Estudo de Caso 02

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ESTUDO DE CASO 01

Marielza, 26 anos, solteira foi levada à terapia por sua tia. Está atualmente morando
com sua tia e prima de 14 anos no qual não compartilham de bom relacionamento
interpessoal. A paciente estava há aproximadamente 2 meses e meio sem sair de casa.
Só saia do quarto obrigada pela tia. Passava dias sem comer e sem tomar banho.
Ocupava a maior parte de seu tempo dormindo. Quando acordada, ficava olhando para o
teto ou assistindo televisão, porém sem interesse pelo conteúdo passado. Durante seu
primeiro contato com a terapeuta, afirmou com voz abatida e lenta que não vê mais
sentido na sua vida, questionando por vezes, o que estava fazendo ali. Sentia-se cansada
(relata dores no corpo), e sem energia. A paciente está afastada do trabalho, trabalhava
como recepcionista no escritório do namorado. A paciente queixava-se de forte
angústia, tristeza e ansiedade. Se medicava por conta própria (sertralina) após uma
amiga dizer que tomava para a tia e a mesma comprar; disse que tinha crises de choro
sem motivo aparente e que não sabia dizer ao certo quando começou a se sentir assim
ou o que poderia ter desencadeado seu sofrimento. Simplesmente, foi ficando cada vez
mais irritada com às situações do dia a dia e foi “preferindo” ficar sozinha. “É o único
lugar onde me sinto menos pior”.
Esta não é a primeira vez em que Marielza se sentira assim, porém, relata das outras
vezes não ter se isolado tanto e não tinha com tanta intensidade pensamentos
autodestrutivos. Quando tinha 11 anos, sofreu abuso sexual por parte de um vizinho,
situação que relatou para a mãe, porém ela não acreditou, chamando a filha de
mentirosa e a agredindo fisicamente, desde então, não tem um bom vínculo com a mãe e
relata sentir-se abandonada. Há cerca de 4 anos esse sentimento de abandono tem
aumentado o que causa ainda mais tristeza e desanimo com sua vida.
Marielza está recebendo o salário da empresa, reconhece ter o apoio do seu namorado,
chegando a relatar sentir-se um fardo na vida dele. Ajuda sua tia com as despesas da
casa, porém, sempre com pensamentos de que poderia fazer mais.
ESTUDO DE CASO 02

João buscou assistência em um posto de saúde por apresentar pressão alta e falta de ar.
Ao ser medicado, foi imediatamente encaminhado para a psicologia, uma vez que o
médico percebera que seus sintomas estavam relacionados à forte emoção vivida ao
testemunhar o assassinato de seu filho adolescente por traficantes, dentro de sua própria
casa. Durante atendimento de triagem psicológica, João explica que o filho foi
assassinado na semana anterior e que desde então, não tem conseguido dormir, pois as
imagens do filho morto no chão da sala não saem de sua mente. Tem tomado um
remédio para dormir receitado para sua mãe, o que tem ajudado. Mesmo assim, os
pesadelos são comuns. Queixa-se de “nervosismo”, de uma “agonia que não sabe
explicar” e de não ter mais paciência com os filhos menores. Além disso, João culpa-se
por não ter percebido que o filho estava envolvido com tráfico, acreditando não ser um
bom pai, questionando-se sobre o que poderia ter feito para evitar o ocorrido. Desde o
dia do assassinato, não conseguiu retornar a sua casa e vem passando os dias na casa de
um irmão. Teme pela vida de seus outros filhos e afirma não ter como continuar
morando no bairro, pois não pode confiar em ninguém. Durante o atendimento, João
foca sua fala na descrição dos sintomas, não tecendo comentários sobre como foi para
ele testemunhar a morte do filho.
ESTUDO DE CASO 03
James, um jovem hispânico de 14 anos, é examinado em uma avaliação ambulatorial em
uma clínica pediátrica no sudeste dos Estados Unidos. Ele fica muito ansioso quando
interage com outras pessoas. Seus pais o encorajam a “passar tempo” com os jovens em
sua vizinhança, mas ele não consegue se obrigar a fazê-lo. Todas as circunstâncias
sociais fazem com que se sinta sobrecarregado, mesmo quando seus pais o
acompanham. Durante a avaliação, ele não tem problemas em falar. Deseja participar
das atividades do ensino médio e sair com os amigos, mas não se dedicou a nenhuma
dessas atividades com medo de se fazer de tolo e ficar constrangido. Ele afirma achar
que não vai ser visto como “macho” – ele deseja provar sua masculinidade – e acredita
que, em vez disso, irão caçoar dele por ser “nervoso”. Afirma que não consegue estar
“em público”. Basicamente, fica em casa, navega na internet e faz o dever de casa. Tem
planos de frequentar algum tipo de escola profissionalizante, mas recentemente
começou a se preocupar se vai conseguir concluir o ensino médio devido a seu
nervosismo. Nega sintomas físicos, e seus exames médicos recentes resultaram normais.
Ele não usa álcool nem outras substâncias e não toma substâncias/medicamentos que
possam causar ansiedade. Nega ter ideação, intenção e planos homicidas ou suicidas.

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