Lei N 507 Institui Plano Diretor

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 45

PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA

ESTADO DA BAHIA

LEI N.° 507/2013 DE 19 DE DEZEMBRO DE 2013.

Institui o Plano Diretor de


Desenvolvimento Urbano do
Município de Glória.

A Prefeita do Município de Glória faz saber, em cumprimento ao disposto no Artigo 183


da Lei Orgânica do Município, que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a
seguinte Lei.

TÍTULO I
DOS OBJETIVOS GERAIS DO PLANO DIRETOR

Art. 1º O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município de Glória é o


instrumento básico da política urbana e tem como objetivos:

I - orientar os agentes públicos e privados que atuam na produção e gestão do


território, para o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da
propriedade, com vistas ao bem estar de seus habitantes;
II - ordenar o desenvolvimento físico-territorial, compatibilizando-o com a
preservação do meio ambiente, do patrimônio cultural e com o
desenvolvimento socioeconômico;
III - estabelecer as regras básicas de uso e ocupação do solo;
IV - contribuir para a implantação do processo de planejamento permanente e
participativo, no sentido da democratização da gestão urbana e territorial.

Parágrafo Único. As definições dos termos técnicos utilizados


encontram-se no Anexo 01 desta Lei.

Art. 2º Para promover o desenvolvimento econômico, social e territorial de forma


equilibrada e sustentável, o Poder Executivo Municipal investirá prioritariamente em:

I - Meio Ambiente;
II - Desenvolvimento Econômico;
III - Saneamento Ambiental e Infraestrutura;
IV - Habitação;
V - Uso e Ocupação do Solo;
Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA
CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
VI - Mobilidade;
VII - Patrimônio Histórico Cultural.

TÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA

Art. 3º A Política Urbana deverá ser implementada pelo Órgão Gestor Municipal de
Infraestrutura e Serviços Públicos com a participação do Conselho Municipal da Cidade
e tem as seguintes diretrizes gerais:

I - garantia do direito à cidade sustentável, entendido como o direito à terra


urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura, ao transporte,
aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer;
II - planejamento do desenvolvimento da cidade, da distribuição espacial da
população e das atividades econômicas do município, de modo a evitar e
corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o
meio ambiente;
III - oferta de equipamentos públicos comunitários, transporte e serviços públicos
adequados aos interesses e necessidades da população e às características
locais;
IV - ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivo ou
inadequado em relação à infraestrutura;
d) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua
subutilização ou não utilização;
e) a poluição e a degradação ambiental;
V - adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão
urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e
econômica do município;
VI - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes da urbanização;
VII - regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de
baixa renda;
VIII - instituição dos instrumentos para ordenamento e gestão do desenvolvimento
urbano;
IX - proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído,
do patrimônio histórico cultural;

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
X - integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo
em vista o desenvolvimento socioeconômico do município;
XI - gestão democrática a partir da sociedade civil organizada na formulação de
planos, programas e projetos;
XII - implementação de instrumentos de descentralização administrativa;
XIII - integração entre a política urbana e as políticas setoriais, estabelecendo a
articulação permanente entre os Órgãos Gestores Municipais, na formulação
dos planos, programas e projetos;
XIV - definição de um sistema de planejamento capaz de fornecer subsídios para o
ordenamento e a gestão urbana;
XV - cooperação entre os diversos níveis de governo, a iniciativa privada e os
demais setores da sociedade em atendimento ao interesse social.

TITULO III
DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO URBANO

Art. 4º A Gestão e Execução da Política Urbana dar-se-ão através:

I - Da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos;


II - Do Conselho Municipal da Cidade;
III - Do Fundo Municipal da Cidade;
IV - Do Sistema de Informações Municipais;
V - Da Articulação com outras Instâncias de Governo.

CAPÍTULO I
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS PÚBLICOS

Art. 5º São atribuições da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos:

I - coordenar a aplicação, regulamentação e revisão do Plano Diretor de


Desenvolvimento Urbano, seus regulamentos e leis complementares;
II - propor alterações na legislação urbanística, submetendo ao Conselho
Municipal da Cidade;
III - criar, organizar e coordenar um Sistema de Informações Municipais – SIM;
IV - encaminhar ao Poder Executivo Municipal propostas de lei aprovadas pelo
Conselho Municipal da Cidade, assim como de instrumentos de gestão urbana;
V - avaliar os Estudos de Impactos de Vizinhança - EIV dispostos nesta Lei;
Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA
CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
VI - promover a implementação de programas e projetos relativos ao
desenvolvimento urbano;
VII - submeter ao Conselho Municipal da Cidade o balanço das aplicações dos
recursos do Fundo Municipal da Cidade – FMC.

CAPÍTULO II
DO CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE

Art. 6º O Conselho Municipal da Cidade é um órgão deliberativo, de representação da


sociedade no processo de planejamento e gestão urbana democrática.

Art. 7º O Conselho Municipal da Cidade será vinculado ao Órgão Gestor Municipal de


Infraestrutura e Serviços Públicos e terá como atribuições:

I - deliberar sobre os processos de controle e revisão do Plano Diretor de


Desenvolvimento Urbano, seus regulamentos e leis complementares;
II - formular propostas e deliberar sobre planos, programas, projetos e ações que
abranjam questões urbanas e ambientais;
III - deliberar e fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros do Fundo Municipal
da Cidade;
IV - analisar a proposta da Lei de Orçamento Anual – LOA do Município de Glória;
V - outras previstas em lei.
§ 1° O Conselho Municipal da Cidade terá um prazo de até 30 (trinta) dias para se
pronunciar sobre as questões encaminhadas à sua apreciação.
§ 2° Findo o prazo estabelecido no parágrafo anterior, sem que o Conselho
Municipal da Cidade se pronuncie sobre a questão formulada, caberá ao Órgão
Gestor Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos o parecer final.

Art. 8º A composição, estrutura e funcionamento do Conselho Municipal da Cidade


serão regulamentados em lei complementar, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, a
partir da vigência desta Lei.

Parágrafo Único. O Projeto de Lei a que se refere o caput deste artigo


deverá estabelecer a composição do referido Conselho, assegurada a participação
de representantes da comunidade civil, representantes da comunidade técnica e
científica e representantes dos Órgãos Gestores Municipais de Meio Ambiente,
Infraestrutura e Serviços Públicos, Habitação, Finanças e Governo.

Art. 9º Para garantia da Gestão Democrática, além do Conselho Municipal da Cidade,


deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos:

I - debates, audiências e consultas públicas;


II - conferências sobre assuntos de interesse municipal;
Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA
CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
III - iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de
desenvolvimento municipal.

CAPÍTULO III
DO FUNDO MUNICIPAL DA CIDADE

Art. 10. O Fundo Municipal da Cidade será destinado ao financiamento e


investimentos necessários ao desenvolvimento urbano e será gerido pelo Conselho
Municipal da Cidade.

Parágrafo Único. O Fundo de que trata o caput deste artigo deverá ser
regulamentado através de lei complementar, no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta) dias, a partir da vigência desta Lei.

Art. 11. Constituirão receitas do Fundo Municipal da Cidade:

I - dotações do Orçamento do Município;


II - quaisquer outros recursos ou rendas que lhe sejam destinados;
III - recursos direcionados por organismos nacionais e internacionais, mediante
prévia autorização legislativa;
IV - rendas provenientes de aplicação de seus próprios recursos.

§ 1° Os recursos do Fundo Municipal da Cidade, enquanto não forem efetivamente


utilizados, poderão ser aplicados em operações financeiras, que objetivem o
aumento de receita do próprio fundo.
§ 2° Os recursos do Fundo Municipal da Cidade serão aplicados na implantação de
equipamentos públicos comunitários, projetos de urbanização, investimentos
na parceria de empreendimentos e na consecução do planejamento, execução
e fiscalização dos objetivos, programas e projetos definidos nesta Lei.
§ 3° O Poder Executivo Municipal enviará, anualmente, à Câmara Municipal e aos
respectivos conselhos municipais, relatórios discriminados dos balancetes dos
fundos municipais referidos nesta Lei Complementar.

CAPÍTULO IV
DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES MUNICIPAIS

Art. 12. Fica criado o Sistema de Informações Municipais - SIM, vinculado ao Órgão
Gestor Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, com a finalidade de
acompanhar o desenvolvimento e transformações, ocorridas no âmbito do território
municipal.

Art. 13. O Sistema de Informações Municipais - SIM compreenderá informações


sobre:
Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA
CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
I - os recursos naturais;
II - o sistema viário do município existente e projetada, sistema de transporte
coletivo, trânsito e tráfego;
III - as condições de uso e ocupação do solo, através das informações do
Cadastro Imobiliário e outras;
IV - as condições demográficas e socioeconômicas do município, através das
informações do IBGE ou pesquisas próprias;
V - as condições da infraestrutura, serviços e equipamentos públicos comunitários
no município;
VI - as condições de atendimento às demandas de educação, saúde, lazer e
habitação;
VII - plantas dos loteamentos, conjuntos habitacionais e outros empreendimentos;
VIII - os bens públicos;
IX - as organizações sociais;
X - as receitas e despesas do Fundo Municipal da Cidade – FMC;
XI - o cadastro dos contemplados com a regularização fundiária.
§ 1° As informações compreendidas no artigo anterior devem ser permanentemente
atualizadas em base cartográfica única.
§ 2° A implantação do Sistema de Informações Municipais - SIM deverá ser
efetivada no período de 01 (um) ano após a aprovação desta Lei.
§ 3° As informações levantadas devem ser abertas à consulta pública.
§ 4° Os agentes públicos e privados, incluindo os Cartórios de Registro de Imóveis,
fornecerão ao Órgão Gestor Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, os
dados e informações necessárias ao Sistema de Informações Municipais - SIM.

CAPÍTULO V
DA ARTICULAÇÃO COM OUTRAS INSTÂNCIAS DE GOVERNO

Art. 14. O Poder Executivo Municipal fica autorizado a participar de órgãos ou ações
intergovernamentais que permitam sua integração com representantes da
administração direta e indireta dos governos federal, estadual e de outros municípios,
visando equacionar problemas comuns nas seguintes áreas:

I - planejamento e gestão do sistema de transportes e vias estruturais de acesso;


II - planejamento e gestão das questões ambientais, notadamente de saneamento
básico, como proteção dos recursos hídricos, coleta e destino final do lixo e
resíduos sólidos;

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
III - planejamento e gestão de soluções compartilhadas, para as áreas de
educação e saúde;
IV - formação de consórcios intermunicipais.

TÍTULO IV
DA ESTRUTURAÇÃO TERRITORIAL

CAPÍTULO I
DO MACROZONEAMENTO MUNICIPAL

Art. 15. Para fins de planejamento do uso e ocupação do solo, o território municipal
será dividido em:

I - Zona Rural;
II - Zona Urbana.

Parágrafo Único. O Macrozoneamento Municipal está definido no Anexo 02 desta Lei.

CAPÍTULO II
DA ZONA RURAL

Art. 16. A Zona Rural corresponde ao território rural do Município, com a presença de
comunidades rurais dispersas, com deficiência na infraestrutura e acessibilidade,
presença de produtividade agropecuária.

Art. 17. São diretrizes gerais para fins de planejamento do uso e a ocupação do solo
na Zona Rural:

I - compatibilização do uso e da ocupação rural com a proteção ambiental,


especialmente a preservação dos rios intermitentes e nascentes d´água;
II - proteção das áreas nativas, mediante a implementação da legislação nacional,
estadual e/ou municipal vigente;
III - identificação de áreas para estímulo às atividades agropecuárias, aquicultura
e/ou apicultura, que gerem ocupação e renda;
IV - adequação dos sistemas construtivos das habitações, priorizando a
erradicação das casas construídas em taipa;
V - adequação dos serviços públicos e oferta de infraestrutura nos povoados,
sobretudo aqueles mais adensados;
VI - construção e recuperação das estradas vicinais de forma a facilitar o
escoamento da produção de bens e serviços;
Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA
CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
VII - estímulo à instalação de atividades agroindustriais;
VIII - elaboração do zoneamento rural, mediante estudos complementares para
elaboração de Lei Complementar;
IX - levantamento, mapeamento e atualização do cadastro multifinalitário
referentes à situação fundiária e edilícia, em base cartográfica
georreferenciada, priorizando os povoados mais adensados e agrovilas.

CAPÍTULO III
DO ZONEAMENTO URBANO

Art. 18. A Zona Urbana do Município de Glória fica estabelecida pela delimitação do
perímetro urbano, definido no Anexo 03 desta Lei.

Art. 19. Para fins de planejamento do uso e ocupação do solo, a zona urbana será
subdividida em:

I - Zona Adensamento Preferencial – ZAP;


II - Zona Adensamento Restrito e Controlado – ZARC.

Parágrafo Único. O Zoneamento Urbano está definido no Anexo 04


desta Lei.

Art. 20. São diretrizes gerais para fins de planejamento do uso e a ocupação do solo
na Zona Urbana:

I - democratização do acesso à terra urbanizada;


II - compatibilização do adensamento populacional ao potencial de infraestrutura,
especialmente oferta de equipamentos públicos comunitários, esgotamento
sanitário e coleta de resíduos sólidos, bem como aos condicionantes
ambientais;
III - implantação e gerenciamento do controle do uso e ocupação do solo,
corrigindo as irregularidades fundiárias e edilícias;
IV - incentivo à utilização dos imóveis não edificados, subutilizados e não
utilizados, situados em áreas dotadas de infraestrutura;
V - garantia da justa distribuição da infraestrutura, serviços públicos e dos
equipamentos públicos comunitários;
VI - levantamento, mapeamento e atualização do cadastro multifinalitário
referentes à situação fundiária e edilícia, em base cartográfica
georreferenciada;

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
VII - integração dos Órgãos Gestores Municipais responsáveis pelo planejamento,
controle, licenciamento do uso e ocupação do solo;
VIII - implementação de procedimentos para aprovação de projetos e licenciamento
de obras e edificações;
IX - a sensibilização da população através de campanhas educativas que informem
sobre os benefícios da regularidade urbanística e edilícia;
X - a adoção de mecanismos de divulgação e informação da legislação urbanística
à população.

Art. 21. O Poder Executivo Municipal deverá elaborar o Programa de Arborização


Urbana, no prazo máximo de 2 (dois) anos, a partir da vigência desta Lei, e deverá
garantir:

I - ambiência urbana, com o plantio de espécies nativas, amenizando o clima;


II - coerência com o espaço público comunitário e os respectivos equipamentos
e instalações;
III - acessibilidade urbana dos pedestres e transeuntes;
IV - garantia de participação da população mediante ações de Educação
Ambiental.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA

Seção I
Zona de Adensamento Preferencial – ZAP

Art. 22. A Zona de Adensamento Preferencial – ZAP corresponde àquela em que a


malha urbana já está consolidada, com predomínio do uso residencial e com
disponibilidade de infraestrutura, equipamentos públicos comunitários e acessibilidade,
possibilitando o adensamento até o limite do coeficiente único de aproveitamento.

Art. 23. Constituem diretrizes gerais para fins de planejamento do uso e a ocupação
do solo da Zona de Adensamento Preferencial – ZAP:

I - adensamento e diversificação do uso do solo de forma a otimizar a utilização


dos equipamentos públicos comunitários e infraestrutura existentes;
II - ocupação de imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados
existentes em áreas com disponibilidade de infraestrutura e equipamentos
públicos comunitários;
III - controle do parcelamento do solo, de forma a consolidar o tecido urbano
existente;
IV - incentivo à construção e/ou urbanização de praças, áreas verdes e espaços de
lazer, tendo em vista a melhoria da qualidade de vida.

Seção II
Zona de Adensamento Restrito e Controlado – ZARC

Art. 24. A Zona de Adensamento Restrito e Controlado – ZARC corresponde àquela


com predominância de atividades rurais, baixa intensidade de ocupação, ausentes de
dotação de infraestrutura e serviços públicos, cujas condições ambientais exigem
controle no adensamento e nas atividades a serem implantadas.

Art. 25. Constituem diretrizes gerais para fins de planejamento do uso e a ocupação
do solo da Zona de Adensamento Restrito e Controlado – ZARC:

I - controle da ocupação e o uso do solo para minimizar os problemas resultantes


de carência de infraestrutura, como sistemas de fornecimento de energia
elétrica, de abastecimento de água potável, de esgotamento sanitário, de
drenagem de águas pluviais, de vias de acesso.
II - controle da ocupação nas áreas limítrofes às faixas non aedificand às margens
das rodovias.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA

CAPÍTULO IV
DAS ÁREAS DE DIRETRIZES ESPECIAIS

Art. 26. As Áreas de Diretrizes Especiais são aquelas que exigem tratamento especial
na definição de diretrizes e parâmetros reguladores do uso e ocupação do solo,
diferenciando-se do zoneamento usual, sendo classificadas em:

I - Áreas Especiais de Interesse Social – AEIS;


II - Áreas Especiais de Interesse Ambiental – AEIA;
III - Áreas Especiais de Interesse Econômico – AEIE.
IV - Áreas Especiais de Interesse Histórico e Cultural – AEIHC;
V - Áreas Especiais de Interesse Paisagístico e Urbanístico - AEIPU;

§ 1° A criação de novas Áreas de Diretrizes Especiais e de seus respectivos


parâmetros urbanísticos, bem como a alteração das existentes, deverão ser
propostas pelo Órgão Executivo Municipal de Infraestrutura e Serviços
Públicos, submetidas à apreciação do Conselho Municipal da Cidade e
aprovadas em lei.

§ 2° As Áreas de Diretrizes Especiais, em especial as Áreas Especiais de Interesse


Social - AEIS e Áreas Especiais de Interesse Ambiental - AEIA, serão objeto
prioritário de projetos, planos e programas de urbanização, que poderão ser
executados através da concessão de incentivos, conforme o disposto nesta Lei.

Seção I
Das Áreas Especiais de Interesse Social - AEIS

Art. 27. As Áreas Especiais de Interesse Social – AEIS são aquelas destinadas
prioritariamente à urbanização, produção e manutenção de habitação de interesse
social e regularização fundiária, considerando-se:

I - Áreas Especiais de Interesse Social – AEIS Tipo 1: lotes ou glebas não


edificados, subutilizados ou não utilizados, onde haja interesse público em
elaborar programas habitacionais destinados à população de baixa renda;
II - Áreas Especiais de Interesse Social – AEIS Tipo 2: loteamentos ou ocupações
irregulares, situadas em área de risco ou não, com necessidade de melhorias
habitacionais e de infraestrutura, regularização jurídica fundiária, de integração
à estrutura urbana.

Parágrafo Único. As Áreas Especiais de Interesse Social - AEIS estão


definidas no Anexo 05 desta Lei.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
Art. 28. Constituem diretrizes das Áreas Especiais de Interesse Social – AEIS:

I - aumento da oferta de terras para os mercados urbanos de baixa renda;


II - regulação do conjunto de mercado de terras urbanas, reduzindo as diferenças
de qualidade entre os diferentes padrões de ocupação;
III - garantia da assistência técnica e jurídica gratuita para elaboração de projeto e
construção da habitação de interesse social para as famílias de baixa renda,
conforme Lei Federal n°11.888/2008;
IV - prioridade ao atendimento das famílias localizadas em assentamentos situados
em áreas de risco.

Art. 29. As famílias residentes nas Áreas Especiais de Interesse Social - AEIS
deverão ser cadastradas pelo Poder Executivo Municipal no prazo máximo de 1 (um)
ano, a partir da vigência desta Lei.

Art. 30. As Áreas Especiais de Interesse Social - AEIS terão prioridades nos projetos,
planos e programas de urbanização ou reurbanização e nos investimentos públicos.

Art. 31. O Poder Executivo Municipal deverá elaborar Plano de Urbanização para
cada Área Especial de Interesse Social - AEIS, estabelecido em lei específica, com a
previsão de:

I - diretrizes urbanísticas de parcelamento, edificações, uso e ocupação do solo;


II - formas de gestão e de participação da população nos processos de
delimitação, implementação e manutenção das respectivas áreas;
III - infraestrutura mínima de ocupação, no tocante ao sistema de abastecimento
de água e esgotamento sanitário, drenagem das águas pluviais, coleta de
resíduos sólidos, iluminação pública, sistema viário, equipamentos públicos
comunitários;
IV - instrumentos aplicáveis de regularização fundiária;
V - realocação das famílias que ocupam imóveis localizados em Áreas de
Preservação Permanente – APP, ou áreas de risco, para áreas dotadas de
infraestrutura, garantindo o direito à moradia digna.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA

Seção II
Das Áreas Especiais de Interesse Ambiental – AEIA

Art. 32. São consideradas Áreas Especiais de Interesse Ambiental – AEIA no


Município de Glória, aquelas necessárias à manutenção, preservação e/ou
recuperação de recursos naturais e paisagísticos:

I - as Áreas de Preservação Permanente – APP ao longo dos Lagos Moxotó e


Itaparica;
II - a Lagoa do Povoado Cerquinha;
III - os rios subterrâneos, rios intermitentes, nascentes ou “olhos d´água”;
IV - as Áreas de Reserva Legal do Projeto Jusante e Perímetro Glória;
V - as Áreas de Reserva Legal das propriedades a serem cadastradas no
Cadastro Ambiental Rural – CAR;
VI - as terras indígenas;
VII - os morros e serras.

§ 1° As Áreas Especiais de Interesse Ambiental – AEIA estão definidas no Anexo 06


desta Lei.

§ 2° Além das Áreas Especiais de Interesse Ambiental – AEIA delimitadas no Anexo


06 desta Lei, outras poderão ser definidas e mapeadas posteriormente, através
de lei municipal específica.

Art. 33. Constituem diretrizes das Áreas Especiais de Interesse Ambiental – AEIA:

I - garantia do equilíbrio ambiental;


II - promoção da recuperação da mata ciliar;
III - implantação da mata ciliar;
IV - monitoramento e controle do uso do solo nas áreas lindeiras dos sistemas de
captação de água, do esgotamento sanitário, das áreas agricultáveis e de
aquicultura;
V - o condicionamento da ocupação urbana à proteção dos rios e lagoas, das
áreas de recarga dos aquíferos e dos locais de captação superficial de água.

Art. 34. As Áreas Especiais de Interesse Ambiental – AEIA são consideradas como
áreas de preservação e conservação e sujeitas a parâmetros urbanísticos e de manejo
do solo determinados pelo Órgão Gestor Municipal de Meio Ambiente junto ao
Conselho Municipal de Meio Ambiente, de forma coerente a cada área e atendendo à
legislação federal, estadual e municipal pertinentes.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
Seção III
Da Área Especial de Interesse Econômico – AEIE

Art. 35. A Área Especial de Interesse Econômico – AEIE é aquela em que será
estimulado o crescimento e a diversificação de atividades econômicas e de serviços,
isto é, de uso não-residencial.

Art. 36. Constituem diretrizes da Área Especial de Interesse Econômico – AEIE:

I - dinamização da economia municipal;


II - promoção à geração de ocupação e renda;
III - incentivo à consolidação de um eixo de atividades de fomento ao
desenvolvimento econômico;
IV - aproveitamento das potencialidades e vocações econômicas, considerando os
atributos ambientais, sociais e culturais;
V - articulação do Poder Executivo Municipal com as esferas estaduais, federais e
privadas na promoção de incentivos tributários para atração de
empreendimentos para desenvolvimento econômico.

Parágrafo Único. A Área Especial de Interesse Econômico – AEIE está


definida no Anexo 07 desta Lei.

Seção IV
Das Áreas Especiais de Interesse Histórico e Cultural - AEIHC

Art. 37. As Áreas Especiais de Interesse Histórico e Cultural – AEIHC são áreas ou
edificações com interesse de tratamento especial, por se constituírem referência e
testemunho da história local, especialmente:

I - Ruínas do Grupo Escolar Municipal, na Velha Glória;


II - Cruzeiro da Velha Glória;
III - Cruzeiro da Serra do Retiro;
IV - Antigo Clube Recreativo de Glória;
V - Igreja Nossa Senhora da Conceição;
VI - Igreja Matriz Santo Antônio;
VII - Igreja Bom Jesus da Lapa;
VIII - Igreja São José;
IX - Comunidades Indígenas

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
Parágrafo Único. As Áreas Especiais de Interesse Histórico e Cultural –
AEIHC estão definidas no Anexo 08 desta Lei.

Art. 38. As Ruínas do Grupo Escolar Municipal na Velha Glória deverão ser
preservadas no aspecto em que se apresentam, sendo permitidas apenas ações de
consolidação e pequenas intervenções que possibilitem seu uso, conforme o caso.

Art. 39. Constituem diretrizes das Áreas Especiais de Interesse Histórico e Cultural –
AEIHC:

I - promoção da preservação, valorização e conservação do patrimônio


arquitetônico de caráter histórico cultural;
II - elaboração de projetos de recuperação do patrimônio arquitetônico de caráter
histórico cultural;
III - garantia de recursos para preservação, proteção e recuperação das
edificações mediante parcerias com instituições públicas e privadas.

Art. 40. Qualquer modificação, seja reforma, ampliação ou demolição em edificação


situada nas Áreas Especiais de Interesse Histórico e Cultural – AEIHC, deverá ter
anuência prévia do Órgão Gestor Municipal de Cultura e o projeto deverá ser
submetido e aprovado pelo Conselho Municipal da Cidade.

Seção V
Das Áreas Especiais de Interesse Paisagístico e Urbanístico - AEIPU

Art. 41. As Áreas Especiais de Interesse Paisagístico e Urbanístico – AEIPU


correspondem àquelas áreas estratégicas de visão panorâmica da paisagem da Lagoa
de Moxotó, não sendo permitidas construções que venham a se constituir barreiras
para ângulos visuais naturais e/ou que permitam a sua descaracterização, constituindo-
se marcos de referência para a dinâmica urbana, sendo:

I - Área Especial de Interesse Paisagístico e Urbanístico – AEIPU 1:


correspondendo à área do entorno do Balneário Canto das Águas e a Praça da
Juventude.
II - Área Especial de Interesse Paisagístico e Urbanístico – AEIPU 2:
correspondendo à área a partir da margem direita da Avenida Presidente
Geisel até a Praça da Juventude.

Parágrafo Único. As Áreas Especiais de Interesse Paisagístico e


Urbanístico – AEIPU estão definidas no Anexo 09 desta Lei.

Art. 42. Constituem diretrizes das Áreas Especiais de Interesse Paisagístico e


Urbanístico – AEIPU:

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
I - estímulo às atividades turísticas e de lazer, através da garantia de qualidade
dos espaços abertos e edificados;
II - incentivo às parcerias público-privada na cogestão das condições de
manutenção física geral do Balneário Canto das Águas e da Praça da
Juventude e seu entorno;
III - controle da ocupação de forma a garantir a visão paronâmica e apreciação da
paisagem do Lago Moxotó;
IV - manutenção das calçadas ao longo da Avenida Dr. Adauto Pereira de Souza,
bem como de rebaixos de calçadas e rampas de deficientes.

Art. 43. Nas Áreas Especiais de Interesse Paisagístico e Urbanístico – AEIPU 1


somente serão permitidas construções de edificações voltadas para uso turístico e/ou
lazer, com gabarito de altura de 1 (um) pavimento térreo, sendo admitido apenas o uso
do mezanino.

Art. 44. Nas Áreas Especiais de Interesse Paisagístico e Urbanístico – AEIPU 2


somente serão permitidas construções com gabarito de altura de até 02 (dois)
pavimentos, sendo 1 (um) térreo.

TÍTULO V
DO CONTROLE DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO

CAPÍTULO I
DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Art. 45. Para garantir a ocupação do solo de forma adequada às características do


meio físico, bem como garantir o equilíbrio climático, os limites de ocupação do solo do
município de Glória serão regulados pelo disposto na presente Lei, através dos
seguintes índices urbanísticos:

I - Coeficiente de Aproveitamento Único;


II - Taxa de Ocupação;
III - Taxa de Permeabilidade;
IV - Recuos;
V - Área mínima do Lote;
VI - Gabarito de Altura;
VII - Usos Incômodos.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
Parágrafo Único. Os índices urbanísticos estabelecidos para cada Zona
estão definidos no Anexo 10 desta Lei.

Art. 46. Consideram-se uso incômodo àquelas atividades que:

I - atraem grande número de veículos automotores, comprometendo a eficiência


do tráfego, sobretudo na via principal;
II - geram efluentes poluidores ou incômodos;
III - geram ruídos além do permitido pela legislação pertinente;
IV - envolvam riscos de segurança, tais como a presença de produtos tóxicos,
inflamáveis ou venenosos;
V - envolvam exigências sanitárias especiais.

Parágrafo Único. Os usos incômodos e seus respectivos níveis


estão definidos no Anexo 11 desta Lei.

Art. 47. Ficam vedadas as seguintes instalações de usos:

I - Nas vias locais:


a) Atividades educacionais nível II
b) Atividades de lazer nível II;
c) Atividades de comércio e serviços do nível II;
d) Serviços de saúde do nível II;
e) Atividades diversas.
II - Na via principal de acesso:
a) Atividades educacionais;
b) Atividades de lazer;
c) Serviços de saúde do nível I.
III - Na Zona de Adensamento Preferencial – ZAP:
a) Atividades industriais;
b) Serviços de Saneamento;

Art. 48. As atividades que apresentem usos incômodos ficarão sujeitas às condições
especiais para sua instalação, observados o uso e a ocupação já existente no local e
deverão, obrigatoriamente, adotar medidas que as tornem compatíveis com o uso
estabelecido no entorno, atendidas as exigências da legislação pertinente.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA

CAPÍTULO II
DO PARCELAMENTO DO SOLO

Art. 49. O Parcelamento do Solo corresponde à subdivisão da gleba em unidades


autônomas juridicamente independentes, dotadas de individualidade própria, para fins
de edificação.

Parágrafo Único. Somente será admitido o parcelamento do solo para


fins urbanos na Zona Urbana.

Art. 50. Não será permitido o parcelamento do solo:

I - em terrenos situados nas Áreas de Preservação Permanente – APP´s,


conforme disposto nesta Lei;
II - em Áreas Especiais de Interesse Ambiental - AEIA ou naquelas onde a
poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção;
III - em terrenos alagadiços ou sujeitos a inundações, antes de tomadas as
providências para assegurar o escoamento das águas;
IV - em terrenos que impeçam o livre acesso aos Lagos Moxotó e Itaparica;
V - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública,
sem que sejam previamente saneados;
VI - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo
se atendidas as exigências específicas das autoridades competentes;
VII - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação.

Art. 51. Nos parcelamentos, devem ser atendidas as diretrizes desta Lei e os
seguintes critérios:

§ 1° Deverão ser atendidos os índices urbanísticos previstos no Anexo 10 e outras


exigências previstas nesta Lei, na Zona e/ou Áreas de Diretrizes Especiais em
que se inserirem.
§ 2° Os parcelamentos deverão reservar faixas non aedificandi e de reserva
sanitária, conforme disposto nesta Lei.
§ 3° As quadras não poderão ultrapassar a dimensão máxima de 200m (duzentos
metros).
§ 4° Excluir-se-ão da aplicação do item anterior, os loteamentos destinados a lotes-
chácara de área superior a 5.000m² (cinco mil metros quadrados).
§ 5° Os lotes deverão fazer frente, obrigatoriamente para vias públicas destinadas à
circulação de veículos e/ou pedestres.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
§ 6° As áreas destinadas ao sistema viário deverão se articular com as vias
adjacentes oficiais, existentes ou aprovadas.
§ 7° Deverá ser elaborado e implantado projeto de calçadas contemplando o
paisagismo e arborização nos moldes definidos pelo Programa de Arborização
Urbana e seguindo as normas legais de acessibilidade para portadores de
deficiência.
§ 8° Caberá ao loteador a execução do sistema viário, calçadas, meio-fio e
demarcação das quadras e lotes, nos parcelamentos, de acordo com projeto
aprovado no Órgão Gestor Municipal responsável pela expedição dos Alvarás
de Obras e de Localização.

Art. 52. O Poder Executivo Municipal somente concederá autorização de


parcelamento do solo:

I - em áreas com disponibilidade de infraestrutura comprovada pelos Órgãos


Distribuidores responsáveis;
II - mediante aprovação do Licenciamento Ambiental pelo Órgão Gestor Municipal
responsável.

Parágrafo Único. Infraestrutura refere-se aos serviços de atendimento


das redes públicas de abastecimento de água potável, sistema de esgotamento
sanitário, drenagem pluvial, coleta de resíduos sólidos, fornecimento de energia
elétrica, e sistema viário.

Art. 53. Quando o parcelamento ocorrer em áreas que não tiverem disponibilidade de
infraestrutura, de acordo com o artigo 52, inciso I, tais serviços serão de
responsabilidade e implantados pelos proprietários, estando previstos nos Estudos de
Viabilidade Técnica submetidos previamente às aprovações dos Órgãos Distribuidores
responsáveis.

Art. 54. Os projetos de parcelamentos do solo terão anuência prévia do Órgão Gestor
Municipal responsável pela expedição dos Alvarás de Obras e de Localização.

Seção I

Dos Loteamentos

Art. 55. Os Loteamentos deverão garantir sua integração na estrutura urbana, com a
infraestrutura, equipamentos públicos comunitários e sistema viário existente e/ou
previsto, devendo atender os índices urbanísticos previstos no Anexo 10 desta Lei para
a Zona e Área de Diretrizes Especiais, em que se situem.

Art. 56. A fim de garantir o direito público e social, os loteamentos devem reservar
para doação à Prefeitura Municipal, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) do
equivalente à área total, dos quais:
Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA
CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
I- 15% (quinze por cento) serão destinadas às áreas verdes, sendo permitida a
utilização da parcela de até 5% para equipamentos públicos comunitários;
II - 20% (vinte por cento) restantes, destinados ao sistema viário, incluindo
calçadas.

Parágrafo Único. Áreas reservadas, de acordo com o caput, deverão


ser registradas no Cartório de Registro de Imóveis competente, dentro do prazo de
180 (cento e oitenta) dias, como doação à Prefeitura Municipal.

Art. 57. Para os loteamentos de interesse social, destinados ao assentamento de


famílias que possuam renda familiar mensal de até 03 (três) salários mínimos, será
admitida a produção de lotes urbanizados com área mínima das habitações de 36 m²
(trinta e seis metros quadrados), devendo ser atendidos os índices urbanísticos
estabelecidos no Anexo 10 e outras exigências previstas nesta Lei, mesmo aqueles
não localizados nas Áreas Especiais de Interesse Social – AEIS.

Seção II

Dos Condomínios Residenciais

Art. 58. Os condomínios residenciais só poderão ser implantados na Zona Urbana e


seu parcelamento deverá atender os índices urbanísticos previstos no Anexo 10 desta
Lei, para a Zona e Área de Diretrizes Especiais, em que se situem.

Art. 59. A fim de garantir o direito público e social, os condomínios deverão reservar,
no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) do equivalente à área total, dos quais:

I - 10% (dez por cento) serão destinadas às áreas verdes e equipamentos


comunitários internos;
II - 15% (quinze por cento) serão destinados ao sistema viário interno, incluindo
calçadas;
III - 10% (dez por cento) restantes serão doados à Prefeitura Municipal, destinados
aos equipamentos públicos comunitários, em área externa ao condomínio,
localizada no raio máximo de 2 km (dois quilômetros).

§ 1° Quando comprovada a inexistência de áreas em condições de atender às


exigências especificadas no inciso, a Prefeitura Municipal se reserva o direito
de definir a localização da referida área.
§ 2° Não se enquadram nas exigências do inciso III do artigo anterior os
condomínios implantados em glebas com área total inferior a 2.000m² (dois mil
metros quadrados)

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
§ 3° Áreas reservadas, de acordo com o caput, deverão ser registradas no Cartório
de Registro de Imóveis competente, dentro do prazo de 180 (cento e oitenta)
dias, como doação à Prefeitura Municipal.
Art. 60. Em se tratando de mais de um condomínio de um mesmo proprietário em
áreas contíguas, serão observadas as áreas totais dos empreendimentos para o
cálculo das áreas a serem doadas a Prefeitura Municipal.

Art. 61. Cada condomínio terá, no máximo, 100 (cem) unidades habitacionais.

Art. 62. Quando parte da área do condomínio abranger Áreas Especiais de Interesse
Ambiental – AEIA ou Áreas de Preservação Permanente – APPs, estas deverão ser
excluídas do cálculo do percentual das áreas verdes, cabendo ao condomínio à
proteção e manutenção destas.

Art. 63. A coleta de lixo e de resíduos sólidos e a manutenção da infraestrutura


interna dos condomínios serão de responsabilidade exclusiva destes, sendo ainda
obrigatória a instalação de equipamentos de prevenção e de combate a incêndios, de
acordo com normas e regulamentação do Corpo de Bombeiros.

Seção III

Dos Desmembramentos

Art. 64. A subdivisão de gleba em lotes é permitida desde que seja aproveitado o
sistema viário existente e não implique na abertura ou prolongamento de novas vias e
implantação de novos equipamentos públicos comunitários.

§ 1° Os lotes resultantes de desmembramento deverão


respeitar os índices urbanísticos estabelecidos no Anexo 11 desta Lei.
§ 2° Os desmembramentos de glebas maiores que
40.000m2 (quarenta mil metros quadrados), deverão doar 10% (dez por cento)
de sua área total ao Poder Executivo Municipal, destinada para implantação de
equipamentos públicos comunitários.

TÍTULO VI
DOS INSTRUMENTOS DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Art. 65. Para fins desta lei, serão utilizados os seguintes instrumentos de
desenvolvimento urbano:

I - Regularização Fundiária;
II - Usucapião Especial de Imóvel Urbano;
III - Direito de Preempção;
Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA
CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
IV - Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsória;
V - Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU Progressivo no Tempo;
VI - Desapropriação para Fins de Reforma Urbana;
VII - Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA

CAPÍTULO I
DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Art. 66. O Poder Executivo Municipal deverá promover a regularização fundiária de


imóveis urbanos e/ou daqueles localizados nos assentamentos precários ocupados por
população de baixa renda, em desacordo com os padrões urbanísticos legalmente
instituídos e em condições de ilegitimidade do domínio de terrenos, desde que não
localizados:

I - sobre adutoras e redes de água ou esgoto, bem como sob linhas de alta
tensão ou outras áreas de servidão, necessárias à segurança de infraestrutura,
sejam estas existentes ou projetadas;
II - em área que apresente riscos à segurança de seus ocupantes, constatado
através de laudo técnico de Órgão responsável;
III - em áreas destinadas à realização de obras ou de planos urbanísticos de
interesse coletivo.

Art. 67. O Poder Executivo Municipal deverá assegurar a regularização fundiária


gratuita para as famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do
Governo Federal (Cadastro Único), que estejam localizadas nos assentamentos
precários, podendo se articular com outros órgãos e entidades, visando à busca de
parcerias para o equacionamento das dificuldades inerentes ao processo, em especial:

I - com o Ministério Público;


II - com o Poder Judiciário;
III - com os Cartórios do Serviço Registral e Notarial;
IV - com os Governos Estadual e Federal.

Art. 68. Para efeitos da regularização fundiária, o herdeiro continua, de pleno direito,
na posse de seu antecessor, desde que resida no imóvel por ocasião da abertura da
sucessão.

Art. 69. O beneficiário será contemplado apenas uma vez, cabendo ao Órgão Gestor
Municipal de Habitação, numa ação conjunta com o Órgão Gestor Municipal de
Assistência Social, o controle e atualização do cadastro das famílias beneficiadas.

Art. 70. Fica vedada a titulação através da regularização fundiária gratuita, nos
seguintes casos:

I - de forma individual, lotes com área inferior a 36m² (trinta e seis metros
quadrados);
II - lotes residenciais com área superior a 200m² (duzentos metros quadrados);

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
III - imóveis localizados fora dos assentamentos precários e/ou das Áreas
Especiais de Interesse Social – AEIS.

CAPÍTULO II
DA USUCAPIÃO ESPECIAL DE IMÓVEIS URBANOS

Art. 71. Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até 250m²
(duzentos e cinquenta metros quadrados), por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio,
desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

§ 1° O título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos,


independentemente do estado civil.
§ 2° O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo possuidor
mais de uma vez.
§ 3° Para os efeitos do usucapião especial de imóvel urbano, o herdeiro legítimo
continua, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que já resida no
imóvel por ocasião da abertura da sucessão.

Art. 72. As áreas urbanas com mais de 250 m² (duzentos e cinquenta metros
quadrados), ocupados por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos
ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente,
desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.

§ 1° O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo,
acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam
contínuas.
§ 2° A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz,
mediante sentença, a qual servirá de título para registro no cartório de registro
de imóveis.
§ 3° Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor,
independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo
hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo frações ideais
diferenciadas.
§ 4° O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de
extinção, salvo deliberação favorável tomada por, no mínimo, dois terços dos
condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à constituição do
condomínio.
§ 5° As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão
tomadas por maioria de votos dos condôminos presentes, obrigando também
os demais, discordantes ou ausentes.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
Art. 73. Na pendência da ação de usucapião especial urbana, ficarão sobrestadas
quaisquer outras ações, petitórias ou possessórias, que venham a ser propostas
relativamente ao imóvel usucapiendo.

Art. 74. A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada como matéria de
defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para registro no cartório de
registro de imóveis.

Art. 75. Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a
ser observado é o sumário.

CAPÍTULO III
DO DIREITO DE PREEMPÇÃO

Art. 76. O Poder Executivo Municipal poderá exercer o direito de preferência para
aquisição de imóveis urbanos, objeto de alienação onerosa entre particulares, exercido
nas Áreas Especiais de Interesse Social – AEIS Tipo 1, sempre que o Município
necessitar de áreas para:

I - execução de programas e projetos de habitação de interesse social;


II - constituição de reserva fundiária;
III - regularização fundiária;
IV - implantação de sistema viário, equipamentos públicos comunitários;
V - criação de espaços públicos de lazer;
VI - criação de Áreas Especiais de Interesse Ambiental – AEIA;
VII - preservação e proteção de Áreas Especiais de Interesse Histórico e Cultural –
AEIHC.

Art. 77. Para a efetivação do direito de preempção serão observados os seguintes


requisitos:

I - o município notificará previamente os respectivos proprietários, informando-


lhes o interesse na aquisição dos seus imóveis;
II - a notificação será pessoal e conterá obrigatoriamente um prazo, limitado de
até 5 (cinco) anos, no qual o proprietário estará obrigado a submeter ao
município, em igualdade de condições, toda proposta para aquisição do
imóvel;
III - o município terá o prazo de 30 (trinta) dias para se manifestar, por escrito,
quanto à aceitação da proposta apresentada pelo proprietário, presumindo-se
do seu silêncio o desinteresse pela aquisição;

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
IV - a aceitação do município vincula as partes ao cumprimento da proposta nos
mesmos termos e condições em que se daria a alienação perante o terceiro
particular;
V - quando não houver interesse do município pela proposta, mas for comprovado
que a alienação ocorreu de forma menos onerosa do que aquela apresentada
pelo proprietário, o município poderá adquirir a propriedade do imóvel através
das medidas judiciais necessárias, nas mesmas condições do terceiro
particular.

Art. 78. A renovação da incidência do direito de preempção, em área anteriormente


submetida à mesma restrição, somente será possível após o intervalo mínimo de 1
(um) ano da cessação dos efeitos da notificação anterior.

CAPÍTULO IV
DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIA

Art. 79. A fim de garantir a função social da propriedade aos imóveis não edificados,
subutilizados ou não utilizados na Zona de Adensamento Preferencial – ZAP, o Poder
Executivo Municipal aplicará o parcelamento, edificação ou utilização compulsória, de
acordo com as definições contidas na Lei Federal n° 10.257, de 10 de julho de 2001.

§ 1° Para fins do disposto no caput deste artigo, consideram-se:

I - imóvel não edificado: aquele com área igual ou superior a 120,00 m² (cento e
vinte metros quadrados), cujo coeficiente de aproveitamento seja igual a zero,
desde que seja legalmente possível a edificação, pelo menos para uso
habitacional;
II - imóvel subutilizado: aquele com área igual ou superior a 1.000,00 m² (um mil
metros quadrados), cujo coeficiente de aproveitamento seja igual ou inferior a
0,2;
III - imóvel não utilizado: aquelas edificações que esteja sem utilização há mais de
5 (cinco) anos, ressalvados os casos em que a situação decorra de restrições
jurídicas.

§ 2° A notificação dar-se-á:

I - pelo Poder Executivo Municipal para o cumprimento da obrigação, devendo


a notificação ser averbada no Cartório de Registro de Imóveis;
II - por edital, quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação
prevista pelo inciso I.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
§ 3° Após a identificação dos imóveis não utilizados, em conformidade com este
artigo, o Poder Executivo Municipal deverá notificar seus proprietários para
que:

I - num prazo de um ano, a partir da notificação, apresente o projeto de


construção do empreendimento no Órgão Gestor Municipal responsável;
II - num prazo de dois anos, a partir da notificação, inicie as obras do
empreendimento projetado.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA

CAPÍTULO V
DO IMPOSTO PREDIAL TERRITORIAL URBANO PROGRESSIVO NO TEMPO

Art. 80. Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos no


Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios, o Poder Executivo Municipal
procederá à aplicação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana –
IPTU Progressivo no Tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de 05
(cinco) anos consecutivos.

§ 1° As alíquotas progressivas a serem utilizadas na cobrança do IPTU obedecerão


ao seguinte critério:

I - o primeiro ano, alíquota de 5%;


[S1] Comentário: Deve ser atingida
II - no segundo ano, alíquota de 8%; alíquota máxima de 15% pelo artigo 7°
Estatuto da Cidade
III - no terceiro ano, alíquota de 10%;
IV - no quarto ano, alíquota de 12%;
V - no quinto ano, alíquota de 15%.

§ 2° Não serão considerados quaisquer benefícios de redução do IPTU durante o


período de cobrança das alíquotas progressivas.

§ 3° A aplicação da alíquota progressiva de que trata o caput será suspensa


imediatamente a requerimento do contribuinte, a partir da data em que sejam
iniciadas as obras de parcelamento ou edificação, desde que estas apresentem
o devido Alvará de Licença Municipal, sendo restabelecida retroativamente à
data em que foi suspensa, em caso de fraude ou interrupção da obra ou
parcelamento, sem justificativa ou comprovação.

§ 4° Caso não seja atendida a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar em 05


(cinco) anos, o Poder Executivo Municipal deverá manter a cobrança do IPTU
Progressivo no Tempo pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida
obrigação.

§ 5° Decorridos os 05 (cinco) anos de cobrança do IPTU Progressivo no Tempo,


sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento,
edificação ou utilização, o Poder Executivo Municipal poderá proceder à
desapropriação do imóvel com pagamento em títulos da dívida pública, [S2] Comentário: Artigo 8° do Estat
da Cidade
conforme estabelece a Lei Federal n° 10.257, de 10 de julho de 2001.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA

CAPÍTULO VI
DA DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO EM TÍTULOS PARA FINS DE
REFORMA URBANA

Art. 81. Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo no tempo sem que o
proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o
Poder Executivo Municipal poderá proceder à desapropriação do imóvel para fins de
reforma urbana, com pagamento em títulos da dívida pública.

§ 1° O valor real da indenização:

I - refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante


incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Executivo Municipal
na área onde o mesmo se localiza após a notificação de que trata o § 2º do
artigo 79 desta Lei;
II - não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros
compensatórios.

§ 2° O Poder Executivo Municipal procederá ao adequado aproveitamento do


imóvel no prazo máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação
ao patrimônio público.

CAPÍTULO VII
DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 82. O Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV será exigido para aprovação de
licenças para construção, ampliação ou funcionamento de empreendimentos ou
atividades privados ou públicos localizados na Zona Urbana e que se enquadrem no
Nível II do Anexo 11 desta Lei.

§ 1° A análise técnica do Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV caberá ao Órgão


Gestor Municipal responsável pela expedição dos Alvarás de Obras e de
Localização sendo, posteriormente, aprovado pelo Conselho Municipal da
Cidade.

§ 2° Caberá ao Conselho Municipal da Cidade a decisão da exigência da


elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV para aqueles
empreendimentos que não estiverem descritos no Anexo 11 desta Lei.

Art. 83. O Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV será executado de forma a


mensurar, simular cenários e qualificar os impactos positivos e negativos do

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na
área e suas proximidades e deverá conter:

I - definição dos limites geográficos da área afetada pelo empreendimento a ser


instalado;
II - diagnóstico da área de influência do empreendimento de modo a caracterizar a
situação antes de sua implantação;
III - identificação e avaliação sistemática dos efeitos positivos e negativos
associados à sua instalação;
IV - identificação dos planos, programas e projetos governamentais existentes,
propostos e em implantação na área de influência do empreendimento, e sua
compatibilidade com este;
V - proposição de medidas compensatórias dos efeitos negativos associados ao
empreendimento explicitando seus custos estimados e os responsáveis pela
implementação das mesmas;
VI - conclusão sobre a viabilidade do empreendimento sobre todos os aspectos
exigidos no artigo 84;

Art. 84. Observado o disposto no artigo anterior, o Estudo de Impacto de Vizinhança -


EIV deverá considerar a análise, no mínimo, dos seguintes aspectos:

I - adensamento populacional;
II - compatibilidade com serviços públicos e infraestrutura;
III - adequação às normas de uso e ocupação do solo;
IV - aspectos de valorização imobiliária;
V - geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI - ventilação e iluminação;
VII - paisagem urbana;
VIII - patrimônio natural, histórico e cultural;
IX - poluição sonora e atmosférica;
X - efluentes líquidos e resíduos sólidos;
XI - riscos à segurança, à saúde e à vida da população.

Art. 85. Com base na análise do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV apresentado,
cabe ao Poder Executivo Municipal exigir a implementação de medidas atenuadoras ou
compensatórias, relativas aos impactos decorrentes da implantação da atividade ou
empreendimento, como condição para expedição da licença ou autorização solicitada.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
Parágrafo Único. As medidas compensatórias previstas serão,
obrigatoriamente, implementadas às expensas do empreendedor, sob pena de
cassação das licenças e autorizações a cargo do Poder Executivo Municipal.

Art. 86. Durante a elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV será


assegurada a participação das comunidades atingidas pelo empreendimento, através
de Audiência Pública, que será convocada para exame do projeto.

Art. 87. Os documentos integrantes do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV ficarão


disponíveis para consulta no Órgão Gestor Municipal responsável pela expedição dos
Alvarás de Obras e de Localização, a quaisquer interessados.

Art. 88. A elaboração do EIV não substitui a exigência do Estudo de Impacto


Ambiental - EIA, estabelecida na legislação ambiental específica.

TÍTULO VII
DAS POLÍTICAS SETORIAIS

Art. 89. Para consecução dos objetivos do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
do Município de Glória serão estabelecidas as seguintes políticas setoriais:

I - Habitação de Interesse Social;


II - Meio Ambiente;
III - Saneamento Ambiental;
IV - Mobilidade;
V - Educação;
VI - Saúde;
VII - Assistência Social;
VIII - Esporte e Lazer;
IX - Desenvolvimento Econômico;
X - Patrimônio Histórico Cultural.

CAPÍTULO I
DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Art. 90. A Política Municipal de Habitação de Interesse Social de Glória deverá ser
implementada pelo Órgão Gestor Municipal de Habitação com a participação do
Conselho Municipal de Habitação de Interesse Social e tem como diretrizes:
Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA
CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
I - controle e erradicação do déficit habitacional urbano, garantindo o acesso da
população aos programas habitacionais;
II - promoção de melhorias habitacionais, prioritariamente nos domicílios situados
nos assentamentos precários; com possibilidade de fornecimento de cestas
básicas de materiais de construção para famílias de baixa renda;
III - incentivo ao desenvolvimento de programas habitacionais, mediante
intervenções graduais, que permitam maximizar os benefícios da aplicação
dos recursos públicos e o emprego direto do maior número de habitantes
desses assentamentos na realização de obras;
IV - erradicação dos domicílios construídos em taipa na zona rural;
V - garantia do acesso ao crédito para construção de casas às populações
residentes nos povoados da zona rural.

Parágrafo Único. Consideram-se famílias de baixa renda aquelas com


renda mensal de até 3 (três) salários mínimos, residentes em áreas urbanas ou
rurais.

Art. 91. O Poder Executivo Municipal deverá elaborar o Plano Local de Habitação de
Interesse Social – PLHIS, com a participação do Conselho Municipal de Habitação de
Interesse Social, no prazo de 01 (um) ano, a partir da vigência desta Lei.

CAPITULO II
DO MEIO AMBIENTE

Art. 92. A Política Municipal de Meio Ambiente de Glória deverá ser implementada
pelo Órgão Gestor Municipal de Meio Ambiente com a participação do Conselho
Municipal de Meio Ambiente e tem como diretrizes:

I - garantia do direito de preservação do ecossistema;


II - promoção de programas permanentes de Educação Ambiental, de modo a
alcançar a participação de toda população;
III - controle sobre o uso de recursos naturais;
IV - controle sobre uso de agroquímicos;
V - proteção e preservação dos rios intermitentes;
VI - desenvolvimento de programas de recuperação da mata ciliar;
VII - proteção das áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanentes –
APP´s;
VIII - elaboração de Plano Anual de Trabalho para fiscalização ambiental;

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
IX - formação de parcerias junto aos órgãos de fiscalização e proteção ambiental.

Art. 93. O Poder Executivo Municipal deverá definir, através de Lei específica,
percentual para repasse obrigatório de recursos do Fundo de Participação do Município
– FPM a ser destinado ao Fundo Municipal de Meio Ambiente – FUMEIA.

Art. 94. São consideradas Áreas de Preservação Permanente – APP no Município de


Glória aquelas assim classificadas pela legislação federal e estadual existentes:

I - faixa de terra com largura mínima de 30 (trinta) metros na zona rural e de 15


(quinze) metros na zona urbana, medida a partir do nível máximo d´água, ao
longo das margens dos Lagos Moxotó e Itaparica;
II - faixa de terra com largura mínima de 30 (trinta) metros, a partir da borda da
calha do leito regular dos rios intermitentes;
III - faixa de terra com raio mínimo de 50 (cinquenta) metros nas nascentes, ainda
que intermitentes e nos chamados “olhos d´água”, qualquer que seja a sua
situação topográfica;
IV - faixa de terra com largura mínima de 100 (cem) metros em projeção horizontal,
nas bordas dos tabuleiros e chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo;
V - topo de morros e serras, conforme legislação federal.

Art. 95. As Áreas de Preservação Permanente – APP ao longo dos Lagos Moxotó e
Itaparica deverão ser reflorestadas.

Art. 96. As Áreas de Preservação Permanente – APP deverão receber ações e


programas socioambientais, como Educação Ambiental, e recuperação de áreas
degradadas.

CAPÍTULO III
DO SANEAMENTO AMBIENTAL

Art. 97. A Política Municipal de Saneamento Ambiental de Glória deverá ser


implementada nos termos da Lei Federal n° 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que
estabelece as Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico, e sua regulamentação
pelo Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010, pelo Órgão Gestor Municipal de
Saneamento Ambiental com a participação do Conselho Municipal da Cidade e tem
como diretrizes:

I - garantia dos serviços de saneamento ambiental a todo o território municipal;


II - ampliação das medidas de saneamento básico para as áreas deficitárias, por
meio de gestão conjunta com empresa concessionária de água e esgoto ou
com instituições responsáveis pelo abastecimento de água, para

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
complementação e/ou ativação das redes de distribuição de água e
implementação de redes de coleta e tratamento de esgotos;
III - elaboração de Estudos de Pré-Viabilidade Técnico-Econômica para
implantação de sistemas de abastecimento de água domiciliar em todo
município, priorizando os povoados Lagoa do Negro e Brejo do Burgo;
IV - perfuração de poços profundos e instalação de sistemas simplificados de
abastecimento de água para as comunidades distantes do eixo das adutoras
com o objetivo de eliminação do fornecimento de água através de carros-pipa;
V - garantia de oferta de água para consumo humano e outros usos domésticos,
em quantidade suficiente para atender as necessidades familiares básicas e
de qualidade compatível com os padrões de potabilidade;
VI - implantação completa dos sistemas de esgotamento sanitário com coleta,
tratamento e disposição final dos esgotos e águas servidas de toda sede
municipal e povoados localizados na borda do lago Moxotó;
VII - elaboração de Estudos de Pré-Viabilidade Técnico-Econômica para
implantação de sistemas de esgotamento sanitário nas agrovilas e nos
povoados;
VIII - constituição de frota de caminhões limpa-fossa para atendimento de povoados
e agrovilas que só dispõem de fossas e sumidouros, com disposição final em
Estação de Tratamento de Esgotos;
IX - elaboração de projetos técnicos de sistema de drenagem para escoamento
das águas pluviais na sede municipal e no povoado Quixaba, previamente à
pavimentação, de modo a minimizar ou eliminar a ocorrência de alagamentos;
X - implementação do sistema municipal de gestão de resíduos sólidos,
garantindo a ampliação e regularidade da coleta, tratamento e disposição de
lixo e dos resíduos sólidos da sede municipal, das agrovilas e dos povoados;
XI - implementação de programas continuados que estimulem e apoiem iniciativas,
com a ajuda da população, para a diminuição da quantidade de lixo, mediante
pré-seleção, reciclagem e reutilização dos resíduos sólidos;
XII - exigência de limpeza e cercamento de glebas e/ou lotes urbanos vazios, bem
como disciplina e fiscalização de colocação de lixo e outros resíduos líquidos
ou sólidos em áreas públicas e em toda a margem dos lagos Moxotó e
Itaparica;
XIII - garantia de dotações orçamentárias necessárias para os serviços de
manutenção e conservação das atividades de saneamento ambiental.

Art. 98. Fica definida como faixa de reserva sanitária, a faixa non aedificandi de 3,0
(três) metros de cada lado, ao longo das redes de esgoto, a partir do eixo projetado.

Art. 99. O Poder Executivo Municipal poderá celebrar convênios com outras
Prefeituras Municipais, sobretudo com o Município de Paulo Afonso, visando à

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
cooperação técnica e ao apoio logístico nos serviços afetos à disposição final dos
resíduos sólidos.

Art. 100. O Poder Executivo Municipal, titular dos serviços públicos de saneamento,
poderá delegar a organização, a fiscalização e a prestação desses serviços, nos
termos da Lei Federal no 11.107, de 6 de abril de 2005.

Art. 101. Os serviços públicos de saneamento ambiental terão sustentabilidade


econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração que
permita recuperação dos custos dos serviços prestados em regime de eficiência, sob
forma de tarifas e outros preços públicos ou na forma de tributos, inclusive taxas,
conforme o caso.

Art. 102. O Poder Executivo Municipal deverá elaborar o Plano Municipal de


Saneamento Básico e o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos,
com a participação do Conselho Municipal da Cidade no prazo de 01 (um) ano, a partir
da vigência desta Lei.

CAPÍTULO IV
DA MOBILIDADE

Art. 103. A Política Municipal de Mobilidade tem como objetivo o acesso universal à
cidade, organizando o deslocamento de pessoas e cargas, a circulação de pedestres e
veículos, motorizados ou não, e a melhoria da acessibilidade, e assegurando em todo o
município o direito de ir e vir por intermédio da gestão integrada do Sistema Viário, do
Sistema de Circulação e Trânsito e do Sistema de Transporte.

Art. 104. A Política Municipal de Mobilidade de Glória deverá ser implementada pelo
Órgão Gestor Municipal de Mobilidade, por intermédio da gestão integrada do Sistema
Viário, do Sistema de Circulação e Trânsito e do Sistema de Transporte, com a
participação do Conselho Municipal da Cidade.

Art. 105. Constituem diretrizes do Sistema Viário:

I - articulação, com a administração pública federal e estadual, do planejamento


de novas rodovias e estradas em todo o município;
II - restauração, melhoria e conservação permanente das rodovias, estradas e
vias municipais;
III - sinalização de trânsito e instalação de placas indicativas dos povoados ao
longo das estradas municipais;
IV - incentivo ao transporte aquaviário e sua articulação com o sistema viário
terrestre, tendo em vista a mobilidade e atração do turismo sobre as águas dos
lagos de Itaparica e Moxotó;

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
V - definição de um sistema viário que tenha condições de dar suporte à
implementação de um sistema adequado de transporte urbano de passageiros;
VI - implantação de vias com uso prioritário para ciclistas na Zona de Adensamento
Preferencial - ZAP na sede municipal e no povoado Quixaba, incluindo
bicicletários em pontos estratégicos;
VII - prioridade de pavimentação das avenidas e ruas da sede municipal, do
povoado Quixaba e agrovilas;
VIII - prioridade de pavimentação de vias de maior declividade para evitar a erosão;
IX - padronização de projetos de iluminação pública, contribuindo para a
diferenciação da hierarquia das vias;
X - adequada sinalização de trânsito das vias públicas, bem como identificação
das avenidas e ruas;
XI - garantia de dotações orçamentárias necessárias para os serviços de
manutenção e conservação do sistema viário.

Parágrafo Único. A Hierarquização do Sistema Viário Urbano e os


Parâmetros de Classificação do Sistema Viário estão definidos, de acordo com os
tipos de vias e suas funções principais, nos Anexos 12 e 13 desta Lei.

Art. 106. Ficam definidas as seguintes faixas non aedificandi no sistema viário:

I - nas rodovias municipais, 15m (quinze metros) para cada lado a partir do seu
eixo;
II - nas estradas municipais, 7,5m (sete metros e cinquenta centímetros) para
cada lado a partir do seu eixo;
III - nas estradas vicinais, 5m (cinco metros) para cada lado a partir do seu eixo;
IV - na via de acesso à Sede Municipal, faixa de 25m (vinte e cinco metros) a partir
do seu eixo para o lado norte, destinada à sua duplicação.

Art. 107. Constituem diretrizes do Sistema de Circulação e Trânsito:

I - compatibilização da implantação de novos projetos e a conservação do


sistema viário com o planejamento do município, o crescimento da cidade e o
uso e ocupação do solo;
II - padronização e normatização do sistema viário da sede municipal e dos
povoados, em termos do alinhamento das edificações, largura das calçadas e
regularidade dos passeios, bem como da caixa de rolamento de veículos;
III - adoção de medidas visando ao controle da velocidade dos veículos que
circulam pelas vias principais e pelas vias locais da sede municipal, tendo em
vista a prioridade dos pedestres;

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
IV - controle para o tráfego, principalmente, em datas reservadas para eventos
populares;
V - cooperação conjunta do Poder Executivo Municipal com o Departamento
Estadual de Trânsito e a Polícia Militar para a fiscalização do trânsito
municipal;
VI - difusão das normas do Código Nacional de Trânsito para a população do
município;
VII - promoção de programas de segurança e educação para o trânsito nas escolas
municipais, especialmente para crianças e adolescentes.
VIII - arborização das vias públicas efetuada a partir de projeto de paisagismo, com
consulta à empresa concessionária responsável pela instalação e manutenção
de serviços públicos.

Art. 108. Constituem diretrizes do Sistema de Transportes:

I - priorização do sistema viário do município aos serviços de transporte coletivo e


sua regulamentação, em relação ao transporte individual motorizado, com
vistas a fortalecer seu caráter de serviço essencial;
II - promoção da mobilidade e acessibilidade, facilitando o deslocamento no
município, através de vias, calçadas, ciclovias ou ruas exclusivas de
pedestres, com segurança, autonomia e conforto, especialmente aos que têm
dificuldade de locomoção;
III - estímulo à utilização de veículos de menor porte, como micro-ônibus e vans,
mais adaptados às vias públicas existentes;
IV - definição de restrições de tonelagem para os veículos de transporte de carga,
nas avenidas e ruas da sede municipal e povoado Quixaba;
V - regulação da circulação de caminhões e veículos de mercadorias para carga e
descarga na sede municipal e povoado Quixaba;
VI - planejamento para implantação de pontos de ônibus nos povoados e agrovilas;
VII - planejamento para implantação de um terminal intermunicipal rodoviário de
passageiros com estrutura física de integração com terminal de transporte
coletivo urbano;
VIII - planejamento para implantação de um Terminal Hidroviário multiuso.

Parágrafo Único. O Poder Executivo Municipal deverá elaborar o Plano


Municipal de Mobilidade Urbana, até 03/01/2015, de acordo com a determinação
contida na Política Nacional de Mobilidade Urbana.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA

CAPÍTULO V
DA EDUCAÇÃO

Art. 109. A Política Municipal de Educação de Glória deverá ser implementada pelo
Órgão Gestor Municipal de Educação com a participação do Conselho Municipal de
Educação e tem como diretrizes:

I - universalização do atendimento escolar básico, com garantia de acesso e de


oportunidades iguais a toda população;
II - melhoria contínua da qualidade de ensino avaliada pelo Índice de
Desenvolvimento de Educação Básica - IDEB;
III - avaliação contínua do rendimento do ensino da rede municipal;
IV - combate à evasão escolar e à erradicação do analfabetismo;
V - gestão democrática das escolas;
VI - capacitação e formação continuada de gestores da administração escolar, de
coordenadores, professores e de outros profissionais envolvidos;
VII - definição do quadro de professores para o pleno atendimento da rede
municipal e dos planos de trabalho, da carga horária, do aproveitamento do
aluno no processo de ensino-aprendizagem e da recuperação dos alunos de
menor rendimento;
VIII - aperfeiçoamento do corpo docente para a prática pedagógica e de
especialização para aquisição de conhecimentos específicos da realidade
municipal;
IX - manutenção e melhoria contínua das instalações e edificações das escolas
municipais;
X - integração da rede física escolar pública municipal e estadual;
XI - distribuição espacial de recursos, serviços e ações nas unidades escolares
conforme critérios de densidade, faixa etária de alunos e número de docentes
de acordo com as necessidades das escolas;
XII - regularidade no transporte escolar e na merenda escolar;
XIII - garantia de dotações orçamentárias necessárias para os serviços de
manutenção e conservação da rede escolar.

Parágrafo Único. O Poder Executivo Municipal deverá elaborar o Plano


Municipal de Educação, através do Órgão Gestor Municipal de Educação, com a
participação do Conselho Municipal de Educação, no prazo de 01 (um) ano, a partir
da vigência desta Lei.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA

CAPÍTULO VI
DA SAÚDE

Art. 110. A Política Municipal de Saúde de Glória deverá ser implementada pelo Órgão
Gestor Municipal de Saúde com a participação do Conselho Municipal de Saúde e tem
como diretrizes:

I - consolidação da gestão plena do Sistema Único de Saúde – SUS;


II - descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços de saúde;
III - distribuição espacial de recursos, serviços e ações, conforme critérios de
contingente populacional e demanda;
IV - ampliação das Equipes de Saúde da Família apoiadas nas Unidades de Saúde
da Família;
V - ampliação e melhoria contínua das instalações e edificações dos serviços de
saúde;
VI - promoção, prioritariamente, da prestação de serviços de saúde de nível básico
e de prevenção de epidemias e endemias;
VII - garantia de acesso da população aos serviços médicos, odontológicos,
enfermagem e fisioterapia de qualidade;
VIII - estímulo e promoção da gestão do conhecimento, capacitação, treinamento e
qualificação dos profissionais em saúde;
IX - melhoria contínua dos serviços da Central Municipal de Regulação;
X - acesso, principalmente da população rural, aos serviços emergenciais de
saúde, inclusive parto, mediante disponibilidade de ambulâncias e transporte
eficientes;
XI - aumento da capacidade de atendimento da população, mediante aquisição de
veículos exclusivos para transporte de pacientes do Tratamento Fora do
Domicílio - TFD;
XII - ações estratégicas de prevenção, promoção, proteção e de atenção à mulher,
à gestante, à criança, ao adolescente, ao jovem, ao adulto, ao idoso e ao
portador de necessidades especiais, através do Núcleo de Apoio à Saúde da
Família - NASF e das Equipes de Saúde da Família;
XIII - melhoria constante dos indicadores de saúde, com redução dos principais
agravos, danos e riscos à saúde da população, incluindo ações da Vigilância
Sanitária;
XIV - garantia de dotações orçamentárias necessárias para os serviços de
manutenção e conservação do sistema de saúde;
XV - implantação da rede Centro de Apoio Psicossocial – CAPS;
Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA
CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
XVI - implementação de exames laboratoriais adicionais, com capacitação de
profissionais, suprindo a demanda da Central Municipal de Regulação.

Parágrafo Único. O Poder Executivo Municipal deverá elaborar o Plano


Municipal de Saúde, através do Órgão Gestor Municipal de Saúde, com a
participação do Conselho Municipal de Saúde, no prazo de 01 (um) ano, a partir da
vigência desta Lei.

CAPÍTULO VII
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 111. A Política Municipal de Assistência Social deverá ser executada e


implementada pelo Órgão Gestor Municipal de Assistência Social com a participação
do Conselho Municipal de Assistência Social, em conformidade com a Lei nº
12.435/2011, que dispõe sobre a Política Nacional; a Norma Operacional Básica de
Recursos Humanos (NOB/RH 2005 e suas alterações) e o SUAS Sistema Único de
Assistência Social; e tem como diretrizes:

I - ampliação da rede de atendimento das políticas sociais voltadas para a


redução dos níveis de pobreza em todo o município;
II - garantia de equidade no atendimento à população das zonas urbana e rural;
III - atendimento aos diversos segmentos da sociedade, com destaque para
portadores de necessidade especiais, crianças, adolescentes, jovens,
mulheres e idosos;
IV - ampliação e melhoria contínua das instalações e edificações dos serviços de
assistência social;
V - implantação de serviços sociais em áreas de vulnerabilidade localizadas na
zona rural;
VI - implementação de políticas sociais que contemplam famílias e/ou indivíduos
em vulnerabilidade social, em parceria com os governos estadual e federal;
VII - ampliação de atividades que promovam a geração de ocupação e renda;
VIII - garantia de dotações orçamentárias necessárias para os serviços de
manutenção e conservação do sistema de assistência social;
IX - manutenção e atualização do Cadastro Único para Programas Sociais do
Governo Federal (Cadastro Único).

CAPÍTULO VIII
DO ESPORTE E LAZER

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
Art. 112. A Política Municipal de Esporte e Lazer de Glória deverá ser implementada
pelo Órgão Gestor Municipal de Esporte com a participação do Conselho Municipal da
Cidade e tem como diretrizes:

I - desenvolvimento da cultura esportiva e de lazer junto à população, com


práticas cotidianas baseadas em valores de integração do homem com a
natureza e de sua identificação com a cidade;
II - garantia de condições de lazer, de atividades físicas e de acesso aos
equipamentos públicos esportivos e às suas práticas esportivas, a toda
população;
III - melhoria da qualidade de vida e do bem-estar para todas as faixas etárias;
IV - incentivo à prática de esportes das diversas modalidades na rede escolar
municipal;
V - uso das atividades esportivas para educação, resocialização e apoio a jovens
em situação de vulnerabilidade social;
VI - ampliação da rede municipal de equipamentos públicos para o esporte, lazer e
atividades físicas, conforme as necessidades atuais e projetadas;
VII - planejamento e apoio de programas e eventos específicos de esporte e lazer
como fator de promoção social e de integração da população da sede
municipal, dos povoados e agrovilas;
VIII - programação e intensificação do uso das instalações da Praça da Juventude,
da ciclovia, do Estádio Municipal e das quadras poliesportivas em todo o
município com torneios, competições, atividades esportivas amadoras ou com
apresentações culturais e de lazer;
IX - aproveitamento do espelho d’água dos lagos de Moxotó e Itaparica para
promoção de eventos esportivos náuticos, aquáticos ou de natação;
X - garantia de dotações orçamentárias necessárias para os serviços de
manutenção e conservação das instalações de esporte e lazer.

CAPÍTULO IX
DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Art. 113. O Poder Executivo Municipal deverá promover programas e ações que visem
o desenvolvimento econômico, implementadas pelo Órgão Gestor Municipal de
Governo, com a participação do Conselho Municipal da Cidade, atendendo as
seguintes diretrizes:

I - consolidação das cadeias produtivas da aquicultura, apicultura, avicultura,


caprinocultura e fruticultura irrigada;
II - incentivo à agricultura;
Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA
CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
III - fomento à diversificação produtiva com o surgimento de atividades industriais e
de serviços integrados à base produtiva local;
IV - qualificação da mão de obra técnica local e assistência técnica aos micro e
pequenos empresários;
V - incentivo à adoção de tecnologias mais eficientes na produção local;
VI - articulação do Poder Executivo Municipal e do empresariado local e externo;
VII - apoio à formação de associações e cooperativas de atividades de economia
solidária;
VIII - incentivos fiscais e creditícios para as atividades de geração de ocupação e
renda.

Parágrafo Único. O Poder Executivo Municipal deverá elaborar o Plano


Municipal de Desenvolvimento Econômico, com a participação do Conselho
Municipal da Cidade, no prazo de 01 (um) ano, a partir da vigência desta Lei.

Seção I
Do Incentivo ao Turismo

Art. 114. O Poder Executivo Municipal deverá promover programas e ações que visem
o incentivo ao turismo, implementadas pelos Órgãos Gestores Municipais de Cultura e
Turismo, com a participação do Conselho Municipal da Cidade, atendendo às seguintes
diretrizes:

I - implementação e melhoria das instalações voltadas para a atividade turística;


II - valorização do patrimônio histórico cultural, sobretudo as Ruínas do Grupo
Escolar Municipal na Velha Glória;
III - fomento à criação de parcerias público-privadas para o desenvolvimento das
atividades turísticas;
IV - incentivo ao desenvolvimento do turismo náutico;
V - incentivo e divulgação das atividades turísticas, bem como eventos e
manifestações culturais;
VI - qualificação da mão de obra local;
VII - divulgação do calendário oficial do município.

Parágrafo Único. O Poder Executivo Municipal deverá elaborar o


Programa de Incentivo ao Turismo, com a participação do Conselho Municipal da
Cidade, no prazo máximo de 2 (dois) anos, a partir da vigência desta Lei.

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA

CAPÍTULO X
DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL

Art. 115. O Poder Executivo Municipal deverá promover programas e ações que visem
à preservação do patrimônio histórico cultural, implementados pelo Órgão Gestor
Municipal de Cultura, com a participação do Conselho Municipal da Cidade, atendendo
as seguintes diretrizes:

I - compatibilização do desenvolvimento econômico e social com a preservação


do patrimônio histórico e cultural;
II - valorização, conservação e restauração do patrimônio arquitetônico, em
especial àquelas edificações situadas nas Áreas Especiais de Interesse
Histórico e Cultural - AEIHC;
III - promoção e execução de projetos de recuperação e preservação e
conservação do patrimônio histórico e cultural, diretamente ou em parceria
com a iniciativa privada;
IV - elaboração e atualização do cadastro dos bens de interesse cultural, histórico
e/ou arquitetônico, estimulando sua preservação através de políticas,
programas e projetos específicos;
V - participação da população na formulação de programas de preservação do
patrimônio histórico cultural e arquitetônico;
VI - promoção de programas educacionais com inserção da população na defesa e
preservação;
VII - implantação de um centro cultural com espaço para manifestações culturais;
VIII - construção do Museu Histórico de Glória;
IX - promoção e divulgação do artesanato e culinária;
X - proteção dos sítios de valor histórico e cultural, sobretudo aqueles localizados
nas terras indígenas.

Art. 116. O Poder Executivo Municipal deverá elaborar o Programa de Valorização do


Patrimônio Histórico Cultural, com a participação do Conselho Municipal da Cidade, no
prazo máximo de 2 (dois) anos, a partir da vigência desta Lei.

TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 117. O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município de Glória deverá


ser revisto pelo Órgão Gestor Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos,
Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA
CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
consultando-se o Conselho Municipal da Cidade, em período não superior a 10 (dez)
anos, a ser aprovado pela Câmara Municipal.

Art. 118. São partes integrantes desta Lei os seguintes anexos:

I - Anexo 1: Definições;
II - Anexo 2: Macrozoneamento Municipal;
III - Anexo 3: Perímetro Urbano;
IV - Anexo 4: Zoneamento Urbano;
V - Anexo 5: Áreas Especiais de Interesse Social – AEIS;
VI - Anexo 6: Áreas Especiais de Interesse Ambiental – AEIA;
VII - Anexo 7: Áreas Especiais de Interesse Econômico – AEIE;
VIII - Anexo 8: Áreas Especiais de Interesse Histórico e Cultural – AEIHC;
IX - Anexo 9: Áreas Especiais de Interesse Paisagístico e Urbanístico – AEIPU;
X - Anexo 10: Índices Urbanísticos;
XI - Anexo 11: Usos Incômodos;
XII - Anexo 12: Hierarquização do Sistema Viário Urbano;
XIII - Anexo 13: Parâmetros de Classificação do Sistema Viário;
XIV - Anexo 14: Delimitação das áreas.

Art. 119. Serão elaboradas e/ou revistas pelo Poder Executivo Municipal as seguintes
legislações, planos e programas municipais:

I - Lei de Organização Administrativa;


II - Código Municipal de Obras e Urbanismo;
III - Código Municipal de Posturas;
IV - Código Municipal de Defesa do Meio Ambiente;
V - Código Municipal Tributário e de Rendas;
VI - Plano Local de Habitação de Interesse Social;
VII - Plano Municipal de Saneamento Básico;
VIII - Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;
IX - Plano Municipal de Mobilidade Urbana;
X - Plano Municipal de Educação;
XI - Plano Municipal de Saúde;
XII - Plano Municipal de Desenvolvimento Econômico;
Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA
CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148
PREFEITURA MUNICIPAL DE GLÓRIA
ESTADO DA BAHIA
XIII - Programa de Incentivo ao Turismo;
XIV - Programa de Valorização do Patrimônio Histórico Cultural;
XV - Programa de Arborização Urbana.

Parágrafo Único. O Poder Executivo Municipal deverá elaborar ou


revisar os referidos Códigos Municipais citados nesse artigo, no prazo de 01 (um)
ano a partir da vigência desta Lei.

Art. 120. Permanece em vigor a legislação existente no Município, naquilo que não
contrariar esta Lei, até que outras que a regulamentem sejam aprovadas.

Art. 121. O Poder Executivo Municipal deverá promover, no prazo de 30 (trintas) dias, a
publicação da consolidação de toda a legislação vigente, disponibilizada ao público via
internet.

Art. 122. O Poder Executivo Municipal deverá promover a elaboração de cartilhas


educativas sobre as normas estabelecidas nesta Lei, a serem distribuídas entre a
sociedade civil e a população.

Art. 123. Os usos instalados até a data de publicação desta Lei serão considerados
conformes, desde que estejam devidamente autorizados pelos Órgãos Gestores
Municipais responsáveis.

Art. 124. Os casos omissos nesta Lei serão remetidos à apreciação dos membros do
Conselho Municipal da Cidade para emissão de parecer acerca do assunto.

Art. 125. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.

GABINETE DA PREFEITA MUNICIPAL DE GLÓRIA, ESTADO DA BAHIA,


em 19 de dezembro de 2013.

ENA VILMA PEREIRA DE SOUZA NEGROMONTE


Prefeita Municipal

Av. Presidente Geisel, 48 – Glória – BA


CEP: 48.610-970 – CNPJ Nº 14.217.335/0001-70
Fone: (75) 3656-2139/ 3656-2148

Você também pode gostar