A Influência Da Música Na Mente e No Corpo
A Influência Da Música Na Mente e No Corpo
A Influência Da Música Na Mente e No Corpo
PINDAMONHANGABA-SP
2018
ÁLVARO LUIZ FONSECA BENFICA
PINDAMONHANGABA-SP
2018
ÁLVARO LUIZ FONSECA BENFICA
Banca Examinadora:
.
Prof.º Dr. Edson Fernando Fumachi
.
Prof.º Me. Cladenir Dias Lima
.
Prof.ª Esp. Érica Andréia Cortez Monteiro
.
Orientador: Prof.ª Esp. Érica Andréia Cortez Monteiro
PINDAMONHANGABA-SP
2018
À minha família, pela paciência, aos
meus amigos, pela irmandade, e, aos
meus mestres, pela troca de
sabedorias.
AGRADECIMENTOS
A minha orientadora Prof.ª Esp. Érica Andréia Cortez Monteiro, pela atenção e
sabedoria a mim destinadas.
A pesquisa tem como tema a influência da música na mente e no corpo e como pode
ser usada para o benefício do ser humano, focando nas peculiaridades que ela
oferece. A presente análise ressalta que a música apresenta certas propriedades que
podem ser usadas para diversas ocasiões, principalmente nas áreas medicinais. Ela
proporciona um embasamento teórico de relevância, demonstrando que a música
abrange mais que partituras, instrumentos e ruídos, e sim, uma força vibracional que
se espalha por todo lugar, exercendo ações sobre o homem. Ela surge da hipótese
de que a música em certas frequências, ritmos e harmonias, pode ser fundamental
para o bom desenvolvimento da saúde, tanto mental quanto corporal, também
esclarece, conforme seu ritmo, harmonia e melodia, pode exercer certas ações sobre
o organismo humano, tanto para o bom ou mal desenvolvimento. Considerando tais
aspectos apresentados, a presente investigação mostra através de um complexo e
apurado campo de visão, de que as ondas musicais presentes em todo lugar sem
qualquer distinção, têm um propósito, que sabendo usar, pode-se obter diversas
vantagens. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica minuciosa, leitura de vários livros
de alta importância ao assunto mencionado e a consulta de alguns documentos
disponíveis na plataforma online, que se encontram citados nas referências
bibliográficas.
The research has as its theme the influence of music on the mind and body and how
it can be used for the benefit of human beings, focusing on the peculiarities that it
offers. The present analysis points out that the song features certain properties that
can be used for various occasions, mainly in the medical areas. It provides a theoretical
basis of relevance, demonstrating that the music covers more than sheet music,
instruments and noise, and yes, a vibrational force that spreads everywhere, exerting
action on the man. It arises from the assumption that the music in certain frequencies,
rhythms and harmonies, can be fundamental for the development of health, both
mental as corporal, also clarifies, as your rhythm, harmony and melody, can exercise
certain actions on the human body, both for the good or bad development. Considering
such aspects presented, this research shows through a complex and established field
of vision, that the musical waves present everywhere without any distinction, have a
purpose, knowing use, you can get several advantages. A thorough literature search,
reading several books of high importance to the subject mentioned and consultation of
documents available on the online platform, which are cited in the references.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9
1 A MÚSICA ...................................................................................................... 11
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 39
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41
9
INTRODUÇÃO
1 A MÚSICA
começando pela música medieval e terminando na música do século XX, sendo que
cada intervalo temporal, recebe um nome que lhe é classificado de acordo com as
suas características peculiares.
A partir deste desenvolvimento tanto histórico quanto musical, percebe-se que
a música estabelece uma posição mais flexível em certas regras sociais. “O século
XIV representa na música a primeira fusão da polifonia erudita com a música profana.”
(ANDRADE, 1942, p.47)
Nota-se que a música do século XIV foi se transformando e se adaptando, e a
estética da sociedade também foi se expandindo e evoluindo, fazendo com que os
estilos musicais ficassem mais ricos aos ouvintes, por este motivo, constata-se a
grande difusão entre a música erudita e a profana.
Durante o período renascentista segundo Bennett (1986, p.24) os compositores
passaram a ter um interesse muito mais vivo pela música profana, inclusive em
escrever peças para instrumentos, já não mais usados somente com a finalidade de
acompanhar vozes.
Observa-se diante das palavras do autor que o período da Renascença fez com
que a música profana tivesse uma forte expansão e desenvolvimento, ocorrendo o
surgimento de diversas obras especialmente voltadas para os instrumentos.
O homem que viveu durante o renascimento, passa a ter um maior interesse
voltado a suas emoções e ao mundo ao seu redor, questionando e observando fatores
que se fizessem presentes, deduzindo ideias por conta própria e partindo ao
homocentrismo.
a percepção do mundo, ocorrendo assim, em vez do homem aceitar os fatos por sua
aparência, começou a desenvolver o seu lado critico, questionando, observando e
deduzindo ideias por conta própria. Diante a estes motivos, pintores, arquitetos,
escritores e músicos foram fortemente influenciados e naturalmente tudo aquilo que
criavam.
A era do Renascimento abriu portas para o surgimento do Barroco durante o
século XVII, buscando uma beleza harmoniosa da música e novos estilos de
entretenimento.
Esclarece Bennett (1986, p.35) que o século XVII também assistiu à invenção
de novas formas e configurações, inclusive a ópera, o oratório, a fuga, a suíte, a
sonata e o concerto.
Nota-se que o barroquismo apresenta novas formas de entretenimento tanto
artístico quanto musical, já que o homem passa a buscar uma nova estética mais
exuberante e exótica.
Assim, o Barroco conseguiu fortemente marcar sua presença na história da
música, principalmente no desenvolvimento das óperas, que aos poucos foi se criando
um foco especial e se encaixando em outras atrações, e a expansão das orquestras,
florescendo e difundindo a música instrumental.
Observa-se que dos estilos mais exóticos, o Barroco se destaca. Sua grande
importância para música, deu-se ao fato de conseguir expandir as ideias musicais e
também o florescimento da música instrumental, muito voltada para o violino e o
teclado. Além disso, novos tipos de entretenimento foram criados, como as óperas, e
alguns estilos nacionais que evoluíram praticamente no fim do período.
Após a decadência do estilo Barroco, o Clássico fez sua presença de forma
precisa, pura e delicada. Explica Bennett (1986, p.45) que o termo clássico significa
um estilo que atribui suma importância à graça e à simplicidade, à beleza de linhas e
formas, ao equilíbrio e à proporção, à ordem e ao controle.
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De acordo com Andrade, Pitágoras deu o início aos estudos musicais que
revolucionaram o entendimento da música em sua forma teórica, mas não criando
composições, e sim, através de um experimento, no qual obteve-se a série do sons
harmônicos. Decorrente disto, classificou os intervalos em consonantes e
dissonantes, ocorrendo um grande desenvolvimento no ramo da teoria musical.
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Nota-se que este tipo de experimento mostrou como a música interfere também
em animais, fazendo com que o grau de prazer ou dor tivessem efeitos durante a
exposição musical, ocorrendo certas mudanças em seus comportamentos e também
em termos de escolhas de acordo com o gênero musical executado.
A música consegue exercer certas funções em áreas sentimentais do cérebro,
proporcionando certas mudanças e estímulos. Para Bush (1995, p.47) a música ajuda
a nos ligar com uma vasta série de sentimentos, emoções, ligações com o interior
pessoal e nuances subentendidos, ao mesmo tempo em que amplia muito o potencial
de soluções criativas para os problemas.
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Nota-se que a música consegue exerce uma forte ação no sistema corporal
humano, englobando qualquer natureza, tanto mentais, abrangendo as estruturas
cerebrais, quanto as respiratórias.
Atuando sobre o corpo humano, explica Bush (1995, p.46) a música vai além
das palavras e faz brilhante intervenções não-verbais ao sugerir, provocar, permitir,
desencadear, amplificar, conectar, estabilizar, energizar e assim por diante. Essa ação
dinâmica cria uma poderosa terapia não-verbal.
De acordo com as palavras da autora, constata-se que a música apresenta
propriedades que desencadeiam funções corporais e mentais, que provocam
mudanças em prol de uma terapia dinâmica não-verbal.
Além de conseguir estimular o cérebro humano, fazendo com que ocorra certas
mudanças corporais e mentais, a música também é capaz de desenvolver certas
ações sobre a consciência e o inconsciente.
Nota-se que a música consegue guiar o ouvinte através dos sentimentos que
buscam se expressar. Sendo assim, este fenômeno parte de uma onda gerada pela
própria canção, na qual ajuda o sujeito a se locomover através de sequências e
impasses difíceis, superando defesas psicológicas e liberando um fluxo de diversos
estados de consciência.
As ondas musicais, conseguem despertar diversos sentimentos e intensificá-
los por meios de estímulos que influenciam nos estados emocionais do homem.
Campadello (1995, p.149) afirma que de todos os estímulos presentes, a
música consegue ser o mais puro. Se por um lado pode despertar os mais nobres
sentimentos, como modificar seu humor, vencer a ansiedade, dominar a depressão,
por outro lado favorece a perda do contato com a realidade, fazendo com que seus
problemas simplesmente escorram pelos dedos.
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A música consegue exercer ações sobre o homem, que por muitas vezes, são
relacionadas como um benefício ao seu estado vital. Seja em qualquer lugar, suas
atividades conseguem empreender certos momentos de tranquilidade, principalmente
em ocasiões difíceis. Assim pode-se trabalhar e utilizar as ondas musicais como um
instrumento fundamental voltada para a área medicinal.
As ondas sonoras apresentam um efeito benéfico e eficiente, sendo empregada
como um medicamento relaxante natural em meios medicinais.
“No caso da dor, música melodiosa, terna e serena, determina efeito analgésico
ou anestésico.” (BONTEMPO,1992, p.11)
Observa-se que em casos de dores, o uso de música terna, serena e
aveludada, produz um efeito relaxante, sendo usada como um anestésico.
Em tempos modernos, a tecnologia para a medicina está cada vez mais
desenvolvida, sendo assim, a música como algo natural, consegue se destacar em
termos de eficiência, sendo utilizada com fins terapêuticos ou em cirurgias, como um
anestésico.
Cada vez mais a música é utilizada como sedativo e com fins terapêuticos.
[...] Assim, por exemplo, os paciente que escutam melodias relaxantes antes
de uma cirurgia costumam experimentar menos temor e necessitam portanto
de uma dose menor de anestésico. Da mesma forma, são cada vez mais
numerosos os dentistas que renunciam à anestesia por que a música que o
paciente escuta pelos fones de ouvido consegue acalmá-lo e, às vezes, até
impor-se ao ruído irritante da broca. (ADAMS et al, 2001, p. 175)
Percebe-se que a música pode ser utilizada como um sedativo e com fins
terapêuticos. Por meio de melodias relaxantes, o uso de medicamentos anestésicos
em cirurgias, principalmente odontológicas, às vezes não se faz necessário.
Quando o som é utilizado em pacientes, observa-se que ele consegue ativar
certas áreas do cérebro, criando certos bloqueios aos estímulos dolorosos.
Conforme Bontempo (1992, p.10) um dos pioneiros no estudo da capacidade
analgésica e anestésica da música, o Dr. E. Gall, localizou no cérebro humano áreas
capazes de gerar bloqueios aos estímulos dolorosos provenientes das vias nervosas
aferentes.
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A música por muitas vezes, é utilizada como uma ferramenta voltada para a
sociedade, justamente por suas propriedades conseguirem influenciar o homem em
seu campo mental e também exercer ações sobre seu meio social.
O homem através de estudos e pesquisas, obteve um conceito sobre a
interferência musical sobre a sociedade e as suas consequências, trazendo por muitas
vezes um certo declínio ou progresso ao desenvolvimento social.
Nota-se que música prevalece como uma portadora de luz ou de trevas, quando
utilizada de forma adequada, a civilização que a pratica obtém um desenvolvimento
espiritual e social, porém, se a música for indevida, a própria civilização fica
embrutecida, tornando um ambiente propício a mudanças.
Quando a música é classificada como algo das “trevas”, ela passa a ser
compreendida como algo ruim para o desenvolvimento da sociedade, provocando
tensões sociais e morais. De acordo com Campadello (1995, p.96) nos anos 20, a
sociedade fez forte oposição ao jazz, por considera-lo símbolo de debilidade mental,
de insanidade e do sexo, e esteve sob constante ataque dos jornais, que lhe atribuíam
a decadência moral e a criminalidade entre os jovens.
Observa-se que quando a música, como exemplo o jazz citado pelo autor,
interfere na sociedade de forma prejudicial, provoca uma sensação de instabilidade
social, causando tensões sobre a civilização, criando novos pensamentos e padrões
sociais, favorecendo uma nova linha de pensamento social.
As frequências musicais presentes carregam consigo uma consciência que
influencia no ser humano, moldando pensamentos e atitudes, que ocasionalmente
serão aplicados na sociedade em que o mesmo convive. Goldman (1994, p.25) afirma
que dependendo do posicionamento da consciência do indivíduo quando ele cria certo
som, este transportará informações sobre esse estado à pessoa que o recebe.
Observa-se que através desta consciência musical, o homem é atingindo e
influenciado mentalmente, transformando novos pensamentos e informações, que às
vezes podem ser refletidas no meio social em que o mesmo convive.
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3 EFEITOS MUSICAIS
Observa-se que o som é formado por meio de impulsões e repousos e por uma
sequência ondulatória extremamente rápida, geralmente imperceptível e que através
da matéria presente no ar, movimenta-se de forma fugaz, formando assim o seu
desenho.
O som que se espalha por todo o campo, através da vibração e por um meio
condutor presente neste âmbito, como o ar e a água, coincidindo seus limites e
origens, se faz presente na atmosfera terrestre, ocasionando impulsos de efeitos
sobre os seres vivos.
“Estamos imersos numa “sonosfera”. Esta, por si mesma, acha-se implicada
pela atmosfera terrestre, na qual o meio condutor (ar-água) e a vibração sonora
expansiva coincidem em suas origens e limites. Onde há ar há som. Onde há água há
som. Onde há vida há som.” (FREGTMAN, 1989, p. 25).
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Observa-se de acordo com o autor, o ato de fazer música, seja ele cantando
ou executando algum tipo de instrumento, estimula certas regiões cerebrais,
principalmente os lobos frontais, envolvendo o córtex sensorial, responsável pela
resposta tátil, ao que concerne aos movimentos para a execução de um instrumento,
e o visual, envolvendo a leitura musical, partindo do princípio de uma observação e
interpretação das partituras musicais.
Logo para que o cérebro possa interpretar uma canção, ocorre um certo
movimento simétrico entre os campos neurais, criando uma formação de padrões
definidos para o entendimento.
Um motivo para ouvirmos música [...] é que o nossos cérebros são capazes
de manipular padrões de som muito mais complexos. [...] Modelamos um
padrão atrás do outro, sucessivamente – até chegarmos a um movimento de
sinfonia. [...] A medida que nossos cérebros codificam essas relações,
surgem as sensações de som. (JOURDAIN, 1998, p.23)
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BENNETT, R. Uma Breve História da Música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor
LTDA., 1986.
BURROWS, J. Guia Ilustrado Zahar Música Clássica. 4 . ed. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor LTDA., 2010.
GOLDMAN, J. Os sons que curam: o poder dos harmônicos. São Paulo: Agência
Siciliano de Livros, Jornais e Revistas LTDA, 1994.
WISNIK, J. M. O som e o sentido: Uma outra história das músicas. São Paulo:
Schwarcz LTDA, 1989.