Braga Aco LD Rcla PDF
Braga Aco LD Rcla PDF
Braga Aco LD Rcla PDF
ÍNDICE
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1
1.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS....................................................................................... 1
1.2. JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS............................................................................... 2
1.3. METODOLOGIA DA PESQUISA ............................................................................... 3
CAPÍTULO 2. GEOFÍSICA APLICADA E A HIDROGEOLOGIA .................................. 4
2.1. GEOFÍSICA APLICADA............................................................................................. 4
2.2. HIDROGEOLOGIA ..................................................................................................... 8
CAPÍTULO 3. PRINCIPAIS MÉTODOS GEOELÉTRICOS E TÉCNICAS DE CAMPO
............................................................................................................................................. 14
3.1. CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS GEOELÉTRICOS............................................. 14
3.2. MÉTODO DA ELETRORRESISTIVIDADE .............................................................. 17
3.3. MÉTODO DA POLARIZAÇÃO INDUZIDA ............................................................. 24
3.4. TÉCNICAS DE CAMPO DOS MÉTODOS GEOELÉTRICOS.................................... 28
3.4.1. Sondagem Elétrica Vertical - SEV ...................................................................... 29
3.4.2. Caminhamento Elétrico - CE............................................................................... 38
3.5. PARÂMETROS E FUNÇÕES DE DAR ZARROUK .................................................. 41
CAPÍTULO 4. METODOLOGIA GEOELÉTRICA APLICADA NA HIDROGEOLOGIA
............................................................................................................................................. 47
4.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS..................................................................................... 47
4.2. METODOLOGIA GEOELÉTRICA ADEQUADA...................................................... 47
4.2.1. Objetivos Gerais e Geologia Local ...................................................................... 49
4.2.2. Objetivos Específicos e Critérios de Análises ..................................................... 51
4.3. PROGRAMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS ENSAIOS GEOELÉTRICOS ...... 53
4.3.1. Sondagem Elétrica Vertical - Schlumberger ........................................................ 53
4.3.2. Caminhamento Elétrico – Dipolo-Dipolo ............................................................ 67
CAPÍTULO 5. MÉTODOS GEOELÉTRICOS NA CAPTAÇÃO DE ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS............................................................................................................... 69
5.1. ROCHAS SEDIMENTARES...................................................................................... 69
5.1.1. Aqüíferos Granulares .......................................................................................... 70
5.1.2. Aqüíferos Cársticos............................................................................................. 77
5.1.3. Estimativa de Parâmetros Hidráulicos ................................................................. 78
5.2. ROCHAS CRISTALINAS.......................................................................................... 81
5.2.1. Aqüíferos Fraturados........................................................................................... 82
Braga, A.C.O. ii
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
Outra questão a ser levantada, diz respeito a pouca utilização, em nosso país, dos
parâmetros de Dar Zarrouk. Tais parâmetros têm se revelado de extrema utilidade,
contribuindo, em algumas situações, de maneira decisiva na definição dos objetivos
propostos. São parâmetros simples de serem utilizados, não envolvendo acréscimos nos custos
e prazos finais de uma campanha.
De um modo geral, os métodos geoelétricos apresentam ainda, uma particularidade em
relação a outros métodos geofísicos, ou seja, englobam vários métodos, técnicas de campo e
uma infinidade de arranjos possíveis de serem utilizados. Dessa maneira podem ser adaptados
em função da área a ser estudada. Entretanto, existem destaques dentro dessa vasta
metodologia, que devem ser priorizados em relação às demais
TEMA DA
PESQUISA
Justificativas e
Objetivos
GEOFÍSICA
HIDROGEOLOGIA
APLICADA
Métodos
Geoelétricos
Técnicas de Campo
Captação de Águas Abastecimento, irrigação,
• SEV – Schlumberger
Subterrâneas industrial, lazer, etc.
• CE – Dipolo-Dipolo
Parâmetros de Dar Zarrouk Contaminação de Solos, Investigação preventiva,
• Resistência Transversal Rochas e Águas confirmatória, remediação,
• Condutância Longitudinal Subterrâneas e monitoramento
Considerações Finais e
Conclusões
artificiais, ou seja, o campo físico a ser estudado é criado por meio de equipamentos
apropriados.
Várias definições podem ser encontradas na literatura para definir os campos de atuação
da Geofísica, tais como, Geofísica Básica ou Geofísica da Terra Sólida: ...área da Geofísica
que estuda a estrutura, composição e evolução da Terra em grande escala, envolvendo as
camadas mais profundas do planeta, sua origem e evolução. Normalmente estes estudos
visam aprofundar os conhecimentos sobre o planeta, e são desenvolvidos nas grandes
Universidades e centros de pesquisa, assumindo assim um caráter tipicamente acadêmico...; e
ainda Geofísica Aplicada: ...área da Geofísica que lida com a busca de minerais, petróleo,
água subterrânea ou auxilia grandes obras de engenharia civil, determinando parâmetros
geofísicos e estruturais...*1.
Ainda existem algumas tais como, Geofísica Pura: investiga as propriedades físicas da
Terra e sua constituição interna a partir de fenômenos físicos ligados a ela; e, Geofísica
Aplicada: estuda as ocorrências ou estruturas geológicas, relativamente pequenas,
localizadas na crosta terrestre ∗2.
Em outra definição, têm-se as divisões de Geofísica da Terra Sólida e Geofísica de
Exploração: ...Tectônica de placa, o estudo da estrutura interior da terra, e tais áreas
relacionadas como processos globais e regionais são coletivamente conhecidas como
Geofísica da Terra Sólida. A subdisciplina conhecida como Geofísica de Exploração, envolve
o uso de teoria geofísica e instrumentação, para localizar petróleo e outras fontes minerais.
Diferentemente da Geofísica da Terra Sólida, a Geofísica de Exploração, geralmente se
concentra em achar heterogeneidades laterais em uma parte relativamente pequena da crosta
da terra...∗3
Entretanto, mesmo estudos em “grande” (sic) escala , acadêmicos ou envolvendo a
constituição interna da Terra, podem ser aplicados a alguma atividade, por exemplo,
Geologia do Petróleo. A separação de atividades em função do tipo de campo utilizado
(natural ou artificial), resolução e profundidade de investigação, parece não ser a mais
adequada, resultando em sobreposições. A Figura II-02, define portanto, as principais
atividades da Geofísica, de um modo geral.
GEOFÍSICA
A interface entre essas duas atividades nem sempre é clara, podendo haver uma
sobreposição, como por exemplo, o desenvolvimento de um instrumental geofísico com
finalidade específica para uma área de atuação, por exemplo, Hidrogeologia.
A bibliografia disponível sobre Geofísica Aplicada é vasta, com inúmeros trabalhos
desenvolvidos para os mais variados fins. Vários métodos geofísicos têm sido utilizados em
estudos aplicados à Hidrogeologia, Geologia Ambiental, Prospecção Mineral, Geologia de
Engenharia, etc.. Destacam-se as possibilidades da Geofísica Aplicada, no controle das
alterações provocadas pelo homem no meio ambiente geológico, a qual seria baseada nas
investigações das deformações dos campos físicos e propriedades da litosfera, sob impacto
das atividades do homem. As observações geofísicas, de forma geral, não afetam o ambiente
geológico, podendo ser, se necessário, executadas várias vezes em uma mesma área.
Nos levantamentos geofísicos de campo, não deve ser descartada “a priori” a
possibilidade de se efetuarem algumas perfurações por sondagens mecânicas. Estas
sondagens, ainda que, normalmente, mais onerosas que os métodos geofísicos, fornecem
dados seguros e exatos sobre o subsolo, os quais servem para auxiliar na interpretação
geofísica, ajustando o modelo inicial.
Entretanto, em função dos custos elevados de uma perfuração, é preferível e mais
adequado cobrir uma determinada área, com levantamentos geofísicos, e programar as
sondagens mecânicas em função desses resultados. Deve-se lembrar que, os resultados da
Geofísica não devem ser encarados como definitivos, mas sim, como dados complementares
para o geólogo responsável decidir qual é o melhor caminho a ser seguido para solucionar os
problemas expostos.
Outra consideração que pode ser destacada, diz respeito ao fato de que, com freqüência,
se recorre aos métodos geofísicos somente quando as perfurações fracassam, devido, por
exemplo, às complexidades geológicas locais. Nestes casos, investigações que poderiam ser
realizadas economicamente por métodos geofísicos, com cobertura contínua e espacial da
área, aliados a perfurações de apoio, resultam muito onerosas e com prazos inadequados. Em
vários trabalhos desenvolvidos, por exemplo, na locação de poços tubulares profundos,
visando à captação de água subterrânea, comprovou-se esta realidade, sendo a Geofísica
Aplicada solicitada após perfurações sem sucesso.
Merece destaque ainda, o fato que diz respeito aos cuidados que se deve ter na escolha
da metodologia geofísica adequada. Em nosso país, cujas condições geológicas e geotécnicas
são diferentes dos países europeus e norte-americanos, têm-se espessas camadas de solo e
material alterado, portanto, os métodos e equipamentos geofísicos devem ser escolhidos
considerando nossas condições.
Entre os principais métodos geofísicos, os métodos geoelétricos, com suas diversidades
de modalidades, são muito utilizados no mundo inteiro, atuando nas mais variadas áreas de
conhecimento. Esta atuação abrange desde levantamentos puramente acadêmicos, até
levantamentos procurando atender solicitações mais práticas e de interesse imediato da
população, tais como: na Geologia de Engenharia, Prospecção Mineral, Hidrogeologia,
Geologia Ambiental, etc.. Neste Grupo, destacam-se os métodos da eletrorresistividade,
Braga, A.C.O. 8
2.2. HIDROGEOLOGIA
A água existente na natureza faz parte de um sistema circulatório conhecido como o
ciclo hidrológico (Figura II-03). Conceitualmente, o ciclo hidrológico pode ser definido como
sendo uma sucessão de fases percorridas pela água ao passar da atmosfera ao solo e vice-
versa: evaporação do solo, do mar e das águas continentais; condensação para formar as
nuvens; precipitação; acumulação no solo ou nas massas de água, escoamento direto ou
retardado para o mar e re-evaporação.
3. Vapor de
Da precipitação então, a água: água -
condensação 2. Água 1. Aquece
aquecida, os solos e
(a) retorna à atmosfera: evaporação 4. Água líquida
evapora
evapotranspiração
as águas
- chuva
precipitação
das superfícies das águas e do solo
escoamento
superficial
ou transpiração das plantas
(Evapotranspiração); (b) regressa
aos oceanos sob a forma de infiltração
umidade do solo
aeração
livre
meio permeável
na Figura II-05, em cada ponto B
saturado
de um meio saturado (fluido em pA
impermeável
confinado
na água (aqüífero livre = A
Porém, nos fluxos em meios porosos, o termo que representa a carga de velocidade
(v2/2g) é muito pequeno, podendo ser desprezado na equação II-01. Se os pontos A e B estão
associados a um plano de referência (z) – nível do mar (cota), a carga de energia total ou nível
piezométrico (h) corresponde ao potencial hidráulico, e é dado por:
pA
hA = zA + (m) II-02 h B = z B (m) II-03
γa
Braga, A.C.O. 12
favorável.
Figura II-06 – Fluxo d’água subterrâneo.
o interior.
ite
Tabela III-01. Classificação dos métodos geoelétricos - Iakubovskii & Liajov (1980).
A-1. Método do campo natural
A. Métodos de Campo A-2. Método da resistividade – caminhamento e sondagem elétrica
Constante (freqüência A-3. Método de carga
0) A-4. Método de linhas equipotenciais
A-5. Método de relação de potenciais
B-1. Métodos do potencial induzido
B-2. Método do campo magnetotelúrico (sondagem e caminhamento
B. Métodos de Campo
magnetotelúrico)
Variáveis de Baixa
B-3. Sondagem eletromagnética de freqüência
Freqüência e não
B-4. Sondagem do campo em processo de formação (tempo do processo de
estacionários
formação 10 0 a 10 2 s)
(freqüência 10-2 a 10 4
B-5. Métodos indutivos de baixa freqüência (variantes terrestre, aérea e de poço)
Hz)
B-6. Método dos processos transitórios (tempo do processo de formação 10 -3 a
10 -2 s)
C. Métodos de Campo
Variáveis - C-1. Métodos de radiografia
Freqüências C-2. Caminhamento com ondas radiofônicas
Radiofônicas (10 5 a 10 7 C-3. Método rádio comparativo
Hz)
Entretanto, essas classificações propostas ainda não são as mais adequadas, podendo
apresentar certas confusões para o usuário leigo, misturando parâmetros físicos medidos com
procedimentos de campo.
Uma classificação proposta para os métodos geoelétricos, é baseada apenas em três
critérios: métodos geoelétricos, técnicas de investigação e arranjos de desenvolvimento de
campo. Essa classificação, procura revelar os métodos geoelétricos para qualquer tipo de
usuário, tornando simples o entendimento de suas várias modalidades existentes, e
conseqüentemente, seus empregos adequados em função dos objetivos e geologia a serem
estudadas.
Método nos leva a identificar as características dos diferentes materiais, pelas quais
alcançamos determinado fim ou objetivos, pode-se considerar uma forma de se chegar à
natureza de um determinado problema, quer seja para estudá-lo, quer seja para explicá-lo. Os
diferentes materiais geológicos apresentam, determinadas propriedades físicas características,
as quais definem os métodos geofísicos. Portanto, considera-se como método geoelétrico,
aquele decorrente do parâmetro físico obtido, através de equipamentos apropriados. O método
visa levar a uma caracterização e identificação dos diferentes materiais geológicos,
procurando atingir os objetivos da pesquisa.
O método geoelétrico, se faz acompanhar das técnicas de campo, que são o suporte
prático de desenvolvimento, são os instrumentos que o auxiliam para que se possa chegar a um
determinado resultado. Para se estudar as variações do(s) parâmetro(s) físico(s) obtido(s) dos
materiais geológicos, tanto no campo como em laboratório, podem-se assumir três formas
práticas de investigação:
(a) investigações das variações do(s) parâmetro(s) físico(s) em profundidade, a partir de um
ponto fixo na superfície do terreno (sondagens);
(b) investigações laterais a partir de pontos não fixos na superfície do terreno, com uma ou
mais profundidades constantes (caminhamentos); e,
(c) investigações no interior de furos de sondagens mecânicas (perfilagens).
Para o desenvolvimento das técnicas de campo, diferentes procedimentos de campo
podem ser adotados, levando ao mesmo fim. Esses procedimentos referem-se à disposição dos
acessórios (eletrodos) necessários para a execução das técnicas, e são denominados de
arranjos de campo, os quais, apresentam uma grande variedade de opções.
Esses critérios, na prática, revelam-se de fácil entendimento e utilização, tornando claro
o tipo de levantamento geofísico empregado. Portanto, em função do exposto, apresenta-se
uma proposição para a classificação dos métodos geoelétricos aplicados, a qual pode ser
Braga, A.C.O. 17
Sondagem Elétrica
Schlumberger; Wenner.
Vertical - SEV
- CMP
Condutividade (σ)
Paralelo; Perpendicular;
Radar de Wide Angle Reflection
Broadside; Endfire;
Penetração no Solo and Refraction - WARR
Permissividade Polarização cruzada.
Dielétrica (ε) Caminhamento
Common Offset
A
V
A M N B
O unesp
Braga, A.C.O.
lin
ha
de
co
rre
nt
e
e
ad l
linh tencia
q u ipo
e
∗
Lei de Ohm: em um cilindro condutor, a corrente (I) é proporcional a voltagem (V) – V = R . I
Braga, A.C.O. 20
A M N B A M N B
ρ1
ρ1 ρ2
Meio homogêneo Meio
unesp heterogêneo unesp
(a) Braga, A.C.O. (b) Braga, A.C.O.
Como na prática o subsolo não pode ser considerado um meio homogêneo, a quantia
medida representa uma média ponderada de todas as resistividades verdadeiras em um volume
Braga, A.C.O. 21
∗
Segundo Orellana (1972), a água contida em poros isolados tem pouca importância.
Braga, A.C.O. 22
Portanto, a resistividade das rochas, depende de vários fatores para que se possa atribuir
um só valor para um determinado tipo litológico. Rochas de mesma natureza, podem
apresentar suas resistividades influenciadas pelas condições locais de: conteúdo em água;
condutividade da água; e, tamanho dos grãos, porosidade, metamorfismo, efeitos tectônicos,
etc.
Um mesmo tipo litológico pode apresentar, então, uma ampla gama de variação nos
valores de resistividade. Como relata Sumner (1976), individualmente, os minerais são
razoavelmente consistentes em suas características elétricas, mas num agregado, como ocorre
na natureza, a variação total de suas resistividades é muito maior. A Figura III-08, apresenta
as variações típicas, nos valores de resistividade para sedimentos não saturados e saturados, e
rochas.
Sedimentos Rochas
100000
50000
30000
20000
10000
5000
Resistividade (ohm.m)
3000
2000
1000
500
300
200
100
50
30
20
10
não argiloso argilo- areno- arenoso argilito arenito marga calcário anidrita basalto meta- ígneas
saturado arenoso argiloso e/ou mórficas
diabásio
Para se efetuar uma correlação adequada com a geologia, em uma determinada área de
estudo, é fundamental a localização geográfica e o entendimento da geologia local em termos
estratigráficos. Entretanto, para a interpretação dos dados do método da eletrorresistividade,
alguns critérios para efetuar a associação resistividade/litologia, podem ser observados e
seguidos:
1. em uma área estudada, as margens de variação são bem mais reduzidas e em geral podem
identificar as rochas em função das resistividades;
Braga, A.C.O. 23
geológico da área estudada, não podendo realizar esta associação (parâmetro físico-
geológico) de forma puramente automática.
As resistividades dos solos, quando saturados, seguem os padrões descritos
anteriormente, identificando e caracterizando os diferentes tipos de materiais geológicos
localizados em subsuperfície. Entretanto, quando os solos encontram-se secos, porção
localizada acima do nível d'água, seus valores são considerados atípicos, apresentando uma
ampla faixa de variação (por exemplo, 100 a 10.000 ohm.m) não identificando os materiais
em subsuperfície em termos litológicos. As variações das resistividades, neste caso, refletem
apenas as pequenas variações de saturação existentes.
A amplitude de um valor ∆VIP (t) está diretamente ligada à maior ou menor capacidade
que os terrenos têm de se polarizarem, constituindo-se, portanto, na base do método. Esta
capacidade de polarização constitui a susceptibilidade IP dos materiais da terra.
Analogamente, pode-se descrever o fenômeno da polarização induzida, como se o solo
contivesse pequenos condensadores, que se carregariam durante a emissão de corrente,
descarregando-se após o corte. A curva ∆VIP = f(t) poderia ser chamada então de curva de
descarga IP.
Os fenômenos físico-químicos que poderiam explicar a polarização induzida são muito
complexos, sendo que a maior parte dos autores concordam em distinguir duas origens
possíveis para a polarização induzida:
a) Polarização Metálica ou Eletrônica: na superfície limite de um corpo ou partícula metálica
submetido à uma corrente elétrica, têm-se uma passagem da condução iônica para a
eletrônica, e vice-versa. Isto resulta no fato de que em duas superfícies opostas do corpo
sejam produzidas concentrações de íons, os quais não cederam suas cargas ao corpo, ou seja,
não tomaram elétrons do corpo nem cederam a ele.
Ao se cortar essa corrente, a distribuição dos íons se modifica e volta a seu estado
inicial levando, para isto, um certo tempo, durante o qual existe uma polarização no corpo,
atribuída aos efeitos observados (Figura III-10).
condução condução condução
iônica eletrônica iônica
- - + -- + +
Figura III-10 - Sobretensão de uma + - +++ - +
- -
partícula metálica submergida em um - - - + -
-+ + + +
eletrólito (Orellana, 1974). + - ++ - + -
- +
- +
- - ++ - + +
-
unesp
sentido da corrente Braga, A.C.O.
Braga, A.C.O. 26
Tais minerais se carregam negativamente, atraindo uma "nuvem catiônica" que permite a
passagem dos portadores positivos mas não dos negativos, exercendo o efeito de uma
membrana. Assim, são produzidos gradientes de concentração, que levam um tempo a
desaparecer depois de suprimida a tensão exterior, e que originam, portanto, uma sobretensão
residual.
Sumi (1965), relata que a polarização induzida em minerais e rochas não metálicas seria
causada principalmente pelo potencial de membrana, que aparece, se no eletrólito, contido
nos poros dos materiais, a corrente elétrica circula através de uma membrana semipermeável
(minerais de argila existentes na natureza). Isto ocorreria devido ao fato de que esta
membrana seria permeável somente para cátions.
Segundo Sumi (op.cit.), os minerais polieletrolíticos reagiriam com os eletrólitos de tal
maneira que a troca de íons na solução ocorreria entre eles mesmos. Minerais de argila
possuiriam a propriedade de conservar certos ânions e cátions durante a troca, atuando
portanto, como membranas semipermeáveis. Esta polarização da membrana atuaria também
após o corte do campo elétrico aplicado, até que a concentração de equilíbrio fosse
novamente obtida.
Braga, A.C.O. 27
argilosas puras; 6
AREIAS FINAS
intermediária; e,
(4) camadas siltosas, apresentam alta 0
0 20 40 60 80 100
polarização e resistividade RESISTIVIDADE APARENTE (ohm.m)
∆VIP × 1000
M= (mV/V) III-11
∆VP
Como ocorre no método da eletrorresistividade, se as medidas da polarização induzida
são efetuadas sobre um terreno cujo subsolo é homogêneo, qualquer das magnitudes definidas
acima podem ser utilizadas como medida de sua polarização verdadeira. Na prática, como o
meio pode ser considerado heterogêneo, o parâmetro resultante das medidas, no IP-Domínio
do Tempo, é denominado de cargabilidade aparente (Ma).
Esta técnica pode ser empregada também em estudos ambientais, como determinar a
posição do lençol freático e a direção do fluxo d’água subterrâneo (menor precisão que as
SEV’s), e mapear a plumas de contaminação no subsolo.
Braga, A.C.O. 29
Para se obter uma maior performance dessa técnica, as investigações devem ser
efetuadas, preferencialmente, em terrenos compostos por camadas lateralmente homogêneas
em relação ao parâmetro físico estudado, e limitadas por planos paralelos à superfície do
terreno - meio estratificado.
As sondagens elétricas podem ser simétricas ou dipolares. As simétricas são
denominadas de sondagens elétricas verticais - SEV, enquanto que as dipolares, são
denominadas de sondagens elétricas dipolares – SED (Orellana, 1972). Além de apresentar
excelentes resultados, a SEV é uma das mais utilizadas no mundo inteiro, envolvendo estudos
rasos aplicados à Geologia de Engenharia, Ambiental, Hidrogeologia, etc., como, pode ser
utilizada também, para estudos profundos de cunho acadêmico ou aplicados à Geologia de
Petróleo.
Essas técnicas de investigação do subsolo, apresentam maneiras de disposição dos
eletrodos na superfície do terreno - arranjos de campo - variando em função dos objetivos do
trabalho e de situações gerais de campo, tais como, topografia, ruídos artificiais indesejáveis,
urbanização, etc.
Apesar das diferenças entre estes dois tipos de arranjo, serem pequenas, o Schlumberger
pode ser considerado superior, tanto em praticidade como em qualidade dos resultados
(Tabela III-03), e é o adotado na maioria dos trabalhos desenvolvidos em nosso país.
Arranjo Schlumberger
A idéia básica deste arranjo (Figura III-13/a), é fazer com que à distância a que separa
os eletrodos M e N se mantenha fixa e tenda a zero em relação à distância crescente de L
Braga, A.C.O. 31
(entre AO e OB). O modelo geoelétrico final obtido, através da interpretação dos dados, é
atribuído ao ponto central do arranjo.
As leituras, neste tipo de arranjo, estão menos sujeitas às variações laterais no parâmetro
físico medido, irregularidades na superfície topográfica e ruídos produzidos por fontes
artificiais. Com isto as leituras de campo apresentam maior precisão, resultando numa
interpretação mais próxima da realidade e coerente com os princípios gerais que norteiam a
técnica da SEV.
Segundo Orellana (1972), o erro produzido por esse tipo de arranjo, que se reflete nos
dados de campo, em função dos ajustes necessários nas equações gerais básicas, pode ser
considerado insignificante, não se traduzindo em desvantagem. Nas medições de campo,
pode-se adotar a norma sugerida pelo autor referido quanto à relação entre os eletrodos: MN
≤ AB/5; então, para MN = a e AB = 2L, demonstrou-se que para esta relação o erro nas
leituras de campo seria de aproximadamente 4%.
No desenvolvimento de uma SEV – arranjo Schlumberger, ao introduzir, no subsolo, a
corrente elétrica (I) por meio dos eletrodos A e B, resulta que entre os eletrodos M e N mede-
se a diferença de potencial (∆V) criada. As medidas obtidas são utilizadas para o cálculo da
resistividade aparente, utilizando-se as equações:
ρ a = K.
∆V
(ohm.m); III-12 K=
(
π. AM.AN ) III-13
I MN
onde, K é um fator geométrico que depende do espaçamento AMNB utilizado. Durante o corte
da corrente elétrica, o equipamento analisa e fornece o valor da cargabilidade aparente. Ao
aumentar-se à distância entre os eletrodos de corrente AB, o volume total da subsuperfície
incluída na medida também aumenta, permitindo alcançar camadas cada vez mais profundas.
Os resultados sucessivos estarão, portanto, estritamente ligados com as variações da
resistividade e/ou cargabilidade com a profundidade. A utilização de curvas logarítmicas, para
representação e interpretação dos dados de campo, se dá por que, nestes tipos de curvas, as
variações das estruturas geoelétricas representativas são realçadas, e, principalmente, reduzem
os cálculos teóricos para o traçado das curvas-modelos, usadas na interpretação (Iakubovskii
& Liajov, 1980; Kunetz, 1966; e, Orellana, 1972).
Braga, A.C.O. 32
2000 1.5m
3.6 650
1000 2
800
ρa (ohm.m) e Ma (mV/V)
600 sedimentos
400 superficiais
3 não
200 saturados
4
100
80
60 5
5.5m
40 6
7 11.0 3200
20 modelo geoelétrico
8
9
10 10
8
6
4
2
20 NA
1 22.0m
2 4 6 8 20 40 60 80 200 400 600800
1 10 100 1000 4.5 180 sedimentos
Espaçamento AB/2 (m) 30 arenosos
aqüífero livre
40 42.0m
sedimentos
Obs.: nível geoelétrico descrito em termos de predominância 50 17.4 20 argilosos
do material geológico. 60
necessidade de uma derivação deste método para outro denominado de método do ponto
auxiliar (Koefoed, 1979a), entre os quais destaca-se o método de Ebert.
Segundo o autor referido, basicamente, o método de Ebert consiste em reduzir
artificialmente o número de camadas da curva de campo, substituindo as duas primeiras por
uma só equivalente a elas e assim sucessivamente, o que permite aplicar o método da
superposição com uma coleção de curvas teóricas de duas ou três camadas para seções
geoelétricas de várias camadas.
Zohdy (1965), apresenta uma relação importante entre o método do ponto auxiliar com
os parâmetros de Dar Zarrouk, ilustrada graficamente, mostrando a utilidade destes
parâmetros na interpretação das curvas de SEV. Considerações sobre a utilização desses
métodos de interpretação e uma coleção de curvas teóricas podem ser encontradas nas obras
de Orellana & Mooney (1966), Compagnie Générale de Géophysique (1963) e Rijkswaterstaat
(1969).
Entretanto, em qualquer método utilizado na interpretação das SEV’s, uma das
dificuldades que o intérprete dos dados encontra, diz respeito à ambigüidade na obtenção do
modelo final, uma vez que as curvas de campo podem admitir muitas soluções. Entre estas, o
intérprete têm que escolher, dentro das margens de variações possíveis, aquele conjunto de
soluções que tenham maior probabilidade de representar a seqüência geológica real da área.
Nessa ambigüidade, dois efeitos são muito importantes e fundamentais na interpretação
das SEV’s:
10000
8000 SEV-03 SEV-02 SEV-01
100 100 100
6000 Modelo Geoelétrico
600 600 600
(1) Supressão de Camadas: uma 4000
Resistividade Aparente (ohm.m)
85
75 camada de visualização
camada relativamente delgada, em 80 5000 difícil na curva de campo
da SEV-01
2000
relação à sua profundidade de 5000
5000
SEV-01
ocorrência, cuja resistividade é 1000
800
intermediária entre às das camadas 600
SEV-02
1000
800 Modelo 1 Modelo 2
600
E1 = 1,9 E1 = 2,2
ρ1 = 100 ρ1 = 97
400 E2 = 2,4
ρ3 = 9.000
podem corresponder a curvas de
100
campo iguais ou muito semelhantes 80
60
entre si, resultantes das relações entre
40
as espessuras e resistividades das
camadas existentes. 20
10
2 4 6 8 20 40 60 80
1 10 100
Espaçamento AB/2 (m)
Koefoed (1979a), Kunetz (1966), Queiroz & Rijo (1995), Orellana (1972) e Souza &
Rijo (1995), discutem de forma detalhada esses efeitos mencionados, mostrando suas
conseqüências teóricas e práticas. Rigoti & Crossley (1987), apresentam um estudo
procurando reduzir essa ambigüidade na interpretação geofísica usando vários parâmetros
simultâneos na interpretação, tais como resistividade-DC, cargabilidade domínio-tempo e
dados magnetotelúricos.
Cabe destacar, que ao utilizar os dados de resistividade e cargabilidade em conjunto,
têm-se enormes vantagens sobre apenas a resistividade, pois no subsolo, podem ocorrer
camadas com respostas "IP" que não necessariamente correspondam a camadas de
resistividade, podendo ser identificadas.
Entretanto, para reduzir as ambigüidades, são fundamentais, a qualidade dos dados de
campo, o conhecimento geológico da área estudada, a familiaridade do intérprete com os
princípios teóricos básicos do método e técnica utilizados, bem como sua experiência. Deve-
se ressaltar que, em ensaios geofísicos pela técnica da sondagem elétrica vertical, é
importante, tanto na interpretação dos dados obtidos, como na redução das ambigüidades do
modelo geoelétrico final, a execução de algumas SEV's de calibração, tal como ensaios
executados junto a furos de sondagens mecânicas que contenham descrições geológicas
confiáveis, visando obter uma perfeita modelagem dos dados de campo com os dados
geológicos.
Cabe ressaltar ainda que, o modelo geoelétrico final reflete variações do parâmetro
físico obtido com a profundidade, a partir de investigações efetuadas na superfície do
terreno, de forma indireta, estando sujeito a imprecisões de acordo com a teoria da
Braga, A.C.O. 37
Arranjo Dipolo-Dipolo
No desenvolvimento desse arranjo de campo, podem-se utilizar simultaneamente vários
dipolos de recepção (MN) dispostos ao longo da linha a ser levantada (Figura III-17). Cada
dipolo MN corresponde a um nível de investigação, podendo, dependendo do caráter do
trabalho, estudar as variações horizontais de um parâmetro geoelétrico ao longo de um perfil
com um ou mais dipolos, atingindo várias profundidades de investigações.
Nesse tipo de arranjo a profundidade teórica atingida em cada nível investigado, é
tomada, segundo alguns autores, como sendo Z = R/2 (metros), onde R é a distância entre os
centros dos dipolos considerados (AB e MN). Entretanto, na prática, essa relação é mais real
se for tomada como sendo aproximadamente R/4.
Braga, A.C.O. 39
R Sentido do
x nx x caminhamento
A V V V V V
A B M1 N1 M2 N2 M3 N3 M4 N4 M5 N5
) 45 o 45 o( unesp
Braga, A.C.O.
n1 ●
Resistividade (ohm.m)
1700 646 1270 132 92 238 93 353 268 410 780 985 1000
-80
2100 1130 203 90 203 292 97 537 537 580 920 600
-100
1950 151 95 242 237 363 95 373 650 700
-120 400
solo - alteração das
rochas metamórficas Linha 3 - Seção Geoelétrica solo - materiais detríticos 200
40 80 120 160 200 240 280 320 360 400 440 480 520 560 600
0 100
Profundidade
-20 micaxistos, 60
(m)
1 1
FAIXA DE VALORES 1 2 1 2 FAIXA DE VALORES
métodos geoelétricos. Neste trabalho Maillet propôs para os novos parâmetros a denominação
de parâmetros de Dar Zarrouk - DZ.
Considerando-se uma seção geoelétrica, como a indicada na Figura III-21, a corrente
elétrica ao fluir no subsolo pode tomar dois caminhos preferenciais: um perpendicular e outro
paralelo à estratificação. No fluxo perpendicular à estratificação as diferentes camadas
comportam-se como condutores em série cujas resistências se somam.
1m
Portanto, a resistência de uma camada i,
1m
sendo L seu comprimento e S sua seção ρ 1 E1
Ti = ρ i E i III-16 total:
Ti = ∑ ρ i E i III-17
i
As dimensões de T são as de uma resistividade por uma longitude e sua unidade é ohm.m2
∗
.
No fluxo de corrente paralelo à estratificação, a resistência da camada i será:
L 1 ρ
Ri´ = ρ i = ρi = i III-18
S Ei × 1 Ei
Assim estas resistências não podem ser somadas, por estarem em paralelo, portanto é
conveniente passar às suas inversas - as condutâncias, já que estas possuem a propriedade
aditiva.
Ao denominar de Si, a condutância da Cujo conjunto das n primeiras
camada i, tem-se a condutância longitudinal camadas da seção dará uma condutância
unitária ″S″, ou seja: total:
Ei Ei
Si = III-19 Si = ∑ III-20
ρi i ρi
As dimensões de S são as de uma condutância, medida em siemens (ou mhos).
∗
Nas dimensões dessa magnitude, deve-se considerar que a seção transversal não influi, já que por definição,
é igual à unidade de superfície em qualquer sistema de unidades (Orellana, 1972).
Braga, A.C.O. 43
ρT ρm = ρT ρL III-24
A= III-23
ρL
Das equações anteriores, resultam:
ρm
ρT = A ρm III-25 ρL = III-26
A
Como foi demonstrado por Koefoed (1979a), Orellana (op.cit.) e Zohdy (1975), os
parâmetros T e S podem ser calculados, não só para camadas individualizadas, mas também
para profundidades intermediárias.
Ao multiplicar-se por E as Equações III-25 e 26, e considerando as III-21 e III-22, tem-
se portanto:
∗
Denominação utilizada para diferenciar das anisotropias usuais.
Braga, A.C.O. 44
1000 1000000
T
=
50
00
T
=
25
faixa de valores
T
=
promissores
10
00
100 100000
T
=
Espessura (m)
50
0
T
=
25
0
T
=
10
0
10 10000
T
=
50
areno-argilosos
argilo-arenosos
arenosos
argilosos
1 1000
1 10 20 40 60 100 1000
Resistividade (ohm.m)
1000 1
0
5,
=
S
0
3,
=
ideal -
aqüíferos mais
protegidos
0
1,
=
S
100 0.1
5
0,
Espessura (m)
=
S
3
0,
=
S
1
0,
=
S
10 0.01
05
0,
=
areno-argilosos
argilo-arenosos
S
arenosos
argilosos
01
0,
=
S
1 0.001
1 10 20 40 60 100 1000
Resistividade (ohm.m)
Tema do Projeto
Objetivos
Critérios de Análises
Específicos
Análises e
Conclusões
fixo
Braga, A.C.O. 51
Metodologia
Geoelétrica
Contaminação de
Captação de Águas
solos, rochas e
Subterrâneas
águas subterrâneas
Eletrorresistividade
Polarização Induzida
Entretanto, a programação de uma campanha por SEV, deve aliar além da qualidade e
segurança dos resultados, prazos disponíveis e custos. Em áreas de grandes dimensões, com
profundidades de investigação relativamente pequenas, as relações anteriores, podem-se
tornar inviável, tanto economicamente como em termos de prazos. As relações entre, as
dimensões da área de estudo e a escala do trabalho, devem ser consideradas na definição da
malha ideal.
Braga, A.C.O. 55
1000 300000000
900
800
Dimensões da Área (m2)
700 a) 2.500 g) 160.000 200000000
600 b) 5.000 h) 320.000
500 c) 10.000 i) 640.000
400 d) 20.000 j) 1.280.000 100,000,000
300
e) 40.000 k) 3.000.000
f) 80.000 l) 5.400.000
200
m)10.000.000 50000000
unesp
Braga, A.C.O.
30000000
100
90 20000000
80
QUANTIDADE DE SEV
70
60
50
m
10,000,000
Dimensões da Área (m2 )
40
30 l
5000000
20
k
3000000
2000000
10
9
8
j
7
6 1,000,000
5
i
4
3
limite mínimo recomendado 500000
h
2 300000
200000
g
a b c d e f
1
500 1000 2000 3000 5000 10000 20000 30000 50000
ESCALA DA PESQUISA (1:)
Ressalta-se que esse ábaco foi elaborado, considerando áreas de trabalho até 10.000.000
m2 (10 Km2). Isso se deve ao fato, de que a grande maioria dos trabalhos, para fins
Braga, A.C.O. 56
( ) ( )
≤ 1.280.000 ≤ 20.000
y = x −1 × 1,14 z 0,905 IV-02
1.280.000 a 10.000.000 10.000 a 30.000
A Fig. IV-05, ilustra uma situação em que, os eletrodos de potenciais foram afetados
pelos materiais em subsuperfície. Esses eletrodos, cravados em solos pouco compactos, com
muitas raízes e presença de seixos (situação 1 – M1), não apresentam um contato eletrodo/solo
adequado, podendo resultar em dados totalmente imprecisos. Já na situação 2 – M2, com os
eletrodos de potenciais cravados em um solo mais compacto, resultou em dados adequados,
com a curva de campo dentro do esperado.
600
M1 - leituras com os eletrodos
de MN cravados em solo fofo
400 (grama com raízes) M1
M2 - leituras com os eletrodos
de MN cravados mais
Observa-se ainda nessa profundos (ultrapassando M2
MN/2 = 5,0. 10
1
2 4 6 8
10
20 40 60 80
100
Espaçamento AB/2 (m)
Circuito de Emissão:
Este circuito consiste basicamente, de: uma fonte de alimentação; dois eletrodos de
barras de aço inoxidável (A e B); de um amperímetro (ou miliamperímetro) para as medidas
de I; e, dois cabos e elementos de conexões necessários. A partir da equação III-12, sendo K
= cte, tem-se que ∆V é proporcional a I. Tomando um esquema equivalente (Figura b) ao de
campo (Figura a), pode-se denominar: RF = resistência da fonte; RC = resistência ôhmica dos
cabos, RA e RB = resistência de contato eletrodos/solo; e, U = f.e.m. do gerador.
Braga, A.C.O. 58
mA
A B
a) esquema prático
Como RF e RC (linhas curtas) são pequenos, I só
depende de RA e RB. Ressalta-se que U é limitado por mA
RF
razões práticas e de segurança. Portanto, conclui-se que,
RC
as resistências de contato entre eletrodos/solo, são fatores RA RB
U
I=
R F + R C + R A +R B
Circuito de Recepção:
Para este circuito, tem-se: RI = resistência do
equipamento; RM e RN = resistência de contato
mV
eletrodos/solo. Disso, resulta: o ∆V’ é o potencial lido no M N
solução de sulfato
do tipo pote de cerâmica (Fig. III.8), de cobre
Parte externa
parcialmente saturados, com solução impermeabilizada
impolarizável.
A solução de CuSO4, entra em contato com o solo, através de uma parte inferior porosa
do eletrodo. Deste modo, se consegue que essas polarizações sejam iguais em ambos eletrodos
e se anulem.
Situações naturais, tais como: depressões acentuadas no terreno, variações litológicas,
etc., também podem resultar em imprecisões nas leituras de campo. Portanto, o centro de uma
SEV deve atender uma melhor aproximação das condições de homogeneidade lateral,
atendendo a teoria dos meios estratificados.
A direção da linha AMNB deve se manter paralela às estruturas geológicas (contatos,
falhas, etc.) e de modo que a superfície topográfica apresente a mínima variação na direção
escolhida. Os eletrodos, preferencialmente, não devem cruzar falhamentos e/ou contatos
geológicos, pois essas variações laterais de resistividade, podem distorcer os campos elétricos
criados, levando à obtenção de dados imprecisos.
A Fig. IV-06, ilustra o desenvolvimento
adequado de várias SEV’s, em situação de ρ1 ρ2
unesp
Braga, A.C.O.
2
ocorrência de falhamento geológico, com 4
Falha/Contato
Geológico
6
diferentes resistividades dos materiais presentes
1
8
em superfície e subsuperfície. 3 10
5 12
O perfil investigado é perpendicular à
7
estrutura geológica, enquanto que a direção da SEV – direção do
azimute AMNB
9
A B 11
linha AMNB se mantém aproximadamente
paralela à estrutura, procurando manter os
Figura IV-06 – Locação das SEV’s.
eletrodos sem heterogeneidades laterais.
Os cuidados citados anteriormente, no desenvolvimento dos trabalhos de campo, são
considerados de extrema importância, para a qualidade dos dados de uma SEV. De nada vale,
softwares sofisticados, intérpretes experientes, se os dados não apresentam qualidade
adequada.
Resistividade Aparente
800
600
geologicamente semelhantes;
400
(ohm.m)
2) efetuar algumas SEV´s em pontos
estratégicos da área ou junto a poços que 200
Profundidade (m)
Data: 28/01/1980 - Coordenadas UTM: 719,90E - 7.453,40N superficiais
zona não
20 saturada
Curva de Campo NA 23.0m
10000 34
8000 30
6000
40
4000 Fm Bauru
50
Resistividade Aparente (ohm.m)
60
2000 70
80
90
1000 100
800
600 138.0m
340
400
200
Fm Serra Geral
200
300
10
20 30 50 200 300 500 20003000 5000 2000
10 100 1000 10000 2082.0m
Espaçamento AB/2 (m) 5000
3000 Embasamento
Obs.: níveis geoelétricos descritos em termos de predominância 4000
Cristalino
do material geológico.
obter uma definição da camada resistiva, que permitiria sua interpretação, o espaçamento AB
teria que ser superior a dez vezes ou mais a profundidade de seu topo.
Em estudos geofísicos desenvolvidos nos estados de Tocantins e Pará (IPT, 1985/86),
foram executados ensaios por sísmica de refração e eletrorresistividade (SEV). De um modo
geral, as curvas de campo das SEV’s, apresentaram altos valores de resistividades aparentes
para as camadas superficiais. Essas curvas mostraram nos ramos iniciais, configuração
semelhante à descrita anteriormente por Orellana (op. cit.).
Analisando o tipo das curvas obtidas, constatou-se esse efeito em mais de 90% das
SEV’s executadas. Ao efetuar a interpretação dessas SEV’s, o modelo geoelétrico resultante
não era compatível com as informações geológicas disponíveis e com os resultados da sísmica
de refração – profundidades muito elevadas, indicando um claro deslocamento dos
espaçamentos AB.
Após várias análises dessas curvas, pode-se observar que o ramo final poderia ser
deslocado, mantendo as resistividades aparentes, para a esquerda do gráfico até coincidir com
as primeiras leituras de campo, eliminando com isso o efeito devido à camada resistiva
resultando em uma curva “reduzida”. Tomando-se um ou dois pontos AB/2 coincidentes, a
relação entre eles resulta em um fator denominado de fator de redução da profundidade –
FRP (equação IV-04).
(AB / 2) reduzido
FRP = IV-04
(AB / 2)campo
As Fig.s IV-09 e IV-10 ilustram as situações descritas, sendo apresentadas as curvas de
campo, curva reduzida, modelo geoelétrico de campo e modelo geoelétrico reduzido e o
modelo da sísmica de refração.
No caso 1 (Fig. IV-09) os dados de campo, a partir do AB/2 = 30, foram deslocados até
coincidir com o início da curva original de campo (AB/2 = 3,0) resultando em um FRP = 0,1.
Tomando-se as profundidades do modelo de campo e aplicando o FRP, eliminando as
camadas superficiais delgadas, tem-se o modelo reduzido perfeitamente compatível com a
situação esperada.
No caso 2 (Fig. IV-10), tomou-se para redução os AB/2 = 6,0 e 60,0; sendo nesse caso
as resistividades aparentes do ramo inicial reduzidas. Observa-se nesse caso, a perfeita
correspondência do modelo reduzido com a sísmica de refração.
Braga, A.C.O. 63
Velocidade da
Sondagem Elétrica Vertical - Arranjo Schlumberger SEV - Resistividade
onda sísmica
SEV-35-E11/MD Modelo Modelo Modelo
campo reduzido Refração
Local: Tocantins - Santa Isabel - Marabá/PA 1
5700.0
Profundidade (m)
Eixo Sono 4 - Margem Direita/TO 6000.0
Data: 29/04/1986 1.5m 1.6m
2
Curva de Campo não saturado
10000
8000 RES - campo 0.3
6000 220.0
RES - reduzida
4.3m NA
4 4.0m
4000
2500.0
5.4m
6
Resistividade Aparente (ohm.m)
2 não saturado
Curva de Campo
10000
8000 RES - campo 0.5
3.8m NA
6000 1270.0 3.5m
RES - reduzida 4 2770.0
4000 4.5m
6
Resistividade Aparente (ohm.m)
solo arenoso
2000
8
1000 10
800
600 5000.0
14.6m 51.0 1.6
400 16.6m 16.5m
20 arenito
320.0 2.6
200 25.0m 25.0m
824.0
100 40 38.6m
80
60 fator de redução da
60 profundidade
40
80 AB/2campo 20,0
20 100 FRP = = = 10,0
AB/2reduzida 2,0
10 54.0
2 3 5 20 30 50 200 300 500 165.8m
1 10 100 1000
200
Espaçamento AB/2 (m) 300.0
250.0m
Obs.: nível geoelétrico descrito em termos de predominância
do material geológico.
atingir valores imprecisos. Uma das maneiras de se manter o ∆V com valor razoável, seria
através do aumento da intensidade da corrente I, entretanto, existe um limite, tanto devido às
características técnicas do equipamento em uso, como devido a problemas de segurança.
Visando melhorar as leituras de potenciais, uma operação utilizada, em conjunto com o
aumento da intensidade de corrente (I), é a chamada operação "embreagem". Esta operação
consiste, em aumentar o valor de ∆V, aumentando a separação entre os dois eletrodos de
potencial, mantendo-se fixos os dois eletrodos de corrente. Para isto, com o espaçamento AB
fixo, realizam-se duas leituras da diferença de potencial: uma com o espaçamento MN inicial;
e, outra com um espaçamento MN maior.
Após estas duas leituras, passa-se para o espaçamento AB seguinte, no qual, novamente,
realiza-se duas leituras de potencial, com os mesmos espaçamentos de MN anteriores.
Recomenda-se que para cada espaçamento AB/2, sejam efetuadas duas leituras do parâmetro
físico até o final do ensaio. Teremos, portanto, vários segmentos de curva plotados no gráfico.
A operação embreagem, além de melhorar o sinal medido, determina a qualidade dos
resultados obtidos, pois os vários segmentos de curva, devem manter um paralelismo. A Fig.
IV-11 ilustra um exemplo de embreagem com dois espaçamentos de MN. A diferença entre os
ramos se dá em função da área investigada em subsuperfície, sendo essa diferença mais
realçada quanto maior as variações laterais do terreno investigado.
10000
a (ohm.m)
A M2 M1 N1 N2 B
1000
∆V1
∆V2
100
1 10 AB/2 (m) 100
esta mesma camada localizada a uma maior profundidade (por exemplo: 500 metros), não será
identificada. Portanto, o espaçamento ideal para os eletrodos AB, deve apresentar um bom
detalhamento, sem, entretanto, serem exagerados.
Ressalta-se ainda, que os espaçamentos utilizados, devem manter o limite da relação
MN ≤ AB/5 (Schlumberger), pois, desta maneira, trabalha-se com potenciais mais elevados,
reduzindo os efeitos perturbadores dos potenciais indesejáveis.
Fugas de Corrente
Uma das causas de erro mais freqüente e grave nas medidas de campo de uma SEV,
consiste no aparecimento das chamadas "fugas de corrente" no circuito de emissão. Estas
"fugas" se dão em função de um "escape" de corrente, gerada pelo transmissor, em um ponto
do circuito diferente das posições dos eletrodos A e B, aparecendo normalmente em dias de
chuva. Isto pode ocorrer devido a problemas de isolamento dos cabos, tal como pedaços de
fios descascados, situados em solo muito úmido e/ou fios submersos em poças d´águas e rios,
ou ainda, nas próprias bobinas do circuito AB.
A presença destas fugas equivaleria ao ∆VMN = ∆V1 + ∆V2
A M N B
de um eletrodo suplementar, que produziria
uma diferença de potencial adicional (∆V2) I1 I2
no circuito, em função da corrente adicional
I2, resultando em uma leitura da ∆VMN = ∆V1
+ ∆V2 (Fig. IV-12). Figura IV-12 – Fuga de corrente.
Estas fugas podem ser percebidas durante a plotagem dos valores calculados da
resistividade aparente na curva de campo. As embreagens, que deveriam manter um
paralelismo, começam, de maneira suave, a se distanciar. A Fig. IV-13, ilustra duas situações
de fugas de corrente.
Na Fig. IV-13(a) a fuga se dá próxima de um dos eletrodos com espaçamento de MN/2 =
0,30, resultando em um ramo da curva com falsa tendência de indicar a presença de uma
camada geoelétrica de alta resistividade. Pode-se observar, neste caso, que o espaçamento
MN/2 = 2,0 não é afetado pela corrente adicional, como foi demonstrado pela curva real
obtida após a eliminação dessa fuga. Na Fig. IV-13(b), a fuga, próxima de um dos eletrodos
MN/2 = 2,0, começou a partir da leitura do espaçamento de AB/2 = 20,0, quando se iniciou
uma forte chuva.
Braga, A.C.O. 67
(a) (b)
10000 100000
9000 90000
8000 80000
7000 70000 MN/2=0,30
6000 60000 MN/2=2,0
leituras afetadas pela
5000 50000
fuga de corrente MN/2=5,0
4000 40000
Resistividade Aparente (ohm.m)
2000 20000
200
MN/2=5,0
2000
MN/2=0,30
- com fuga
MN/2=2,0
100 1000
2 3 4 5 6 7 8 9 20 30 40 50 60 708090 2 3 4 5 6 7 8 9 20 30 40 50 60 708090
1 10 100 1 10 100
Espaçamento AB/2 (m) Espaçamento AB/2 (m)
obter 10 mudanças completas de cinco níveis, e que o arranjo se inicie e termine além da área
de interesse de investigação.
a) unesp b) unesp
ρ1 ρ2 Braga, A.C.O. Aterro Braga, A.C.O.
sanitário
Falha/Contato
Geológico pluma de
x x x contaminação
A B M N A B M N
2x ρ2
A B M N A B M N
CE – direção do CE – direção do
azimute ABMN azimute ABMN ρ1
A B M N A B M N
METODOLOGIA
GEOELÉTRICA
Captação de Águas
Subterrâneas
Rochas
Sedimentares
Aqüíferos Aqüíferos
Granulares Cársticos
SEV CE-ER-IP
ER ER-IP
Schlumberger Dipolo-Dipolo
Profundidade do Litologia –
Nível d´Água Topo Rochoso
Mapa Carstes e
Potenciométrico Cavidades
Contato Água
Doce/Salgada
4000 400
3o nível
2000 200
1000 100
Resistividade aparente(ohm.m)
campo-ER
20 campo-IP 2
modelo-ER
modelo-IP
10 1
2 4 6 8 20 40 60 80 200 400
1 10 100
Espaçamento AB/2 (m)
SEV-02
uma queda acentuada nos valores (AB/2
200
= 6,0 a 8,0) - curva tipo KH,
satu
sat
rad
ura
SEV-01
característica de sedimentos arenosos.
o
100
do
80
Já, a SEV-02, apresenta uma 60
curvas de campo - curva tipo KQH. Figura V-03 – Curva de campo e o NA - SEV.
Pode-se observar na Figura V-05, que as resistividades apresentam uma ampla variação
nas faixas de valores para a amostra não saturada e saturada. Já a cargabilidade apresenta uma
insignificante variação entre os valores da amostra não saturada e saturada.
4000 40
Resistividade Cargabilidade
3000 seco seco 30
saturado saturado
2000 20
1000 10
900 9
300 3
200 2
100 1
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12
Espaçamento MN (m)
100 100
Fm Rio Claro
Zona não saturada
Zona saturada
os
os
r en
d .a
10 se 10
Cargabilidade (mV/V)
Cargabilidade (mV/V)
sed. areno-argilosos
1 1
Fm Corumbataí
Zona não saturada
Zona saturada
0.1 0.1
100 1000 10000 100000 10 100 1000 10000
Resistividade (ohm.m) Resistividade (ohm.m)
define claramente as duas zonas de saturação dos solos, não importando a predominância
litológica.
Pode-se concluir das análises anteriores que, para sedimentos arenosos a cargabilidade
poderia definir a posição do nível d’água, embora sem a mesma intensidade que as
resistividades; já para sedimentos com ocorrência das argilas, essa definição seria inviável.
Identificação Litológica
A partir da quantificação do modelo inicial, faz-se então, a correlação com os dados
geológicos disponíveis, visando definir o tipo litológico identificado nas camadas geoelétricas
– modelo geoelétrico final (Figura V-07). Na zona não saturada, os valores de resistividade
apresentam uma ampla gama de variação, em função, principalmente, das variações no
conteúdo em água nesses sedimentos.
Dessa maneira, nessa porção do solo, os
SEV Modelo Geoelétrico
valores de resistividade não caracterizam a ρ1 = 1.200
Evapotranspiração Sedimentos
litologia local. Apenas podem indicar a 4,0m
ρ2 = 5.000 superficiais
Retenção Zona não
ocorrência estratigráfica das faixas de 9,0m
ρ3 = 300 saturada
Capilar NA
evapotranspiração, retenção e capilar. 10,0m
ρ4 = 80
Na zona saturada, os valores de Sedimentos
25,0m arenosos
resistividade definem, em termos de ρ5 = 10 Zona
Sedimentos saturada
predominância, as diferentes litologias presentes, 52,0m argilosos
ρ6 = 300
em função do conhecimento geológico da área em Rocha sã - Basalto
Figura V-07 – Modelo geoelétrico.
questão.
A partir da coletânea de resultados de vários trabalhos desenvolvidos, a Tabela V-01
apresenta faixas de variação dos valores de resistividade e cargabilidade para sedimentos e
alguns tipos de rochas, para zona não saturada e saturada.
Resistividad Cargabilidade
Tipo Litológico: Sedimentos/(Rochas)
e (ohm.m) (mV/V)
Zona não saturada 20 a 30.000 2,0 a 25,0
Sedimentos Argilosos – (Argilitos) ≤ 20
1,0 a 2,0
Sedimentos Argilo-Arenosos 20 a 40
Sedimentos Areno-Argilosos 40 a 60
Zona saturada 7,0 a 30,0
Sed. Silte-Argilosos – (Siltitos Argilosos)
25 a 40
Sed. Silte-Arenosos – (Siltitos Arenosos)
2,5 a 6,0
Sedimentos Arenosos – (Arenitos) ≥ 60
Braga, A.C.O. 74
30
areno-argilosos
20
silte-argilosos
sedimentos
sedimentos
10
9
Cargabilidade (mV/V)
8
Figura V-08 – Variações da 7
resistividade e cargabilidade em 6
silte-arenosos
função da litologia na zona
sedimentos
5
sedimentos
saturada. 4
arenosos
ou arenitos
3
2
sedimentos sedimentos
argilosos argilo-
ou argilitos arenosos
1
10 20 40 60 80 100 200 400
Resistividade (ohm.m)
AB, da seqüência estratigráfica da área, procurando delimitar a ocorrência dos aqüíferos livre
e confinado, a partir da técnica da SEV.
0m 200m 400m 600m lago
aqüífero confinado
sed. argilosos
cristalino
4000
executada no município de
2000
Nova Odessa-SP, com a
Resistividade Aparente (ohm.m)
27,0m
800
400 sedimentos
profundo para captação de superficiais
250,0m
não
saturados
água subterrânea. 200
NA=2,2m
(Formação Itararé). Após a perfuração do poço tubular, com uma vazão de 12.000 l/h, os
dados obtidos mostraram a boa precisão do modelo geoelétrico obtido previamente.
De acordo com a geologia e área a ser estudada, a técnica do CE-DD, pode ser
empregada na identificação litológica e determinação do nível d’água subterrâneo, com maior
detalhe que as SEV’s, as quais podem ser executadas, em menor número, sendo utilizadas
para calibrar o modelo da inversão do CE. A Figura V-10b, apresenta três seções geoelétricas
processadas, cujo modelo é associado com a geologia local.
mento
Descrição das 285
780 sondagens mecânicas
falha
775 solo argiloso seco
folhelho
770 folhelho e marga
marga folhelho Resistividade (ohm.m)
siltito solo argiloso 600 e/ou marga 80 siltito arenoso 40 siltito argiloso
-5
-10
-15
Resistividade (ohm.m)
-20 arenoso 60 areno-argiloso 40 argilo-arenoso 20 argiloso
-20
-40
-60
dique diabásio Resistividade (ohm.m)
não saturado 300 ou capilar 100 arenoso 40 argiloso
SEV-01
600
A Figura V-11 ilustra um nível freá SEV-02
tico
300 nível do
exemplo de estudo em zona litorânea, mar
água
subterrânea
com duas SEV’s executadas. Para os 85 doce 90
oceano
sedimentos arenosos saturados com
ha
água doce, a resistividade é bem mais cun
a
salin 4 água
subterrânea
elevada (85 e 90 ohm.m) que para os 5000 salgada
embasamento
mesmos sedimentos saturados com cristalino 5000
Cavidades em Sedimentos
A Figura V-12 apresenta o modelo geoelétrico resultante da inversão dos dados de
campo da técnica do CE-DD, em estudos de identificação de cavidades em sedimentos,
visando: a proteção de frentes de lavras em mineração de areias – Caso 1, e a captação de
águas subterrâneas superficiais – Caso 2. Nos dois casos, as cavidades apresentam-se
saturadas – resistividades baixas.
SEV-01
CASO 1 - Seção Geoelétrica - Linha R4 - Jundu
40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
660 23580 280 300 320 340 360 380
3360
Elevação (m)
650
8790
640
NA
630
Resistividade (ohm.m) 380
620 10000 8000 6000 5000 4000 3000 2500 2000 1500
-10
-20
NA
-30
Resistividade (ohm.m)
anomalias condutoras projetadas 4000 3000 2500 2000 1500 1000 800 700 600 500 400 300
provável extensão lateral
provável cavidade não saturada
CE-DD, o qual apresenta boa precisão. A técnica da SEV, pode ser utilizada para determinar
o topo das camadas, nível d´água, etc..
Como os resultados e produtos obtidos pelo CE-DD, em rochas calcárias, são
semelhantes aos obtidos em rochas cristalinas, serão discutidos no sub-item Rochas
Cristalinas.
Resistividade e a Porosidade
As relações entre as resistividades de uma formação aqüífera saturada não argilosa, a do
eletrólito que preenche seus poros e a porosidade total, podem ser estimadas através do
coeficiente F - Fator de Formação (Archie, 1942). Este fator pode ser calculado a partir das
equações:
ρR 1
F= ,e V-01 Pm = V-02
ρW F
onde, ρR = resistividade média da rocha (matriz e poros incluídos); ρW = resistividade da
solução de saturação dos poros; P = porosidade total; e, m = coeficiente de cimentação. Das
equações anteriores, tem-se:
ρW
Pm = V-03
ρR
Medidas da porosidade em laboratório, permitem calcular "m"; senão, tomando ρW = 10
ohm.m e a Equação V-01, pode-se estimar a porosidade a partir do gráfico da Figura V-13.
Vacúolos isolados não são considerados, portanto, obtém-se a porosidade total comunicante.
Assume-se que, para valores de porosidade total > 45%, predominam sedimentos argilosos.
Nesse gráfico, foram lançados valores de resistividade obtidos por 120 SEV’s por Braga
et al. (2005), aplicadas a estudos de aqüífero livre e confinado, apresentando a correlação
fator de formação/porosidade, com a litologia dos sedimentos definida pelos valores de
resistividade.
Na faixa de sedimentos argilo-arenosos (20<ρ<40 ohm.m), valores de porosidade >
45%, indicam muito pouco material arenoso; já valores de porosidade < 45%, indicam
Braga, A.C.O. 79
• curva 1 (m = 1,3):
20 40 60 80 200 400 600 800 2000 4000 60008000
100
90
80
70
sedimentos argilosos formação fofa – sedimentos
60
inconsolidados;
50
sedimentos argilo-arenosos
45 • curva 2 (m = 1,9): rocha
40
consolidada com
30 sedimentos areno-argilosos
porosidade de interstícios
Porosidade Total (%)
20 (quartzitos, arenitos);
• curva 3 (m = 2,35): rocha
sedimentos arenosos
consolidada, para a qual a
10
9
8
porosidade resultante da
7
3 fissuração é mais
6
5 importante que a de
4
interstício (calcários,
1 2
3
2 4 6 8 20 40 60 80 200 400 600 800
derrames basálticos).
1 10 100 1000
Fator de Formação
1000 T
=
50
00
T
=
25
faixa de valores
00
ideal -
aqüíferos mais
T
=
promissores
10
00
100
T
=
Espessura (m)
50
0
T
=
25
0
T
=
10
0
10
T
=
50
areno-argilosos
argilo-arenosos
arenosos
argilosos
1
1 10 20 40 60 100 1000
Resistividade (ohm.m)
Os valores de TDZ para os sedimentos arenosos, tendem a serem mais elevados que para
os sedimentos argilosos, entretanto podem-se observar também valores para os sedimentos
argilosos maiores que para os sedimentos arenosos; isto se dá em função de um aumento da
espessura dessa camada. Portanto, os valores de TDZ têm que estar associados a litologia –
mapa de resistividade.
A Figura V-15 mostra o mapa de TDZ para a área estudada, indicando locais associados à
maior transmissividade do aqüífero livre (TDZ > 400 ohm.m2), correlacionado com o mapa de
resistividade dessa primeira camada saturada.
Braga, A.C.O. 81
lago
0m 200m 400m 600m
Rio Sa
pu área industrial
caia
sondagem elétrica vertical
Caso Histórico - 1:
A Figura V-17 ilustra uma aplicação em aqüíferos cársticos. Observa-se nessa figura,
que a intensidade da anomalia na seção de condutância longitudinal total (S) é maior que na
seção de resistência transversal total (T), isto se deve, principalmente, ao fato de que nesta
situação a resistividade longitudinal é mais sensível à zona fraturada que a resistividade
transversal.
A seção de resistividade média, “filtra” as resistividades aparentes, indicando a posição
da anomalia na superfície do terreno, e a direção do mergulho (E-280 para E-360, à direita da
seção); fato confirmado por dados geológicos disponíveis.
Braga, A.C.O. 83
-20
366 330 386 408 422 207 80 180 254 408 600 1250 1250 1245
-40
534 398 729 516 199 130 74 221 278 372 671 1400 1177
-60
-80
888
1175
493
663
917
537
280
194
146
162
169
203
82
87
272
346
274
349
388
448
717
784
1198
ρm =
∑T
-100
-120
1343 421 331 205 180 240 89 354 419 512 ∑S
Linha 3 - Condutância Longitudinal Total - Cajamar
0 40 80 120 160 200 240 280 320 360 400 440 480 520 560 600 640
0
Profundidade teórica (m)
-20
0.11 0.12 0.10 0.10 0.09 0.19 0.50 0.22 0.16 0.10 0.07 0.03 0.03 0.03
-40
0.09 0.13 0.05 0.10 0.51 0.63 0.85 0.24 0.20 0.17 0.08 0.04 0.05
-60
0.05 0.12 0.06 0.61 0.87 0.34 0.86 0.23 0.30 0.20 0.10 0.08
-80
Ei
-100
0.05 0.09 0.49 1.11 0.49 0.34 1.03 0.19 0.19 0.17 0.11
Si = ∑
-120
0.06 0.79 1.26 0.50 0.51 0.33 1.26 0.32 0.18 0.17 i ρi
Linha 3 - Resistência Transversal Total - Cajamar
0 40 80 120 160 200 240 280 320 360 400 440 480 520 560 600 640
Profundidade teórica (m)
-20
14640 13200 15440 16320 16880 8280 3200 7200 10160 16320 23986 50000 50000 49772
-40
41340 27120 67800 36180 7080 5700 4260 15240 17760 21000 43400 90600 67800
-60
136000 51680 101600 10560 7360 19040 7440 28240 21440 32800 62061 78878
-80
-100
210000 113000 20300 9000 20300 29200 9700 53700 53700 58000 92120
Ti = ∑ ρ i E i
234000 18120 11400 29040 28440 43560 11400 44760 78000 84000 i
-120
-20
422 207 80 180 254 408 1 2
-40
360 106 83 162 275 323 1 2
-60
681 185 92 295 180 381
-80 1 2
666 247 93 370 414 338
-100 1 2
1093 262 95 307 443 531
-120 resistividade aparente média
triangular lateral
uma anomalia condutiva vertical, centralizada entre as estacas 280 e 320, com pequeno
prolongamento à direita, semelhante à Figura V-18.
Seção Geoelétrica - Linha 3 - Cajamar
40 80 120 160 200 240 280 320 360 400 440 480 520 560 600
0
Profundidade (m)
-20
-40
-60
Resistividade (ohm.m)
7502 3882 2502 1613 1039 670 432 278 179 116 75 48 31 20 13 8 5
Caso Histórico - 2:
A Figura V-20, ilustra um caso de rochas cristalinas (Fundunesp, 1997/a), sendo que as
mesmas considerações e conclusões anteriores podem ser aplicadas nesse caso. Com destaque
para as seções de resistividade média e condutância longitudinal.
Campinas - LINHA 1 - Resistividade Aparente
160 200 240 280 320 360 400 440 480 520 560 600 640 680 720 760 800 840 880 920 960 1000 1040
0
Profundidade teórica (m)
-20
577 325 215 202 176 281 310 118 142 356 635 491 499 538 97
-40
317 239 227 299 437 248 136 364 343 139 222 244 229 197 225
-60
402 307 324 740 366 240 226 972 260 123 262 339 364 305 198
-80
471 418 752 565 336 346 670 649 312 145 327 499 481 322 503
-100
587 911 531 485 963 417 686 391 177 588 508 831 97
-120
1042 610 418 482 566 440 793 484 186 1102 149 89
-140
160 200 240 280 320 360 400 440 480 520 560 600 640 680 720 760 800 840 880 920 960 1000 1040
0
∑T
Profundidade teórica (m)
-20
325 215 202 176 281 310 118 142 356 635 491 499 538 97
-40
ρm =
∑S
270 222 255 302 261 190 230 240 204 341 324 314 297 160
-60
286 263 410 327 251 204 422 248 165 306 330 334 300 175
-80
327 385 455 330 282 314 478 269 158 313 382 380 307 255 Resistividade Média
-100
449 421 463 330 416 338 524 300 163 377 382 413 416 194
-120
610 418 482 566 440 793 484 186 1102 149 89
-140
160 200 240 280 320 360 400 440 480 520 560 600 640 680 720 760 800 840 880 920 960 1000 1040
0
Profundidade teórica (m)
-20 Ei
-40
0.12 0.19 0.20 0.23 0.14 0.13 0.34 0.28 0.11 0.06 0.08 0.08 0.07 0.41
Si = ∑
-60
0.25 0.26 0.20 0.14 0.24 0.44 0.16 0.17 0.43 0.27 0.25 0.26 0.30 0.27
i ρi
0.26 0.25 0.11 0.22 0.33 0.35 0.08 0.31 0.65 0.31 0.24 0.22 0.26 0.40
-80 Condutância Longitudinal
0.24 0.13 0.18 0.30 0.29 0.15 0.15 0.32 0.69 0.31 0.20 0.21 0.31 0.20
-100 Total
0.13 0.23 0.25 0.12 0.29 0.17 0.31 0.68 0.20 0.24 0.14 1.24
-120
0.23 0.33 0.29 0.25 0.32 0.18 0.29 0.75 0.13 0.94 1.57
-140
160 200 240 280 320 360 400 440 480 520 560 600 640 680 720 760 800 840 880 920 960 1000 1040
0
Profundidade teórica (m)
Ti = ∑ ρ i E i
-20
13000 8600 8080 7040 11240 12400 4720 5680 14240 25400 19640 19960 21520 3880
-40
14340 13620 17940 26220 14880 8160 21840 20580 8340 13320 14640 13740 11820 13500 i
-60
24560 25920 59200 29280 19200 18080 77760 20800 9840 20960 27120 29120 24400 15840 Resistência Transversal
-80
41800 75200 56500 33600 34600 67000 64900 31200 14500 32700 49900 48100 32200 50300 Total
-100
109320 63720 58200 115560 50040 82320 46920 21240 70560 60960 99720 11640
-120
85400 58520 67480 79240 61600 111020 67760 26040 154280 20860 12460
-140
-20
281 310 118 142 356 635 491 499 538 97 1 2
-40
342 192 250 353 241 117 233 236 213 211
-60 1 2
490 296 606 243 547 261 241 313 332 281
-80
549 617 492 329 407 488 405 313 324 501 1 2
-100
937 474 585 435 570 502 643 449 504 342 1 2
-120
804 525 605 483 393 583 545 947 316 137
-140 resistividade aparente média
triangular lateral
Caso Histórico - 3:
Cabe ressaltar que os levantamentos
geofísicos, podem inviabilizar uma perfuração
para captação de água subterrânea, dependo
dos resultados obtidos. A Figura V-23, ilustra
um caso de aplicação do CE – arranjo
gradiente, na identificação de zonas favoráveis
à locação de poço tubular (UHE Balbina/AM).
Nesse caso, as resistividades
determinaram uma faixa anômala de altos
valores de resistividades, indicando uma zona,
de falhamento resistivo, não adequada à
13000 11000 9500 8000 6500 5000 3750 3000
locação de poços visando à captação de água
subterrânea. Figura V-23 – CE/Gradiente.
Braga, A.C.O. 86
60 278 735 531 407 729 596 358 133 1252 787 355 206 230 270 102 76
-40
Prof. teórica (m)
Resistividade
Média
60 278 735 531 407 729 596 358 133 1252 787 355 206 230 270 102 76
-40
Prof. teórica (m)
50 99 180 157 135 193 150 136 105 507 280 148 142 81 114 81 53
-60
-80
48
43
57
45
97
73
93
78
85
81
121
101
109
84
94
76
84
67
268
240
197
169
106
81
96
70
50
42
92
81
69
ρm =
∑T
-100
40 32 63 81 84 83 69 59 69 223 145 63 64 39
∑S
-120
0 40 80 120 160 200 240 280 320 360 400 440 480 520 560 600 640 680 720 760 800
Condutância
Longitudinal
0.67 0.14 0.05 0.08 0.10 0.05 0.07 0.11 0.30 0.03 0.05 0.11 0.19 0.17 0.15 0.39 0.53 Total
-40
Prof. teórica (m)
1.33 1.28 0.97 0.94 1.00 0.85 1.13 0.88 0.67 0.22 0.45 0.75 0.55 1.58 0.97 0.87 1.46
-60
1.78 3.48 2.76 2.22 2.05 1.63 1.45 1.57 1.27 0.78 0.73 1.27 1.38 3.64 1.21 1.43
-80
Ei
-100
2.86 4.17 3.45 2.13 1.43 1.69 2.44 2.17 2.27 0.57 0.85 2.22 2.63 3.57 1.64 Si = ∑
3.53 10.00 3.53 1.30 1.29 2.79 3.33 4.14 1.56 0.68 1.30 3.75 2.40 4.00 i ρi
-120
0 40 80 120 160 200 240 280 320 360 400 440 480 520 560 600 640 680 720 760 800
Resistência
Transversal
2400 11120 29400 21240 16280 29160 23840 14320 5320 50080 31480 14200 8240 9200 10800 4080 3040
-40 Total
Prof. teórica (m)
2700 2820 3720 3840 3600 4260 3180 4080 5340 16020 7980 4800 6600 2280 3720 4140 2460
-60
3600 1840 2320 2880 3120 3920 4400 4080 5040 8240 8720 5040 4640 1760 5280 4480
-80
-100
3500 2400 2900 4700 7000 5900 4100 4600 4400 17600 11700 4500 3800 2800 6100
Ti = ∑ ρ i E i
4080 1440 4080 11040 11160 5160 4320 3480 9240 21120 11040 3840 6000 3600 i
-120
Seção Geoelétrica - CE-DD - Coronel Macedo-SP
40 80 120 160 200 240 280 320 360 400 440 480 520 560 600 640 680 720 760
0
Profundidade (m)
-20
-40
dique
-60 diabásio
dique diabásio
não saturado 300 ou capilar 100 arenoso 40 argiloso
Resistividade (ohm.m)
23700
Estacas
320 360 400 440 480
0
23600 Modelo da
Profundidade (m)
Magnetometria -10
Profundidade = 16,0m
23500 -20
Largura = 40,0m 35 o
Campo Total - nT
Direção = N60W
Mergulho = 35 SW -30
23400
-40
23300
23200
23100
0 40 80 120 160 200 240 280 320 360 400 440 480 520 560 600 640 680 720 760 800
Estacas - Magnetometria
Figura V-25 – Magnetometria – rocha intrusiva/diabásio.
1
407 729 596 358 133 1252 787 355 206 230 1 2
-40
Prof. teórica (m)
O método de plotagem dos dados de campo, pela média triangular lateral, pode auxiliar
na interpretação final, de maneira qualitativa, posicionando as anomalias com maior precisão.
Braga, A.C.O. 88
1500
2
NA-poço Não saturado
disponíveis, essa informação não esta 4
NA
6
8
h livre = z 80 Aqüífero livre
clara. Neste ponto, as SEV’s são 10 Sed. argilosos
15
12
fundamentais, pois podem individualizar 14
16
filtro h conf = z + p / γ a 65
Aqüífero
confinado
esses diferentes aqüíferos, fornecendo 18
20 12 Sed. argilosos
com certeza os dados necessários.
Figura VI-02 – Nível d’água – PM e SEV.
Na identificação do NA, para elaboração de mapas potenciométricos, cabe ressaltar
ainda que, na zona não saturada, os valores de resistividade tendem a serem altos
(normalmente, superiores a 500 ohm.m), diminuindo, significativamente, quando atingem as
zonas saturadas, sendo possível identificar com razoável precisão o nível d’água.
A Figura VI-03 (Braga et al., 2005) apresenta os mapas topográfico e potenciométrico
em 3D de uma refinaria de combustível. A área apresenta grandes dimensões (> 4 Km2),
inviabilizando o levantamento através de poços, mais caro e demorado que as SEV’s. A partir
dos resultados da campanha de 120 SEV’s, poços de monitoramento foram locados com maior
precisão em alvos pré-determinados, diminuindo a quantidade inicialmente programada.
A Figura VI-04, ilustra os mapas topográfico e potenciométrico 3D, em área de
mineração de areia. Nesse caso, efetua-se um monitoramento anual do comportamento das
águas subterrâneas frente ao avanço da lavra.
Braga, A.C.O. 90
MAPA TOPOGRÁFICO - 3D
20 curvas de nível (metros) lago
TOPOGRAFIA - 3D
SE-01F2
área industrial sondagem elétrica vertical
SEV
Sapuca
ia River
divisor de águas
subterrâneas
Sapuca
ia Rive
r
0m 500m 1000m
planta P2 NA=11,0m
P1 NA=12,0m
P-1 Aterro
P-2
Sed. Sed.
arenosos arenosos
L-1
SEV-1 SEV-2 SEV-3
27,0m 28,0m
Rocha sã Rocha sã
- Granito L-2 rio - Granito
seção 0
0
L-1 SEV-1 SEV-2 SEV-3
5
5 1200 Não saturado 1350 1250
10
10 NA
15
80
Sed . arenosos 85 60
15
20
20
25
15
25
30
5000 Cristalino 5000 contaminante 5000
30
estudadas lateralmente e em
profundidade a partir de mapas
extraídos das pseudo-seções, revelando
o comportamento dos contaminantes em Terceiro Nível
Profundidade
1500 800
Teórica de
3D. Investigação = 20,0 m
resistividade aparente (ohm.m)
Quinto Nível
Profundidade
60
Teórica de
pelos mapas de resistividades aparentes Investigação = 30,0 m
40
20 L-4
anomalia condutora L-3 40
projeta na superfície 0
10
L-2 60
SEV-01 SEV 0 20
SEV-01
80
200 220
20
L-1 100
40
60
30
L-1 0 60
80
140
20 80
100
40
160
SEV-02
40 SEV-07100 SEV-05
120
180
SEV-0960 120
50
140
200
80 140
160
220
60
100 160
180
240
120 180 SEV-03
SEV-06
200
80
260
140 SEV-08 200
SEV-10 220
280
160 220 SEV-04
100
240
linhas de
s
300
nea
180 240
260 fluxo
sub guas
320
Escala (m)
terrâ
de á or
200 260
280
s
220 25 50 75
280
300
360
Derivados de Hidrocarbonetos
Nesse caso em particular, a contaminação dos materiais em subsuperfície por derivados
de hidrocarbonetos, por exemplo, gasolina e óleo diesel, apresentam um aspecto em
particular, no qual as resistividades desses materiais geológicos, apresentam uma variação
com o tempo (Sauck, 2000 e Fapesp, 2005).
Tanque Seção
0
CE-GRAD
CE-DD
-5 0 5 10 15 20SEV 25 30 35 40 45 50
-10
solo orgânico
Nível d'Água
-15
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95
Figura VI-07 – Esquema do tanque 3 utilizado nos ensaios de laboratório (Fapesp, 2005).
1000 100
800 80 05/01 - sem contaminação
06/01 - 60 minutos após
600 60
04/02 - 29 dias após
Resistividade Aparente (ohm.m)
100 10
80 8
60 6
40 4
20 2
10 1
0.01 0.1 1 0.01 0.1 1
Espaçamento AB/2 (m) Espaçamento AB/2 (m)
O CE-DD (Figura VI-09), foi desenvolvido com espaçamento de 5 cm, com quatro
níveis de investigação (profundidades teóricas: 2,5 – 3,75 – 5,0 – 6,25 cm). A contaminação
por gasolina se deu entre as estacas 20 e 25, cuja anomalia resultante resistiva, esta
perfeitamente definida na DD-2 (dia 07/01). A cargabilidade apresenta uma anomalia de
baixos valores.
DD1 - Dia 06/01 - Resistividade Aparente - sem contaminação DD2 - Dia 07/01 - Resistividade Aparente - 1 dia após contaminação
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
0.0 0.0
Prof. teórica (cm)
-2.5
0.0 0.3 0.5 0.5 0.2 0.5 0.3 0.3
-5.0
-7.5
0.1 0.6 0.2 0.4 0.1 0.4 0.4 Anomalia projetada na superfície do terreno
-10.0
0.6 0.2 0.5 0.4 0.5 0.3 - contaminante
0.3 0.4 0.2 0.6 0.3
-12.5
O levantamento DD-10 (dia 05/08) foi desenvolvido 212 dias após contaminação,
mostrando, como nas SEV’s, que os valores de resistividades aparentes foram mais baixos que
os registrados antes da contaminação (DD-1 - 06/01), e as cargabilidades continuam com
valores baixos.
Na Figura VI-10, tem-se a inversão dos dados de resistividade aparente, com seus
modelos geoelétricos, dos três levantamentos anteriores. Observa-se na seção invertida DD-2
a contaminação pela gasolina perfeitamente definida, mostrando uma evolução à direita da
seção. Na DD-10 fica claro o caráter condutivo temporal dos sedimentos, em relação à DD-1.
Nessas seções invertidas, pode-se observar o nível d’água a 6,0 cm.
Os dados da cargabilidade aparente foram processados e as seções resultantes da
inversão dos dados de campo são apresentadas na Figura VI-11. Como nas SEV’s, observa-se
na DD-2 uma anomalia de baixos valores de cargabilidade entre as estacas 15-25. Na DD-10,
os valores ainda continuam baixos em relação à DD-1.
Braga, A.C.O. 96
190
-2
solo - Fm
150
-4
NA
-6 100
DD-2 - Resistividade - Seção Geoelétrica - 1 dia após contaminação
5 10 15 20 25 30 35 40 45
Resistividade (ohm.m)
80
0
Profundidade (m)
-2 pluma 60
solo - Fm contaminação
-4
NA 50
-6
DD-10 - Resistividade - Seção Geoelétrica - 212 dias após contaminação 40
5 10 15 20 25 30 35 40 45
0
Profundidade (m)
30
-2 solo - Fm
20
-4 NA
-6 10
-2 10.0
solo - Fm
8.0
-4
6.0
-6
DD-2 - Cargabilidade - Seção Geoelétrica - 1 dia após contaminação 5.0
5 10 15 20 25 30 35 40 45 4.0
0
Profundidade (m)
Cargabilidade (ms)
3.0
pluma
-2 solo - Fm contaminação 2.5
-4 2.0
-6 1.5
DD-10 - Cargabilidade - Seção Geoelétrica - 212 dias após contaminação 1.0
5 10 15 20 25 30 35 40 45
0.8
0
Profundidade (m)
0.6
-2
solo - Fm 0.5
-4
0.4
-6 0.3
GRAD1 - Dia 06/01 - sem contaminação GRAD2 - Dia 06/01 - 30 minutos após
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
L-1 Gradiente - L5 - Resistividade
180
GRAD-1 GRAD-12
9 10 11 12 13 14 15 16 9 10 11 12 13 14 15 16 GRAD-13
GRAD-2
L-2 160 GRAD-3
Resistividade (ohm.m)
17 18 19 20 21 22 23 24 17 18 19 20 21 22 23 24
L-3 140
25 26 27 28 29 30 31 32 25 26 27 28 29 30 31 32 120
L-4
100
33 34 35 36 37 38 39 40 33 34 35 36 37 38 39 40
L-5
80
41 42 43 44 45 46 47 48 41 42 43 44 45 46 47 48
L-6
60
49 50 51 52 53 54 55 56 49 50 51 52 53 54 55 56
L-7 40
33 34 35 36 37 38 39 40
57 58 59 60 61 62 63 64 57 58 59 60 61 62 63 64 Estacas
L-8
fontes de contaminação
65 66 67 68 69 70 71 72 65 66 67 68 69 70 71 72
L-9 0cm 2cm 4cm 6cm
GRAD3 - Dia 07/01 - 1 dia após GRAD12 -Dia 05/08 - 212 dias após GRAD13 -Dia 15/09 - 252 dias após
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
L-1
9 10 11 12 13 14 15 16 9 10 11 12 13 14 15 16 9 10 11 12 13 14 15 16 170
L-2
17 18 19 20 21 22 23 24 17 18 19 20 21 22 23 24 17 18 19 20 21 22 23 24
L-3 150
Resistividade (ohm.m)
25 26 27 28 29 30 31 32 25 26 27 28 29 30 31 32 25 26 27 28 29 30 31 32
100
L-4
33 34 35 36 37 38 39 40 33 34 35 36 37 38 39 40 33 34 35 36 37 38 39 40
L-5 80
41 42 43 44 45 46 47 48 41 42 43 44 45 46 47 48 41 42 43 44 45 46 47 48
L-6 60
49 50 51 52 53 54 55 56 49 50 51 52 53 54 55 56 49 50 51 52 53 54 55 56
L-7 50
57 58 59 60 61 62 63 64 57 58 59 60 61 62 63 64 57 58 59 60 61 62 63 64
L-8 40
65 66 67 68 69 70 71 72 65 66 67 68 69 70 71 72 65 66 67 68 69 70 71 72
L-9 30
151.0 3 0.00
0.0 160
13.00 0.00
769.0 64
0.0 7.35 0.00
0.00.00 51.0 185.0
61345.0
47 0.0 7.857.75
7.24 135 54
0.00
183.00.0 12.00 122.0 0.00
0.0 7.40
0.0
0.00 24.46 0.00
0.0 128.0
0.00
0.0 23.61 155 0.00
0.0 7.65
59.0 132.0
331.0
232.0 242.0
24 241.0 53 0.00 0.0 8.00
8 48
0.00
0.0 16.40 90.0 0.00
0.0 7.94 126.0
0.00
0.0 19.86 929.0 0.00
0.0 12.42
3.56
3.6 21.23
225.0
533.0 62
79.0
166.0 11 18 0.00
0.0 7.91
2.01
2.0 25.00 159
49 0.00
0.0 12.48 0.00
0.0 11.25
167.0
0.00
0.0 17.87 156.0
474.0
184.0
156 259.0
0.00
0.0 12.75
93 92 91 P10
90 89 664.0 63 P8
41 8.38
0.00
0.0 12.79 0.00
0.0 12.70 0.00
0.0 12.63 0.00
0.0 12.61
0.00
0.0 12.66
19 0.00
0.0
0.00
0.0 7.84 21
128.0 91.0 235.0 6.0 22.0 15811.41210.0 0.00
0.0 8.29
0.00
0.0 11.74
10 0.0273.010.50
0.00 92.0
1.98
2.0 440.0
P9 88 17.64 157 271.0
96 114 0.00
0.0 11.8082
107.0
11.89
0.44
0.4 8.17
44 0.00
0.0 15.34
0.00
0.0 11.00
0.00
0.0 1.17
1.2
10.05 11.72 175.0 373.0
118.0 256.0 23
190.0 125.0
P20 87 86 P7
0.00
0.0 7.62
0.00
0.0 11.29
0.00
0.0 11.92 7.37
11.90 185.0
45 P12 85 131.0 232.0 22
83
0.00
0.0 9.64 0.00
0.0
95 10.17 9.42 0.00
0.0 9.52 162
207.0
71 P6 84 0.00
0.0 9.45
248.0 161 0.00
0.0 6.85
P11 9.31 144.0
não contaminados
68 P16
850
0.00
0.0
46 94 70 0.9P1 9.43261.0
0.00
0.0 10.28 10.27 10.06 128.0 69 0.92 0.79
0.8 10.27 9.42
0.00
0.0 8.00 43.0
0.00
0.0 8.95 0.00
0.0 9.40 0.66
0.7 10.19 1.01
1.0 10.09 10.32
450.0 89.0
451.0 2.0
246.0 172.0 9.0 2.0 72
20
0.00
0.0 7.15 0.72
0.7 6.66
85.0
Resistividade aparente (ohm.m)
98 558.0 67.0
99
107 97 160.0
P13
0.00
0.0 5.87
7.40 0.00
0.0 6.19
100 117
0.00
0.0
81
7.75 0.00
0.0
73
0.00
0.0
7.10
78
77 188.0
6.33 750
resistividade do nível não
P19 0.00
0.0 5.54
43.0 283.0 53.0
0.00
0.0 6.640.00
0.0 7.02 0.00
0.0 6.64
0.00
0.0 5.41
5.78 9 76
225.0 231.0 122.0 272.0 0.00
0.0 7.72 0.00
0.0 6.96 165.0
112 109 34
0.00
0.0 0.00
0.0
6.09 6.11 101 35 370.0
80 147.0
110 74
650
0.00
0.0 7.50
saturado (Fundunesp,
1.37
1.4 7.05 0.00
0.0 7.36
223.0
0.00
0.0
122.0
6.10 0.00
0.0 6.08
116 118 354.0
106 75
0.00
0.0 6.76
95.0 108
117.0
111 404.0 0.000.0
0.00
7.39
0.0 7.17 139.0
103.0
0.00
0.0 5.09 0.00
0.0 7.24
0.65
0.7 4.97 0.00
0.0 6.01 112.0
214.0 113 482.0
102 239.0
33 152.0
106.0
0.00
0.0 6.18
0.00
0.0 6.40 115 0.00
0.0 7.23
1999/a).
36 105 229.0104 103 227.0 0.00
0.0 7.05 315.0
P2
0.00
0.0
376.0
7.19
0.00
0.0
87.0
5.26 0.69
0.7
6.22
81.0
6.84 0.00
0.0
0.00
0.0
121
144.0
6.24
7.25
0.0
0.00
1 163.0
7.18 Escala 550
Rio Cubatão
25
P5
181.0
56.0
600 m
31 120
0 200 400
1.12
1.1 7.83
6.8 8.12 0.00
0.0 6.93 1990.00
0.0 7.50
123
450
provável contaminação
0.00
0.0 7.05
206.0
339.0
16 167.0 0.00
0.0 7.73
30 122
0.00
0.0 5.77 235.0 125
0.00
0.0 7.09 0.00
0.0 5.30 1240.00
131.0 0.0 7.61
653.0 155.0 0.00
0.0 6.55130.0
27 17
sed. secos com
103.0
0.00
0.0 8.08 1.10
1.1 6.47
P3
0.00
0.0
514.0
26
10.14 28
63.0 6.37
350
298.0 1.26
1.3 5.97
63.0
15
32
250
1.45
1.5 5.54
47.0
12 0.00
0.0 4.60
0.00
0.0 6.06
208.0
112.0
51
0.00
0.0 4.23
2 111.0
150
0.0
0.00 6.18
P4 94.0
5.57
29 50
0.00
0.0 5.44 0.00
0.0 5.75
301.0 142.0
área construída 50
0.00
0.0
14
217 0
4.49
0.00
0.0
13
4.91
0000
0
52
4 79
da Refinaria
(inversão) da linha 3, anomalia condutora bem definida, entre as estacas 70-95 e estaca 120,
associada à contaminação por óleo diesel. Ressalta-se que de acordo com as conclusões
anteriores, essa anomalia deve corresponder a vazamentos com mais de quatro a cinco meses
de ocorrência.
CE3 - Pseudo Seção de Resistividade Aparente
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200
0
Prof. teórica (m)
-5
215 490 1264 1055 490 177 92 279 149 34 537 573 3994 1036 5690 4145 5369 4936
-10
512 1221 1643 995 588 196 286 445 23 392 398 3240 3640 1259 4672 4898 6707
-15
754 1281 2355 772 414 433 301 38 207 358 1714 2054 3203 904 5087 6029
-20
754 6368 867 490 791 414 75 377 188 1432 904 1545 1959 1055 6029
-25
CE3 - Seção Geoelétrica
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200
0
Prof. (m)
-5
-10
25000 10000 8000 5000 4000 3000 2000 1500 1000 800 500 400 300 200 Resistividade (ohm.m)
SEV09
SEV08
SEV10
0m 500m 1000m
SEV25
SEV91 SEV92
SEV99
isovalor da cota do NA SEV96
SEV98
SEV88
linhas de fluxo
divisor de águas subterrâneas
SEV97
0
-5 chorume -
-10 pluma de contaminação
-15
Seção Geoelétrica - Linha 2 - São Carlos Resistividade (ohm.m)
10000 5000 3000 1000 400 200 100 60 40 20
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
Profundidade (m)
0
-5
contaminante - chorume
-10 chorume -
pluma de contaminação
-15
1
0 L-
1
2
2
A Figura VI-17 apresenta a 4
3
1
0 L-
5 3
6
2 L-
localização dos ensaios geofísicos 3 0
7
4 1
de
8
5 2 4
ão L-
9
3 0
iç 10
6
realizados, sendo quatro linhas de s
po uos 11
7 4 1
Dis resíd
8 5 2
12 6
13 9 3
10 7
14 SEV-02
CE-DD e três SEV’s. SEV-035
1
12
11
9
8 5
4
16 6
17 13 10 7
O nível d’água, na época do 19
18
15
14
12
11
9
8
20 16 13
21 10
17 14
levantamento, localizava-se a uma 23
22
19
18
16
15
12
11
24 17 13
20 SEV-01
18 14
profundidade de 15,0 a 17,0 metros, 22
21
20
19
16
15 0m 10m 20m 30m
23
21 17 1 0 linhas do caminhamento elétrico - CE
conforme dados das SEV’s e poço 23
22
19
18
estacas topográficas
20 SEV-01
21 sondagem elétrica vertical - SEV
tubular existente.
Figura VI-17 – Mapa de localização dos ensaios
geofísicos (Fundunesp, 2002/c).
Linha 1
Linha 2
-5 188
4
-10
548
-15 contaminante Resistividade (ohm.m)
NA 7000 5000 3000 1500 800 500 300 200
7 sedimentos
argilosos saturados
apresentados na Figura VI-21. Para sedimentos argilosos, os valores de SDZ, tendem a serem
mais elevados que para os sedimentos arenosos, entretanto têm-se valores para os sedimentos
arenosos maiores que para os sedimentos argilosos (função das espessuras), portanto, o valor
de SDZ, como no caso de TDZ tem que estar associado a litologia, para uma perfeita
associação.
1000
0
5,
=
S
0
3,
=
faixa de valores
S
ideal -
aqüíferos mais
protegidos
0
1,
=
S
100
5
0,
Espessura (m)
=
Figura VI-21 –
S
Condutância
3
0,
longitudinal unitária
=
S
resultante da relação
1
resistividade -
0,
=
S
2005).
0,
=
areno-argilosos
argilo-arenosos
S
arenosos
argilosos
01
0,
=
S
1
1 10 20 40 60 100 1000
Resistividade (ohm.m)
3
-29O 52´ 31´´
unesp
Braga, A.C.O.
Condutância Longitudinal Unitária da Camada Sobrejacente (siemens) Resistividade da Camada Sobrejacente (ohm.m)
< 0.5 fraca 1.0 - 3.0 boa < 20 argila
0.5 - 1.0 média >3.0 muito boa 20 - 40 argilo-arenoso
Figura VI-23 – Correspondência dos parâmetros ER-DZ, antes (DD1) e depois (DD2 e DD10) da contaminação - (Fapesp, 2005).
Braga, A.C.O.106
Braga, A.C.O.107
-5.0
215 490 1264 1055 490 177 92 279 149 34 537 573 3994 1036 5690 4145 5369 4936
-10.0
512 1221 1643 995 588 196 286 445 23 392 398 3240 3640 1259 4672 4898 6707
-15.0
754 1281 2355 772 414 433 301 38 207 358 1714 2054 3203 904 5087 6029
-20.0
754 6368 867 490 791 414 75 377 188 1432 904 1545 1959 1055 6029
-25.0
CE3 - Resistividade Média
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200
0.0
Prof. teórica (m)
-5.0
215 490 1264 1055 490 177 92 279 149 34 537 573 3994 1036 5690 4145 5369 4936
-10.0
347 811 1462 1021 542 187 172 361 54 127 455 1473 3793 1154 5100 4548 6075
-15.0
-20.0
468 964 1769 913 487 263 211 139 85 170 783 1641 3545 1047 5095 5090
ρm =
∑T
-25.0
538 1829 1410 748 568 302 154 175 103 306 815 1614 2929 1050 5375
∑S
CE3 - Condutância Longitudinal
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200
0.0
Prof. teórica (m)
-5.0
0.047 0.020 0.008 0.009 0.020 0.056 0.109 0.036 0.067 0.294 0.019 0.017 0.003 0.010 0.002 0.002 0.002 0.002
-10.0
0.024 0.010 0.008 0.013 0.021 0.064 0.044 0.028 0.543 0.032 0.031 0.004 0.003 0.010 0.003 0.003 0.002
-15.0
0.020 0.012 0.006 0.019 0.036 0.035 0.050 0.395 0.072 0.042 0.009 0.007 0.005 0.017 0.003 0.002 Ei
-20.0
0.023 0.003 0.020 0.036 0.022 0.042 0.233 0.046 0.093 0.012 0.019 0.011 0.009 0.017 0.003
Si = ∑
-25.0 i ρi
CE3 - Resistência Transversal
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200
0.0
Prof. teórica (m)
-5.0
2150 4900 12640 10550 4900 1770 920 2790 1490 340 5370 5730 39940 10360 56900 41450 53690 49360
-10.0
6400 15263 20538 12438 7350 2450 3575 5563 288 4900 4975 40500 45500 15738 58400 61225 83838
-15.0
11310 19215 35325 11580 6210 6495 4515 570 3105 5370 25710 30810 48045 13560 76305 90435
-20.0
13195 111440 15173 8575 13843 7245 1313 6598 3290 25060 15820 27038 34283 18463 105508 Ti = ∑ ρ i E i
-25.0 i
Nesse projeto, a linha 3 foi destacada (Figura VI-25). A anomalia condutora principal
esta situada entre as E-150-160 com prolongamento para o final da linha, outra anomalia
localiza-se entre as E-10-20. Interessante notar na seção de resistividade média os efeitos
correspondentes a essas anomalias identificadas. Enquanto que a anomalia entre as E-10-20
assume um caráter mais pontual, com mergulho definido à direita da pseudo-seção, a
anomalia entre as E-150-160 evidencia uma extensão do condutor no sentido do final da linha,
comportando-se como uma camada de baixa resistividade. O efeito registrado nessa pseudo-
seção, nas E-10-20, é semelhante ao registrado nas rochas cristalinas identificando fraturas e
falhamentos (Capítulo 5).
-5
-10
-15
Resistividade (ohm.m)
3900 1400 600 250 110 45 20 8 3
0
cont. contaminação
-5
1355 1338 612 234 291 186 315 351 233 271 270 264 207 232 238 277 140 96 15 36 61 43 36 25 36 86 76
-10
1051 1522 641 335 482 369 291 414 358 403 463 411 411 407 401 457 252 170 45 49 30 89 50 44 40 92 67 179
-15
754 603 254 546 589 433 309 904 484 539 543 492 596 546 565 326 223 89 94 63 35 96 60 63 118 73 141 212
-20
286 207 414 565 761 414 241 420 558 575 593 618 699 701 373 234 122 109 117 66 32 117 79 188 83 143 171
-25
138 346 462 791 791 392 293 475 590 646 725 676 857 462 227 218 145 145 112 59 36 152 260 142 162 188
-30
0
-5
-10
1355 1338 612 234 291 186 315 351 233 477 510 513 529 520 484 447 392 342 279 241 203 196 187 179 173 170 169
ρm =
∑T
-15
-20
1051 1453
869
863
980
427
506 475
360
445
336
376
243
270
371
552
355
408
323
404
476
484
503
502
508
513
525
525
516
518
483
478
442 386
434 370
325
317
271
264
233
224
201
200
193
190
185
182
177
176
172
171
169
169
169
169 ∑S
545 560 476 505 536 389 260 504 456 457 498 511 523 533 511 465 414 357 309 256 214 198 188 183 175 171 169
-25
350 498 472 577 599 390 269 495 492 505 527 525 543 529 490 450 397 347 301 246 205 198 189 182 175 171
-30
0
E
Si = ∑ i
-5
0.01 0.01 0.02 0.04 0.03 0.05 0.03 0.03 0.04 0.04 0.04 0.04 0.05 0.04 0.04 0.04 0.07 0.10 0.68 0.28 0.16 0.23 0.28 0.40 0.28 0.12 0.13
-10
-15
0.01 0.01 0.02 0.04 0.03 0.04 0.05 0.04 0.04 0.04 0.03 0.04 0.04 0.04 0.04 0.03 0.06 0.09 0.33 0.31 0.50 0.17 0.30 0.34 0.38 0.16 0.22 0.08 i ρi
0.03 0.03 0.08 0.04 0.03 0.05 0.06 0.02 0.04 0.04 0.04 0.04 0.03 0.04 0.04 0.06 0.09 0.23 0.21 0.32 0.57 0.21 0.33 0.32 0.17 0.28 0.14 0.09
-20
0.09 0.12 0.06 0.04 0.03 0.06 0.10 0.06 0.04 0.04 0.04 0.04 0.04 0.04 0.07 0.11 0.20 0.23 0.21 0.38 0.78 0.21 0.32 0.13 0.30 0.17 0.15
-25
0.22 0.09 0.06 0.04 0.04 0.08 0.10 0.06 0.05 0.05 0.04 0.04 0.03 0.06 0.13 0.14 0.21 0.21 0.27 0.51 0.83 0.20 0.12 0.21 0.19 0.16
-30
0
-5
13546 13376 6123 2336 2911 1861 3146 3514 2327 2713 2704 2638 2072 2317 2383 2769 1404 961 147 355 608 433 363 250 364 860 765
Ti = ∑ ρ i E i
-10 i
15769 22834 9608 5030 7235 5539 4369 6217 5369 6048 6952 6161 6161 6104 6019 6856 3787 2543 678 729 452 1328 752 661 593 1379 1012 2685
-15
15072 12058 5087 10927 11775 8666 6180 18086 9684 10776 10852 9834 11926 10927 11304 6519 4465 1771 1884 1262 697 1922 1206 1262 2355 1451 2826 4239
-20
7159 5181 10362 14130 19028 10362 6029 10503 13942 14366 14837 15449 17474 17521 9326 5840 3062 2732 2920 1649 801 2920 1978 4710 2072 3580 4286
-25
4154 10386 13847 23738 23738 11770 8803 14243 17705 19386 21760 20277 25717 13847 6825 6528 4352 4352 3363 1780 1088 4550 7814 4253 4847 5638
-30
-5
∑T
394 291 317 146 156 313 183 122 90 69 54 94 160
-10 339 332 296 148 177 238 161 123 87 70 56 137 169
ρm =
-15
289
275
232
315
160
135
140
90
165
151
208
188
150
119
92
87
84
68
69
85
85
107
166
170
179
177 ∑S
-20
Linha 1 - Condutância Longitudinal
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180
Profundidade teórica (m)
-5
0.03 0.03 0.03 0.05 0.03 0.03 0.06 0.07 0.10 0.14 0.18 0.23 0.08
-10 Ei
Si = ∑
0.04 0.04 0.06 0.08 0.05 0.07 0.08 0.10 0.16 0.17 0.22 0.09 0.06
0.07 0.09 0.09 0.13 0.11 0.09 0.11 0.16 0.20 0.23 0.10 0.08 0.06
-15 0.07 0.03 0.15 0.19 0.16 0.12 0.21 0.21 0.26 0.11 0.09 0.10 0.10 i ρi
-20
Linha 1 - Resistência Transversal
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180
Profundidade teórica (m)
-5
3938 3956 3316 1865 3768 3127 1573 1375 991 703 544 430 1238
-10 3768 4145 2685 1969 3109 2393 2016 1611 980 914 725 1714 2675 Ti = ∑ ρ i E i
3391 2572 2402 1696 1978 2543 2120 1385 1102 989 2317 2911 3476
-15 4352 9034 2044 1583 1912 2638 1451 1451 1187 2769 3231 3099 2967
i
-20
Seção Geoelétrica - Linha 1 - Capivari
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170
2 1
0
Prof. (m)
-5
-10
Resistividade (ohm.m)
1780 1000 800 600 400 300 200 150 100 80 50 40 0
empreendimento. Dos produtos referidos nessa figura, destaca-se a determinação de: falhas e
fraturamento e plumas de contaminação.
METODOLOGIA
GEOELÉTRICA
Contaminação de
Solos, Rochas e
Águas Subterrâneas
Rochas
Cristalinas
Pré Pós
empreendimento empreendimento
Diques/
Derrames Basálticos
Falhas e
CE-ER-IP Fraturamentos CE-ER-IP
Dipolo-Dipolo Dipolo-Dipolo
Plumas de
Contaminação
SEV-ER-IP SEV-ER-IP
Topo Rochoso
Schlumberger Schlumberger
LINHA 1C E-120-140
E-200-240
LINHA 4C
caminhamento elétrico
CE-DD
LINHA 3C
780 320
340
770 360 380 400 420 440
760 Resistividade (ohm.m)
1400 540 210 82 32 12 5 2
750
740
anomalias condutoras projetadas Seção Geoelétrica - Linha 4 - Jundiaí
provável extensão lateral 90 100 110 120 130 140
80
770
70
50 60
Elevação (m)
30 40
20
760
Resistividade (ohm.m)
2300 900 420 200 95 45 20 10 5
750
A aplicação dos parâmetros de Dar Zarrouk (TDZ e SDZ) é fundamental em uma fase pré-
empreendimento, e não recomendados em fases pós-empreendimento, onde as presenças de
contaminantes alteram os valores de resistividade do meio natural, tornando inviável qualquer
correlação com os tipos litológicos e suas características. Nessa fase pós-empreendimento, a
aplicação dos parâmetros de Dar Zarrouk visa apenas obter uma análise das anomalias
existentes quanto às suas intensidades e definições, auxiliando na interpretação do modelo
final.
7.2. CONCLUSÕES
Somado aos objetivos, amplamente discutidos anteriormente, esse trabalho procurou
apresentar uma discussão sobre os principais métodos e técnicas de campo dos métodos
geoelétricos aplicados em estudos hidrogeológicos, com destaque na captação para
abastecimento e diagnóstico de solos, rochas e águas subterrâneas frente a poluentes.
É evidente que a integração de vários métodos geofísicos, aplicados simultaneamente,
podem definir as diferentes características geológicas de cada área estudada, com maior
precisão e detalhamento. Entretanto, essa proposição metodológica apresentada, procurou
aplicar uma relação entre a resolução de métodos e técnicas com custos e prazos adequados a
um trabalho envolvendo a Geofísica Aplicada em estudos hidrogeológicos.
O emprego da eletrorresistividade, com as técnicas da SEV e CE, por si só, revela-se
decisivo para atingir os mais variados fins envolvendo esses tipos de estudos. A resistividade
elétrica dos materiais geológicos, é definida, principalmente, em função de seus constituintes
mineralógicos e o tipo de fluido presente, sendo, portanto, ideal para os estudos
hidrogeológicos de maneira geral. Cabe ressaltar ainda, que além do fato desse método
apresentar conceitos simples para seu entendimento e os valores de resistividade,
normalmente, não necessitarem de filtros especiais para suas determinações, os equipamentos
eletrorresistivímetros, estão entre os que apresentam os custos mais reduzidos no mercado.
Braga, A.C.O.117
Flathe, H. 1976. The role of a geologic concept in geophysical research work for solving
hydrogeological problems. Geoexploration, v. 14, no 3/4, p.195-206.
Funep. 2005(a). Relatório Técnico: “Ensaios de Eletrorresistividade no Município de
Franca/SP”. Sítio Santo Antonio, Fazenda Bom Jardim, localizados no município de
Franca-SP, e Fazenda Nossa Senhora de Lourdes, município de Pedregulho-SP. Fundação
de Apoio a Pesquisa, Ensino e Extensão – FUNEP.
Funep. 2005(b). Relatório Técnico: “Estudos Geofísicos no Sítio Santa Emília – Patrocínio
Paulista-SP”. Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Extensão – FUNEP.
Funep. 2005(c). “Ensaios de eletroresistividade no município de Capivari - SP” - 2005.
Implanta Assessoria e Consultoria Ambiental Ltda - Microsal Indústria e Comércio Ltda,
Capivari/SP. Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Extensão – FUNEP.
Fundunesp. 1997(a). Relatório Técnico: “Ensaios geoelétricos no subsídio à pesquisa de água
subterrânea em meios fissurados no município de Campinas-SP” - 1997. Campinas-SP.
Fundação para o Desenvolvimento da UNESP – FUNDUNESP.
Fundunesp. 1997(b). Relatório Técnico: “Ensaios geofísicos aplicados para o subsídio ao
monitoramento do lençol freático em área de disposição de resíduos industriais” - Limeira -
SP. Fundação para o Desenvolvimento da UNESP - FUNDUNESP.
Fundunesp. 1998. Relatório Técnico: “Diagnóstico ambiental do lençol freático da Refinaria
Alberto Pasqualini”. 1997/98. Refinaria Alberto Pasqualini – REFAP – Petróleo Brasileiro
S.A. – PETROBRÁS, Canoas-RS. Fundação para o Desenvolvimento da UNESP -
FUNDUNESP.
Fundunesp. 1999(a). Relatório Técnico: “Diagnóstico do lençol freático da Refinaria
Presidente Bernardes RPBC – Cubatão-SP”. Refinaria Presidente Bernardes RPBC –
Cubatão-SP – Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRÁS. Fundação para o Desenvolvimento
da UNESP - FUNDUNESP.
Fundunesp. 1999(b). Relatório Técnico: “Avaliação da contaminação na área das linhas de
distribuição de combustível da REVAP – São José dos Campos-SP”. Refinaria Henrique
Lage – REVAP – Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRÁS, São José dos Campos-SP.
Fundação para o Desenvolvimento da UNESP – FUNDUNESP.
Fundunesp. 2000(a). Relatório Técnico: “Ensaios geofísicos na determinação do lençol
freático no Posto Safira, Rio Claro-SP”. Fundação para o Desenvolvimento da UNESP –
FUNDUNESP.
Braga, A.C.O.120
Goes, B.J.M.; Meekes, J.A.C. 2004. An effective electrode configuration for detection of
DNAPLs with electrical resistivity tomography. Journal of Environmental & Engineering
Geophysics, v.9, Issue 3, p. 127-141.
Griffiths, D.H.; King, R.F. 1972. Geofisica aplicada para ingenieros y geologos. Trad. Angel
R.Cruz (Original - 1965). Madrid, Ed. Paraninfo, 231 p.
Griffiths, D.H. 1976. Application of electrical resistivity measurements for the determination
of porosity an permeability in sandstones. Geoexploration, v.14 no 3/4, p. 207-213.
Habberjam, G.M.; Watkins, G.E. 1967. The reduction of lateral effects in resistivity probing.
Geophysical Prospecting, v. 15, p. 221-235.
Henriet, J.P. 1975. Direct applications of the Dar Zarrouk parameters in ground water
surveys. Geophysical Prospecting, no 24, p. 344-353.
Iakubovskii, I.U.V.; Liajov, L.L. 1980. Exploración eléctrica. Espanha, Editorial Reverté,
S.A., 421 p.
IPT. 1980. Relatório Técnico No 14.193: Sondagens elétricas verticais em apoio aos estudos
geológicos dos Blocos 46 e 49. PAULIPETRO – Consórcio CESP/IPT.
IPT. 1985/1986. Relatório n. 21.692: Ensaios geofísicos por sísmica de refração e
eletrorresistividade em apoio aos estudos em Tocantins - Santa Isabel - Marabá.
Marabá/PA, ENGEVIX.
Inman, J.R. 1975. Resistivity inversion with ridge regression. Geophysics, 40, p. 798-817.
Jorgensen, D.G. 1991. Estimating geohydrologic properties from borehole - geophysical logs.
Rev. Ground Water Monitoring Review. Summer 1991, v. 29, p. 123-129.
Labrecque, D.J.; Heath, G.; Sharpe, R. Versteeg, R. 2004. Autonomous monitoring of fluid
movement using 3-D electrical resistivity tomography. Journal of Environmental &
Engineering Geophysics, V. 9, Issue 31, p. 167-176.
Koefoed, O. 1965. Direct methods of interpreting resistivity observations. Geophysical
Prospecting, v. 13, no 4, p. 568-591.
Koefoed, O. 1979a. Geosounding Principles, 1 - Resistivity sounding measurements. Elsevier
Scientific Publishing Company, Amsterdam, 276 p.
Koefoed, O. 1979b. Resistivity sounding on an earth model containing transition layers with
linear change of resistivity with depth. Geophysical Prospecting, v. 27, no 4, p. 862-868.
Kunetz, G. 1966. Principles of direct current resistivity prospecting. Berlin, Gebruder
Borntraeger, [English translation form the French by Robert Van Nostrand].
Geoexploration Monographs, Series 1 - no 1, 103 p.
Braga, A.C.O.122
Parasnis, D.S. 1970. Principios de geofísica aplicada. Trad. E. Orellana (Original - 1962).
Madrid, Ed. Paraninfo, 208p.
Roberts, J.J.; Wildenschild, D. Electrical properties of sand-clay mixtures containing
trichloroethylene and ethanol. Journal of Environmental & Engineering Geophysics, V. 9,
Issue 1, p. 1-10, 2004.
Robinson, E.S.; Çoruh, C. 1988. Basic exploration geophysics. EUA, Ed. John Wiley & Sons,
Inc., Cap. 13 - Geoelectrical Surveying, p. 445-500.
Sauck, W.A. 2000. A model for the resistivity structure of LNAPL plumes and their environs
in sandy sediments. Journal of Applied Gephysics, 44. Elsevier Scientific Publishing
Company, Amsterdam, p. 151-165.
Software Res2dinv V. 3.5 - 2D Resistivity and IP Inversion, GEOTOMO – Malaysia.
Software IX1D V. 2.0 - 1D Sounding Inversion - Interpex Limited - USA.
Sumner, J.S. 1976. Principles of induced polarization for geophysical exploration. Elsevier
Scientific Publishing Company, Amsterdam, 277 p.
Tagliavini, J. V. 1998. Curso de Metodologia Científica. Apostila. São Carlos: IPESU.
Telford, W.M.; Geldart, L.P.; Sheriff, R.E. 1990. Applied geophysics. Cambridge University
Press, Second Edition, 770 p.
Vacquier, V.; Holmes, C.R.; Kintzinger, P.R.; Lavergne, M. 1957. Prospecting for ground
water by induced electrical polarization. Geophysics, v. XXII, no 3, p. 660-687.
Ward, S.H. 1990. Resistivity and induced polarization methods. USA. Investigations in
Geophysics, no 5. Geotechnical and Environmental Geophysics. Society of Exploration
Geophysicists, Ed.Stanley H. Ward, v. I, p. 147-189.