O Método Das Coordenadas
O Método Das Coordenadas
O Método Das Coordenadas
9 de Janeiro de 2011
ii
1 Introdução 1
1.1 O método das coordenadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Um pouco de História . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
iii
iv ÍNDICE
6 Conclusão 63
Bibliografia 63
Capı́tulo 1
Introdução
1
2 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
dois pontos têm nos programas destes anos uma abordagem essencialmente
geométrica.
Só no ensino secundário se dá “um passo em frente” na utilização de co-
ordenadas. No 10o ano, tanto em Matemática A como em Matemática Apli-
cada às Ciências Sociais, aprofunda-se o estudo do Método das Coordenadas
extendendo-o ao plano tridimensional. O desenvolvimento deste estudo terá
continuidade até ao final do ensino secundário.
Tal como referido inicialmente, Descartes não foi um génio isolado na sua
época. Vivia-se a Época do Renascimento e, com ela, tinha renascido uma
imensa curiosidade pelo saber; foram diversas as ciências que progrediram e
também a Aritmética e a Álgebra tiveram grande desenvolvimento, especial-
mente pelas mãos dos matemáticos da Universidade de Bolonha, uma das mais
famosas da Europa nos séculos XV e XVI.
Não podemos esquecer Pierre de Fermat, contemporâneo de Descartes, que
também contribuiu para o desenvolvimento da Geometria Analı́tica. Pierre de
Fermat nasceu em 1601, em Beaumont-de-Lomages, França e morreu em 1665.
Tal como Descartes, formou-se em Direito, foi advogado e oficial do governo
em Toulouse. A Matemática era “apenas” o seu passatempo.
geómetra”.
Viète viveu em França(1540 - 1603) e foi conhecido como “o pai da Álgebra”.
Fermat usou a Álgebra de Viète para reconstruir a obra Plane Loci de Apollunius.
Capı́tulo 2
Coordenadas de um ponto na
recta
2.1 O Eixo
Uma recta nestas condições será chamada de eixo numérico, recta orien-
tada ou eixo das coordenadas. Habitualmente, considera-se que o eixo está
desenhado na horizontal e que a direcção positiva é da direita para a esquerda.
Ao introduzir as coordenadas cria-se uma correspondência bijectiva entre
o conjunto dos números reais, R, e o conjunto dos pontos da recta que serve
de eixo, ou seja, é satisfeita a seguinte propriedade: a cada ponto na recta
7
8 CAPÍTULO 2. COORDENADAS DE UM PONTO NA RECTA
• se x = 0, então |x| = 0.
x1 +x2
Também, neste caso, a coordenada de x é x = 2
x1 + x2
x=
2
Exercı́cios:
(b) |x − 2| > 1
] − ∞, 1[∪]3, +∞[.
12 CAPÍTULO 2. COORDENADAS DE UM PONTO NA RECTA
Capı́tulo 3
Coordenadas de pontos no
plano
13
14 CAPÍTULO 3. COORDENADAS DE PONTOS NO PLANO
O referencial cartesiano, tal como acontecia com a recta, tem as mais vari-
adas aplicações, desde as puramente matemáticas, que veremos à frente, pas-
sando pelas lúdicas, como é o caso do jogo de Xadrez ou Batalha Naval, até
à localização na superfı́cie terrestre. De facto, a cada ponto da superfı́cie da
terra corresponde um par de coordenadas, a Longitude e a Latitude.
donde, podemos que concluir que a fórmula para calcular a distância entre A e
B é dada por
q
d (A, B) = (x1 − x2 )2 + (y1 − y2 )2 .
d (A1 , A) = |0 − a2 | = a2 .
Por outro lado, como A1 e C se encontram sobre o eixo Ox, sabemos calcular
a distância entre eles que é dada por,
q
d (A1 , C) = (c1 − a1 )2 = c1 − a1
q
d (O, A) = a22 + a21 (3.4)
De (3.3) e (3.4) temos que a soma dos quadrados dos lados é dada por:
2d2 (O, C) + 2d2 (O, A) = 2c21 + 2 a22 + a21 = 2a21 + 2a22 + 2c21 .
(3.5)
b1 = c1 + a1
20 CAPÍTULO 3. COORDENADAS DE PONTOS NO PLANO
De (3.2) e (3.6) podemos concluir que a soma dos quadrados das diagonais
é dada por:
ou de forma equivalente
(x − a)2 + (y − b)2 = R2
3.2. APLICAÇÕES DO MÉTODO DAS COORDENADAS 21
x2 + y 2 − 4 = 0
x2 + y 2 = 4;
1. O ponto (1, 1)
12 + 1 2 = 2
3. O ponto (2, 1)
22 + 12 = 5
1. O ponto (0, 0)
2. O ponto (1, 1)
1. A equação
x−y =0
ou mais geralmente
y=x
que define uma recta, a bissectriz dos quadrantes ı́mpares e tem a seguinte
representação geométrica:
y = x2
3. Considere-se a equação
|x| |y|
+ =2
x y
Pela definição de módulo sabemos que
|a| 1 se a > 0
=
a −1 se a < 0
|x| |y|
Verifica-se que a expressão x + y , em que x e y são as coordenadas de
um determinado ponto P , terá por resultado:
- 0 se P se encontrar no II ou IV quadrante;
4. A equação
|x| + |y| = 2
p q
x2 + y 2 = 2 (x − 1)2 + y 2 (3.8)
Uma vez que ambos os sistemas definem o mesmo plano, vamos determinar
a relação entre coordenadas polares e coordenadas cartesianas, de modo a obter
um processo de transformar coordenadas polares em coordenadas cartesianas
e vice-versa. Tomemos para eixo polar a parte positiva do eixo Ox do sistema
Cartesiano Rectangular e o ponto O como a origem a origem das coordenadas,
marcando o segmento P Px perpendicular a Ox. Sejam (x, y) as coordenadas
cartesianas e (ρ, ϕ) as coordenadas polares de um mesmo ponto P . Se o ponto P
se encontrar no primeiro quadrante, o triângulo rectângulo desenhado permite
verificar geometricamente as seguintes relações (ver Figura 3.17):
x = ρ cos ϕ, y = ρ sin ϕ
e ainda
p
ρ = ± x2 + y 2 , tan ϕ = y/x, com x 6= 0.
Tal como já foi referido a utilização deste tipo de coordenadas, assim como
qualquer outro, prende-se com o facto deste poder facilitar a resolução de de-
28 CAPÍTULO 3. COORDENADAS DE PONTOS NO PLANO
• Lemniscatas:
• Rosas:
Coordenadas de pontos no
espaço
29
30 CAPÍTULO 4. COORDENADAS DE PONTOS NO ESPAÇO
• O plano xOy, que passa pelos eixos Ox e Oy e que contém todos os pontos
da forma (x, y, 0), com x e y quaisquer valores reais. Este plano define-se
pela equação z = 0.
• O plano xOz, que passa pelos eixos Ox e Oz e que contém todos os pontos
da forma (x, 0, z), com x e z quaisquer valores reais. Este plano define-se
pela equação y = 0.
• O plano yOz, que passa pelos eixos Oy e Oz e que contém todos os pontos
da forma (0, y, z), com y e z quaisquer valores reais. Este plano define-se
pela equação x = 0.
Exercı́cios:
1. Considere-se os pontos (1, 1, 1), (1, 1, −1), (1, −1, 1), (1, −1, −1), (−1, 1, 1),
(−1, 1, −1), (−1, −1, 1), (−1, −1, −1).
Resolução:
p
d((1, 1, 1), (1, 1, −1)) = (1 − 1)2 + (1 − 1)2 + (1 + 1)2 = 2
p
d((1, 1, 1), (1, −1, 1)) = (1 − 1)2 + (1 + 1)2 + (1 − 1)2 = 2
p
d((1, 1, 1), (−1, 1, 1)) = (1 + 1)2 + (1 − 1)2 + (1 − 1)2 = 2
4.1. EIXOS E PLANOS COORDENADOS 33
p √
d((1, 1, 1), (1, −1, −1)) = (1 − 1)2 + (1 + 1)2 + (1 + 1)2 = 2 2
p √
d((1, 1, 1), (−1, 1, −1)) = (1 + 1)2 + (1 − 1)2 + (1 + 1)2 = 2 2
p √
d((1, 1, 1), (−1, −1, 1)) = (1 + 1)2 + (1 + 1)2 + (1 − 1)2 = 2 2
p √
d((1, 1, 1), (−1, −1, −1)) = (1 + 1)2 + (1 + 1)2 + (1 + 1)2 = 2 3
Resolução:
Resolução:
Os pontos mais próximos de (1, 1, 1) são os pontos (1, 1, −1), (1, −1, 1)
e (−1, 1, 1), que se encontram à distância 2 de (1, 1, 1).
Resolução:
Resolução:
34 CAPÍTULO 4. COORDENADAS DE PONTOS NO ESPAÇO
Resolução:
(1, 0, 0)+K1 (A1 −B) = (1, 0, 0)+K1 [(0, 0, 1) − (1, 0, 0)] = (1, 0, 0)+K1 (−1, 0, 1),
(4.1)
com K1 ∈ [0, 1]
com K2 ∈ [0, 1]
1
K2 = 2
⇐⇒
K =K
1 2
Resolução:
0≤x≤1
0≤y≤1
0≤z≤1
Exemplos:
x2 + y 2 + z 2 > r 2
x2 + y 2 = 1 (4.3)
Então o conjunto dos pontos determinado pela equação (4.1) é uma su-
perfı́cie cilı́ndrica, contruı́da da seguinte forma: toma-se o cı́rculo de cen-
tro na origem e raio 1 desenhado no plano xOy e, através de cada ponto
do cı́rculo, contrói-se uma recta paralela ao eixo Oz.
4.2. DEFININDO FIGURAS NO ESPAÇO. 37
x2 + y 2 + z 2 = 4
z=1
x = ρ cos θ
y = ρ sin θ
z = z (4.4)
p
De acordo com a Figura 4.13, temos que ρ = x2 + y 2 + z 2 , é a distância
de cada ponto de coordenadas (x, y, z) à origem, θ é o ângulo formado entre o
semi-eixo positivo Ox e o segmento de recta que une a origem a (x, y, 0) e ϕ é
o ângulo entre o semi-eixo positivo Oz e o segmento de recta que une (x, y, z)
à origem. Podemos assim relacionar estas coordenadas com as coordenadas no
sistema cartesiano rectangular da seguinte forma:
x = ρ sin ϕ cos θ
y = ρ sin ϕ sin θ
z = ρ cos ϕ (4.5)
Exemplo:
A esfera de centro na origem e raio 2 consoante o sistema de coordenadas
usado, pode ser representada por qualquer uma das equações seguintes:
• em coordenadas cartesianas, x2 + y 2 + z 2 = 4
• em coordenadas cilindricas, 0 ≤ θ ≤ 2π ∧ z = 2
• em coordenadas esféricas, − π2 ≤ ϕ ≤ π
2 ∧ 0 ≤ θ ≤ 2π ∧ ρ = 2
4.2. DEFININDO FIGURAS NO ESPAÇO. 39
5.1 Introdução
41
42 CAPÍTULO 5. O ESPAÇO A QUATRO DIMENSÕES
Neste espaço, as três dimensões usuais são combinadas com a dimensão Tempo,
formando uma variedade tetradimensional para representar um espaço - tempo.
A necessidade da criação de um espaço com quatro dimensões surge no
decurso do desenvolvimento da teoria geométrica dos números. Minkowski
usou uma aproximação geométrica para a resolução de equações envolvendo
números inteiros, espantando os Matemáticos do seu tempo pela simplicidade
e clareza que a Geometria trouxe à resolução de questôes difı́ceis em Teoria de
Números.
Por exemplo, se pretendermos saber o número de soluções, no conjunto dos
inteiros, das inequações do tipo x2 + y 2 ≤ n ou x2 + y 2 + z 2 ≤ n, com n um
número inteiro, verificamos que, algebricamente, se torna um exercı́cio com-
plicado na medida em que o número de soluções cresce com o crescimento de
n. Mas facilmente se responde à questão recorrendo à Geometria, isto porque
as expressões representam o interior de um cı́rculo e de uma esfera, respectiva-
√
mente de raios n. Podemos, assim, verificar que o número de soluções inteiras
corresponde ao número de pontos com coordenadas inteiras dentro do cı́rculo
ou da esfera, conforme a inequação que estivermos a tratar.
No caso do cı́rculo o número de soluções é aproximadamente igual à área
√
do cı́rculo, de raio n, que é πn e, no caso da esfera, este número é aproxi-
√ √
madamente igual a 43 πn n, o volume da esfera de raio n.
E se tomarmos a inequação x2 + y 2 + z 2 + u2 ≤ n, como procedemos para
encontrar o número de soluções inteiras da inequação? Neste caso temos quatro
incógnitas, mas, ao resolvermos este mesmo problema com duas incógnitas
verificou-se, através da representação geométrica, que as soluções da inequação
eram pontos do plano, assim como com três incógnitas as soluções eram pontos
do espaço.
Agora para resolver esta questão necessitamos de um espaço com quatro
dimensões no qual seja possı́vel visualizar a inequação x2 + y 2 + z 2 + u2 ≤ n
√
como uma esfera tetradimensional de raio n. Surge assim a necessidade de
desenvolver uma geometria que envolva este espaço.
A geometria tetradimensional foi uma ferramenta essencial no desenvolvi-
5.2. EIXOS COORDENADOS E PLANOS 43
mento da Fı́sica moderna, sem ela seria de extrema dificuldade expôr e utilizar
ramos da Fı́sica Contemporânea como é o caso da Teoria da Relatividade de
Einstein, já atrás referida.“Desta forma, foi um golpe de sorte para a Fı́sica
Moderna que, na altura da descoberta da Teoria da Relatividade, Matemáticos
tenham preparado a ferramenta conveniente, compacta e bela da Geometria
multidimensional, que num determinado número de casos simplificou significa-
tivamente a resolução de problemas” [1].
É muito difı́cil, para a maioria das pessoas, formar mentalmente uma im-
agem a 4-Dimensões, pois a realidade que nos rodeia é tridimensional. Como
já se viu, este é um útil conceito matemático, envolvendo uma geometria dev-
idamente desenvolvida e sem contradições. Visto a visualização não ser fácil,
teremos que recorrer a definições analı́ticas, ao que o método das coordenadas
se adequa, e a analogias com espaços de dimensões inferiores.
Sabemos que o espaço bidimensional tem dois eixos, o eixo Ox, que é o
conjunto dos pontos da forma (x, 0) onde x toma qualquer valor real e o eixo
Oy, constituı́do pelos pontos da forma (o, y), com y qualquer valor real. No
espaço tridimensional temos três eixos, o eixo Ox - constituı́do pelos pontos
(x, 0, 0), com x ∈ R-, o eixo Oy - constituı́do pelos pontos (0, y, 0), com y ∈ R-
e o eixo Oz - constituı́do pelos pontos (0, 0, z), com z ∈ R.
três planos coordenados passam por um mesmo eixo, que é a intersecção dos
três planos.
Até agora nada de novo, tudo o que se definiu para o espaço tridimensional
foi generalizado para o espaço tetradimensional. Mas é natural que surjam
outros conjuntos, como é o caso dos planos coordenados tridimensionais. Tal
como o senso comum nos indica, estes planos são os conjuntos dos pontos em
que três das coordenadas tomam todos os possı́veis valores reais e a quarta
coordenada é nula.
Temos quatro planos coordenados nestas condições:
Cada um destes planos passa pela origem das coordenadas, cada um deles
é definido por três dos eixos coordenados e quando intersectados dois a dois
originam um plano bidimensional.
Um conceito que também é possı́vel generalizar a partir das dimensões in-
feriores, já estudadas, é o conceito de distância entre dois pontos.
A distância entre dois pontos A(x1 , y1 , z1 , u1 ) e B(x2 , y2 , z2 , u2 ) de um
espaço de quatro dimensões define-se pelo valor d(A, B) dado pela fórmula
p
d(A, B) = (x1 − x2 )2 + (y1 − y2 )2 + (z1 − z2 )2 + (u1 − u2 )2 .
Exercı́cios:
46 CAPÍTULO 5. O ESPAÇO A QUATRO DIMENSÕES
Provar que o triângulo de vértices A(4, 7, −3, 5), B(3, 0, −3, 1) e C(−1, 7, −3, 0)
é isósceles.
Resolução:
p √ √
d(A, B) = (4 − 3)2 + (7 − 0)2 + (−3 + 3)2 + (5 − 1)2 = 1 + 49 + 16 = 66
p √ √
d(A, C) = (4 + 1)2 + (7 − 7)2 + (−3 + 3)2 + (5 − 0)2 = 25 + 25 = 50
p √ √
d(B, C) = (3 + 1)2 + (0 − 7)2 + (−3 + 3)2 + (5 − 0)2 = 16 + 49 + 25 = 90
Uma esfera (no espaço tridimensional) é o conjunto dos pontos cuja distância
a um ponto fixo, o centro da esfera, é um valor fixo, o raio. Esta definição
pode igualmente ser utilizada para definir esfera no espaço tetradimensional
uma vez que sabemos como se define ponto e distância entre dois pontos neste
espaço. Se considerarmos a origem do referencial, (0, 0, 0, 0), como centro da
esfera, definimos esfera no espaço de quatro dimensões da seguinte forma.
x2 + y 2 + z 2 + u2 = r2
Uma outra figura que interessa definir é o cubo em quatro dimensões. Come-
cemos por relembrar a definição de quadrado, no plano, utilizando o caso sim-
ples de um quadrado com um vértice na origem, lados de comprimento um e
no primeiro quadrante.
5.3. A ESFERA E O CUBO TETRADIMENSIONAIS 47
0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ 1.
0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ 1 , 0 ≤ z ≤ 1.
0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ 1 , 0 ≤ z ≤ 1 , 0 ≤ u ≤ 1.
Tal como acontece nas dimensões um, dois e três, também com quatro
dimensões o comprimento da aresta do cubo poderá ser diferente de um basta
para isso alterar os valores entre os quais x, y, z, e u tomam valores.
De facto, analiticamente é com facilidade que se define o cubo tetradimen-
sional, mas desenhá-lo já não é uma tarefa tão fácil. Para tal analisaremos a
sua estrutura, usando como ponto de comparação os “cubos” nas dimensões
um, dois e três.
A tabela [1] abaixo resume toda a informação que temos sobre estes cubos.
Composição da fronteira 0 1 2
Dimensão do cubo / / /
1 2 – –
2 4 4 –
3 8 12 6
4
Falta, então a última linha para isso temos que fazer a análise analı́tica das
fronteiras de todos os cubos e, depois, fazer a analogia com as fronteiras do
cubo em quatro dimensões.
5.3. A ESFERA E O CUBO TETRADIMENSIONAIS 49
0≤x≤1 , y=0
x=1 , 0≤y≤1
0≤x≤1 , y=1
x=0 , 0≤y≤1
caso que estamos a analisar será 0 ou 1) e a outra coordenada pode variar entre
0 e 1. A tı́tulo de exemplo, apresentamos as expressões que definem algumas
das arestas
x=0 , y=0 , z=1 0≤u≤1
x = 1 , 0 ≤ y ≤ 1 , z = 0 , u = 0.
0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ 1 , 0 ≤ z ≤ 1, u = 0
Conclusão
Procurou-se com este trabalho dar uma visão geral do método das coorde-
nadas, mostrando a sua importância no desenvolvimento de diversas ciências e
a sua utilidade não só na resolução de questões ligadas às ciências mas também
em questões práticas.
De facto a “descoberta” e divulgação das coordenadas, no tempo de Descartes,
foi uma verdadeira revolução que permitiu um notável desenvolvimento da
Matemática. Situações que para nós hoje são tão simples, como determinar
a posição de um satélite no espaço, traçar a rota de um avião, localizar um
acontecimento histórico relativamente a um acontecimento de referência não
seria possı́vel sem o uso de coordenadas.
Muito mais haveria a dizer e outras dimensões poderiam ser tratadas, mas o
objectivo principal era tratar os conceitos básicos exibindo possı́veis aplicações
do método.
53
54 CAPÍTULO 6. CONCLUSÃO
Bibliografia
[3] Schools Council Sixth Form Mathematics Project, Geometry from coordi-
nates, Heinemann Educational Books/ Schools Council
[5] Belmiro Costa, Ermelinda Rodrigues, Espaço B - 10o ou 11o ano, Edições
Asa, 2005
[6] Francelino Gomes, Cristina Viegas, Yolanda Lima, Xeqmat - 10o ano, Edi-
torial o Livro
[8] www.wikipedia.org
55