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DOCÊNCIA MAÇÔNICA

APRENDIZ MAÇOM
MÓDULO 7

OS CARGOS EM LOJA
VENERÁVEL MESTRE

O Venerável Mestre é o primeiro oficial e o Presidente de uma Loja


Simbólica. Para que possa ser eleito a este elevado cargo, o
candidato precisa ter desempenhado os cargos e dignidades
inferiores e, necessariamente, ter exercido o cargo de Vigilante.
Estará, desta forma, habilitado a desempenhar as funções de
instrutor da Loja.

Suas atribuições são definidas pela Constituição da Obediência a


que pertence a Loja, e pelo Rito por ela praticado.

O Venerável Mestre tem assento no Oriente, e sua poltrona é


também chamada, às vezes, trono. Acha-se colocada diante de
uma mesa e por baixo de um dossel. Para chegar-se ao Trono da
Sabedoria, é preciso galgar três degraus, cuja denominação, em
Maçonaria, é: Pureza, Luz, Verdade. Desde outros tempos, já o
padre sobre por três degraus. No antigo Egito, representavam os
conceitos de corpo, alma, espírito. Simbolizam, esotericamente,
as três etapas da vida: juventude, madureza, velhice.

Como chefe tradicional da Loja, o Venerável é eleito pelos


Mestres, seus pares. Sua obrigação é procurar harmonizar as
forças e qualidades de seus Irmãos e, ao mesmo tempo, dar uma
orientação aos trabalhos. Deve, contudo, permanecer um chefe
democrático, muito estritamente ligado a seus outros Irmãos.

O Venerável Mestre é o responsável pelo sucesso dos trabalhos


de sua Loja, e sua atenção deve estar sempre voltada a motivar as
sessões, para que não se tornem fastidiosas e sem interesse.
Procurará, portanto, provocar pesquisas destinadas a elevar a
espiritualidade dos membros da Loja, tendo como principal objetivo
o aperfeiçoamento iniciático dos Obreiros de todos os graus. Todo
seu cuidado estará voltado para que seja estabelecida a mais
sincera cordialidade entre os Irmãos da Oficina, o que permitirá o
nascimento da fraternidade. Deverá representar, entre os Irmãos
da Loja, a Sabedoria. Seu papel é o de jamais perder de vista a
meta traçada, e evitar extravios na procura da realização de seus
objetivos. Deve dirigir a Loja, segundo os ditames da sua
consciência, procurando atrair os Obreiros aos trabalhos, para
ministrar-lhes os mais amplos conhecimentos e ensinamentos
maçônicos.

Será o mais assíduo Obreiro da Loja, porque nada desmoraliza


mais uma Oficina do que suas freqüentes ausências.

Tornou-se costume, nas questões ordinárias, o Venerável não


votar, mas utilizará sua prerrogativa de voto de Minerva sempre
que houver empate na votação. Não poderá fazê-lo, porém, nas
votações secretas, para não quebrar o devido sigilo, ou seja, tem
direito de votar secretamente nos sufrágios que assim o exigirem,
somente não operando como desempatador.

A jóia do Venerável Mestre é o Esquadro, e este traça o seu dever:


benevolência para com todos e rigorosa imparcialidade. Recebe
assim, da Geometria, uma lição de escrupulosa eqüidade.
Sentado no eixo da Loja, ele é neutro, mas não indiferente.

Dentro de uma Loja, ninguém tem o direito de censurar o


Venerável, por isso deverá estar à altura de fazer jus a este grande
privilégio. Todavia, vale ressaltar que o Orador, dentro de suas
atribuições, poderá intervir no andamento dos trabalhos, mas
somente em caso de ferimento à ordem ritualística.

O 1º VIGILANTE
O 1º Vigilante tem acento no Ocidente. Sua jóia é o Nível, para
significar que a igualdade lhe é sagrada.

Em caso de vaga ou renúncia, a ele cabe concluir o mandato do


Venerável Mestre, desde que devidamente instalado. Cabe-lhe,
também, ministrar instruções aos Aprendizes e solicitar a palavra
ao Venerável Mestre para os Obreiros de sua Coluna. Como
ministrante de instruções aos Aprendizes, cabe-lhe opinar sobre as
Elevações.
Seu trono, junto à Col B, eleva-se sobre dois degraus: Justiça
e Fortaleza.

QUEM SÃO OS VIGILANTES?

São assim denominados os dois primeiros Oficiais de uma Loja


Maçônica que seguem, por ordem hierárquica, ao Venerável
Mestre, ao qual sucedem na presidência durante seus
impedimentos. Estes três Oficiais são também denominados as
três pequenas Luzes. As três Grandes Luzes, vale lembrar, são o
Esquadro, o Compasso e o Livro da Lei. Exercem, na Loja, em
escala reduzida, atribuições semelhantes às do Venerável Mestre:
o 1º Vigilante, em todo Ocidente; o 2º, ao Sul do Ocidente.

Somente o Venerável Mestre pode chamar a atenção dos


Vigilantes, os quais acentuam suas intervenções com um golpe de
malhete, seja para chamar a atenção de algum Obreiro, seja para
pedir a palavra ao Venerável Mestre.

Pelo malhete, que é a insígnia de sua autoridade, os Vigilantes


têm o privilégio de fazer uso da palavra, permanecendo sentados,
ao mesmo tempo em que têm a prioridade da palavra antes de
qualquer Irmão, salvo o Venerável.

Concorrem com o Venerável Mestre para a instrução dos


Aprendizes e dos Companheiros. Não lhes cabe, porém, o direito
de criticar uma peça de arquitetura ou um trabalho para aumento
de salário. Ora, se algum Obreiro não obteve condições de
apresentar um trabalho de bom quilate, trata-se de falha de toda a
Loja, em especial, de seus dirigentes que, por certo, não
dedicaram suficiente atenção ao Irmão, de sorte que descabe a
crítica.

De uma maneira genérica, suas atribuições são as seguintes:

· Assessorar o Venerável Mestre no


desempenho da sua função de administrador
da Loja.
· Nas suas colunas respectivas, são os
responsáveis diretos pelo desempenho dos
Aprendizes e Companheiros.
· São os porta-vozes das respectivas Colunas
em suas reivindicações e postulações.
· Responsabilizam-se pela disciplina maçônica
em suas Colunas.
· Concedem, sempre através de golpes de
malhete, a palavra aos Obreiros de suas
respectivas Colunas.
· São responsáveis pela cobertura do Templo.
· Em circulação pelo Oriente do Templo,
verificam se os Obreiros das Colunas
possuem o grau equivalente à Sessão que irá
se processar.

É importante lembrar que a boa escolha dos Vigilantes ensejará a


boa escolha de Veneráveis Mestres. A Vigilância é um estágio
prático e probatório para o Veneralato.

Em suas ausências, os Vigilantes são substituídos pelos Expertos


e, na falta destes, por qualquer Mestre Maçom do Quadro.

Lembremos, todavia, que os Expertos não são substitutos do


Venerável Mestre.

O 2º VIGILANTE
O 2º Vigilante tem acento ao Sul do Ocidente, no meio da Loja,
achando-se seu Trono elevado sobre um degrau que simboliza a
virtude da Prudência. Segundo o ritual, observa o Sol no
meridiano e chama os Obreiros do trabalho à recreação e da
recreação ao trabalho. Sua jóia é o Prumo, para significar que não
se deve parar no aspecto exterior das coisas, mas, sim, penetrar o
sentido oculto das alegorias e dos símbolos.
É o terceiro na linha sucessória da Loja, cabendo-lhe concluir
o mandato do Venerável Mestre em caso de vaga ou
renúncia deste e mais do 1º Vigilante.

Dirige a Coluna do Sul, ministrando instruções aos Companheiros


e opinando sobre as exaltações.

Na ausência do Venerável Mestre, do 1º Vigilante e de Mestres


Instalados, dirige a Loja a descoberto.

ARQUITETO DECORADOR

O Arquiteto é o responsável pelo patrimônio da Loja. Cabe-lhe


decorar e ornamentar o Templo antes do início de cada Sessão,
recolhendo os utensílios após o encerramento. Tem ainda a
faculdade de requisitar quaisquer objetos necessários ao preparo
da Loja.

Pelo Regulamento, deve ser o responsável pela escrita de um


Livro de tombamento dos bens patrimoniais e demais pertences da
própria Oficina, ou de sua responsabilidade.

Sua jóia é constituída de um maço e um cinzel cruzados.

O CHANCELER OU GUARDA-SELOS
O Chanceler é o oitavo Oficial da Loja. Sua mesa encontra-se do
lado de fora da grade do Oriente, ao lado da do Secretário, e
fronteira a do Tesoureiro. É também chamado o Guarda dos
Selos, por ser o depositário dos mesmos, assim como dos sinetes
e do timbre da Loja.

Ficam também a seu cargo o Livro Negro, o Livro de Presenças e


outros determinados por Lei ou pela Oficina.

É o Chanceler que informa sobre a assiduidade dos Irmãos.


Nesse sentido, também se pode dizer que opina sobre as
Elevações e Exaltações, eis que acompanha de perto a freqüência
dos Obreiros. Do mesmo modo, quanto às eleições, pelo controle
da assiduidade dos votantes.

Sua jóia é um timbre.


O COBRIDOR

Compete-lhe:

 Permanecer no átrio durante as Sessões,


pronto a atender qualquer chamado vindo
do interior do Templo.
 Juntamente com o Guarda do Templo,
zelar pela manutenção do silêncio externo
enquanto a Loja estiver funcionando,
representando, ao Venerável Mestre,
sobre qualquer infração havida.
 Auxiliar o Arquiteto no preparo dos locais
de Sessões, bem como na conservação
dos pertences da Loja.
 Proceder à inspeção inicial da
documentação apresentada por qualquer
Obreiro que deseje participar dos
trabalhos, solicitando-lhe a Palavra
Semestral após o telhamento.

Trata-se de cargo da maior importância, razão por que deve ser


confiado a um Maçom de responsabilidade, preferencialmente
Mestre Instalado, para que possa telhar os visitantes em todos os
graus.

Sua jóia é um alfanje.

DIRETOR DE HARMONIA

Ao Diretor de Harmonia ou Mestre de Harmonia compete instruir-


se devidamente dos Rituais, preparando músicas apropriadas às
Sessões, especialmente quando se tratar de Magnas.

Sua jóia é uma lira.


OS EXPERTOS
O cargo de Experto é originário do Rito Moderno ou Francês.
Denominava-se então o “Irmão Terrível”. A partir de 1805,
recebeu a denominação de Experto. Além das disposições
ritualísticas, compete-lhes substituir os Diáconos nas faltas ou
impedimentos destes.

Sua jóia é um punhal.

GUARDA DO TEMPLO

Além das disposições constantes do Ritual, compete ao Guarda do


Templo zelar assiduamente pala segurança do mesmo, e ainda:

 Proceder ao exame dos Maçons,


quando de sua entrada no Templo, só
permitindo o ingresso daqueles que
estiverem devidamente trajados e ainda
revestidos das respectivas insígnias.
 Juntamente com o Cobridor, auxiliar
na manutenção da ordem e disciplina,
fazendo conservar rigoroso silêncio no
átrio.
 Anunciar sempre e regularmente a
presença de alguém que bata à porta do
Templo.
 Impedir a entrada ou saída de quem
quer que seja sem a prévia autorização
do Venerável Mestre.

Sua jóia constitui-se em duas espadas cruzadas.

O HOSPITALEIRO OU ESMOLER

Desde tempos imemoriais, estabeleceu-se o costume de as Lojas


manterem uma caixa de socorro. Esse legado da maçonaria
operativa passou à maçonaria especulativa, e os maçons não se
separam sem ter depositado um óbolo no Tronco de Beneficência,
o qual circula, obrigatoriamente, antes do encerramento ritualístico
dos trabalhos.
Antigamente, quando a Loja compunha-se de apenas sete irmãos,
o Experto recolhia as oferendas de que se encarregava o 2º
Vigilante. Posteriormente, no entanto, a caixa de socorro foi
confiada ao Irmão Hospitaleiro, encarregado de fazer circular em
Loja o Tronco de Solidariedade.

A obrigação do Hospitaleiro era de visitar, cuidar e socorrer os


enfermos membros da Loja e, ainda, os profanos que lhe fossem
designados, dando conhecimento de suas atividades à Oficina. O
fundo era inteiramente secreto e conservado separado de todas as
outras receitas e despesas.
Com a mudança dos tempos, o Hospitaleiro limita-se, atualmente,
apenas a recolher o Tronco de Solidariedade.

Depois de seu giro ritualístico pela Loja, obedecendo à ordem do


Venerável Mestre, entrega-o ao Tesoureiro e, com ele, confere o
produto, voltando ao seu lugar.

Sua jóia é um saco ou bolsa.

MESTRE DE BANQUETES
Cabe-lhe organizar e preparar os banquetes realizados pela Loja,
inclusive solicitando ao Tesoureiro os metais necessários para
tanto, com a devida autorização do Venerável Mestre e com
posterior prestação de contas.

Sua jóia é constituída de dois bastões cruzados.

O MESTRE DE CERIMÔNIAS

Além dos cargos principais, para que uma Loja se torne justa e
perfeita, outros existem que se tornaram essenciais para o
funcionamento de uma Oficina com número regular de Obreiros.
Um deles é o de Mestre de Cerimônias, cargo no qual se
desdobrou o de Experto. Atualmente, é um dos mais importantes
da Loja, cabendo a ele introduzir os Irmãos visitantes, depois de
severamente trolhados. Encabeça os cortejos que passam sob a
abóbada de aço, cerimonial este tirado da corte da França.

O Mestre de Cerimônias é responsável pelo bom andamento dos


trabalhos e pela ordem material da Loja. Antes da abertura dos
trabalhos, deve cuidar para que o material ritualístico esteja no seu
devido lugar. É o encarregado do cerimonial e da liturgia de uma
Oficina. Suas atribuições são bastante claras nos Regulamentos e
Rituais.

É uma das tarefas mais importantes, que requer muito gosto


pessoal e desenvoltura na chefia do cerimonial. O Mestre
designado para esta função deve conhecer perfeitamente as
normas de liturgia e ritualística de sua Potência Maçônica e o
Rito em que sua Loja trabalha.

Além dessas obrigações, são basicamente suas funções fixas:

 Circular com o Saco de Propostas e Informações.


 Organizar as comissões para introdução de Maçons visitantes ao
Templo.
 Organizar a procissão de entrada, acompanhar o Venerável
Mestre ao Altar, compor, por delegação do Venerável Mestre, a
Loja, verificar se a mesma está composta, incensar os
recipiendários e contar os votos nas votações simbólicas.

O Rito Brasileiro admite a hipótese de ter um segundo Mestre de


Cerimônias. Os Ritos de York e Schröeder não têm este cargo.

Sua jóia é uma régua.

O ORADOR
De acordo com a tradição, três dirigem a Loja e cinco completam o
seu esclarecimento. As duas Luzes complementares são o Orador
e o Secretário, tendo ambos assento no Oriente à direita e à
esquerda do Venerável.

O Orador é o guardião nato da Constituição e dos Regulamentos


Gerais, assim como do Regimento Interno de uma Loja. Daí dizer-
se que representa a consciência da Loja. Deve ter deles o melhor
conhecimento, como também da tradição e do espírito maçônico,
para poder interpretá-los com a maior isenção, requerendo sua
observância.
Auxiliado por um bom Orador que uma, à madureza de um juízo
reto, uma sólida erudição, será muito difícil um Venerável Mestre
cair em equívocos ou exceder-se no exercício de suas funções.

A igualdade, a liberdade, a razão, o direito e a justiça devem


encontrar no Orador a mais sólida garantia.

O Orador deve presenciar o escrutínio das votações e assinar as


atas dos trabalhos de cada sessão. Cabe-lhe apresentar peças de
arquitetura nas festas da Loja e nas cerimônias fúnebres, onde
exaltará as qualidades distintivas do Irmão.

O cargo de Orador obriga ao exercício do papel de acusador em


matéria disciplinar, gozando de certa independência com relação
ao Venerável.

A jóia do Orador consiste em um livro aberto.

O Orador ou Guarda da Lei é, no escalonamento hierárquico da


Ordem, a quarta posição dentre os membros da administração da
Loja.

Suas atribuições dizem respeito ao cumprimento da Legislação


Maçônica, quer de origem escrita, como Constituição e
Regulamento Geral da Potência, Códigos, Leis, Decretos e Atos
dos Poderes Constituídos, de Regimentos Internos da Loja, quer
da tradição, usos e costumes relativos à Potência à qual pertence
a Oficina.

É, concomitantemente, o Promotor de Justiça dentro da Oficina, e


a ele cabe o enquadramento legal de todos os atos praticados
pelos Obreiros ou pela Loja.

Ao Orador cabe a leitura de todos os Atos Oficiais, sendo

que os Decretos e as Conclamações oriundas do Grão-

Mestrado são lidos com a Loja de pé e à ordem.

São ainda atribuições básicas do Orador:


· Fazer parte da composição da Mesa
Eleitoral.

· Assistir a verificação dos escrutínios


secretos e a coleta do Saco de Propostas e
Informações.

· Assinar, com o Venerável Mestre, os


balaústres das Sessões.

· Celebrar, com peças de arquitetura


apropriadas, todas as efemérides especiais da
Loja e da Ordem.

· Saudar, em nome do Venerável Mestre e por


delegação dele, os visitantes e autoridades
maçônicas e profanas.

No Rito de York, tem o nome de Capelão, e, no Rito Schröeder,


não existe a figura do Orador.

OS DIÁCONOS
Dois Oficiais exercem este cargo nas Lojas dos Ritos de York e
Escocês Antigo e Aceito. Sua função é transmitir as ordens das
Luzes aos Irmãos e cumprir determinadas cerimônias.

O 1º Diácono senta-se próximo e à direita do Venerável Mestre,


que põe em comunicação com a 1ª Vigilância. O 2º coloca-se ao
lado e à direita do 1º Vigilante, para transmitir suas ordens ao 2º
Vigilante e aos demais membros da Loja.

O 1º Diácono recebe do Venerável Mestre a Palavra Sagrada e


transmite-a ao 1º Vigilante, colocando-se, a seguir, no vértice
Norte do Altar dos Juramentos.

O 2º Diácono recebe-a do 1º Vigilante, levando-a ao 2º Vigilante,


colocando-se, em seguida, no vértice Sul do Altar. Quando da
abertura e do fechamento do Livro da Lei, ambos cruzam seus
bastões por sobre o mesmo.

Suas jóias são: um malho, para o 1º Diácono; uma trolha, para o


2º.
PORTA-ESTANDARTE E PORTA-ESPADA
Compete-lhes acompanhar o Venerável Mestre nas Sessões de
Consagração de Grau, portando o Estandarte e a Espada
Flamígera, respectivamente.

Suas jóias são: um estandarte, para o Porta-Estandarte; uma


espada, para o Porta-Espada.

O SECRETÁRIO

Como o Orador, o Secretário tem acento no Oriente e seu trono


lhe é fronteiro. Representa a memória da Loja, porque uma razão
judiciosa não é a única a nos esclarecer, eis que nossos atos
seriam falhos de coordenação entre si, não fora a memória.
O Secretário redige os balaústres. Consigna, por escrito, o que
merece ser conservado. Fornece os quadros destinados à Grande
Secretaria. Na prática, o Secretário esclarece a Loja, ao
relembrar-lhe as decisões tomadas. Encarrega-se também da
correspondência e do expediente, lançando, nos documentos, o
destino dado pelo Venerável Mestre.

No decorrer dos trabalhos da Loja, o Secretário traça um esboço


do que se passou, consignando-o, a seguir, no Livro de Atas.
Deve ser prudente na redação. Sem ser prolixo, deve consignar
tudo o que se passou durante a Sessão. Contudo, evitará que
sejam consignadas expressões demasiadamente cruas, ainda que
relate com exatidão a forma pela qual a Sessão decorreu.

O Secretário não deve esquecer que suas palavras passarão à


posteridade, servindo de histórico da Loja.

Pede diretamente a palavra ao Venerável Mestre.

O cargo de Secretário que se segue, no escalonamento


hierárquico da Loja, ao do Orador, é um cargo eminentemente
administrativo, e a escolha de um Irmão para este cargo deve levar
em consideração esse aspecto.
Por menor que seja a Loja, a Secretaria é sempre bastante
trabalhosa e, de seu desempenho, depende, em grande parte, o
relacionamento e a memória da Loja.

O Secretário deve ter pela função gosto especial e sempre deve


escolher, entre os Mestres, secretários adjuntos, para com eles
dividir seu trabalho, bem como para treiná-los para que,
futuramente, também possam vir a desempenhar o cargo.

Basicamente, as atribuições do Secretário são as seguintes:

· Fazer o registro dos balaústres das Sessões.

· Cuidar das correspondências recebidas e


expedidas pela Loja.

· Cuidar do arquivo de correspondências da


Loja.

· Manter o relacionamento com a Grande


Secretaria.

· Manter os fichários e arquivos dos Obreiros


rigorosamente em dia, anotando todas as
ocorrências que surgirem.

· Assistir à coleta do Saco de Propostas e


Informações.

· Cuidar do Livro Negro.

· Manter em dia todos os registros que


impliquem na perpetuação da memória da
Loja.

· Passar certidões, redigir e fixar editais.

Sua jóia constitui-se em duas penas cruzadas.


O TESOUREIRO
O cargo de Tesoureiro é um desdobramento do de Secretário.
Todavia, deve ser eleito por seus pares com, pelo menos, metade
mais um dos votos, incluídos nulos e brancos. Esse Oficial deve
receber as quotizações, os direitos de recepção e de filiação, os
donativos, pagando todas as importâncias devidas pela Oficina,
principalmente aquelas inerentes à Obediência. Cabe-lhe também
fazer relatórios a respeito da situação financeira da Loja.

Um bom Tesoureiro deve manter em dia suas obrigações, efetuar


os Orçamentos, apresentar os balancetes à Loja e arrecadar em
dia as obrigações pecuniárias dos Obreiros.

Importante também é que o Tesoureiro procure sempre


fórmulas novas para consolidar o patrimônio financeiro da
Oficina.

Presta contas de maneira imediata ao Venerável Mestre e aos


membros da Comissão de Finanças e, de forma mediata, ao
plenário da Loja.

Sua jóia é uma chave.

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