3 A Agricultura Mocambicana PDF
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Artigo 97 da CRM
Artigo 99 da CRM
Artigo
106 da CRM
3. machambas de colonos
dependendo de uma maneira significativa do trabalho familiar do colono assim
como do e trabalho assalariado do campesinato. Eram geralmente
unidades de produção mais eficientes caracterizadas por possuirem sistemas
de irrigação, mecanização, etc. São exemplos da localização destas unidades
de produção: o Vale do Limpopo, em Gaza; o Vale do Incomáti e Umbelúzi,
em Maputo. Na sua maioria, a produção deste grupo destinava-se a satisfazer
a comunidade de colonos nos centros urbanos.
4. fornecia as
infraestruturas necessárias em termos de lojas, armazéns e facilidades de
transportes em termos de compra e posterior venda dos produtos dos
camponeses. As cantinas rurais constituiram, juntamente com os
armezenistas, a principal forma de controlo e apropriação do excedente do
campesinato.
Os não-dualistas olham também para o efeito global da crise. Enquanto por um lado,
ela pôs em causa a viabilidade do sector empresarial e de todo o sistema de
produção agrária coloniais na medida em que este não conseguiu superar a sua
dependência em relação ao trabalho sazonal, por outro lado, a crise reflectiu-se com
particular severidade na deterioração acelerada da base produtiva do campesinato.
Este ficou sem acesso a um salário estável e privou-se das mais importantes fontes
de rendimento. (Veja Tabela 4, pág.52-53, Castel-Branco, 1994)
Limpopo-Incomáti;
Vale do Zambézi;
Lucheringo;
400 mil hectares em Niassa e Cabo-Delgado;
Região algodoeira em Nampula;
Angónia-Marávia;
Lioma;
Nauela;
Catandica;
Sussundenga, Revué-Vandúzi-Púngoé.
Durante o período compreendido entre 1975 e 1981 conseguiu-se deter a queda dos
níveis de produção na agricultura e obter um aumento da produção que, durante
1981, atingiu, para a maior parte dos bens de consumo interno e de produtos para
exportação, os níveis mais altos após a independência. As exportações aumentaram
83% entre 1977 e 1981 e continuaram a ser de origem agrícola.
Por isso, a contribuição do sector agrícola foi bastante condicionada pela enorme
flutuação dos preços dos produtos agrícolas no mercado internacional, para além dos
factores internos já referidos anteriormente, as inundações e secas, a diminuição do
aprovisionamento por importação e as acções de desestabilização. O crescimento do
valor das exportações até 1981 resultou da melhor organização do processo de
exportações e da retirada de Moçambique da zona do escudo.
Carne de Bovino Mil Tons 6.9 8.3 8.3 7.8 7.2 5.8
Carne de Suino Mil Tons 2.0 2.6 3.3 3.9 3.7 1.8
Carne de Frango Mil Tons 4.0 4.5 6.4 5.7 3.4 1.5
Quadro 10: Evolução das Exportações de Produtos Agrícolas (Mil Contos de MT)
1982 1983 1984 1985 1986
Caju 1,647 647 650 3,366 4,846
Açúcar 331 346 244 1,973 2,351
Chá 970 591 458 696 377
Algodão 653 684 341 1,538 174
Madeira 124 24 51 261 290
Camarão 1,454 1,254 1,200 9,693 10,476
Fonte: Elaborado a partir de Informações Estatísticas da CNP, DNE
Para que isso acontecesse era imprescindível que medidas políticas à nível
financeiro, monetário e comercial fossem tomadas. As empresas estatais deviam ser
reestruturadas e, tanto quanto possível, privatizadas. Deviam ser introduzidos
critérios rígidos de rentabilidade em toda a gestão económica. Deviam ser
depositados mais esforços na agricultura privada, de pequena escala e familiar,
através de melhores termos de troca e de um aumento de oferta de bens. O
comércio devia ser liberalizado e o sistema de preços fixos abolido.
Produtos 1986 87 88 89 90 91
Milho 21.5 27.3 45.4 93.8 96.7 89.8
Arroz 19.0 31.5 32.1 29.0 25.5 41.8
Algodao 10.8 28.2 19.0 28.0 29.7 40.0
Feijao 2.8 9.2 6.7 14.9 16.6 15.2
cast.caju 40.1 37.5 45.0 50.2 22.5 31.1
Copra 28.6 25.5 24.7 10.5 31.2 24.8
Fonte: Elaborado a partir de Informações Estatísticas da CNP, DNE
1
Na materialização das decisões do IV VCongresso da Frelimo, os preços dos produtos agrícolas foram
liberalizados com a excepção do arroz e do milho para os quais foram introduzidos preços mínimos ao
produtor.
2
Muitos doadores internacionais opuseram-se a comprar excedentes da população em áreas de Moçambique
onde se havia conseguido alguma produção. A ajuda de emrgência a Moçambique teve frequentemente uma
relação directa com a política agrícola própria dos países doadores e a sua eventual produção excedentária.
Por outro lado, alguns doadores insistiam na distribuição gratuita da ajuda de emergência a população. Nas
zonas onde a população tem um certo poder de compra, por exercerem actividades económicas que não são
afectadas pela seca, a distribuição gratuita de alimentos criou problrmas no seio da população. Assim se
pode concluir que, ao mesmo tempo que a ajuda alimentar internacional era absolutamente necessária para
Mocambique, ela criou algumas consequências negativas de médio e longo prazo: desenvolvimento de uma
cultura de dependência mental e material o que criou e ainda cria dificuldades para a recuperação da
produção nas zonas rurais.
Em 4 de Outubro de 1992 foi assinado o Acordo Geral de Paz em Roma, Itália, entre
o Governo e a RENAMO, pondo fim a cerca de 16 anos de guerra civil em
Moçambique, e abrindo uma nova página para o povo moçambicano. Em
consequência do Acordo e da introdução do pluralismo político, foram realizadas as
Primeiras Eleições Gerais Multipartidárias em Moçambique, em Outubro de 1994.
O PROAGRI
b) formulação do proagri
d) análise do processo
Sucessos
Problemas
Por outro lado, o Governo definia como objectivos a alcançar a curto e médio prazos
o alcance progressivo da auto-suficiência alimentar em produtos básicos, o
fornecimento de matérias-primas à indústria nacional, e a contribuição para a
melhoria da balança de pagamentos.
33
Publicada no Boletim da República de 28 de Fevereiro de 1996
Fonte: Informação produzida a partir de Anuários Estatísticos do INE e do Balanço do PES (2010) do GdM
Por outro lado, a distribuição de mais de 20.000 cabeças de gado para o fomento
pecuário, fez o efectivo do bovinos evoluir de 177.000 animais, em 2005, para
354.000, em finais de 2009.
6 .2 . Ac ç ões Pr o v i s ã o d e Se r v i ç o s
Pr i o r i t á r i a s na de
Investigação, Apoio, Fomento e Infra-Estruturas
(1) Investigar, ensaiar e libertar novas variedades culturais, com ênfase para as
culturas tolerantes à seca;
(2) Realizar o melhoramento genético dos recursos zootécnicos e de sistemas de
engorda de gado;
(3) Promover e disseminar os resultados da investigação de suplementos alimentares
para o gado bovino no tempo de seca;
(4) Estabelecer padrões de qualidade, realizar a acreditação e metrologia de
produtos agrários ao nível das exigências regionais e internacionais para maior
penetração no mercado nacional e internacional;
(5) Reforçar os Serviços Veterinários no exercício da fiscalização, controlo veterinário
a todos os níveis para garantir a disponibilidade de serviços de saúde animal e a
protecção dos efectivos nacionais contra doenças;
(6) Promover o acesso ao crédito agrícola e estímulo ao crescimento de profissionais
e produtores agrários;
(7) Expandir o estabelecimento de casas agrárias e mercados grossistas de insumos
e produtos agrários;
(8) Promover condições de trabalho e de habitação ao nível local para os técnicos de
apoio e assistência no sector agrário;
(9) Promover a construção e reabilitação de instalações de unidades de inspecção,
Fonte: Informação produzida a partir de Anuários Estatísticos do INE e do Balanço do PES (2010) do GdM
Deste gráfico consegue-se decifrar quão difícil foi e continua a ser a trajectória da
produção do sector agrícola ao longo de 35 anos.
Bibliografia:
Abrahamsson, H. E Nilsson, A. (1994),
, CEEI-ISRI, Maputo;
Castel-Branco, C.N. (1994), , UEM, Maputo;
CNP-Comissão Nacional do Plano (1984), , Maputo;
INE-Instituto Nacional de Estatística,
FRELIMO
GoM-Governo de Moçambique (2005), , Maputo;
GoM-Governo de Moçambique (1995; 2000; 2005, 2010) Programas Quinquenais;
GoM-Governo de Moçambique (1979), ,
Maputo;
Machel, S.M. (1983), , Partido Frelimo, Maputo;
Mosca, João (2011), , Escolar Editora, Maputo;
Wuyts, M. (1978), , CEA, UEM, Maputo.