Treinamento Grátis Prime Cursos
Treinamento Grátis Prime Cursos
Treinamento Grátis Prime Cursos
Parte 1 - Introdução
O pintor é quase sempre o profissional da última etapa da construção, o acabamento final.
Para isso, é muito importante que antes de se iniciar o serviço de pintura conhecer a obra em
que irá trabalhar. É importante deixar claro desde já que a pintura protege e decora, mas não
irá eliminar erros e problemas de serviços realizados anteriorermente.
Outro fator crucial em a pintura ser o último serviço antes da entrega da obra, é a necessidade
de cuidar com tudo o que já está pronto, pois a pintura quando executada de forma errada,
além de não proteger, pode estragar ou danificar o que já foi feito até o momento.
Só lendo esta introdução já é possível imaginar a vasta gama de serviços que o profissional
pintor poderá exercer.
Um ponto importante que você já deve ter escutado falar: os profissionais pintores são a 5ª
maior falta de mão de obra especializada no Brasil, ou seja, o mercado precisa de pintores.
*Fonte: GazetaOnline –de 2014
As tintas para exteriores devem proporcionar proteção contra umidade, radiação ultravioleta
(UV), poluentes atmosféricos e crescimento de microorganismos que podem degradar
madeira, alvenaria e mesmo superfícies metálicas.
Vamos detalhar um pouco mais as funções que são exercidas pelas tintas, por exemplo:
- aumento da impermeabilidade, evitando a penetração de água, como no caso de superfícies
de paredes externas, ou de superfícies metálicas ou até na madeira para decks, sacadas, portas
e janelas;
- aumento da lavabilidade (fazer com que a superfície possa ser lavada), como por exemplo
superfícies de paredes internas;
- aumento da reflexão da luz, para diminuir o aquecimento solar, no caso de paredes externas
e também no telhado com tinta específica com cristais de porcelana;
A composição de uma tinta varia em quantidade de acordo com a marca e o tipo da tinta,
porém basicamente é composta de quatro tipos de componentes:
3) O Líquido: serve de meio para juntar o pigmento com o ligante e aplicar a tinta, como a
água, por exemplo;
O pigmento, o ligante e os aditivos são partículas sólidas que formam a película que fica
aderida à superfície e que garantem as funções da tinta. O líquido serve apenas de meio,
evaporando após a aplicação da tinta.
Quanto maior for a quantidade de sólidos na tinta (pigmento e ligante), maior será a espessura
da película, portanto, maior a proteção. Assim, quanto maior é o “teor de sólidos” (termo
técnico para indicar a quantidade de sólidos na tinta), melhor será sua qualidade.
Além da cor, os pigmentos podem influir sobre muitas propriedades importantes da tinta.
Inclusive opacidade, dureza, durabilidade, resistência à abrasão e resistência à corrosão.
O termo “pigmento” é usado para incluir cargas. As cargas são materiais como argila, talco,
mica e sílica, que adicionam volume à tinta sem prejudicar demasiadamente as propriedades e
sem adicionar muito ao custo.
São usadas também como ligantes nas tintas à óleo as resinas naturais, como óleos vegetais de
linhaça, soja entre outros.
O líquido: serve de meio para juntar todos os componentes e aplicar a tinta, pode ser água, no
caso de tintas látex, ou solvente do tipo aguarrás, no caso de tintas óleo ou esmalte.
As características de secagem dos tipos e níveis de líquidos usados na fabricação de uma tinta,
determinam em alto grau, o seu tempo de fluidez e as propriedades de secagem.
Com exceção da água em tintas látex e outras tintas à base de água, os líquidos nas tintas são
solventes.
Solventes são líquidos orgânicos capazes de dissolver alguns materiais orgânicos. Esses líquidos
são compostos orgânicos voláteis.
Nas tintas à base de água (tintas látex) a água é o líquido principal. A água não dissolve o
ligante do látex, mas o mantém em dispersão, assim, a água serve como diluente.
Além da água na formulação de tintas látex, usa-se o solvente denominado coalesconte que,
temporariamente, amolece as partículas do ligante látex para pemitir melhor formação da
película de tinta.
O coalescente evapora na medida em que a tinta seca, permitindo à tinta que desenvolva toda
a sua dureza.
Os aditivos: são produtos que são adicionados às tintas para melhorar algumas propriedades
ou adicionar funções específicas às tintas.
Pela variação das quantidades e tipos de cada componente (pigmento, ligante, solvente e
aditivos) os fabricantes podem criar a vasta gama de tintas que ocupa as prateleiras.
Tintas com 10 a 22% de PVC têm uma relação baixa entre pigmento e ligante. Um PVC assim
baixo geralmente está associado a tintas brilhantes, que resultam numa superfície lisa e
aderem melhor e duram mais do que tintas de alto PVC.
Ao contrário, tintas de PVC mais alto, 45 a 75%, contêm uma relação de pigmento maior em
relação ao ligante e isso conduz a acabamentos muito foscos, superfície áspera, e maior
erosão.
O conceito de PVC é uma das várias ferramentas que o químico formulador usa ao formular
tintas. As propriedades de desempenho, tanto aplicação como resistência, também dependem
muito da qualidade e do tipo de pigmentos e ligante usados na fórmula.
Segue abaixo uma ilustração para entender melhor a composição de cada tipo de tinta
existente:
Aprofundando ainda um pouco mais na composição das tintas é importante saber também o
que significa o ´teor de sólidos´. Ao examinar um rótulo de um galão de tinta ou alguma
especificação da mesma, poderá encontrar descrições como 40% de sólidos.
Os sólidos são os componentes da tinta que permanecem sobre o substrato como película
seca.
Em comparação com uma tinta de baixo teor de sólidos, uma tinta com teor de sólidos mais
alto formará uma película mais espessa, o que resulta em melhor cobertura e proteção do
substrato. Isso é um aspecto importante das tintas de melhor qualidade.
Em um revestimento, os líquidos são geralmente chamados componentes voláteis, e os
sólidos, de componentes não-voláteis. Veja imagem a seguir para entender melhor:
Parte 3 - Os Tipos Mais Comuns de Tintas
Existem duas classificações básicas de tintas:
- as tintas à base de solventes;
- as tintas à base de água.
Essa designação ´à base de´ ajuda a diferenciar os dois tipos de tintas (a porção líquida, ou
veículo da tinta). A porção líquida da tinta à base de solvente geralmente contém destilados de
petróleo (como aguarrás) e a tinta látex contém água.
A pigmentação usada em ambos os tipos de tinta é semelhante, usam dióxido de titânio para o
branco e o poder de cobertura, uma série de pigmentos coloridos e cargas que estendem os
pigmentos primários e proporcionam massa à tinta.
Tintas à base de solventes ou de óleo secam e curam em duas fases: primeiro os solventes
evaporam, deixando apenas os sólidos na superfície do substrato. Ao mesmo tempo, a
segunda fase é iniciada: o ligante à base de óleo ou resina alquídica começa a oxidar ou curar.
Geralmente leva um dia ou mais para a cura proporcionar as propriedades desejadas.
A oxidação do ligante pode continuar indefinidamente, em alguns casos resulta no
amarelamento e em dureza excessiva. Isto pode levar ao cracking (quebra/rachaduras) e ao
descascamento da tinta.
Tintas à base de água geralmente são feitas com ligantes que são dispersões de partículas
sólidas de resina sintética em água. Este tipo de dispersão é chamado látex.
Daí o termo tinta látex. Na medida em que a tinta seca, as partículas de ligante se aproximam
cada vez mais entre si.
Em seguida, unem-se, englobando as partículas de pigmento, e formam um filme contínuo e
resistente, inclusive a água. Isso constitui o processo de formação do filme.
Filme é a maneira como uma tinta seca, forma o filme protetor e desenvolve propriedades que
diferem entre tintas à base de óleo e tintas látex. Isso se deve às diferenças entre os seus
ligantes.
Se a tinta for aplicada a uma temperatura excessivamente baixa, as partículas de ligante
estarão demasiadamente duras para se unirem completamente. E se a tinta for aplicada em
condições que a façam secar depressa demais, as partículas não terão tempo suficiente para
coalescer e formar um filme contínuo e durável.
Evite pintar, se possível, nas seguintes condições que aceleram a secagem:
- com tempo muito quente (acima de 35°C);
- com insolação direta;
- sobre superfícies muito porosas;
- sob condições muito secas e com brisa.
Tinta Látex: Caracterizam-se por conterem como ligante as resinas sintéticas, principalmente
de PVA e acrílica, e a água como líquido. De todos os tipos de tinta, as tintas látex são
atualmente as mais vendidas e utilizadas para pintura de edifícios e residências.
As razões disso devem-se ao fato de apresentarem inúmeras vantagens. Em geral, propiciam
excelente cobertura, isto é, boa proteção e durabilidade. Em relação a outras tintas, como
óleos ou esmaltes, por exemplo, são mais resistentes a alteração de cores e fungos e sua
película mantém a plasticidade durante mais tempo. Por serem diluídas em água, são fáceis de
serem aplicadas e seu tempo de secagem é bem rápido. Não contém também aquele odor
forte como outras tintas que foram diluídas em solventes. As tintas Látex não são inflamáveis.
Como desvantagem, apresentam pouca transpirabilidade, isto é, não deixam a parede
“respirar”, o que pode acarretar bolhas ou descolamentos se houver umidade no interior das
paredes pintadas.
São utilizadas para pintura de tetos e paredes, tanto internas quanto externas, podendo ser
utilizadas em ambientes secos ou úmidos.
Tinta Óleo e Esmalte:Muitos anos atrás eram os principais tipos de tinta utilizados para
pintura de edifícios. Depois, com o surgimento das resinas e das tintas látex, foram perdendo
espaço, mas ainda hoje representam parcela importante do mercado. Os esmaltes utilizam
como ligante as resinas alquídicas, feitas de uma combinação entre resinas sintéticas e óleos
vegetais como linhaça, soja, mamona, girassol, etc.
Isso confere uma grande lisura à película, qualidade esta, muito apreciada e até necessária
para superfícies lisas como madeiras e metais. Possuem também excelente adesão, ou seja,
capacidade de aderência, o que as torna indicadas para pintura de superfícies muito lisas como
as metálicas. Algumas desvantagens é que precisam ser diluídas em solventes, o que faz com
que apresentem odor mais forte, além de as tornar inflamáveis.
Seu tempo de secagem também é maior. Ao longo do tempo sua película pode endurecer e
ficar quebradiça, exigindo manutenções em períodos mais curtos de tempo. São indicadas para
superfícies metálicas e madeiras, tanto internas quanto externas. Dentro desse grupo incluem-
se também os óleos naturais a base de linhaça e outros, indicados para as madeiras, pois
penetram nas mesmas, protegendo-as e dando bom aspecto.
Vernizes:O verniz é uma tinta sem pigmento, contendo somente ligante, líquido e aditivos. A
película resultante de sua aplicação é transparente, deixando visível o material envernizado. O
líquido pode ser água ou solvente. Os aditivos são usados para aumentar a resistência contra
riscos e raios ultravioletas, por causa da falta de pigmento.
Os vernizes são usados principalmente para madeira natural ou tingida, quando se quer deixá-
la aparente. Podem ser aplicados em portas, janelas, assoalhos e móveis, madeiras de forros e
telhados.
As lacas são tipos de vernizes de secagem rápida, diluídos em “thinner”.
São produtos de odor mais forte e também mais inflamáveis, usados para móveis e aplicados
por profissionais mais especializados como os laqueadores.
Todos os vernizes, ao serem preparados, devem ser misturados cuidadosamente para não
formar espuma, o que poderia provocar buracos após a secagem.
Fundos Preparadores e Seladores:São tintas utilizadas como preparação para a aplicação da
pintura final. Isto é feito para se obter um melhor resultado da pintura.
Os fundos são aplicados para melhorar a adesão do acabamento sobre a superfície. Os fundos
servem também para evitar manchas causadas por substâncias da tinta e que podem estragar
a pintura. Isto é importante, por exemplo, em madeiras que mancham, como cedro, mogno e
outras. Os fundos tornam a base mais uniforme, melhorando o acabamento final.
Os seladores têm a finalidade de evitar que a superfície absorva a tinta. São indicados para
superfícies mais porosas e com diferenças de porosidade. Se nesses casos não se usar o
selador, poderá haver uma menor proteção e também diferenças de tonalidade.
Apesar dos benefícios e até da sua necessidade, há uma resistência no uso de fundos e
seladores, em função do aumento do custo, pois como são ricos em ligantes, podem se tornar
relativamente caros. Muitos defeitos de pintura são causados pela falta de aplicação de fundos
e seladores, como será visto na última ocupação (reparador).
Assim como para as tintas, os ligantes dos seladores podem ser à base de resinas de látex ou
óleo e resinas alquídicas.
Há fundos e seladores sem pigmentos, mas a maioria é pigmentada, em cor branca clara.
Isto é feito para melhorar o acabamento e para identificar as áreas onde já foi aplicado.
São indicados para: madeiras novas, gesso novo ou outras superfícies que nunca tenham sido
pintadas; para repintura de superfícies muito irregulares ou muito desgastadas.
Parte 4 - Nesta lição iremos apresentar todas as ferramentas que um pintor normalmente
utiliza. Cada ferramenta possui uma finalidade específica que será explicado em detalhes,
segue:
Rolos de lã de carneiro ou lã sintética
Utilização: Aplicação de tintas à base d’água, látex PVA, vinil-acrilícas e acrílica.
Limpeza: Lavar com água e sabão ou detergente.
Rolos de lã para epóxi:
Rolos de espuma:
Utilização: São normalmente usadas para aplicação de massas em pequenas áreas e remoção
de tintas.
Limpeza: Tirar o excesso de massa com uma espátula e lavar com água, não esquecendo de
enxugar logo com um pano para evitar ferrugem.
Desempenadeira de Aço:
Utilização: Usadas para aplicar massa corrida e massa acrílica em grandes superfícies.
Limpeza: Tirar o excesso de massa com uma espátula e lavar com água, não esquecendo de
enxugar logo com um pano para evitar ferrugem.
Desempenadeira de Plástico:
Utilização: Aplicação de massa corrida, massa acrílica e textura.
Limpeza: Tirar o excesso de massa com uma espátula, lavar com água.
Bandejas ou caçambas para pintura:
Ao longo do tempo, quase todas as tintas exibirão alguma calcinação quando expostas ao
intemperismo. Entretanto, a calcinação é mais acentuada em tintas foscas e em tintas brancas
ou muito claras que contêm altos níveis de dióxido de titânio e de cargas.
Um grau baixo de calcinação é frequentemente benéfico em brancos e cores claras, uma vez
que tende a liberar a superfície de sujeira e fungos. Mas a calcinação excessiva é prejudicial.
A calcinação excessiva pode prejudicar a pintura de pelo menos três modos:
- pode resultar no escorrimento da calcinação, o que pode prejudicar aparência da superfície
abaixo da área pintada (uma base de tijolos, por exemplo);
- pode tornar mais clara a cor do revestimento;
- pode provocar erosão do filme, com resultante perda de proteção do substrato.
Tintas látex para exteriores de qualidade são formuladas para resistir tão bem à calcinação que
esta pode não ocorrer durante anos. A fim de manter a pintura com um aspecto limpo essas
tintas são frequentemente formuladas para possuir excelente resistência à sujeira. Isto
significa que a sujeira transportada pelo ar não irá aderir à superfície.
Empolamento: é a formação de “bolhas” sobre a película de tinta. A causa está sempre
relacionada com a umidade, mas há diversas maneiras como as bolhas ocorrem.
Frequentemente, bolhas sobre a película são consequência de excesso de umidade vindo do
substrato. Isso pode acontecer quando a umidade vem de ambientes muito úmidos, como
banheiros e lavanderias.
Outras vezes as bolhas aparecem quando a tinta para exteriores é aplicada sobre superfícies
úmidas ou molhadas. Se a tinta ainda estiver na fase de secagem as bolhas poderão aparecer
durante períodos de chuva ou orvalho pesado.
Esses problemas são mais comuns em tintas a óleo ou alquídicas em razão da barreira de vapor
que se forma durante a secagem, retendo vapor na parede sob a tinta. À medida que a tinta
seca, o vapor escapa, levantando a tinta da parede na medida em que evapora. Entretanto, a
tinta látex é mais permeável; permite que uma pequena quantidade de vapor a atravesse
enquanto seca e praticamente elimina a possibilidade de se formarem bolhas.
Há, entretanto, uma outra forma de empolamento que atinge as tintas látex. Ocorre quando a
tinta está sujeita a quantidades excessivas de umidade, fazendo-a inchar e romper sua adesão
ao substrato. Isso pode ser pior durante períodos muito úmidos, quando as bolhas se enchem
de água.
O empolamento em consequência do inchamento da tinta tende a ocorrer mais durante o
primeiro ano após a pintura (depois de a tinta ter sido exposta à intempéries, a chuva e a
umidade terão removido componentes solúveis em água da tinta).
Tinta com pequenas bolhas (menores de 6,5mm) decorrentes do inchamento geralmente se
recupera na secagem.
Entretanto, quando se formam bolhas grandes, a adesão da tinta é frequentemente
enfraquecida, podendo resultar em descascamento.
Descascamento: é uma falha de adesão pela qual a película de tinta se separa da superfície,
como se fosse a casca de uma cebola. Há dois tipos de descascamento:
- falha total da película, aparecendo a superfície nua;
- descascamento entre camadas.
Quando a superfície estiver pintada com fundo e acabamento, ou várias camadas de tinta, o
descascamento poderá envolver todas as camadas.
Isso é chamado falha total da película. Ou o descascamento pode ser entre camadas, ou seja,
uma ou mais camadas de tinta separam-se de camadas inferiores ou do fundo.
Existem várias explicações possíveis para o descascamento.
A falha pode ser o resultado de fraca adesão em razão da preparação inadequada da superfície
(por exemplo, pintar sobre uma superfície brilhante ou calcinada). A tinta não adere bem
sobre madeira porosa e exposta ao intemperismo. Esse tipo de superfície necessita ser lixada
ou escovada até se obter uma superfície adequada. A adesão também será fraca sobre
superfícies das quais não se tenha removido a calcinação (a tinta tenderá a se depositar sobre
a superfície calcinada e não terá boa adesão).
O descascamento também pode ser causado pela aplicação da tinta em condições que
impedem boa formação de filme (temperaturas muito baixas ou muito altas, vento que possa
fazer com que a tinta seque muito depressa). Como mencionado antes, o descascamento,
algumas vezes, é consequência do empolamento. Ou a causa pode ser uma combinação desses
fatores.
Além do mais, em situações envolvendo várias camadas (mais de três ou quatro) de tinta
antiga, à base de óleo, a repintura com látex pode resultar em perda de adesão da tinta velha
e consequente descascamento. Nos casos em que várias camadas de tinta velha à base de
óleos estiverem presentes, recomenda-se a remoção total destas.
Escamação: ela pode ocorrer por várias razões, normalmente essas falhas são atribuídas ao
fato de a tinta possuir adesão e flexibilidade inadequadas – problemas comuns com tintas
foscas para exteriores de qualidade inferior.
A entrada de umidade provoca o inchamento das superfícies de madeira, seguido pela
contração da madeira à medida que esta seca. Os ciclos de expansão e contração, muitas vezes
agravados por ciclos de congelamento e descongelamento, podem resultar no “cracking” e
subsequente falha da tinta por escamação e descascamento.
“Cracking” e escamação também podem ocorrer quando a tinta é aplicada numa camada fina
demais. Isso pode acontecer quando o pintor cobre áreas maiores do que as recomendadas
com certo volume de tinta ou dilui a tinta excessivamente. Isso tende a diminuir a espessura
final da camada, tornando-a mais vulnerável ao “cracking” e à escamação.
A preparação inadequada da superfície também pode provocar essas falhas, principalmente
quando a tinta é aplicada sobre madeira nua ou sobre uma superfície muito porosa sem usar
primeiramente um fundo. Um fundo promove melhor adesão e sela a superfície, permitindo à
camada seguinte um melhor desempenho.
Bolor: é o aparecimento de fungos que podem se formar sobre a superfície de tintas para
exteriores (e interiores), ou diretamente sobre a superfície da maioria dos substratos.
Geralmente é negro, cinza ou marrom, sendo assim melhor percebido sobre superfícies
brancas ou claras.
As pessoas frequentemente confundem bolor com sujeira. Entretanto, é fácil verificar se se
trata de bolor aplicando algumas gotas de líquido alvejante à superfície pintada. Se a coloração
for dissolvida pelo alvejante, então, provavelmente seja bolor. Sujeira trazida pelo vento
geralmente não será afetada pelo alvejante.
Os nutrientes encontrados no substrato ou na tinta podem ter um papel na formação do bolor.
Mas há muitos outros fatores que afetam o crescimento do bolor – alguns relacionados à tinta,
outros ao substrato e alguns ao ambiente externo.
Em termos de tinta, os seguintes itens podem influenciar o desenvolvimento do bolor:
- tipo de ligante (o látex resiste ao bolor melhor do que ligantes à base de óleo ou alquídicos);
- tipo de espessante utilizado;
- porosidade da tinta (superfícies brilhantes resistem melhor do que as foscas em razão da
superfície dura e brilhante);
- espessura da camada de tinta (camadas mais espessas resistem melhor aos fungos do que as
finas; duas camadas são melhor do que uma);
- a idade da película de tinta (frequentemente a tinta tem uma tendência maior a permitir o
crescimento de fungos à medida que sofre o intemperismo).
Superfícies de metal, como alumínio e ferro galvanizado, tendem a promover menos o
crescimento de fungos do que outros tipos de substrato.
A pintura sobre um substrato ou revestimento que contenha fungos aumenta a probabilidade
de aparecerem fungos no acabamento.
As condições ambientais também podem influir no crescimento de fungos:
- áreas protegidas dos efeitos de aquecimento da luz solar direta têm mais tendência ao
crescimento de fungos (por exemplo, paredes voltadas ao sul; e o lado inferior de calhas);
- condições quentes e úmidas tendem a fomentar o crescimento dos fungos;
- a proximidade com outros fungos significa que os esporos estão presentes na área,
apresentando maiores possibilidades de crescimento de fungos.
Salinização: é a formação de uma substância branca, parecida com sal, sobre a superfície da
tinta. Geralmente forma-se apenas em áreas protegidas (sob tetos e em forros) que não
recebem a ação de limpeza da chuva, orvalho e outra umidade.
Apesar da salinização poder ocorrer em qualquer cor de tinta, não é tão perceptível sobre tinta
branca. O problema é mais pronunciado com tintas escuras formuladas com carbonato de
cálcio ou quando uma tinta escura é aplicada sobre uma tinta contendo carbonato de cálcio.
A salinização muitas vezes é um problema dificil de se resolver. Muitas vezes não pode ser
lavado facilmente. Além disso, a condição pode voltar quando uma nova camada for aplicada.
Em casos extremos pode interferir na adesão. A melhor solução é escovar e depois aplicar um
fundo alquídico antes de um novo acabamento.
Descoloração: é a concentração de ingredientes solúveis em água sobre a superfície de tintas
látex. Provoca um aspecto manchado, com tonalidade marrom, e algumas vezes é brilhante.
Todas as tintas látex têm alguns componentes solúveis em água, necessários para a
estabilidade, compatibilidade de cores e consistência adequada para aplicação. Geralmente
esses componentes evaporam ou são lixiviados da tinta pela chuva e orvalho. Entretanto, se a
tinta for aplicada em condições frescas e úmidas, que retardam a secagem, esses
componentes poderão atingir a superfície antes desta ter secado.
A descoloração também pode ser provocada quando orvalho ou outra umidade seca sobre a
superfície pintada pouco tempo depois desta ter secado.
As tintas coloridas têm maior tendência à descoloração que as tintas brancas em razão dos
tensoativos e glicóis presentes no colorante de tingimento. Para impedir a descoloração o
melhor é evitar a aplicação no final da tarde se condições úmidas forem esperadas durante o
entardecer e à noite.
Se a descoloração ocorrer no primeiro dia após a tinta ter sido aplicada, o material solúvel em
água poderá ser lavado com facilidade. Mas, ocasionalmente, o resíduo poderá ser resistente à
lavagem. Felizmente, mesmo nesses casos, o material geralmente desaparecerá em
aproximadamente um mês.
Apesar de não ser um problema sério, a descoloração pode ser uma condição recorrente. Em
casos severos pode afetar seriamente o aspecto da pintura.
Manchas Alcalinas: ocorre quando a alcalinidade da alvenaria fresca provoca a degradação do
ligante de uma tinta, resultando em perda de cor e deterioração geral da camada de tinta. É
particularmente comum quando uma tinta à base de óleo ou um látex vinil acrílico são
aplicados em alvenaria fresca – como concreto recém moldado, juntas de argamassa e estuque
não curados por pelo menos um mês.
A razão do ataque alcalino deve-se à presença de hidróxido de cálcio na alvenaria fresca. Até
que o hidróxido tenha reagido com o gás carbônico do ar, a alcalinidade da alvenaria
permanece tão alta que pode atacar a integridade do filme.
Para evitar o ataque alcalino as superfícies de alvenaria devem ser deixadas curando por pelo
menos 30 dias, e idealmente por um ano inteiro, antes de serem pintadas.
Caso isso não seja possível, o pintor deve aplicar um selador resistente a álcalis ou um fundo
látex de boa qualidade e em seguida uma tinta látex 100% acrílica para exteriores.
Manchamento em Madeira: é uma descoloração marrom da tinta látex que poderá ocorrer
quando a tinta for aplicada sobre determinados tipos de madeira nua. Pode resultar em um
aspecto muito feio sobre tintas brancas ou de cores claras.
Apesar do manchamento poder aparecer em áreas abertas, pode ser muito persistente em
áreas úmidas que recebem pouca insolação. Este manchamento é frequente quando os
taninos encontrados em alguns tipos de madeira, principalmente cedro, atravessam a tinta
látex e a descoloram.
A condição também pode ocorrer sobre nós pintados de outros tipos de madeira,
especialmente alguns tipos de pinho. E algumas vezes pode ser observado onde o pinho
previamente pintado descascou totalmente, permitindo ao material subir à superfície.
Para evitar esse manchamento a madeira deve ser pintada com um fundo a óleo ou látex
resistentes ao manchamento.
Apesar de esses fundos poderem ficar manchados, impedirão que os taninos sangrem até o
acabamento, exceto nos casos mais severos.
É importante que um fundo resistente ao manchamento sempre seja recomendado quando o
cliente estiver pintando cedro, sequoia vermelha, mogno ou pinho. A resistência do fundo ao
manchamento deve ser destacada no rótulo da embalagem ou na literatura do fabricante.
Para a máxima proteção devem ser aplicadas duas demãos de fundo.
Esses fundos são formulados para bloquear os materiais solúveis em água que formam
manchas com os seguintes componentes:
- uma alta relação entre ligante e pigmento;
- óxido de zinco ou outros pigmentos especiais que bloqueiam as manchas;
- espessantes especiais que ajudam o fundo a formar uma película excepcionalmente não
porosa e resistente a manchas.
Parte 9
O que são Tintas para Interiores
As tintas para interiores têm propriedades de aplicação e desempenho particularmente
importantes para interiores, ou seja, pouca formação de respingos, resistência às marcas
digitais, acabamento mais refinado, fácil lavagem sem deixar marcas, entre outros.
De modo geral, as tintas formuladas para exteriores não se comportam tão bem nestes
aspectos. Além disso, uma tinta para exterior pode não ser formulada para ter um odor
mínimo, característica importante de tintas aplicadas em áreas internas ou confinadas.
Consequentemente, quando o seu cliente estiver planejando uma pintura de interiores,
certifique-se de recomendar somente tintas formuladas para essa finalidade ou aquelas
rotuladas “interior e exterior”.
Tipos de tintas para interiores: assim como para tintas de exteriores, há também duas
categorias de tintas para interiores:
- à base de solvente oleosas ou alquídicas;
- tintas látex à base de água.
Como já explicado na lição de tintas para exteriores, uma diferença fundamental entre os dois
tipos de tintas é o componente líquido da formulação. O líquido em tintas à base de solventes
compõe-se geralmente de destilados de petróleo, enquanto a maior parte do líquido em tintas
látex é água.
Outra diferença importante é o tipo de ligante. A maioria das tintas à base de solventes
contém óleos vegetais ou óleos modificados, chamados alquídicos, que “secam” ou tintas para
interiores oxidam pela exposição ao ar. Por outro lado, as tintas látex têm ligantes de
polímeros vinílicos ou acrílicos não oxidantes.
As tintas a óleo e as látex têm sua propriedades de desempenho e características próprias, que
serão discutidas mais adiante.
Devido à sua facilidade de uso e limpeza, bem como características de aplicação e
desempenho, como secagem rápida e baixo odor, a maioria das tintas para interiores vendida
atualmente é à base de água.
Três diferentes tipos de ligantes são usados nas tintas látex para interiores:
- vinílicos (também chamados PVA ou vinil acrílicos);
- acrílicos (ou 100% acrílicos);
- acrílicos modificados.
Tintas látex vinílicas: O ligante vinílico é o mais barato das três tecnologias. Mesmo assim,
esse tipo de ligante oferece desempenho satisfatório quando usado em tinta interior fosca e
em algumas formulações semibrilho. Os ligantes vinílicos (ou vinil acrílicos) são algumas vezes
empregados em tintas para exteriores mais baratas, especialmente as foscas, onde não se
requer a máxima durabilidade e resistência aos álcalis.
Tintas látex acrílicas: O ligante acrílico, ou 100% acrílico, apresenta melhor desempenho do
que o ligante vinil acrílico em alguns aspectos importantes – principalmente em termos de
adesão, resistência ao manchamento e ao “blocking”. Por esses motivos, os ligantes acrílicos
são frequentemente usados em tintas semibrilho porque geralmente são usados em situações
de maiores exigências (por exemplo, áreas de uso intenso e áreas úmidas como cozinhas e
banheiros).
Tintas látex acrílicas modificadas: Um ligante acrílico, modificado com estireno, é
frequentemente usado em tintas látex brilhantes para interiores.
Geralmente, tintas baseadas nesses ligantes acrílicos modificados têm brilho superior e melhor
resistência ao “blocking” (a tinta recentemente aplicada não adere sobre si mesma – por
exemplo, uma janela recém-pintada não fica presa quando fechada pela primeira vez) e
formam uma película mais dura do que tintas com outros ligantes látex.
Parte 10
Parte 13
Parte 14
Vernizes, onde e como aplicar?
Um verniz é essencialmente uma tinta sem pigmento, apenas com ligante e aditivos. O filme
formado é transparente, tornando o substrato visível sob o revestimento.
Assim como com tintas, os vernizes estão disponíveis em formulações para interiores e
exteriores, tanto nas versões à base de água com à base de solvente. É importante usar o tipo
adequado para o trabalho.
Vernizes para interiores: são usados principalmente sobre superfícies de madeira natural ou
tingida.
Como exemplo temos: móveis, portas, janelas, esquadrias, assoalhos, tampos de bar, etc..
Vernizes podem ser formulados com diversos ligantes, tais como poliuretanos, acrílicos,
alquídicos e fenólicos.
Lacas (nitrocelulose) incolores de secagem rápida geralmente são formuladas para serem
diluídas com thinner. Para se conseguir o desempenho adequado, os diluente devem ser
usados apenas onde recomendados pelo fabricante.
As lacas não estão disponíveis ao consumidor com a mesma facilidade de antigamente, mas
ainda são usadas pelos fabricantes de móveis.
Seladores para pisos de ginásios são uma excelente escolha para pisos. São absorvidos pelo
substrato e endurecem as fibras da madeira. Proporcionam um alto brilho e um ótimo aspecto.
Todos os vernizes devem ser misturados cuidadosamente antes da aplicação para evitar
espuma, que pode provocar crateras no trabalho terminado.
Vernizes acetinados ou foscos contêm pigmentos fosqueantes e devem ser misturados de
tempo em tempo num trabalho mais demorado para assegurar um brilho uniforme.
Se houver formação de pequenas crateras nos vernizes à base de solventes elas podem ser
removidas pelo esfregamento suave da superfície com lã de aço extrafina entre as demãos.
Vernizes para exteriores: são geralmente aplicados sobre madeira nua ou tingida, apesar de
também poderem ser usados sobre objetos pintados para proporcionar um aspecto brilhante
e uma proteção adicional.
O termo verniz spar é usado para descrever esses produtos.
Deriva do uso de vernizes sobre partes de madeira usadas em navios a vela. Os vernizes
spar também são chamados vernizes marinhos/marítimos. São a melhor escolha para uso em
exteriores, sobre móveis e vasos de madeira e outros acessórios onde se deseja um
revestimento incolor para proteção contra as intempéries.
Os vernizes spar oferecem excelente resistência ao cracking e ao descascamento, mas, como
todos os produtos incolores, podem requerer reaplicações mais frequentes.
As aplicações em exteriores exigem muito dos vernizes, especialmente aplicações sobre
madeira. Sem a proteção da pigmentação os vernizes são relativamente transparentes à
radiação UV da luz solar. Quando esta radiação atinge o substrato de madeira tende a quebrar
suas fibras, o que pode provocar perda de adesão.
Em razão dessa vulnerabilidade potencial, a maioria dos vernizes para exteriores é fortalecida
com aditivos especiais conhecidos por absorvedores de UV. Estes aditivos são muito caros,
mas também são importantes, já que ajudam a retardar a degradação do substrato.
Para maximizar a proteção à UV é bom recomendar aos seus clientes que apliquem várias
camadas de vernizes para proporcionar maior espessura da película, que resultará em maior
durabilidade.
É muito importante seguir as instruções do fabricante nesse sentido, para obter a máxima
durabilidade.
Além disso, os vernizes devem ser reaplicados frequentemente sobre madeira – geralmente a
cada ano ou dois – mesmo que o revestimento não tenha falhado de modo significativo.
Uma demão preventiva, especialmente com vernizes spar, em aplicações externas
proporcionará maior longevidade sem a necessidade de remoção total se ocorrer alguma falha
do filme.
Acabamentos de óleo natural: acabamento a óleo à base de solventes são feitos com óleos
secativos, geralmente linhaça ou tung. Eles penetram na madeira e são adequados para a
maioria das aplicações sobre madeira nua ou tingida.
Acabamentos a óleo, como óleo de tung, geralmente são aplicados com pincel ou boneca e
depois deixados secar por um breve período antes do excesso ser removido com um pano
limpo.
A aplicação de duas ou mais demãos irá produzir um acabamento de bom aspecto sobre
madeira.
De modo geral, os acabamentos a óleo devem ser deixados para secar durante várias horas
entre demãos.
Acabamentos a óleo, como tung, não devem ser recomendados para áreas de muito
movimento ou onde água ou álcool poderiam ser um problema – por exemplo, sobre mesas de
café.
Panos ou papéis impregnados com tintas ou vernizes à base de óleo podem pegar fogo através
de combustão espontânea se empilhados depois do uso ou se são descartados de maneira
imprópria. Depois de usar panos ou papéis eles devem ser espalhados para secar num lugar
seguro ou colocados num recipiente à prova de fogo.
Vernizes alquídicos e uretano-alquídicos: (poliuretânicos) à base de solventes. Esses tipos de
vernizes têm ampla utilidade e frequentemente são usados em assoalhos, escadas e
esquadrias, bem como em móveis. São melhor aplicados com um pincel de fibras naturais de
boa qualidade ou com um pincel poliéster.
Ao aplicar vernizes alquídicos e uretano-alquídicos, conhecidos como poliuretanos, deve-se
tomar cuidado para evitar a formação de bolhas que podem romper-se quando a tinta seca.
O verniz deve ser misturado com um movimento suave e nunca agitado a aplicação deve ser
lenta e cuidadosa.
Deixar o tempo de secagem adequado é muito importante ao usar vernizes uretano-
alquídicos. Se o tempo de secagem for muito curto (menos que algumas horas) a segunda
demão pode atacar a primeira e causar enrugamento ou empolamento.
Por outro lado, se o tempo de secagem for muito longo, a segunda demão poderá ter
insuficiente adesão sobre a primeira. Se a primeira demão tiver secado por mais de 24 horas,
um leve lixamento ajudará a segunda demão a aderir adequadamente.
Vernizes à base de água: a tecnologia de vernizes á base de água estão disponíveis com uma
variedade de ligantes: acrílicos, acrílicos modificados, uretano-acrílicos e uretânicos dispersos
em água.
Os vernizes à base de água oferecem os benefícios de fácil limpeza com água e sabão e baixo
odor, em comparação aos vernizes à base de solventes; mas, de modo geral, eles não têm as
propriedades de resistência e alto brilho dos vernizes à base de solventes.
Pelo fato de o ligante estar disperso em água, em vez de dissolvido, muitos vernizes à base de
água têm uma cor esbranquiçada na lata, diferente do aspecto claro e amarelado típico dos
vernizes à base de solventes, a cor ajuda a aplicar um revestimento uniforme. Ao final, o
revestimento torna-se transparente na secagem.
Depois da aplicação sobre madeira, alguns vernizes à base de água serão mais claros e
incolores do que vernizes à base de solventes. Estes tendem a ressaltar a madeira por várias
razões: a sua tonalidade amarelada, a sua maior tendência de penetrar nas fibras de madeira,
o que acentua o desenho e o seu brilho mais alto quando vistos de frente.
Ao aplicar um verniz à base de água é possível que a água levante as fibras da madeira,
resultando alguma aspereza.
Isso ocorre especialmente com alguns tipos de madeira, como o carvalho.
Para evitar esse efeito, umedeça a superfície de madeira com um pano molhado e a deixe
secar durante meia hora. Depois de seca, lixar cuidadosamente a superfície na direção das
fibras com lixa fina para remover quaisquer fiapos que possam aparecer.
Assim como com outros trabalhos, é importante limpar a superfície antes de aplicar o
revestimento.
Ao usar vernizes à base de água é melhor lixar levemente a superfície entre as demãos com
lixa muito fina. Não se deve usar palha de aço em vernizes à base de água porque pequenas
partículas de aço deixadas sobre a superfície podem oxidar ao se aplicar a demão seguinte.
Parte 15
Pincéis de cerdas naturais devem ser limpos apenas com solvente. Excesso de solvente deve
ser removido do pincel depois da última lavagem; o pincel deve, então, ser seco com toalhas
de papel para remover tanto solvente e tinta residual quanto possível.
Pincéis sintéticos devem ser limpos com água ou aguarrás quando usados com tinta látex ou a
óleo, respectivamente.
O melhor procedimento para tintas látex é usar água quente com um pouco de sabão, seguido
de uma boa lavagem em água corrente. Solventes fortes, como thinner, podem danificar as
fibras sintéticas.
Para selecionar um pincel de qualidade, tenha em mente as seguintes diretrizes:
- as fibras devem ter pontas abertas, que forneçam um acabamento mais fino e uniforme;
- as fibras devem ter as pontas flexíveis e voltar facilmente à sua forma original;
- as fibras devem ser mais curtas na parte externa e mais longas no centro. Esse tipo de pincel
proporciona melhor controle sobre onde a tinta está sendo aplicada;
- as fibras devem ter um comprimento 50% maior do que a largura do pincel. Por exemplo, as
fibras numa trincha de 50mm devem ter 75mm.
Puxe as fibras, se elas puderem ser removidas, o pincel é de má qualidade. Um pincel de boa
qualidade soltará apenas uma ou duas fibras.
Não deverá haver falhas nos pincéis.
Um pincel de qualidade deve ser equilibrado e confortável na mão. O cabo não deve deslizar
nem ser muito áspero.
Compre o pincel adequado ao tamanho do serviço. A maioria dos serviços, tanto em interiores
como em exteriores, requer vários pincéis de diferentes larguras e formatos. Eis algumas
diretrizes gerais:
- um pincel plano de 100mm com uma largura de 20 a 25mm é o melhor para grandes
superfícies externas;
- um pincel com largura de 75mm é o mais adequado para paredes e forros interiores;
- para dar acabamento nos cantos, recomende um pincel com bordas afuniladas;
- para esquadrias de janelas e madeira sugira um pincel com largura de 25 a 65mm.
As cerdas desses pincéis podem ser planas ou angulares, dependendo da necessidade ou não
de um canto vivo.
Umedeça as cerdas do pincel com água antes de aplicar tinta látex. Pincéis ligeiramente
úmidos aplicarão a tinta de maneira mais uniforme.
Um dos piores hábitos dos principiantes é carregar tinta demais no pincel. Mergulhe apenas
um terço ou a metade do comprimento das fibras na lata e depois passe o pincel pelo lado da
lata.
Depois, com o pincel formando um ângulo de 45 graus com a superfície, a tinta deve ser
aplicada com passadas verticais longas em paredes e forros. Siga as fibras da madeira na
pintura de esquadrias.
Para evitar marcas sempre pinte na direção de uma área não pintada e depois volte à área
recém-pintada. Essa técnica (pintar do molhado para o seco, e não vice-versa) produzirá um
aspecto liso e uniforme.
Apesar de algumas passadas adicionais poderem melhorar o aspecto das tintas a óleo ou
alquídicas, passadas em excesso devem ser evitadas com tinta à base de água ou látex,
especialmente acabamentos semibrilhantes ou brilhantes.
Para conseguir uma camada espessa e de boa cobertura, apenas algumas passadas por carga
de tinta serão suficientes para tintas látex.
Pincéis pequenos/estreitos: permitem acesso a áreas difíceis de serem alcançadas.
Entretanto, não retêm tanta tinta como os pincéis comuns ou rolos e não são tão versáteis.
São fornecidos com diferentes texturas, dependendo do efeito desejado. Alguns pintores
gostam de usá-los em interiores, nas bordas dos forros.
No uso, são muito diferentes dos pincéis ou rolos. De um lado, a tinta deve ser aplicada com
traços longos, todos na mesma direção. Não devem ser repassados sobre a tinta aplicada. As
marcas ocorrem com maior facilidade.
Finalmente, é conveniente usar uma bandeja ao aplicar a tinta com eles.
Rolos: não há mistério quanto à popularidade dos rolos para a pintura de interiores. Para
paredes e forros são mais rápidos e fáceis de usar do que pincéis.
De fato, você pode aplicar aproximadamente três vezes mais tinta com um rolo do que com
um pincel no mesmo tempo.
Entretanto, existem inconvenientes nos rolos: usam mais tinta, mais tinta é desperdiçada na
limpeza de um rolo do que com um pincel e podem ser difíceis de sair em espaços estreitos.
De modo geral, os rolos são a melhor recomendação para superfícies interiores grandes e
superfícies exteriores ásperas, como argamassa e concreto.
Um rolo de qualidade é essencial para obter os melhores resultados. Assim como com os
pincéis, somente rolos sintéticos devem ser usados para tintas látex. Rolos de pêlo natural
geralmente lã de carneiro, são mais adequados para uso com tintas a óleo.
O material de cobertura do rolo é chamado de napa. As coberturas vêm com vários
comprimentos de napa. Geralmente, superfícies mais lisas requerem uma napa mais curta,
com superfícies mais ásperas use de napa mais longa. Também, quanto mais alto o brilho da
tinta, mais curta a napa.
Os comprimentos na napa são geralmente descritos como curtos, médios ou longos.
Napas curtas (1,6 a 6mm) são melhores para superfícies de gesso, madeira ou metal.
Comprimentos médios (9,5 a 20mm) são recomendados para superfícies semi-ásperas, como
estuque, concreto e madeira áspera.
Napas longas (mais de 20mm) devem ser usadas em concreto, tijolo e estuque pesado.
Verifique se o rolo tem emendas. Isso poderia resultar em riscos nas paredes. Também
esprema o rolo para ver se retém a forma.
Em termos de técnica de aplicação, umedeça o rolo com água antes de aplicar tinta látex.
Se estiver usando tinta à base de óleo aplique algum diluente ao rolo antes de pintar.
O excesso de líquido deve ser removido do rolo com uma toalha de papel.
Uma tela de plástico ou metal, colocada na bandeja, é útil para assegurar que o rolo esteja
embebido uniformemente com tinta. Alguns pintores preferem usar uma tela removível com
latas de um ou cinco galões. A tela deve ter a mesma largura do rolo.
Ao usar um rolo sobre paredes, comece num canto próximo ao forro e desça ao longo da
parede em áreas de 0,3m².
Espalhe a tinta em ziguezague ou em forma de W, começando com uma passagem para cima
para minimizar os respingos. Depois, sem levantar o rolo da superfície, encha a área com
passadas paralelas.
Se for usar o mesmo rolo para diferentes cores, comece com a cor mais clara e lave bem o rolo
ao mudar de cor.
Pulverização com Pistola: A pulverização é o método mais rápido de aplicar tinta, mas
também é o que consome mais material. Existem dois tipos de pulverizadores:
- convencionais, que usam ar-comprimido como agente de pressurização;
- airless, que bombeiam a tinta.
Parte 17
Parte 18
Dicionário do Pintor
Relacionamos a seguir uma listagem de palavras chaves que farão parte do dia-a-dia do
profissional pintor. Cada palavra relacionada terá uma breve explicação para fácil
compreensão e rápida memorização, seguem:
Aba corrida – Varanda sacada que corre ao longo da cimalha de um prédio estético.
Abertura – Termo genérico que resume todo e qualquer rasgo na construção, seja para dar
lugar a portas e janelas, seja para criar frestas ou vãos.
ABD – Associação Brasileira de Decoradores, www.abd.org.br
Abóbada – Todo o teto côncavo pode-se chamar abóbada. Cobertura encurvada. Do ponto de
vista geométrico, a abóbada tem origem num arco que se desloca e gira sobre o próprio eixo,
cobrindo toda a superfície do teto. As abóbadas variam de acordo com a forma do arco de
origem.
Abóbada Ogival - também chamada gótica, cujo arco tem forma de ogiva, é uma marca da
arquitetura árabe.
Abóbada Aviajada - tem origem num arco cujas extremidades estão em desníveis. Há ainda a
abóbada de lunetas. De menor altura, esse tipo está presente nas casas de estilo colonial
americano e facilita a iluminação interior.
Abrasão – Desgaste causado nas superfícies pelo movimento de pessoas ou objetos.
Abraçadeira – Peça em ferro que segura as vigas do madeiramento ou parede.
Abrigo – Lugar onde o homem pode se proteger das intempéries. No uso corrente, indica
locais como garagem, também chamada abrigo de carro, automóvel.
Acabamento – Arremate final da estrutura e dos ambientes da casa, feito com os diversos
revestimentos de pisos, paredes e telhados.
Acetinado – Todo o material tratado para ter textura semelhante ao cetim.
Acesso – Rampa, escada, corredor ou qualquer meio de entrar e sair de um ambiente, uma
casa ou um terreno.
Acidato – Tratamento à base de ácido sobre vidro, é mais perfeito que o jateamento, não
mancha ao toque dos dedos, porém ainda caro, é Italiano o processo.
Aclive – Quando o terreno se apresenta em subida em relação à rua; ladeira, vista de baixo
para cima.
ACM – Designa alumínio composto ver “alucobond”.
Aço-carbono – Liga de aço e carbono que resulta num material leve e de grande resistência.
Aço-inoxidável – Aço resistente à oxidação, independentemente das temperaturas, e
resistente também à corrosão por agentes químicos.
Acústica – A parte da física das construções que trata do projeto e construção de recintos com
certas características, como ausência de eco e de reverberação, de modo a permitir a audição
distinta dos sons produzidos ou propagados e a assegurar a isolação dos mesmos em relação
aos ruídos externos, e vice-versa.
Adam – Estilo iniciado com o arquiteto inglês Robert Adam, que teve grande influência nas
construções do colonial americano dos séculos XVIII e XIX. As casas desse estilo são altas, com
detalhes leves e pórticos elaborados a partir de elementos da arquitetura clássica. A sua maior
marca é a luneta, espécie de abóbada feita de vidro sobre a porta principal.
Adega – Também conhecida como cave. A palavra, provavelmente, tem origem no termo
francês cave: lugar especial da casa, em geral no subsolo, onde se guardavam os vinhos e os
azeites. A adega precisa de ter condições climáticas controladas, para melhor conservar os
vinhos e outras garrafas de bebidas, em condições adequadas de temperatura e umidade.
Adro – Pátio externo descoberto fronteiriço às igrejas, antigamente cercado ou murado.
Aduela – Parte de arremate dos vãos de portas ou janelas que guarnece o vão, e recebe as
dobradiças, composto de 2 ombreiras e uma padieira, e nela se fixam as guarnições ou
alisares, também pode se chamar assim a pedra em forma de cunha, que se emprega na
construção de arcos e abóbadas de cantaria (pedra). Outra definição antiga era o nome dado à
superfície, tanto interna como externa, da abóbada (a interna nada mais seria do que o
intradorso). Depois a designação estendeu-se aos elementos constitutivos do arco da abóbada.
É o nome que se dá, então, às pedras ou tijolos em forma de cunha que entram na composição
de superfícies curvas de proteção. É, também, a face interior da ombreira, voltada para o vão
da porta ou janela.
Afastamento (ou recuo) – Refere-se às distâncias entre as faces da construção e os limites do
lote ou terreno.
Aglomerado (ou contraplacado) – Placa prensada, composta de serragem compactada com
cola ou resina e arrematada com duas lâminas de madeira.
Agregado – É o material mineral (areia, brita, etc.) ou industrial que entra na preparação do
concreto.
Agregado leve – É o material mineral composto por argila expandida, e de peso específico
menor que o da água (flutua). Também conhecido pelo nome do fabricante VERMICULITA ou
CINASITA no Brasil.
Agrimensura – É a Medição de superfície dos terrenos na qual o arquiteto se baseia para
executar seu trabalho.
Água do telhado – Cada uma das superfícies inclinadas da cobertura, que principia no espigão
horizontal (cumeeira) e segue até à beirada.
Água-furtada – Vão entre as tesouras do telhado. Ângulo do telhado por onde correm as água
pluviais. Quando provido de janelas, também recebe o nome de mansarda. Sótão com janelas
que se abrem sobre as águas do telhado.
Água-mestra – Nos telhados retangulares de quatro águas, é o nome que se dá às duas águas
de forma trapezoidal. As duas águas triangulares chamam-se tacaniças.
Alambrado – A cerca feita com fios de arame que delimita um terreno.
Alçapão – Portinhola no piso ou no forro que dá acesso a caves ou sótãos.
Alçar – Levantar a parede, construir.
Alcova – Quarto pequeno de dormir, sem aberturas para o exterior, que faz comunicação com
ante-salas.
Aldrava (ou aldraba) – Tranca de ferro para escorar portas ou janelas; pequena tranqueta com
dispositivo que permite que a porta possa ser aberta pelo lado de fora. Também argola que
fica do lado de fora da porta e serve de instrumento para bater à porta.
Alfaia – Objetos, tais como paramentos, adornos e enfeites, que completam a decoração de
uma casa.
Alicerce – Maciço de alvenaria enterrado que recebe a carga das paredes da construção.
Antiga regra prática estabelece que o alicerce equivale à sexta parte da altura da parede
sustentada, com largura igual ao dobro da espessura dessas paredes. Ver Fundação.
Alisar – Revestimentos das paredes, ombreiras e folhas de janelas. Guarnição de madeira da
parte interna das portas e janelas. Régua fixa na parede, para proteção, na altura do encosto
das cadeiras. Ver Guarnição.
Almofada – Na marcenaria e carpintaria, peça com saliência sobreposta à superfície podendo
possuir também reentrâncias.
Alpendre – Cobertura suspensa por si só ou apoiada em colunas sobre portas ou vãos.
Geralmente, fica localizada na entrada da casa. Aos alpendres maiores dá-se o nome de
varanda.
Alteração de limites – Em direito penal – Crime de usurpação, que consiste na supressão ou
deslocação de tapume, marco ou qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para o
agente apropriar- se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia (Cód. Pen., art. 161).
Alto-relevo – Saliência criada e definida numa superfície plana.
Alvará de construção – Documento emitido pela autoridade municipal onde a construção está
localizada, que licencia a execução da obra, para sua obtenção existem uma série de exigências
a serem cumpridas, como entrega de jogo de plantas devidamente assinadas pelos PREO e
proprietário.
Alvenaria – Conjunto de pedras, de tijolos ou de blocos – agregado ou unido com argamassa
ou não – que forma paredes, muros e alicerces. Quando esse conjunto sustenta a casa, ele
chama-se alvenaria estrutural. O próprio trabalho do pedreiro.
Amarração – Última fiada posta num painel de alvenaria ou blocos, feita pelo pedreiro, os
blocos são dispostos em geral diagonalmente e prensando a massa, hoje esta técnica tem sido
dispensada. A maneira de dispor dos materiais de construção de modo a formarem um
conjunto coeso e estável. JUNTA AMARRAÇÃO. É o tipo de colocação de tijolos em que um
trava o deslocamento do outro. Existem alguns tipos, como a junta amarração simples, a junta
amarração francesa etc .
Amianto – Tem origem num mineral chamado asbesto e é composto por filamentos delicados,
flexíveis e incombustíveis. É usado na construção de refratários e na composição do
fibrocimento, seu pó é extremamente tóxico e nocivo.
Andaime – Equipamento em forma de plataforma usada para alcançar pavimentos superiores
das construções e executar serviços em diversos níveis acima do piso.
Anfiteatro – Espaço teatral com palco central ou espectadores também à esquerda e a direita.
Anodização – Tratamento químico no alumínio que lhe confere aparência fosca e cores
variadas.
Ante-projeto – Primeiras linhas traçadas pelo arquiteto em busca de uma idéia ou concepção
para desenvolver um projeto.
Ante-sala – Aposento que antecede uma sala.
Apicoado – Superfície submetida a desbastamento do qual resulta uma textura rugosa, anti-
derrapante. Normalmente feito em pedras como granitos e mármores. Suja mais que o
flameado.
Aplique – Ornamento. Enfeite fixado em paredes ou muros.
Aprumar – Acertar a verticalidade de paredes, colunas ou esquadrias por meio do chamado fio
de prumo.
Aquecimento central – Sistema provido de resistências elétricas ou de serpentinas (se o
aquecimento for feito a gás) que centraliza o aquecimento da água de todas as torneiras de
uma casa.
Arara – Móvel para uso em lojas de roupas em geral constituídas por tubos metálicos.
Arcada – Sucessão de arcos.
Arco – Semi-circunferência que cobre um vão. Nome dado à construção que dá origem às
abóbadas.
Arenito – Rocha composta de pequenos grãos de quartzo, calcário ou feldspato, usada em
pisos externos. Nos pisos internos, o arenito normalmente recebe polimento e rejunte de
granilite.
Área de uso comum – É a área que pode ser utilizada em comum por todos os proprietários do
prédio ou condomínio, sendo livre o acesso e o uso, de forma comunitária. exemplo: portaria ,
corredores etc….
Área útil – É a área individual. É a soma das áreas dos pisos do imóvel, sem contar as paredes,
ou seja, restrita aos limites. Também é conhecida como área de “vassoura“.
Área privativa – É a área do imóvel da qual o proprietário tem total domínio. É composta pela
superfície limitada da linha que contorna externamente as paredes das dependências
(cobertas ou descobertas) de uso privativo e exclusivo do proprietário.
Argamassa – Mistura de materiais inertes (areia) com materiais aglomerantes (cimento e/ou
cal) e água, usada para unir ou revestir pedras, tijolos ou blocos, que forma conjuntos de
alvenaria. Ex.: argamassa de cal (cal + areia + água). A argamassa magra ou mole é a mistura
com menor quantidade de aglomerante (cal e/ou cimento), responsável pela aglutinação. Já a
argamassa rica tem o aglomerante em abundância.
Argila Expandida – É o agregado mineral leve, com peso específico menor que o da água
(flutua). Conhecida pelo nome do fabricante VERMICULITA ou CINASITA no Brasil.
Armadura estrutural – Conjunto de ferros que ficam dentro do concreto e dão rigidez à obra,
isto é à peça depois que o concreto atinge sua resistência aos 28 dias, permanecendo escorada
a obra obedecendo a regras bem definidas de desforma.
Arquiteto – Profissional que idealiza e projeta uma construção. Possui a arte da composição, o
conhecimento dos materiais e suas técnicas e a experiência na execução de obras.
Arquitetura – Arte de compor e construir edifícios para qualquer finalidade, tendo em vista o
conforto humano, a realidade social e o sentido plástico da época em que se vive ou que se
quer copiar. Uma das artes mais antigas. Escritos medievais são ilustrados com Deus
segurando compasso e esquadro, uma alusão ao arquiteto do universo.
Arquitrave – Viga de sustentação ou verga principal que se apoia, em suas extremidades, em
colunas ou pilares. Caracteriza o sistema arquitravado de envasaduras, cujas vergas são planas
e horizontais. É a primeira parte do entablamento, ficando entre os capitéis das colunas e o
friso.
Arquivolta – Moldura que acompanha o desenvolvimento de um arco.
Arrasamento – A cota de arrasamentos é chamado assim o nível adotado para corte da cabeça
de estacas, fundações.
Arrimar – Apoiar, encostar, escorar.
Arremate – Finalizar um serviço na fase de acabamento da obra.
Art (CREA) – A ART assim denomina-se a anotação de responsabilidade técnica que deve ser
feita para cada obra, mediante o pagamento de taxa tabelada pelo CREA da Região, cada tipo
de projeto obriga a retirada de uma ART distinta e o profissional tem que ser cadastrado no
CREA da sua região.
Art Déco – Movimento que atinge o seu apogeu entre os anos 20 e 40. Surge em oposição aos
excessos do Art Nouveau e marca a arquitetura com linhas geométricas e tons pastel. O
movimento concilia a produção industrial e as artes, influenciando os primeiros trabalhos do
arquiteto franco-suíço Le Corbusier. Ele tornou ainda mais despojadas as formas desse estilo,
criando as bases da arquitetura funcional ou moderna. Os projetos enfatizam vãos e grandes
espaços envidraçados. As colunas, antes ornamentadas, agora assumem função estrutural e
passam a ser denominadas pilotis.
Art Nouveau – A Arte Nova refere-se ao estilo arquitectónico e de arte decorativa que marcou
o final do século XIX e o começo do XX. Muitos dos seus elementos retomam o Rococó e o
Gótico. Assim, os edifícios mostram ornatos como ninfas com flores nos cabelos. Na Europa,
misturou-se a elementos regionais, ganhando diversas versões. A primeira construção art
nouveau foi projetada pelo arquiteto belga Victor Horta, em 1892, em Bruxelas. Mais tarde, o
metro de Paris (França), recebeu portões projetados por Hector Guimard, que traziam formas
sinuosas. Antonio Gaudi, um dos mais brilhantes arquitetos espanhóis, foi buscar inspiração às
tradições medievais do seu país para erguer obras dentro do novo estilo. Em Barcelona,
projetou a Sagrada Família, catedral que começou a ser construída em 1883, com torres
góticas e adornos barrocos. O estilo art nouveau começou a perder força pouco antes da
Primeira Guerra Mundial (1914-18).
As-Build (como construído) – É o termo utilizado para indicar um projeto que teve lançado
nele todas as modificações durante a construção ou reforma, principalmente útil em
instalações. Somos favoráveis à utilização do segundo termo em português.
Asa – O mesmo que ala. O lado ou flanco de uma construção; cada uma das folhas de uma
dobradiça.
Assentar – Colocar e ajustar tijolos, blocos, esquadrias, pisos, pastilhas e outros acabamentos.
Aterramento – Colocação de hastes de cobre enterradas de acordo com técnica própria para
se obter um ponto de terra dito neutro ou sem carga que é ligado ao quadro ou equipamento.
Aterro – Colocação de terra ou entulho para nivelar uma superfície irregular.
Átrio – Pátio de entrada das casas romanas, cercado por telhados pelos quatro lados, porém
descoberto. Hoje o termo identifica um pátio de entrada de uma habitação.
AutoCAD – Software que facilita a confecção de plantas e croquis, oferecendo ferramentas
essenciais para realizar projetos em computador. Fabricado pela Autodesk.
Azulejo – Ladrilho. Placa de cerâmica podendo ser polida e vidrada de diversas cores. A origem
do azulejo remonta aos povos babilônicos. Com os árabes, os azulejos ganharam maior
difusão, marcando fortemente a arquitetura moura na Península Ibérica. Originalmente, os
azulejos apresentavam relevos, característica
que ainda sobrevive até hoje.
Baguete – A moldura simples, de seção reduzida, cujo perfil, em geral, é de um arco de círculo,
em madeira, plástico ou metal, usado em aplicações ornamentais, arremates, fixação de vidros
etc.
Baixo-relevo – Trabalho de escultura em que as figuras sobressaem muito pouco em relação à
superfície que lhes serve de fundo.
Balanço – Saliência ou corpo que se projeta para além da prumada de uma construção, sem
estrutura de sustentação aparente.
Balaústre – Pequena coluna ou pilar em metal, madeira, pedra ou alvenaria que, alinhada lado
a lado, sustenta corrimãos e guarda-corpos. Tem origem no latim balaustium, nome da flor de
romã, cuja forma inspirou os primeiros balaústres.
Balcão – Elemento em balanço, na altura de pisos elevados, disposto diante de portas e
janelas. É protegido com grades ou peitoril.
Baldrame – Designação genérica dos alicerces de alvenaria. Conjunto de vigas de concreto
armado que corre sobre qualquer tipo de fundação. Peças de madeira que se apoiam nos
alicerces de alvenaria e que recebem o vigamento do soalho.
Bandeira – Caixilho fixo ou móvel, situado na parte superior de portas e janelas. Pode ser fixo
ou móvel, favorecendo a iluminação e a ventilação dos ambientes.
Bangalô – Do inglês bungalow, designa as casa de campo construídas na Índia, térreas e com
grandes varandas cobertas.
Banner – Termo que significa elemento de propaganda ou letreiro.
Banzo – Viga onde engastam-se os degraus das escadas, tanto fixas como móveis; nas vigas T
ou duplo T, é o nome das abas normais à alma, também chamamos mesa nesse caso do perfil.
Barrado – Lambris, revestimento colocado nas partes inferiores das paredes. Barroco – Estilo
marcado pelo excesso de detalhes e de rebuscamentos. Historicamente, foi uma reação à
austeridade do período artístico anterior, o Clássico. Na arquitetura, introduziu novas
concepções de espaço, de tempo e, principalmente, de movimento. Assim, as construções
exibem um vasto número de ornatos, apliques e pingentes que parecem flutuar em fachadas e
paredes. Trazido pelos portugueses, o Barroco ganhou diferentes feições no Brasil. Enquanto
as construções da Bahia copiaram o modelo europeu, as obras de Minas Gerais do século XVIII
apresentam soluções formais simplificadas, inéditas, originais.
Basculante – A peça que leva esse nome devido ao sistema empregado em portas e janelas,
onde as peças giram em torno de um eixo até atingir a posição perpendicular em relação ao
batente ou à esquadria, abrindo vãos para ventilação.
Bay-Window – Janela de três faces, instalada no nível térreo, projetada para fora do prumo da
construção.
Batente – Rebaixo onde a porta ou a janela encaixam-se ao fechar. A folha que fecha primeiro,
na portas ou janela.
Beiral – Prolongamento do telhado para além da parede externa, protegendo-a da ação das
chuvas. As telhas dos beirais podem ser sustentadas por mãos-francesas e fixadas por arames
de cobre.
Benfeitorias – São as obras ou despesas que se fazem num imóvel visando a conservação, a
melhoria ou simplesmente, o embelezamento, tornando-o mais agradável. Classificadas em:
necessárias: para conservar ou evitar a deterioração (reforço das fundações); úteis ou
proveitosas: aumentam ou facilitam o uso da coisa (construção de garagem); voluptuárias: as
que não aumentam o uso habitual, sejam ou não de grande valor (piso em mármore, piscina).
Betoneira – Máquina que prepara o betão ou concreto ou mistura as argamassas.
Bizotado – Vidro que recebe corte em forma de bisel nas arestas não confundir com lapidação
ou lapidado cuja dimensão é menor e serve para dar arremate nas arestas.
Bloco – Designa edifícios que constituem um só conjunto construído.
Bloco cerâmico – Ou tijolo de barro elemento de vedação com medida-padrão. Pode ter
função estrutural ou não, tem como fim a execução das paredes.
Bloco de concreto – Elemento de dimensões padronizadas. Tem função estrutural ou
decorativa, sua qualidade geralmente é melhor que o de cerâmica ou barro.
Bloco de gesso – Elemento de gesso vazado medindo 70 x 50 x 7,5cm macho x fêmea,
assentado para executar paredes com acabamento final para pintura.
Bloco de vidro – Elemento de vedação que ajuda a iluminar o ambiente, é empregado com uso
de vergalhões intercalados na massa para dar estrutura e segurança na parede.
Bloco sílico-calcário – Mistura de areia silicosa e cal virgem. Tem função estrutural.
Bloquete ou bloket – Elementos prémoldados de concreto altura de 6 e 8cm com formato de
16 faces (ou menos) de encaixe utilizável em pavimentação intertravada sobre colchão de
pedra, pedrisco e areia, cada fabricante dá um nome.
Boiler – Equipamento e local em que a água de um sistema de aquecimento central é
represada e mantida em determinada temperatura.
Boiserie – Do francês designa entalhe ou moldura de madeira que enfeita portas ou móveis.
Boleado – Acabamento abaulado ou torneado no contorno da superfície de madeira, pedra,
plástico ou metal. Quando o boleio completa 180 graus chamamos de 1/2 cana.
Bolsa – Extremidade de diâmetro maior nos tubos ou manilhas, que serve de encaixe da
extremidade de outro tubo.
Boqueta – Designa qualquer abertura em paredes divisórias para passagem de objetos ou
atendimento, podendo possuir esquadria ou vidro e possuir chapim, chama-se “passa prato”
em lojas alimentícias.
Borracha de nível – Tubo plástico transparente que cheio de água permite tomar o mesmo
nível em diversos pontos da obra à distancia.
Bow-window – Janela semicircular que se projeta para fora das paredes.
Boneca – Elemento construtivo vertical de dimensões reduzidas, para criar complemento
Arquitetônico ou afastar por exemplo uma porta ou janela de um canto. É também a saliência
de alvenaria onde é fixado o marco ou grade de portas e de janelas. O mesmo que espaleta.
Botaréu – Pilastra reforçada, construída por fora das paredes externas, para absorver o
empuxo da cobertura do edifício.
Brita (pedra britada) – Pedra fragmentada. Fragmentos de pedra de dimensões padronizadas
usados na concretagem. Dependendo de seu diâmetro máximo, é classificada de 0 a 4, da
menor para a maior.
Brita corrida – O mesmo que brita.
Brise – Do francês brise-soleil; quebrasol produzido com peças de madeira, concreto, plástico
ou metal, disposto vertical ou horizontalmente diante das fachadas ou muros para atenuar ou
impedir a ação direta do sol, sem perder a ventilação.
Broca – Ver Estaca broca. Também designa um inceto que corrói a madeira.
Broxa – Pincel grande usado na caiação das paredes.
BTU – Abreviatura da expressão inglesa British Thermal Unit (unidade térmica inglesa), é a
unidade definida como a quantidade de calor necessária para aquecer uma libra de água de 1°
Fahrenheit em ou próximo de seu ponto de máxima densidade, ou seja, 39,1°F. Eqüivale a
0,252kcal (quilocalorias).
Bundoril – Peça geralmente de madeira que serve de acento em shoppings e praças.
Cabochão/cabochon – Peça em forma de losango que dá acabamento a pisos feitos com
pedras, cerâmicas ou azulejos.
Cachorro – Peça em pedra ou madeira, em balanço, que dá sustentação aos beirais e ao piso
de sacadas ou balcões.
Caiar – Pintar com cal diluída em água, requer preparo antecipado.
Caibro – Peça de madeira , geralmente de seção próxima ao quadrado, que junto com outras
sustenta as ripas de telhados ou de assoalhos. Nos telhados, o caibro assenta nas cumeeiras,
nas terças e nos frechais. No piso, apoia-se nos barrotes.
Caixa-d’água – Depósito de água confeccionado em materiais como concreto armado,
fibrocimento, aço ou plástico.
Caixa de escada – Espaço, em sentido vertical, destinado à escada.
Caixa de fogo (ou câmara de combustão) – Seção da lareira que vai do piso até a garganta; é
constituída do piso, paredes (verticais e inclinadas), boca e dente. É nela em que se acende o
fogo que projeta calor para o ambiente e onde é produzida a fumaça que enche a câmara após
atravessar a garganta, elevando-se pelo conduto da chaminé.
Caixa de gordura – Caixa para retenção de gorduras, instalada após o sifão, na canalização de
esgoto da pia da cozinha.
Caixa de inspeção – Caixa enterrada nos pontos de mudança de direção de uma canalização de
esgotos ou águas pluviais, ou em determinados pontos ao longo de trechos intensos da
mesma, que permite o acesso para limpeza e inspeção. O mesmo que poço de visita.
Caixa de passagem – Une tubulações diversas elétricas ou hidráulicas.
Caixilharia – Designação do conjunto de caixilhos.
Caixilho – Parte da esquadria que sustenta e guarnece os vidros de portas e janelas.
Cal – Material indispensável à preparação das argamassas. É obtida a partir do aquecimento da
pedra calcária a temperaturas próximas dos 1000 graus Celsius, processo que resulta no
aparecimento do monóxido de cálcio (CaO) e ganha o nome de cal virgem.
Calafetar – Vedar fendas e pequenos buracos surgidos durante a obra em diversos materiais, e
é executada após a raspagem de pisos de madeira pelo “calafate” com aplicação de pó de
serragem fina e cola, resina ou verniz poliuretano.
Calcetar – Executar o assentamento de pedras nas calçadas sobre base de cimento e areia a
seco, o termo está ligado a mosaico português ou pedra portuguesa que é executada pelo
calceteiro.
Cálculo estrutural – Cálculo que estabelece a dimensão e a capacidade de sustentação dos
elementos básicos de uma estrutura, podendo ser esta de concreto armado, de estrutura
metálica, de madeira ou de outros materiais com pedra ou blocos.
Calefação – Qualquer sistema de aquecimento para interiores.
Calha – Canal. Duto de alumínio, ferro galvanizado, cobre, PVC , latão , fibrocimento ou
concreto que recebe as águas das chuvas e as leva aos condutores verticais.
Candela (cd) – Unidade de intensidade luminosa.
Canalizador – Profissional que executa o projeto hidráulico do engenheiro.
Canteiro de obra – Local da construção onde se armazenam os materiais (cimento, ferro,
madeira, etc.) e se realizam os serviços auxiliares durante a obra (preparação da argamassa,
dobragem de ferro, etc.).
Cantoneira – Peça em forma de L que remata quinas ou ângulos de paredes. Também serve de
apoio a pequenas prateleiras.
Capa – Demão de tinta. Camada de concreto aplicada sobre a pedra que impermeabiliza a
superfície.
Capialçado – Adjetivo empregado para designar os vãos cujos sobre-arcos têm as faces
inferiores inclinadas.
Capitel – Parte superior, em geral esculpida, de uma coluna. Alguns capitéis são simples, pouco
ornamentados, a exemplo dos dóricos. Outros, como os jónicos, são arrematados com volutas.
Casa – 1. Edifício de um ou poucos andares, destinado, geralmente, a habitação; morada,
vivenda, moradia, residência, habitação. [Aum.: casão, casarão, casaréu; dim.: casinha, casita,
casucha, casebre, casinhola, casinholo, casinhota, casinhoto, podendo as cinco últimas formas
ter caráter depreciativo.]
2. Cada uma das divisões de uma habitação; dependência, quarto, sala.
3. Local destinado a reuniões ou até à moradia de certos grupos de pessoas. Estabelecimento,
firma, empresa.
Casa de habitação – É aquela em que alguém habitualmente reside ou tem o seu lar, provido
das coisas necessárias ao uso doméstico. Casa de morada; domicílio.
Casa habitada – É toda aquela que tem morador certo e permanente, embora ausente,
ocasionalmente. Casa ocupada por uma ou mais pessoas.
Cargas acidentais – Chamamos assim todas as cargas que podem atuar sobre a estrutura de
edificações em função do seu uso (pessoas, móveis, veículos e materiais diversos.
Cargas permanentes – Chamamos assim o peso de todos os elementos construtivos fixos e
instalações permanentes (revestimentos, pisos, enchimentos, concretos, paredes divisórias e
outras).
Caramanchão – Armação de madeira, como um pergolado, sustentada por pontaletes e
coberta por vegetação.
Carpete de madeira – Conjunto de pranchas de madeira ou laminado, em forma de tábuas,
que são encaixadas e/ou coladas ao contrapiso.
Carpinteiro – Profissional que trabalha o madeiramento de uma obra, como formas e
escoramentos.
Cascalho – Lasca de pedra.
Caulino ou caulim – Argila branca, rica em carbonato de cálcio, base de extração de cal.
Cava – Pequeno espaço situado entre o solo e o primeiro pavimento de uma casa.
Cavilha – Peça de fixação que serve para manter juntas as peças de madeira, as estruturas de
alvenaria, etc. Tem formato cilíndrico-cónico, com uma cabeça numa das extremidades e uma
abertura na outra, onde se encaixa a chaveta – um tipo de trava, que completa a junção.
Celotex – Material isolante, não ressonante, fabricado com serragem ou bagaço de cana de
açúcar, fortemente prensado ou comprimido em forma de placas utilizando resinas na
colagem.
Cepo – Tronco de madeira.
Cerâmica – Arte de fabricação de objetos de argila cozida, tais como tijolos, telhas e vasos.
Também refere-se às lajotas usadas em pisos ou como revestimento de paredes.
Cerca viva – Sebe viva; arbustos plantados para formar um elemento de vedação e
fechamento.
Cerne – Parte interna dos troncos das árvores, da qual se tira a madeira realmente utilizável
tanto na marcenaria quanto na carpintaria.
Chalé – Do francês chalet. Casa de campo de madeira com telhados em duas águas, bem
inclinados, que avançam sobre a fachada.
Chaminé – Duto de metal ou de alvenaria que conduz o fumo da lareira e do fogão para o
exterior da casa.
Chanfrar – Cortar em diagonal os ângulos retos de uma peça.
Chapéu – Coroamento do muro ou da chaminé com uma ou duas águas.
Chapiscar – Lançar argamassa de cimento e areia grossa (proporção geralmente 1:3) contra a
superfície para torná-la áspera e facilitar a aderência da primeira camada de argamassa.
Chumbar – Fixar com cimento, ou argamassa.
Chodopac – Designa um determinado tipo de vidro ainda importado no Brasil em geral opaco
e em cores sendo aplicado colado em paredes como acabamento, seu custo é elevado.
Cimeira – A viga ou trave colocada no ponto mais alto do telhado.
Cimento – Aglomerante obtido a partir do cozimento de calcários naturais ou artificiais.
Misturado com água, forma um composto que endurece em contato com o ar. É usado com a
cal e a areia na composição das argamassas. O cimento de uso mais frequente hoje é o
Portland, cujas características são resistência e solidificação em tempo curto. Desenvolvido em
1824, por um fabricante inglês de cal, ganhou esse nome porque a sua coloração era
semelhante à da terra de Portland. Outros tipos surgem na mistura desse cimento com
diversos compostos ou elementos, como o cimento com pó de mármore, que dá uma cor
esbranquiçada ao material.
Cimento ARI – Aglomerante especial de alta resistência inicial.
Cimento amianto – Material composto de cimento Portland e fibras de amianto, com alta
resistência à tração e à compressão, elevado poder isolante do calor e do som, alta resistência
aos ácidos comuns, sendo imputrescível, incombustível e impermeável. Porém o seu pó é
altamente cancerígeno.
Cinta ou cintamento – Faixa, geralmente metálica, usada para envolver construções de
alvenaria com a função de evitar possíveis desagregamentos. Cinta de amarração é o nome
que se dá à sucessão de vigas situadas nas paredes perimetrais das construções visando tornar
mais solidárias entre si as paredes concorrentes.
Cinzel – Ferramenta manual de corte a martelo usada para gravar o metal ou esculpir a pedra.
Cisterna – Reservatório de água situado abaixo de nível do solo.
Clapboard siding – Um tipo de revestimento externo para paredes, feito com tábuas
sobrepostas de madeira, característico do Early American, estilo dos colonizadores dos EUA.
Clarabóia – Abertura no teto da construção, fechada por caixilho com vidro ou outro material
transparente, criada para levar iluminação e/ou ventilação naturais aos ambientes em geral
sem janelas.
Clássico – Relativo à arte e à cultura dos antigos povos gregos e romanos. Período marcado
por construções de planta retangular, colunas e frontões. Essas formas, inicialmente presentes
nos templos, passaram a repetir-se nas casas, de maneira mais sóbria, e nas fachadas pouco
ornamentadas. Adjetivo para tudo o que se torna modelo ou padrão em arquitetura.
Closet – Palavra inglesa; pequeno cômodo usado como quarto de vestir.
Código de obras – Conjunto de leis e posturas municipais que controla o uso do solo urbano.
Coeficiente de Absorção Sonora (NRC) – Resultado da divisão entre a soma da energia sonora
absorvida pelo material ou sistema e a energia sonora transmitida através do mesmo pela
energia sonora incidente em sua face exposta. Este número varia entre 0 e 100, expressando o
percentual de energia sonora absorvida/transmitida pelo material, e representa a média
aritmética dos valores obtidos nas freqüências de 250, 500, 1.000 e 2.000Hz.
Coeficiente de Conditividade Térmica (K) – Indica a quantidade de calor (W) que, em uma
hora (h), atravessa um metro quadrado de camada de material com um metro de espessura,
em estado contínuo de aquecimento, sendo a diferença de temperatura entre as superfícies
de 1°C.
Coeficiente de Isolamento Acústico (CAC) – Valor expresso em decibéis (dB) que indica a
quantidade de energia sonora retida pelo material ou sistema, ou seja, que não é transmitida
para o ambiente adjacente
Coeficiente de sombreamento – Índice de energia solar que é admitida pelo vidro por
radiação, estabelecido pela relação entre o ganho de calor solar através de um determinado
vidro, sob condições ambientais específicas, e o ganho de calor solar através do vidro
monolítico incolor de 3mm de espessura (padrão Ashrae) nas mesmas condições ambientais.
Cobertura – Conjunto de madeiramentos e de telhas que serve de proteção à casa.
Coletor de energia solar – Placa com células foto voltaicas que capta a energia solar e a
transforma em eletricidade ou energia térmica.
Colonial – Tipo de arquitetura praticada nos países que foram colônias em Portugal. Assim, as
influências portuguesas estão presentes já nas primeiras construções brasileiras e as
espanholas marcam alguns países da América do Sul, Central e do Norte. Os ingleses deixaram
a sua herança na América do Norte. Já elementos da arquitetura holandesa e francesa
aparecem na América Central, sobretudo na região das Caraíbas.
Colonial americano – Colonizadores espanhóis, franceses, holandeses e ingleses marcaram a
arquitetura americana. No sul do país, aparecem casas hispânicas, feitas em adobe e com
pátios internos. Os holandeses deixaram como herança as construções de pedra e os telhados
de ripas de madeira. A partir de 1700, o estilo georgiano introduz elementos renascentistas
nas construções. Em seguida, o estilo Adam promove um refinamento das linhas clássicas,
presente nos pórticos elaborados com colunas e lunetas. O Early Classical Revival (1770-1830)
fecha o ciclo do colonial americano com uma revista ao classicismo grego, trazendo cúpulas e
frontões, sustentados por colunas dóricas e jônicas.
Colonial brasileiro – Estilo que começa a formar-se com as casas dos bandeirantes: uma só
cobertura, sustentada por pilares e aberta nos lados. A partir do século XVII, em Minas Gerais,
a arquitetura ganha requintes: telhados de quatro águas, janelas e portas simétricas, varandas
circundando as áreas sociais. As casas são fechadas para o exterior, e sua planta interna é
ampliada com saguão, quarto de hóspedes e salão de visitas. Surgem os ornamentos talhados
em pedra. Esses elementos foram adaptados às diversas regiões do país.
Coluna – Elemento estrutural de sustentação, quase sempre vertical. Ao longo da história da
arquitetura, assumiu as formas mais variadas e diversos ornamentos. Pode ser de pedra,
alvenaria, madeira ou metal e consta de três partes: base, fuste e capitel. Esses elementos
aparecem inicialmente nas colunas dóricas e jónicas dos templos gregos. A partir da visão
funcionalista do arquiteto suíço Le Corbusier, ainda na primeira metade deste século, as
colunas passaram a ser chamadas internacionalmente de pilotis e ganharam formas limpas.
Colunata – Conjunto de colunas enfileiradas de forma simétrica.
Comunicação visual – Podem ser letreiros, adesivos plásticos, toldos com logomarcas, ou
similares.
Combogó – Chamado também de elemento vazado, é feito de concreto ou cerâmica e limita
os ambientes sem impedir a entrada de ar. Foi inventado por três engenheiros-arquitetos
brasileiros, na primeira metade do século, que o batizaram com a união de suas iniciais:
Coimbra, Boeckmann e Góis.
Concreto – Mistura de água, cimento, areia e pedra britada, em proporções prefixadas, que
forma uma massa compacta e endurece ou ganha pega com o tempo. Concreto aparente é
aquele que não recebe revestimentos. Concreto armado: na sua massa dispõem-se armaduras
de aço chamados de vergalhões para aumentar a resistência. concreto ciclópico tem pedras
aparentes e de volume avantajado e de formas irregulares. Concreto celular é uma variável
que substitui a pedra britada por microcélulas de ar obtidas por uma betonagem adequada,
conferindo-lhe grande leveza e a aparência de espuma, servindo para enchimentos.
Concreto celular autoclavado – Produto constituído de cal, cimento, areia e pó de alumínio
(um agente expansor que funciona como fermento, fazendo a argamassa crescer e ficar cheia
de células de ar, tornando-a leve), além de água. Cortada em blocos ou painéis, que vão para
uma autoclave para cura, a argamassa dá origem ao silicato de cálcio, composto com alta
resistência à compressão e ao fogo e de ótimo desempenho termo acústico. Os blocos são
utilizados para vedação de vãos e enchimento de lajes nervuradas, e os painéis armados para
paredes ou lajes. Também são encontrados blocos-canaletas para vergas e contra-vergas. Por
ser leve, o produto é indicado principalmente para estruturas que não devem sofrer
sobrecargas.
Consolidação da servidão – Modo de extinção desta, pela reunião dos dois prédios, o
dominante e o serviente, no domínio da mesma pessoa.
Console – Elemento em balanço na parede para servir de apoio às estátuas, vasos ou mesmo
balcões ou sacadas.
Consultor – Profissional experiente contratado para solucionar ou dar parecer sobre assunto
específico exemplo estrutura, impermeabilização.
Contrapiso – Camada, com cerca de 3 a 5 centímetros de cimento e areia, que nivela o piso
antes da aplicação do revestimento.
Contraverga – Viga de concreto usada sob a janela para evitar a fissuração da parede.
Controle tecnológico – Controle tecnológico de concreto e aço, trata-se de ensaios de corpos
de prova de resistência.
Cordão – Pequena moldura curva numa das arestas, uniforme ou em forma de cordel, usada
para arremates, tais como na junção do rodapé com os pisos de madeira, nos forros de
madeira, nas esquadrias, etc..
Corrimão – Apoio para a mão colocado ao longo das escadas.
Cooperativa habitacional – Formada com o intuito de construir casas populares, a serem
vendidas a seus associados, podendo para tanto efetuar operações creditarias.
Corte – Desenho que apresenta uma construção sem as paredes externas, deixando à mostra
uma série de detalhes como: pé-direito, divisões internas, comprimentos, escadas, etc..
Corte ou desmonte – Retirada de terra para a formação de plataformas horizontais que
receberão a edificação. Utilizar essa terra para o aterro.
Cota – Toda e qualquer medida expressa em plantas arquitetônicas.
Cromado – Metal que recebe uma camada de cromo. Elemento metálico, duro, que dá brilho
semelhante ao aço inoxidável.
Croquis – Primeiro esboço de um projeto arquitetonico.
Cruzeta – Ornato em forma de cruz. Ferragem que reforça os encaixes de madeira dos
telhados, em especial na transferência da carga do telhado para as colunas.
CUB – A Norma define os critérios de cálculo do CUB (Custo Unitário Básico), que é um
indicador do custo de construção, utilizado como instrumento de reajuste para os valores
monetários calculados nos Quadros da própria NBR 12.721.
Cumeeira – Parte mais alta do telhado, linha de cume , onde se encontram as superfícies
inclinadas (águas). A grande viga de madeira que une os vértices da tesoura e onde se apoiam
os caibros do madeiramento da cobertura. Também chamada espigão horizontal.
Cúpula – Parte superior interna e externa de algumas construções. Uma curiosidade das
cúpulas é o aparecimento do óculo, abertura no seu ponto mais alto que permite a entrada de
luz e que, muitas vezes, conta com uma pequena edícula, chamada lanterna ou lanternim.
Outra curiosidade é que, normalmente, as cúpulas são duplas, ou seja, é feita uma cúpula
interna, oca, e outra externa, encarregada da proteção da construção. Ver Abóbada.
Declive – Ladeira. Quando o terreno se apresenta em subida em relação à rua.
Deck – Piso em madeira ripada, geralmente para circundar piscinas, banheiras e
represamentos de água ou servir de palco criando desnível.
Demão – Cada uma das camadas de tinta ou qualquer outro líquido aplicada sobre uma
superfície qualquer.
Desempenadeira – Instrumento de pedreiro, feito em madeira, metal ou acrílico, usado para
distribuir e aplainar a massa sobre as paredes.
Desgaste – Ver Abrasão.
Dilatação – Aumento de dimensão. Aumento do volume dos corpos, principalmente a partir da
ação do calor. Os projetos de engenharia e arquitetura trabalham com previsões de dilatação
dos materiais e dos elementos envolvidos numa estrutura de construção. Ver Junta de
dilatação.
Divisória – Paredes que separam compartimentos de uma construção. Tapumes, biombos.
Domo – Cúpula convexa (quando vista de baixo para cima) ou arredondada que corre uma
abertura no alto de uma construção, oferecendo iluminação e ventilação naturais.
Dormer/window – Abertura ou janela sobre o telhado; janela de água furtada, trapeira.
Drenagem – Escoamento de águas por meio de tubos ou valas subterrâneas, chamados de
drenos.
Dry-wall – Paredes executadas com gesso acartonado impermeável, gesso cujo papel utilizado
é verde e perfis metálicos.
Duto – Tubo que conduz líquidos (canos), fios (condutores) ou ar.
Edificação – Obra, construção, do latim “aedificatione” , o edificador do latim “aedificatore” e
edificante “aedificandi”. Quando usado para área não construível denomina-se área “NON
AEDIFICANDI”.
Edícula – Construção complementar à principal, onde, geralmente, ficam instalados a área de
serviços, as dependências de empregados ou o lazer.
Elemento vazado – Peça produzida em concreto, cerâmica ou vidro, dotada de aberturas que
possibilitam a passagem do ar e luz para o interior da casa. Comum em muros, paredes e
fachadas.
Eletricista – Profissional encarregado de fazer a instalação eléctrica projetada pelo engenheiro.
Elevação – Representação gráfica das fachadas em plano ortogonal, ou seja, sem profundidade
ou perspectiva.
Embargo de obra – Ocorre a imposição de paralização dos trabalhos na obra quando alguma
lei é desobedecida, ou licença não autorizada, em geral a prefeitura e os orgãos fiscalizadores
(CREAs, IBAMA, FEEMA) possuem este poder. Aplicando multas e estabelecendo prazos para
solução, junto ao orgão. Qualquer cidadão conhecedor da legislação pode dar entrada em
denuncia contra a firma, portanto todo cuidado deve ser dado à legislação local.
Emboço – Primeira camada de argamassa nas paredes. É feito com areia grossa, não
peneirada.
Empena – Cada uma das duas paredes laterais onde se apoia o pau da cumeeira nos telhados
de duas águas; cada uma das faces dos frontões.
Empreitada – Um ou mais profissionais contratados para executar qualquer tipo de obra ou
serviço, sendo tratado que recebem para executar aquela tarefa e o pagamento fica pré
estabelecido apenas ao término da tarefa a 100%, é fixado o prazo com tal objetivo acordado
entre as partes.
Engastado – Encaixado, embutido.
Engenharia – Ciência técnica e arte das construções civis.
Engenheiro civil – Faz os cálculos e acompanha os elementos da estrutura da obra, tais como
fundações, vigas, pilares e lajes. Instalações, fechamentos, coberturas, acabamentos até a
entrega da obra com o “habite-se”.
Engenheiro elétrico e hidráulico – Calcula acompanha e projeta as instalações elétricas e
hidráulicas, respectivamente, de uma construção.
Encaixilhar/enquadrar – Emoldurar, colocar o caixilho.
Enxaimel – Conjunto de caibros e estacas que sustentam as divisões da estrutura da casa. É
marca registrada dos estilos normando ou germânico, onde fica aparente e compõe um
detalhe interessante na fachada.
EPI – Conjunto de Equipamentos de Proteção Individual, que devem ser fornecidas pelo
empregador gratuitamente para dar-lhe segurança, como botas, luvas, capacetes, óculos,
uniformes etc....
Escada – Série de degraus por onde se sobe ou se desce.
Escavação – Ato de retirar, escavar um volume de terra, areia ou barro de um local com a
devida licença e registro no IBAMA e da FEEMA (Brasil), pois as multas são muito pesadas.
Escora – Peça metálica ou de madeira que sustenta ou serve de trava ou de arrimo a um
elemento construtivo quando este não suporta a carga exigida.
Esmalte – Substância vítrea aplicada sobre metais, cerâmicas e porcelanas. Tinta oleosa usada
especialmente nas esquadrias e nos caixilhos de metal.
Espelhado – Superfície polida, de modo a adquirir a aparência lisa e cristalina do espelho.
Espelho – Face vertical do degrau de uma escada. Placa que veda e decora o interruptor de luz
de um ambiente, ou ainda o vidro com camada reflexiva numa das faces.
Espelho d’água – Pequeno tanque dentro ou fora de casa, onde a água reflete o que estiver a
sua volta.
Espera – Pequena peça de madeira, em forma de cunha, que evita o deslocamento das vigas
ou dos sarrafos. Também denomina os tijolos ou as pedras deixados salientes nos cunhais para
possibilitar a amarração de futuras paredes.
Esquadria – Qualquer tipo de caixilho usado numa obra, como portas, janelas, etc. Seus lados
devem formar esquadro, mas emprega-se essa designação mesmo com outras formas
Estaca – Peça longa, geralmente de concreto armado, que é cravado nos terrenos. Transmite o
peso da construção para as partes subterrâneas – e mais resistentes.
Estribo – Peça de ferro batido que une o pendural das tesouras ao tirante. No concreto
armado, são os pedaços de ferro redondo colocados transversalmente à armadura longitudinal
e destinados, principalmente, a solidarizar esta e a absorver os esforços cortantes. O mesmo
que botaréu.
Estrutura – Conjunto de elementos que forma o esqueleto de uma obra e sustenta paredes,
telhados ou forros.
Estudo preliminar – Quando se verifica a viabilidade de uma solução que dá diretrizes ou
orientações ao ante-projeto.
Estuque – Massa à base de cal, gesso, areia, cimento e água, usada no revestimento de
paredes e de forros. Toda a argamassa de revestimento, geralmente acrescida de gesso ou pó
de mármore. Também usada para fazer forros e ornatos.
Fachada – Cada uma das faces de qualquer construção, a de frente é denominada fachada
principal, e as demais: fachada posterior ou fachada lateral.
Fiada – Fileira horizontal de pedras ou de tijolos de mesma altura que entram na formação de
uma parede.
Fibra de carbono – Material de altíssima resistência e pouco peso, composto de carbono e que
já está sendo empregado na execução de barras ou tiras para serem incorporados no concreto
para armação em peças onde o ferro inviabiliza.
Fibra ótica – Material em forma de fios que é empregado na transmissão de dados e voz,
aumentando inúmeras vezes a capacidade em relação aos meios usuais, sendo porém de custo
bem mais elevado.
Fibrocimento – Material que resulta da união do cimento comum com fibras de qualquer
natureza – a mais frequente é a fibra do amianto.
Filete – Moldura estreita, friso.
Fissura – Corte ou trinca superficial no concreto ou na alvenaria.
Flameado ou flamejado – Tratamento a fogo sobre rochas, obtendo acabamento próximo ao
apicoado, acumulando menos sujeira torna a limpeza melhor.
Folha – Elemento da asa de dobradiça; cada parte de portas ou janelas que necessita de
dobradiças para se mover.
Forma – Elemento montado na obra para fundir o concreto, dando formas definitivas a vigas,
pilares, lajes, etc., de concreto armado, que irão compor a estrutura da construção. Em geral,
são de madeira ou de metal.
Forro – Material que reveste o teto, promove o isolamento térmico e acústico entre o telhado
e o piso. Pode ser de madeira, gesso, estuque, placas fibrosas, tecidos, etc. Há ainda o forro
gamela, típico do colonial mineiro, que é formado por cinco superfícies, quatro delas inclinadas
e trapezoidais, enquanto a quinta é retangular, horizontal e fecha o forro.
Forro de gesso acartonado – Executado com a fixação de painéis de gesso e perfis metálicos,
não requer revestimento, mas precisa de mão de obra especializada. Permite trabalhos de
arquitetura super elaborados.
Fossa séptica – Cavidade subterrânea, feita de cimento ou de alvenaria, onde os esgotos são
acumulados e decantados, sendo posteriormente encaminhados a uma nova fossa tipo
anaeróbica ou à rede de esgotos.
Freático – Nível do freático, na sondagem esse nível representa onde encontramos o solo com
seus vazios repletos de água, ali ao cavarmos forma-se uma poça pela migração e esta
estabiliza no referido nível. Ver rebaixamento.
Fresco – Técnica de pintura usada na Renascença Italiana. Trabalha o revestimento ainda
húmido de paredes e tetos, permitindo a absorção da tinta.
Frisar – Processo de tornar uma área com sulcos através de equipamentos especiais que
retiram a capa superficial deixando intacta a base e ficando assim preparado para receber
nova camada de acabamento, por exemplo camada de asfalto.
Friso – Espaço que separa a arquitrave da cornija, nas construções clássicas, sendo comumente
ornado de escultura ou inscrições, também é o nome genérico que recebem as barras ou
faixas pintadas ou esculpidas ao longo de uma parede geralmente abaixo dos tetos.
Frontão – Componente de arremate superior das janelas ou portas; o acabamento que veda o
espaço entre duas águas da cobertura; o arremate triangular do encontro entre a parede e
duas águas da cobertura.Atualmente, sua função original foi praticamente abandonada, e o
elemento passou a servir de mero ornamento.
Frontispicio – Fachada ou frente de um edifício; o mesmo que frontaria, em bancas de pedra
polida é a tira de arremate superior.
Fundação/alicerce – Conjunto de estacas e sapatas responsável pela sustentação da obra. Há
dois tipo de fundação rasa, ambas indicadas para terrenos firmes: a sapata isolada, que é
composta por elementos de concreto de forma piramidal, construídos nos pontos que
recebem a carga dos pilares e interligados por baldrames; e a sapata corrida, constituída por
pequenas lajes armadas, que se estendem sob a alvenaria e recebem o peso das paredes,
distribuindo-o por uma faixa maior do terreno. Para terrenos mais difíceis, existem as
fundações profundas, como as estacas tipo broca ou tipo strauss.
Fungicida – Produto químico (veneno) para eliminar insetos ou pragas.
Fuste – Parte intermédia de uma coluna, entre a base e o capitel.
Gabarito – Marcação feita com fios nos limites da construção antes do início das obras. O
encontro de dois fios demarca o lugar dos pilares. É feito baseado no trabalho do topógrafo,
planialtimetria, RN etc.... Também chamada assim a peça que é executada geralmente em
compensado ou papel grosso onde é marcada a forma exata que a futura peça irá ter no local,
ou irá se encaixar. Em urbanismo, chama-se assim à altura máxima que podem ter os edifícios
em determinadas ruas.
Galvanizar – Dourar ou pratear. Recobrir uma superfície com metal para preservá-lo da
corrosão.
Gambiarras – Instalações provisórias numa obra, para executa-la.
Gambrel roof – Cobertura composta por duas águas pequenas superiores e outras duas
maiores, com grande inclinação. É típica dos celeiros americanos do período colonial.
Gárgula – Cano situado nas extremidades dos beirais que recolhe as águas pluviais que se
acumulam nas calhas; orifício por onde corre a água de uma fonte de um chafariz.
Gazebo – Pequeno quiosque colocado no jardim. Sua estrutura é formada de madeira, ferro ou
pedra, e o fechamento é feito com vidros ou treliças.
Geminada – Referência a duas casas unidas por uma mesma parede central de meação.
Gesso – Pó de sulfato de cálcio que misturado à água forma uma pasta compacta, usada no
acabamento de tetos e paredes.
Gesso acartonado – Painéis de gesso revestido por papel cartão tem espessura em geral de
12mm e é fixado em perfis fixados no teto ou piso e paredes, pode ser comum, verde
impermeável e cimenticio cujo preço é o dobro , usada no acabamento de tetos e paredes.
Gofrado ou gofrato – Acabamento em madeira feito com tinta poliuretânica texturizada de
aspecto final fosco, resistente a riscos e à maioria dos produtos de limpeza.
Gótico – Estilo que surgiu na frança, na segunda metade do século XII, marcando as
construções com abóbadas ogivais e motivos tirados da natureza, como as rosáceas. O gótico
varia de país para país e culmina com estruturas finas de pedra demarcando grandes janelas
com vidro.
Grafiato – Tipo de textura ou pintura aplicada como acabamento.
Granilite – Mistura de cimento (geralmente branco), pó de mármore (marmorit) e rochas
minúsculas (granilhas), usada para revestir paredes e pisos. Executado no próprio local da
aplicação, exige o uso de juntas de dilatação plásticas ou metálicas, geralmente recebe
polimento com máquina especial e enceramento.
Granito – Rocha cristalina formada por quartzo, feldspato e mica. Muito usado para revestir
pisos. Existem diversas cores de granito e, muitas vezes, o seu nome deriva da sua cor ou do
local onde fica a jazida.
Grega – Tema ornamental, feito em barrado de gesso ou madeira, caracterizado por linhas
retas e entrelaçadas
Grés – Material cerâmico duro, denso, opaco e não-poroso, composto de argila e feldspato.
Sua dureza varia desde a grande resistência ao risco e ao choque até as pedras que se
esboroam com a pressão dos dedos.
Gretagem – Fissura sobre a superfície esmaltada de cerâmicas, causada pela diferença de
dilatação entre a massa cerâmica (chamada de base) e a camada cristalina da superfície, que
protege o desenho (chamada de esmalte). Seu formato é geralmente circular, espiral ou como
uma teia de aranha.
Guarnição – Peça que arremata, ou mata a junta com a parede fixado em aduelas e marcos,
também chamado alisar ou cercadura, se for de madeira composto de réguas ou sarrafos,
podendo ser trabalhados.
Guarda-corpo – Grade ou balaustrada de proteção usada em balcões, janelas, sacados ou
varandas.
Guia – Peça de pedra ou de concreto que delimita a calçada da rua. Peça que direciona o
sentido de movimento das peças móveis, como as portas de correr.
Hall de entrada – Patamar de acesso ao interior da casa.
Habitação – 1. (“habitatio”) – Direito real, personalíssimo, conferido a alguém, de morar
gratuitamente, com sua família, na casa alheia, durante certo espaço de tempo. 2. Casa que a
pessoa ocupa e onde vive, no momento. Morada, domicílio, residência. Ao termo habitação
também se dá i sentido de prédio, imóvel, alojamento.
Habite-se – Documento emitido pela prefeitura com a aprovação final de uma obra e para
permitir que seja habitada.
Hidráulica – Refere-se ao sistema de abastecimento, distribuição e escoamento de água numa
casa.
Hidromassagem – Banheira equipada com sistema de sucção e impulsão que gera
movimentação da água podendo receber agua aquecida ou ter aquecimento próprio.
Home theater – Conjunto de equipamentos de áudio e vídeo que reproduz em casa as
características sonoras e de projeção dos cinemas.
Iluminação ou luminotécnica – Arte de distribuir luz artificial ou natural num espaço.
Impermeabilização – Conjunto de providências que impede a infiltração de água na estrutura
construída, podendo ser com filme plástico ou por aplicação de camadas de betume ou massa
impermeável chamada de manta em geral com 3mm. Complemento através de proteção
mecânica com massa de cimento e areia, lembrar que esses são responsabilidade de
fornecimento do contratante.
Implantação – Criação do traçado no terreno para demarcar a localização exata de cada parte
da construção. Ver Gabarito.
Inclinação – Ângulo formado pelo plano com a linha horizontal, para compor coberturas,
escadas, rampas ou outro elemento inclinado.
Incrustação – Adorno que destaca composições com elementos embutidos ou incrustados.
Infiltração – Ação de líquidos no interior das estruturas construídas. Existem dois tipos básicos:
de fora para dentro, quando se refere aos danos causados pelas chuvas ou pelo lençol freático;
e de dentro para fora, quando a construção sofre os efeitos de vazamentos ou problemas no
sistema hidráulico.
In loco – Refere-se ao ato de executar no local.
Inoxidável – Refere-se aos metais submetidos a processos que impedem a oxidação ou a
ferrugem.
Insolação – Quantidade de energia térmica proveniente dos raios solares recebida por uma
construção.
Isolamento – Recurso para resguardar um ambiente do calor, do som e da umidade.
Instalação – Trata-se, inicialmente, das primeiras providências tomadas para que uma obra
seja começada, como a demarcação do canteiro de trabalho ou a construção do depósito, por
exemplo: abrange o conjunto das instalações elétrica, hidráulica, de gás ou de ar condicionado.
Janela – Abertura destinada a iluminar e ventilar os ambientes internos, além de facilitar a
visão do exterior.
Janela de sacada – Janela aberta ao rés do pavimento, se este for em andar alto.
Jirau – Estrado ou laje em piso à meia altura que permite a circulação de pessoas sobre ele e
abaixo dele. Não confundir com mezanino ou meio-piso.
Junta – Articulação. Linha ou fenda que separa dois elementos diferentes mas justapostos. As
juntas de dilatação permitem que o material se expanda pela ação do calor, sem danificar-se. É
comum em construções de concreto, no granilite, em pisos asfálticos, etc....
Junta de dilatação – Recurso que impede rachaduras ou fendas. São réguas muito finas de
madeira, metal ou plástico que criam o espaço necessário para que os materiais como
concreto, cimento, etc. se expandam sem danificar a superfície.
Kitchenette / Kitnet– Cozinha pequena ou reduzida, assim acaba também designado no modo
popular o apartamento cuja cozinha é apenas um armário.
Lã de vidro – Manta isolante à base fibra de vidro cor amarela e é usada para tratamento
térmico e acústico em paredes, divisórias e forros de gesso, dependendo da densidade e
espessura é mais barato seu emprego. Rolos de 1x10m ou placas.
Lã de rocha – Manta isolante à base de fragmentos minerais cor marrom e é usada para
tratamento térmico e acústico em paredes , divisórias e forros de gesso, porém seu preço é
maior que a lã de vidro. Seu peso também é grande e seu emprego é utilizado em casos
adequados.
Ladrão – Cano ou orifício de escoamento, situado na parte superior de pias ou reservatórios de
água, que evita o transbordamento de excesso.
Ladrilho – Peça quadrada ou retangular, com pouca espessura, de cerâmica, barro cozido,
cimento, mármore, pedra, arenito ou metal. Chama-se de ladrilho hidráulico quando é rústico
sem brilho e de espessura maior, em geral com floreios, mosaicos.
Ladrilho hidráulico – Tipo de cerâmica rústica, de espessura maior que 8mm e aspecto poroso,
podendo ter desenhos de florões pintados em relevo tem medidas em geral 20 x 20cm ou 15 x
15cm.
Laje – Estrutura plana e horizontal de pedra ou concreto armado, apoiado em vigas e pilares,
que divide os pavimentos da construção.
Laminado – Vidro composto pela sobreposição de camadas de vidro no mínimo 2 que recebe
entre as camadas butirol que é uma resina, com espessuras padrão de 6mm, 8mm, ao quebrar
não solta estilhaços absorve melhor impacto de projéteis.
Laminado melamínico – Ou melamina ou formica ou laminado plástico, tipo de revestimento
feito de folhas de celulose (papel) prensado com resina a altíssima pressão e utilizadas coladas
sobre materiais diversos tendo diversas texturas e padronagens, atualmente se fabrica com
camada de folha de alumínio ou metal o que dá aparência de metal, sendo de custo mais
elevado, dimensões médias 1,25 x 2,51 x 3,05m espessuras de 0,8 a 1,2mm, sendo a mais
grossa para colagem sobre emboço.
Lambrequim – Ornamento recortado em madeira que arremata forros e beirais.
Lambris/lambril – Faixas inferiores que revestem as paredes geralmente em lâminas de
madeira (rodapés), com encaixe do tipo macho-fêmea.
Lanternim – Pequeno telhado sobrepostos à cumeeira que proporciona a circulação do ar.
Lapidado – Vidro que recebe pequeno corte (milimetro) em forma de bizel nas arestas não
confundir com bizotado cuja dimensão é maior , este serve para dar arremate nas arestas em
vidros temperados ou laminados.
Lençol freático – Camada onde se acumulam as águas subterrâneas. Seu rebaixamento é
contratado a firma especializada em solos que utiliza bombas para extração da água e
canalização para bueiros sendo exigida pela Prefeitura a utilização de caixa de coleta e
decantação de sólidos antes do bota fora, sendo aplicadas multas quando a mesma não é
utilizada, havendo embargo da obra.
Levantamento topográfico – Refere-se à análise e descrição topográfica de um terreno.
Licenças de obra – Temos várias licenças que precisam ser obtidas na prefeitura, como a
licença de obra, e quando for necessário a construção de tapume na frente do terreno/obra a
respectiva licença de tapume de obra, sendo renováveis periodicamente. Para obras especiais
existem várias licenças a serem obtidas em diversos orgãos.
Living – Termo que na Arquitetura é o mesmo que sala que serve para ter mobiliário como
sofás e permitir reunião de familiares.
Longarina – Viga de sustentação disposta segundo o comprimento de uma estrutura em que
se apoiam os degraus de uma escada ou uma série de estacas.
Lote – Ver Terreno.
Luminotécnico – É o Projeto ou tudo que diz respeito ao estudo de iluminação de um
ambiente, de uma obra, de um local.
Macho fêmea – Tipo de encaixe onde uma peça traz uma saliência e a outra, uma reentrância.
Mainel – Peça guia metálica removível que serve de trilho para duas portas de enrolar
metálicas.
Mão-francesa – Série de tesouras. Escora. Elemento estrutural inclinado que liga um
componente em balanço à parede, diminuindo o vão livre no pavimento inferior.
Maquete – Reprodução tridimensional, em miniatura, de um projeto arquitetonico.
Marceneiro – Profissional que realiza o trabalho refinado da madeira na obra ou na confecção
de móveis.
Marco – Parte fixa das portas ou janelas que guarnece o vão e recebe as dobradiças, é
considerado de dimensões mais esbeltas como para divisórias, composto de 2 ombreiras e
uma padieira.
Mármore – Rocha cristalina e compacta. Tem bom polimento e pouca resistência ao calor.
Reveste pisos e paredes e também guarnece bancas de cozinha e chuveiros.
Marquise – Pequena cobertura que protege a porta de entrada. Cobertura, aberta
lateralmente, que se projecta para além da parede da construção.
Massa – Argamassa usada no assentamento ou revestimento de tijolos, ou para executar
pisos.
Massa corrida – Massa a base de PVA ou acrílico, aplicada com espátula, que dá um
acabamento liso à superfície a ser pintada.
Massa fina – Mistura proporcional de areia fina, água e cal, utilizada no reboque de paredes
ou muros.
Massa grossa – Mistura proporcional de areia, cal e cimento usada para emboçar ou chapiscar.
Massa temporal isolante – Mistura para massa isolante térmica, protege tubulações na
alvenaria, não contem silicato de cálcio.
Matacão – Pedra arredondada, encontrada isolada na superfície ou no seio de massas de solos
ou de rochas alteradas, com dimensão nominal mínima superior a 10cm.
Maxim-air – Esquadria cujo eixo que é horizontal fica na parte mais alta e basculável para o
exterior.
Meia-água – Telhado com apenas uma água, um só plano inclinado.
Meia-cana – Forma curva de bordas de placas como pedras ou madeira.
Meia-parede – Parede que não fecha totalmente o ambiente, usada como divisória, ou efeitos
trabalhados na parte inferior das paredes; parede feita com meio tijolo.
Meia-esquadria – Chama-se assim o encontro das arestas polidas em forma de chanfros de
cerâmicas e pedras, e também o encontro formando 90 graus de guarnições ou rodapés.
Meio-fio – Ou guia é a peça de pedra ou de concreto que delimita a calçada da rua.
Meio-tijolo – Chama-se a parede de espessura correspondente à largura de um tijolo
assentado pelo comprimento.
Mestre-de-obras – Profissional que dirige os operários numa obra e que possui muita
experiência prática sobre todos os tipos de serviços, mais do que o encarregado.
Mezanino – Piso intermediário que interliga dois pavimentos; piso superior que ocupa uma
parte da construção e se volta para o nível inferior com o pédireito duplo. Atualmente
construído em estrutura metálica.
Montante – Moldura de portas, janelas, etc. Peça vertical que, no caixilho, divide as folhas da
janela.
Mosaico – Trabalho executado com caquinhos de vidro ou pequenos pedaços de pedras e de
cerâmicas incrustados em base de argamassa, estuque ou betume ou mesmo cola.
Mosaico português/pedra portuguêsa – Trabalho executado com pedaços de pequenas
pedras incrustadas em base de areia e cimento a seco, formando desenhos no piso o que
executado pelo calceteiro, podendo depois de pronto receber polimento local.
Muro de arrimo – Muro de peso usado na contenção de terras e de pedras de encostas. Muro
de contenção, comumente de pedras grandes.
Muro de contenção – Usado para contenção de terras e de pedras de encostas.
Muro de testa – Pequena parede construída junto à boca de saída de bueiro ou de comporta,
para proteger contra desmoronamento ou correnteza.
Nicho – É uma cavidade ou reentrância nas paredes, destinada a abrigar um armário ou
prateleiras. É comum na composição de bares ou na exposição de obras de arte.
Nível – Instrumento que verifica a horizontalidade de uma superfícieatravés de uma bolha de
ar num líquido, a fim de evitar ondulações em pisos e contra-pisos.
Nivelar/nivelamento – Regularizar um terreno por meio de aterro ou escavação.
Non aedificandi – Do latim “aedificatione” significa edificação , o edificador do latim
“aedificatore” e edificante “aedificante”.Quando usado para espaço onde não é permitido
construir denomina-se área non aedificandi.
Norma técnica – Regra que orienta e normaliza a produção de materiais de construção.
Obra tipo (empreitada/administração) – A forma de contratar a obra pode ser de dois tipos,
por empreitada global, isto é fixa-se um preço total onde o contratado no prazo estabelecido
fará todos os serviços. O vendedor promove a construção no caso de um edifício e entrega ao
comprador, em um prazo determinado, ou por administração onde o contratado recebe seu
pagamento que será um percentual dos serviços executados, podendo ser um valor fixo. O
proprietário da obra assume os riscos e o prazo. As despesas de construção do
empreendimento são totalmente custeadas pelos compradores das unidades no caso de um
edifício.
Obra branca – Todo trabalho de carpintaria que ficará aparente.
Ogiva – Forma característica das abóbadas góticas.
Oitão – Parede lateral de uma construção situada sobre a linha divisória do terreno; o termo é
muitas vezes confundido com empena, porque, nos séculos passados, era comum encontrar
construções com telhado de duas águas paralelas ao alinhamento do lote.
Ombreira/umbral – Cada uma das peças verticais de portas e janelas responsáveis pela
sustentação das vergas superiores.
Orçamento de obra – Um orçamento é uma previsão (ou estimativa) do custo ou do preço. O
custo de uma obra é o valor correspondente à soma dos gastos necessários para sua execução.
O preço é o custo acrescido da margem de lucro. O orçamento deve ser executado antes do
início da obra, possibilitando o estudo ou planejamento.
Orçamento paramétrico – É um orçamento aproximado, adequado às verificações iniciais,
como estudos de viabilidade ou consultas rápidas de clientes.
Oriel/window – Instalada nos pavimentos superiores, esta janela é semelhante a bay-window,
mas ocupa todo o pé direito do ambiente.
Orientação – Posição da casa em relação aos pontos cardeais.
Ornato – Adorno. Elemento com função decorativa.
Oxidação – Ferrugem. Processo quimico em que se perde o brilho pelo efeito do ar ou por
processos industriais.
Padrão – Modelo. Marco de pedra.
Painel – Grande superfície decorada, tanto no interior como no exterior da construção. Nesse
sentido, apresenta composições de mosaicos, pastilhas, porcelanas ou cerâmicas.
Paisagismo – Estudo da preparação e da composição de espécies vegetais em complemento à
arquitetura, composto pelo projeto paisagistico.
Parapeito – Peitoril. Proteção que atinge a altura do peito, presente em janelas, terraços,
sacados, patamares, etc. Diferencia-se do guarda-corpo por se tratar de um elemento inteiro,
sem grades ou balaústres.
Parede – Elemento de vedação ou separação de ambientes, geralmente construído em
alvenaria.
Parede de gesso acartonado – Executada com a fixação de painéis de gesso e perfis metálicos,
sendo mais leve que paredes convencionais e não requer revestimento, mas precisa de mão de
obra especializada, é mais rápida sua execução. Sua espessura é de 7,50cm em geral ou 10cm.
Parede solteira – Parede que não chega até o forro.
Parquet – Piso feito da composição de tacos, que formam desenhos a partir da mistura de
tonalidades de várias madeiras.
Partido – A opção arquitetônica que atende fatores com topografia, clima, programa familiar,
etc..
Passadiço – Corredor, galeria ou ponte que liga dois sectores ou alas de uma construção.
Pastilha – Pequena peça de revestimento, quadrada ou hexagonal, feita de cerâmica,
porcelana ou vidro.
Patamar – Piso intermediário que separa os lances de uma escada.
Patina/patima – Efeito oxidado, obtido artificialmente por meio de pinturas especiais ou pela
ação do tempo, que dá aspecto antigo às superfícies.
Pátio – Espaço descoberto no interior das casas e cercado pelos elementos da construção.
Paviflex – Leva assim o nome de um fabricante de piso vinílico, colado espessura de 2 ou 3mm.
Pavimento – Andar. Conjunto de dependências de um edifício situadas num mesmo nível. Ver
Piso.
Peanha – Pequeno pedestal, que apoia vasos e esculturas, em balanço em relação à parede.
Pé-direito – Altura entre o piso e o teto.
Pedra – Corpo sólido extraído da terra, ou parte de rochedo, que se emprega na construção de
edifícios, no revestimento de pisos e em peças de acabamento.
Pedreiro – Profissional encarregado de preparar a alvenaria.
Pedrisco – Material proveniente do britamento de pedra, de dimensão nominal máxima
inferior a 4,8mm e de dimensão nominal mínima igual ou superior a 0,075mm.
Peitoril – Base inferior das janelas que se projeta além da parede e funciona como parapeito.
Pele de vidro – Tipo de Revestimento de Fachada onde uma serralheria aplica um tipo mais
simples de esquadria em alumínio padronizada e nela são colados vidros laminados de 6 ou
8mm em geral coloridos, existe a possibilidade de utilizar também nessa esquadria a
alternância com chapas de alumínio e resina (Alucobond/Reinobond etc..) grande beleza e
moderno.
Películas – Existem diversas películas utilizadas coladas sobre vidros, algumas para diminuir
insolação e temperatura, logo sendo tipo reflexivo, e outras completamente transparentes e
com composto especial tipo de resina que acrescenta ao vidro dependendo da espessura de
ambos a capacidade de impedir a penetração de projéteis de grande calibre
comprovadamente, espécie de blindagem sendo fabricadas na Alemanha e portanto de custo
ainda elevado. Existe película tipo manta usada entre o caibramento e as telhas de barro para
evitar entrada de água e isolar temperatura em casas mais rústicas.
Pérgola – Proteção vazada, apoiada em colunas ou em balanço, composta por elementos
paralelos feitos de madeira, alvenaria, betão, etc..
Persiana – Caixilho formado por tábuas de madeira, tiras plásticas, metálicas ou têxteis. São
estreitas, horizontais e móveis para ventilar e regular a entrada de raios solares.
Perspectiva – Desenho tridimensional de fachadas e ambientes.
Pilar – Elemento estrutural vertical de concreto, madeira, pedra ou alvenaria. Quando é
circular, recebe o nome de coluna.
Pilastra – Pilar de quatro faces onde, uma delas está anexada ao bloco construtivo.
Pilotis – Conjunto de colunas de sustentação do prédio que deixa livre o pavimento térreo.
Pintor – Profissional encarregado de preparar e aplicar a tinta nas superfícies que vão receber
pintura.
Piso – Base de qualquer construção. Onde se apoia o contra-piso. Andar. Pavimento.
Piso emborrachado – Mais conhecido pelo nome de um fabricante Plurigoma, resulta da
mistura de diversas cargas vulcanizadas, utilizava a base de “negro de fumo” dai a cor negra e
a resistência dessa substância ultilizada na fabricação de pneus, agora existe em diversas cores
como o cinza, suas dimensões são 50 x 50cm, tendo a face exposta a forma de pastilhas ou
frisos, podendo ser colado ou fixado na massa.
Piso vinílico – Mais conhecido pelo nome de um dos fabricantes Paviflex da Fademac, sendo
de 30 x 30cm, 60 x 60 ou em forma de rolos e espessuras diversas (1,6 -2,0mm), existindo com
e sem flash (manchas caracteristicas) e o de alto tráfego, sendo bom isolante elétrico usado
em ambientes de redes de computadores, não permite uso de água de lavagem.
Pivotante – Esquadria com eixo em forma de pivô vertical (movimento giratório vertical)
permitindo formar angulo reto e localizado ao centro da mesma.
Placas de obra – Instrumento padronizado obrigatório que serve para que os órgãos
fiscalizsadores observem quem é o responsável por cada tipo de serviço contratado, no Brasil é
obrigatório o recolhimento de taxa no CREA da Região desse mesmo profissional, podendo
sofrer advertência e multa no caso de inexistência desta. O Ministério do Trabalho exige uma
com o horário de trabalho e descanso.
Plaina – Instrumento usado para desbastar, aplainar ou tirar irregularidades da madeira.
Plano diretor municipal – Conjunto de leis municipais que controlam o uso do solo urbano.
Planta baixa – Representação gráfica de uma construção onde cada ambiente é visto de cima,
sem o telhado. Essa destina-se a representar os diversos compartimentos do imóvel, suas
dimensões e suas diversas aberturas (esquadrias).
Planta isométrica – Tipo de perspectiva em que o desenho reproduz todos os elementos do
projeto, com pontos de fuga. Muito usada para mostrar instalações hidráulicas.
Platibanda – Moldura contínua, mais larga do que saliente, que contorna uma construção
acima dos frechais, formando uma proteção ou camuflagem do telhado. Ver Frechal.
Platô – Parte elevada e plana de um terreno. O mesmo que planalto.
Poço artesiano – Perfuração feita no solo para encontrar o veio de água subterrâneo.
Poço romano – Tanque ou piscina de dimensões reduzidas e circular.
Policarbonato – Material sintético, transparente, inquebrável, de alta resistência, que substitui
o vidro no fecho de estruturas. Garante luminosidade natural ao ambiente.
Polir – Lustrar uma superfície. São comuns os polimentos das pedras usadas nos revestimentos
de paredes e pisos.
Porcelanato – Revestimento cerâmico ou à base de resina de altíssima resistência e grande
dureza, é bem mais cara, e possui maior qualidade, em geral de dimensões grandes, o nome
tem origem italiana.
Porta – Abertura feita nas paredes, nos muros ou em painéis envidraçados, rasgada até ao
nível do pavimento, que serve de vedação ou acesso a um ambiente.
Post-forming – Acabamento arredondado de bordas, utilizado com laminados plásticos
colados formatados por aquecimento.
Postigo – Pequena abertura ou fresta. Pequeno vão feito a meia altura de uma parede que
permite a passagem de objectos de uma divisão para outra. Portinhola aberta sobre a folha de
uma porta maior.
Preço turn key – Preço adotado para executar o serviço ou obra dito fechado ou tipo pacote.
Preparo – Designa-se assim a aplicação espatulada de camada de cimento e cola PVA branca
sobre pisos cimentados ou azulejos e seu lixamento após a secagem para permitir a colagem
de acabamentos como placas vinilicas, carpetes, ou para recobrir azulejos afim de receber
reboco.
Pré-fabricado – Qualquer elemento produzido ou moldado industrialmente, de dimensões
padronizadas. O seu uso tem como objetivo reduzir o tempo de trabalho e racionalizar os
métodos construtivos.
Projeto – Plano geral de uma construção, reunindo plantas, cortes, elevações, pormenorização
de instalações hidráulicas e eléctricas, previsão de paisagismo e acabamentos. O projeto
arquitetonico precisa de ser préviamente aprovado no DED departamento de edificações, não
podendo ser modificado sem seu conhecimento.
Prumada – Posição vertical da linha do prumo. Também denomina a linha das paredes de uma
construção.
Quiosque – Pequeno elemento em madeira, geralmente com cobertura em fibras naturais,
ideal para a composição de jardins e áreas de lazer
Rebarba – Excesso de massa que escapa ao se comprimir os tijolos durante o assentamento;
aspereza numa superfície qualquer depois de desbastada.
Reboco – Revestimento de parede feito com massa fina, podendo receber pintura diretamente
ou ser recoberto com massa corrida. Quando feita com areia não peneirada recebe o nome de
emboço; se feita com areia fina é denominada massa fina.
Recuo – O mesmo que afastamento.
Refratário – Qualidade dos materiais que apresentam resistência a grandes temperaturas.
Rejunte – Procedimento de aplicação de pós como cimento branco, cimento, serragem fina,
ou granilhas apropriadas, especiais, misturadas em líquidos ou cola PVA, para calafetar
cerâmicas e as juntas da alvenaria ou as frestas entre os materiais de acabamento.
Residências em série – Aquelas que, situando-se ao longo do logradouro público oficial,
dispensam a abertura de corredor de acesso às unidades de moradia, as quais não Poderá ser
em número superior a 20 (vinte).
Residências geminadas – Edificações com duas unidades de moradia contínuas, que possuem
uma parede comum.
Respiro – Pequena abertura que favorece a ventilação em armários, depósitos, tubulações,
etc..
Revestimento – Designação genérica dos materiais que são aplicados sobre as superfícies
toscas e que são responsáveis pelo acabamento.
Rodapé, rodameio e rodateto – Faixa de protecção ao longo das bases das paredes, junto ao
piso. Os rodapés podem ser de madeira, cerâmica, pedra, mármore, etc. Os rodameio ficam a
1m do piso e servem de bate maca, ou proteção das paredes, os rodateto são usados junto aos
tetos.
Rufo e contrarufo – Elementos que guarnecme os pontos de encontro entre telhados e
paredes, evitando infiltração de água pluviais na construção. Um fica disposto coroando o topo
das alvenarias, e o outro entra com aba.
Sacada – Pequena varanda. Qualquer espaço construído que faz uma saliência sobre o
paramento da parede. Balcão de janela rasgada até ao chão com peitoril saliente. Ver Balcão.
Teoricamente, é qualquer elemento arquitetônico que se projeta para fora das paredes sem
estrutura aparente, ou seja, o mesmo que balanço. Na prática, é sinônimo de balcão.
Saguão – Local ou espaço numa na entrada de uma edificação que leva às escadarias ou
elevadores (BR).
Sanca – Moldura, normalmente em gesso, instalada no encontro entre as paredes e o teto.
Pode ter diversos formatos e ainda embutir ou não a iluminação.
Sapatas – Parte mais larga e inferior do alicerce. Há dois tipos básicos: a isolada e a corrida. A
primeira é um elemento de betão de forma piramidal construído nos pontos que recebem a
carga dos pilares. Como ficam isoladas, essas sapatas são interligadas pelo baldrame. Já a
sapata corrida é uma pequena laje armada colocada ao longo da alvenaria que recebe o peso
das paredes, distribuindo-o por uma faixa maior de terreno. Ambos os elementos são
indicados para a composição de fundações assentes em terrenos firmes, é também a peça de
madeira disposta sobre o pilar e que recebe todo o peso sobre si; peça em ferro colocada
sobre a estaca, facilitando sua cravação.
Sarjeta – Vala, valeta, escoar águas.
Sarrafo – Ripa de madeira, com largura entre 5 e 20 centímetros e espessura entre 0,5 e 2,5
centímetros.
Selador – Componente usado para impermeabilizar, fechar os poros de uma superfície.
Selatrinca – Massa cuja composição leva silicone, sua aplicação principal é para fechar
pequenas trincas em paredes ou tetos, permite que elas desapareçam visualmente pois o
silicone estica ou retrai mas a trinca fica imperceptível ao olho mantendo a pintura contínua.
Seixo rolado – Pedra de formato arredondado e superfície lisa, características dadas pelas
águas dos rios, de onde é retirada. Existem também seixos obtidos artificialmente, rolados em
máquinas.
Shaker – Estilo trazido para os Estados Unidos pelos colonizadores ingleses. Caracteriza-se pela
extrema simplicidade das formas, já que seus inspiradores, muito religiosos, viam a
ornamentação como pecado.
Shaft – Vão na construção para passagem de tubulações e instalações verticalmente.
Shed – Originalmente, termo inglês que significa alpendre. No Brasil, designa os telhados em
forma de serra, com um dos planos em vidro para favorecer a iluminação natural. Bastante
comum em fábricas e galpões.
Shingle – Cobertura feita com telhas de madeira, típica dos Estados Unidos no século XIX.
Sifão – Peça formada por um compartimento que retém água, encontrado na saída das bacias
sanitárias, nos ralos sifonados e em caixas de inspeção nas redes de esgotos.
Silicone – Material usado na vedação, na adesão e no isolamento de qualquer superfície
(cimento, vidro, azulejo, bloco, cerâmica, madeira, etc..) que exija protecção contra infiltrações
de água.
Soalho – Piso de madeira de tábuas corridas.
Solário – Espaço reservado para tomar banhos de sol.
Soleira – A parte inferior do vão da porta no solo. Também designa o arremate na mudança de
acabamento de pisos, mantendo o mesmo nível, e nas portas externas, formando um degrau
na parte de fora.
Sondagem – Contratação de firma de fundações que executa perfuração do terreno antes do
inicio de projetos permite obter dados da resistência do solo, para lotes pequenos em geral
são 3 furos.
Sonex – Painéis de Espuma (plástico) em geral com forma de corrugado de altura até 5cm que
é colado sobre ambientes onde se quer diminuição do ruído, no tratamento acústico, pode ter
cores variadas permitindo obter um bom acabamento estético. Mas pode ser liso, e existem
outros fabricantes que o denominam diferente.
Sótão – Divisão que surge dos desníveis do telhado no último pavimento de uma construção.
Strutural glazing – Tipo de esquadria utilizado em show room onde a própria estrutura
metálica de cobertura se integra com a fachada através de perfis tubulares (aço inox) com
garras salientes fixadas por parafusos e nessas garras ou sapatas são fixados os panos de vidro
temperados ou laminados que já vêem com furação padronizada nas extremidades, sua
origem é Alemã, utilizado também no mobiliário Urbano (paradas de ônibus) atualmente.
Tabeira – Peça de contorno no perímetro e arremate em pisos.
Tábua – Peça de madeira plana e delgada, própria para pisos.
Tábua corrida – Piso de tábuas encaixadas em geral largas e contínuas. Ver soalho. Que são
fixadas sobre ripas chamadas granzepes.
Taco – Cada uma das pequenas peças de madeira que formam o parquet, ou usado embutido
nos vãos de alvenarias para fixar caixilhos de madeira.
Talude – Rampa. Inclinação de um terreno em consequência de uma escavação, escarpa.
Volume inclinado de terra, coberto por grama, que atua como muro de arrimo, impedindo o
desmoronamento do solo.
Tapume – Vedação provisória feita de tábuas que separa a obra da rua.
Telhado – Cobertura de uma edificação.
Telha – Cada uma das peças usadas para cobrir as construções. As telhas têm formas variadas
e podem ser de barro, cerâmica, chumbo, madeira, pedra, cimento-amianto, alumínio, ferro,
policarbonato, vidro, manta asfáltica, etc. Cada inclinação de telhado requer um tipo de telha.
Ex: Capa-canal, colonial, francesa, vã, etc..
Temperado – Vidro que recebe tratamento térmico na fabrica, assim cria tensões internas que
ao partir-se o faz em pequenos fragmentos e sendo apropriado para locais de grande
frequência de público ou sujeito a maior indice de acidentes como em box, espessuras padrão
de 10mm e 8mm.
Terça – Viga de madeira que sustenta os caibros do telhado. Peça paralela à cumeeira e ao
frechal.
Terraço – Cobertura plana. Galeria descoberta. Espaço aberto ao nível do solo ou em balanço.
Terracota – Argila modelada e cozida. Também designa nuances do marrom que lembram a
cor da terra.
Terracor e terracal – Tipo de pintura que imprime textura e utiliza a aplicação de dois
componentes reagentes sobre superfície emassada com massa acrílica e bem lixada, existe
outra similar com textura diferente denominada Terracal.
Terraplanagem – Preparação do terreno para receber a construção.
Terraplenar – Preencher um espaço com terra até que atinja o nível desejado.
Terreno – Lote. Espaço de terra sobre a qual vai assentar a construção.
Terreno edificado – Terreno com construção.
Tesoura – Armação de madeira triangular, usada em telhados que cobrem grandes vãos, sem o
auxílio de paredes internas.
Testada – Parte da rua ou da estrada que fica à frente de um prédio – testeira.
Textura – Efeito plástico. Massa, tinta, ou qualquer material empregado para revestir uma
superfície, deixando-a áspera.
Tijolo – Peça de barro cozido usada na alvenaria. Tem forma de paralelepípedo retangular com
espessura igual a metade da largura, que, por sua vez, é igual a metade do comprimento. Os
tijolos laminados são produzidos industrialmente. Existe também o tijolo cru (adobe), o tijolo
de cunha forma destinada à construção de arcos, tijolo furado (o nome já define), tijolo
refratário com argila pura ou componentes refratários.
Tijolo de espelho – Tijolo assentado com a face maior à vista.
Tirante – Viga horizontal (tensor) que, nas tesouras, está sujeita aos esforços de tracção. Barra
de ferro, cabo de aço ou qualquer outro elemento que se presta aos esforços de tração, barra
de ferro que absorve os empuxos laterais de paredes ou abóbadas impedindo que
desmoronem.
Topografia – Análise e representação gráfica detalhada de um terreno que direciona toda a
implantação da construção, reprodução gráfica de um terreno, incluindo aclives, declives e
irregularidades. Ver Implantação.
Topógrafo – Profissional que estuda os níveis e as características do terreno sendo muito
importante a contratação deste para ajudar o arquiteto e o engenheiro no seu trabalho,
evitando surpresas durante a obra, como locação de obstáculos e árvores existentes.
Treliça – Armação formada pelo cruzamento de ripas de madeira. Quando tem função
estrutural, chama-se viga treliça e pode ser de madeira, metal ou alumínio.
Trena – Fita métrica especifica para medir terrenos.
Urbanismo – Técnica de organizar as cidades com o objetivo de criar condições satisfatórias de
vida nos centros urbanos.
Vala – Escav ação estreita e longa feita no solo para escoar águas residuais ou pluviais e
também para a execução de baldrames e de instalações hidráulicas ou eléctricas.
Valor venal – 1 - O que é concernente a venda; o valor normal ou comercial da coisa leva em
consideração a metragem, a localização, a destinação e o tipo de imóve, para efeito de venda.
2 (leg. fisc.) – Valor provável, ou realizável, de um imóvel lançado na repartição arrecadadora
competente, de acordo com o preço provado da aquisição ou que lhe foi atribuído por
avaliação fiscal.
Vão – Abertura ou rasgo numa parede para a colocação dejanelas ou portas.
Vão livre – À distância entre os pontos de apoio de uma abertura.
Varanda – Alpendre grande e profundo. Ver sacada.
Vedação – Ato de vedar. Fechar.
Verniz – Solução composta de resinas sintéticas ou naturais que trata e protege a madeira e o
concreto armado.
Verniz à boneca – Aplicar verniz com algodão a fim de obter um acabamento mais cuidadoso e
requintado.
Verga – Peça de concreto ou madeira colocada sobre vãos de portas e janelas que apóia a
continuação da parede.
Viabilidade – É o estudo do potencial que pode ser edificado em um terreno seja comercial ou
residencial, instalação.
Vidro acidato – Aquele que passa por um processo de banho de ácido que deixa o mesmo com
aspecto parecido com o jateado, só que não mancha ao toque de mãos, processo Italiano.
Vidro aramado – Aquele que tem uma trama de arame no seu interior para torná-lo mais
resistente.
Vidro bizotado – Aquele que tem na borda um chanfro de 2 a 3cm, dando efeito de facetado.
Vidro jateado – Aquele que passa por um processo de jato de areia que o torna àspero,
mancha ao toque de mãos.
Vidro laminado – Aquele que passa por um tratamento especial composto por diversas
camadas geralmente unidas por butirol para torná-lo mais resistente a impactos.
Vidro lapidado – Aquele que tem as arestas da borda eliminadas (lapidadas) através de uma
ferramenta impedindo que ao toque não cause ferimentos ou cortes.
Vidro temperado – Aquele que passa por um tratamento especial de aquecimento e rápido
arrefecimento para torná-lo mais resistente a impactos.
Viga – Elemento estrutural horizontal ou inclinado de madeira, ferro ou concreto armado
responsável pela sustentação das lajes. A viga transfere o peso das lajes e dos demais
elementos (paredes, portas, etc..) para as colunas.
Vigota – Pequena viga também chamada de verga.
Vinil – Tipo de plástico apropriado para revestir pisos e paredes.
Vitrificado – Material que assume a aparência do vidro. Muitas vezes, resulta da aplicação de
uma camada de vidro sobre outro material.
Parte 20 –
Bibliografia/Links Recomendados
Manual Técnico de Pintura Hidracor. [2015].
MANUAL de Pintura Suvinil. [S.L.: s.n., 1999].
SANTOS, João Souza. Pintor de obras. Salvador: SENAI, 1997. 43 p. il.
Construção e Reparos I : guia de estudo / coordenação, Laboratório Trabalho & Formação /
COPPE - UFRJ / elaboração, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - Departamento
de Engenharia de Construção Civil. Reimpressão. Brasília : Ministério do Trabalho e Emprego,
2008. 200p.:il. — (Coleção ProJovem – Arco Ocupacional)
Portal ABRAFATI -Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas
http://www.pintorprofissional.org.br