Apostila de Farmacia
Apostila de Farmacia
Apostila de Farmacia
Sumário
Aula 1 – Introdução do Curso ...................................................................................................... 6
Qual a diferença entre fármaco e medicamentos? ........................................................... 8
O que é forma farmacêutica e via de administração? ..................................................... 9
Conceitos básicos para a prática da Farmácia ............................................................... 9
Reconhecendo as diferenças entre fármaco, medicamento, forma farmacêutica e
via de administração. ................................................................................................................ 12
Aula 2 – Por onde passa um fármaco quando o mesmo entra num organismo e
como os fármacos desenvolvem os seus efeitos? ................................................................ 13
Biotransformação de fármacos ............................................................................................. 20
Farmacodinâmica ..................................................................................................................... 23
Farmacocinética ........................................................................................................................ 23
Aula 3 – Quais os tipos de medicamentos disponíveis no Brasil? ................................... 24
Qual a diferença entre um medicamento alopático, um fitoterápico e um
homeopático?............................................................................................................................ 24
Qual a diferença entre um medicamento de referência, um medicamento
genérico e um medicamento similar?................................................................................. 24
Aula 4 – Quais as principais classes farmacológicas representadas pelos
medicamentos de maior movimento em uma farmácia? .................................................. 30
O que garante que um medicamento seja classificado em uma ou em outra classe
farmacológica? .......................................................................................................................... 30
Classes farmacológicas ............................................................................................................ 31
Fármacos que atuam no sistema cardiovascular ............................................................. 34
Fármacos do aparelho respiratório ..................................................................................... 35
Fármacos para o resfriado ..................................................................................................... 35
Fármaco antiasmáticos............................................................................................................ 36
Fármacos que atuam no trato gastrintestinal ................................................................... 36
Fármacos que interferem no metabolismo e nutrição ................................................... 37
Fármacos para hipotireoidismo ............................................................................................ 38
Fármacos para hipertireoidismo: .......................................................................................... 38
Agentes que afetam a calcificação: ..................................................................................... 38
Fármacos que atuam no metabolismo do ácido úrico .................................................. 38
Anticoncepcionais: ................................................................................................................... 39
Antialérgicos .............................................................................................................................. 39
2
Fármacos usados em infecções ............................................................................................ 40
Aula 5 ................................................................................................................................................41
Como uma farmácia deve ser organizada? ............................................................................41
Quais as atribuições do balconista de farmácia na organização da farmácia? ........41
Vamos ver como deve ser feito a limpeza da farmácia. ................................................ 46
Aula 6 ............................................................................................................................................... 47
O que é dispensação de medicamentos? .............................................................................. 47
Quais os cuidados necessários para uma boa dispensação? ....................................... 47
Atendimento ao cliente .......................................................................................................... 50
Venda de antibióticos com retenção de receita: ............................................................. 52
Aula 7 ............................................................................................................................................... 53
Que serviços farmacêuticos uma farmácia pode prestar? ................................................. 53
O que não pode faltar na prestação dos serviços farmacêuticos? ............................. 53
Serviços farmacêuticos ............................................................................................................ 54
Aferição da temperatura corporal; ...................................................................................... 54
Determinação de glicemia capilar; ...................................................................................... 54
Administração de medicamentos (injetáveis e inalantes); ............................................. 54
A perfuração do lóbulo auricular para colocação de brincos. ..................................... 54
Já que o assunto de aferição de glicemia capilar não se tem mais duvidas vamos
entender como se deve ser feito a Administração de Medicamentos ...................... 59
Procedimento para aplicação de injetáveis ....................................................................... 60
Perfuração do Lóbulo Auricular para Colocação de Brincos ........................................ 61
Aula 8 ............................................................................................................................................... 62
Por que é preciso saber calcular para ser balconista de farmácia? ................................ 62
Como montar um cálculo voltado para uma necessidade prática? ........................... 62
Aula 9 ............................................................................................................................................... 67
O que é ética profissional? ......................................................................................................... 67
Qual a importância de ser ético? ......................................................................................... 67
Para um bom atendimento ao cliente. ............................................................................... 70
Nunca discuta uma decisão médica ou farmacêutica com o cliente ......................... 74
Aula 10.............................................................................................................................................. 75
Primeiro Socorros ......................................................................................................................... 75
Tipos de acidentes. .................................................................................................................. 76
3
Fraturas, entorses, luxações e contusões. .......................................................................... 76
PRIMEIROS SOCORROS .............................................................................................................. 76
Tipos de acidentes ................................................................................................................... 77
Queimaduras ............................................................................................................................. 77
Queimaduras químicas ........................................................................................................... 78
Queimaduras solares ............................................................................................................... 78
Queimaduras por eletricidade .............................................................................................. 79
Fraturas, entorses, luxações e contusões. ........................................................................... 79
Fratura ......................................................................................................................................... 79
Entorse......................................................................................................................................... 80
Luxação ....................................................................................................................................... 80
Contusão..................................................................................................................................... 80
Intoxicações e envenenamentos .......................................................................................... 80
Picadas de animais peçonhentos .......................................................................................... 81
Picadas de insetos .................................................................................................................... 82
Picadas de carrapatos ............................................................................................................. 82
Picadas de escorpiões ........................................................................................................ 82
Picada de aranha ...................................................................................................................... 82
Picadas de cobras ................................................................................................................ 83
Sangramento externo.............................................................................................................. 84
Sangramento interno .............................................................................................................. 85
Sangramentos nasais ............................................................................................................... 85
Choque elétrico......................................................................................................................... 85
Corpos estranhos e asfixia ..................................................................................................... 86
No ouvido .............................................................................................................................. 86
Nos olhos ............................................................................................................................... 86
No nariz .................................................................................................................................. 86
Objetos engolidos .................................................................................................................... 86
Parada cárdio- respiratória .................................................................................................... 87
Procedimentos preliminares............................................................................................... 88
A ressuscitação cárdio- pulmonar .................................................................................... 88
Emergências clínicas desmaio ............................................................................................... 88
Convulsões ................................................................................................................................. 88
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Aula 1 – Introdução do Curso
Bem Vindo! Parabéns pela escolha do curso de Balco Farmacista. Ao final deste
curso você será um profissional capaz de atender a demanda presente no mercado
de trabalho, pois hoje esses profissionais são muito valorizados e requisitados. O
objetivo do curso Balco Farmacista é formar o aluno com a qualificação no
segmento de atendimento de Farmácia, Tenha certeza que com sua dedicação e
empenho você será um profissional qualificado para este mercado de trabalho.
Muito bem chega de conversa e vamos iniciar nossa aula de hoje.
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Portanto, fica a dica: se você quiser ser um profissional de sucesso, com um grande
diferencial e disputado pelo mercado, terá que estudar bastante, dedicar-se muito e
acumular experiência profissional. Mas fique tranquilo, pois o primeiro passo para
ter sucesso em sua carreira você já deu, que é a qualificação profissional.
Logo essa expansão do segmento farmacêutico tem que ser acompanhada com
mão de obra nessa área por isso hoje temos essa crescente demanda por
profissionais qualificados e bem preparados. A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), esse órgão é responsável por regular o setor farmacêutico,
publicou várias regulamentações principalmente nos últimos anos, objetivando a
segurança sanitária dos produtos e serviços e a saúde da população. Não se
preocupe, pois durante nosso curso vamos ver mais sobre a (ANVISA). Desse modo,
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torna-se necessário a capacitação dos interessados que desejam ingressar no setor,
inclusive o Balco Farmacista, que atua no varejo farmacêutico, tanto em drogaria
quanto em farmácia.
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Uma vez definido o significado do termo “fármaco”, fica fácil compreender o que é
o medicamento.
Segundo a lei 5991, de 17 de dezembro de 1973, medicamento é produto
farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa,
paliativa ou para fins de diagnóstico (BRASIL, 1973).
Assim é possível dizer que medicamento é o fármaco beneficiado, de maneira
industrial ou em manufatura, em dose ou concentração terapêutica. O mesmo vale
para formulações semissólidas ou líquidas. Aquele creme que possui um princípio
ativo com finalidade de prevenir, curar, tratar ou servir de diagnóstico para
patologias também é considerado um medicamento.
Para ficar clara a diferença, vamos citar um exemplo: uma das apresentações do
medicamento Diovan® contém 14 comprimidos revestidos sulcados de 40 mg de
valsartano. Na composição desses comprimidos, encontramos 40 mg de valsartano,
além de celulose microcristalina, crospovidona, dióxido de silício coloidal, estearato
de magnésio, hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, óxido de ferro vermelho,
óxido de ferro amarelo e óxido de ferro preto. De todas as substâncias contidas no
comprimido de Diovan, apenas o valsartano responde pelo efeito anti-hipertensivo.
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Entendemos sobre Fármaco é toda substância ativa farmacologicamente, que
promove um efeito farmacológico quando administrada a um organismo.
Vimos sobre “medicamento” que são empregados para o produto farmacêutico final
que contém um ou mais fármacos, além de várias outras substâncias com funções
as mais diversas, mas que não contribuem para o efeito farmacológico.
Muito bem, revisado o que aprendemos em nossa ultima aula vamos começar
nosso assunto de hoje.
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muito íntima, pois a escolha da forma farmacêutica orienta a via de administração a
ser utilizada. Por exemplo, um comprimido deve ser utilizado pela via oral, um
xampu deve ser utilizado pela via tópica, etc.
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Reconhecendo as diferenças entre fármaco,
medicamento, forma farmacêutica e via de
administração.
Para verificarmos se já sabemos diferenciar fármaco de medicamento, e forma
farmacêutica de via de administração, vamos exercitar um pouco.
- Fármaco: alisquireno;
- Medicamento: Rasilez®;
Muito bem agora que você já está familiarizado com a diferença dos termos
“fármaco”, “medicamento”, “forma farmacêutica” e “via de administração”, você deve
estar ansioso para testar os seus conhecimentos. Uma dica faça com cinco
medicamentos encontrados na sua casa (ou na casa de amigos), o teste onde você
deve saber diferenciá-los.
Muito bem chegamos ao final de nossa aula de hoje esperamos que você tenha
gostado do assunto proposto, pois nosso próximo encontra será de muito mais
conhecimento.
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Hoje você aprendeu qual a diferença entre fármaco e medicamentos.
Ainda aprendemos que Fármaco é toda substância ativa farmacologicamente, ou
seja, que promove um efeito farmacológico quando administrada a um organismo.
É a substância pura, que irá ser a responsável pelo efeito.
Já o termo “medicamento” é empregado para o produto farmacêutico final que
contém um ou mais fármacos, além de várias outras substâncias com funções as
mais diversas, mas que não contribuem para o efeito farmacológico.
Entendemos sobre, a via de administração que é o local de “entrada” do
medicamento em um organismo.
Você achando que ficou com alguma duvida refaça a aula, pois não queremos
dúvidas.
Agora solicite ao seu professor os exercícios de fixação referente a essa aula. Eles
são fundamentais para seu aprendizado, sempre os faça antes da avaliação da aula.
Até próxima!!
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Entendemos sobre Fármaco é toda substância ativa farmacologicamente, que
promove um efeito farmacológico quando administrada a um organismo.
Vimos sobre “medicamento” que são empregados para o produto farmacêutico final
que contém um ou mais fármacos, além de várias outras substâncias com funções
as mais diversas, mas que não contribuem para o efeito farmacológico.
Muito bem, revisado o que aprendemos em nossa ultima aula vamos começar
nosso assunto de hoje.
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comportamento das substâncias ativas, após administração, dentro do corpo
humano é usualmente dividido, de uma maneira arbitrária, em processos de
absorção, distribuição, biotransformação e excreção.
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Podemos afirmar que Farmacocinético é o Estudo do destino dos fármacos no
organismo após sua administração?
Após a administração dos Fármacos podemos disser que são quatro os processos
seguintes, são eles: absorção, biotransformação, metabolização e excreção.
Muito bem, continuaremos falando agora sobre: vias de administração, via de regra,
as vias enterais e parenterais indiretas que levam mais tempo para permitir a
absorção do fármaco que uma via enteral direta.
Compreendemos por absorção a passagem do fármaco do ponto onde foi
administrado até o aparecimento do mesmo na corrente sanguínea.
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podem ser absorvidos ou ficarem retidos nesse local, o que pode ser interessante se
o objetivo da farmacoterapia é uma ação local.
A cavidade bucal e o espaço sublingual merecem uma atenção especial. A mucosa
oral funciona primariamente como uma barreira, pois não é um tecido altamente
permeável. É mais semelhante à pele do que ao intestino, neste aspecto. Colutórios,
pastas dentais e outras preparações são introduzidas na cavidade oral por motivos
profiláticos ou terapêuticos locais. A via sublingual tem uma peculiaridade de
promover uma boa absorção, mas poucas substâncias são administradas por esta
via, um exemplo é o trinitrato de glicerila.
Para bebês ou pacientes acamados com dificuldade de deglutição (dificuldade para
“engolir” substâncias), uma via que pode ser explorada é a via retal. O reto permite
absorção de aproximadamente metade do total de fármaco contido no
medicamento administrado na forma de supositório. Um problema é a irritação local
que pode ocorrer, sem falar no fato de pacientes homens adultos muitas vezes se
recusarem a utilizar um supositório, que é a forma farmacêutica desenvolvida para
administração retal.
Um último conceito importante quando se fala de absorção é a “biodisponibilidade”,
que é a proporção da substância que passa para a circulação sistêmica após
administração oral, levando em consideração tanto a absorção quanto a
degradação metabólica local. O que quero disser é que a , biodisponibilidade
quanto do fármaco administrado vai ser realmente absorvido, pois, como já
sabemos, somente a via intravenosa possibilita uma absorção completa (de 100%);
todas as outras vias acabam por impedir a entrada de uma parcela do fármaco para
a circulação sistêmica.
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Visto até aqui sobre absorção dos fármacos, vamos agora ver como é sua
distribuição sem demora vamos lá, pois a muito assunto para aprendemos:
O processo de distribuição compreende a passagem do fármaco da corrente
circulatória para os líquidos intersticial (líquido presente nos espaços entre as células)
e intracelular (líquido presente no interior das células).
O fármaco quando entra na corrente circulatória, na grande maioria dos casos,
estabelecerá ligações (geralmente reversíveis) com proteínas plasmáticas, sempre
numa proporção fixa que varia de fármaco para fármaco. Somente a porção que
fica livre é que é passível de sofrer o processo de distribuição e irá para todos os
compartimentos pelos quais tenha afinidade.
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mesma forma, se um indivíduo desenvolve os efeitos comportamentais do álcool
depois de ingerir algumas latinhas de cerveja, é porque o álcool, mesmo entrando
pela boca, conseguiu de alguma forma transpor a barreira hematencefálica.
Outro local que não pode ser prejudicado por substâncias potencilamente tóxicas é
o feto, já que é um novo ser em formação e qualquer agente que possa interferir na
organização de um órgão pode levar a uma má-formação fetal. Por isso, existe
outra barreira que separa a circulação da mãe da circulação do feto e é chamada de
barreira placentária. É claro que algumas substâncias conseguem atravessar a
barreira placentária. Daí a recomendação para não utilizar medicamentos no
primeiro trimestre de gravidez, período no qual os órgãos estão em formação. Nos
início dos anos 1960 houve uma catástrofe mundial, levando inúmeros bebês a
nascer sem um braço, sem uma perna ou até sem os dois braços e sem as duas
pernas. Isso foi devido à utilização de talidomida, uma substância que ficou
popularizada como preventiva de enjoos na gravidez, mas mostrou todo o seu
poder destruidor. Se a talidomida causa má-formação fetal é porque ela atravessa a
barreira placentária.
Após o fármaco se dirigir a diversos tecidos, tanto para os quais o fármaco irá
realizar alguma ação farmacológica, como para os que servem como tecidos de
reserva, o mesmo irá ser eliminado do organismo. E para isso, o fármaco precisa ser
antes metabolizado.
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Biotransformação de fármacos
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Várias destas reações ocorrem no retículo endoplasmático do fígado e de alguns
outros tecidos; após homogeneização destes tecidos, o retículo endoplasmático é
rompido, formando-se pequenas vesículas denominadas microssomas. Por esta
razão, enzimas biotransformadoras do retículo endoplasmático são chamadas
enzimas microssomais; desta forma a biotransformação de fármacos pode ser
classificada como microssomal e não microssomal. Dentre as enzimas não
microssomais que participam da biotransformação de fármacos podemos citar a
diaminoxidase (DAO) e monoaminoxidase (MAO), ambas de origem mitocondrial e
ligadas às membranas, que desaminam oxidativamente aminas primárias, aldeídos
ou cetonas; e estearases solúveis presentes no plasma, que catalisam reações
hidrolíticas.
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codificam as enzimas que participam na maioria das biotransformações de fármacos
em humanos. Como resultado da especificidade por substrato relativamente
pequena entre as proteínas do citocromo P450, duas ou mais enzimas geralmente
podem catalisar uma determinada reação de biotransformação. A CYP3A4 participa
da biotransformação na maioria dos fármacos e se expressa em níveis significativos
fora do fígado.
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Farmacodinâmica
Farmacocinética
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Um perfil farmacocinético de um antibiótico refere-se à concentração no sangue ou
nos tecidos no tempo e reflete os processos de absorção, distribuição,
biotransformação e eliminação do medicamento. A informação farmacocinética é
importante para estimar a dose apropriada do antibiótico, a frequência de
administração, para ajustar doses nos pacientes e para fazer comparações entre os
vários fármacos.
Neste momento, você já tem acumulado vários conhecimentos, que vão auxiliar
você a resolver as questões propostas em seu caderno de exercícios.
Na aula de hoje você aprendeu que Farmacocinética estuda os processos de
absorção, distribuição, metabolização e excreção.
E que Farmacodinâmica diz respeito às ações farmacológicas e aos mecanismos
pelos quais os fármacos atuam (ou seja, aquilo que os fármacos fazem ao
organismo).
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Antes de iniciarmos vamos relembrar os principais assuntos abordados na aula
passada.
Em nossa aula passada aprendemos com um fármaco entra no organismo e como
desenvolve seus efeitos.
E também vimos que farmacocinética é definida como o estudo quantitativo do
desenvolvimento temporal dos processos de quatro processos que são absorção,
distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos.
Entendemos que Farmacodinâmica diz a respeito às ações farmacológicas e
aos mecanismos pelos quais os fármacos atuam (ou seja, aquilo que os fármacos
fazem ao organismo).
Muito bem, já com nosso conteúdo da aula passada revisado vamos conhecer os
medicamentos disponível em nosso país suas a diferença entre um medicamento
alopático um fitoterápico e um homeopático e por fim medicamento de referência
um genérico e um similar.
Sem mais demora vamos iniciar.
Tudo começou com o médico alemão Samuel Hahnemann, que viveu entre 1755 e
1843. Descrente das práticas médicas da sua época, como, por exemplo, as sangrias
e o uso de purgativos, ambos para “limpar” o doente, Hahnemann desenvolveu um
sistema médico inovador, baseado em diversos princípios que teriam como objetivo
final reorganizar a energia do indivíduo. Esse novo sistema ficou conhecido como
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Homeopatia e toda a sua “filosofia” está descrita no Organon, obra escrita por
Hahnemann, com a primeira edição de 1810.
Mas como uma substância que causa uma doença não vai agravar o estado de
saúde do doente e, ainda por cima, vai conseguir trazer a cura para o seu mal? Aí
vem outro princípio, o “princípio das doses infinitesimais”, ou seja, doses muito, mas
muito, pequenas. Se você achar estranho usar uma dose muito baixa, ainda resta
uma explicação adicional, esta referente ao método de preparo do medicamento
homeopático.
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líquido. Desse modo, apesar de o medicamento estar muito diluído, ele está
“dinamizado”, o que em outras palavras significa dizer que a energia curativa da
substância original foi liberada para o medicamento pelo movimento mecânico
proporcionado pela trituração ou pela sucussão.
No Brasil, a Homeopatia aportou nos anos 1840. De lá para cá, muita discussão se
fez em torno da sua real eficácia no controle de diferentes doenças. Entretanto, a
Homeopatia foi reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de
Medicina em 1980. Os conselhos de Medicina Veterinária e Farmácia também a
consideram como prática autorizada entre os seus profissionais.
Mas afinal de contas, a Homeopatia funciona ou não funciona? Até o momento, não
há evidências científicas conclusivas de que esse sistema médico seja eficaz, assim
como também não há uma prova cabal de que ele não funcione. Independente de
ser contra ou a favor da Homeopatia, o balconista de farmácia precisa saber
identificar um medicamento homeopático, pois são produtos que recebem
autorização da ANVISA para comercialização, apesar de existirem poucos
representantes disponíveis em farmácias.
E por fim, os medicamentos “alopáticos” são aqueles que não são nem fitoterápicos
nem homeopáticos. O que os caracteriza é o fato de apresentarem como princípios
ativos substâncias sintéticas ou semissintéticas ou ainda naturais, mas na forma de
compostos isolados, em associação ou não.
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expiração da patente, outras indústrias farmacêuticas podem copiar a fórmula de
um medicamento inovador, que agora passa a se chamar medicamento de
referência, pois ele é a referência para a cópia. O medicamento “copiado” pode ser
um medicamento similar ou um medicamento genérico. Mas qual a diferença entre
um medicamento de referência, um similar e um genérico?
Mas você pode estar se perguntando “se dois produtos possuem o mesmo fármaco,
na mesma quantidade e na mesma forma farmacêutica, o efeito não será o mesmo?
A resposta é “não necessariamente”!”. O simples fato de ser a mesma coisa não
garante fazer a mesma coisa. Um exemplo prático ilustra bem a questão. Um cliente
de uma farmácia relatou que viu o comprimido que havia ingerido anteriormente no
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cocô. Sim, é isso mesmo que você acabou de ler. No cocô! Por algum problema,
provavelmente relacionado ao método empregado na tecnologia de fabricação do
comprimido, um defeito impediu o mesmo de se desintegrar no estômago
liberando o fármaco para a absorção. Se o comprimido foi encontrado no cocô é
porque o fármaco não foi absorvido e o efeito não ocorreu. Por isso, somente o
medicamento genérico é intercambiável com o medicamento de referência, já que
além da comprovada equivalência farmacêutica, ele precisa comprovar ser
bioequivalente.
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Aula 4 – Quais as principais classes farmacológicas
representadas pelos medicamentos de maior
movimento em uma farmácia?
O que garante que um medicamento seja classificado
em uma ou em outra classe farmacológica?
Olá seja bem vindo a mais uma aula do nosso curso de Balco Farmacista!
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Muito assunto para hoje então esteja bem acomodado e vamos começar pelas
classes farmacológicas.
Classes farmacológicas
Outra classificação dos medicamentos leva em conta o efeito principal pelo qual eles
são utilizados terapeuticamente. O objetivo desta aula está longe de esgotar o
assunto, pois isso seria tarefa para muitas horas aulas somente sobre esse assunto.
Mas, vamos passar algumas informações básicas sobre as principais classes de
medicamentos disponíveis nas farmácias do Brasil. Valem lembrar que o balconista
não indica medicamentos para os clientes, apenas os entrega juntamente com
informações sobre o modo correto de uso. Somente o médico e o cirurgião dentista
estão habilitados e autorizados por lei para prescrever medicamentos. E os
farmacêuticos também podem indicar medicamentos, desde que não tarjados para
os pacientes.
morfina
Petidina (dolantina)
EXEMPLOS
dipirona
paracetamol
Sedativos
Já os Sedativos reduzem a atividade, moderam a excitação e acalmam o paciente.
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Muito utilizado ao tratamento da insônia sem provocar muitos efeitos colaterais
EXEMPLOS
Levomepromazina
(Neozine)
Paracetamol
EXEMPLOS
Muricalm (pimetixeno
xarope)
Hipnóticos
EXEMPLOS
(gardenal) flurazepam
(dalmadorm) midazolam
(dorminid)
Psicotrópicos
EXEMPLOS
Haloperidol (haldol)
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Flufenazina (anatensol)
Levomepromazina
(neozine)
Clorpromazina (amplictil)
EXEMPLOS
Clordiazepóxido
(psicosedin)
Diazepam (valium)
Bromazepam (lexotan)
Lorazepam (lorax)
EXEMPLOS
tranilcipromina (Parnate)
imipramina (Trofanil)
amitriptilina (Tryptanol)
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Antiparkinsonianos
EXEMPLOS
biperideno (Akineton)
levodopa com
benzerazida (Prolopa).
Antiepiléticos
EXEMPLOS
difenilhidantoína ou
fenitoína (Hidantal)
carbamazepina
(Tegretol), fenobarbital
(Garenal).
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ANTIHIPERTENSIVOS Lasix
cloperastina ou droporopizina
EXEMPLOS
ambroxol
carbocisteína
EXEMPLOS
nafazolina
paracetamol
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Fármaco antiasmáticos: são medicamentos diversificados que intentam o
controle da asma brônquica. São usados em crise de asma para minimizar sintomas
e melhorar função respiratória e, fora da crise, para prevenir exacerbações e
recorrência das crises.
EXEMPLOS
salbutamol
zafirlucaste
EXEMPLOS
Bicarbonato de sódio
Hidróxido de alumínio
EXEMPLOS
loperamida
racecadotrila
EXEMPLOS
metilcelulose
Óleo mineral
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Digestivos: Fármacos que atuam no aparelho digestivo e metabolismo auxiliam o
processo da digestão no trato gastrintestinal.
EXEMPLOS
alcachofra
boldo
EXEMPLOS
atropina
escopolamina
EXEMPLOS
orlistate
sibutramina
EXEMPLOS
insulina
metformina
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Fármacos para hipotireoidismo: São utilizados para casos de hipotireoidismo.
EXEMPLOS
levotiroxina
Puran
EXEMPLOS
propiltiouracila
carbimazol
EXEMPLOS
Ácido zoledrônico
calcitonina
colchicina
alopurinol
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Vitaminas: substâncias essenciais ao metabolismo dos seres vivos,
necessárias em quantidades muito pequenas.
Vitaminas hidrossolúveis: são vitaminas solúveis em água. São absorvidas
pelo intestino e transportadas pelo sistema circulatório até os tecidos em que serão
utilizadas.
EXEMPLOS
Ácido ascórbico
piridoxina
betacaroteno
tocoferol
etinilestradiol
levonorgestrel
dexclorfeniramina
pimetixeno
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Fármacos usados na dor e na inflamação: Os fármacos anti-inflamatórios agem para
diminuir a inflamação, dor e febre.
EXEMPLOS
acetilsalicítico
Diclofenaco de sódio
EXEMPLOS
captopril
osseltamivir
EXEMPLOS
amoxicilina
ciprofloxacino
EXEMPLOS
cetoconazol
nistatina
EXEMPLOS
benznidazol
cloroquina
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Como existem milhares de medicamentos no mercado, seria impossível relaciona-
los todos neste material.
Pois, bem hoje ficamos por aqui vamos relembrar apenas o que foi aprendido.
Em nossa aula você conheceu as principais classes farmacológicas representadas
pelos medicamentos que tem a maior movimentação dentro de uma farmácia.
Ainda você entendeu o que garante que um determinado medicamento seja
classificado em uma ou em outra classe farmacológica.
Você achando que ficou com alguma duvida refaça a aula, pois não queremos
dúvidas.
Aula 5
Como uma farmácia deve ser organizada?
Quais as atribuições do balconista de farmácia na
organização da farmácia?
Olá seja bem vindo a mais uma aula do nosso curso de Balco Farmacista!
Antes de iniciarmos gostaríamos de relembrar que o bom aproveitamento do curso
depende muito de você.
Para iniciarmos vamos relembrar os principais assuntos abordados na aula passada.
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Em nosso ultimo encontro você aprendeu sobre as principais classes farmacológicas
representadas pelos medicamentos que tem a maior movimentação dentro de uma
farmácia.
Ainda você aprendeu o que garante que um determinado medicamento seja
classificado em uma ou em outra classe farmacológica.
Com nossa aula revisada vamos conhecer o principal assunto de hoje.
Em nossa aula de hoje vamos tratar de dois assuntos, como uma farmácia deve ser
organizada e quais as atribuições do Balco Farmacista na organização da farmácia.
Já sabendo sobre o assunto para hoje então esteja bem acomodado e vamos
começar pelas infraestruturas da farmácia.
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As instalações elétricas devem estar bem conservadas em boas condições de
segurança e uso.
As farmácias e drogarias devem dispor de local para a guarda dos pertences dos
funcionários.
Você deve conferir a nota fiscal quanto à razão social, quantidade, preço, condições
de pagamento e se a remessa corresponde à encomendada.
Conferir o Nome do produto farmacêutico após isso.
Olhar a data de fabricação data de validade (verificar legibilidade)Número de lote a
que a unidade pertence (verificar legibilidade)Quantidade de unidades recebidas
Integridade da embalagem (estado de conservação)
Nome do fabricante
Quando o caso for de medicação controlada, guardar a segunda via da nota fiscal
no armário destinado aos medicamentos da Portaria 344/98 para que sejam
registradas.
Após isso ai se deve encaminhar a mercadoria recebida para o armazenamento.
Caso haja suspeita de que os produtos sujeitos às normas de vigilância sanitária
tenham sido falsificados, corrompidos, adulterados, alterados ou impróprios para o
uso, estes devem ser imediatamente separados dos demais produtos, identificados e
devolvidos à distribuidora ou encaminhados à Vigilância Sanitária.
O farmacêutico deve notificar imediatamente a autoridade sanitária competente,
informando os dados de identificação do produto, de forma a permitir as ações
sanitárias pertinentes.
A nota fiscal deve ser separada e encaminhada à administração da Empresa.
Vamos ver agora sobre outro ponto muito importante dentro da farmácia.
43
As condições de armazenamento:
Importante lembrar que essa área deve ser adequada aos produtos farmacêuticos.
O que quero disser com isso é que se deve ter ventilação, proteção da luz solar
direta, iluminação, temperatura e humidade controladas.
44
entrega para um cliente. Esses produtos não podem ser comercializados ou
utilizados.
Após sabermos das condições de armazenamentos dos produtos precisamos saber
sobre sua Organização e Exposição dos mesmos.
Sabemos que toda farmácia trabalha com milhares de remédios, que envolvem
diferentes fabricantes e diversas apresentações, o que torna fundamental a
organização de prateleiras e gavetas para facilitar a procura de cada remédio.
Para isto, existem formas padronizadas para melhor organizar uma farmácia. Ela
começa pela separação dos medicamentos e outros produtos de acordo com o
laboratório, a ordem alfabética do medicamento e o grupo ou seção em que ele se
enquadra, obedecendo à forma de apresentação e o uso do medicamento. A
farmácia, portanto, possui vários grupos e seções que podem ser divididos em:
* Seção ou grupo de comprimidos, drágeas, cápsulas, pastilhas e pílulas.
* Seção ou grupo de ampolas injetáveis e orais.
* Seção ou grupo de medicamentos líquidos, em suspensão, as geleias, os elixires,
sprays, gotas, xaropes.
* Seção de cremes, pomadas, unguentos, supositórios, óvulos, bastões, inaladores,
pós, granulados e calicidas.
* Seção ou grupo de envelopes de comprimidos ou pós que vêm em embalagens
múltiplas e que podem ser comercializados de forma avulsa. Estes produtos são
usualmente guardados em gavetas e na parte externa delas coloca-se uma etiqueta
que identifica o produto.
* Seção ou grupo de medicamentos que têm venda controlada, como psicotrópica
e entorpecente. Estes remédios normalmente estão agrupados no fundo da
farmácia, próximo à gerência, para maior controle de suas vendas.
Mas também existem farmácias ou drogarias que separam os produtos de alta
rotatividade, como vitaminas, analgésicos, antigripais, que são mais conhecidos pela
população e tem maior saída.
Os produtos de perfumaria, higiene e limpeza, acessórios médicos e odontológicos
também possuem prateleiras próprias.
Outros métodos de organização.
Outra forma de organização da prateleira é manter por ordem alfa- bética e por
seções, porém agrupando os medicamentos de acordo com os laboratórios
fabricantes, que normalmente têm uma padronização na embalagem e cor.
Neste caso, se o balconista conhece o laboratório que produz o medicamento é
mais fácil identificar o remédio na prateleira. Há farmácias ou drogarias que
agrupam os medicamentos somente em ordem alfabética.
45
Existem ainda outros aspectos que são importantes para a correia organização das
farmácias e drogarias. Nas drogarias os medicamentos comercializados estão
sempre nas suas embalagens originais. Já nas farmácias existem fórmulas que são
manipuladas em seus próprios laboratórios e são organizadas de acordo com o tipo
de fórmula e encomenda dos clientes.
46
Em uma farmácia todos os funcionários devem estar identificados. Uma forma muito
utilizada nos estabelecimentos seria os crachás. Além do crachá pode se usar
uniformes para diferenciar os funcionários da farmácia do público em geral, o que
não é obrigatório, mas caso seja instituído, os uniformes devem ser fornecidos pela
empresa, sem ônus para o funcionário.
Muito bem, vamos agora fazer alguns exercícios para ver se entendeu tudo sobre
esse assunto até aqui.
Muito, bem hoje ficamos por aqui vamos relembrar apenas o que foi aprendido.
Em nossa aula de hoje vimos como uma farmácia deve ser organizada.
Quais as obrigações de um Balco Farmacista.
Ainda vimos os procedimentos para o recebimento de mercadorias entregues no
estabelecimento e como armazena-las.
Também aprendemos sobre como deve ser feito a limpeza da farmácia.
Nossa aula de hoje foi cheia de novidades, mas aposto que vai adorar nossa
próxima aula.
Espero encontra-lo animado para nossa próxima aula.
Você achando que ficou com alguma duvida refaça a aula, pois não queremos
dúvidas.
Aula 6
O que é dispensação de medicamentos?
Quais os cuidados necessários para uma boa
dispensação?
Olá muito bom rever você em mais uma aula do nosso curso de Balco Farmacista!
Gostaria de lhe dar os parabéns, pois muitos iniciam o curso mas poucos chegam
até essa etapa isso graças a sua dedicação e comprometimento.
47
Lembre-se que o bom aproveitamento do curso depende muito de você.
Para iniciarmos vamos relembrar os principais assuntos abordados na aula passada.
Em nosso ultimo encontro você aprendeu quais as obrigações de um Balco
Farmacista.
Aprendeu sobre os procedimentos para o recebimento de mercadorias entregues
no estabelecimento e como armazena-las.
E por ultimo ainda entendeu como deve ser feito a limpeza da farmácia.
Muito bem com nossa aula revisada animasse e vamos conhecer o principal assunto
de hoje.
Em nossa aula de hoje vamos o que é dispensação de medicamentos.
E quais os cuidados necessários para uma boa dispensação.
Sabendo sobre o assunto para hoje então, vamos começar!!
Sabe se que no Brasil a primeira causa de intoxicação em seres humanos é os
medicamentos e segunda causa de morte por intoxicação, conforme o Sistema
Nacional Tóxico – Farmacológicos (SINITOX).
Ainda sabemos que 60% de todos os medicamentos prescritos, são dispensados ou
usados incorretamente e apenas 40% em média dos pacientes usam corretamente
os medicamentos.
Por isso, aqui vamos passar algumas informações que vão auxiliá-lo a entender a
dinâmica do processo, mas volto a insistir que somente a prática profissional e muito
estudo adicional irão fornecer os subsídios necessários para uma boa dispensação.
Vários documentos legais regulamentam a dispensação farmacêutica.
48
4. Apresenta os dados do medicamento como nome, concentração do
fármaco, forma farmacêutica, dose e quantidade e duração do
tratamento;
5. Indica o local e a data da emissão;
6. Apresenta identificação do profissional prescrito (nome e número do
registro junto ao conselho de classe; no caso dos médicos, é o número do
registro junto ao CRM - Conselho Regional de Medicina e, no caso dos
cirurgiões-dentistas, o número do registro do CRO - Conselho Regional
de Odontologia);
7. Apresenta a assinatura do prescrito.
De forma rápida, vamos observar as diferenças na dispensação dos medicamentos,
quanto à classificação em de referência, genéricos e similares.
Medicamentos de referência: podem ser dispensados quando a receita indicar o
nome genérico do fármaco (componente ativo do medicamento) ou o nome de
marca do produto de referência;
Medicamentos genéricos: poderá ser dispensado quando a receita indicar o nome
genérico do fármaco componente ativo do medicamento, mas no caso de constar o
nome de marca do produto de referência, o genérico pode ser dispensado no lugar,
desde que obedecendo a três pontos fundamentais: ser desejo do cliente, não existir
oposição formal (por escrito, na própria receita) e ocorrer mediante o farmacêutico.
Medicamentos similares: somente podem ser dispensados quando a receita indicar
o nome de marca do medicamento em questão.
Você deve estar se perguntando como é que faz para saber se um medicamento é
de referência ou é um similar. Para isso, basta dar uma olhadinha na lista de
medicamentos genéricos disponíveis na farmácia (ou na página eletrônica da
Anvisa). A lista traz a relação de medicamentos de referência para cada fármaco que
já esteja liberado para cópia. Se um medicamento não estiver na relação, ele é
similar, já que só os genéricos e os seus correspondentes medicamentos de
referência integram essa listagem.
Quando o medicamento é separado para posterior entrega ao cliente, uma rápida
inspeção visual deve ser feita para verificar a identificação do medicamento, o prazo
de validade e a integridade da embalagem.
Uma prática proibida é a “captação de receitas”, ou seja, aquela situação em que
uma farmácia recebe uma receita de medicamento manipulado para ser
manipulado em outra farmácia. As receitas para medicamentos manipulados devem
ser entregues somente em farmácias de manipulação.
49
Se um produto estiver próximo do prazo de validade expirar, o cliente deve ser
informado.
Medicamentos genéricos: poderá ser dispensado quando a receita indicar o nome
genérico do fármaco componente ativo do medicamento, mas no caso de constar o
nome de marca do produto de referência, o genérico pode ser dispensado no lugar,
desde que obedecendo a três pontos fundamentais: ser desejo do cliente, não existir
oposição formal (por escrito, na própria receita) e ocorrer mediante o farmacêutico.
Continuando nossa aula vamos ver outro assunto:
Atendimento ao cliente
A posologia;
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O modo de usar;
As precauções;
Os efeitos adversos que podem ocorrer;
As interações (fármaco x fármaco; fármaco x alimento; fármaco x exames
laboratoriais)...
...outras informações que sejam indispensáveis, dependendo de cada caso.
Todos os medicamentos tarjados (tarja preta ou vermelha) somente poderão ser
dispensados mediante a apresentação (e retenção, em alguns casos) da receita
expedida por médico ou cirurgião-dentista.
Os medicamentos não tarjados podem ser dispensados sem apresentação de
receita médica ou odontológica. Nesses casos, a dispensação ocorre por indicação
do farmacêutico. Entre os produtos de dispensação sem exigência de prescrição
médica ou odontológica, destacam-se:
- Profiláticos da cárie;
- Antissépticos bucais;
- Soluções isosmóticas, de cloreto de sódio;
- Antiácidos;
- Colagogos e coleréticos;
- Laxantes;
- Absorventes intestinais;
- Digestivos contendo enzimas;
- Suplementos dietéticos;
- Vitaminas;
- Tônicos para uso oral;
- Preparações contendo ferro;
- Analgésicos não narcóticos;
- Antiinflamatórios não esteroidais de uso tópico;
Continuando....
51
Venda de antibióticos com retenção de receita: avanço
para a saúde pública.
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tempo era perfeitamente aceitável ou justificável fumar em ambientes fechados,
beber e dirigir, acomodar crianças no banco da frente, não usar o cinto de
segurança, bater em mulher, bater em criança... E hoje? Somente depois da criação
de leis específicas que punem com multa, ou até prisão para algumas situações, é
que começamos a repudiar esses delitos/crimes. Hoje é impensável (ou
inconfessável) andar sem o cinto de segurança, beber e dirigir ou bater em mulher.
Espero que daqui a em diante, comprar antibiótico sem receita médica seja
inimaginável!
Finalizamos aqui nossa aula de hoje, é hora de relembrar os principais assuntos.
Em nossa aula de hoje aprendemos o que é dispensação de medicamentos.
Quais os cuidados necessários para uma boa dispensação.
Também vimos à importância de um bom atendimento ao cliente para que tenha o
retorno em nossa farmácia.
E por ultimo vimos que a venda de antibióticos com retenção de receita foi um
avanço para saúde pública.
Eu fico por aqui espero que tenha gostado do nosso assunto de hoje e aguardo
você para nosso próximo encontro.
Lembre- se achando que ficou alguma duvida sugiro que refaça a aula, pois não
queremos duvida alguma.
Agora solicite ao seu professor os exercícios de fixação referente a essa aula. Eles
são fundamentais para seu aprendizado, sempre os faça antes da avaliação da aula.
Até a próxima!
Aula 7
Que serviços farmacêuticos uma farmácia pode
prestar?
O que não pode faltar na prestação dos serviços
farmacêuticos?
Olá muito bom rever você em mais uma aula do nosso curso de Balco Farmacista!
Lembre-se que o bom aproveitamento do curso depende muito de você.
Para iniciarmos como sempre vamos relembrar os principais assuntos da aula
passada.
Em nossa última aula aprendemos quais os cuidados necessários para uma boa
dispensação de medicamentos.
Ainda vimos à importância de um bom atendimento ao cliente para que tenha o
retorno em nossa farmácia
53
E por ultimo vimos que a venda de antibióticos com retenção de receita foi um
avanço para saúde pública.
Já com nossa aula revisada vamos sem demora ver nossos assuntos de hoje.
Em nossa aula de hoje vamos ver quais serviços farmacêuticos uma farmácia pode
prestar.
E ainda o que não pode faltar na prestação dos serviços farmacêuticos.
Com o assunto de nossa aula em pauta vamos começar, preparado?
Serviços farmacêuticos
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Os aparelhos e acessórios utilizados para a medição de qualquer parâmetro
fisiológico ou bioquímico devem possuir registro, notificação, cadastro junto à
Anvisa.
Quanto ao ambiente destinado aos serviços farmacêuticos, este deve ser diverso
daquele destinado à dispensação e deve permitir privacidade e conforto aos
clientes. Portanto, tudo deve ser pensado previamente antes de organizar a
farmácia. As dimensões do espaço, o mobiliário e a infraestrutura devem ser
compatíveis com as atividades e serviços a serem oferecidos.
Um dos cuidados que você como balconista de farmácia terá que tomar antes de se
envolver em qualquer serviço farmacêutico é a higienização das mãos, que envolve
primeiramente uma higienização simples, para limpeza das mãos e, na sequência, a
higienização antisséptica. E se o balconista utilizar algum EPI, como luva, por
exemplo, ele está dispensado de lavar as mãos? A resposta é um grande NÃO!
55
Agora trataremos de como deve se proceder na aferição de glicemia capilar vamos
entender sobre mais esse assunto.
56
4. Colocar as luvas de procedimento;
5. Retirar a fita teste da embalagem;
6. Ligar o aparelho medidor de glicemia, introduzir a fita teste no aparelho,
evitando tocar na parte reagente;
7. Orientar o paciente a lavar as mãos com água e sabão e secá-las bem;
8. Fazer a antissepsia do dedo a ser lancetado com álcool 70% (o dedo deve
estar completamente seco);
9. Escolher o local para a punção (o melhor é a ponta dos dedos, evitando a
polpa digital);
10. Fazer a punção utilizando o lancetador para coletar a amostra de sangue;
11. Esperar a formação da gota, segurando o dedo do paciente;
12. Encostar a gota de sangue na área indicada;
13. Manter a gota de sangue em contato com a fita-teste até o glicosímetro
indicar que o volume é suficiente;
14. Descartar imediatamente a lanceta em recipiente apropriado para
descarte de material perfurocortante;
15. Limpar o dedo do paciente com algodão e álcool 70% e fazer pressão
sobre o local da punção por alguns segundos;
16. Fazer leitura do resultado;
17. O glicosímetro desligará automaticamente após o término da
determinação;
18. Retirar as luvas de procedimento e lavar as mãos;
19. Descartar o material usado no contentor de descarte de material
biológico: fita, luvas de procedimento descartáveis e algodão;
20. Anotar o resultado obtido;
21. Orientar o paciente sobre o resultado da glicemia.
Passaremos agora a ver sobre aferição da pressão, vamos entender como funciona
para que possamos ter uma correta verificação.
O cliente deve estar em repouso de pelo menos cinco minutos, não ter praticado
exercícios físicos nos 90 minutos que antecedem a medida da pressão arterial, não
deve estará com a bexiga cheia, não deve ter ingerido bebidas alcoólicas, café ou
alimentos e não ter fumado nos 30 minutos anteriores ao procedimento.
57
Antes de iniciar a aferição da pressão arterial, deve-se explicar o procedimento ao
paciente.
A seguir, está a descrição de uma técnica, passo a passo, para a medida de pressão
arterial.
1. Remover parte da roupa que cobre o braço no qual será tomada a
medida da pressão;
2. Posicionar o braço para que o mesmo fique na altura do coração,
com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido;
3. Pedir ao paciente para que não fale durante o procedimento; Medir a
circunferência do braço do paciente;
4. Colocar o manguito na fossa cubital, de modo que a parte central do
mesmo esteja sobre a artéria braquial;
5. Estimar a pressão sistólica, palpando o pulso radial e inflando o
manguito até seu desaparecimento (após este procedimento, desinflar rapidamente
o manguito);
6. Acomodar a campânula do estetoscópio sobre a artéria braquial na
altura da fossa cubital;
7. Inflar o manguito até cerca de 30 mmHg além do nível estimado para
a pressão sistólica
8. Iniciar a deflação de forma lenta (2 a 4 mmHg por segundo)
9. Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I de
Korotkoff), que é um som fraco seguido de batidas regulares (após este
procedimento, deve-se aumentar a velocidade de deflação);
58
10. Determinar a pressão diastólica pelo desaparecimento do som (fase V
de Korotkoff);
11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para
confirmar seu desaparecimento e depois finalizar a deflação de forma rápida e
completa
12. Informar ao paciente os valores determinados;
13. Registrar os valores determinados.
Já que o assunto de aferição de glicemia capilar não se tem mais duvidas vamos
entender como se deve ser feito a Administração de Medicamentos.
A administração de medicamentos pode ocorrer em farmácias, com exceção
daqueles exclusivos para uso hospitalar.
Os medicamentos adquiridos no estabelecimento, a serem utilizados na prestação
de serviços de que trata esta seção, cujas embalagens permitam múltiplas doses,
devem ser entregues ao usuário após a administração, no caso de sobra. O usuário
deve ser orientado quanto às condições de armazenamento necessárias à
preservação da qualidade do produto. É vedado o armazenamento em farmácias e
drogarias de medicamentos cuja embalagem primária tenha sido violada.
Para a administração de medicamentos deverão ser utilizados materiais, aparelhos e
acessórios que possuam registro, notificação, cadastro ou que sejam legalmente
dispensados de tais requisitos junto à Anvisa.
Devem ser mantidos registros das manutenções e calibrações periódicas dos
aparelhos, segundo regulamentação específica do órgão competente e instruções
do fabricante do equipamento.
Este material não pretende apresentar as técnicas de administração de
medicamentos
Continuaremos agora com os Procedimentos de Inalação.
O profissional deverá antes de iniciar o procedimento de inalação propriamente dito
preparar o material necessário, lavar as mãos e colocar as luvas. Na sequência,
deverá explicar o procedimento ao paciente ou responsável. Se o paciente for uma
criança, tente tranquilizá-la.
Os seguintes passos devem ser seguidos, na sequência:
1. Inserir o medicamento no recipiente adequado, de acordo com as
orientações contidas na receita médica;
2. Conectar a máscara e colocá-la adequadamente no paciente;
3. Ligar o aparelho.
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Procedimento para aplicação de injetáveis
Atividades:
1. Organizar o material necessário (a definição da seringa e agulha
apropriadas irá depender da via de administração e do local a ser
administrado o medicamento);
2. Fazer uma inspeção visual na ampola ou frasco para verificar possíveis
alterações nas características do medicamento;
3. Higienizar as mãos;
4. Vestir as luvas de procedimento;
5. Explicar ao paciente o procedimento a ser realizado;
6. Carregar a seringa;
7. Fazer antissepsia no local da aplicação utilizando algodão e álcool
70%;
8. Introduzir a agulha;
60
11. Retirar a agulha;
12. Ocluir o local da punção com algodão seco (este
procedimento favorece a hemostasia);
11. Desprezar o material utilizado (luvas, agulha, seringa e
algodão) em recipiente apropriado;
12. Retirar as luvas e lavar as mãos;
13. Registrar o procedimento.
A perfuração do lóbulo auricular deverá ser feita com aparelho específico para esse
fim e que utilize o brinco como material perfurante. Não poderão ser utilizadas
agulhas de aplicação de injeção, agulhas de suturas ou outros objetos para a
realização da perfuração. Os brincos e a pistola a serem oferecidos aos usuários
devem estar regularizados junto à ANVISA.
Os brincos deverão ser conservados em condições que permitam a manutenção da
sua esterilidade. Sua embalagem deve ser aberta apenas no ambiente destinado à
perfuração, sob a observação do usuário e após todos os procedimentos de
assepsia e antissepsia necessários para evitar a contaminação do brinco e uma
possível infecção do usuário.
Os procedimentos relacionados à antissepsia do lóbulo auricular do usuário e das
mãos do aplicador, bem como ao uso e assepsia do aparelho utilizado para a
perfuração deverão estar descritos em POP, com indicação das referências
bibliográficas utilizadas. O POP deverá especificar os equipamentos de proteção...
61
...individual a serem utilizados, assim como apresentar instruções para seu uso e
descarte.
Ficamos por aqui hoje.
Vamos relembrar os principais assuntos de hoje.
Aprendemos em nossa aula hoje quais os serviços farmacêuticos que
uma farmácia pode prestar?
O que não pode faltar na prestação desses serviços.
Você ainda entendeu quais os procedimentos para conferir a Aferição da pressão
arterial, Aferição da temperatura corporal, Determinação de glicemia capilar, e
Administração de medicamentos (injetáveis e inalantes) e por ultimo A perfuração
Lóbulo Auricular para Colocação de Brincos.
Eu fico por aqui mais uma vez, espero que tenha gostado do nosso assunto de hoje
e aguardo você para nosso próximo encontro.
Lembre- se achando que ficou alguma duvida sugiro que refaça a aula, pois não
queremos duvida alguma.
Agora solicite ao seu professor os exercícios de fixação referente a essa aula. Eles
são fundamentais para seu aprendizado, sempre os faça antes da avaliação da aula.
Até a próxima!
Aula 8
Por que é preciso saber calcular para ser
balconista de farmácia?
Como montar um cálculo voltado para uma
necessidade prática?
Olá tudo bem? Seja bem vindo a mais uma aula do nosso curso de Balco
Farmacista!
Lembre-se que o bom aproveitamento do curso depende muito de você.
Para iniciarmos como sempre vamos relembrar os principais assuntos da aula
passada.
Em nossa última aula você aprendeu quais os serviços farmacêuticos que uma
farmácia pode prestar.
Ainda viu o que não pode faltar na prestação desses serviços farmacêuticos.
E por ultimo você aprendeu quais os procedimentos corretos para aferição da
pressão arterial, da aferição da temperatura corporal, Determinação de glicemia
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capilar, e Administração de medicamentos (injetáveis e inalantes) e por ultimo a
perfuração Lóbulo Auricular para Colocação de Brincos.
Muito assunto nossa aula passada não é mesmo, agora com nossa aula revisada
vamos sem demora ver nossos assuntos de hoje.
Em nossa aula de hoje vamos saber por que é preciso saber calcular para ser
balconista de farmácia.
E como montar um cálculo voltado para uma necessidade prática.
Com o assunto de nossa aula em pauta vamos começar, preparado?
1 Cálculos em Farmácia
63
Esta questão envolve um cálculo de porcentagem. Para resolvermos a questão,
podemos utilizar uma “regra de três”. Um cálculo de “regra de três” envolve três
fatores conhecidos e que, por dedução, um quarto fator é definido. No exemplo
acima, para esquematizarmos a nossa “regra de três” precisamos do seguinte
raciocínio: se o salário é de R$ 550,00, este valor corresponde a 100% (R$ 550,00 =
100%); se o salário vai ter um reajuste de 5%, isso significa que o novo salário será
de 100% + 5% (100% do salário atual + 5% de reajuste). Então podemos considerar
que:
100% ------ 550,00
5% ------ x.
100 = 5 . 550 x =
5 . 550/ 100 x =
27,5
64
300 mg é a “dose” e 8 horas é o “intervalo entre as doses”; portanto o paciente
receberá três doses diárias (um dia tem 24 horas, de modo que um intervalo entre
as doses de 8 horas significa que o paciente receberá três doses por dia, já que 24/3
= 8)
1 dose ------- 300mg
3 doses ------ x
1 . x = 3 . 300 x =
3 . 300 / 1 x = 900
mg
Se cada 10mL contém 1g de fármaco, qual o volume necessário para fornecer 900
mg ao paciente?
10mL -------- 1g (= 1.000 mg)
1.000 mg ------- 10mL
900 . 10 / 1.000 x =
9.000 / 1.000 x = 9 mL
Se eu precisar de 9mL para fornecer a dose completa para 24 horas, sobrarão 1mL
da solução de antibiótico.
3 doses ------ x
1 . x = 3 . 250 x =
3 . 250 / 1 x = 750
mg
65
750 . 10 / 1.000 x =
a 0,003;
b) 0,03;
c) 0,3;
d) 3;
e) 30.
Resolvendo:
Uma pomada a 2% significa que cada 100g contém 2g de fármaco, ou seja, 2%;
Para saber quanto de fármaco está contido em 15g de uma pomada a 2%,
precisamos fazer uma “regra de três”, em que eu conheço três elementos de um
conjunto de quatro e, por dedução, consigo descobrir o valor do quarto elemento:
100g ---------- 2g
15g ------------ x
100 . x = 15 . 2 x
= 15 . 2/ 100 x =
30/100 x = 0,3g
Após todos esses cálculos finalizamos aqui nossa aula de hoje, para finalizar vamos
relembrar os principais assuntos.
66
Por que é preciso saber calcular para ser balconista de farmácia.
Você aprendeu como montar um cálculo voltado para uma necessidade prática.
E por final resolvemos vários cálculos matemáticos que você vai encontrar na rotina
de trabalho como Balco Farmacista.
Eu fico por aqui espero que tenha gostado do nosso assunto de hoje e aguardo
você para nosso próximo encontro.
Lembre- se achando que ficou alguma duvida sugiro que refaça a aula, pois não
queremos duvida alguma.
Agora solicite ao seu professor os exercícios de fixação referente a essa aula. Eles
são fundamentais para seu aprendizado, sempre os faça antes da avaliação da aula.
Até a próxima!
Aula 9
O que é ética profissional?
Qual a importância de ser ético?
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Muito bem, agora com nossa aula revisada vamos sem demora ver nossos assuntos
de hoje.
Hoje vamos dividir nossa aula em dois pontos muito importante para o seu sucesso
profissional, vamos falar:
O que é ética profissional.
E qual a importância de ser ético?
Vamos começar pela ética profissional.
O balconista de farmácia deve, antes de tudo, prezar pelo respeito integral ao seu
cliente. Da mesma forma, o balconista de farmácia deve respeitar todos os seus
colegas e chefes, criando um ambiente harmonioso de trabalho.
Os elementos mais importantes da ética profissional são muito semelhantes aos da
ética social.
A ética profissional é o conjunto de práticas que determinam a adequação no
exercício de qualquer profissão. É através dela que se dão as relações interpessoais
no trabalho, visando, especialmente, o respeito e o bem-estar no ambiente
profissional. É importante lembrar que a ética é indispensável para conviver em
sociedade. É através dela que se pratica o respeito. Portanto, dentro do ambiente de
trabalho ela é ainda mais importante. Afinal, atitudes inadequadas podem afetar o
desempenho e a reputação de uma empresa.
O Sigilo: Alguns assuntos são confidenciais por segurança, e não é nada ético sair
falando aos quatro ventos sobre coisas que não dizem respeito a determinados
68
públicos. Informações sigilosas geralmente estão protegidas por lei e, caso algum
funcionário quebre este protocolo, a pena é certa.
O sigilo profissional também de ser encarado com muita seriedade através de uma
receita médica apresentada pelo consumidor pode-se saber o diagnóstico a doença.
Por outro lado, o consumidor pode estar intimidado e até mesmo constrangido com
a situação, já que muitas doenças ainda são vistas com discriminação pela
sociedade. Nesses casos é importante ser discreto e agir com naturalidade para que
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a pessoa que está sendo atendida não fique ainda mais chateada, doenças sexuais
transmissíveis é um exemplo típico de constrangimento.
Algumas situações que motivam o cliente ir até a farmácia pode ser embaraçosas
para muitas pessoas. Uma mulher pode se sentir constrangida em solicitar
absorventes íntimos para um balconista homem; da mesma forma, um cliente pode
não se sentir à vontade ao pedir preservativos ou medicamentos para disfunção
erétil; e isso também vale para os adolescentes ao ir comprar camisinha,
anticoncepcional ou gel de lubrificação íntima.
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Não fique atrás do balcão esperando que ele se aproxime. Ofereça ajuda quando
ele estiver olhando gôndolas. Ofereça a cestinha para maior conforto nas compras.
2. Cumprimente todo cliente que entra na farmácia.
Todo o cliente que entre na sua farmácia deve ser cumprimentado com um BOM
DIA, BOA TARDE ou BOA NOITE, para estabelecer um cliente amistoso.
Demonstre alegria por tê-lo ali.
3. Chame o cliente pelo nome.
Quando o paciente é frequente e você já sabe o nome dele, chame-o pelo nome,
isto fará com que ele se sinta importante.
Quando não souber o nome do paciente, repare no cartão fidelidade ou crédito, se
isso não seja possível, pergunte.
4. Mantenha o bom humor e um sorriso no rosto.
Uma recepção faz o cliente sentir-se melhor. O cliente espera que tanto a empresa
como o funcionário deve atendê-lo de forma especial. Seja empático. Aumente seu
poder de persuasão mostrando alegria em sua expressão facial, seus gestos, na
entonação, ritmo e volume de voz.
Aprenda a sorrir.
5. Mantenha uma postura adequada.
A postura deve ser ereta não se encoste a parede ou porta, não debruce no balcão,
não cruze os braços ou coloque as mãos no bolso. Não se envolva em bate-papo
com outros atendentes e evite a conversa particular com algum cliente conhecido.
Não é para isso que você está ali.
Quando o cliente chama, responda com um “sim” e aposente o “pois não”
6. Não julgue o cliente.
Quantas vezes você abordou mal um cliente porque, simplesmente, não foi com a
cara dele ou porque achou que ele não iria comprar nada. Nunca julgue, atenda a
todos com atenção.
7. Informe ao cliente quando ele estiver que esperar.
Informe os motivos porque o cliente tem que esperar e local adequado onde ele
deverá ficar. O local de espera deve ser adequado, de modo que o cliente não fique
constrangido por estar atrapalhando o fluxo de pessoas.
8. Mantenha certa distancia.
Para que o paciente se sinta à vontade, deve-se manter certa distância física e
verbal.
Antes de se tornar “intimo demais”, você precisa conquistar a confiança dele.
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10. Mantenha os problemas pessoais fora da empresa.
Não é fácil manter o bom humor, principalmente quando se tem problemas de
ordem pessoal ou financeiro ou até mesmo problemas com seu gerente ou
companheiro de trabalho. Você não pode esperar que os clientes entendam seus
problemas pessoais. A capacidade de desempenhar bem, independente de
problemas pessoais, sempre foi uma característica do bom profissional.
11. O cliente adora ter poder.
Existe certo sentimento de poder quando um cliente entra na farmácia.
Eles “são” os clientes e, desta forma, sabem que são importantes, e realmente são.
Durante anos eles ouviram a velha frase: “O cliente tem sempre razão”.
Nós sabemos que, ás vezes, eles não estão com toda a razão, que existe um limite,
mas nós precisamos deles mais do que eles precisam de nós.
12. Encante o cliente.
Ofereça algo a mais do que o esperado.
O cliente certamente sempre lembrará positivamente desta atitude. Seja empático,
use palavras simpáticas.
13. Sempre pareça profissional.
Os sentimentos do cliente podem ser influenciados, por muitos fatores além do seu
controle, tais como seu estado de espírito e problemas pessoais.
Nunca tente enganar o cliente, pois as consequências negativas são enormes e, ás
vezes, irreparáveis. Não reclame da empresa nem dos colegas para o cliente, além
de ser algo deselegante, desanima-o de qualquer volta outras vezes.
Apresentação Pessoal
A apresentação dos profissionais que trabalham na farmácia é muito importante
para se criar uma imagem positiva. O profissional deve sempre estar com o
uniforme limpo, passando em boas condições de uso e padronizado.
Para os homens
Para os homens é importante a barba bem feita, mãos e unhas aparadas e limpas,
cabelos limpos e penteados.
Mulheres
As mulheres devem estar sempre com os cabelos limpos e penteados. Quem opta
por cabelos preso, fazê-lo com presilha em bom estado. Se usar maquiagem esta
deve ser leve e perfume suave.
As unhas devem ser bem cuidadas, com esmaltes em bom estado sem estar
descascando, evitar adornos e bijuterias exageradas.
Para ambos, deve-se tomar cuidado com o mau hálito e cheiro de suor.
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Se você executar o trabalho no caixa mostre-se profissionais, cuide da manutenção
dos equipamentos que estão no caixa: maquinas de cartão de créditos, impressoras,
fitas de impressão, documentos, etc. Troque os papeis das impressoras e fitas nos
horários em que não há filas no caixa.
Examine o fato e tente resolver você mesmo o problema, se não conseguir indique
quem poderá ajudá-lo. Apresente suas desculpas e repare o erro imediatamente,
mostrando boa vontade em ajudá-lo, não leve para o lado pessoal a reclamação do
cliente, não fique com raiva. Se o cliente estiver muito alterado, leve-o para um local
mais reservado, para que possa conversar sem atrapalhar o outro. Retomar ao
cliente, para informar-lhe qual atitude foi tomada, para resolver o problema.
• Não discuta;
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Nunca discuta uma decisão médica ou farmacêutica
com o cliente
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Lembre- se achando que ficou alguma duvida sugiro que refaça a aula, pois não
queremos duvida alguma.
Agora solicite ao seu professor os exercícios de fixação referente a essa aula. Eles
são fundamentais para seu aprendizado, sempre os faça antes da avaliação da aula.
Até a próxima!
Aula 10
Primeiro Socorros
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Tipos de acidentes.
Fraturas, entorses, luxações e contusões.
Intoxicações e envenenamentos.
PRIMEIROS SOCORROS
Esta aula tem o objetivo de tratar dos fundamentos básicos dos primeiros socorros e
orientar sobre o que pode ser feito em caso de acidentes como queimaduras,
entorses e picadas de insetos.
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. Tente responder às perguntas da vítima com franqueza.
. Procure mostrar que você está ali para ajudar e servir.
. Se a vítima for criança, ganhe a sua confiança falando da maneira mais simples
possível e olhando-a sempre de frente; jamais a separe da mãe ou do pai.
Tipos de acidentes
Queimaduras
São lesões causadas pelo calor, substâncias corrosivas, líquidos e vapores, podendo
ocorrer também pelo frio intenso ou pela radiação solar. As queimaduras leves (de
1º grau) se manifestam com vermelhidão, inchaço e dor. Nas queimaduras de 2º
grau a dor é mais intensa e normalmente aparecem bolhas ou umidade na região
afetada. Já nas queimaduras graves, de 3º grau, a pele se apresenta esbranquiçada
ou carbonizada e há pouca ou nenhuma dor, uma vez que há a destruição de
terminações nervosas.
O que fazer:
- Não use manteiga, pomada, creme dental ou qualquer outro produto doméstico
sobre a queimadura.
- Não cubra a queimadura com algodão.
- Não use gelo ou água gelada para resfriar a região.
- Dê bastante líquido para a pessoa ingerir, umedeça um pano limpo e coloque
sobre a área afetada, se houver muita dor, um analgésico.
- Se a queimadura for extensa ou de 3º grau, procure um médico imediatamente.
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Queimaduras químicas
São sempre graves e geralmente causadas por produtos de higiene, cal, gasolina,
álcool e água sanitária.
O que fazer:
- Como as queimaduras químicas são sempre graves, retire as roupas da vítima
rapidamente, tendo o cuidado de não queimar as próprias mãos.
- Lave o local com água corrente por 10 minutos (se forem os olhos, 15 minutos),
enxugue delicadamente e cubra com um curativo limpo e seco.
- Procure ajuda médica imediata.
A queimadura é uma lesão estéril, por isso tenha cuidado ao manuseá-la e evite ao
máximo contaminá-la.
Queimaduras solares
O que fazer:
- Refresque a pele da vítima com compressas frias.
- Faça a pessoa ingerir bastante líquido, mantendo-a na sombra, em local fresco e
ventilado.
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Queimaduras por eletricidade
São causadas por raios ou correntes de alta e baixa voltagem, podendo causar
parada cardíaca e respiratória.
O que fazer:
- Deve-se desligar rapidamente a força elétrica, para então socorrer a pessoa.
Fraturas, entorses, luxações e contusões.
Fratura
É a quebra de um osso causada por uma pancada muito forte, uma queda ou
esmagamento.
Há dois tipos de fraturas: as fechadas, que, apesar do choque, deixam a pele intacta,
e as expostas, quando o osso fere e atravessa a pele. As fraturas expostas exigem
cuidados especiais, portanto nesse caso cubra o local com um pano limpo ou gaze
e procure socorro imediato.
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O que fazer:
Entorse
É a torção de uma articulação, com lesão dos ligamentos (estrutura que sustenta as
articulações).
Luxação
É o deslocamento de um ou mais ossos para fora da sua posição normal na
articulação.
O que fazer:
- Não se deve fazer massagens na região, nem tentar recolocar o osso no lugar.
Contusão
É uma área afetada por uma pancada ou queda sem ferimento externo. Se o local
estiver arroxeado, é sinal de que houve hemorragia sob a pele (hematoma).
O que fazer em caso de entorse, luxação ou contusão:
Improvise uma tala, amarre delicadamente o membro machucado (braços ou
pernas) a uma superfície, como uma tábua, revista dobrada, vassoura ou outro
objeto qualquer. Use tiras de pano, ataduras ou cintos, sem apertar muito para não
dificultar a circulação sanguínea.
Improvise uma tipoia, utilize um pedaço grande de tecido com as pontas presas ao
redor do pescoço.
Isto serve para sustentar um braço em casos de fratura de punho, antebraço,
cotovelo, costelas ou clavícula. Só use a tipoia se o braço ferido puder ser flexionado
sem dor ou se já estiver dobrado.
Intoxicações e envenenamentos
Venenos são substâncias que, ao serem introduzidas no organismo, em quantidade
suficiente podem causar danos temporários ou permanentes.
Medicamentos, plantas, produtos químicos e substâncias corrosivas são os principais
causadores de envenenamentos ou intoxicação, especificamente em crianças. Os
sinais e sintomas mais comuns são queimaduras nos lábios e na boca, hálito com
cheiro da substância ingerida, vômitos, alteração da pulsação, perda de consciência,
convulsões e, eventualmente, parada cardiorrespiratória.
O que fazer:
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- Se a vítima estiver inconsciente, não provoque vômitos.
81
Picadas de insetos
Abelhas, vespas e marimbondos, quando picam, provocam dor e inchaço.
O que fazer:
- Deve-se remover o ferrão e aplicar compressas frias para aliviar a dor e reduzir o
inchaço.
Picadas de carrapatos
O que fazer:
Picadas de escorpiões
Os escorpiões são pouco agressivos, têm hábitos noturnos e encontram-se
geralmente em pilhas de madeiras, adaptando-se bem ao ambiente doméstico. Os
sintomas mais comuns são náuseas, vômitos, salivação, tremores e convulsão.
O que fazer:
Picada de aranha
No geral o veneno das aranhas possui pouca significância para os seres humanos,
porém isso varia de pessoa para pessoa, pois algumas podem possuir algum grau
de alergia, portanto é importante levar a pessoa e se possível à aranha, para poder
haver identificação da espécie, imediatamente a unidade de saúde para tomar as
devidas providências. Espécies que causam problemas frequentemente e seus
sintomas:
Apresenta como sintoma pequena dor na hora da picada, após 12 a 24 horas, dor
local com inchaço, mal estar geral, náuseas e febre. Pode causar necrose local.
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Viúva Negra (Latrodectus sp)
Estas aranhas vivem em climas quentes e temperados, em todos os continentes. As
fêmeas constroem suas teias irregulares na vegetação, em arbustos, gramíneas,
lavouras de trigo e de linho. Também são encontradas sob pedras e cascas de
árvores, podendo ainda viver junto às residências humanas, em latas vazias, sapatos
velhos, pneus, etc. Costumam picar apenas quando não podem fugir, geralmente,
quando perturbadas, deixam-se cair da teia, como se estivessem mortas.
Caranguejeiras e Tarântulas
No caso das tarântulas, e caranguejeiras, não há necessidade de tratamento.
Picadas de cobras
As picadas de cobras são reconhecidas pelas marcas dos dentes na pele, pela dor
no local atingido, por inchaço e bolas que surgem no local. Toda picada de cobra,
mesmo sem qualquer sintoma, merece atendimento médico.
O que fazer:
- Dê apoio à vítima e leve-a a um serviço médico imediatamente.
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Sangramento externo
O que fazer:
- Procure manter o local que sangra em um plano acima do coração.
- Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma
atadura firme, mas que permita a circulação do sangue. Se o sangramento persistir
através do curativo, ponha novas ataduras sem retirar as anteriores, evitando a
remoção de eventuais coágulos.
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Sangramento interno
Surge em decorrência de um ferimento interno que faz com que o sangue saia do
sistema circulatório, mas não do corpo. Os mais comuns ocorrem no tórax e no
abdômen. A hemorragia interna pode levar rapidamente ao estado de choque e,
por isso, a situação deve ser acompanhada e controlada com muita atenção através
da monitoração dos sinais externos: pulso fraco e acelerado, pele fria e pálida,
mucosas dos olhos e da boca brancas, mãos e dedos arroxeados pela diminuição da
irrigação sanguínea, sede, tontura e inconsciência.
O que fazer:
- Não dê alimentos à vítima, nem a aqueça demais com cobertores.
- Peça auxílio médico imediato.
Sangramentos nasais
O que fazer:
- Incline a cabeça da pessoa para a frente, sentada, evitando que o sangue vá para
a garganta e seja engolido, provocando náuseas.
- Comprima a narina que sangra e aplique compressas frias no local.
- Depois de alguns minutos, afrouxe a pressão vagarosamente e não assoe o nariz.
- Se a hemorragia persistir, volte a comprimir a narina e procure socorro médico.
Choque elétrico
O choque elétrico, geralmente causado por altas descargas, é sempre grave,
podendo causar distúrbios na circulação sanguínea e, em casos extremos, levar à
parada cardiorrespiratória.
Na pele, podem aparecer duas pequenas áreas de queimaduras (geralmente de 3º
grau) - a de entrada e de saída da corrente elétrica.
O que fazer:
- Desligue o aparelho da tomada, ou a chave geral.
- Se tiver que remover a vítima com as mãos, envolva-as em um jornal ou num saco
de papel.
- Se possível empurre a vítima para longe da fonte de eletricidade com um objeto
seco, não condutor de corrente, como um cabo de vassoura, tábua, corda seca,
cadeira de madeira ou bastão de borracha.
- Se houver parada cardiorrespiratória, aplique a ressuscitação.
- Cubra as queimaduras com uma gaze ou com um pano bem limpo.
- Se a pessoa estiver consciente, deite-a de costas, com as pernas elevadas. Se
estiver inconsciente, deite-a de lado.
- Se necessário, cubra a pessoa com um cobertor e mantenha-a calma.
- Procure ajuda médica imediata.
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Corpos estranhos e asfixia
Objetos engolidos
- Nunca tente puxar os objetos da garganta ou abrir a boca para examinar o seu
interior.
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Deixe a pessoa tossir com força, pois esse é o recurso mais eficiente quando não há
asfixia.
- Se o objeto tem arestas ou pontas e a pessoa reclamar de dor, procure um
médico.
- Se a pessoa não consegue tossir com força, falar ou chorar, é sinal de que o
objeto está obstruindo as vias respiratórias, o que significa que há asfixia.
O que fazer:
- Coloque uma de suas mãos com o punho cerrado e seu polegar virado para fora,
(como se fosse pedir carona) na boca do estômago da vítima;
- Com a sua outra mão posicionada por cima desta empurre com firmeza para
dentro e para cima, como se estivesse desenhando uma vírgula, pressionando a
barriga da vítima.
O que fazer:
- Não dê nada à vítima para comer, beber ou cheirar.
Só aplique os procedimentos a seguir se você tiver certeza de que o coração não
está batendo:
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Procedimentos preliminares
- Se o ferido estiver de bruços e houver suspeita de fraturas, mova-o rolando o
corpo todo de uma só vez, colocando-o de costas no chão.
- Faça isso sempre com o auxílio de mais duas ou três pessoas a fim de não virar ou
dobrar as costas e o pescoço da vítima, evitando assim lesar a medula quando
houver vértebras quebradas. Verifique então se há algo da boca da vítima que
impeça a respiração.
A ressuscitação cárdio- pulmonar
- Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade
inferior do osso vertical que está no centro do peito (chamado osso esterno).
- Ao mesmo tempo outra pessoa deve aplicar respiração boca-a-boca, firmando a
cabeça da vítima e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o
queixo levantado para esticar o pescoço.
- Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando adequadamente para insuflá-
los, pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater.
Esta sequência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois
sopros para cada quinze pressões no coração; se houver alguém o ajudando, faça
um sopro para cada cinco pressões.
Convulsões
São contrações incontroláveis dos músculos. Duram poucos minutos, são fortes,
com movimentos desordenados e em geral, acompanhados de perda de
consciência.
Normalmente, durante a convulsão, além da contratura desordenada da
musculatura, há salivação abundante e, às vezes, eliminação de fezes e urina. A
queda da vítima é quase sempre desamparada, podendo ocorrer ferimentos.
O que fazer:
- Proteja a cabeça da vítima.
- Afrouxe as roupas da vítima. Deixe-a se debater livremente.
- Evite a mordedura da língua, colocando um lenço dobrado entre as arcadas
dentárias da vítima.
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- Uma vez sem convulsão, mantenha a vítima em repouso.
- Após a convulsão é comum a sonolência. Deixe-a dormir.
- Oriente a vítima a procurar um médico.
Muito bem, estamos chegando ao final do nosso curso de Balco Farmacista,
esperamos que com o nosso curso você se transforme em um profissional de
sucesso.
Eu fico por aqui espero lhe encontrar futuramente em outro curso.
Lembre- se achando que ficou alguma duvida sugiro que refaça a aula, pois não
queremos duvida alguma.
Agora solicite ao seu professor os exercícios de fixação referente a essa aula. Eles
são fundamentais para seu aprendizado, sempre os faça antes da avaliação da aula.
Até a próxima!
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