Seminario III - Fontes Do Direito Tributário
Seminario III - Fontes Do Direito Tributário
Seminario III - Fontes Do Direito Tributário
Entende-se por fontes do Direito, conforme Paulo de Barros, que estas fontes serão os
acontecimentos do mundo social, juridicizados por regras do sistema e credenciados para produzir
normas jurídicas que introduzam no ordenamento outras normas, gerais e abstratas, gerais e
concretas, individuais e abstratas ou individuais e concretas.
A utilidade do estudo das fontes de direito, é que através deste podemos formar uma visão de fato do
direito, e assim esclarecendo as maneiras em que se revela. As normas introdutoras e introduzidas
integram assim o direito positivo, sendo que o conjunto de fatos, que tiveram atribuição de teor de
juridicidade pela ordem jurídica, tomados com enunciação, serão fontes do direito posto.
Conforme Paulo de Barros, costumes só serão fontes de direito se quando integrarem hipóteses
normativas. Já a doutrina é vista por ele como instrumento necessário para recolher material para o
discurso crítico-descritivo, mas para a Ciência do Direito, e não como fonte dele, e deixa claro quando
diz: “A doutrina não é fonte do direito positivo. Seu discurso descritivo não altera a natureza
prescritiva do direito. Ajuda compreendê-lo, entretanto não o modifica”. Levando em consideração a
resposta anterior em que se fala que fonte de direito se dá através de normas, e que estas podem ser
introduzidas ou introdutoras, considera-se então que a jurisprudência não será utilizada como fonte,
pois não trata de norma e sim interpretações pelos os órgãos legais adaptados aos fatos.
Indicações jurisprudenciais e doutrinárias, não entendo como fontes do direito, pois como exposto
antes nem a jurisprudência e nem as doutrinas são consideradas fontes, então creio que as
concebidas em decisões judiciais também não são.
A diferença é que na doutrina de Paulo de Barros, ele não a considera como fonte de direito, e sim
uma sobrelinguagem descritiva e que não altera a natureza prescritiva do direito. Além disso, a
maioria dos cientistas chegam a conclusão que normas criam normas, direito cria direito deixando
uma proposição circular e sem explicação. Alguns pontos são indispensáveis para Paulo de Carvalho,
são eles: exame das técnicas apropriadas a natureza específica do direito; ensinamentos da
Semiologia; da Semiótica; assim como as modernas pesquisas sobre a linguagem e, dentro dela, as
investigações sintáticas, semânticas e pragmáticas. No seu conceito, esses elementos informam o
estudo do fenômeno jurídico, e ofertam instrumentos a aqueles que se propõe a descrever os
enunciados normativos.
4. Que posição ocupa, no sistema jurídico, norma inserida por lei complementar que
dispõe sobre matéria de lei ordinária? Para sua revogação é necessária norma
veiculada por lei complementar? (Vide anexos I, II, III IV e V).
Conforme Art. 59 da Constituição “Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e
consolidação das leis”, isso a comete uma hierarquia sobre as outras leis. Esta deverá ter quórum
qualificado, ou seja, aprovado pela maioria absoluta das duas Casas do Congresso para que entre em
vigor.
Já a Lei ordinária, exige a maioria simples para sua aprovação e pode ser editada tanto pela união
como por Estados e municípios de acordo com suas competências constitucionais. Trata-se de o item
do processo legislativo mais apto para veicular preceitos da regra-matriz, é um instrumento de
imposição tributária. É através dela que se preceitua os deveres instrumentais, por exemplo.
Sendo assim, entendo que para a revogação de uma lei complementar, é necessária outra lei
complementar.
5. Contribuição criada por lei complementar poderia ter sua alíquota majorada por lei
ordinária? Há diferença se essa contribuição houver sido criada dentro do campo da
competência residual da União? (Vide Repercussão Geral no RE 607.642/RJ)
Sim, poderia, pois conforme o entendimento a lei ordinária existe justamente para isso, para veicular
os preceitos da regra-matriz, agindo como instrumento de imposição tributária, onde regulamenta
inclusive a alíquota devida.
Entendo que não haverá diferença, tendo em vista a autonomia entre União, Estados e municípios e
desfrutam do mesmo status jurídico de acordo com sua competência exercida.
Sim, integram o direito positivo. Conforme Paulo de Barros, através do preambulo o constituinte
insere nos domínios do direito posto, proposições de ordem introdutória, expondo os motivos e
anunciando, em tom prescritivo, o quadro sobre o qual deve o exegeta manter sua interpretação da
mensagem constitucional. De acordo com a Lei complementar 95/1998 que dispõe sobre a
elaboração, redação, alteração e consolidação das leis, o preambulo faz parte da parte básica do
composto do estatuto como explicito no Art. 3º:
II - Parte normativa, compreendendo o texto das normas de conteúdo substantivo relacionadas com a
matéria regulada;
Sendo assim, se é determinada através da constituição e da lei que dispõe sobre o assunto, o
preambulo é sim uma fonte de direito. A mesma é conteúdo descrito imposta para a elaboração de
uma lei.
7. A Emenda Constitucional n. 42/03 previu a possibilidade de instituição da
PIS/COFINS-importação. O Governo Federal editou a Lei n. 10.865/04 instituindo tal
exação. (a) Identificar as fontes materiais e formais da Constituição Federal, da
Emenda 42/03 e da Lei 10.865/04. (b) Pedro Bacamarte realiza uma operação de
importação em 11/08/05; este fato é fonte material do direito? (c) O ato de ele
formalizar o crédito tributário no desembaraço aduaneiro e efetuar o pagamento
antecipado é fonte do direito?
Começamos sobre como distinguir a fonte material da fonte formal. No entendimento da obra de
Paulo de Barros, vê-se as fontes formais como fórmulas que a ordem jurídica estipula para introduzir
regras no sistema, e as fontes materiais se ocupam dos fatos da realidade social que, descritos nos
supostos normativos, tem a capacidade de produzir novas proposições prescritivas para integrar o
direito posto.
Tanto a Emenda 42/2003 quanto Le 10.865/2004 são fontes formais, ou seja, as duas são veículos
introdutores, que em seu texto descritivo nos dá fontes materiais através dos fatos juridicizados
Sim, será fonte material ou fato jurídico ocorrido do que se dispões a lei, assim como o ato de
formalizar o crédito, será também fonte material, pois os dois decorrem de fatos e obrigações
prescritas na lei.
a)
(i) Enunciados-enunciados: Trata-se da parte onde dispõe do objeto da lei. Entendo que
sejam os Art. 1, 2 e 8.
(iv) Fonte material: fatos sociais que levaram a necessidade da criação da mesma. No caso, o
estimulo de desenvolvimento tecnológico na integração entre empresa e universidade.
(ix) Norma geral e concreta: Art. 2°, por dispor da instituição da contribuição, a quem será
devida e demais regras.
b) Sim, elas passam a pertencer a Lei 10168/2000, passam a integrá-la pois uma altera o Art. 2º
e o acrescenta (Lei 10.332) e a outra (Lei 11.452) acresce o parágrafo 1º-A ao Art. 2º, mas não
deixam de ser parte do veículo introdutor das quais pertencem. E caso haja a revogação da Lei
10.168, as duas também deverão ser revogadas, pois tratam diretamente do contexto descritivo
existente na 10.168, não fazendo mais sentindo se a primeira deixar de existir.