Apostila de SOQUETAGEM
Apostila de SOQUETAGEM
Apostila de SOQUETAGEM
Soquetagem em cabos
de aço
LUIZ
[Escolha a data]
APRESENTAÇÃO EMPRESA:
Diante das novas descobertas dos blocos petrolíferos no Brasil, o pais conquistou visibilidade
internacional e tem atraído investimentos internos e externos expressivos. Desde 2003, o Governo
Federal vem implementando uma política de Conteúdo Local no setor de petróleo e gás natural
com o objetivo de ampliar a participação da indústria nacional no fornecimento de bens e serviços,
em bases competitivas e sustentáveis, a fim de traduzir os investimentos do setor em geração de
emprego e renda para o país. Conteúdo Local significa a parcela de participação da indústria
nacional no fornecimento de bens e serviços para um determinado empreendimento, desta
forma,quando uma plataforma ou refinaria, por exemplo, possui um alto índice de conteúdo local,
significa que os bens e serviços utilizados em sua construção são, em grande parte, de origem
nacional, e não importados. Desde a criação do Programa, ainda em 2003, a participação da
indústria nacional nos investimentos do setor aumentou de 57% em 2003 para 75% no primeiro
semestre de 2009, o que representa um expressivo valor adicional de 14,2 bilhões de dólares de
bens e serviços contratados no mercado nacional, e a geração de 640 mil postos de trabalho
neste período.
Ao passo que a demanda por produtos e serviços no Brasil aumentou, a necessidade por
profissionais extremamente qualificados seguiu o mesmo caminho.
A Highbras tem o prazer de participar deste processo reciclando e qualificando profissionais do
setor. A ampla experiência no mercado aliada a nossa metodologia de ensino contribuirão para o
seu desenvolvimento e crescimento profissional.
Parabéns por escolher um de nossos treinamentos. Temos a certeza que nosso material
personalizado atenderá suas necessidades e expectativas e o qualificará a enfrentar os desafios
do dia a dia com mais segurança e habilidade.
Highbras, qualificando profissionais para os desafios do Brasil.
OBJETIVO:
- Melhorar o desempenho na manutenção, inspeção e operação de guindastes;
- Fornecer conhecimento sobre as normas de aplicação à guindaste, avaliação de cabos de aço,
para que seja determinado a integridade destes componentes.
- Aperfeiçoar o conhecimento de hidráulica voltada para guindastes e conhecimento dos princípios
de funcionamento para uma melhor aplicação de suas atribuições.
Além da fadiga, os cabos de aço também podem estar submetidos a outros tipos de solicitações,
tão severos, que seus efeitos devam ser considerados como prioridade em relação a fadiga.
A abrasão anormal pode ocorrer durante o enrolamento do cabo no tambor, quando modo de
acomodação do cabo assim o permite, ou quando da passagem do cabo por uma polia
desalinhada. Já a corrosão, pode ocorrer externamente devido a manutenção deficiente ou
intermitente, que é o caso mais grave, iniciada também pela manutenção deficiente e/ ou pela
deposição de compostos de enxofre presentes em produtos utilizados para limpeza externa do
cabo.
Por tudo isso, a monitoração das condições físicas dos cabos em serviço, através de métodos
adequados, é fator fundamental para a manutenção de condições operacionais seguras.
Ao retirar cabos de aço da bobina ou do tambor, deve-se tomar cuidado para que o mesmo não
seja torcido ou distorcido, a fim de se evitar danos quanto a acomodação dos arames e
consequentemente dobras.
Antes de instalar o cabo, deve-se observar se as ranhuras no tambor (quando houver) são
apropriadas ao seu diâmetro. Também se deve tomar cuidado para que o cabo não seja arrastado
no chão, pois, a poeira poderá unir-se ao produto de lubrificação, ocasionando desgaste maior em
sua vida útil. (Graxa de lubrificação recomendada: GCA-2)
Sabemos que, uma vez que o cabo entra por cima do tambor, ele deve sair por cima da bobina.
Tambor
Bobina
Entretanto, deve-se ter atenção para posição da bobina, pois, uma vez que ela esteja abaixo da
lança, se formos projetá-la para frente (ponta da lança), percebemos que o cabo na verdade
estará saindo por baixo da bobina (foto abaixo).
- Os cabos de lança em alguns casos serão posicionados atrás do guindaste. Contudo, deve
atentar para a forma correta de saída e entrada do cabo da bobina para o tambor.
Nota: Nos casos de guindaste que possuem sistema de desarme automático para os sistemas de
carga e lança (em especial os guindastes hidráulicos com sistemas eletroeletrônicos). Os
desarmes deverão ser by-passados ou desativados, a fim de possibilitar o enrolamento e
desenrolamento do tambor. Tão logo o cabo esteja instalado os referidos desarmes deverão ser
colocados em operação, e caso necessário, regulados.
O cabo de aço de ser escovado, utilizando-se querosene como solvente, e em seguida lubrificado.
Desta forma todo produto de corrosão será removido e o cabo estará protegido das intempéries
climáticas.
Enxofre: S
Água: H2O
A combinação dessas duas substâncias produz um agente nocivo que é o: H2SO4 (ácido
sulfúrico).
Definições
arame
perna
Cabo
alma
vale: Espaço entre as pernas externas individuais. Arames partidos no vale podem indicar a falta
de afastamento entre as pernas.
Lang à direita
Lang à esquerda
torção regular: Designação utilizada para cabos em que o torcimento dos arames da camada
externa da perna tem sentido oposto ao torcimento das pernas no cabo.
Regular à direita
Regular à esquerda
Fabricação:
6 x 19 19 x 7
Denominação Faixa de
tensão
kgf/mm2
E.E.I.P.S – extra extra improved plow steel Acima de 220
E.I.P.S – extra improved plow steel 200 a 220
I.P.S – improved plow steel 180 a 200
P.S. – plow steel 160 a 180
Existem vários tipos de distribuição de fios nas camadas de cada perna do cabo. Os principais
tipos de distribuição que vamos estudar são:
Distribuição normal
A principal função da alma dos cabos de aço é fornecer apoio para as pernas. Elas tornam
possível que o cabo mantenha o formato redondo e que as pernas fiquem posicionadas no lugar
correto durante a operação. A escolha da alma do cabo terá efeito na performance do cabo de aço
em operação. As almas mais comuns são as chamadas almas de fibra. Existem dois tipos de
almas de fibra:
- Alma de fibras sintéticas (polipropileno).
- Alma de fibras naturais (sisal).
Lubrificada de modo conveniente durante o processo de fabricação, a alma de fibra fornece ao
cabo a lubrificação adequada contra o desgaste produzido pelo atrito interno e proteção contra o
ataque dos agentes corrosivos.
Alma de fibra
É o tipo mais utilizado para cargas não muito pesadas. As fibras podem
ser naturais ou artificiais (AF).
A alma de aço pode ser formada por uma perna de cabo (AA) ou por um cabo
de aço independente (AACI), sendo que este último oferece maior flexibilidade
AACI AA
Nos cabos não rotativos as pernas internas são pré-formadas com torção em sentido contrário ao
das pernas externas.
Quando rompido, o arame registra algumas características, através das quais, podemos concluir
as possíveis causas que geraram seu rompimento.
O projeto geral de um guindaste não permite que a vida útil de um cabo fique indefinida. A norma
N-2161 estabelece os parâmetros para determinar a aprovação ou reprovação de um cabo, em
função de sua construção.
Sob condições
ideais e normais
os arames devem
partir em
primeiro lugar na
coroas dos
cordões
A presença de arames partidos nesta área é critica e
o cabo deve ser substituído se houver mais de um
num passo
Arames partidos nos terminais do cabo ou junto a eles, mesmo em pequena quantidade, indicam
níveis elevados de tensão nessa posição e podem ser causados pela fixação incorreta do
acessório. Deve-se investigar a causa dessa deterioração e, onde possível, o terminal deve ser
refeito, encurtando-se o cabo se houver um comprimento suficiente para o seu uso.
Quando os arames partidos estão muito próximos uns dos outros, constituindo um agrupamento
localizado de tais rupturas, o cabo deve ser descartado. Se o agrupamento de tais rupturas
ocorrer em um comprimento menor que 6d ou concentrar-se em uma determinada perna, convém
que o cabo seja descartado, mesmo que o número de arames partidos seja inferior ao valor
máximo indicado nas tabelas A-1 e 2 da norma NBR ISO 4309.
Em um Em um Em um Em um Em um Em um
comprimento comprimento comprimento comprimento comprimento comprimento
de 6d de 30d de 6d de 30d de 6d de 30d
01 n≤ 50 2 4 1 2 4 8
02 51≤ n≤75 3 6 2 3 6 12
04 101≤ n≤120 5 10 2 5 10 20
05 121≤ n≤140 6 11 3 6 12 22
06 141≤ n≤160 6 13 3 6 12 26
07 161≤ n≤180 7 14 4 7 14 28
08 181≤ n≤200 8 16 4 8 16 32
09 201≤ n≤220 9 18 4 9 18 36
10 221≤ n≤240 10 19 5 10 20 38
11 241≤ n≤260 10 21 5 10 20 42
12 261≤ n≤280 11 22 6 11 22 44
13 281≤ n≤300 12 24 6 12 24 48
Nota 1: Cabos com pernas externas com construção Seale (S), onde a quantidade de arames em cada
pernas é 19 ou menos (por exemplo 6 x 19S). A categoria RCN do cabo deve ser considerada na tabela
duas linhas acima do que normalmente seria.
Nota 2: Os valores acima para trecho de cabos enrolados em varias camadas no tambor podem também
ser aplicados em outros trecho de cabo trabalhando em polias feitas exclusivamente de materiais
poliméricos ou que tenham revestimento de material polimérico, em combinação com uma só camada de
cabo enrolada no tambor.
a – Para finalidade desta norma arames Filler (preenchimento) não são considerados arames que
suportam cargas e não são incluídos no valor do n.
c – Os valores se aplicam para a deterioração que ocorre nas zonas de cruzamento e interferência entre
camadas devido aos efeitos do ângulo (e não aqueles trechos de cabo que apenas trabalham nas polias e
não são enrolados no tambor)
d – A quantidade de arames rompidos listados pode ser aplicado em dobro para cabos operando em
mecanismo cuja a classificação é conhecida como sendo M5 a M8. (Ver ISO 4308-1)
Em um Em um Em um Em um
comprimento de comprimento de comprimento de 6d comprimento de
6d 30d 30d
21 4 pernas n≤100 2 4 2 4
3 ou 4 pernas 2 4 4 8
n≥100
Pelo menos 11
pernas externas
24 141≤ n≤160 3 6 6 13
25 161≤ n≤180 4 7 7 14
26 181≤ n≤200 4 8 8 16
27 201≤ n≤220 4 9 9 18
28 221≤ n≤240 5 10 10 19
29 241≤ n≤260 5 10 10 21
30 261≤ n≤280 6 11 11 22
31 281≤ n≤300 6 12 12 24
n > 300 6 12 12 24
Nota 1: Cabos com pernas externas com construção Seale (S), onde a quantidade de arames em cada
pernas é 19 ou menos (por exemplo 18x 19 Seale AA). Estão localizados na tabela duas linhas acima da
linha da qual a construção estaria normalmente colocada, com base no número de arames da camada
externa das pernas.
Nota 2: Os valores acima para trecho de cabos enrolados em varias camadas no tambor podem também
ser aplicados em outros trecho de cabo trabalhando em polias feitas exclusivamente de materiais
a – Para finalidade desta norma arames Filler (preenchimento) não são considerados arames que
suportam cargas e não são incluídos no valor do n.
c – Os valores se aplicam para a deterioração que ocorre nas zonas de cruzamento e interferência entre
camadas devido aos efeitos do ângulo (e não aqueles trechos de cabo que apenas trabalham nas polias
e não são enrolados no tambor)
Notas:
2) Os valores acima correspondem a cerca de 8 % de redução da seção reta metálica dos cabos
(arames distribuídos) e 3 % para os arames grupados. Estes valores não são válidos para os
cabos não rotativos.
Ruptura de pernas
Se esses fatores causarem a redução do diâmetro do cabo (a média entre duas medições de
diâmetro perpendiculares entre si) em 3% do diâmetro nominal do cabo para cabos resistentes à
rotação, ou 10% para outros cabos, os cabos deverão ser descartados mesmo se não houver
arames partidos visíveis.
NOTA - Os cabos novos podem apresentar um diâmetro real maior que o diâmetro nominal, de
modo que o desgaste admissível assim seja maior. Uma pequena deterioração da alma pode não
ser percebida através da inspeção normal, especialmente se as tensões no cabo estiverem bem
balanceadas em todas as pernas individuais. Contudo, a condição pode reduzir significativamente
a resistência do cabo, de modo que qualquer suspeita de tal deterioração interna seja verificada
pelos procedimentos de inspeção interna. Se tal deterioração for confirmada, o cabo de aço
deverá ser descartado. Deve-se atentar para forma correta de medir o diâmetro dos cabos de aço:
Desgaste externo
a) Corrosão externa - A corrosão dos arames externos pode ser detectada visualmente.
b) Corrosão interna - Essa condição é mais difícil de detectar que a corrosão externa que
freqüentemente a acompanha.
Variação no diâmetro do cabo. Nos pontos em que o cabo dobra nas polias, geralmente ocorre a
redução do diâmetro. Contudo, em cabos estáticos, às vezes ocorre um aumento no diâmetro
devido ao acúmulo de ferrugem sob a camada externa das pernas;
Caso seja confirmada uma corrosão interna grave, o cabo deve ser descartado imediatamente.
Nota: Outro método atualmente usado para avaliar a integridade dos cabos de aço é a inspeção
eletromagnética, utilizado-se a norma N-2566 como referencia.
Inspeção eletromagnética – Ensaio não destrutivo (END) realizado em cabos de aço com a
finalidade de avaliação da integridade interna, sendo normalmente capaz de detectar com
precisão, no próprio local de instalação, a existência de arames rompidos e reduções da área
metálica resistente.
1) Deformação
A destorção visível do cabo da sua torção normal é chamada de “deformação” e pode causar uma
mudança da estrutura original que resultará na distribuição desigual de tensão no cabo.
A distinção entre as seguintes deformações básicas do cabo é feita com base em sua aparência:
Na deformação tipo “saca-rolha” o eixo do cabo assume a forma helicoidal. Apesar de não implicar
em perda de resistência do cabo, esta deformação, se severa, pode transmitir uma oscilação
durante a movimentação do cabo. Após um longo tempo de serviço, este defeito pode implicar em
um aumento de desgaste e ruptura de arames. Quando o valor de x representado na FIGURA é
medido no ponto mais desfavorável for superior a 1/3 do diâmetro nominal do cabo esta região
deve ser monitorada para avaliação de aumento de desgaste e ruptura de arames. Esta
deformação deve ser medida sem carga.
Essa condição se manifesta em cabos com um núcleo (ou alma) de aço quando ocorre um
deslocamento da camada externa das pernas, ou quando a camada externa se torna mais longa
que a camada interna das pernas. Tal condição pode ocorrer em função de um alívio repentino de
tensão. Uma destorção tipo “gaiola de passarinho” é motivo para o descarte imediato.
Nessa condição, certos arames ou grupos de arames se projetam para cima, no lado oposto do
cabo com relação à ranhura da polia, sob a forma de olhais - essa característica geralmente é
causada pelo carregamento abrupto. Uma deformação severa é motivo para o descarte do cabo
7) Achatamentos
Um nó ou olhal apertado é uma deformação causada por um olhal no cabo que foi apertado sem
permitir a rotação em torno do seu eixo. Ocorre o desequilíbrio do comprimento do passo,
causando o desgaste excessivo, e em casos severos o cabo será destorcido de tal forma que
apenas uma pequena parte de sua resistência será mantida.
Os cabos de aço que foram expostos a efeitos térmicos excepcionais, reconhecidos externamente
pelas cores produzidas, devem ser descartados.
O registro preciso de informações pela inspeção ou manutenção pode ser usado para prever o
desempenho de um determinado tipo de cabo em um guindaste. Tais informações são úteis no
controle dos procedimentos de manutenção e no controle do estoque de cabos de reposição.
Extremidade de laço de cabo de aço formada com uma volta do próprio cabo em forma de alça.
Olhal cujo trançado é feito abrindo-se a ponta do cabo em 2 metades, separando-se as pernas, 3
a 3, e curvando-se uma metade para formar um olhal, entrelaçando-se a outra metade, em
seguida, no espaço vazio da primeira, fixado com presilha.
Olhal Dobrado
Extremidade onde o cabo como um todo é dobrado para formar uma alça, sendo sua extremidade
fixada ao corpo do cabo mediante uma presilha de alumínio.
Olhal cujo trançado é feito formando-se um laço e fazendo-se com que as pernas da extremidade
morta entrem por dentro das pernas da extremidade viva, pelo menos, 5 vezes, formando-se os
nós.
Sapatilho
Acessório de cabo de aço, em forma de gota, com seção em meia cana, utilizado para proteção
do olhal do cabo de aço (ver norma ABNT NBR 13544).
Coroa do Sapatilho
Soquete
Terminal de cabo de aço utilizado para fixação, sem necessidade da confecção de olhais.
Soquete Aberto
Soquete aberto
Soquete Fechado
Soquete fechado
O cabo de aço da linga deve ser inspecionado conforme os critérios estabelecidos na norma
ABNT NBR 13543. A linga deve ser substituída quando a quantidade de arames partidos na união
do cabo de aço com o soquete, presilhas ou outros acessórios estiver acima do estabelecido na
tabela abaixo (segundo norma N-2170)
Notas:
2) No caso de lingas com trançado manual ou trançado com nós, deve ser feita inspeção visual no
trançado, de forma a verificar se o número de nós não é inferior a 5.
Inspeção do Olhal
Nota: Caso o olhal tenha sapatilho, devem ser rejeitados se forem detectados 1 ou mais dos
seguintes defeitos:
Devem ser verificadas se as condições de utilização das lingas estão de acordo com as restrições
indicadas para os tipos de olhais empregados, conforme norma ABNT NBR 11900:
d) tipo 4: em operações com cargas suspensas que envolvam riscos humanos ou ocorrências
como as indicadas para o tipo 2.
a) em olhal com trançado flamengo ou dobrado com presilha, verificar a existência de fios
rompidos junto à presilha, rejeitando a linga caso esta quantidade esteja fora dos limites
estabelecidos na TABELA 1; inspecionar quanto à existência de trincas, realizando, se necessário,
o ensaio de líquido penetrante, segundo o procedimento descrito na norma PETROBRAS N-1596,
diante a identificação de trincas a linga deve ser rejeitada;
b) em olhal com trançado manual, verificar a existência de fios rompidos junto ao trançado,
rejeitando a linga caso esta quantidade esteja fora dos limites estabelecidos na TABELA 1 ou o
número de nós no trançado seja menor do que 5;
c) em olhal com grampos verificar a existência e a quantidade de fios partidos junto aos grampos,
dando especial atenção ao grampo mais afastado, rejeitando a linga ou, quando possível,
reposicionar os grampos a 2 m de sua posição original, caso este número esteja fora dos limites
Nota: Deve ser verificado o aperto dos grampos, conforme o estabelecido na norma N-2170.
Figura 3
A linga deve ser rejeitada, caso o número de fios partidos junto ao soquete ultrapassar os valores
fixados na TABELA 1. Rejeitar a linga, quando ocorrerem trincas ou desgastes no corpo (soquete
fechado) ou no pino (soquete aberto) que reduzam em 10 % a sua dimensão original (ver
FIGURA 4).
Soquete de Cunha
A linga deve ser rejeitada ou, quando possível, o soquete deve ser reposicionado para uma
posição localizada a 2 m da original, caso o número de fios partidos junto ao soquete ultrapassar
os valores fixados na TABELA 1. Trocar o soquete ou rejeitar a linga, quando ocorrerem trincas,
desgaste no pino acima de 10 % de seu diâmetro original ou se a cunha estiver soltando do
soquete. Atentar para a montagem correta, ilustrada na FIGURA 5.
Figura 5
Formas erradas
Formas corretas de montagem
Uma vez montado errado o estaria sofrendo tensões não previstas podendo acarretar
sobrecarregamento em um determinado grupo de arames e posteriormente a ruptura dos
mesmos, até que ocorresse a ruptura do próprio cabo.
Figura 6
Certo Errado
Ancoragem do cabo da lança invertida.
Referência
Padrão Normativo
NBR ISO / FDIS 17558 – Steel wire rope - Socketing procedures - Molten metal and Resin
Socketing
Processo de soquetagem
O processo de soquetagem de cabos de aço consiste na fabricação de uma “vassoura”, como é
chamada, com arames das pernas do cabo de aço, introdução desta vassoura no cone interno do
soquete e posterior fixação através de resina de fixação.
Antes de cortar qualquer cabo, ele deverá ser fixado por meio de arame de aço. A fixação deve
ser feita utilizando um arame galvanizado macio. O diâmetro do arame a ser utilizado dependerá
do diâmetro do cabo de aço. Para diâmetros inferiores a 60 mm utilizar arames de até 1 mm de
espessura. Para cabos maiores de 60 mm utilizar arames de 2 mm de espessura. O diagrama
abaixo ilustra o arranjo de fixação tanto para cabos de aço de qualquer construção de pernas.
Corte do cabo
Deve-se prever o corte do cabo nas extremidades com comprimento adequado para o teste de
carga.
Reparação da vassoura
As pernas do cabo e os arames deverão ser completamente desentrelaçados, e os arames
individuais das pernas separados, para formar a “vassoura”, até o início do amarrilho
remanescente.
No caso de alma de aço, os arames devem ser distorcidos tal qual para as outras pernas.
Limpeza
Montagem
A “vassoura” será introduzida no cone do soquete de modo que as extremidades do arame fiquem
até 10 mm para fora do colar do soquete.
O cabo deve ser posicionado de forma que ocorra o alinhamento entre os eixos longitudinais do
soquete e do cabo.
No caso de utilização de soquetes maiores para cabos menores, deve-se prever a confecção de
buchas de acordo com os diâmetros a testar, as quais serão posicionadas no cone do soquete.
Vedação
Após a montagem e a verificação do alinhamento do cabo, a base do cone do soquete será
vedada com argila de fundição, pó de gesso ou massa de vidraceiro para evitar o vazamento do
metal líquido durante o vazamento.
Após a retirada da vedação e completa solidificação da resina, à parte do cabo que foi
parcialmente desengraxada, no início do cone do soquete, deverá ser pintada ou relubrificada.
Verificação
A qualidade da soquetagem poderá ser verificada por uma das seguintes formas:
Verificando se a resina cobriu completamente o espaço anular entre o cabo e a boca do soquete
e, se o soquete está preenchido adequadamente pelo material de soquetagem;
Aplicar a carga de prova de 40% da carga de ruptura mínima efetiva do cabo de aço, e após, o
cabo não poderá mover-se para fora da boca do soquete por mais que 2% do comprimento do
cone do soquete.
IMAGENS