Sebenta12 Final Versao2
Sebenta12 Final Versao2
Sebenta12 Final Versao2
Matemática
12º Ano
Ano Letivo 2020/21
Escola Secundária
Alfredo da Cruz Silva
Introdução
No inicio do século XX, quando o estudo das funções foi formalizado, é Nota histórica
que as sucessões foram definidas como funções de variável natural. Na Leonardo Fibonacci , também conhecido
segunda metade do século XX, o desenvolvimento de calculadoras e com- como Leonardo de Pisa, foi um mate-
mático italiano, tido como o primeiro
putadores deu um segundo suspiro ao estudo das sucessões na Análise grande matemático europeu da Idade Mé-
Numérica usando o método dos elementos finitos. dia. No ano de 1202 publicou o livro
Liber Abaci em que apresenta uma se-
quencia que descreve o crescimento de
As sucessões entraram no estudo da Álgebra, no cálculo de raízes de uma população de coelhos. Ficou tam-
polinómios, por aproximações sucessivas. Émile Picard, matemático francês, bém conhecido pelo seu papel na introdu-
ção dos algarismos arábicos na Europa.
generalizou este procedimento à resolução de equações em Física.
"Um casal de coelhos torna-se produtivo após dois meses de vida, a partir de então,
produz um novo casal a cada mês. Começando com um único casal de coelhos
recém-nascidos, quantos casais serão ao final de um ano?".
Em resumo, tem-se:
n → ordem do termo;
un → valor do termo de ordem n ou termo geral;
(un ) → sucessão;
{un } → contradomínio da sucessão.
Exemplo 1.1 Das expressões algébricas seguintes, indique as que são termo
geral de sucessões e justifique:
(a) un = 2n2 − n + 5 5n
(c) w n =
2n + 3
2n √
(b) v n = 4
(d) zn = cos nπ
n−1
E.1. Das expressões seguintes indique
e justifique aquelas que são ou
Resolução: Em cada caso, temos que analisar o domínio da expressão. não, termo geral de uma suces-
são:
√
(a) A expressão (vn ) um polinómio, por isso é um termo geral de uma (a) an = 1 − n
sucessão, porque o seu domínio é conjunto N. n2 + 2n
(b) bn =
2n n2 − 1
(b) A expressão vn = não representa uma sucessão porque não 1 − 2n
n−1 (c) cn =
admite todos os números naturais como objeto, o 1 por exemplo, logo o n
3+n
seu domínio não pode ser N. (d) dn =
n−3
(c) (wn ) é uma expressão algébrica racional fracionária, mas o seu denomi-
nador não se anula para nenhum número natural, por isso o seu domínio
contém o conjunto N, ou seja, trata-se um termo geral de uma sucessão.
q √
(d) Reparemos que, para n = 3 temos cos(3π ) = −1 que não é real.
Logo o natural 3 não pertence ao domínio desta expressão algébrica.
Portanto não se trata de um termo geral de uma sucessão.
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CAPÍTULO 1. SUCESSÕES
∃n ∈ N : un = p.
3n − 2
Exemplo 1.2 Considere a sucessão de termo geral an = .
2n
(a) Escreva os três primeiros termos da sucessão;
(b) Escreva o termo de ordem n + 1;
11
(c) Será termo de sucessão? E o número real 1, 2? Justifique a resposta.
8
E.2. É definida a sucessão (vn ) pelo
seu termo geral:
3n − 2 2n − 1
Resolução: A sucessão tem como termo geral an = . vn = .
2n n+3
(a) Calcule os três primeiros ter-
(a) Substituindo a ordem n por 1, 2 e 3 no termo geral vem sucessivamente:
mos da sucessão
3·1−2 3−2 1 (b) Calcule o quinto e o sétimo ter-
1º termo: a1 = = =
2·1 2 2 mos da sucessão
3·2−2 6−2 4 (c) Mostre que 8v5 + 10v7 = 22
2º termo: a2 = = = =1
2·2 4 4 7
(d) Verifique se é termo da su-
3·3−2 9−2 7 2
3º termo: a3 = = = cessão (vn ) e, em caso afirma-
2·3 6 6 tivo, indique a sua ordem
(b) Aqui, substituímos a ordem n por n + 1, simplificamos e obtemos:
E.3. Calcule o valor numérico da ex-
3( n + 1) − 2 3n + 3 − 2 3n + 1 pressão
a n +1 = = =
2( n + 1) 2n + 2 2n + 2 4u2 − 5u5 ,
3n − 2
an = 1, 2 ⇔ = 1, 2
2n
3n − 2 12
⇔ =
2n 10
⇔ 30n − 20 = 24n
20 10
⇔ 6n = 20 ⇔ n = =
6 3
10
Como n = 6∈ N, conclui-se que 1, 2 não é termo da sucessão
3
( a n ).
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CAPÍTULO 1. SUCESSÕES
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CAPÍTULO 1. SUCESSÕES
Exemplo 1.5 A sucessão (un ) dada a seguir, está representada por um pro-
cesso de recorrência:
(
u1 = 3
un+1 = un + 4, ∀n ∈ N
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CAPÍTULO 1. SUCESSÕES
{(n, un ) : n ∈ N}
n2
un = −3
2
(a) Calcule os cinco primeiros termos de un
(b) Represente graficamente a sucessão dada.
un
30
25
20
15
10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 n
−5
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CAPÍTULO 1. SUCESSÕES
(d) etc.
3n
an =
n+1
(a) Determine o termo geral da subsucessão de ( an ) de termos de índice
ímpar
(b) Determine o termo geral da subsucessão de ( an ) de termos de índice
múltiplo de 5
3(5n) 15n
cn = aψn = a5n = =
5n + 1 5n + 1
15n
A subsucessão procurada é de termo geral cn = .
5n + 1
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CAPÍTULO 1. SUCESSÕES
Exemplo 1.9 Considere a sucessão de números reais definida pelo termo geral
(−1)n · 3
un = .
n
(a) Represente graficamente a sucessão un
(b) Determine os termos gerais das subsucessões de termos de ordens pares
( pn ) e de ordens ímpares (in ).
(c) Represente num mesmo sistema de eixos cartesianos os gráficos de ( pn )
e (i n )
(b) Temos que escolher o termo geral para cada uma das ordens. Assim:
• Para termos de ordem par, temos φn = 2n, portanto
(−1)2n · 3 3
pn = u2n = =
2n 2n
(−1)2n−1 · 3 −3
in = u2n−1 = =
2n − 1 2n − 1
3 −3
(c) Considerando os termos gerais pn = e in = , obtemos:
2n 2n − 1
un
3
1 pn
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 n
−1 in
−2
−3
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CAPÍTULO 1. SUCESSÕES
Uma sucessão diz-se monótona crescente, se qualquer dos seus termos for
menor ou igual que seu sucessor. Diz-se que uma sucessão é monótona
decrescente, se qualquer dos seus termos for maior ou igual que o seu su-
cessor. Uma sucessão diz-se, apenas monótona, se for monótona crescente
ou decrescente.
u n +1 6 u n ⇔ u n +1 − u n 6 0 ∀n ∈ N.
n
No caso de se ter Figura 1.1: Sucessão crescente.
u n +1 − u n > 0 ∀n ∈ N, un
u n +1 − u n < 0 ∀n ∈ N,
2n + 4
un = .
3n
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CAPÍTULO 1. SUCESSÕES
d n = ( n − 4)2 .
Se n = 3: zn+1 − zn = z4 − z3 = 4 − 6 = −2 < 0 1
wn = 5 + (−1)n ·
n
Logo (zn ) não é monótona. não é monótona.
0 n é par
(b) y n = 1
n é ímpar
n+2
1 1
Se n par, n + 1 ímpar: yn+1 − yn = −0 = >0
n+1+2 n+3
1
Se n ímpar, n + 1 par: yn+1 − yn = 0 − <0
n+2
A sucessão não é monótona.
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CAPÍTULO 1. SUCESSÕES
B = [−1 , 4[∪{5}.
m 6 un 6 M, ∀n ∈ N.
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CAPÍTULO 1. SUCESSÕES
n+2 2 1
= 1+ efetuar a divisão 6 1.
n
n n
1 1
Sabe-se também que é sempre um nú-
0< 61 desigualdade de referência n
n mero positivo para todo n ∈ N.
2 Tem-se então:
0< 62 multiplica-se por 2
n 1
> 0.
2 n
1 < 1+ 6 3 adiciona-se 2 Logo, utiliza-se como referencia o se-
n
1 < un 6 3 sucessão enquadrada guinte enquadramento:
1
0< 6 1, ∀n ∈ N.
A sucessão é limitada porque o conjunto dos seu termos é minorado e majorado. n
1 é um minorante e 3 é um majorante.
Muitas vezes, é fácil ver se uma sucessão é ou não limitada apenas obser-
vando o seu termo geral.
Exemplo 1.16 Justifique que é limitada a sucessão un = 4 + (−1)n E.21. Diz se é ou não limitada cada uma
as seguintes sucessões e justifique:
(a) an = 5
1
Resolução: Sabe-se que −1 6 (−1)n 6 1. Portanto, adicionando 4, temos (b) an =
n
− (−1)n
(c) an = 5 + 4 cos(n)
3 6 an 6 5
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CAPÍTULO 1. SUCESSÕES
3n + 1
Exemplo 1.17 Mostre que a sucessão ( an ) é limitada, sendo an = .
2n + 3
∃ L > 0, ∀n ∈ N : | an | 6 L ⇔ ( an ) é limitada,
2 − 5n
Exemplo 1.18 Mostre que a sucessão ( an ) é limitada, sendo bn = .
4n + 7
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CAPÍTULO 1. SUCESSÕES
Ora,
1
6 1, ∀nN
n
e, portanto,
|un | 6 5 + 1 ⇔ |un | 6 6, ∀n ∈ N.
A sucessão é limitada, por ser verdadeira a proposição.
∃ L > 0, ∀n ∈ N : |un | 6 L.
13
∀n ∈ N : |vn | 6 .
10
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FICHA DE EXERCÍCIOS CAPÍTULO 1. SUCESSÕES
1. Calcule os três primeiros termos das sucessões de- 5. Considere a sucessão (un ) de termo geral
finidas por:
3n − 2
un =
(a) un = 2n + 1 (n) un = 1 + cos(nπ ) n+3
πn
(b) un =2 (o) un = cos Calcule:
(c) un =
n+1 2π
3n − 2 (p) un = n sin
n n (a) u1 e u10 (b) un+1 − un
(d) un = (q) u = 3 n
n+2 n
n−1 n
(e) un = (r) un = n 6. Escreva os quatro primeiros termos de cada uma
n+1 2
πn das sucessões dadas por recorrência:
n2 (s) u =
(f) un = n
4n
(
2n + 1 a1 = 2
n
2 (a)
(n + 1)(n + 2)
(t) u = 5 · an+1 = an + 3, ∀n ∈ N
(g) un = n
2n 2 5 (
n +1 u1 = 3
(h) un = (−1) ·5 n+3 n
(b)
(u) un = u n = 2 ( u n −1 − u 1 ), ( n > 2 )
(i) un = 1 + (−1)n n+1 (
n 2 n a1 = 4
(j) un = (−1) · (n − 1) (c) √
(v) un = 1 − 2
(−1)n+1 n a n +1 = ( a n + 1 ) , ∀ n ∈ N
(k) un = 2
(
n 4 se n > 3
a1 = −5
3 (w) un =
n 2n
(l) un = (−1) 3 n se n < 3 (d) a2 = −8
n +1 a
an+2 = n+1 + 3an − 4, ∀n ∈ N
p
(x) un = n2 + 3n − n
(m) un = sin(nπ ) 3
(
a1 = 2
2. Considere as sucessões seguintes: (e)
an+1 = ( an )2 + 1, ∀n ∈ N
un = 2 − 7n
3n − 1 (f) a1 = −2 ∧ an = −3 × an−1 , ∀n > 2
vn =
n+4
7. Qual é o termos geral das seguintes sucessões defi-
2n − 3
wn = (−1)2−n · nidas pelos seus termos:
3n
5n + 4, se n < 3 (a) 1, 4, 7, 10, 13, . . . (d) −1, −2, −3, −4, . . .
xn = 3n + 2
, se n > 3 (b) 0, 3, 8, 15, 24, . . . (e) 1, 0, 1, 0, 1, . . .
n−1
(c) 2, −2, 2, −2, . . . (f) 2, −4, 2, −4, 2, . . .
(
y1 = 3
y n = 2 ( y n −1 − y 1 ), ( n > 2 )
8. Em cada alínea, encontre o termo geral da suces-
(a) Calcule os cinco primeiros termos de cada uma
são:
e represente-as graficamente;
1 1 1 1 2 3 4
(b) Escreva os termos u p+3 , w2k−2 e xn+1 ; (a) 1, − , , − , . . . (c) , , , , ...
3 9 27 3 9 27 81
(c) Calcule vn+1 − vn ; 4 6 8 5 6 7 8
(b) 2, , , , . . . (d) , , , , ...
(d) Será 117 um termo de (un )? E −117? Justifique; 3 5 7 10 20 30 40
92
(e) Mostre que ∃n ∈ N : vn = . 9. Sabendo que todos os termos seguem a mesma lei
35
9 9 de formação, escreva o termo geral de cada uma
3. Investigue se e são termos da sucessão de das seguintes sucessões:
16 11
termo geral 4 8 16
2n − 5 (a) −2, ,− , , ...
an = 3 9 27
3n + 5 1 4 9 16
49 (b) √ , √ 3
, √
4
, √
5
, ...
4. Mostre que ∃n ∈ N : un = , onde a sucessão √
π π
√
π
√
π
√ √ √
10
(un ) é tal que: (c) 2− 3 , 3− 4 , 4− 5 , ...
1 1 1 1 1 1 1 1
un = (−1)n · 5 + (−1)n+1 · . (d) 1 − , − , − , − , ...
n 2 2 3 3 4 4 5
– 18 –
10. Seja t1 um triângulo equilátero. Construa-se t2 14. Calcule os cinco primeiros termos das sucessões
a partir de t1 , unindo os pontos médios dos la- definidas por recorrência, depois represente-as gra-
dos de t1 e pintando a negro o triângulo central. ficamente:
(
Construa-se tn a partir de tn−1 , (n > 2) repetindo, c1 = 5
(a)
em cada um dos triângulos que ficaram em branco, c n +1 = − n · c n , ∀ n ∈ N
a construção indicada, de acordo com a figura.
(
d1 = 2
(b)
d n +1 = ( d n ) − n +3 , ∀ n ∈ N
e1 = 1
(c) 1
en+1 = · en + 10, ∀n ∈ N
2
t1 t2 t3 t4 1
g = 1
(d) g2 = 3
(a) Quantos triângulos brancos há em t5 ? ∀n ∈ N
n +2 = g n + g n +1 ,
g
(b) Seja ( xn ) a sucessão que nos dá o número de tri- 15. Determine duas subsucessões de cada uma das
ângulos brancos em cada triângulo. Determine sucessões:
a expressão do termo geral de ( xn ); (a) un = (−1)n+1 · (n − 4)
(c) Considerando que o lado do triângulo t1 mede (b) un = cos(nπ )
2 cm, determine a expressão do termo geral da
16. Dada a sucessão
sucessão ( pn ), sendo pn o perímetro de cada um
dos triângulos brancos do triângulo tn . un = (−1)n (n + 3),
calcule:
11. Represente por um processo de recorrência as se-
guintes sucessões de números reais: (a) A subsucessão de (un ) dos termos de ordem par
(b) A subsucessão de (un ) dos termos de ordem
(a) ( an ): 4, 11, 18, 25, . . . ímpar
(b) (bn ): 99, 88, 77, 66, . . . (c) A subsucessão de (un ) dos termos cuja ordem é
múltiplo de 5
r q
√ q √ √
(c) (cn ): 5, 5 5, 5 5 5, . . .
17. Estude quanto à monotonia as sucessões a seguir
r
√ q √ q √ definidas:
(d) (dn ): 6, 6 + 6, 6 + 6 + 6, . . .
(a) un = 2n − 3 4n + 1
(m) un =
12. Considere as sucessões ( an ) e (vn ), definidas do n+3
(b) cn = 5
seguinte modo: 8n
(c) un = −3n (n) un =
n+1
2 1 − 4n
(d) un = −n + 4
a1 = 3 v1 = 0 (o) un =
n+1
a2 = 0 e v2 = −2 (e) bn = (3 − n)2
n 3n
a =a
(f) un = (p) un =
n −1 + a n −2
v =v
n n n −2 + v n −1 2n + 1 n+2
1 − 2n n−1
(g) un = (q) an =
Com n ∈ N ∧ n > 3. 2 n+2
n+1 2n
(a) Determine a4 + a8 (h) un = (r) un =
2n n+1
(b) Determine v7 − v3 1 3
(i) un = 1 − (s) un = 2
n n +1
n 1
13. Calcule os 5 primeiros das sucessões propostas, (j) un = (t) un =
4n − 1 n3
depois represente-as graficamente: 5−n 5 3n − 1
(k) un = (u) un = −
n+1 2 2n
2n n2 + 1 n+4
(a) an = 12 − 3n (f) an = (l) un = (v) un =
n2 + 2 n n
(b) an = 9
n 18. Prove que ∀n ∈ N, an+1 − an > 0, onde
(c) an = 2n + 5 (g) an = (−1)n ·
3n − 2 n+1 5n + 3
(d) an = 2 an = .
n +1 1 1+n
(e) an = 2 + (0, 8)n (h) an = √
n
– 19 –
19. Estude a monotonia das seguintes sucessões: 7
(a) Mostre que é termo da sucessão
11
(a) un = |n − 10| (b) Mostre que é verdadeira a proposição
3n
(b) un = n+1 3
2 ∀n ∈ N, < wn 6 1.
2 n
5
(c) un =
3 25. Das sucessões definidas a seguir pelo seu termo
(d) dn = cos(nπ )
geral, indique as que são limitadas e justifique:
(−1)n
(e) un = 1 +
n 2 1
(f) un = (−1)n + 2n (a) an = 3 − (c) an = 2n +
n n
(g) wn = (−1)n+1 (2n + 1) 2
(b) an = (−1)n · 2 (d) an = (−1)n ·
n
(h) en = 2 − (−1)n · n2 + n
– 20 –
2n + 6 37. Definida a sucessão ( an ) pelo seu termos geral
31. Dada a sucessão definida por an = .
n+1
(a) Será 7, 3 tero da sucessão? Justifique a resposta. 2n − 1
an =
n+3
(b) Mostre que a sucessão é monótona.
mostre que:
(c) Mostre que todos os termos da sucessão são
29
maiores do que 2. (a) é termo da sucessão e calcule a sua ordem
8
(d) Mostre que a sucessão é limitada. (b) 1, 6 não é tremo da sucessão
3n + 1 (c) É verdadeira a proposição
32. Dada a sucessão de termo geral un =
2n
1
(a) Calcule a soma dos três primeiros termos; 6 an < 2, ∀n ∈ N.
4
23
(b) Averigue se é termo da sucessão, e em caso 2 − 3n
15 38. Considere a sucessão de termo geral un =
afirmativo, indique a sua ordem. n+1
(c) Prove que: (a) Determine quantos termos de (un ) são superio-
res a 2, 7
3
∀n ∈ N, < un 6 2. (b) Investigue se −2, 8 é termo da sucessão
2
(c) Calcule os termos de ordem 500 e de ordem
33. Considere a sucessão ( an ) cujo termo geral é
1000
an = (−1)n+1 · 3 + 1. (d) Estude a monotonia da sucessão
(e) Mostre que (un ) é limitada
(a) Represente graficamente ( an ) para n 6 5.
4n + 1
(b) Justifique ( an ) é limitada. 39. Seja un = o termo geral de uma sucessão.
n+1
(c) Indique uma expressão que quando adicionada (a) Determine u6 e u10
a an se obtenha o termo geral de uma sucessão 37
(b) Averigue se é termo da sucessão e em caso
monótona. 10
afirmativo indique a sua ordem
n+2
34. Seja un = o termo geral de uma sucessão. (c) Classifique (un ) quanto a monotonia
2n
(a) Verifique se existe ou não uma ordem para a (d) Investigue se (un ) é limitada
qual (un ) admite um termo nulo; 40. Considere a sucessão ( an ) definida por
(b) Estude analiticamente a monotonia da sucessão
8n − 1
( u n ); an =
n+5
(c) A sucessão é limitada? Justifique;
45 (a) Calcule a diferença entre os quinto e terceiro
(d) Averigue se é termo da sucessão. termos
21 83
2n + 1 (b) Verifique se é termo de ( an ) e, em caso afir-
35. Considere a sucessão un = . 12
n+2 mativo, indique a sua ordem
(a) Estude a monotonia da sucessão; (c) Prove que a sucessão dada é monótona crescente
(b) Verifique, apresentando os cálculos, que a suces- (d) Mostre que qualquer termos de ( an ) é inferior a
são é limitada; 8
(c) Indique, justificando, o valor lógico da proposi- (e) Prove que ( an ) é limitada, indicando o conjunto
31 A dos majorantes e o conjunto B dos minorantes
ção: ∃n ∈ N : un = .
17
41. Considere a sucessão (un ) definida por
36. Considere a sucessão (un ) assim definida:
2n + 3 se n < 9
3n
se n é ímpar un = 3n + 2
n+1
se n > 9
n+1
n + 1 se n é par
(a) Calcule o primeiro, o oitavo, o nono e o décimo
n termos da sucessão.
(a) Mostre que a sucessão (un ) é limitada; 59
(b) Diga, justificando, se há algum termo igual a
(b) Estude a monotonia da sucessão; 20
(c) Estude a monotonia da sucessão
51
(c) Verifique se é ou não termo da sucessão (un ). (d) A sucessão é limitada? Justifique
11
– 21 –
2 P ROGRESSÕES A RITMÉTICAS E G EOMÉTRICAS
Introdução
Conta-se que o jogo de xadrez foi criado para entreter um rei da Índia, de nome
Iadava. O jovem Lahur Sessa, apresentou o jogo ao rei e este ficou maravilhado.
Querendo recompensar o inventor do jogo de xadrez, Iadava perguntou qual pre-
sente ele gostaria de receber: jóias, terras, um palácio... Nota histórica
Uma ilustração da lenda sobre a inven-
O pedido do jovem inventor deixou o rei perplexo, Lahur disse que como recom- ção do jogo de Xadrez.
pensa, queria receber uma quantidade de trigo da seguinte forma: 1 grão de trigo
pela 1ª casa; 2 grãos de trigo pela 2ª casa; 4 grãos de trigo pela 3ª casa; 8 grãos de
trigo pela 4ª casa e assim sucessivamente.
A quantidade de grãos deveria ser dobrada a cada casa subsequente, e como sabe-
mos, o jogo de xadrez tem 64 casas. O rei achou o pedido muito insignificante e
pediu que fosse calculado a quantidade de grãos para atender o desejo do inventor
do jogo de xadrez do jeito que este havia proposto.
2.1.1 Definição
Na definição acima, o número real r, que é a diferença entre dois termos Figura 2.1: Gráfico da sucessão
consecutivos da P.A, é denominado de razão desta P.A.
u2 − u1 = u3 − u2 = u4 − u3 = . . . = un+1 − un = r.
(a) 3, 11, 2, 1, . . .
(b) −2, −4, −8, −16, . . .
Resolução: Aplicando a definição, temos que mostrar que 2 7 5 13
(c) , , , , ...
3 6 3 6
un+1 − un = 2, ∀n ∈ N.
E.2. Considera sucessão (un )
Com efeito,
u1 = 2
un+1 = un + 3, ∀n ∈ N
un+1 − un = 2(n + 1) + 7 − (2n + 7) = 2n + 2 + 7 − 2n − 7 = 2.
(a) Mostre que (un ) é uma pro-
gressão e indique a razão
Logo, a sucessão (un ) é uma progressão aritmética de razão 2.
(b) Calcule u3 − u9
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 23
CAPÍTULO 2. PROGRESSÕES
e, ainda que u2 − u1 = u3 − u2 .
Substituindo esses valores temos que
2x + 1 − x = 4x − 1 − (2x + 1) ⇔ x + 1 = 2x − 2 ⇔ x = 3.
(a) un = 2n − 5 (b) un = 2 − 7n
24 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 2. PROGRESSÕES
u n = u1 + r + r + r + . . . + r ⇔ u n = u1 + ( n − 1)r
| {z }
(n−1) parcelas
un = u1 + (n − 1) · r, ∀n ∈ N
Exemplo 2.5 Dada a progressão aritmética −5, −7, −9, −11, . . . E.6. Numa P.A. (un ) o primeiro termo
Determine o termo geral e o termo de ordem 500. e a razão são, respetivamente,
iguais a 12 e 4.
(a) Determine o n − ésimo termo
de (un )
Resolução: Como u1 = −5 e r = −2 e a fórmula un = u1 + (n − 1) · r, (b) Calcule o sétimo e o nono ter-
temos mos da sucessão
(c) Classifique (un ) quanto a mo-
un = −5 + (n − 1)(−2) ⇔ un = −5 − 2n + 2 ⇔ un = −2n − 3 notonia
Tendo o termo geral un = −2n − 3, podemos calcular um termo de qualquer E.7. Quantos múltiplos de 7 existem
ordem. Com efeito tem-se entre 99 e 303?
uk = u1 + (k − 1)r. (2.2)
un − uk =
u1 + ( n − 1)r − (1 + ( k − 1)r )
u ⇔ un − uk = nr − r − kr + r
⇔ u n = u k + ( n − k )r
Logo,
un = uk + (n − k) · r, ∀n ∈ N
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 25
CAPÍTULO 2. PROGRESSÕES
a3 = 5 e a5 = 15.
Calcule a razão da progressão e escreve uma expressão do seu termo geral. E.8. Escreva uma expressão do termo
geral de uma progressão aritmé-
tica ( an ) de razão 2, sabendo que
a soma dos 5 primeiros termos é
igual a 35.
Resolução: Para escrever a expressão do termo geral da progressão, utiliza-
E.9. Escreva uma expressão do termo
se a fórmula geral de uma progressão aritmé-
un = uk + (n − k) · r, tica ( an ) sabendo que
a1 + a6 = 26 e a4 + a8 = 36
visto que, se conhece dois quaisquer termos da progressão.
Sabe-se que: E.10. A sucessão
4, x2 , x3 , x4 , x5 , 18, . . .
u5 = u3 + (5 − 3) · r ⇔ 15 = 5 + 2r ⇔ r = 5.
é uma P.A.. Determine x4 .
Logo, o termo geral será:
un = u3 + (n − 3) · r ⇔ un = 5 + (n − 3) · 5 ⇔ un = 5n − 10.
n ( u1 + u n )
2Sn = n(u1 + un ) ⇔ Sn = .
2
Portanto
( u1 + u n )
Sn = ·n
2
Carl Friedrich Gauss, 1777-1855
26 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 2. PROGRESSÕES
Exemplo 2.8 Escreva uma expressão do termo geral de uma progressão arit-
mética e calcule a soma dos 50 primeiros termos, sabendo que a soma do
terceiro com o sexto termos é 12 e que o quinto termo é 5.
Vamos expressar todos os termos em função de u1 e r, obtendo assim E.15. O quarto termo de uma P.A. é
igual ao triplo do primeiro termo
u3 = u1 + 2r u6 = u1 + 5r e u5 = u1 + 4r. e o sétimo termo é dobro do ter-
ceiro. Determine a razão desta
progressão.
Substituindo no sistema de equações (??), vem:
( ( (
u1 + 2r + u1 + 5r = 12 2u1 + 7r = 12 u1 = 13 E.16. A soma dos quarto e oitavo ter-
⇔ ⇔ mos de uma P.A. é 24 e a soma
u1 + 4r = 5 u1 + 4r = 5 r = −2 dos sexto e décimo termos é 34.
Determine os primeiros quatro ter-
Logo, podemos expressar o termo geral mos da P.A..
(u1 + u50 )
S50 = · 50. (2.5)
2
Calculando u50 , temos que
u50 = −2 · 50 + 15 = −85.
13 − 85
S50 = · 50 = −1800.
2
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 27
CAPÍTULO 2. PROGRESSÕES
Exemplo 2.9 Obtenha uma P.A em que a soma dos n primeiros termos é
E.17. A soma de três termos consecu-
n2 + 2n para todo n natural. tivos de uma P.A. é 15 e o seu
produto é 105.
Determine esses números.
( u k + u n + k −1 )
Sn = · n.
2
un = 3n − 7.
u5 = 3 · 5 − 7 = 15 − 7 = 8
u16 = 3 · 16 − 7 = 48 − 7 = 41
28 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 2. PROGRESSÕES
2.1.5 Problemas
Exemplo 2.11 Uma fábrica de camisas vendeu no primeiro mês deste ano
2500 camisas. O departamento de marketing tem como objetivo aumentar
as vendas de 150 camisas em cada mês do ano. Se o objetivo foi conseguido,
quantas camisas foram vendidas no final do ano?
Mas a não pode ser igual 3, uma vez que teríamos c = 0 e b = −3, o que
contradiz claramente o fato de serem medidas dos lados de um triângulo
retângulo. Logo:
a = 15 ⇔ b = 15 − 6 = 9 e c = 15 − 3 = 12
E a P.A. é:
(9, 12, 15).
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 29
CAPÍTULO 2. PROGRESSÕES
2.2.1 Definição
• Se 0 < r < 1 e a1 < 0 ou r > 1 e a1 > 0, então ( an ) é monótona a1 < 0 e 0 < r < 1
30 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 2. PROGRESSÕES
u n = u 1 · r n −1 , ∀n ∈ N
Exemplo 2.14 Escreva o termo geral de cada uma das progressões geométri-
cas, sabendo que:
1 E.28. Determine o termo geral e o termo
(a) a1 = 5 e r = 7
(b) b1 = er=3 de ordem 12 da sucessão
27
−6, 18, −54, . . .
Então,
un u · r n−1 un
= 1 k−1 ⇔ 1−k+1 ⇔ u = u · r n−k
−
= r n n k
uk u
1 · r u k
Portanto temos a seguinte relação.
un = uk · r n−k , ∀n ∈ N
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 31
CAPÍTULO 2. PROGRESSÕES
Logo,
n −4 n n
1 1 1
un = 4 · = 4· · 24 = 64 · .
2 2 2
Como −6
6 1
64 = 2 = ,
2
podemos escrever
n −6
1
un = .
2
E.32. A sucessão
Resolução: Se (15, y, x) é uma P.A, então 8, 2, a, b, . . .
32 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 2. PROGRESSÕES
?? ⇔ r = 4q + 2 − 4 ⇔ r = 4q − 2
?? ⇔ 4 + 2(4q − 2) = 4q2
⇔ 4 + 8q − 4 = 4q2
⇔ 4q2 − 8q = 0
⇔ q(4q − 8) = 0
⇔ q = 0 ∨ 4q − 8 = 0
⇔ q=0 ∨ q=2
Como b3 > 0, q não pode ser zero e então q = 2. Para obter r basta substituir
q na equação ??:
r = 4q − 2 ⇔ r = 8 − 2 = 6
a3 = a1 + 2r ⇔ a3 = 4 + 12 = 16
b3 = b1 · q2 ⇔ b3 = 4 · 4 = 16
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 33
CAPÍTULO 2. PROGRESSÕES
u1 , u2 , u3 , . . . , u n .
u2 = u1 · r; u3 = u1 · r2 , . . . , un = u1 · r n−1 ,
pode escrever-se
S n = u 1 · 1 + r + r 2 + . . . + r n −1 (2.10)
e
r · Sn = u1 · r + r 2 + r 3 + . . . + r n (2.11)
Sn − r · Sn = u1 (1 − r n ) ⇔ Sn (1 − r ) = u1 (1 − r n ).
1 − rn
Sn = u1 · .
1−r
Disto resulta o seguinte teorema:
34 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 2. PROGRESSÕES
pois (un ) é monótona crescente. E ainda que E.39. Calcule três termos consecutivos
de uma P.G sabendo que a sua
1 soma é igual a 14 e seu produto é
u 4 = u 1 · r 3 ⇔ 4 = u 1 · 23 ⇔ u 1 = . igual a 64.
2
Para calcular a soma dos 10 termos da sucessão, utilizamos a fórmula E.40. Numa P.G, S5 = 1, 21 e a razão é
−2
1 − rn Calcule u6 .
Sn = u1 · .
1−r
Assim,
1 − rn
Sn = u k · , com r 6= 1.
1−r
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 35
CAPÍTULO 2. PROGRESSÕES
2.2.5 Problemas
Exemplo 2.20 Um cliente maçador sempre aborrecia o seu alfaiate com pedi-
dos insistentes de descontos. Certa vez tratava-se de um fato de 30 contos, o
alfaiate já farto disse-lhe:
"Pois então leve o fato de graça e pague-me só os 12 botões do casaco:
10 escudos pelo primeiro botão, 20 escudos pelo segundo, 40 escudos
pelo terceiro e assim sucessivamente."
Encantado, o cliente, aceitou o negócio. Quem foi o espertalhão?
Exemplo 2.21 Uma bola de tênis quando caiu no chão ressalta para metade
da altura da qual caiu. Se cair de uma altura de 16 metros, determine a
distância total que percorre quando atinge o chão pela décima vez.
A distância total percorrida pela bola quando atinge o chão pela décima vez é
" 2 9 #
1 1 1
16 + 16 · + 16 · + . . . + 16 ·
2 2 2
" 2 8 #
1 1 1
= 16 + 16 1 + + +...+
2 2 2
9
1
1 − " 9 #
2 1 24544
= 16 + 16 = 16 + 32 1 − = ≈ 47, 94 m
1 2 512
1−
2
36 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 2. PROGRESSÕES
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 37
FICHA DE EXERCÍCIOS CAPÍTULO 2. PROGRESSÕES
1. Verifique se (un ) é uma progressão aritmética se: 12. Determine o primeiro termo negativo da sucessão
são termos consecutivos de uma P.A? Escreva a 14. Determine a soma dos n primeiros termos da pro-
expressão do termo geral. gressão aritmética.
(a) 6, 18, 30, 42, . . . , n = 20
3. Determine x para que a sequência
(b) −6, −2, 2, 6, . . . , n = 10
{3x − 4; x + 12; 9x − 12} (c) 0, 5; 0, 9; 1, 3; 1, 7; . . . , n = 18
15. Utilizando os conhecimentos sobre progressões
forme uma P.A.
aritméticas, calcule:
4. Estude a monotonia das progressões aritméticas e (a) 7 + 14 + 21 + . . . + 77
termo geral: (b) 14 + 10, 5 + 7 + 3, 5 + . . . + (−17, 5)
1 (c) 64 591 + 64 486 + 64 381 + . . . + 63 436
(a) un = −2n + 1 (b) vn = 3n +
2 16. Determine a soma de todos os números naturais
entre 100 e 1000 que são múltiplos de 5
5. Escreva o termo geral da progressão arimética em
que: 17. Qual é o número
mínimo
de termos que se deve
7 3
somar na P.A.: , 1, , . . . , a partir do primeiro
(a) u1 = 3 e r = 10 (d) u2 = 10 e u4 = 20 5 5
termo, para que a soma seja negativa?
(b) u1 = 1 e r = 5 (e) u6 + u8 = 28 e r = 3
18. Quantos termos deve ter a soma
(c) u3 = −10 e r = 5 (f) u10 = 5 e u30 = −5
18 + 15 + 12 + . . .
6. Qual é o oitavo termo de uma P.A. onde a5 = 6 e
sabendo que ela é igual a 45.
a17 = 30.
19. Os ângulos de um quadrilátero estão em P.A. cres-
7. As raízes da equação 3x2 + 2x = 1, são os dois cente de razão 10◦ . Determine a amplitude de cada
primeiros termos de uma progressão aritmética ângulo.
decrescente. Determine uma expressão do termo
20. A soma de quatro inteiros em P.A. é 24 e o seu
geral desta progressão.
produto é 945. Determine os números.
8. Quantos múltiplos de 5 existem entre 99 e 303?
21. Se a soma de n primeiros de termos de uma P.A. é
9. Quantos termos existe na P.A. 5n2 + 2n, determine o seu termo geral.
[Sugestão: Sn = Sn−1 + an ]
20, 25, 30, . . . , 100?
22. Calcule:
– 38 –
23. Uma sucessão a1 = −5 e an+1 = an + 3, ∀n ∈ N 31. O Sr. Adriano aceitou um emprego em que no
primeiro ano de trabalho ganha um total de 16 800
(a) Mostre que ( an ) é uma progressão aritmética e
escudos e nos quatro anos seguintes terá m au-
indique a razão da progressão.
mento anual de 1700 escudos.
(b) Escreva an em função de n
Quanto ganhará o Sr. Adriano nos cinco anos com-
(c) Calcule a6 + a7 + . . . + a18 pletos de trabalho?
(d) Determine n sabendo que
32. Um escritor escreveu, em certo dia, as 20 primeiras
linhas de um livro. A partir desse dia, ele escreveu,
a6 + a7 + . . . + an = 913
em cada dia, tantas linhas quantas havia escrito no
24. Seja a sucessão (un ) definida por
dia anterior mais 5 linhas. O livro tem 17 páginas,
cada uma com exatamente 25 linhas. Em quantos
(
u1 = 2 dias o escritor terminou de escrever o livro?
un+1 = un − 7, ∀n ∈ N 33. Um doente toma duas pílulas de certo remédio
no primeiro dia, quatro no segundo dia, seis no
(a) Calcule os quatro primeiros termos
terceiro dia e assim sucessivamente até terminar o
(b) A sucessão (un ) é uma progressão aritmética? conteúdo do vidro. Em quantos dias terá tomado
Justifique. todo o conteúdo, que é de 72 pílulas?
(c) Estude quanto a monotonia a sucessão (un )
34. Ao escalar uma trilha de montanha, um alpinista
(d) Escreva un em função de n percorre 256 m na primeira hora, 128 na segunda
(e) Se a soma dos primeiros p termos de (un ) é −93, hora, 64 na terceira
quantos termos se somaram?
35. Verifique, para cada caso, se se trata de uma pro-
25. As idades de Bruno, Magno e André estão, nesta gressão geométrica e, em caso afirmativo, indique
ordem, em progressão aritmética. Sabendo-se que a razão:
Bruno tem 19 anos e André 53 anos, qual é a idade (a) un = 51−n (d) un = (−1)2n+1
de Magno? n +3 3− n
1 1
(b) un = (e) un = 2
2 3
26. Um atleta resolveu aumentar em cada dia 3 km nos n +3
treinos. 1 −1
(c) un = (f) un =
2 5n
Se no primeiro dia correu 20 km, quantos quilóme-
tros correu no total ao fim de 20 dias?
36. Escreva os cinco primeiros termos da progressão
27. Num cofre há 1000 moedas iguais, retirando 10 geométrica em que:
a a a
moedas na 1 vez, 30 na 2 , 50 na 3 e assim su-
cessivamente, depois de quantas retiradas o cofre (a) a1 = −3 e r = 2 (c) a4 = −1 e r = −1
ficará vazio. (b) a2 = 10 e r = −2 (d) a4 = 6 e a2 = 3
28. Folheando uma revista, na página 56 um homem 37. Para que valores de k, os números
avista uma mulher muito atraente e pára para ver.
5 13
A revista estava rasgada em seu começo, iniciando- 1 + k, +k e +k
6 18
se na página 8. Ele chegou na página da atraente
mulher em 13 folheadas. Quantas páginas o tarado são termos de uma P.G.?
passava em uma folheada? 38. Determine valor de k, tal que k, k + 3, k + 9
são os primeiros três termos de uma P.G.?
29. Um pai em cada aniversário do seu filho, deposita
no banco uma quantia em contos igual á idade do
filho. No dia em que essa poupança for de 153
contos, que idade terá o filho?
– 39 –
39. Obtenha a razão de cada uma das seguintes pro- 50. Simplifique a expressão utilizando progressões ge-
gressões geométricas: ométricas:
1
√ √ √ 3+ 19 + 27
1 1
+ 81
(a) 5, 15, 45, . . . (c) 2 2, 4 6, 24 2, . . . 1 1 1 1
5 + 25 + 125 + 625
2
(b) −12; −3; −0, 75; . . . (d) −10, −2, − , . . . 51. Determine três números que formam uma P.G.
5
cuja soma é 52 e a soma dos seus quadrados é 624.
40. As raízes da equação x2 − 5x + 6 = 0 são os dois
52. Numa progressão geométrica de termos positivos,
primeiros termos de uma P.G crescente. Determine
u2 , a razão e o termo geral. u3 = 208 e u5 = 3328.
41. Escreva o termo geral de uma progressão geomé-
trica ( an ) que seja: Calcule a soma dos cinco termos consecutivos a
partir do 2◦ , inclusive.
(a) crescente e a1 = 2
(b) decrescente e a3 = 12 53. Considere a sucessão definida por recorrência
– 40 –
59. O Jorge resolveu vender os selos de uma coleção carta, determine o valor gasto na postagem quando
◦
completa do seguinte modo: O 1 selo vendia por o 8◦ conjunto de cartas for enviado.
300$00 e cada selo seguinte venderia pelo dobro
65. O Sr. Viriato quer comprar um carro que custa 2295
do preço anterior. Sabendo que ao fim da venda
contos. O stand propõe que o pagamento seja feito
total ele contou 76.500$00, determine quantos selos
em 8 prestações de acordo com a seguinte regra: a
tinha a coleção do Jorge.
segunda prestação será o dobro da primeira, a ter-
60. Em um triângulo, a medida da base, a medida da ceira o dobro da segunda e assim sucessivamente.
altura e a medida da área formam, nessa ordem, Calcule quanto pagará o sr. Viriato na primeira
uma PG de razão 8. Então quanto vale a medida prestação.
da base?
66. Alguns tipos de células reproduzem-se por bipar-
61. As medidas, expressas em graus, dos ângulos in- tição, isto é, cada uma delas divide-se em duas,
ternos de um quadrilátero, constituem termos con- dando cada uma das metades origem a uma nova
secutivos de uma progressão geométrica de razão célula completa. Em condições ideais a bipartição
2. Qual é a medida de cada ângulo interno do dá-se de 4 em 4 horas. Sabendo que inicialmente
quadrilátero? existiam 50 células, quantas existirão ao fim de 24
62. Uma bola caiu da altura de 82 metros. Cada vez
horas?
1
que toca o solo, sobe de novo até da distância 67. O Senhor Nivaldo comprou um televisor e teve
2
anterior. que pagá-lo em 4 prestações de valores em P.G. A
(a) De que altura caiu a bola quando tocou o solo 1a foi de 40 contos e a última de 5 contos.
pela sétima vez? (a) Calcule as outras prestações;
(b) Que distância percorre a bola até que pare. (b) Qual foi o preço do televisor?
63. Afonso, Bruna, Célia, Danilo e Eduardo são irmãos 68. Um quadrado é desenhado unindo os pontos mé-
cujos nomes formam uma sequência segundo a or- dios dos lados de um determinado quadrado. Um
dem em que nasceram, sendo Afonso o mais velho. terceiro quadrado é desenhado dentro do segundo
O fato curioso é que as idades dos três homens quadrado da mesma forma e esse processo con-
formam uma progressão geométrica e as dos cinco tinua indefinidamente. Se um lado do primeiro
irmãos formam uma progressão aritmética. Se a quadrado for 16 cm, determine a soma das áreas
soma de todas a idades for igual a 100, quanto é a de todos os quadrados.
soma das idades dos três homens?
69. Considere as sucessões ( an ) e (bn ) definidas por:
E.46. Certo digitador, trabalhando sem interrupções, con- (
segue dar 2 400 toques na primeira hora de traba- a1 = 3
e bn = 2 · 3 n − 1
lho do dia, 1 200, na segunda hora, 600, na terceira, an+1 = an + 5, ∀n ∈ N
e assim sucessivamente. Qual o tempo mínimo
necessário para que ele cumpra um trabalho que (a) Mostre que ( an ) é uma progressão aritmética e
exija 4.725? determine a expressão do termo geral
(b) Determine n ∈ N tal que bn = 2 + a98
64. Uma pessoa escreve uma carta para quatro de seus
amigos. Ele pede a cada um deles para copiar (c) Calcule a soma:
a carta e o enviar para quatro pessoas diferentes i. dos primeiros 10 termos de cada uma das
com a instrução de que eles movam a corrente da sucessões
mesma forma. Supondo que a corrente não seja ii. dos 8 termos de cada uma das sucessões ( an )
quebrada e que custe 50 escudos para enviar uma e (bn ) a partir do 5◦ , inclusive.
– 41 –
3 L IMITES DE SUCESSÕES
Introdução
Vδ ( a) =] a − δ, a + δ[
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 43
CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
n−1
Consideremos a sucessão (un ) de termo geral un = .
n
Calculemos os seus primeiro termos e esbocemos o seu gráfico.
1 2 3 4 99
u1 = 0; u2 = ; u3 = ; u4 = ; u5 = ; . . . ; u100 = ; ...
2 3 4 5 100
un
2
3
1
2
··· n
0 1 2 3 4 5 6 7 10 100
• u1 = 0 → |0 − 1| = 1
1 1
− 1 = 1 = 0, 5
• u2 = →
2 2 2
2 − 1 = 1 = 0, (3)
2
• u3 = →
3 3 3
3 3
− 1 = 1 = 0, 25
• u4 = →
4 4 4
4 4
− 1 = 1 = 0, 2
• u5 = →
5 5 5
99 99 1
• u100 = → − 1 = = 0, 01
100 100 100
44 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
2n
an =
n+3
tende para 2.
6 − 0, 3 5, 7
p> = = 57
0, 1 0, 1
ou seja p > 57 ⇒ p = 58.
Então, lim an = 2 ou ( an ) tende para 2.
Se o limite de uma sucessão existir e for uma número real, dizemos que
esta sucessão é convergente.
lim un = a ou un → a, com a ∈ R.
Uma sucessão que não converge para nenhum número real diz-se uma
sucessão divergente.
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CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
4n + 1
un =
3n + 1
4
converge para .
3
(−1)n
lim 1 − = 1.
n
E.8. Calcule:
Resolução: Seja δ um número positivo qualquer,
n+5 3
(a) lim −1 − =−
2n − 1 2
n n
1 − (−1) − 1 < δ ⇔ − (−1) < δ ⇔
1 (−1)n · 3
<δ (b) lim =0
n n n n+2
1 1 − 3n
⇔ < δ ⇔ 1 < nδ (c) lim = −3
n+5
n
1
⇔ nδ > 1 ⇔ n > .
δ
1
Logo, para cada δ > 0 existe uma ordem p ∈ N maior ou igual a , tal que
δ
(−1)n
∀n ∈ N, n > p ⇒ 1 −
− 1 < δ
n
(−1)n
Portanto lim 1 − = 1.
n
46 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
2n + 1
wn =
n
não converge para 1.
2n + 1
E.10. Prove que:
| w n − 1| < δ ⇔ n − 1 < δ
n+3 3
2n + 1 − n (a) não tende para
n+2 2
⇔ <δ
n
(b)
1
não tende para 1
n + 1
n+1
⇔ n <δ
(c)
7n
não tende para 7
−n + 3
n+1
⇔ <δ
n
⇔ n + 1 < nδ
⇔ nδ > n + 1
⇔ nδ − n > 1
⇔ n ( δ − 1) > 1
1
⇔n>
δ−1
• Se δ − 1 > 0 ⇔ δ > 1 vem
1
n> .
δ−1
Podemos constatar que apesar de todos os termos a partir da ordem
1
serem valores aproximados de 1 a menos de δ, tal só acontece se
δ−1
δ > 1 e não para qualquer δ > 0, como exige a definição.
• Se δ − 1 < 0 ⇔ δ < 1 vem
1
n< .
δ−1
Neste caso, os únicos temos que são valores aproximados de 1 a menos
1
de δ são apenas os de ordem inferior a e não todos a partir de uma
δ−1
certa ordem como exige a definição.
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CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
3.2.2 Infinitésimos
5
Exemplo 3.7 Prove que a sucessão de termo geral an = é um infini-
2n + 5
tésimo.
1 1 1 1
an = bn = cn = √ dn =
n n2 n 2n
√
(a) lim 5 (c) lim 7
√
2 1− 5
(b) lim − (d) lim
3 2
E.12. Calcule:
Resolução: Aplicamos o teorema acima e obtemos: 1
(a) lim
7
(a) lim 5 = 5 (b) lim π + lim(−π )
2 2 (c) lim(−7)
(b) lim − =−
3 3
√ √
(c) lim 7 = 7
√ √
1− 5 1− 5
(d) lim =
2 2
48 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
1 sin n
(a) un = (−1)n (b) u n =
n n+1
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CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
2n + 1 1
(a) a n = ( b ) bn = 7 +
n+3 n
1 − 3L
⇔ nL − 2n > 1 − 3L ⇔ n( L − 2) > 1 − 3L ⇔ n >
L−2
Tomando L = 3, tem-se n > −8, que é uma condição universal em
N. Logo, ( an ) é limitada.
Portanto, como ( an ) é monótona e limitada, então é convergente.
(b) Monotonia:
Aplicando a definição, vem:
−1
1 1
bn + 1 − bn = 7+ − 7+ = <0
n+1 n n ( n + 1)
7 + 1 6 |7| + 1 ⇔ 7 + 1 6 8
n n n
50 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
2, 4, 6, 8, 10, 12, . . .
Por maior que seja o número par que se imagine, existe sempre um maior
do que ele e todos os números pares seguintes são também maiores do
que o número imaginado.
lim(2n) = +∞ ou 2n → +∞.
∀n ∈ N, n > p ⇒ un > L.
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CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
∀n ∈ N, n > p ⇒ un < − L.
L+1
Neste caso, p é um número maior que .
5
Logo, lim un = −∞.
CONVERGENTE
•
quando o limite existe e é
um único número real.
PROPRIAMENTE
SUCESSÃO
•
DIVERGENTE
o limite é +∞ ou −∞.
• DIVERGENTE
OSCILANTE
•
quando não existe o limite.
52 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
1 3n + 1
un = 1 − e vn = .
n 2n
Calcule:
" 2 #
(a) lim un 2un − vn
(c) lim
(b) lim vn un
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CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
Considere-se duas sucessões ( an ) e (bn ) que têm por limite +∞, ou seja,
lim an = +∞ e lim bn = +∞.
Então, lim( an + bn ) = lim an + lim bn = +∞.
• (+∞) + (+∞) = +∞ +∞
• = +∞ se a > 0
a
• (−∞) + (−∞) = −∞ +∞
• = −∞ se a < 0
• (+∞) × (+∞) = +∞ a
−∞
• (−∞) × (−∞) = +∞ • = −∞ se a > 0
a
• (+∞) × (−∞) = −∞ −∞
• = +∞ se a < 0
a
• a × (+∞) = +∞ se a > 0 a
• = +∞ se a > 0
• a × (+∞) = −∞ se a < 0 0+
a
• = −∞ se a < 0
• a × (−∞) = −∞ se a > 0 0+
a
• a × (−∞) = +∞ se a < 0 • = −∞ se a > 0
0−
a a a
• =0 e =0 • = +∞ se a < 0
+∞ −∞ 0−
3
Exemplo 3.15 Considerando as sucessões de termo geral un = 2 + e
n
vn = −2n. Calcule:
E.24. Determine
(a) lim un (c) lim(un · vn ) 1
(e) lim − vn (a) lim(n3 + n4 )
(b) lim vn (d) lim(3vn ) 2
(b) lim(−3n3 + 1)
√ √
(c) lim( n + 1 + n)
Resolução: aaaaaa
E.25. Considere as sucessões (un ) e (vn )
definidas por:
3 3 1
(a) lim un = lim 2 + = lim 2 + lim = 2 + 3 lim 2n + 3
n n n un = e vn = 2n − 1.
= 2+3×0 = 2 5n
Calcule:
(b) lim vn = lim(−2n) = lim(−2) lim n = −2 × lim n
(a) lim un
= −2 × (+∞) = −∞
(b) lim(un + vn )
(c) lim(un · vn ) = lim un · lim vn = 2 × (−∞) = −∞ (c) lim(un − vn )
(d) lim(3vn ) = lim 3 · lim vn = 3 × (−∞) = −∞ (d) lim(un × vn )
un
1 1 1 (e) lim
(e) lim − vn = lim − · lim vn = − × (−∞) = +∞ vn
2 2 2 vn
(f) lim
un
54 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
3.6 Indeterminações
Nestes casos não é possível indicar, de uma forma direta, o limite. Por
vezes esse limite nem existe. São situações chamadas de indeterminação.
∞ 0
As indeterminações a estudar são do tipo , , 0 × ∞ e ∞ − ∞.
∞ 0
∞
3.6.1 Indeterminações do tipo
∞
3n2 + 2n + 1
Exemplo 3.16 Calcule o seguinte limite: lim .
−4n2 + 2
∞
Processo 1: Para levantar indeterminações do tipo em que o numera-
∞
dor e o denominador são polinómios em N, divide-se o numerador e o
denominador pela maior potência de n.
3n2 + 2n + 1
Exemplo 3.17 Utilize o Processo 1 acima para calcular lim .
−4n2 + 2
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CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
∞
Processo 2: Para levantar indeterminações do tipo em que o numerador e
∞
o denominador são polinómios em N, pode-se pôr em evidência no numera-
dor e no denominador os termos em n de maior grau respectivamente.
3n2 + 2n + 1
Exemplo 3.18 Utilize o Processo 2 para calcular lim .
−4n2 + 2
(2n + 1)3 + n
(a)
2 1
3n2 + 2n + 1 ( ∞
∞)
3n2 1+ + 3n 3n2
n3 + 1
lim = lim (2n + 1)3 + n2
−4n2 + 2
−4n2 1 − 4n2 2 (b)
( n + 1)2 ( n + 2)
2
+ 3n1 2 (n + 1)2 + 2n4
3n2 1 + 3n (c)
= lim × (n + 1)4 + 2n2
−4n2 1 − 4n2 2
2
lim 1 + lim 3n + lim 3n1 2
3
= lim − ×
4 lim 1 − lim 4n2 2
3 1+0+0 3
=− × =−
4 1−0 4
∞
De um modo geral, as indeterminações do tipo levantam-se da seguinte
∞
forma:
P(n) a 0 n p + a 1 n p −1 + . . . + a p
lim = lim
Q(n) b0 nq + b1 nq−1 + . . . + bq
∞ a n p 1 + a1 + . . . + a p
(∞) 0 a0 n a0 n p
= lim
b
a1
b0 n 1 + b n + . . . + b nq q
q
0 0
a1 ap
a0 n p 1+ a0 n +...+ a0 n p
= lim q × bq
b0 n 1+ a1
+...+
b0 n b0 nq
a0 np
= lim ×1
b0 nq
a np
= lim 0 q .
b0 n
56 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
7n + 4 n3
(a) lim (d) lim
3n − 1 2n2 + 7n − 9
n−5 n4 − 8n2 + 16
(b) lim (e) lim
2n2 − 2n + 1 2n4 − 64
3n2 − n + n 3n2 − 2n + 1
(c) lim (f) lim
1 − n2 −n − 4
∞
Para indeterminações do tipo em que na sucessão aparecem radicais,
∞
pode-se extrair do radical o termo de maior grau e usar os processos acima.
√
2n + n2 + 1
Exemplo 3.20 Calcule lim √
n+ n+3
E.30. Calcule:
√
Resolução: Com efeito, fazemos n2 + 1 + 2n
(a) lim
n+3
√
s
2
1 n2 + n + 3 + n
√ n 1 2n +
+ (b) lim √
2n + n2 + 1 ( ∞
∞)
n2 4n2 + n
lim √ = lim √
n − n2 + n
s
n+ n+3 1 3
(c) lim √
n+ n 2 + 1 − n2 + 1
n n2
r !
r
1 1
2n + n 1 + 2 n 2+1 1+ 2
n n
= lim r = lim r !
1 3 1 3
n+n + n 1+1 +
n n2 n n2
r
1 √
2+1 1+ 2
n 2+1 1+0 3
= lim r = √ = =3
1 3 1+1 0+0 1
1+1 + 2
n n
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CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
∞
As indeterminação do tipo 0 × ∞ reduzem-se a indeterminações do tipo ,
∞
efetuando cálculos.
1 n3 + 5
Exemplo 3.21 Calcular o seguinte limite: lim · .
n n2
2
n2 + n
Exemplo 3.22 Calcule lim 5
.
n2 +7
√1
n ( 00 ) n+3
lim 2
= lim √
n +3
2 n
( ∞∞ ) n +3
n
= lim √
2 n
n
1 + n3 1
= lim q = = +∞
2 1 0
n
58 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
Exemplo 3.24 Calcular o seguinte limite: lim(2n3 − n). E.35. Calcule, se existir, o limite de an ,
em cada um dos seguintes casos:
(a) an = 5n + 3
Resolução: Quebra de linha (b) an = 2n3 − 8n + 3
(∞−∞) n i 1 3
h 3
5n − n2
lim(2n3 − n) = lim 2n3 1− 3 3
= lim 2n · lim 1 − 2 (c) an =
2n 2n 2
= (+∞) × (1 − 0) = +∞
Nota
Processo 2: Para levantar indeterminações do tipo ∞ − ∞ em que a su- Sendo a, b ∈ R o conjugado de a + b é
cessão apresenta radicais quadráticos, pode-se multiplicar e dividir pelo a − b e vice-versa.
conjugado da soma. Repare que
( a + b)( a − b) = a2 − b2 .
√ √
Exemplo 3.25 Calcular o seguinte limite: lim n−1− n .
E.36. Calcule:
√ √
Resolução: Quebra de linha √ (a) lim( n + 1 − n)
√ √ √ √
√ (∞−∞) n−1− n n−1+ n p
lim n−1− n = lim √ √ (b) lim n2 − 1 − n
n−1+ n √ √
√ 2 √ 2 (c) lim n+5− n−3
n−1 − n n−1−n
= lim √ √ = lim √ √
n−1+ n n−1+ n
−1
= lim √ √ =0
n−1+ n
p
Exemplo 3.26 Calcule lim n − n2 + 2n
E.37. Calcule:
√ √
Resolução: Com efeito,
(a) lim 2n − n + 1
√ √ p p
p (∞−∞) n − n2 + 2n n + n2 + 2n (b) lim n2 + n − n2 + 1
lim n − n2 + 2n = lim √ p p
n + n2 + 2n (c) lim n2 + 3n − n2 + 1
n2 − n2 − 2n −2n
= lim √ = lim √
n + n2 + 2n n + n2 + 2n E.38. Calcule os limites anteriores apli-
∞
cando o Processo 1.
∞ −2n −2
= lim r = lim r
2 2
n+n 1+ 1+ 1+
n n
−2
= lim = −1
1+1
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CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
Propriamente divergente
Monótona crescente a>1
un → +∞
Convergente
Constante a=1
un → 1
2n +1 + 3n
Exemplo 3.27 Calcule o seguinte limite lim .
2n
2n +1 3n 3n
2n +1 + 3n ( ∞∞ ) 2n +1
+ 2n +1 1+ 2n · 1
2
lim = lim 2n
= lim 2n
2n 2n · 1
2n +1 2
3 n 1
1 + (+∞)
1+ ·
= lim 2
1
2
= 1
= +∞
1· 2 2
60 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
1 − rn
S = lim Sn = lim u1 · , com r 6= 1.
1−r
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CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
Este resultado sobre a soma de todos os termos de uma P.G. pode ser usado
para determinar uma fração geratriz de uma dízima infinita periódica.
0, 45 + 0, 0045 + 0, 000045 + . . .
u1 0, 45 0, 45 45 5
lim S = Sn = = = = = ,
1−r 1 − 0, 01 0, 99 99 11
ou seja,
5
0, (45) = .
11
62 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
1 n
Considere-se a sucessão (un ) de termo geral un = . 1+
n
Determine-se alguns dos seus termos e veja-se o que acontece quando
n → ∞.
1 1
u1 = 1+ =2
1
1 2
u2 = 1+ = 2, 25
2
1 3
u3 = 1+ = 2, (370)
3
...
1 5
u5 = 1+ = 2, 48832
5
...
1 10
u10 = 1+ = 2, 59374
10
...
1 100
u100 = 1+ = 2, 70481
100
...
1000
1
u1000 = 1+ = 2, 71692
1000
...
10 000
1
u10 000 = 1+ = 2, 71815
10 000
Assim, escreve-se:
n n
1 1
lim 1+ = e ou 1+ → e.
n→∞ n n
e = 2, 7182818284.
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CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
1 3+ n 1 n −5
(a) lim 1 + (b) lim 1 +
n n
E.46. Calcule:
1 3n−7
(a) lim 1 +
3n
Resolução: De acordo com o resultado acima, temos
n + 1 n +1
(b) lim
1 3+ n 1 n
3 n
1
(a) lim 1 + = lim 1 + · lim 1 + = 1·e = e
5n − 2 5n+7
n n n (c) lim
5n
1 n −5 1 n 1 −5
(b) lim 1 + = lim 1 + · lim 1 + = e·1 = e
n n n
64 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
E.47. Calcule:
n
Resolução: Com efeito,
3
(a) lim 1 +
n n +3−3 n−7
1 1 n2
(a) lim 1 + = lim 1 +
4
n+3 n+3 (b) lim 1 −
n2 + 5
n +3 −3
1 1
3n + 5 3n
= lim 1 + · lim 1 + = e·1 = e (c) lim
n+3 n+3 3n + 4
n n −4+4
1 1
(b) lim 1 + = lim 1 +
n−4 n−4
n −4 4
1 1
= lim 1 + · lim 1 + = e·1 = e
n−4 n−4
1 −3n 5 6n
(a) lim 1 + (b) lim 1 −
n 3n
E.48. Calcule:
Resolução: Com efeito, 3 6n
(a) lim 1 +
−3 2n
1 −3n 1 n
2
(a) lim 1 + = lim 1 +
4 10n
n n (b) lim 1 − 2
n lim(−3) 5n
1 1
n − 2 −n
= lim 1 + = e −3 = 3 (c) lim
n e n
6n " 2·3n #
5 5
(b) lim 1 − = lim 1 −
3n 3n
" 3n #lim 2 2
5 1
= lim 1 − = e−5 = e−10 = 10
3n e
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 65
CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
E.49. Calcule:
Resolução: Com feito, fazemos 2
3 n
(a) lim 1 + 2
" 1 9n
1 10n· 10
#
1 n
13 n
(a) lim 1 + = lim 1 + (b) lim 1 −
10n 10n 2n
1
2n + 4 n
" # lim 10
1 10n
1 (c) lim
= lim 1 + = e 10 2n
10n
" 1#
2 n 2 3n· 3
(b) lim 1 − = lim 1 −
3n 3n
1
" lim 3
#
2 3n 1
3 2 1 1
= lim 1 − = e −2 = e − 3 = 2 = √3 2
3n e 3 e
3.8.2 Limite da sucessão abnn
∞ 0
Para além das indeterminações já estudadas: ; ; 0 × ∞ e ∞ − ∞ são
∞ 0
∞ 0 0
também indeterminações: 1 ; 0 e ∞
Estas
indeterminações podem surgir no cálculo do limite da sucessão
abnn .
Para já vamos resolver alguns casos de indeterminações do tipo 1∞ apli-
cando seguinte teorema.
lim an = 1 e lim bn = +∞
então
lim abnn = elim bn (an −1) .
n +5
n2 + n − 3
Exemplo 3.37 Calcule lim
n2 − 2
e vem: n+3
n +5 2n2 +3
n2 + n + 1
2 2
(1∞ )
h i
n +n−3 lim (n+5)· n + n −3
2 −2 −1 (b) lim
lim = e n n2 + 5
n2 − 2 2 5n2 −3n
h 2 2
i n +1
lim (n+5)· n +n−23−n +2 (c) lim
= e h
n −
i
2 n2 + 3
lim (n+5)· n2−1
= e n −2
= e1 = e
66 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
bn bn · v n
(1∞ )
k k vn
lim 1 + = lim 1 +
vn vn
v n bn
k vn
= lim 1 +
vn
b
lim n
= e k v n
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 67
FICHA DE EXERCÍCIOS CAPÍTULO 3. LIMITES DE SUCESSÕES
1. Indique os erros de 3; −2; 1, 7 e 2, 01 relativamente (a) Determine uma ordem p ∈ N, a partir da qual
ao número 2. todos os termos da sucessão (un ) verificam a
condição |un − 3| < 0, 001.
2. Averigue se π pertence à vizinhança de raio 0.04
de 3.1. (b) Prove, usando a definição, que un → 3.
1
3. Defina, na forma de intervalo, as seguintes vizi- 10. Seja a sucessão de termo geral vn = .
2n
nhanças e indique o centro e o raio da vizinhança: (a) Mostre, pela definição, lim vn = 0.
5 (b) Determine a ordem a partir da qual todos os
(a) V2,1 (4) (c)V√
9 3 termos da sucessão se encontram na vizinhança
1
(b) V0,5 (d) V0,3 (0, 7) δ = 0.25 do limite 0.
8
11. Prove, por definição, que as sucessões definidas
4. Defina como uma vizinhança os conjuntos: pelos termos gerais seguintes tendem para −2:
√
(a) ]3, 7 ; 8, 2[ (c) ] 9 , 6[ 1 6n + 7
(a) an = −2 − (c) cn =
2 n 1 − 3n
(d) x ∈ R : | x + 2| <
(b) ]4 , 6[ 3 1 − 2n 1 − 8n
(b) bn = (d) dn =
n 4n + 5
5. Verifique se cada um dos seguintes conjuntos é ou
12. Prove por definição de limite que são verdadeiras
não vizinhança dos números a indicados:
as proposições:
(a) [−2, 2] e a = 0
(b) { x ∈ R : −3 < x < 1} e a = −1 2 2n + 5 2
(a) lim =0 (f) lim =
(c) { x ∈ R : | x | < 5} e a = 5 n+5 3n − 25 3
n−3 1 − 2n 2
(d) { x ∈ R : −5 < x + 2 < 5} e a = −2 (b) lim =1 (g) lim =−
n+5 3n + 4 3
2 + 3n 4n − 3 −2
6. Considere a sucessão un = . Prove que a (c) lim =4 (h) lim =0
2n + 3 n+2 3n + 17
partir de u11 (exclusive) todos os termos verificam 2n + 1 2 5n + 4 5
(d) lim = (i) lim =
3n 3 3n + 2 3
3 2n + 2 −2n + 4 2
un ∈ V0,1 . (e) lim =2 (j) lim =
2 n −5n 5
Interprete graficamente. 13. Mostre que a sucessão de termo geral
7. Considere a sucessão de termo geral (−1)n
un = 2 −
3n + 2 n
un = .
2n + 3 converge para 2 e não é monótona.
Verifique que é verdadeira a proposição 14. Considere a sucessão (un ) de termo geral
3n + 2
3
n > 11 ⇒ un ∈ V0,1 . un =
2 n+1
(a) Prove que (un ) é monótona e limitada e daí con-
8. Determine a menor ordem que verifica a condição:
clua sobre a sua convergência.
3n + 3
(a) un ∈ V0,01 (3) sendo un =
n+3 15. Considere a sucessão (un ) de termo geral
−5n − 2
(b) un ∈ V0,001 (−1) sendo un =
5n + 1 un = 1 − 4n.
n−2
1
(c) un ∈ V0,1 − sendo un = (a) Determine uma ordem a partir da qual todos os
2 −2n − 4
termos da sucessão são inferiores a −10 000.
9. Considere a sucessão (un ) definida por
(b) Prove, usando a definição de limite, que
3n + 1 lim un = −∞.
un = .
n
– 68 –
16. Dadas as seguintes sucessões: 23. Calcule cada um dos limites:
an = 3 + 3n 3 + 2n (a) lim(1 − 3n)5 (e) lim n2 −
1
cn =
4 −2n + 7 n
1 −2n+3
(b) lim √
bn = − dn = 1 − n 3
2 (f) lim 2n − 1
(c) lim −2 + n5
√
(a) Mostre que as sucessões an e cn são infinita- 1
(d) lim 3n4 − 5 (g) lim n+1−2+
mente grandes positivos. n+1
(b) Mostre que as sucessões bn e dn são infinita- 24. Calcule cada um dos limites, identificando as inde-
mente grandes negativos. terminações:
17. Mostre que as seguintes sucessões são infinita- 2n + 9 − n5 − n + 1
(a) lim (j) lim
mente grandes positivos: 4n − 3 2n2 + 3n5 − n3 + 2
5n − 3
(b) lim 2 2n + 1
(a) an = 3 − 2n 3 n +7
(b) bn =
2n n2 − 5n + 7 (k) lim 3n
(c) lim 2 1 + 2n
3n + 6n + 4
18. Mostre que: n2
5n2 + 6n − 1
(d) lim 3 3n2 n2
n + 2n2 − 7n + 2 (l) lim −
4 − 2n
(a) (−4n + 2) → −∞ (b) → −∞ 5n + 2 n2 − 1 n2 + 1
2 (e) lim +4
n+3 1
8n − 5 3
n3 + 1 (m) lim
(f) lim 2 27n
19. Considere as sucessões definidas por: n + 2n − 1
−n2 + 2n + 3 1
n+3 2n + 1 (g) lim
32n + 3 2
an = e bn = . 5 − 4n2 (n) lim
n n 3 − n2 2n + 1
(h) lim 3
Calcule: 2n + n − 1 s
(n + 3)3 − 27 100n2 − 23
(i) lim (o) lim
an n 4n2 − 1
(a) lim( an + bn ) (c) lim
b
√n 25. Determine os seguintes limites
(b) lim( an × bn ) (d) lim an
√ √
n−3 n2 + n + 3 + n
20. Considere os seguintes Sucessões de termo geral: (a) lim (g) lim √
n−9 4n2 + n
1 − 5n 2
√
2 (b) lim √ n − n
an = 5n − 2 cn = (h) lim √
n4 + 1 6
2n + 3
5− n
√ √3n − 5
2n + 6 2n − 1 (c) lim n2 + 1 + 2n
bn = dn = 25 − n (i) lim
n+1 2−n √ 3+n
n2 + 3 1 + n2
Calcule o limite da sucessão: (d) lim √ (j) lim √
n+1 n4 + 1
√
(a) lim( an ± bn ) (c) lim(bn ± cn ) n2 + 9 − n2 + 1
(e) lim (k) lim √
3
3n + 3 n4 + 3n
(b) lim(cn · dn ) (d) lim( an ÷ cn ) √ √
3
√
2n − 4n2 + 1 n+1 n
(f) lim √ (l) lim √
21. Calcule os seguintes limites: n − n2 + 1 3n2 + 1
26. Calcule os seguintes limites, caso existam:
3 2
(a) lim (b) lim
n+1 n4 n2 + 1
1
−2 2
(a) lim · 2 (c) lim · n +3
4 n −2 n+2
22. Considere as sucessões de termo geral
1 p
2
(b) lim n2 + 2n (d) lim · ( n + 1)
3 √ n2 + 3 3
n −1
un = 2 + v n = n3 + 2 wn = − n
n 27. Calcule os seguintes limites, caso existam:
Indique, se possível:
(a) lim 2 + 3n − n2 (c) lim 2n2 + 1n2 + 1
(a) lim (wn vn ) (c) lim (un wn ) (b) lim −3n3 + 2n − 1
p
(d) lim n3 − n + 1
(b) lim (un + vn ) (d) lim (wn )2
– 69 –
28. Calcule, caso existam: 32. Calcule:
2
(a) lim(5n + 2n ) n (c) lim 2n+1 − 3 · 5n−1
p p
(a) lim n − +1 n2 (c) lim n2+2−n
√ √ √ (b) lim 4n+1 − π n (d) lim (3n − 2n cos n)
(b) lim n+5− n (d) lim n+1−n
33. Calcule os valores em cada soma:
29. Calcule: (a) a1 = 12 e S = 96. Determine r
1
p p
(a) lim n2 + 5n −
−n n2 (b) S = 12 e r = . Determine a1
p p 6
(b) lim n2 + 2n + 3 − n2 + 1 34. Sabendo-se que
p p
(c) lim n2 + 2n + 3 − n2 + 4n + 5 1 1 1 67
16x + + + +... = ,
p p 5 25 125 12
(d) lim n2 + 2n + 3 − n2 + 2n determine o valor de x.
30. Diga se as seguintes sucessões são convergentes 35. Calcule a soma dos termos da progressão geomé-
ou divergentes e, no caso de serem convergentes, trica
2 4 8
calcule o limite: + + +...
2 5 25 125
(a) lim(−1)n E.52. Calcule:
n +1
n+1
(b) lim (−1)n · ∞ ∞
n −1 n −1
1 1
n
(a) ∑ 3
4
(c) ∑ 15
100 n =1 n =1
(c) lim 2(−1)n + ∞
1 ∞
n+1 (b) ∑ 2n
(d) ∑ 2 · (0, 5)n−1
(−1)n+2 +n n =1 n =1
(d) lim
3n
100n + 1
36. Determine as frações geratrizes das seguintes dízi-
2n
(e) lim 3(−1) + mas periódicas:
n+1
2n3− cos n
(f) lim 3 + cos n
(a) 0, (8) (b) 3, (56) (c) 1, (131)
n
5n + 1 n par
sua conta no fim do primeiro ano se a capitalização
(g) lim n
5n − 1 dos juros se faz:
n ímpar
h√ n√ √ i 37. Determine os seguintes limites
(h) lim n n+a− n
3 n 2
2 n
31. Calcule os seguintes limites: (a) lim 1 + (e) lim 1 − 4
n n
2
3 n +5 1 n
3n +1 + 5n 3n − 2 · 7n +1 (b) lim 1 − (f) lim 1 + 3
(a) lim (k) lim 2n n
3n + 5n +1 3n +1 + 7n +1
2n
8n +1 + 6n +1
e n +1 + 2n
4 5n
1
(b) lim (l) lim (g) lim 1 + n−1
8n + 6n (c) lim 1 + 2
en + 1 n
3 − 2 · 7n +1
4
(c) lim 4 5n − e n n+ 1
3 − 7n +2 0, 5 2n
(m) lim n 3 2
5 + e n +1 (d) lim 1 − (h) un = 1− 2
3n + 2n +1 2n 4n
(d) lim n−1
3 + 3n +2 2n +1 + 3n
(n) lim
3 · 4 + 2 · 7n +1
n n 4n 38. Estude quanto a convergência as sucessões seguin-
(e) lim
12n + 5n 4n
+1 tes:
2 − 3n +1
n (o) lim n
1 e n +3n
(f) lim n+1 3
2n + 1
2n + 5 3n
2 − 3n (a) lim (d) un =
(g) lim(3n − 5) × 2−n 4n + 2n −1 − π n +1 2n 2n − 3
2n − π n +1 (p) lim
n
n
22n−2 − 3n
4n
(h) lim n 2n + 3 (e) lim
π − 2n +1 (b) lim n+5
3n + 5n −1 1 + 2n
2 · 3n −1 − 6 · 3n (q) lim n + 1
(i) lim n+1 4n + 2n
1 + 2n
2n+1
5n − 3
3 − 4 · 3n (c) lim (f) lim 2
3n + 4n 2n+1 + 22n−1 − 32n 2n 5n + 1
(j) lim n (r) lim
5 + 4n + 1 4n + 9n +1
– 70 –
" #
39. Calcule o limite de cada uma das seguintes suces- n + 7 n +1 n 2 − 3
(a) lim + 2
sões: n+3 n +1
− n2
n2 + 3 n2
(a) un = 2
−
n2 (b) un = nn · 1 + n2 2
2n−1
n2 + n + 2
(b) un =
n2 + 1
h i
(c) un = n−(n+1) · (n + 1)n
2 n2
3n + 1
2n − 1 n
n
3
(c) un = (d) un = +
n2 + 3 2n + 5 5
10 n5
n −1 4 1 − n2
n − 3n2 + 2
(d) un =
n10 (e) un =
n4 − 1
12 n6
n −1 42. Calcule c de modo que:
(e) un =
n12
en cn+1
en
n+2
(f) un = lim = e3
−1 + e n n+3
n + 1 2n
(g) un = 1 + 43. Relacione a e b de modo que:
3n
n2 n +1 abn−1
4 − n2
an + 2 n+1
(h) un = lim = lim
n2 an n+3
2 n
n + 3n + 5
(i) lim 44. Dada a sucessão
n2 + 3
n2 −7 n r n
2
n +2 3 p
(j) un = an = 1+ − 1+ ,
n2 + 3 n n
2 n2
n + 3n + 1 determine p de modo que ( an ) seja um infinité-
(k) un =
n2 + 5 simo.
2 2n
n + 4n − 4 45. Sabendo que ( an ) e (bn ) tem o mesmo limite e que
(l) un =
n2 + 2n + 1
n2 +3 2n+3 qn+4
2
n +1 n+p n+3
(m) un = an = e bn =
n2 − 1 n+1 n+2
2 1− n
4n + 5n + 1 (a) Escreva uma fórmula que permite calcular p e q
(n) un =
4n2 + 3 (b) Calcule p se q = 1
2 n +1
n + 3n + 5
(o) un = 46. Determine a relação existente entre a e b reais, de
n2 + 3
r !5n−2 modo que se verifique a condição:
2n − 3
(p) un = 3 n 4 bn
2n + 7 (a) lim 1 − = lim 1 +
2an 5n
40. Mostre que: 2 n 5 n
n (b) lim 1 + = lim 1 −
2 n 3an n
(a) lim · =0 n −2
3 n+2
an + 2
2n + 1 abn+1
3 n
n (c) lim = lim
(b) lim · = +∞ an 2n + 3
2 n+2
n + 1 abn−1
n +1
an + 2
41. Calcule: (d) lim = lim
an n+3
– 71 –
4 F UNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
Introdução
Na Europa do século XIV, Nicole Oresme sugeriu, em sua obra Algorismus Nota histórica
Proportionum, o uso de notações especiais para potências fracionárias e as Arquimedes foi um dos maiores mate-
primeiras ideias sobre potência irracional. máticos e provavelmente o maior da
antiguidade.
Pouco se sabe sobre a sua vida, apenas
Nicolas Chuquet, matemático francês, em sua obra Triparty, propôs expres- que nasceu e viveu na cidade grega de
sões com expoente zero e expoentes negativos, juntamente com potências Siracusa e escreveu várias obras sobre
Matemática e Física.
inteiras positivas. Seu interesse em aplicações era muito
grande, razão que o levou a criar vários
dispositivos mecânicos, dentre eles a
A notação exponencial para potências, na forma que utilizamos hoje, foi bomba de água em parafuso, utilizada
introduzida por Descartes, século XVII. para irrigar campos.
x
1 g( x )
x g( x ) = 5
2
−2 4 4
3
−1 2
2
0 1 1
1
1 −2 −1 1 2 x
2
1 −1
2
4
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 73
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
⇔ 3x (−6) = −54
−54
⇔ 3x =
−6
x
⇔ 3 =9
⇔ 3 x = 32 ⇔ x = 2
Portanto S = {2}.
74 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
Há equações exponenciais cuja resolução pode ser feito com recurso a uma
mudança de variável.
3x = 9 ∨ 3x = 1 ⇔ 3x = 32 ∨ 3x = 30
⇔ x = 2 ∨ x = 0.
x
8 2 · 16y−1 = 1
Exemplo 4.5 Resolva o sistema de equações exponenciais: x 1
5 4 −4y =
5
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 75
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
76 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
2t2 − 3t + 1 > 0
Temos que
+ + 1
f (t) > 0 ⇔ t 6 ∨ t > 1.
x 2
1 1
2
0 1
Logo,
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 77
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
Para compreender o que é um logaritmo, considere uma potencia de base Nota histórica
positiva e diferente de 1. Por exemplo:
Os logaritmos foram inventados pelo ma-
3 temático escocês John Napier.
2 = 8. No séc. XVI e inicio do séc XVII, com
o avanço da Astronomia e das outras
Ao expoente dessa potência damos o nome de logaritmo. Dizemos que 3 é áreas, os cientistas sentiam necessidade
de realizarem cálculos tediosos. Tendo
o logaritmo de 8 na base 2.
em conta o pouco avanço ainda das cal-
Em símbolos: culadoras, inventaram-se os logaritmos
23 = 8 ⇔ log2 8 = 3. com o objectivo de se substituírem as
operações de multiplicação e divisão por
outras mais simples (adição e divisão),
quando se trabalha com números muito
DEFINIÇÃO: Sejam x e a números reais positivos e a 6= 1. Chama-se grandes ou muito pequenos.
Até ao melhoramento das calculadoras e
logaritmo de x da base a o expoente y tal que ay = x. o aparecimento do computador, os loga-
Simbolicamente: ritmos foram uma das maiores invenções
loga x = y ⇔ ay = x. de sempre.
Notação:
Na expressão loga x = y:
Nota:
• Quando a base é 10, omite-se o 10 e escreve-se log x; É chamado
logaritmo decimal. Em muitas calculadoras, este logaritmo é denotado
por LOG .
78 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
2
(c) e2 ln 5 = eln 5 = 52 = 25.
E.12. Calcule:
(a) 3log3 2 − 4log2 3 + 1
Resolução: Sabendo que 3log3 5 = 5, log6 6 = 1 e log8 1 = 0, temos (b) 5log25 2 + 21−log2 5
5 32−log3 6
E = 3log3 + log6 6 − log8 1 = 5 + 1 − 0 = 6. (c)
81+log2 3
(a) 2 x = 3 (b) e x = 7
E.13. Resolva, em R,
√ x
(a) 2 =9
Resolução: Aplicando a definição obtemos
(b) e1− x = 7
(a) 2x = 3 ⇔ 2x = 2log2 3 ⇔ x = log2 3. (c) 52x−1 = 3
Portanto, S = {log2 3}.
(b) e x = 7 ⇔ e x = eln 7 ⇔ x = ln 7.
Assim, S = {ln 7}.
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 79
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
Logaritmo do produto
.
Pelas consequência da definição tem-se x = aloga x e y = aloga y.
Multiplicando membro a membro, vem
Logaritmo do quociente
x = aloga x e y = aloga y .
x aloga x
= log y = aloga x−loga y .
y a a
x
Pela definição, vem loga = loga x − loga y.
y
O logaritmo do quociente é igual à diferença entre os logaritmos dos termos.
x
loga = loga x − loga y
y
80 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
.
loga x
que xp = a
Tem-se e que elevando a p, ambos os membros, vem
p loga x
x = a .
Pelas propriedade da potência tem-se que x p = a p loga x
Pela definição de logaritmo vem loga ( x p ) = p loga x.
Mudança de base
logb x
Logo, loga x = .
logb a
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 81
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
logb x
loga x = ∀b, b ∈ R+ \ {1}
logb a
82 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
(c) h( x ) = log x;
2 1 −2 (d) i ( x ) = ln x;
4 2 (e) j( x ) = log0,2 x;
(f) k ( x ) = log√7 x.
Temos que D f = R , +
D 0f
= R, f tem um único zero em x = 1, f é estrita-
mente crescente e injetiva no seu domínio.
y
x g( x ) = log 1 x
2
2
1
2
4 1
1
1
2
11 1 2 4 x
1 0
−1 42
2 −1 −2
4 −2
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 83
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
D f = { x ∈ R : x > 0} .
3x − 1
3x − 6 > 0 ⇔ x > 2. (d) f ( x ) = log5
x−2
f ( x ) = log2 (3 − 5x ) + 2 log2 ( x + 4)
−4 3
5
3 3
Portanto, D f = x ∈ R : −4 < x < = −4, .
5 5
84 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
loga x = loga y ⇔ x = y, ∀ x, y, a ∈ R+ e a 6= 1.
Resolução da equação:
Transformamos os dois membros em logaritmos de mesma base. Assim
fazemos 5 = log2 25 = log2 32, em seguida aplicarmos a propriedade,
obtendo
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 85
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
Resolução da equação:
log(18x + 10) − log( x + 5) = 1 ⇔ log(18x + 10) − log( x + 5) = log 10
18x + 10
⇔ log = log 10
x+5
18x + 10
⇔ = 10
x+5
⇔ 18x + 10 = 10x + 50
⇔ 18x − 10x = 50 − 10
⇔ 8x = 40 ⇔ x = 5.
Resolução da equação:
log2 x
log2 ( x + 4) − log4 x = 2 ⇔ log2 ( x + 4) − = log2 22
log2 4
log2 x
⇔ log2 ( x + 4) − = log2 4
2
2 log2 ( x + 4) − log2 x 2 log2 4
⇔ =
2 2
⇔ log2 ( x + 4)2 − log2 x = log2 42
( x + 4)2
⇔ log2 = log2 16
x
( x + 4)2
⇔ = 16 ⇔ x2 + 8x + 16 = 16x
x
⇔ x2 − 8x + 16 = 0 ⇔ x = 4
86 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
t2 − 5t + 4 = 0 ⇔ t = 1 ∨ t = 4.
(
log3 x + log3 y = 3
(b)
log3 x − log3 y = 1
( ( (
a+b = 3 a+b = 3 1+b+b = 3
⇔ ⇔
a−b = 1 a = 1+b −−−
( (
2b = 2 b=1
⇔ ⇔
−−− a=2
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 87
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
Domínio de existência:
1 1
3x − 1 > 0 ⇔ x > ∴D= , +∞
3 3
Resolução da inequação:
1 3
3
88 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
Resolução da inequação
5x − 5
Construindo o quadro do estudo do sinal da expressão , temos:
3x + 24
x −8 1
5x − 5 − − − 0 +
3x + 24 − 0 + + +
5x − 5
+ N.D − 0 +
3x + 24
5x − 5
Portanto 6 0 ⇔ −8 < x 6 1.
3x + 24
−8 1 1
−
2
1 1
Assim, S= x∈R:− <x61 = − ,1 .
2 2
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CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
90 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
f ( x ) = 2 + log2 ( x + 3),
determine:
(a) O domínio de f ;
(b) O contradomínio;
(c) Os zeros;
(d) A função inversa de f .
(b) Como log2 ( x + 3) ∈ R, então 2 + log2 ( x + 3) ∈ R. Logo D 0f = R. (d) Calcule os valores de x que tor-
nam f ( x ) > log2 8
(c) Para determinar os zeros de uma função qualquer, iguala-se a expressão (e) A aplicação é injectiva? Justifi-
designatória à zero. Neste caso, obtemos sucessivamente: que
(f) Escreva a expressão designató-
2 + log2 ( x + 3) = 0 ⇔ log2 ( x + 3) = −2 ria de g−1
11 e
⇔ x = − ∈ Df
4 g( x ) = 1 + ln(8x + 16)
11 determine:
Portanto, Zeros = − .
4 (a) D f , Dg , D 0f e Dg0
(d) Para determinar a expressão designatória da inversa de f ( x ), primeiro (b) Os zeros de f
escreve-se y = f ( x ), ou seja, (c) As coordenadas dos pontos
da intersecção do gráfico de
y = 2 + log2 ( x + 3). f com o eixo dos yy
(d) A inversa de g
e fazemos sucessivamente:
y = 2 + log2 ( x + 3) ⇔ x = 2 + log2 (y + 3)
⇔ log2 (y + 3) = x − 2
⇔ log2 (y + 3) = log2 2x−2
⇔ y + 3 = 2 x −2
⇔ y = − 3 + 2 x −2
Portanto f −1 ( x ) = −3 + 2x−2 .
Como sabemos, as funções inversas "trocam"entre si, o domínio e o
contradomínio. Assim, a caracterização da função inversa da função f é
dada por:
f −1 : R →] − 3, +∞[
x 7 → −3 + 2 x −2 .
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 91
FICHA DE EXERCÍCIOS CAPÍTULO 4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
1. Partindo do gráfico da função y = 3x , descreva 6. Resolva cada uma das seguintes equações:
como pode obter o gráfico das funções seguintes: (a) 9x − 4 · 3x = −3
(b) 102x−1 − 10x = 0
(a) y1 = 3x−2 (c) y3 = 4 − 3x−2
(c) 2x+3 + 4x+1 − 320 = 0
(b) y2 = −3x−2 (d) y4 = 3| x|
(d) 4x − 6 · 2x + 8 = 0
2. Determine x tais que: (e) 25x − 3 × 5x + 2 = 0
(f) 9x − 5 × 3x + 5 = −1
x
(a) 2 = 512 1− x 2 1
(j) 2 = (g) 53x+2 + 3 · 56x+2 − 100 = 0
(b) 0, 2x = 25 8
2 −5 (k) 8x+1 = (4x )3 (h) 6x − 9 · 6− x + 8 = 0
(c) 3x = 81
x +1
x −2
1 (i) 32( x+1) − 18 · 3x + 9 = 0
(d) 3 =9 (l) 32x+1 =
1 3 (j) 3 × 52x+1 − 16 × 5x + 4 = 0
(e) 3− x =
81 2
−1
1 (k) 9x · 3x − 6 · 9x + 11 · 3x − 6 = 0
(m) 3x −1 =
x
3 27 9x + 3
(f) = 9 (l) = 3x
2 8 4
x (n) 9 · 3x = 729
1 7. Resolva a equação y2 − 9y + 8 = 0 e usa as soluções
(g) =2 (o) 25x+2 = 125x+5
8 para resolver a inequação 4x − 9 × 2x + 8 = 0.
1 (p) 9 2x −1
= 27 5x +1
(h) 4x = 8. Resolva, em R, as seguintes equações:
16 3x+1 x
1 2 8 4
(i) = 21 − x (q) = (a) 1 + 5 + 25 + 125 + . . . + 5x = 3906
16 27 9
(b) 3x + 3x−1 + 3x−2 + 3x−3 + 3x−4 + 3x−5 = 364
3. Resolva as equações:
9. Se
(a) 3
2x +1
3 = 27 6x
(h) = 243 3x + (3x + 4) + (3x + 8) + . . . + (3x + 64) = 371,
2 −11x +30 2x
(b) 4x = 16
x x 4 x +3 qual é o valor de 3− x ?
(c) 2 × 5 = 100 (i) = 64
√
3 2 x +2
(d) 2 x +3 = 4 10. Resolva cada uma dos seguintes sistemas:
√ x √ (j) e x−1 = e2( x+1)
(e) ( 2) = 8 ( (
(f) 8x = 2x × 32 (k) 33x+4 = 272x−2 3x+y = 243 2x + 2y = 24
√ √ 2 (a) (h)
3 x −1 =
5 x x +1 3x−y = 27 2x+y = 128
(g) 9 (l) 32x−3 = 27 3
(
32x+y = 37 (
(b) 3x + 3y = 90
4. Resolva em R: 3x−2y = 3 (i)
( 3x+y = 729
5x · 25y = 57
(a) 13 = 1 x x2 −5x +6 (c) (
(c) 5 =1 2x−1 · 2y+2 = 64 2x + 2y = 24
x2 −5x +5 x2 −3x +2 (j)
(b) 5 =1 (d) 7 =1 2x · 2y = 108
23x · 4y = 32
(d) 4 (
5. Determine o conjunto dos valores x, x ∈ R, que
x +y = 1 5 · 3x+1 − 2y = 127
2 (k)
4 · 3x−1 + 2 · 2y = 28
(
satisfazem cada uma das equações: 42x · 2y = 1
(e)
(a) 2 · 3x−1 + 4 · 3x−2 = 30 2x−y = 16 (
2x+1 + 8 · 3y = 712
x +1 x −1
( (l)
(b) 2 −2 = 192 5 x + y − 56 = 0 2 x − 3y −1 = 5
(f)
(c) 2 x −2
+2 x −1
+ 2x = 56 5 x − y − 52 = 0
x +1 x x −1
( 3x − 2y2 = 77
(d) 2 +2 +2 = 28 5x = 251+y (m) 2
(g) 3 2x − 2 y2 = 7
(e) 4x + 4x−1 + 4x−2 = 336 x + y = 11
(f) 2x−1 + 2x−2 + 2x−3 + 2x−4 = 960
(g) 3x+1 + 3x−2 − 3x−3 + 3x−4 = 750
(h) 4x x−1 + 4x−2 + 4x−3 + 4x−4 + 4x−5 = 341
– 92 –
11. Resolva as inequações: 19. Sem utilizar a calculadora, determine:
√
(a) 5x > 25 (e) 0, 12x > 100
4
(a) log10 100 (e) log 1 5 (h) log7 7
5
(b) 27 > 3 x (f) 163x−1 > 82x+5 (b) log2 64 (f) log2 (0, 25) √
5
2 +1
(c) log2 32 (i) log3 33
(g) 3x( x+1) > 3x
x x 1
(c) 3 > 2 (d) log9 3 (g) log2 (j) log√4 4
(h) 0, 25x 6 8x+1 8
1
(d) 3x+5 > (i) 81x > 27x
2 −5
27 20. Calcule:
– 93 –
28. Calcule, sem recurso à calculadora: 35. Mostre que:
√ 1
3 (a) loga b =
(a) log2 128 (d) log2 82 logb a
√3
(b) log3 37 loga x 1
(e) ln e−3 (b) = 1 + loga
log a x b
1
(c) log25 (f) log5 625
b
5
36. Sabendo que log2 t = x, escreva em função de x:
29. Calcule: √
(a) log2 (16t) (c) log2 t
1
(a) log4 16 + log3 1 + log8 16 √
8 (b) log2
t (d) log2 (25 t) + log2 t3
(b) log 1 4 + log3 243 + log6216
2
1 √ 37. Sabendo que log 2 ≈ 0, 3 e que log 3 ≈ 0, 5, calcule:
(c) log 1 8 + log 1 + log4 2
2 3 9
(a) log 6 (c) log 64
30. Calcule: √3
(b) log 9 (d) log 36
1
(a) ln e5 + ln e2 (d) ln √
e 38. Resolva cada uma das seguintes equações:
(b) ln e5 · ln e2 1
√
5 (a) log25 (2x − 1) =
4
(c) 2 ln e (e) ln e3 2
(b) log 1 2x2 − 9x + 4 = −2
3
31. Expanda cada expressão logarítmica: (c) log(2x − 1) = log( x + 1)
r (d) log3 [log2 ( x + 6)] = 1
(a) log4 5x3 y y 3
(c) ln (e) [log( x + 1)] 3x x2 − 3x = 0
w4
x6
q
1 39. Resolva cada uma das seguintes equações:
(b) ln (d) log2 x ( x + 1)
2 y4
(a) ln( x + 1) + ln( x − 2) = 1
(b) log 1 ( x2 + 2x ) − log 1 x = −2
32. Desenvolva aplicando as propriedades dos logarit- 2 2
– 94 –
44. Resolva cada um dos seguintes sistemas: 51. Determine o domínio de cada uma das seguintes
( ( funções:
log x + log y = 1 3 log3 x + log3 y = 3
(a) y = ln e x − 5 + 6e− x
(a) (e)
log x − 3 log y = −7 log3 ( xy) = 0
( 1
( 1
(b) y = log2 (2x − 5)
2 · log x + 2 log y = 1 log x 2 − log y 2 = log 3
2
(b) (f) (c) y = ln − x + 2x + 3
log x + log y = 3 9y3 − x2 = 90y
52. Determine o domínio e os zeros as funções reais
( (
log3 x + log3 y = 3 log x + log y = 30
(c) (g) de variável real definidas por:
log y − log3 y = 1 x + y = 60
( (
xy = 16 x − y = 25 (a) log2 ( x + 1) 1
(d) (h) (d)
log2 x = 2 + log2 y log y − 3 = log x − 1 log x
2
(b) log4 ( x − 5x + 6) 1
(e)
45. Resolva cada uma das seguintes inequações: 1 − log x
q
(a) log 1 ( x − 1) < log 1 2 (c) ln(1 − x2 ) (f) log3 x
5 5
(b) loge2 (3x − 1) > 5
53. Para cada uma das seguintes funções, indique o
(c) log 1 ( x + 3) > −3
3
domínio o contradomínio e caraterize a função in-
1 versa, se existir:
(d) log 1 −x >0
e 3x
(a) a( x ) = 3 + log2 ( x + 2)
46. Obtenha o conjunto de todos os valores reais de x, 3
que satisfazem cada uma das desigualdades: (b) b( x ) = log ( x − 1)
2
(a) log 1 ( x − 1) + log 1 ( x + 5) 6 −4 1
2 2
(c) c( x ) = 1 + ln(3x − 1)
2
(b) log0,7 ( x2 − 1) > 2 log0,7 ( x − 2) (d) d( x ) = log3 (4 − x )
(c) log2 ( x − 3) + log2 ( x − 1) < 3
54. Caraterize a função inversa, se existir, de cada uma
(d) log 1 ( x + 1) − log 1 (5x + 1) > 1 das seguintes funções e represente graficamente f
4 4
(e) log 1 ( x − 1) + log 1 ( x + 5) 6 −4 e f −1 .
2 2
(f) ln(2x + 1) − ln( x + 8) > −1
(a) f ( x ) = 1 + ln x (e) f ( x ) = log0,3 ( x + 1)
(g) log6 ( x2 − 1) + log 1 ( x − 2) > log36 64
6 (b) f ( x ) = 1 + 2x (f) f ( x ) = 5 − ln(2x + 1)
47. Determine x, sabendo que: (c) f ( x ) = 4 − 3e − x +2
(g) f ( x ) = log2 (2 − x )
(d) f ( x ) = 4 − ln(1 − 2x ) (h) f ( x ) = 1 + ln( x − 3)
1 ≤ log2 x ≤ 2.
48. Determine os zeros, caso existam, de: 55. Uma função real de variável real, g, é definida por
3x + 1
(a) f ( x ) = 3x − 3 (c) h( x ) = 3x − 9x g( x ) = log2
x−2
2 x +3 + 4
(b) g( x ) =
3 (d) r ( x ) = 1 − π x (a) Determine o domínio de g
17
49. Num mesmo plano, esboce os gráficos de (b) Calcule g
5
1 (c) Determine o conjunto solução da condição
f ( x ) = ln x, g( x ) = ln( x − 2) e h( x ) = ln .
x g( x ) 6 1
50. Represente graficamente: (d) Diga justificando, se a função g pode ser defi-
nida por:
(a) y = log1,2 x (c) y = log 1 x
2
(b) y = log√ 2 x (d) y = log0,1 x h( x ) = log2 (3x + 1) − log2 ( x − 2)
– 95 –
5 L IMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
Introdução
y
Exemplo 5.1 Considere-se a função f ( x ) = 2x − 1.
5
Através de uma tabela, mostre o que acontece a f ( x ) quando x se aproxima
de 2. ↓
x 1, 9 1, 99 1, 999 1, 9999
−2 −1 0 1 → 2 ← 3 x
f (x) 2, 8 2, 98 2, 998 2, 9998
−1
x 2, 1 2, 01 2, 001 2, 0001 −2
f (x) 3, 2 3, 02 3, 002 3, 0002
−3
A tabela e o gráfico sugerem que à medida que x se aproxima de 2, f ( x ) se
aproxima de 3.
Diz-se, neste caso, que o limite de f ( x ) quando x tende para 2 é 3, e Figura 5.1: Gráfico de f ( x ) = 2x − 1.
escreve-se:
lim f ( x ) = 3.
x →2
(
x se x 6 2 y
Exemplo 5.2 Considere-se, agora, a função f (x) =
x + 1 se x > 2
Verifique se existe lim f ( x ). ↓
x →2 3
2
↑
Resolução: As tabelas e o gráfico para respectiva função são as seguintes:
x 1, 9 1, 99 1, 999 1, 9999
x
f (x) 1, 9 1, 99 1, 999 1, 9999 −1 0 1 → 2 ← 3
−1
x 2, 1 2, 01 2, 001 2, 0001
f (x) 3, 1 3, 01 3, 001 3, 0001
O que acontece a f ( x ) quando x se aproxima de 2? Figura 5.2: Gráfico de função definida
Analisando a tabela e o gráfico conclui-se que à medida que x se aproxima de por ramos.
2, f ( x ) não se aproxima de uma constante única.
Neste caso, diz-se que não existe limite de f ( x ) quando x tende para 2,
e escreve-se
Não existe lim f ( x ) ou @ lim f ( x ).
x →2 x →2
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 97
CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
f ( x ) = 2x − 1 e lim f ( x ) = 2 × 2 − 1 = 3.
x →2
(a) lim x
x →5
(b) lim (−2)
x →3
(c) lim (− x2 − 1)
x →−1
E.1. Calcule:
(a) lim ( x2 − 1)
x →2
Resolução: Substituindo o valor de x em cada função temos:
(b) lim x3 − 4x2 + 1
x →−3
(a) lim x = 5
1
x →5 (c) lim − 5x
x →− 12 x
(b) lim (−2) = −2
x →3
5x − 1
(a) lim
x →−5 2x + 1
(b) lim 1 − 2 sin2 x
x →−π
3e x−1
(c) lim
x →2 6 − ln(2x − 1)
5x − 1 se x > 1
(d) lim x+1
x →−3 se x < 1
2x − 4
E.2. Calcule:
1−x
(a) lim
Resolução: Em cada caso, substituímos o valor do x. 1+x
x →5
√
(b) lim 5x + 3
5x − 1 5(−5) − 1 −25 − 1 −26 26 x →3
(a) lim = = = =
2x + 1
x →−5 2(−5) + 1 −10 + 1 −9 9 (c) lim (1 − 2 sin x )
x → 3π
2
98 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
y
(a) Considerando a representação geométrica do conjunto A abaixo:
2
1
1 2 3
−2 −1 1 2 x
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CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
xn → 2 ∧ xn 6= 2 ∀n ∈ N
Ora,
3xn 3 lim xn 3×2 6
lim f ( xn ) = lim = = 2 = .
xn2
+1 2
(lim xn ) + 1 2 +1 5
Heinrich Eduard Heine (1821-1881),
pois, xn → 2. matemático alemão, autor da definição
de limite que adotamos.
Então é verdadeira a proposição
6
∀( xn ) : xn → 2 ∧ ( xn ∈ Dy \ {2}, ∀n ∈ N) ⇒ yn → E.4. A partir da definição de Heine,
5 prove que:
6 2x
e, portanto, lim f ( x ) = . (a) lim = −4
x →2 5 x →−2 x+3
(b) lim x2 = 4
x →2
r
1
(c) lim x+ =1
3x − 4 x → 21 2
Exemplo 5.7 Através da definição de limite de Heine, calcule lim
x →−3 x + 1
3x − 4 3xn − 4 3(−3) − 4 13
lim = lim = =
x+1 xn + 1 (−3) + 1 2
100 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
( x − 3)( x + 9)
(d) lim ;
Resolução: Aplicando as propriedades temos: x →5 2x
r
√
3
q √
3 (e) lim
x+3
.
(a) lim x−2 = 3 lim ( x − 2) = −1 = −1; x →3 x
x →1 x →1
3 3 3
x2 − 3 x2 − 3 −2
(b) lim 1 − = lim 1 − lim = 1−
x →1 x+1 x →1 x →1 x + 1 2
= [1 − 1(−1)]3 = 8.
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CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
102 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 103
CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
k
k − (±∞) = ∓∞ +∞ · (±∞) = ±∞ =0
±∞
±∞ se k > 0 ou k = 0+
±∞
±∞ ± k = ±∞ −∞ · (±∞) = ∓∞ =
k
∓∞ se k < 0 ou k = 0−
(+∞) + (+∞) = +∞ √
(+∞)n = +∞ n
+∞ = +∞
(+∞) − (−∞) = +∞
(−∞) + (−∞) = −∞ −∞
se n é par √
(−∞)n = n
−∞ = −∞, para n ímpar
(−∞) − (+∞) = −∞ −∞
se n é ímpar
Nota
Exemplo 5.12 Calcule: O símbolo ∞ não é um número real, mas
3 2 2 nos cálculos aplicam-se as mesma regras
(a) lim (20 − x ) (b) lim ( x + 3x ) (c) lim (− x + x ) operatórias.
x →−∞ x →+∞ x →−∞
E.13. Calcule:
(a) lim (−50 + x )
Resolução: Aplicando as regras, temos: x →+∞
(b) lim (1 − 2x )
x →−∞
(a) lim (20 − x ) = 20 − (−∞) = +∞
x →−∞ 2 + x5
(c) lim
x →−∞ 3
(b) lim ( x3 + 3x2 ) = (+∞)3 + 3(+∞)2 = +∞ + (+∞) = +∞
x →+∞
(d) lim −4x4 − x7
x →+∞
(c) lim − x + x2 = −(−∞) + (−∞)2 = +∞ + (+∞) = +∞
x →−∞
−7 √
6
!
(a) lim 2x − 1 3
x →−∞ x2 + 1 (b) lim +
x →+∞ 3 5x − 1
E.14. Determine:
(a) lim [ x (3 − x )]
Resolução: Apliquemos as propriedades: x →−∞
1
(b) lim x2 +
−7 −7 −7 x →+∞ x
(a) lim = = =0
x →−∞x2 + 1 (−∞)2 + 1 −∞
p p
(c) lim x + 1 + x2 − 1
2
√ ! x →+∞
2(+∞) − 1
6
p6
2x − 1 3 3
(b) lim + = +
x →+∞ 3 5x − 1 3 5(+∞) − 1
√6
+∞
3
= + = +∞ + 0 = +∞
3 +∞
104 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
−7 1
(a) lim (c) lim
x →2 2x − 4 x →−1 x2 − 1
x−1 3x
(b) lim (d) lim
x →4 4−x x →2 ( x − 2 )2
E.15. Calcule:
Resolução: Em cada caso temos que calcular os limites laterais para poder 2
(a) lim
concluir sobre o limite da função. x →1 1 − 3x
2
(b) lim
x →1 1 − 3x
(a) Com efeito,
3x + 5
(c) lim
−7 −7 x →2 x2 − 5x + 6
• lim = − = +∞ 2x − 4
x−1
x →2 2x − 4
− 0 + (d) lim
−7 −7 − −2 x x →3 ( x − 3 )2
√
• lim = + = −∞ x2 + x + 1
x →2 2x − 4
+ 0 (e) lim
1 1 1 x →−1 x+1
Logo, @ lim , porque lim 6= lim .
x →2 2x − 4 x →2− 2x − 4 x →2+ 2x − 4
1
Logo, lim = +∞.
x →2 ( x − 2)2
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 105
CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
5.6 Indeterminações
∞
5.6.1 Indeterminação
∞
Para uma função racional, tem-se
P( x ) a x n + a 1 x n −1 + . . . + a n a0 x n
lim = lim 0 m = lim
x →+∞ Q( x ) x →+∞ b0 x + b1 x m−1 + . . . + bm x →+∞ b0 x m
10x2 − 3x 8x2 − 3x
(a) lim (d) lim
x →+∞ 5x2 + x + 1 x →−∞ x3
+ 2x + 1
8x3 − x2 2
3x + 2x + 1
(b) lim (e) lim
x →−∞ 3x + 2x2 + 1
3 x →+∞ x−3
2x2 + 3x + 1 2
3x − 2x + 1
(c) lim (f) lim
x →+∞ x3 − 2x + 1 x →−∞ x−3
E.16. Calcule os seguintes limites:
2−x
Resolução: Com efeito, (a) lim
x →+∞ x−3
x2 − 3
10x2 − 3x ( ∞
∞) 10x2 10 (b) lim
1 − 3x2
x →−∞
(a) lim = lim = lim = 2.
x →+∞ 5x2 + x + 1 x →+∞ 5x2 x →+∞ 5
x2
2x
(c) lim +
8x3 − x2 ( ∞∞ ) 8x3 8 x →+∞ x − 1 1 − x2
(b) lim 3 2
= lim 3
= .
x →−∞ 3x + 2x + 1 x →−∞ 3x 3 1 − 3x2 + x3
(d) lim
2 ∞ 2 x →+∞ 1 − x25
2x + 3x + 1 ( ∞ ) 2x 2
(c) lim = lim = lim = 0.
x →+∞ x3 − 2x + 1 x →+∞ x3 x →+∞ x
3x2 + 2x + 1 ( ∞
∞) 3x2
(e) lim = lim = lim (3x ) = +∞.
x →+∞ x−3 x →+∞ x x →+∞
2 ∞ 2
3x − 2x + 1 ( ∞ ) 3x
(f) lim = lim = lim (3x ) = −∞.
x →−∞ x−3 x →−∞ x x →−∞
106 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
√
x+ x2 + 3x − 2
Exemplo 5.16 Calcule lim .
x →+∞ x−2
E.17. Calcule:
√
2x + x − 2
Resolução: Com efeito, (a) lim
x →+∞ x+4
√
s x − x2 + 2x
(b) lim
3 2 x →−∞ 2x + 1
√ x+ x2 1 + − 2
x+ x2 + 3x − 2 ( ∞
∞)
x x (c) lim √
x+1
lim = lim x →+∞ x+1
x →+∞ x−2 x →+∞ x−2
r
3 2
x+x 1+ − 2
x x
= lim
x →+∞ x−2
r !
3 2
x 1+ 1+ − 2
x x
= lim
x →+∞ 2
x 1−
x
r
3 2
1+ 1+ − 2
x x
= lim =2
x →+∞ 2
1−
x
5.6.2 Indeterminação ∞ − ∞
E.18. Calcule:
(a) lim ( x3 + 3x2 + 2)
Resolução: Em cada caso, aplicamos técnicas convenientes: x →−∞
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 107
CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
5.6.3 Indeterminação 0 × ∞
Se lim f ( x ) = ∞ e lim g( x ) = 0
x→a x→a
temos
f (x)
lim [ f ( x ) × g( x )] = lim 1
.
x→a
g( x )
∞
Passamos a ter uma indeterminação do tipo , já estudada.
∞
1 2
Exemplo 5.18 Calcule lim ×x .
x →+∞ x E.19. Calcule:
1
(a) lim x·
x →+∞ x2
1 2
Resolução: Temos uma indeterminação do tipo (0 × ∞). (b) lim
x →−∞ x
x +1
x2 + 1
x2 ( ∞
∞) (c) lim x5 · 3
1 (0× ∞ )
lim × x2 = lim = lim x = +∞. x →+∞ x −1
x →+∞ x x →+∞ x x →+∞
0
5.6.4 Indeterminação
0
No caso de funções racionais, se depois de efetuarmos os cálculos possíveis
0
obtemos uma indeterminação do tipo é porque o valor para o qual x
0
está a tender é raiz do numerador e do denominador.
Normalmente, consegue-se levantar a indeterminação fatorizando o nume-
rador e o denominador e simplificando a fracção.
x3 − 2x2 − 5x + 6 Nota
Exemplo 5.19 Calcule lim
x →1 x2 − 3x + 2 Teorema do fator:
Um número real a é zero de P( x ) sse
( x − a) é um fator de P( x ).
E.20. Calcule:
Resolução: Por substituição (x → 1) temos:
2v − 5v2
(a) lim
x3 − 2x2 − 5x + 6 0 v →0 v
lim = ind. x2 + 4x + 3
x →1 x2 − 3x + 2 0 (b) lim
x →−1 x2 − x − 2
Fatorizando o numerador e o denominador, temos: x3 − 6x2 + 11x − 6
(c) lim
x →1 2x2 − 8x + 6
• x3 − 2x2 − 5x + 6 = ( x − 1)( x + 2)( x − 3) x3 − 2x2 − 15x + 36
(d) lim
x →3 x4 − 2x3 − 12x2 + 18x + 27
• x2 − 3x + 2 = ( x − 1)( x − 2)
Assim, obtemos
108 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
E.21. Calcule:
√
0 x+5−1
Resolução: Em cada caso, temos indeterminação em que aparece radical (a) lim
0 x →−4 x+4
na expressão. √ √
2
x + 7 − 8x − 5
(b) lim
x →2 x−2
(a) Com efeito, √
2x + 1 − 3
√ √ √ (c) lim √ √
x →4 x−2− 2
x + 5 − 3 ( 00 ) x+5−3 x+5+3
lim = lim √
x−3
x−4
x →4 x →4 ( x − 4) x+5+3 (d) lim log6 √
x →3 x+6−3
x+5−9
= lim √
x →4 ( x − 4 ) x+5+3
x−4
= lim √
x →4 ( x − 4 ) x+5+3
1
= lim √
x →4 x+5+3
1
=
6
(b) Com efeito,
√ √ √ √
√ √
5− x+2 0 ( 0
) 5 − x + 2 5 + x + 2
lim = lim √ √
x →3 x2 − 5x + 6
x →3 ( x2 − 5x + 6) 5+ x+2
5 − ( x + 2)
= lim √ √
x →3 ( x − 2)( x − 3) 5+ x+2
3−x
= lim √ √
x →3 ( x − 2)( x − 3) 5+ x+2
−1
= lim √ √
x →3 ( x − 2) 5+ x+2
−1
= √ √
(1) 5+ 5
1
=− √
2 5
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 109
CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
Uma função definida por x − a tende para zero se x tender também para
zero. Se houver também uma função f tal que f ( x ) → 0 quando x → a,
dizemos que as duas são infinitésimos simultâneos.
x3 − x2 ( 00 ) x 2 ( x − 1)
lim h( x ) = lim = lim
x →0 x →0 x3 + 5x2 + 6x x →0 x ( x + 2)( x + 3)
x ( x − 1) 0(−1)
= lim = =0
x →0 ( x + 2)( x + 3) (2)(3)
110 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
f (x)
Em particular, quando lim = 1 diz-se que f e g são infinitésimos
g( x ) x→a
equivalentes e escreve-se f ∼ g, lendo-se " f equivalente à g".
f ( x ) = x2 − 2x + 1 e g( x ) = x3 + 4x2 + x − 6
9 − ( x + 6)
= lim √
x →3 ( x − 1)( x − 3)(3 + x + 6)
3−x
= lim √
x →3 ( x − 1)( x − 3)(3 + x + 6)
−1 1
= lim √ =−
x →3 ( x − 1)(3 + x + 6) 12
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CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
ex ex − 1 50 1, 7 × 1013
lim = +∞; e lim = 1, com p ∈ R
x →+∞ xp x →0 x
100 2, 7 × 1033
→ +∞ → +∞
Exemplo 5.24 Calcule os limites:
3x + x πx ex
(a) lim (b) lim (c) lim
x →+∞ x5 x →+∞ 3x +2 x →−∞ 6x
E.26. Calcule:
2x + 1
(a) lim
Resolução: Com efeito, x →+∞ x6
e5x
3x + x 3x x (b) lim
(a) lim 5
= lim 5 + lim 5 = +∞ + 0 = +∞ x →−∞ x8
x →+∞ x x →+∞ x x →+∞ x
3 x − 3 x +1
πx πx π x 1 (c) lim
x →+∞ x2
(b) lim x+2 = lim x 2
= lim × lim
x →+∞ 3 x →+∞ 3 × 3 x →+∞ 3 x →+∞ 9
x
1 π
1 (d) lim + x +1
x →+∞ 2
= +∞ × = +∞; 3
9
x − x
e 0 6
(c) lim x = lim = +∞;
x →−∞ 6 0 x→−∞ e
e x − e5x e x −1 − 1
(a) lim ; (b) lim .
x →0 2x x →1 −2x + 2
e x −1 − 1 e x −1 − 1
lim = lim
x →1 −2x + 2 x →1 −2 ( x − 1 )
( 00 ) ey − 1
= lim
y→0 −2y
ey − 1
1 1 1
= lim · lim = − ·1 = −
y →0 −2 y →0 y 2 2
112 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
ln ( x + 1) ln x
(a) lim =1 (b) lim =1
x →0 x x →1 x−1
E.28. Calcule:
ln x
(a) lim
Resolução: Em ambos os casos, fazemos mudança de variável de modo a x →0+ x
eliminarmos o logaritmo. ln( x + 1)3
(b) lim
x →0 2x
(a) Seja x + 1 = ey . Então x = ey − 1 e y = ln( x + 1). Temos que, x2 − 5x + 6
(c) lim
x → 0 implica y → 0. Assim temos, x →3 ln( x − 2)
−1
ln ( x + 1) ( 00 ) ey − 1
y
lim = lim y = lim = 1−1 = 1
x →0 x y →0 e − 1 y →0 y
ln x ( 00 ) y
lim = lim y =1
x →1 x−1 y →0 e − 1
ln x
lim =0
x →+∞ x
ln x ln x3
(a) lim (c) lim
x →+∞ 2x x →+∞ 5x
ln(3x )
(b) lim (d) lim ( x − ln x )
x →+∞ 5x x →+∞
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 113
FICHA DE EXERCÍCIOS CAPÍTULO 5. LIMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
– 114 –
13. Averígue a existência de limites nos pontos de mu- 17. Calcule, caso existam:
dança de expressão analítica
(a) lim
1 x2
(h) lim
x →3 x − 3 x →2 x − 2
3x
e −1
se x > 0 x 2x − 4
x (b) lim
(i) lim
f (x) = x2 + 3 se 0 6 x < 2 x →2 x 2 − 4 x →3 ( x − 3 )2
1
x+1
(c) lim 3x
se x > 2
x →3 | x − 3 | (j) lim
x x →−1 ( x + 1)2
3−x x+4
(d) lim (k) lim 2
14. Considere a função f cuja representação gráfica se x →4 x2 − 2x − 8
x →1 x −1
encontra na figura seguinte. y+6
(e) lim (l) lim | x + 3|
y→6 y2 − 36 x →−3
y 1 | x − 2|
(f) lim (m) lim
4 x →5 x − 5 x →2 x − 2
f x+2 3 4
3 (g) lim (n) lim − 2
x →2 2 − x x →−1− x + 1 x −1
2
18. Calcule cada um dos seguintes limites:
1
(a) lim log3 ( x + 7) (h) lim x2 − 5x + 4
x →2 x →1
−2 −1 0 1 2 3 4 x (b) lim (e x + 4x )
−1 x →4 3x2 − 1
(i) lim
ln( x − 3)2 x →2 x + 3
−2 (c) lim √
x →3 ln x x+3
3x ln x4 (j) lim
(d) lim e x →6 1 − x 2
x →1 √ p
3
2 (e) lim ( x2 − 2x + 1) (k) lim x + 1 · 1 − x2
(a) Determine lim f (un ) se un = −1 + x →1 x →0
n p
3
2n + 1 (f) lim x2 + 2x + 5 e x + e− x
(b) Determine lim f (vn ) se vn = x →1 (l) lim
n+1
s x →0 1 + e x
x2 + 1
(c) Mostre, recorrendo a definição de limite se-
h i
(g) lim (m) lim ln 1 + x − x2
x →1 3x x →0
gundo Heine, que ∃ lim f ( x )
x →2
19. Calcule se existirem:
15. Determine os limites
2x x3 − 2x + 1
1 (a) lim (g) lim
(a) lim (2x + 1) x →−∞ x − 3 x →−∞ x2 − 1
x →−∞ (i) lim
x →+∞ x + 2 −2x + 1
1 (b) lim 3x5 − x2 + 7
(b) lim x →+∞ x2 + 3x
1 (h) lim
x →−∞ 3x2 (j) lim +2 x →−∞ 2 − x2
1 x →+∞ x x3 + 5x + 2
(c) lim 3 (c) lim
x →+∞ x 1 x →+∞ x−1 x2 + 3x + 1
(i) lim
1 (k) lim 2
x →+∞ x − 1
4x3 + 2x + 1 x →+∞ x
(d) lim 2 (d) lim
x →+∞ x x →+∞ x2 + 3
(l) lim (2 − e x ) 2x + 1 2x5 − 33 + 2
(e) lim x4 x →−∞ (j) lim
x →+∞
(e) lim x →+∞ − x2 + 7
2 x →+∞ x − 3
5
(m) lim e1− x
(f) lim x2 + x →−∞ −5x3 + 2 4x5 − x2 + 4x − 1
x →−∞ 3x + 4 (f) lim (k) lim
−x x →−∞ 7x3 + 3 x →+∞ 2 − 3x5
(n) lim 10 + e
(g) lim 3x5 x →+∞
x →−∞ 20. Calcule os seguintes limites:
8
(h) lim e x (o) lim
x →+∞ x →+∞ x2 + 1 √ √
1+ x x2 + 1
(a) lim (d) lim
x →+∞ x − 1 x →+∞ x + 1
16. Determine, se existirem: √ √
3 5
x − 3x x4 + 2
(b) lim (e) lim
x →−∞ x2 + 4 x →+∞ x + 1
(a) lim − x − x2 1
x →+∞ (e) lim log x2 + √
1
x →0+ x 2x − x p
(c) lim (f) lim · x2 + 1
(b) lim − x + x3 (f) lim (e x + 2) x →+∞ x + 1 x →−∞ x + 2
x →−∞ x →−∞
√
ex
(c) lim x + x4 (g) lim 21. Determine m de modo que:
x →+∞ x →−∞ x2 − 1
√ (2 − mx )( x + 1)
(d) lim x2 + − x (h) lim (e x · ln( x − 1)) lim =5
x →−∞ x →1+ x →+∞ x2 − 4
– 115 –
22. Calcule, se existirem: 27. Calcule:
(a) lim 2x2 + x + 1 (d) lim e x − x3 x3 + 1 x2 − 4x − 5
x →−∞ x →+∞ (a) lim (g) lim
2 p x →1 x 2 − 1 x →5 x 3− 3x2 − 13x + 15
3x + 1 4x2 + x − x
(b) lim − 3x (e) lim
x →+∞ t3 + 4t2 + 4t x4 − 4x3 + x2
x →−∞ x (b) lim (h) lim 3
t→−2 ( t + 2)( t − 3) x →0 x + x 2 + x
(c) lim (3x − 2x ) (f) lim 2x5 − 3x2 + 6
x →+∞ x →−∞ x2 − 1 3x4 − 4x3 + 1
(c) lim 2 (i) lim
x →−1 x + 3x + 2 x →1 ( x − 1)2
23. Calcule, se existirem:
x2 − 5x + 6 x3 + x2 + x + 1
i (d) lim (j) lim
1
1
h x →2 x−2 x →−1 x4 + x2 − 2
(a) lim − 2 (d) lim ( x2 − x )(2x3 + 5x )
x →+∞ x + 2x3 + x2 + 2
5 x + 3x2 + 2x
3
x →0+ x x
(e) lim 3
x →−1 x − 3x2 − 2x + 2
(k) lim
x →−2 x2 − x − 6
(b) lim 2x5 − 3x2 + 6 (e) 3 2
lim x − 3x + 5x − 10
x →−∞ x →+∞ 3x3 + 2x − 5 x3 − 5x + 4
1 3
(f) lim 4 (l) lim
x →1 x + x − 2 x3 − 1
x →1
(c) lim − 2 (f) lim 2x4 − 3x3 + x + 6
x →2+ x − 2 x −4 x →+∞
– 116 –
32. Calcule cada um dos seguintes limites: 36. Calcule os seguintes limites:
5x 3x + x
(a) lim (g) lim ln(5x ) ln x − e x−7
x →+∞ x5 x →+∞ x5 (a) lim (h) lim
x →+∞ x x →+∞ ex
ex πx
(b) lim x (h) lim x+2 ln x 5 + log3 x
x →+∞ 5 x →+∞ 3 (b) lim (i) lim
x →+∞ x − 1 x →+∞ log x
x2 ex h 21
(c) lim x (i) lim 4 ex + x i
x →0 3 x →+∞ x (c) lim (j) lim x e x − 1
x →+∞ log2 x + 4x x →+∞
4 · 5x − 5x4 e x − 3x x +4
(d) lim
(j) lim x ln x 3
x →+∞ 5x x →−∞ 2x +1 (d) lim (k) lim 1 +
2x − e x
3 x →+∞ ( x + 1)2 x →+∞ 2x − 1
2x
(e) lim (k) lim −4x2 (3 − ln x ) (l) lim ( x ln( x − 4) − x ln x )
x →+∞ x3 x →−∞ − x3
(e) lim x →∞
2x − 6x x →+∞ 2x2 + 7x + 4
3
(f) lim (l) lim x2 e− x (m) lim · 2x
x →+∞ x x →+∞ log x x →+∞ x − 2
(f) lim
x →+∞ x3
33. Calcule: 2 x +1
(g) lim (ln x − x ) (n) lim
x →+∞ x →+∞ ln( x + 1)
e x +1 − 1 e x −3 − 1
(a) lim (h) lim
x →−1 x + 1 x →3 2x − 6 37. Seja
e3x − 1 x3
ln( x + 1)
(b) lim (i) lim x+3 se x > 0
x →0 1 − e x x →0 e − e3
h( x ) = kx
2
e − ex + x x − 2x
2x
( e x )3 − 1 (j) lim
se x < 0
(c) lim x →0 ex − 1 x
x →0 6x
e − 2x −1
e x − e2 (k) lim Determine o valore de k para o qual existe lim h( x )
(d) lim x →0 x x →0
x →2 x − 2
4e x − 4 e x +1 − e 38. Seja
(e) lim (l) lim
x →0 8x x →0 x3 x
e x +1 − e e −1
2x e − 2e2
(m) lim se x < 2
(f) lim f (x) = x−2
x →0 x x →0 1 − e3x x
3e + ln( x − 1) se x > 0
2x e2x − 1
(g) lim (n) lim
x →0 e5x − 1 x →0 2x Verifique se existe lim f ( x ).
x →2
34. Calcule cada um dos seguintes limites:
39. Considere as funções reais de variável real f e g,
ln(1 − x2 ) ln(3x + 1) definidas por:
(a) lim (i) lim
x →0 3x x →0 2x
ln(5 + x ) e x +2 − e 2
1 + ln x (j) lim f (x) = e g( x ) = e2x − 3e x − 4
(b) lim x x →−4 4+x ln( x + 1)
x →0+ e − 1
ln x
1 − x2 (k) lim (a) Determine o domínio de f
(c) lim x →1 x − 1
x →1 ln(2 − x )
ln( x − 1) (b) Calcule lim f ( x )
(l) lim 2 x →0
ln( x + 1)
(d) lim x →2 x + x − 6 g( x )
x →0 3x x2 − 1 (c) Calcule, caso exita, lim
(m) lim x →0 x
ln( x + 1) x →1 ln x2
(e) lim
x →0 x2 40. Considere as funções reais de variável real f e g,
(n) lim 2x2 · ln x
ln( x + 1) x →0+ definidas por:
(f) lim
x →0 e x − 1 (o) lim ( x ln x )
x →0+
x−3 f ( x ) = 5e− x e g( x ) = e x − 4
(g) lim
x →3 ln( x − 2)
(p) lim 2x −3 ln x
x →0+
(a) Sendo A o ponto de intersecção dos gráficos
ln(−1 − x ) ln( x2 + 2x + 1)
(h) lim (q) lim de f e g, determine analiticamente e as suas
x →−2 x+2 x →0 x
coordenadas
35. Calcule os seguintes limites: (b) Calcule:
2
[ln( x + 2)] − ln(1 + x )2 i. lim [ x f ( x )]
(a) lim x →+∞
x →0 x
x f (x)
(b) lim 2
ii. lim
x →0 ln ( x + 2x + 5) − ln(3x + 5) x →−∞ g( x )
– 117 –
6 C ONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Introdução
Foi Leibniz (1646 - 1716) quem primeiro usou o termo "função"em 1673 no Nota histórica
manuscrito Latino "Methodus tangentium inversa, seu de fuctionibus". Euler foi um matemático suíço que fez
enormes contribuições a uma ampla
gama de matemática e física, incluindo
O termo "função"não aparecia ainda num léxico matemático surgido em geometria analítica, trigonometria,
1716. Mas, dois anos mais tarde Johann Bernoulli publicou um artigo, que geometria, cálculo e teoria dos números.
viria a ter grande divulgação, contendo a sua definição de função de uma
certa variável como uma quantidade que é composta de qualquer forma
dessa variável e constantes.
Um retoque final nesta definição viria a ser dado em 1748 por Euler (1707
- 1783) substituindo o termo "quantidade"por "expressão analítica". Foi
também Euler quem introduziu a notação f ( x ).
y y
x
5 x + 1, x62 5 f (x) =
(
f (x) = 1 ( x − 2)2
− x + 4, x>2
4 2 4
3 3
2 2
1 1
A. −1 0 1 2 3 4 5 x D. −1 0 1 2 3 4 5 x
y
5
y
4
5 f (x) = x + 1
3 x∈Z
4
2
3
1
2
x + 1, x 6= 2
f (x) =
0, ., ..1x = 2
1 −1 0 1 2 3 4 5 x
−1 0 1 2 3 4 5 x E.
B.
1
(
y f (x) =
, x 6= 2
x−2
4 0, x=2
y 3
( x
5 , x62 2
f (x) = 2
4 3, x>2
1
3
2 −
−11
0 1 2 3 4 x
1 −2
C. −1 0 1 2 3 4 5 x F.
A. É contínua no ponto 2.
F. É descontínua no ponto x = 2.
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 119
CAPÍTULO 6. CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Teste de continuidade:
(Gráfico ao lado).
2x2 − 6x
(a) f ( x ) = , em x = 3
• 0 ∈ D f e f (0) = 2 y x−3
4x
• lim f ( x ) = 0 porque, 2 (b) h( x ) = 2 , em x = 5
x →0 x − 25
√
x−2
lim f ( x ) = lim x = 0 1 (c) g( x ) =
, x>4
x →0+ x →0+ x +−2,4
x
x64
lim f ( x ) = lim ( x2 ) = 0 em x = 4
x →0− x →0− x
−1 0 1 2
• lim f ( x ) 6= f (0) = 2
x →0
120 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 6. CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 121
CAPÍTULO 6. CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Resolução: Uma função f é contínua em x = 1 sse lim f ( x ) = f (1). E.7. Seja f uma função real de variável
x →1
real definida por:
Determinemos o limite:
2x − 4
√ se x > 2
0
!
√ √ √ x+2−2
f (x) =
kx + 3 se x = 2
1− 2−x 0 1− 2−x 1+ 2−x
√
lim f ( x ) = lim = lim
9 − log3 ( x + 1) se x < 2
x−1
x →1− x →1− x →1− ( x − 1) 1 + 2 − x
√ 2 Determine o valor de k de modo
1− 2−x 1 − (2 − x ) que f seja contínua no ponto de
= lim √ = lim √ abcissa x0 = 2
x →1 ( x − 1 ) 1 + 2 − x
− x →1 ( x − 1 ) 1 + 2 − x
−
E.8. Considere a função real de variá-
x−1 1 1 vel real definida por
= lim √ = lim √ =
x →1− ( x − 1 ) 1 + 2 − x x →1− 1 + 2 − x 2
3x2 + 3x
⇐ x<0
lim f ( x ) = lim [ln (2x − 1) − 3m] = ln 1 − 3m = −3m = f (1) 2e x − 2
x →1+ x →1+ f (x) =
1 + 32k+ x
⇐ x>0
Impondo a igualdade requerida na definição de continuidade de uma função, 2
temos: Determine o valor de k de modo
que f seja contínua no ponto de
1 1 abcissa 0.
lim f ( x ) = lim f ( x ) = f (1) ⇔ = −3m ⇔ 1 = −6m ⇔ m = − .
x →1− x →1+ 2 6
122 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 6. CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
2) f é contínua em ] a, b[,
3) lim f ( x ) = f ( a) e
x → a+
4) lim f ( x ) = f (b).
x → a−
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 123
CAPÍTULO 6. CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Exemplo 6.7 Justifique que as seguintes funções são contínuas nos respetivos
domínios:
(a) f ( x ) = 3x − 2x3 + 1
(
x2 se x 6 0
(c) h ( x ) = √
x3 − 3x + 1 x se x > 0
(b) g ( x ) =
x2 + 1
E.13. Sendo
Resolução: Em cada caso, determinamos o domínio da função e aplicamos o x−1 1
f (x) = e g( x ) = 1 + ,
Teorema: x x
estude o limite e a continuidade
3
(a) D f = R. A função f definida por f ( x ) = 3x − 2x + 1 é contínua das funções seguintes nos pontos
indicados:
porque é uma função polinomial.
(a) f + g em x = 4
x3 − 3x + 1
(b) Dg = R, A função g definida porg( x ) = é contínua (b) f · g em x = 2
x2 + 1
porque é uma função racional (quociente de funções polinomiais). (c) f − g em x = 0
f
(c) A função definida por (d) em x = 0.
g
(
x2 se x 6 0
h( x ) = √ E.14. Estude a continuidade das fun-
x se x > 0
ções reais de variável real defini-
das por:
de domínio R é contínua porque:
2 −x
(a) g( x ) = e x
• para x ∈] − ∞, 0] é uma função polinomial;
(b)
• para x ∈]0, +∞[ é uma função irracional de radicando positivo;
−3x2 + 7, x 6 −2
• para x = 0 tem-se que h( x ) = x+3
, x > −2
2x + 5
124 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 6. CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
6.5 Assíntotas
• Para −3: 3x − 2
(a) f ( x ) =
x+3
x −3 x2
lim f ( x ) = lim 2
= − = +∞ (b) f ( x ) =
x →−3− x →−3−9−x 0 x2 − 4x + 3
x −3 1
, x < −3
= + = −∞
lim f ( x ) = lim (c) f ( x ) = x+3
x →−3+ x →−3+ 9 − x2 0 x + 4, x > −3
x = −3 y x=3 Nota
3 Uma reta vertical de equação x = a é
2 chamada assíntota vertical bilateral ao
1 gráfico de f sse
lim f ( x ) = ±∞ e lim f ( x ) = ±∞
−6 −5 −4 −3 −2 −
−11
0 1 2 3 4 5 6 x x → a− x → a+
simultaneamente.
−2
−3
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 125
CAPÍTULO 6. CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Isto que dizer que à medida que x → ±∞, a distancia entre um ponto do
gráfico de f ( x ) e da recta á cada vez menor.
f ( x ) − (mx + b)
lim [ f ( x ) − (mx + b)] = 0 ⇔ lim =0
x →+∞ x →+∞ x
f (x) mx + b
⇔ lim − lim =0
x →+∞ x x →+∞ x
f (x) f (x)
⇔ lim − m = 0 ⇔ lim =m
x →+∞ x x →+∞ x
f (x)
m = lim e b = lim [ f ( x ) − mx ].
x →−∞ x x →−∞
• Assíntota é horizontal se m = 0
• Assíntota oblíqua se m 6= 0.
Nota
Por conseguinte, o processo de acabamos de estudar para a determinação Quando uma mesma reta de equação
de assíntotas não verticais permite detectar simultaneamente a existência y = mx + b é assíntota não vertical
do gráfico de f ( x ) quando x → −∞ e
de assíntotas oblíquas ou horizontais.
quando x → +∞ simultaneamente, diz
que é uma assintota não vertical (oblíqua
Quando x → +∞, só pode haver uma assíntota não vertical neste sentido: ou horizontal) bilateral, caso contrário,
trata-se de uma assintota unilateral.
se houver horizontal, não há oblíqua e vice-versa (o mesmo para −∞).
126 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 6. CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
+1
f (x) 6x3 + 3x2 −5 5 (b) g( x ) =
x−2
2x
m = lim = lim 3 4
x →+∞ x x →+∞ 2x4 − 3x + 3
y=
3x + x (c) h( x ) =
x3 − 1
=2 2
b = lim [ f ( x ) − mx ] 1
x →+∞
x
−11 0 1 2 3
3
6x + 3x2 − 5 −2−
= lim − 2x
x →+∞ 3x2 + 1 −2
3x2 − 2x − 5 −3
= lim =1 −4
x →+∞ 3x2 + 1
−5
• Quando x → −∞:
f (x)
m = lim =2 e b = lim [ f ( x ) − 2x ] = 1
x →−∞ x x →−∞
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 127
CAPÍTULO 6. CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
+1
4
2x
y=
Resolução: O gráfico desta função não tem assintotas verticais, visto que 3
D f = R. 2
Pesquisemos as assíntotas não verticais:
1
y=1
• Quando x → +∞
√ x
−3 −2 −1 0 1 2
f (x) x + 1 + x2 + 1 −1
m = lim = lim
x →+∞ x x →+∞ x
r !
1 1
= lim 1 + + 1 + 2 = 2
x →+∞ x x
p E.18. Estude a função g, real de variável
b = lim [ f ( x ) − mx ] = lim x + 1 + x2 + 1 − 2x real, definida por
x →+∞ x →+∞
2x2 + 1
p
= lim 1 + x2 + 1 − x se x < 0
x
x →+∞
h√ i h√ i f (x) = 4x se 0 6 x < 2
x 2 + 1 − ( x − 1) x 2 + 1 + ( x − 1)
1 − x
(∞−∞) se x > 2
= lim √ x2
x →+∞ x 2 + 1 + ( x − 1) quanto à existência de assíntotas
x2 x2
+ 1 − + 2x − 1 ao seu gráfico.
= lim √ E.19. Seja dada a função real de variável
x →+∞ x 2 + 1 + ( x − 1)
real definida por
2x
= lim √ =1 x3 − 4x2 + 6x
x →+∞ 2
x + 1 + ( x − 1) f (x) = .
2x2 − 4x
A reta de equação y = 2x + 1 é assíntota oblíqua do gráfico, quando (a) Determine o domínio e as as-
síntotas verticais do gráfico, se
x → +∞. existirem.
• Quando x → −∞ (b) Se o gráfico tiver assíntota em
−∞, determine a sua equação
!
reduzida.
r
f (x) 1 1
m = lim = lim 1 + − 1 + 2 = 0
x →−∞ x x →−∞ x x
p E.20. Determine as assíntotas dos gráfi-
b = lim f ( x ) = lim x + 1 + x2 + 1 cos das funções reais de variável
x →−∞ x →−∞ real definidas por:
√ √
(∞−∞) x + 1 + x2 + 1 x + 1 − x2 + 1 4x2 + 4x + 1
= lim √ (a) f ( x ) =
x →−∞ x2 + 1
x + 1 − x2 + 1 x
(b) f ( x ) =
x2 + 2x + 1 − x2 − 1 |x| + 1
= lim √
x →−∞ x + 1 − x2 + 1 (c) f ( x ) = e x − 2
2x
= lim √ =1
x →−∞ x + 1 − x2 + 1
128 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 6. CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
x|x|
f (x) = .
x+1
x2 + 2x + 16
(a) f ( x ) =
x2 x+2
x|x|
se x > 0
f (x) = = x+1 2x3 − 2
(b) f ( x ) =
x+1 − x2 x2 − 1
se x < 0 ∧ x 6= −1
x+1 x2 + x − 20
(c) f ( x ) =
2x − 10
O domínio da função é D f = R \ {−1}.
y
y
=
6
− 5
x
+
1 4
1
x
−
3
=
y
2
1
−5 −4 −3 −2 − 0 1 2 3 4 5 x
−11
−2
x = −1
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 129
FICHA DE EXERCÍCIOS CAPÍTULO 6. CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
1. Considere a função f , r.v.r, tal que 5. Seja f uma função r.v.r definida por:
2
x − 3x + 2 kx + x2
⇐x>3
, se x 6= 1
,
f (x) = x−1 f (x) = x−2
2
−1 se x = 1 x − 5x + 6
⇐x<3
x−3
(a) Indique o seu domínio. Determine o valor de k de modo que f seja contí-
(b) Calcule lim f ( x ) e f (1). nua no ponto de abcissa x0 = 3.
x →1
(c) A função é contínua no ponto 1? Justifique a 6. A função f real e variável real é definida, para uma
resposta. dado k ∈ R, por:
2
2. Sejam as funções reais de variável real: x + kx + 1
se x < −1
1− x f (x) = x+1
1 2
x +x se x > −1
g ( x ) = −1 −
2
Determine o valore de k para o qual a função f é
1
+ log 1 ( x2 + 1) se x 6 1 contínua em x = −1.
2
2
m( x ) = √ 7. Considere a função h por
1− x
se x > 1 √
x−1 1 − 1 + 4x2
h( x ) = se x 6= 0 ( k ∈ R)
2x2
(a) Resolva a inequação g( x ) 6 −5 e apresente o
k se x = 0
conjunto-solução na forma de intervalo.
(a) Determine o valor de k de modo que a função h
(b) Caraterize a função inversa de g.
seja contínua em x = 0.
(c) Estude a continuidade da função m no ponto
(b) Para o valor de k na condições da alínea anterior,
x = 1.
justifica que a função h é contínua em R.
3. Averigua de a função g definida por: 8. Considere a família de funções f tais que:
6x − 6
2
x + 5x + 6 se x > 1
se x 6 −3
x3 − x2 + x − 1
g( x ) = x2 f (x) = k∈R
x 2 + 7x + 12 −k2 + 4k se x = 1 ,
se x > −3
2x + 1 se x < 1
3x + 19
– 130 –
11. Determine, se possível, as constantes a e b ∈ R de 17. Considere a função real de variável real g definido
modo que as funções abaixo sejam contínuas no por
ponto x0 , sendo:
− 3 + e x −1
se x < 1
3x − 3 se x > −3 −2
f (x) = se x = 1
(a) f ( x ) = ax se x = −3 (x0 = −3) 2
x − 8x + 7
se x < 3
bx2 + 1
se x < −3 x2 − 1
– 131 –
22. Determine o valor da constante k, para que a fun- 30. Seja f a função de domínio R, definida por
ção seja contínua em R. x
( √ se x < 0
x2 + 3x se x 6 2
3− 9−x
(a) f ( x ) =
− x + k se x > 2 f (x) = 6 se x = 0
ln(1 + x ) + 5x
(
k2 x2 se x > 0
se x 6 2
(b) h( x ) = x
(1 − k) x se x > 2
Utilizando métodos exclusivamente analíticos, es-
23. Sendo a e b números reais, considere a família de
tude a função f quanto a continuidade.
funções reais de variável real.
31. Estude quanto à continuidade as funções definidas,
ax − b se x 6 −1
respetivamente por:
f (x) = −2x se − 1 < x < 3
bx2 − a se x > 3
3x2 − 3
se x<1
(a) f ( x ) = x−1
x−1
Determine a e b de modo que: √ 2 se x>1
x −1
(a) f seja contínua em R
x−1
se x < 1
(b) f seja contínua em R \ {−1} (b) g( x ) = x2 − 3x + 2
√
p
x2 − 1 se x > 1
24. Averígue se a função f ( x ) = x + 3 é contínua no 2
intervalo [−3 , +∞[ x −1
se x < −1
x+1
π
25. Defina, se possível f (0) para que sin seja con- 1 − 9x
x (c) h( x ) = se − 1 6 x < 0
tínua na origem.
√4
4+x−2
se x > 0
26. Seja f a função, de domínio R, definida por: x
32. Prove que e x + x2 − 3 é uma função contínua em
e x −1 + 1 se x 6 1
f (x) = 3x − 3 − ln x cada ponto de R
se x < 1
x−1 33. Considere as seguintes funções, reais de variável
(a) Utilizando métodos exclusivamente analíticos, real, definidas por
estude a função f quanto à continuidade. (
x + 3, se x 6 2
(b) Calcule lim f ( x ). f (x) =
x →+∞ x2 − 1 se x > 2
27. Para um certo valor de k, e um certo valor de b, (
considere a função f de domínio R, definido por: x+7 se x 6 2
g( x ) =
x x2 + 3x + 1 se x > 2
√ se x < 0
4 − 16 − x
(a) Estude a continuidade de f e g no ponto x = 2.
f (x) = k se x = 0
(b) Defina ( f + g)
ex − 1
+b se x > 0 (c) Estude a continuidade da função ( f + g) no
x
ponto x = 2
Determine k e b de modo que f ( x ) seja contínua.
34. Considere a função f real de variável real, de do-
28. Determine o valor do parâmetro k de forma que a
mínio R, assim definida:
função real de variável real definida por
(
x2 + 3x + 1 se x > 0
2
x − 7x + 10 m( x ) =
se x 6= 2 x−3 se x < 0
f (x) = x−2
3k + 1 se x = 2
(a) Mostre que a função não é contínua em x = 0
seja contínua no seu domínio.
(b) Defina uma função n( x ) de modo que
29. Para um certo valor de k, é contínua em R a função
h, definida por: (m + n)( x )
x
se x > 0 seja contínua em x = 0.
f (x) = ln( x + 1)
k + ex se x 6 0
Determine o valor de k.
– 132 –
35. Estude quanto à existência de assintotas do gráfico 40. Determine as assíntotas do gráfico de cada uma
cada uma das seguintes funções: das funções:
(a) f : R → R com f ( x ) = f ( x ) = −2 + 2x2 e− x
x−3 2x2 − 3x3 (b) f : R → R com f ( x ) = f ( x ) = 2x − 2 ln x
(a) f ( x ) = (d) f ( x ) =
x+1 x2 − 1 (c) f : R → R com f ( x ) = x + 1 + ln x
x+2 5x2 − x (d) f : R → R com
(b) f ( x ) = (e) f ( x ) = 2
x−6 x − 5x + 6
2x + 2 x3 − 5x2 + 4x 2
(c) f ( x ) = (f) f ( x ) = 3
se x < 1
x−4 x − 4x2 + 3x f (x) = x+1
x + ex se x > 1
– 133 –
7 D ERIVADAS
Introdução
Nota histórica
Controvérsia sobre a invenção do Cálculo
Sir Isaac Newton nasceu em Wo-
olsthorpe, Inglaterra. Graduou-se na
O desenvolvimento dos estudos matemáticos acompanhou a necessidade Universidade de Cambridge em 1665.
do homem de conhecer melhor o universo físico que o cerca. Particu- Newton fez descobertas em matemática,
Ótica e física.
larmente, o Cálculo teve sua aplicação estendida aos fenômenos físicos
mensuráveis como, por exemplo, eletricidade, ondas de rádio, som, luz,
calor e gravitação.
y f
DEFINIÇÃO: A taxa de variação média de uma função f no intervalo
[ a , b] é dada por f (b)
f (b) − f ( a)
T.V.M[ a , b] = .
b−a
f ( a)
A Taxa Média de Variação de uma função f no intervalo [ a, b] representa ge-
ometricamente o declive de reta definida pelos pontos ( a, f ( a)) e (b, f (b)),
chamada reta secante à curva. (veja figura ao lado) 0 a b x
Exemplo 7.2 Durante uma campanha publicitária para a venda de uma certa
marca de telemóveis, o número de unidades vendidas foi modelado por:
(a) Determine a taxa média de variação do número de unidades vendi- E.2. Numa mercearia, uma maça foi
das nos primeiros dois meses de campanha e interprete o resultado no lançada ao ar, de baixo para cima.
contexto de situação apresentada. A altura da maça de baixo para
cima é dado por:
m(t) = 2 + 8t − t2
Onde t designa o tempo, em se-
Resolução: Aplicando a fórmula, teremos: gundos, e h a altura, em metros.
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 135
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
f ( x ) − f ( x0 ) f ( x0 + h ) − f ( x0 )
f 0 ( x0 ) = lim ou f 0 ( x0 ) = lim .
x → x0 x − x0 h →0 h
f ( x0 + h ) − f ( x0 )
Interpretações da derivada
y y
Exemplo 7.3 Seja a função f : R → R tal que f ( x ) = x2 . Determine:
2
(a) a derivada de f no ponto de abcissa 1;
(b) a equação da reta t tangente ao gráfico de f no ponto P(1, 1). P
1
−1 1 2 x
Resolução: Seja f ( x ) = x2 .
−1
(a) Aplicando a definição, temos
f (1 + h ) − f (1) (1 + h)2 − 12
f 0 (1) = lim = lim
h →0 h h →0 h E.3. Determine a equação da reta tan-
2
1 + 2h + h − 1 2
h + 2h gente às seguintes funções, nos
= lim = lim ponto indicados:
h →0 h h →0 h
3x + 1
h ( h + 2) (a) g( x ) = em x = −3
= lim = lim (h + 2) = 2 x+1
h →0 h h →0
(b) h( x ) = 1 + 2e x−1 em x = 1
y = f (1) + f 0 (1)( x − 1) ⇔ y = 1 + 2( x − 1)
⇔ y = 1 + 2x − 2
⇔ y = 2x − 1
136 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 137
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
f ( x ) − f ( x0 ) f ( x0 + h ) − f ( x0 )
lim ou lim
x → x0− x − x0 h →0− h
y
y = f (x)
a que se chama derivada à esquerda de x0 e se representa por
f 0 ( x0− )
• f é derivável à direita de x0 se existe:
f ( x ) − f ( x0 ) f ( x0 + h ) − f ( x0 )
lim ou lim
x → x0+ x − x0 h →0+ h semitangente
a esquerda
f 0 ( x0 ) = f 0 ( x0− ) = f 0 ( x0+ )
(
−x + 1 se x > 0 2
f (x) = 2
− x + 1, se x 6 0
1
y = f (x)
Calcule f 0 (0+ ), f 0 (0− ) e diga se existe f 0 (0).
−1 0 1 x
Analiticamente, vem:
E.6. Considere a função real de variá-
vel real, de domínio R, definida
0 + f (0 + h ) − f (0) −(0 + h) + 1 − 1 por:
f (0 ) = lim = lim
h →0+ h h →0+ h 2
x − 1 se x < 1
−h f (x) =
2 ln x se x > 1
= lim = −1
h →0+ h Verifique se existe f 0 (1).
f (0 + h ) − f (0) −(0 + h)2 + 1 − 1
f 0 (0− ) = lim = lim
h →0− h h →0− h E.7. Mostre que a função definida por
= lim (−h) = 0 f (x) = |x|
h →0−
não é derivável no ponto de ab-
Como f 0 (0+ ) 6= f 0 (0− ), não existe f 0 (0). cissa 0.
138 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
f ( x ) − f ( a)
lim f ( x ) = lim [ f ( x ) − f ( a) + f ( a)] = lim · ( x − a) + f ( a)
x→a x→a x→a x−a
f ( x ) − f ( a)
= lim · lim ( x − a) + f ( a) = f 0 ( a) · 0 + f ( a)
x→a x−a x→a
= f ( a)
√ √
0 + f (0 + h ) − f (0) h− 0
f (0 ) = lim = lim
h →0+ h h →0+ h
√ r r
h h 1
= lim = lim = lim = +∞
h →0+ h h →0+ h2 h →0+ h
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 139
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
f0 : D → R
f ( x + h) − f ( x )
x 7→ f 0 ( x ) = lim
h →0 h
f0 : R → R
x 7→ 3x2 − 7
140 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
• se f ( x ) = c então f 0 ( x ) = 0
• se f ( x ) = x então f 0 ( x ) = 1
• se f ( x ) = ax + b então f 0 ( x ) = a
• se f ( x ) = x n então f 0 ( x ) = ( x n )0 = nx n−1
(a) y = x 3 + x 2 − x + 5 (b) y = x 2 +
1 1
+√
1
x2 3
x
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 141
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
(k · f ( x ))0 = k · f 0 ( x )
(a) Aplicando a regra da derivado do produto, vem
Use este resultado para calcular
√ √ 0 √ 1 0 f 0 ( x ), sendo:
y 0 = ( x 4 + 1) 0
x + ( x 4 + 1) x = 4x3 x + ( x4 + 1) x 2
(a) f ( x ) = −5x3 + 9x2 − 4x + 5
√ 1 1 √ 1 5
= 4x 3
x + ( x4 + 1) · x − 2 = 4x 3
x + ( x 4 + 1) · √ (b) f ( x ) = 2x −4 + 2
2 2 x x
x
(c) f ( x ) = −2 + 2 2x4 − 1
(b) A regra da derivada do produto pode ser generalizada para três ou mais 3
142 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
( f ◦ g)0 ( x ) = f 0 [ g( x0 )] · g0 ( x0 )
Exemplo 7.13 Sendo f e g duas funções reais de variável real tais que:
E.20. Aplique a regra da cadeia para
0
√ derivar a função y:
f ( x ) = 3x 2
e g( x ) = x, ∀x ∈ R0+
(a) y = u3 e u = x2 + 1
0
Calcule ( f ◦ g) (4) 5
(b) y = e u = 2x + 3
u3
3 1
(c) y = u3 − 1 e u =
x+2
1 0 1 E.21. Considera as f.r.v.r. definidas por
Resolução: Sabe-se que f 0 ( x ) = 3x2 e g0 ( x ) = x 2 = √ . √
2 x f (x) = x + 1 e g( x ) = 5x2 + 1
Aplicamos a propriedade
(a) Caracterize a função f ◦ g
0 0 0 0
( f ◦ g) ( x ) = ( f ( g( x ))) = f ( g( x )) · g ( x ) (b) Use a expressão encontrada no
item anterior para determinar
( f ◦ g)0
temos
(c) Calcule ( f ◦ g)0 utilizando a
0 0 0 propriedade e compare com o
( f ◦ g) (4) = f ( g(4)) · g (4) resultado do item anterior
√ 1 1 1
= f 0 ( 4) · √ = f 0 (2) · = 3 · 22 · = 3 (d) Calcule ( f ◦ g)0 (2)
2 4 2·2 4
(un )0 = nun−1 u0 (n ∈ R)
3
2x − 1
0
Exemplo 7.14 Determine f ( x ) sendo f ( x ) = .
3x
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 143
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
• (e x )0 = e x • ( a x )0 = a x · ln a
• (eu )0 = u0 eu • ( au )0 = u0 · au · ln a
0
√ 0
x
√ 0 √ x 1 √
x e x
(c) y = 6 · e = 6· x ·e = 6· √ ·e = √
2 x 3 x
144 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
y y y
m<0
m>0 f 0 ( x0 ) < 0 m=0
0
f ( x0 ) > 0 f 0 ( x0 ) = 0
0 a x0 b x 0 a x0 b x 0 a x0 b x
x −∞ −1 2 +∞
f 0 (x) + 0 − 0 +
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 145
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
1º CASO: f é contínua em a
y y
x a
f ( a) f ( a)
f 0 (x) + −
f ( x ) % f ( a) &
0 a x 0 a x Máx.
y y
x a
f 0 (x) − +
f ( a) f ( a)
f ( x ) & f ( a) %
0 a x 0 a x Mín.
y y y
0 a x 0 a x 0 a x
f 0 (c) = 0 f 0 (c) = 0 f 0 (c) não existe
146 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
2º CASO: f é descontínua em a
Neste caso, a existência de extremo relativo depende da mudança de
sinal das derivadas laterais no ponto de abcissa a.
y y y
f ( a) f ( a) f ( a)
0 a x 0 a x 0 a x
f 0 ( a− ) > 0 f 0 ( a− ) = −∞ f 0 ( a− ) = −∞
f 0 ( a+ ) = −∞ f 0 ( a+ ) > 0 f 0 ( a+ ) < 0
f ( a) é um máximo f ( a) é um mínimo f ( a) não é um
relativo relativo extremo relativo
4x − x2
f 0 (x) = 0 ⇔ = 0 ⇔ 4x − x2 = 0 ⇔ x (4 − x ) = 0
(2 − x )2
⇔ x = 0∨x = 4
x −∞ 0 2 4 +∞
4x − x2 − 0 + 4 + 0 −
(2 − x )2 + 4 + 0 + 2 +
f 0 (x) − 0 + n.d. + 0 −
Mín. Máx.
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 147
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
x −1 0 1
f 0 ( x ) n.d. + 0 − n.d.
Máx.
2
x −∞ 1
3
f 0 (x) + 0 − n.d.
√
2 3
f (x) % & 0
9
Máx.
148 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
2x
Exemplo 7.21 Seja f uma f.r.v.r. definida por f ( x ) = .
x−1
(a) Determine a derivada de f (b) Calcule f 00 E.30. Determine y00 :
(a) y = 5x3 + 4x2 + 6x + 3
p
(b) y = x2 + 1
2x x10 x5
Resolução: Sendo f ( x ) = , vem: (c) y = +
x−1 9 6
0 E.31. Considere a função real de variá-
2 · ( x − 1) − 2x · 1
0 2x 2
(a) f ( x ) = = 2
=− vel real definida por:
x−1 ( x − 1) ( x − 1)2
2x2
2 h( x ) =
(b) A segunda derivada será a derivada de f 0 ( x ) = − x−3
( x − 1)2
(a) Determine a equação da reta
tangente ao gráfico de h no
0
(−2)0 · ( x − 1)2 − (−2) ( x − 1) 2 0
2 ponto de abcissa x = 1.
f 00 ( x ) = − =
( x − 1)2 ( x − 1)4 (b) Estude a monotonia e os extre-
2
0 · ( x − 1) − (−2) · 2( x − 1) mos relativos da função h
= 36
( x − 1)4 (c) Mostre que h00 ( x ) =
( x − 3)2
2 · 2( x − 1) 4( x − 1) 4
= = =
( x − 1) 4 ( x − 1) 4 ( x − 1)3
e a aceleração é
(b) a(5) = 12 · 5 − 28 = 60 − 28 = 32
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 149
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
• f é contínua em c:
• existe um intervalo aberto ] a , b[, contendo c de tal modo que o
gráfico de f tem a concavidade voltada para baixo em ] a , c[ e a
concavidade voltada para cima em ]c , b[ ou vice-versa.
y y y
concavidade
voltada para
cima PI
concavidade
voltada para PI
PI
baixo
0 x 0 c x 0 c x
5
f ( x ) = x3 + 3x2 − x
4
P.I. 3
0 1
0 3 2 2
f ( x ) = x + 3x − x = 3x + 6x − 1
−4 −3 −2 −1 0 1 2 x
0
f 00 ( x ) = 3x2 + 6x − 1 = 6x + 6 −1
f 00 ( x ) = 0 ⇔ 6x + 6 = 0 ⇔ x = −1
E.34. Estude quanto ao sentido das con-
• A concavidade do gráfico é:
x −∞ −1 +∞ cavidades do gráfico e à existência
de pontos inflexão das seguintes
f 00 ( x ) − 0 + – VPB em ] − ∞ , −1] funções:
(a) f ( x ) = x4 − 2x3 + x
f (x) ∩ 3 ∪ – VPC em [−1 , ∞]
x2 + 4
(b) g( x ) =
2x
P.I • Ponto de inflexão: (−1 , 3). (c) h( x ) = xe2x
150 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 151
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
Estudo de um função
1) Determinar o domínio.
f ( x ) = − x4 + 6x2 − 5.
x2 − 3 + 0 − −3 − 0 +
f 0 (x) + 0 − 0 + 0 −
152 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
f 00 ( x ) − 0 + 0 −
f (x) ∩ 0 ∪ 0 ∩
P.I P.I
Logo,
• a função f tem concavidade voltada para baixo em ] − ∞, −1[ e em
]1, +∞[
• a função f tem concavidade voltada para cima em ] − 1, 1[
• os pontos de coordenadas (−1, 0) e (1, 0) são pontos de inflexão da
função f .
6) Assíntotas:
y
4
−5 −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 5 x
−1
−2
−3
−4
−5
D 0f =] − ∞, 4]
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 153
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
Exemplo 7.27 Faça o estuda da função real de variável real definida por
x2 + 1
g( x ) = .
x
(− x )2 + 1 x2 + 1 x2 + 1
g(− x ) = = =− = − g( x )
(− x ) −x x
x −∞ −1 0 1 +∞
x2 − 1 + 0 − −1 − 0 +
x2 + 1 + 0 + 1 +
g0 ( x ) + 0 − n.d. − 0 +
Máx. Mín.
Em resumo, temos:
• g é estritamente crescente em ] − ∞, −1[ e em ]1, +∞[
• g é estritamente decrescente em ] − 1, 0[ e em ]0, 1[
• g tem um máximo relativo em −2 e um mínimo relativo em 2.
154 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
y
6
5
4
3
2
1
−6 −5 −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 5 6 x
−1
−2
−3
−4
−5
−6
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 155
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
x −∞ 0 2 +∞
h0 ( x ) − 0 + 0 −
4
h( x ) & 0 % &
e2
Mín. Máx.
Conclui-se que:
• h é decrescente em ] − ∞, 0[ e em ]2, +∞[
• h é crescente em ]0, 2[
2
e
• 2, é um ponto de mínimo de h
4
5) Concavidade do gráfico e pontos de inflexão
0
2x − x2 (2 − 2x )e x − (2x − x2 )e x
h00 ( x ) = =
ex e2x
e x (2 − 2x − 2x + x2 ) x2 − 4x + 2
= =
e 2x ex
2
x − 4x + 2 √
h00 ( x ) = 0 ⇔ x
= 0 ⇔ x2 − 4x + 2 = 0 ⇔ x = 2 ± 2
e
√ √
x −∞ 2− 2 2+ 2 +∞
h0 ( x ) + 0 − 0 +
√ √
(2 − 2)2 (2 + 2)2
h( x ) ∪ √ ∩ √ ∪
e 2− 2 e 2+ 2
P.I P.I
156 M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S
CAPÍTULO 7. DERIVADAS
h( x ) x 1 1
m = lim = lim x = lim x = =0
x →+∞x x →+∞ e x →+∞ e +∞
x
x 2
b = lim (h( x )) = lim x = 0
x →+∞ x →+∞ e
Quando x → −∞:
h( x ) x
m = lim = lim x = −∞
x →−∞ x x →+∞ e
−1 0 1 2 3 4 5 x
M AT E M ÁT I C A 1 2º | E S AC S 157
FICHA DE EXERCÍCIOS CAPÍTULO 7. DERIVADAS
1. Calcule a Taxa de Variação Média (T.V.M.) de: (c) Determine o(s) ponto(s) ( p, q) no gráfico de
2
(a) f ( x ) = 3x − 5, no intervalo [2, 10] y = x2 + 1 tal que a reta tangente à curva no
ponto ( p, q) passa pelo ponto (1, −7)
(b) g( x ) = x3 − 3x2 + x − 4 para x1 = −1 e x2 = 1
25 11. Obtenha a equação da reta tangente ao gráfico de
(c) h( x ) = no intervalo ]0, 4[ x
x+5 y= no ponto de abcissa x = 2
x+1
2. Dada f ( x ) = 5x2 + 6x − 1 determine f 0 (2).
12. Sendo u : R+ → R tal que u( x ) = ln x, obtenha:
3. Determine a função derivada através da definição:
2
(a) u0 (3)
(a) f ( x ) = x + 1, no ponto x0 = 5
2 (b) a equação da reta tangente ao gráfico de u no
(b) f ( x ) = x3 − x, no ponto x0 = ponto de abcissa 3
3
(c) f ( x ) = x2 − 8x + 9, no ponto x0 = 0 13. Consideremos a função f , de domínio R, definida
(d) f ( x ) = x2 − 2x + 1, no ponto x0 = −2 por
4. Use a definição de derivada para calcular f 0 (3), f ( x ) = 1 + 2e x−1
sendo:
.
(a) f ( x ) = x2 + 8 (c) f ( x ) = 2x3 − 5x
(a) Determine, usando a definição, a derivada de f
(b) f ( x ) = 5x2 − 2x (d) f ( x ) = 7x3 + x no ponto x = 1.
(b) Determine uma equação da recta tangente ao
5. Seja a função f : R → R tal que f ( x ) = 3x + 5. gráfico de f no ponto de abcissa 1.
Calcule f 0 ( a) para qualquer a, a ∈ R.
14. Um partícula move ao longo de uma linha reta de
6. Seja a função f : R → R tal que f ( x ) = | x |. Deter-
modo que a sua posição no tempo t > 0 é dado
mine:
pela função
(a) f 0 (3) (b) f 0 (−3) (c) f 0 (0) s(t) = t2 − 4t + 3,
7. Determine a derivada de cada função no número onde s é medida em metros e t é medida em se-
dado: gundos.
– 158 –
18. Usando derivadas laterais, mostre a função (c) f ( x ) = 6x4 − 3x2 + 7x − 4
(d) f ( x ) = 8x6 + 2x17
x2 + x
se x 6 1
f (x) = (e) f ( x ) = 2x12 + 6x7 + x4
3x − 2
se x > 1 3 3
(f) y = 2 + √ + 7
x 2 x
não admite derivada em x = 1. 1 1 1
(g) y = x4 + x3 + x2
4 3 2
19. Determine o valor das constantes reais a e b para 8 6 4 2
as quais a função real: (h) y = 8 − 6 + 4 − 2
x √x √x x
√
(i) y = x + x + 3 x + 5 x
ax + b se x 6 −1
g( x ) = 25. Determine a derivada de cada função usando a
ax3 + x + 2b
se x > −1 regra do produto:
– 159 –
29. Derive cada função em ordem a x, usando a regra 36. Calcule aa derivadas das funções seguintes:
do quociente: √ r
(a) y = 2x x + 1 3x − 2
√ (c) y =
1− x 1 x+1
(a) y = √ (c) y = √ p q
1+ x + 2xx2 (b) y = 8x2 − 2x + 3 (d) y = ( x − 3) ( x + 2)
x9 − 1 x2 + x + 1
(b) y = √ (d) y = √ 37. Calcule a derivada das funções abaixo:
x2 − 1 x
2
(a) y = e−3x (d) y = 3− x (g) y = 2x
5 3 √
30. Dadas as funções f ( x ) = 4x e g( x ) = x + 2x, en- x
(b) y = e (e) y = π x (h) y = 2x−e
contre a derivada da função composta ( f ◦ g) ( x ) − 4x
√
x 3 +x
(c) y = e (f) y = 5 (i) y = 8x
0
31. Encontre o valor de ( f ◦ g) para os valores dados
de x: 38. Derive cada uma das funções:
√ 2 √
(a) f (u) = u5 + 1, u = g( x ) = x, x = 1 (a) f ( x ) = 8e− x (d) f ( x ) = xe x
2u (b) f ( x ) = x3 e x (e) f ( x ) = x3 · 3x
(b) f (u) = 2 , u = g( x ) = 10x2 + x + 1, x = 0
u +1
(c) f ( x ) = 3x2 e x (f) f ( x ) = 2x e x
u−1 2
1
(c) f (u) = , u = g( x ) = 2 − 1, x = −1
u+1 x 39. Derive:
32. Dados y = f (u) e u = g( x ), determine ex x2
y0 = f 0 ( g( x )) g0 ( x ): (a) f ( x ) = (c) f ( x ) =
x5 ex
(a) y = u9 , u( x ) = 4 − 3x e−2x 3x
(b) f ( x ) = 2 (d) f ( x ) = x
x x 2
(b) y = u−10 , u( x ) = − 1
√ 2 40. Determine a derivada de cada função:
(c) y = u, u( x ) = 2x − 3
u 2
(a) y = e3x + x − 5 2
(d) y = , u( x ) = x2 + 1 (e) y =
u+1 − e− x
ex
3 1 (b) y = x + 4x ex
+1
(e) y = u2 − 1 , u( x ) = (f) y = x
x+2 (c) y = x2 e x − xe x e −1
33. Obtenha a derivada de cada uma das seguintes
3x x2 + 3e x
(d) y = (g) y =
x+1 2e x − x
funções:
41. Determine a derivada de y em cada caso:
4 5
(a) y = (2x − 3) x2
−1
6 (f) y = (a) y = ln (3x ) (f) f ( x ) = x2 ln x
(b) y = 2 − x3 x+3
(b) y = log2 5x (g) f ( x ) = x (ln x )2
3
(c) y = (2x − 3x + 2) 5 4 √
x2
−3 (g) y = (c) y = ln( x2 + 1) (h) f ( x ) = x ln x
√
(d) y = x4 − 2 x+5
(d) y = log2 (3x + 1) (i) f ( x ) = e3x ln x
2 2 3
x −4 (j) f ( x ) = x ln x2 + 1
(e) y = (h) y = x+
1 (e) y = ln (1 + e x )
2x x
42. Determine a derivada das seguintes funções:
34. Derive:
(a) y = ln x3 (e) y = ln4 x2 + 1
(b) y = ln(3xe− x )
(a) y = 4x2 (2x + 1)4 10
(c) y = 3x2 + 1 (2x − 4)3 (f) y = ln
x
2 (c) y = log 2x4
(d) y = (2x + 1)3 x2 + 1
(b) y = (2 + x ) (1 − x )3 √ (g) y = log2
1
(d) y = log5 x x
– 160 –
44. Determinar os pontos críticos das seguintes fun- 51. Determinar os intervalos onde as funções têm con-
ções, se existirem e estude-as quanto a monotonia: cavidade voltada para cima (C.V.C.) e concavidade
(a) f ( x ) = 1 − 12x − 9x − 2x2 3 voltada para baixo (C.V.B.). Determine também os
(b) f ( x ) = 3 − 2x2 + 4x4 pontos de inflexão (P.I.), caso houverem.
x4 5x3 (a) f ( x ) = x3 − 3x2 x−2
(c) g( x ) = − + 4x2 − 4x + 9 (c) f ( x ) =
4 3 x+9
(d) f ( x ) = ( x + 2)2 ( x + 5) 2x2 − x2
2 2 (b) f ( x ) = (d) f ( x ) = 2
(e) f ( x ) = − ( x + 1) ( x − 3) 9 − x2 x −x−2
45. Determine os intervalos em que cada uma das fun- 52. Estude o sentido da concavidade e a existência de
ções é crescente ou decrescente: pontos de inflexão as funções definidas por:
46. Determine os intervalos de monotonia e os extre- 54. De uma certa função f : R+ 7→ R sabe-se f (1) = 0
mos relativos das seguintes funções, caso existam: e a sua derivada é definida por
√ 1 + ln x
(a) y = 1−x x−3 f 0 (x) = .
(c) y = √ x
1 + x2 (a) Escreva uma equação da recta tangente ao grá-
p √
(b) y = x 8 − x2 (d) y = x − x − 1 fico de f no ponto de abcissa 1.
(b) Poderá concluir-se que f é sempre contínua para
47. • Encontre os intervalos onde a função é crescente
x = 1? Justifique a sua resposta.
e decrescente.
ln x
• Em seguida, identifique os valores extremos re- (c) Mostre que f 00 ( x ) = − 2 e estude f quanto
x
lativos da função, se houver, informando onde ao sentido das concavidades do seu gráfico e à
ela os assume. existência de pontos de inflexão.
• Alguns desses valores extremos são absolutas? 55. Efetue o estude completo das seguintes funções:
Quais?
(a) y = −2x3 + 6x2 − 3 x3
• Fundamente suas conclusões com uma calcula- (f) f ( x ) =
(b) y = ( x − 2)3 + 1 3x2 + 1
dora, software ou aplicativo gráfico. x
(g) f ( x ) =
(c) y = x4 − 2x2 1 + x2
(a) f ( x ) = (4 − x )e4− x (c) f ( x ) = e x · x2 x x+1
(d) f ( x ) = 2 (h) f ( x ) =
(b) f ( x ) = e2x + e− x (d) f ( x ) = e x ( x2 − x ) x −1 x−1
x2 − 3 x2 + x − 1
48. Determinar os intervalos nos quais as funções a (e) f ( x ) = (i) f ( x ) =
x−2 x−1
seguir são crescentes ou decrescentes.
56. Estude a seguintes funções
(a) f ( x ) = ln(1 − x ) x+2
(d) f ( x ) = ln −2x
(a) y = x2 − x (d) y = √
(b) f ( x ) = x − 2 ln x 2−x
x2 +√1
√
q
ln x
(b) y = (2x + 1)3
(c) f ( x ) = (e) f ( x ) = ln 4x − x2 (e) y = x + 4 − x
x p p
mx − 1 (c) y = x 8 − x2 (f) y = x3 − 3x
49. Dada a função f definida por f ( x ) = , de-
x−m
termine m de modo que seja estritamente crescente 57. Represente graficamente as funções, seguindo os
∀ x ∈ R. passos do procedimento para construção de grá-
fico. Inclua as coordenadas de quaisquer extremos
50. Encontre a primeira e a segunda derivadas:
relativos e pontos de inflexão.
4x3 (c) y = −2x −1 +
4
(a) y = − x + 2e x (a) f ( x ) = xe− x (d) f ( x ) = x (ln x )2
3 x2
ex
x3 x2 x (b) f ( x ) = (e) f ( x ) = ln x − x
(b) y = + + (d) y = 4 − 2x − x −3 1 + ex
3 2 4 2
(c) f ( x ) = e− x (f) f ( x ) = ln(3 − x2 )
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