TCC - Lincoln Ronyere Cavalcante Ribeiro
TCC - Lincoln Ronyere Cavalcante Ribeiro
TCC - Lincoln Ronyere Cavalcante Ribeiro
MOSSORÓ – RN
2013
LINCOLN RONYERE CAVALCANTE RIBEIRO
MOSSORÓ-RN
2013
LINCOLN RONYERE CAVALCANTE RIBEIRO
BANCA EXAMINADORA
DEDICATÓRIA
vida.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo o dom da vida com muita saúde, paz, amor, esperança, força e coragem, e
pelos planos que traçou para ela, e por colocar pessoas maravilhosas ao meu redor.
Aos meus pais, Lucia Cavalcante e Roberto Emídio, por estar o tempo todo na minha
vida nos momentos tristes e felizes, sempre me dando amor e carinho, pelos conselhos,
fazendo com que eu me torne uma pessoa melhor a cada dia que passa, agradeço por
sempre estar mostrando os caminhos certos que devo seguir afim de facilitar a
realização dos meus sonhos. Afinal agradeço por tudo desde período de gestação até os
dias atuais, obrigado pai e mãe por me ensinar a viver e serem meus exemplos na vida,
amo muito vocês.
Ao meu irmão, Ronyberto, agradeço por todo incentivo que me deu ate hoje, por ser
uma referência na minha vida, por ter a certeza que posso sempre contar com ele, por
me dar conselhos visando meu melhor, e pelas vezes que se preocupou comigo.
Obrigado irmão.
A minha namorada, Glenia Aquino, por todo amor, paciência, estimulo e tranquilidade
durante este período que estamos juntos. Obrigado meu amor, Te amo!
Aos meus avós paternos Luiza Lucas e João Sobrinho por me darem conselhos e
contribuir na minha educação.
Ao meu Orientador, Dr. Marcelo Tavares Gurgel e ao meu coorientador Silvio Roberto,
por toda atenção e assistência prestada, contribuindo para a realização deste trabalho.
Aos meus tios Nicolau, Luizinho, Marcos, Paulo, Nicodemos, Luzineide, Marcos
Ribeiro, Zoraia, Fracimário, Weliton, Tiquinho, França, Irmã, Francinete, Chaga,
Cicero, Tonha. Agradeço por servir de referências na minha vida e por ter acompanhado
o meu crescimento.
Aos primos, por fazerem parte da minha vida e contribuírem de forma positiva no meu
aprendizado.
A todos os amigos que juntos cultivamos verdadeiras amizades em uma família fora de
casa, em longos e prósperos anos de convivência.
“O homem que está isento de erros é
aquele que não arrisca acertar”
(Albert Einstein)
Resumo
O tijolo modular de solo cimento surge como uma alternativa inovadora no mercado, para
amenizar os impactos ambientais negativos, gerados pelas empresas do ramo da construção
civil. Diferentemente dos tijolos convencionais o modular de solo-cimento não é necessário ser
cozidos, amenizando assim o desmatamento e a emissão de gases poluentes na atmosfera. Em
relação a este produto existem ainda vários estudos em sua área, mas no município de Mossoró
e em todo o estado do Rio Grande do Norte a pouco. Nesse sentido, este estudo foi realizado no
período de janeiro a abril de 2013, visando contribuir com a difusão de informações e mais
conhecimento acerca de tijolo modular de solo-cimento. Para isso, foram realizadas revisões na
literatura, analisando o processo de produção e a viabilidade do tijolo modular de solo-cimento.
Ao longo deste trabalho percebeu-se informação com aspecto positivo quando relacionadas a
economia total da obra e redução nos poluentes (CH4 e CO2).
The soil cement brick modular emerges as an innovative alternative in the market, to mitigate
the negative environmental impacts generated by companies in the construction business.
Unlike the conventional bricks modular soil-cement is not necessary to be cooked, thus
mitigating deforestation and greenhouse gas emissions in the atmosphere. On this product there
are several studies in your area, but in the Mossoró and throughout the state of Rio Grande do
Norte by little. Thus, this study was conducted from January to April 2013, aiming to contribute
to the dissemination of information and knowledge more brick modular soil-cement. For this,
revisions were made in the literature, analyzing the production process and the viability of brick
modular soil-cement. Throughout this work was realized with positive information when related
to the overall economy of work and reduction in pollutants (CO2 and CH4).
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
2.1. SOLO-CIMENTO
entra em maior proporção, devendo ser tal que permita o uso da menor quantidade
possível de cimento (ROLIM et al., 1999).
As proporções ideais de cada material no composto do solo-cimento variam de
acordo com a composição do solo utilizado (RIBEIRO FILHO et al., 2006).
A utilização do solo como material de construção pode se dá tanto na forma
como ele é encontrado (solo natural), ou após correção de algumas de suas propriedades
de engenharia, como a umidade ótima e o peso especifico aparente do solo-seco.
(FERRAZ et al., 2000).
O solo-cimento, portanto, trata-se de um material, cujas características técnicas
atendem plenamente aos requisitos de desempenho para a aplicação em diversos tipos
de serviços, como base para pavimentos rodoviários e aeroportuários, confecção de
tijolos e paredes maciças, blocos para alvenaria, proteção de taludes de barragens de
terra, revestimento de canais, etc. (ABCP, 1986; NASCIMENTO, 1994).
A construção de parede com solo-cimento pode ser utilizada segundo dois
métodos construtivos: o de paredes monolíticas e o da produção de tijolos ou blocos
prensados. A escolha da técnica a ser utilizada depende das características de cada obra
em particular.
Segundo a ABCP (1995), a utilização do solo-cimento na construção de
habitações permite redução de custos que pode chegar a 40%. Contribuem para isto o
baixo custo do solo, que o material usado em maior quantidade, e também a redução dos
custos com transporte e energia-quando trabalhados com recursos locais. Existe ainda a
possibilidade de se reduzir os custos com mão de obra, pois o processo não requer, um
grande número de profissionais especializados em construção.
2.2.1.1 Solo
2.2.1.3. Água:
De acordo com Pires (2004) a água deverá ser isenta de impurezas nocivas à
hidratação do cimento, como matérias orgânicas, e sulfatos, sendo as águas potáveis
adequadas para o processo de mistura do solo com o cimento para fabricação do tijolo
modular de solo cimento.
Na hipótese do emprego de águas de cisternas, a mesma deve ser previamente
analisada, para ter a segurança que seus componentes não venham gerar danos a
mistura.
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Para realizar o armazenamento do solo é necessário que o local seja coberto, não
podendo pegar chuva. Isto ocorre, pois caso o solo encontre-se úmido demais, será
demorado secá-lo por igual de forma natural. Na jazida, não há tanta dificuldade em se
retirar o material seco, pois só uma pequena espessura fica saturada; portanto, o maior
cuidado deve ser no armazenamento.
Se caso for necessário despejar o solo em contato direto com o terreno, pode
possibilitar que água penetre na parte desprotegida do solo, sendo necessário assim
cobrir a pilha, com o objetivo que a água não penetre na parte de baixo do solo deve-se
colocar lona plástica, como encontra-se na figura 2.
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2.2.4 Peneiramento
Inicialmente o solo deve ser peneirado, de forma que se trabalhe apenas com o
material passante em uma malha de 4,8mm (Peneira n.º 4) (NBR 12023/ 1992). No caso
da não disponibilidade desta adota-se peneira de malha 5mm que tem maior facilidade
de ser encontrada no mercado. Representado na figura 3.
o material ficar retido mais de 50% na peneira 4,8 mm, seja necessário levar para o
destorroador e depois dar continuidade novamente ao peneiramento.
▪Adicione um balde de cimento sobre o solo de forma a cobrir toda a porção e com uma
enxada, homogeneíze a mistura, até atingir uma só coloração.
▪Espalhe novamente a mistura, adicione água com o auxílio de um regador, até atingir a
umidade ideal de moldagem, conferindo-se pelo processo prático;
▪ Peneire toda a mistura já umedecida, colocando-se no silo da máquina para a
confecção dos tijolos.
▪ O tempo máximo de uma hora é estabelecido para cada traço de mistura, em função do
início e fim de “pega” do cimento.
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A quantidade de água a ser adicionada à mistura deve ser feita uma avaliação
empiricamente. Isto ocorre, pois a umidade do solo empregado ao longo do processo de
produção pode variar sensivelmente (Fig. 7).
Após seis horas de moldagem e durante os sete primeiro dias, as peças devem
ser umedecidas constante e frequentemente com regador úmido de chuveiro, a fim de
garantir a cura necessária. Podem-se posicionar os tijolos de lado, para que ocupem
menor espaço, distantes cerca de 0,5 cm um do outro. Colocando os tijolos sobre uma
superfície plana com altura máxima da pilha de 1,5 m (Fig. 10).
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Deve-se proteger a pilha com uma lona em casos onde não há condições de cura
em local coberto. De acordo com as normas da ABNT, só depois de 14 dias é que os
tijolos poderão ser aplicados na construção.
A NBR 10834 especifica que os blocos prontos não devem apresentar fissuras,
fraturas ou outros defeitos que possam prejudicar o assentamento, a resistência e a
durabilidade da alvenaria.
O transporte deste tijolo deve ser feito através de pallets ou carrinhos de roda de
borracha.
Alguns cuidados devem ser tomados para evitar problemas com o tijolo, como
em relação a temperatura do ambiente: se for relativamente elevada, antes do tijolo
completar o período de cura, não podendo colocar o tijolo ao sol. O ideal é que a
temperatura se mantenha constante durante esse período, pois a expansão e contração
das argilas podem gerar trincas (fig. 11). Tendo também que tomar cuidado com o
excesso de umidade durante o processo de cura, pois pode aparecer a ação de fungos
(fig. 12).
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Tudo começa a partir da visão de algumas empresas que por sua vez demonstra
uma preocupação com o meio ambiente tentam criar ou inovar algum produto a fim de
despertar o cliente pelo aquele produto. Segundo Churchill e Peter (2000, p.264 ) “ a
busca de novas ideias deve começar pelos desejos e necessidades dos clientes”.
Uma empresa que optou por fabricar o tijolo ecológico foi a empresa Eco
Solution, pois é uma das empresas que se preocupa em reduzir os impactos ambientais
produzidos pela construção civil, pois o produto não passava pelo processo de queima,
onde para a construção de uma casa com tijolo convencional, faz-se o uso de 9 árvores
para a queima dos tijolos. Sabendo que isto não é o suficiente para a preservação
ambiental e a escassez dos recursos naturais.
A inovação assume varias formas. Existe a inovação que resulta em
laser ou em comunicação via satélite ou na cura de uma doença
terrível. Essas não são apenas novas formas de fazer as coisas, mas
coisas inteiramente novas, desenvolvimentos que ocorrem uma vez na
vida derivados de um grande investimento de tempo, dinheiro e
intelecto humano. Depois, há outro tipo de inovação mais simples,
embora igualmente importante. São os avanços que utilizam a
tecnologia existente, observando-a sob novo ponto de vista para
realizar uma tarefa de modo mais barato, melhor ou mais rápido, ou os
três.
(PRUSHAN, 1999, p. 125).
Esta inovação é muito benéfica para toda sociedade, pois irá gerar uma redução
nos custos da obra reduzindo os impactos gerados na área da construção civil.
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De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2002, p. 79) “para as empresas que
concorrem diretamente em preço, o custo será seu principal objetivo de produção.
Quanto menor o custo de produzir seus bens e serviços, menor pode ser o preço a seus
consumidores”.
Onde:
Diâmetro do furo (D) =0,0666cm
Raio(R) = 0,0333m
Comprimento (A) = 0,25m
Largura(B) = 0,125m
Altura (h) = 0,0625m
▪Como o tijolo tem dois orifícios (NO) calcula-se o volume vazio (para mil tijolos):
Onde: NO = Número de orifícios
Volume vazio = 1000 x NO x 3,14 x R² x h
Volume vazio = 1000 x 2 x 3,14 x (0,0333)² x 0.0625
Volume vazio = 0,435m²
▪Tendo a soma depois por diferença destes volumes encontra-se o volume real do tijolo
com dois orifícios (para mil tijolos):
Volume Real com orifício = Volume total – Volume vazio
Volume Real com orifício = 1,953- 0,435
Volume Real com orifício = 1,518 m³
Visto que o tijolo será produzido na mesma fabrica onde foi produzido o
maciço, podem-se considerar os valores iguais para o maquinário, mão de obra,
encargos patronais, manutenção da fábrica, despesas administrativas e lucro,
estabelecidos no custo do tijolo maciço. Logo se percebe que o valor de 1 milheiro do
tijolo com dois orifícios será o mesmo do maciço custando R$ 217,89 (Duzentos e
dezessete reais e oitenta e nove).
▪ Custos de cimento
2.6.1 Vantagens
O tijolo modular com a mistura de solo- cimento difere dos tijolos tradicionais,
pois dispensa a queima. Esse processo deixa o tijolo modula de solo- cimento em
vantagem, colaborando muito com o meio ambiente não precisando cortar árvores para
fazer a queima, consequentemente não emite gases tóxicos. Outro aspecto importante é
o design do tijolo modular de solo – cimento que é produzido de maneira a reduzir o
valor da mão de obra e o tempo gasto na hora da construção. Segundo a revista Meio
Ambiente Industrial ( 2007, p. 70 ) “ O maior desafio no atual cenário industrial em
relação ao meio ambiente é enxergar a longo prazo. Muitas ações que estão sendo
tomadas agora podem refletir de maneira negativa ou positivas em um futuro próximo.”
Este tijolo possui inúmeras vantagens na sua utilização, pois de acordo com a
empresa Vimaq Prensas, ao termino de sua construção é possível ter uma economia de
35 a 45 % do custo total da obra. Como esta representada na fig. 16.
2.6.2 Desvantagens
2.8.1 Ambientais
das cerâmicas de tijolo convencional que emitem poluentes ao ar podendo ocorrer sérios
danos ao meio ambiente.
O tijolo modular de solo - cimento gera um impacto ambiental positivo, no qual
as empresas se preocupam em fazer investir em busca de inovação para reduzir a
emissão de poluentes no ambiente. O tijolo modular diferentemente do convencional
não produzido a partir da queima, e sim de uma mistura que tem solo em maior
proporção e cimento em menor quantidade com água tem como ganho resistência no
período de cura não precisando de ser cozinhado através de lenha obitida da derrubada
de árvores, tendo um menor custo, econômico e também menor impacto negativo ao
ambiente: matas e solos
2.8.2 Sociais
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MEIO AMBIENTE INDUSTRIAL. São Paulo: Tocalino, n.o 65, jan/fev. 2007. ISSN
1806-650X.
MYRRHA, M. A. de. L. Solo cimento para fins construtivos. In: FREIRE, W.J.
BERALDO, A.L. Tecnologias e materiais alternativos de construção. São Paulo:
Editorada Unicamp, 332p., cap.4, p.95-120, 2003.