a um transtorno de aprendizagem, a
neuropsicopedagogia, ao mesmo tempo em que fortalece a identidade cultural e social do aprendente.

Palavras-chave: Aprendizagem. Educação. Neurociências. Neuropsicopedagogia.

Introdução

O presente artigo tem o propósito de instrumentalizar o profissional que atua


diretamente com pacientes portadores de dificuldades de aprendizagem, na área clínica,
além de expandir as ideias derivadas da Neuropsicologia para dentro dos processos
pedagógicos, tanto nos ambientes escolares quanto na clínica psicopedagógica, médica,
psicológica e de tantos outros profissionais envolvidos com os processos de ensino e
aprendizagem. A leitura e apreensão do mesmo poderão subsidiar também o
profissional que trabalham em instituição escolar, a fim de melhor compreender e,
concomitantemente, conscientizar-se do trabalho neuropsicopedagogico, quebrando
alguns mitos a esse respeito, principalmente de que Psicopedagogia e Reforço Escolar
caminham juntos, pois sabemos que esses processos não se dão exclusivamente nas

1
Pedagoga. Pós-Graduada em Educação Inclusiva, Especial e Políticas de Inclusão e Psicopedagogia /
Universidade Candido Mendes e Instituto Prominas – (UCAM/PROMINAS).
E-mail: marye-celina@hotmail.com

1
salas de aula. Tanto a história da Neuropsicopedagogia, como práxis e o eixo teórico,
demonstram que ambas são duas coisas distintas.
Com o crescimento da Neuropsicopedagogia no Brasil e do reconhecimento da
sua importância à aplicabilidade em vários contextos, sentiu-se a necessidade de
entender sobre a complexidade do funcionamento cerebral e as articulações entre o
cérebro e comportamento humano através do estudo da educação a qual trará inúmeras
contribuições para compreender o processamento do ensino-aprendizagem. Mencionará
o desenvolvimento e a aprendizagem da criança e as dificuldades de aprendizagem
Mas, afinal a que se refere à Neuropsicopedagogia? Para Hennemann a mesma
evidencia-se: “(...) como um novo campo de conhecimento que através dos
conhecimentos neurocientíficos, agregados aos conhecimentos da pedagogia e
psicologia vem contribuir para os processos de ensino-aprendizagem de indivíduos que
apresentem dificuldades de aprendizagem.” (HENNEMANN, 2012, p. 11).
Esta ciência integra saberes da Neurologia, Psicopedagogia, Psicologia,
Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, sendo, portanto, uma área interdisciplinar que
busca compreender os processos relacionados à cognição, ao comportamento e à
linguagem entre o funcionamento do Sistema Nervoso e a Aprendizagem Humana.
Sabendo disso, pode-se ver atuação do Neuropsicopedagogo Clínico, que
trabalha com sujeitos portadores ou não de transtornos e dificuldades de aprendizagem,
atuando na avaliação, intervenção, acompanhamento, orientação de estudos e no ensino
de estratégias de aprendizagem, além de manter diálogo permanente com a família,
escola e com outros profissionais envolvidos no caso.
De forma geral este artigo se destina aos profissionais que, assim como nós,
recebem seus consultórios pessoas (crianças, jovens ou adultos), que, por uma razão ou
outra, encontram problemas com sua aprendizagem. Sendo possível com os dados
presentes neste artigo, o profissional neropsicopedagogo oferecer uma ampliação de
conhecimentos em uma missigenação de ideias vindas de várias áreas de formação, para
que, de forma sinérgica, tornem-se norteadores de novas propostas de intervenção e,
quem sabe, de novas pesquisas.
A Neuropsicopedagogia vai compor o atendimento psicopedagógico, quando
necessário, para assimilar a condição de como o cérebro capta, elege, modifica,
memoriza, retém, desempenha e concebe todos os sentimentos assimilados pelos
diversos elementos sensores para, a partir dessa percepção, poder adequar às
metodologias e técnicas educacionais a todas as pessoas e, principalmente, aquelas com

2
peculiaridades cognitivas e emocionais diferenciadas. 
Os objetivos serão atingidos a partir da análise dos documentos oficiais
referentes à Neuropsicopedagogia, sendo ela a única ciência que tem como tema central
de estudo as interações do conhecimento que trata da relação entre a cognição (e
comportamento) e a atividade do sistema nervoso em condições normais e patológicas.
Sua natureza é multidisciplinar, tomando apoio na anatomia, fisiologia, neurologia,
psicologia, psiquiatria, etologia, entre as mais importantes. A partir de uma respectiva
médica, este conhecimento visa ao tratamento dos distúrbios da cognição e do
comportamento secundário ao comportamento do Sistema Nervoso.
As justificativas que levaram a escolha do tema foram baseadas nas
transformações e exigências do mundo atual, mediante a um transtorno de
aprendizagem, a neuropsicopedagogia, ao mesmo tempo em que fortalece a identidade
cultural e social do aprendente, também atua como uma espécie de linha divisória entre
o sucesso e o fracasso escolar, propondo um caráter multidisciplinar, visando fornecer
uma visão ampla e atualizada de viés neurocientífico sobre os processos de
aprendizagem, suas dificuldades, transtornos e intercorrências.
A pesquisa contribuirá decisivamente para a construção do conhecimento.
Compreender como se dá o processamento em relação entre o Cérebro (suas funções) e
a área psíquica (as funções ou distribuições que ocorrem a nível de Cérebro e que
podem afetar o comportamento do indivíduo). A importância da Neurociência na
educação, no processo da aprendizagem. Uma das grandes preocupações do professor
educador tem como alicerce na sala de aula, é como fazer o meu aluno apreender?
Exatamente nesse ponto que a Neurociência vem a contribuir no processo dessa
nova competência do professor educador do século XXI. Conhecer a biologia cerebral
hoje se faz importante nesse perpassar na construção da educação. Por isso, conhecer a
biologia do cérebro nas dimensões cognitivas, afetivas, emocionais, motoras, é fazer um
grande aliado que a Neurociência traz na contribuição da educação.

Desenvolvimento

Nos dias de hoje, a definição de Neuropsicopedagogia advém de concepções


acordadas por outros países, pois em pesquisas aos dicionários brasileiros, ainda não é
viável obter esta terminologia; sendo assim, o portal mexicano de Psicopedagogia,
voltado para definições de conceitos a cerca das ciências, tendo como menção o Dr

3
Alberto Montes de Oca Tamez (2006), PhD em Neurociência, expõe a
Neuropsicopedagogia como:
... um exercício de trabalho interdisciplinar sobre o processamento de
informações e modularidade da mente em termos de Neurociência Cognitiva,
Psicologia, Pedagogia e Educação, que ocorre na formação multidisciplinar
de profissionais voltados à área educacional. O neuropsicopedagogo deve ter
amplo conhecimento dos diferentes modelos, teorias e métodos de avaliação,
planejamento, currículo dos diferentes níveis de ensino. Além disso, deve ter
amplo conhecimento da base neurobiológica do comportamento psico-
educacional e da reabilitação neurocognitiva tanto em crianças, adolescentes,
sujeitos idosos e pessoas com necessidades especiais.

Pode-se constatar que a nomenclatura Neuropsicopedagogia, não obstante de


não estar expressa em nenhum dos dicionários já se encontra aplicada no âmbito
brasileiro. Nos estados do sul do Brasil, universidades tais como: PUC e UFRGS
apresentam como disciplina nos cursos de graduação, voltados a Pedagogia, os Estudos
Neuropsicopedagógicos, os quais Forner (2009, p71-72) e enfatiza com a seguinte
referencia:
No nível I, a disciplina Estudos Neuropsicopedagógicos chama a atenção, por
enfatizar aspectos que contemplam as ideias do estudo. Eis a sua ementa:
Estudo do desenvolvimento humano na perspectiva da genética e da
Neuropsicopedagogia, aproximando estes saberes com foco nas bases
biológicas da aprendizagem, na busca de melhores formas de ensinar e de
aprender. Os objetivos da disciplina convertem para a real necessidade de os
futuros professores reconhecerem as dificuldades de aprendizagem de seus
alunos, bem como as possíveis alternativas de trabalho. Isto é, terem
subsídios para planejamento que atenda às demandas que surgem nas salas de
aula. A disciplina se propõe a fazer com que os estudantes de Pedagogia
conheçam o funcionamento neural, o desenvolvimento neuropsicológico,
desde a concepção até a morte, destacando a neuroplasticidade, bem como as
bases biológicas e influência do uso de drogas pelos pais de crianças, bases
neurológicas da entrada, processamento e saída da visão, audição, tato,
movimento e atenção. A partir desses conhecimentos, enfim, busca contribuir
para que os professores possam realizar as intervenções, considerando
aspectos do desenvolvimento normal e das dificuldades de aprendizagem.

Portanto, na descodificação das menções anteriores pode-se reiterar que a


Neuropsicopedagogia expõe-se como um novo campo de conhecimento que através dos
conhecimentos neurocientíficos, agregados aos conhecimentos da pedagogia e
psicologia vem auxiliar nos processos de ensino-aprendizagem de indivíduos que
apresentam dificuldades de aprendizagem.
A neuropsicopedagogia aflora no designo de direcionar os incentivos da
neurociência para a escola, onde as aquisições sobre o cérebro humano podem amparar
na assimilação dos paradigmas educacionais a através de uma nova perspectiva. Sobre
isso, Beauclair (2014) afirma que a neuropsicopedagogia é:

4
um novo campo de intervenção e especialização, onde o conhecimento
ultrapassa fronteiras e cria, com isso, novas possibilidades de aprender sobre
o aprender, ampliando olhares e oportunizando novas formas de inter-
relacionar informações, conhecimentos e saberes. (p.28).

Paralelamente a isto, uma outra área importante é o desenvolvimento da


cognição, cada um com uma abordagem específica, a fim de desvendá-la. Segundo
Damásio (2014), “o desenvolvimento cognitivo acontece na relação entre mente –
cérebro - corpo”, sendo a mente humana tão complexa que, provavelmente, não se
consiga desvendá-la na sua tonalidade, devido às suas limitações. Damásio desafia os
dualismos tradicionais do pensamento ocidental e, em seus estudos, sugere hipóteses
inovadoras sobre o funcionamento do cérebro. Já na teoria da epistemologia de Piaget,
não só é abordada a questão cognitiva, mas também se afirma uma proposição
relacional, na qual a construção do conhecimento se dá na ação do sujeito em relação
com o meio externo. Assim, “o conhecimento resultaria de interações que se produzem
no meio do caminho entre os dois, dependendo, portanto, dos dois ao mesmo tempo"
(Piaget, 1973).
Além disso, pode-se afirmar que a Cognição é uma faculdade que
desenvolvemos para conhecer ou adquirir um novo conhecimento, sendo nossa
capacidade de inteligência, o que na neurociência também nomeamos de memória.
Assim pode-se afirmar que, a cognição e a consciência são fatores fundamentais para as
manifestações comportamentais, pois, o ser humano age socialmente, quando ele
aprende (adquire cognição) e quando ele tem consciência (discernimento dos seus atos e
consequências dele).

5
Figura 1: Função do Cérebro.
Fonte: http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br

As funções cognitivas estão distribuídas no córtex cerebral, que é dividido em


quatro regiões: O lobo frontal, que está envolvido com o planejamento e com o
movimento voluntário; o lobo parietal, com as sensações da superfície corporal e
percepção espacial; o lobo occipital, com a visão; e o lobo temporal, com a audição, a
percepção visual e a memória. Os processos mentais constituem os fundamentos da
percepção, da atenção, da motivação, da ação, do planejamento e do pensamento, além
do próprio aprendizado e memória (Squire & Kandel, 2003).
Segundo Moss e Killiany (1994), as áreas do córtex pré-frontal, implicadas no
processamento da atenção, incluem o córtex pré-frontal, aspectos posteriores do córtex
parietal direito e a área transicional, entre o lobo occipital e o temporal.
A atenção, a aprendizagem e a memória são três aspectos da cognição definidas
por Torres e Desfilis (1997) como processos mediante os quais somos capazes de
codificar, armazenar e recuperar a informação.

Memória é a aquisição, a formação, a conservação e a evocação de


informações. A aquisição é também chamada de aprendizagem só se “grava”
6
aquilo que foi aprendido, a evocação é também chamada recordações,
lembranças, recuperação. Só lembramos aquilo que gravamos aquilo que foi
aprendido. (IZQUIERDO, 2002. p. 9).

A memória é considerada como um dos processos centrais da cognição, na


medida em que ela é a responsável pela retenção e recuperação da informação.
Em Pedroso (2006) e Brandão (2004) temos que é importante salientar que o
hemisfério de maior importância para linguagem é o esquerdo, sendo isto independente
do sujeito ser destro ou canhoto. Porém, o hemisfério direito apresenta juntamente as
habilidades linguísticas e pode ser utilizado para outras funções em caso de lesões nas
áreas especializadas comumente.
Nossas memórias provêm das experiências, o que no entender de Damásio
(2011, p. 169-170) é possível, pois “[...] o cérebro retém uma memória do que ocorreu
durante uma interação, e essa interação inclui fundamentalmente nosso passado, e até,
muitas vezes, o passado de nossa espécie biológica e de nossa cultura”. O conjunto de
nossas memórias faz com que cada sujeito seja o que é, no singular, dotado de
individualidade. Sendo assim, o acervo de nossas memórias determina nossa
personalidade. Como enfatiza Izquierdo (2011), é a memória que nos individualiza,
porque nossas lembranças são moduladas pela emoção, pelo nível de consciência e
pelos estados de ânimo. O mesmo autor, em outros escritos (2010), já mencionava que a
memória determina a individualidade como pessoa e como povo, pois: eu sou quem sou
porque me recordo de quem sou.
A habilidade de aprender e de lembrar informações a respeito do mundo ao
nosso redor e de nossas experiências que nele ocorrem é uma habilidade
cognitiva fundamental que possuímos. Incrivelmente, armazenamos milhões
de informações, algumas vezes com facilidade, outras vezes com muito
esforço (GAZZANIGA, 2006, p. 320).

A memória é essencial no processo de aprendizagem, estando presente na


aquisição, manutenção e aperfeiçoamento de competências. Além disso, a memória está
implicitamente ligada com capacidades de extrema importância para o ser humano.
Segundo Fonseca (2016), a emoção e a cognição juntam-se para produzir
aprendizagem, exatamente porque a emoção emanada do organismo, ou seja, do corpo
(múltiplas sensibilidades) e da sua motricidade (múltiplas motricidades) por interação
com o envolvimento, gera uma multiplicidade de fenômenos psíquicos complexos, a
importância das emoções e da afetividade nas aprendizagens é obviamente
inquestionável.

7
Figura 2- A emoção e a cognição incorporam-se na aprendizagem.

Fonte: https://institutoparacleto.org/2017/05/17/e-preciso-emocao-para-ensinar-e-
aprender/

Já na neurociência, estabelecem-se interações entre estruturas biológicas,


anatômicas e fisiológicas do sistema nervoso com as funções psicológicas superiores,
além de perpassar pelos aspectos sociais, esses considerados como uma grande
influência na formação da linguagem e do pensamento, desde o desenvolvimento do
embrião até a primeira infância. Portanto, refletiremos sobre o desenvolvimento
cognitivo, que desde o início da Neurogênese até a complexa organização do sistema
nervoso da criança na primeira infância, está sobre a concepção de como a neurociência
vem desvendando os aspectos da aprendizagem cognitiva, afetiva, emocional, motora e
social no processo de desenvolvimento Infantil, que permeia permeiam os saberes entre
a ciência cognitiva, a genética, a embriologia e os teóricos cognitivos e
comportamentais.
Sendo essa uma área em ascensão, atualmente esta tem sido foco, mas até onde o
que se fala não é “senso comum”? A neurociência tem a função de compreender como
o cérebro exerce sua responsabilidade para a construção da cognição, dos
comportamentos e da consciência.
A Neurociência apresenta vários níveis ou modos de enfoque, dada a sua
característica particular de interdisciplinaridade. Os enfoques centrados no sistema
nervoso, e em mais particularmente no cérebro, podem ser estudados em diferentes
níveis: do funcionamento molecular ou celular; dos sistemas funcionais, como a visão, a
audição, o motor e etc., que podem ser abordados em sua morfologia ou em seus
8
aspectos funcionais; do comportamento, focalizando estruturas neurais que produzem
comportamentos, como o sono, a atenção, os comportamentos sexuais, emocionais etc.;
e “do comportamento cognitivo, funções mentais mais complexas, típicas do ser
humano: comportamentos intencionais e capacidades, como a linguagem, a consciência,
a tomada de decisão, o planejamento, a criatividade etc.” (LENT, 2004; GOLDBERG,
2002).
Considera-se brevemente, primeiro, o entendimento sobre os termos
“desenvolvimento cognitivo” e “desenvolvimento neural”.
O termo desenvolvimento implica, em ambas as correntes de pensamento, um
processo sequencial de maturação e atualização de estruturas orgânicas (neurais) e
mentais. Para Lins (1984), “a atividade inteligente obedece a uma organização de
sequencia”. Além disso, “o sistema nervoso se transforma com o tempo. Por isso, o
desenvolvimento embrionário, a maturidade, o envelhecimento e a morte são fenômenos
sequenciais da existência do sistema nervoso” (LENT, 2004).
Em ambos os casos, também, a sequencia é fixa, sem retorno e sem saltos sobre
etapas. Elucida Lent (2004):

O desenvolvimento neural segue uma sequência de etapas que conduzem à


gradativa especialização dos neurônios juvenis, à sua agregação e à formação
de circuitos neurais entre eles. As células nervosas se dividem várias vezes,
mas em um certo momento interrompem o ciclo celular, migram para seus
locais de destino, adquirem suas características morfológicas, funcionais e
químicas, emitem axônios que crescem a locais distantes e lá estabelecem
sinapses, [...]

Figura 3: A SINAPSE é a transmissão de um impulso nervoso de um neurônio para uma célula receptora
com o objetivo de causar uma resposta do organismo.

Fonte:  Scielo. https://conhecimentocientifico.r7.com/sinapse/

9
Além dos enfoques acima, centrados no cérebro, a ciência cognitiva vem
ampliando os estudos interdisciplinares, incluindo enfoques de disciplinas especificas
em especial da inteligência artificial, da Filosofia, da Psicologia, da Linguística e da
Antropologia (GARDNER, 1994).
A coragem de se aventurar nessas buscas resultou na sistematização e registro
em torno de uma nova proposta, na qual a multiplicidade do olhar diante do ser humano
nos propõe uma nova prática, uma nova possibilidade de conduta e atitude diante do
auxilio e tratamento das diferenças e dificuldades que abarcam a complexidade humana
o, que se pode ser tratada também como uma nova e futura ciência: falamos da
Neuropsicopedagogia.
Existe uma evolução na complexidade das relações que estabelecemos nas
formas como aprendemos e entendemos o mundo, na maneira como vivemos,
experimentamos o novo; tudo isso gera muitas dúvidas, muitas aflições e,
consequentemente, nos envolve em uma trama em que estar atento aos encontros
possibilitados diante de nossas escolhas é fundamental.
Contudo, nos deparamos com o desafio de confrontar vários conhecimentos para
tentar compreender não apenas os processos de ensino e aprendizagem, mas até mesmo
um universo onde tudo está em relação.
Trata-se da Psicopedagogia, uma área de estudos e um campo de atuação em
Saúde e Educação, lida com os processos de ensino e aprendizagem e tem se
preocupado com a complexidade que envolve essa questão. Trata-se, assim, de percebê-
la com um olhar abrangente que envolve conhecimentos de várias ciências, em uma
tentativa de integrar os múltiplos aspectos intervenientes nos processos de aprender e de
ensinar.
A psicopedagogia surgiu na França e posteriormente na Argentina, introduzindo-
se no Brasil na década de 70, para atender à grande demanda de crianças com
dificuldades de aprendizagem. Segundo a definição descrita no Código de Ética da
Psicopedagogia da ABPp-SP - Associação Brasileira de Psicopedagogia - ela é definida
como “um campo de atuação em Educação e Saúde que se ocupa do processo de
aprendizagem considerando o sujeito, a família, a escola, a sociedade o contexto sócio
histórico utilizando processos próprios, fundamentados em diferentes referenciais
teóricos”.
De natureza Inter e transdisciplinar e utiliza métodos, instrumentos e recursos
próprios para compreensão do processo de aprendizagem, cabíveis na intervenção (art.

10
2, do Código de Ética), a psicopedagogia tem sua intervenção da Ordem do
conhecimento, relacionada com a aprendizagem, considerando o caráter indissociável
entre os processos de aprendizagem e suas dificuldades (Parágrafo 1- Código de Ética).
Esta atuação da psicopedagogia na Educação e na Saúde dá-se em diferentes âmbitos da
aprendizagem, considerando o caráter indissociável e o clinico (Parágrafo 2- Código de
Ética).
A atividade psicopedagógica tem como objetivos: promover a aprendizagem,
contribuindo para os processos de inclusão escolar e social; compreender e propor ações
frente às dificuldades conflitos de aprendizagem; realizar pesquisas cientifica no campo
da Psicopedagogia; mediar conflitos relacionados aos processos de aprendizagem.
Surge, portanto, as semelhanças que a Neuropsicopedagogia guarda com a
Neuropsicologia e a Psicopedagogia sendo elas: a natureza multiprofissional, inter e
transdisciplinar e o estudo do desenvolvimento humano e dos processos do ensino e
aprendizagem (em condições normais ou não).
Os estudos apontam que, enquanto a Neurociência constitui-se como a ciência
do cérebro, a Educação configura-se como a ciência do ensino e aprendizagem.
Apresentam relação de proximidade na medida em que o cérebro tem significância no
processo de aprendizagem do individuo. Deste modo, corroboramos com Cosenza &
Guerra (2011), ao refletirem sobre essa interlocução destacam que:

As neurociências estudam os neurônios e suas moléculas constituintes, os


órgãos do sistema nervoso e suas funções especificas, e também as funções
cognitivas e o comportamento que são resultantes da atividade dessas
estruturas. (p.142).

Somente no final do século XVIII e início do século XIX, é que a Neurociência


obtém status de Ciência, até então, a única ciência da “mente” era a anatomia, pois não
se desfrutavam de técnicas pertinentes para averiguar as particularidades funcionais do
Sistema Nervoso.
A Neurociência tornou-se, então, uma área da biologia, envolvidos na
assimilação do Sistema Nervoso Central. Não obstante os estudos do cérebro resultam
de muitos anos atrás, datando desde a filosofia grega, antes de Cristo, é somente na
década de 70 do século passado que o termo Neurociência surgiu. “A palavra
Neurociência é jovem. A sociedade de Neurociência, uma associação de neurocientistas,
foi fundada somente em 1970. O estudo do encéfalo, entretanto, é tão antigo como a
própria ciência” (BEAR et al., 2002, p. 3).

11
Os pesquisadores da Neurociência, da educação e de sua interface
Neuroeducação têm se debruçado ao estudo do cérebro e do comportamento humano,
dos fatores que interferem na aprendizagem e das técnicas de reabilitação cognitiva. A
base que permeia a ação desses estudos é a interdisciplinaridade, a qual retrata muito
bem A Neuroeducação, sendo a confluência da percepção da psicologia, educação e
neurociência.

Figura 4: Relação ente neurociências e demais áreas do conhecimento

A Neuroeducação nos conduz a uma interpelação discernida do que é


aprendizagem. Antigamente, em uma perspectiva convencional se enunciaria que
“aprender é a aquisição de novos conhecimentos”. A mesma Neuroeducação nos revela
nos dias de hoje que “aprender é modificar comportamentos”.
Na perspectiva de entendermos a Neuropsicopedagogia que é a ciência nova
reunida com os conhecimentos da neurociência aplicada à educação, a pedagogia e a
psicologia cognitiva e ainda das pessoas que podem se beneficiar da mesma, são as
pessoas de qualquer faixa etária com sintomas de dificuldades cognitivas causadas por
transtornos de aprendizagem, de síndromes, pessoas com necessidades especiais e
idosos que por ventura já estão tendo perdas de memórias, enfim; trabalhamos para
promover a redução destes sintomas sempre com base na Plasticidade Cerebral.
Ao refletirmos a transformação da sociedade, o ser humano vai mudando ou nós
vamos descobrindo novas formas de anomalias, de problemas, de dificuldades,

12
principalmente na área cognitiva e isso faz com que haja necessidade de
desenvolvimento de novas tecnologias, novas metodologias e novas ciências. Uma das
ciências que nasceu de uma necessidade dessas foi a Psicopedagogia. Agora com a
necessidade de um conhecimento mais aprofundado na parte neurológica e psíquica da
criança e do adolescente.
Surgiu então a Neuropsicopedagogia. Quem é esse Neuropsicopedagogo? O
Neuropsicopedagogo é o profissional que reúne o conhecimento pedagógico e
neuropsíquico que são necessários para entender a realidade neuropsíquica cognitiva do
sujeito, visando identificar as potencialidades cognitivas do sujeito, independentemente
do tipo de aprendizagem, distúrbio, transtorno ou qualquer anomalia neuropsíquica que
esteja presente.
Os Parâmetros teóricos e práticos que ratificam a construção dos especialistas
em neuropsicopedagogia resultam da Neurociência e da educação, o aprendizado nessa
área auxilia o Neuropsicopegagogo a assimilar a heterogeneidade do desempenho
cerebral e suas articulações, ajudando a compreender como se age no ensino
aprendizagem. Mediante as Neurociências o profissional de Neuropsicopedagogia
concebe a complexidade do desempenho cerebral e as articulações entre o cérebro e a
conduta humana,
De acordo com o Código de Normas Técnicas 01/2016, da Sociedade Brasileira
de Neuropsicopedagogia, no artigo 29, as funções do neuropsicopedagogo se resume
em:
a) Observação, identificação e analise do ambiente escolar nas questões
relacionadas ao desenvolvimento humano do aluno nas áreas motoras,
cognitivas e comportamentais, considerando os preceitos da neurociência
aplicada a Educação, em interface com a Pedagogia e Psicologia Cognitiva;
b) Criação de estratégias que viabilizem o desenvolvimento do processo
ensino e aprendizagem dos que são atendidos nos espaços coletivos;
c) Encaminhamento de pessoas atendidas a outros profissionais quando o
caso for de outra área de atuação/ especialização contribuir com aspectos
específicos que influenciam na aprendizagem e no desenvolvimento humano.
(SBNPp, 2016, p. 4).

Este profissional tem a função de desenvolver um trabalho pedagógico


igualitário e inclusivo. Enfatizando que, ao abordar a inclusão, não estamos falando
apenas de alunos com deficiências físicas e mentais, mas inclusão no sentido de dar
ênfase as habilidades latentes de cada aluno, estimulando-os sempre a continuar, o que
resulta num ambiente propício para uma aprendizagem satisfatória.
O neuropsicopedagogo deve ter um olhar sensível aos alunos, seu papel não é ter
pré-conceitos sobre eles, mas conhecê-los, passando o sentimento de que está ali para
13
ajudá-los em suas dificuldades de maneira que os mesmos se sintam seguros na
presença do profissional.
Procurar conhecer a realidade em que vivem nossos alunos é um dever que a
prática educativa nos impõe: sem isso não temos acesso à maneira como
pensam, dificilmente então podemos perceber o que sabem e como sabem.
(FREIRE, 1996, p. 53).

O neuropsicopedagogo concede a educação infantil à viabilidade de explorar as


metodologias que ocorrem intrinsecamente e, em agregação com o feedback à resposta
externa da criança, acompanha e desenvolve o processo de ensino e aprendizagem.
Diante da perspectiva Vigotskiana, o processo ensino-aprendizagem deve
permitir interações grupais que possibilitem a emergência de produção de novos
conhecimentos e de trocas culturais, nas quais o educador tem o papel de mediador
destas interlocuções tanto em sala de aula como em qualquer espaço social, de forma a
explorar tais espaços, utilizando-se dos elementos que compõem (Bastos e Pereira,
2003).
A abordagem Vigotskiana destaca, assim, a importância do fator social e cultural
na apropriação e na construção do conhecimento, “as transformações na estrutura da
interação social refletem-se nas estruturas do pensamento humano, orientando seu modo
de agir, de perceber o real e a contribuição de sua consciência” (GAMEZ, 2013, p.83).
Por outro lado, o pensamento humano que se modifica também age sobre a realidade,
modificando-a, em uma relação dialógica (VIGOTSKI, 2003/1978, 1995/1934).
O processo de aprendizagem, a apropriação do conhecimento, nesta perspectiva,
é muito mais do que a assimilação, a absorção ou apenas o aprender, mas é algo
dinâmico.
Considerando a teoria e a dinâmica pedagógica apresentada pelas obras literárias
dos autores consultados, observamos a crescente necessidade de reconhecer a
importância da neurociência nos processos cognitivos e incorporá-la na prática
pedagógica do educador.
Na percepção da neuropedagogia, compatibiliza-se evoluirmos na perspectiva
expondo a seguir a concepção de Flor e Carvalho ao interpelar a temática enunciando que:

 juntas, essas duas áreas – neurociência e educação – certamente poderão


trilhar, de modo muito melhor, os caminhos para alcançar os objetivos da
escola: o mais adequado desenvolvimento sociocognitivoafetivo do aluno,
respeitando a habilidade de cada um e potencializando sua capacidade de
aprender durante toda sua existência. (CARVALHO; FLOR, 2011, p. 224).

14
Neste ponto de vista, afora do desenvolvimento cognitivo habitualmente
recomendado pela escola, constatamos questões sociais e afetivas citadas, e, sobretudo,
apreender a capacidade dos alunos no processo de aprendizagem no decorrer de toda a
existência e não apenas numa faixa etária. Isso intervém no conceito de ensino e
aprendizagem da educação de jovens, adultos e idosos como evolução hábeis no
reconhecimento cerebral das habilidades de aprendizagem.

Conclusão

É surpreendente como cada vez mais nós, seres humanos, nos tornamos
necessitados de nos entendermos e, assim, compreendermos os outros, para que no
estabelecimento das relações possamos melhorar, nos superar e aprender para enfrentar
as demandas que a vida impõe de forma constante e sempre diferente.
Dessa forma, é perceptível a primordialidade de reestruturar as práticas
educacionais. Emfim é neste momento que favorece o profissional da
Neuropsicopedagogia, este tem o papel de suma importância, pois, ajuda os docentes a
compreender o funcionamento desse sistema e a assessorar a reorganizarem suas aulas e
sua maneira de ensinar, de forma que resulte em estimular o cérebro o mais eficazmente
possível. Isso resultará em êxito se o processo neurobiológico de cada indivíduo for
respeitado, ou seja, respeitar a individualidade de cada um.
Seja no contexto educacional, clínico, terapêutico, familiar ou qualquer outro,
pois todos são adaptáveis às diferenças abarcadas pela complexidade humana, um olhar
construído em bases das Neurociências, da Psicologia e da Pedagogia oportunizam uma
sensibilização e aprofundamento maior das necessidades do ser humano para que ele
possa aprender sempre, melhorando suas condições de vida, comportamentos e atitudes
de envolvimento com o mundo e com seus pares.
As reflexões e conhecimentos sistematizados neste artigo oportunizam que
diferentes profissionais que trabalham em instituições de ensino, consultórios, hospitais,
empresas e tantos outros locais conheçam este novo campo de conhecimento e atuação
profissional, com indicações teóricas, constituindo um movimento de diálogo,
aprendizagem e superação das dificuldades.
A Neuropsicopedagogia assegura o mérito do pedagogo no processamento do
ensino/aprendizagem. Os estudos da área, sobre a memória e o sistema límbico apontam
à motivação como um dos fatores essenciais no aprender, uma vez que para isso é

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necessário armazenar os conhecimentos e as experiências na memória. Naturalmente
que não é suficiente o professor apresentar uma aula motivadora a seu aluno para que
ele aprenda, existem outros processos e estratégias de ensino que aliadas favorecem o
contexto, como a apresentação de conteúdos significativos, a relevância dos
conhecimentos prévios desse aprendiz, a participação da vivência nas atividades e a
oportunidade de rever os conceitos ensinados.
Compreender como se dá o processamento das memórias é, de fato, útil para
educadores que pretendem introduzir uma nova abordagem metodológica em sala de
aula. Precisam conhecer esse incrível mundo chamado Cérebro Humano, para elaborar,
definir e organizar melhor conceitos sobre aprendizagem, identificando por meio do
sistema nervoso central seus processos e como produzem modificações mais ou menos
permanentes, que se traduzem por uma modificação funcional ou comportamental, de
forma a permitir uma melhor adaptação do individuo ao seu meio como resposta a uma
solicitação interna ou externa do organismo.
A base neurocientifica da aprendizagem se faz no reconhecimento das estruturas
neurais, conectadas e fortalecidas pelas experiências e memórias emocionais e
cognitivas que podem ser construídas nos espaços educacionais.

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