Resumo Cap 2

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 3

Disciplina: Introdução a Terapia Cognitivo Comportamental

Professor(a): Dioneia Luciane Mendes


Aluna: Isabella Machado Fraga

Livro Terapia Cognitiva dos Transtornos da Personalidade (Resumo do


capitulo 2- Teoria dos transtornos de personalidade, Aeron T. Beck)
Aeron Beck no seu capitulo sobre Teoria dos Transtornos de Personalidade começa
a observar um conjunto de elementos que explica a maneira como a pessoa sente,
pensa e age, considerando seus esquemas e estrutura cognitiva. Segundo Beck o
principal caminho do funcionamento ou da adaptação psicológica consiste de
estruturas de cognição com significado, denominadas esquemas. "Significado"
refere-se à interpretação da pessoa sobre um determinado contexto e da relação
daquele contexto com o self.
A função da atribuição de significado (tanto a nível automático como deliberativo) é
controlar os vários sistemas psicológicos (p.ex., comportamental, emocional,
atenção e memória). Portanto, o significado ativa estratégias para adaptação. As
influências entre sistemas cognitivos e outros sistemas são interativas. Cada
categoria de significado tem implicações que são traduzidas em padrões específicos
de emoção, atenção, memória e comportamento. Isto é denominado especificidade
do conteúdo cognitivo.
Embora os significados sejam construídos pela pessoa, em vez de serem
componentes preexistentes da realidade, eles são corretos ou incorretos em relação
a um determinado contexto ou objetivo. Quando ocorre distorção cognitiva ou pré-
concepção, os significados são disfuncionais ou mal adaptativos (em termos de
ativação de sistemas). As distorções cognitivas incluem erros no conteúdo cognitivo
(significado), no processamento cognitivo (elaboração de significado), ou ambos.
Os indivíduos são predispostos a fazer construções cognitivas falhas específicas
(distorções cognitivas). Estas predisposições a distorções específicas são
denominadas vulnerabilidades cognitivas. As vulnerabilidades cognitivas específicas
predispõem as pessoas a síndromes específicas; especificidade cognitiva e
vulnerabilidade cognitiva estão inter-relacionadas.
A psicopatologia resulta de significados mal adaptativos construídos em relação ao
self, ao contexto ambiental (experiência), e ao futuro (objetivos), que juntos são
denominados de tríade cognitiva. Cada síndrome clínica tem significados mal
adaptativos característicos associados com os componentes da tríade cognitiva.
Todos os três componentes são interpretados negativamente na depressão. Na
ansiedade, o self é visto como inadequado (devido a recursos deficientes), o
contexto é considerado perigoso, e o futuro parece incerto.
Na raiva e nos transtornos paranóides, o self é visto como sendo maltratado ou
abusado pelos outros, e o mundo é visto como injusto e em oposição aos interesses
da pessoa. A especificidade do conteúdo cognitivo está relacionada desta maneira á
tríade cognitiva. Há dois níveis de significado: o significado público ou objetivo de
um evento, que pode ter poucas implicações significativas para um indivíduo; e o
significado pessoal ou privado. O significado pessoal, ao contrário do significado
público, inclui implicações, significação, ou generalizações extraídas da ocorrência
do evento. O nível de significado pessoal corresponde ao conceito de "domínio
pessoal".
O paciente com Transtorno de Personalidade procura terapia levando como queixa
principal outro aspecto diferente, não referente ao transtorno em si, pois
normalmente apresentam problemas concorrentes. Ele acredita que suas
dificuldades de relacionamento são independentes de seus comportamentos e não
os percebem como causadores de problemas. Normalmente, esses pacientes não
respondem ao tratamento padrão da terapia cognitiva, pois ela solicita mudanças
pouco simples de comportamentos. São mudanças na maneira como a pessoa é e
como ela foi por muitos anos.
A modificação das cognições disfuncionais de quem apresenta diagnóstico de
Transtorno de Personalidade pode ser um objetivo de difícil alcance, pois devido aos
mecanismos de evitação, na terapia essas cognições podem não aparecer
facilmente. Pode-se então tentar, antes da abordagem das crenças do indivíduo,
fazê-lo passar a ter um comportamento interpessoal mais adaptativo. Ou mesmo, a
abordagem das crenças pode ser feita simultaneamente a mudança de
comportamento. Essa é uma das muitas técnicas utilizadas pela terapia cognitiva
que visam facilitar o tratamento desse transtorno
Concluindo, pacientes diagnosticados com Transtorno de Personalidade possuem
crenças muito mais enraizadas que um paciente diferente. Dentre suas causas,
incluem-se tanto a estruturação da crença desde a infância como a dificuldade de
acesso à mesma por sua evitação. A importância de se fazer um diagnóstico correto
do transtorno se faz pertinente, pois direciona o seu tratamento e permite uma maior
eficácia do mesmo.

Você também pode gostar