EP1 GAI Gabarito 2020
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Geometria Analı́tica I
Exercı́cios programados 1
Gabarito
√
1. Considere os pontos A = (4, 0), B = (−3, 1), C = (0, −7), D = ( 12 , 0), E = (0, 3) e F = (0, 0).
Solução.
Para resolver esta questão, basta discutirmos se os pontos dados no enunciado possuem abscissa
ou ordenada iguais a 0. Os pontos que tiverem abscissa igual a 0 (ou a coordenada x igual a
0, ou a primeira coordenada igual a 0) estão sobre o eixo OY . E os pontos que tiverem ordenada
igual a 0 (ou a coordenada y igual a 0, ou a segunda coordenada igual a 0) estão sobre o eixo
OX. Deu pra entender? É bem simples mesmo :)
(a) Como os pontos A, D, F possuem a segunda coordenada igual a 0, eles estão sobre o eixo
OX.
(b) Como os pontos C, E, F possuem a primeira coordenada igual a 0, eles estão sobre o eixo
OY .
Atenção: O ponto B não está sobre nenhum eixo! E se localiza no segundo quadrante, certo ?
Se você ainda ficou com alguma dúvida, use a figura 1 para te ajudar a entender a questão.
2. Descubra qual quadrante está localizado o ponto P em cada caso dado abaixo:
Solução.
Para relembrar qual a ordem dos quadrantes, veja o texto no Capı́tulo 1 da apostila, que está
na plataforma. Está na página 7.
(a) Neste caso, x = −7 < 0 e y = 2 > 0. Então, A está no 2o quadrante.
√
(b) Neste caso, x = 2 > 0 e y = −5 < 0. Então, B está no 4o quadrante.
1
Figura 1: Exercı́cio 1.
2
(c) Neste caso, x = − 21 < 0 e y = − < 0. Então, C está no 3o quadrante.
√ 3 √
(d) Neste caso, x = − 2 < 0 e y = 5 − 2 ≡ 2.23 − 2 ≡ 0.23 > 0. Então, D está no 2o
quadrante.
√ √
3 −1 + 2 −1 + 1.41 0.41
(e) Neste caso, x = >0ey= ≡ ≡ > 0. Então, E está no 1o
3 2 2 2
quadrante.
Figura 2: Exercı́cio 2.
2
3. Se xy < 0, em quais quadrantes pode estar situado o ponto P = (x, y)?
Solução.
Voltando aos tempos de Ensino Fundamental, vamos relembrar como o sinal dos números influ-
encia a multiplicação deles. Eu aprendi assim: ”A multiplicação de dois números com o mesmo
sinal (sejam os dois positivos ou negativos) resulta em número positivo. A multiplicação de dois
números com sinais opostos resulta em um número negativo”. Lembram disso ?
Voltando ao exercı́cio, temos que o número xy, dado pela multiplicação dos números x e y, é um
número menor que zero. Para que isso aconteça, utilizando a regrinha que relembramos acima,
x e y devem ter sinais opostos. Mas quem vai ser o positivo e quem vai ser o negativo ? Não
sabemos. Por isso, vamos pensar nas duas possibilidades:
• se x é positivo e y é negativo, então o ponto P = (x, y) está localizado no 4o quadrante;
• se x é negativo e y é positivo, então o ponto P = (x, y) está localizado no 2o quadrante.
Solução.
Para resolver este exercı́cio, devemos utilizar o fato de que dois pontos são iguais se, e so-
mente se, suas coordenadas são iguais. Daı́, basta igualar as coordenadas em todos os itens
dados ;)
(a) Diretamente temos que x = 3 e y = 0.
(b) Mais uma vez, apenas igualando, sem nenhum cálculo, vemos que x = −2 e y = 1.
(c) Agora temos que 2x = 10 e y + 3 = 10. Logo, x = 5 e y = 7.
(d) Neste caso, x + y = 5 e x − y = 1. Então, precisamos encontrar valores para x e y que
satisfaçam as duas equações ao mesmo tempo !!! Ou seja, temos um sistema para resolver.
Da primeira equação obtemos x = 5 − y. Substituindo x = 5 − y na segunda equação
obtemos (5 − y) − y = 1 ⇐⇒ y = 2. Daı́, x = 5 − y = 5 − 2 = 3. Está resolvido !
5. Sejam A = (a, 0) e B = (0, a), com a > 0. Ache x de modo que o ponto C = (x, x) seja o terceiro
vértice do triângulo equilátero ABC.
Solução.
Um triângulo é dito equilátero se todos os seus lados possuem a mesma medida, portanto
d(A, B) = d(B, C) = d(C, A). Para calcular estas distâncias, podemos usar a fórmula da página
7 do Capı́tulo 1 da apostila que está na plataforma.
Vamos calcular estas distâncias:
p
d(A, B) = √ (a − 0)2 + (0 − a)2
= √a2 + a2
= 2a2 ;
3
p p
OBS.: Notem que d(B, A) = (a − 0)2 + (0 − a)2 = (0 − a)2 + (a − 0)2 = d(A, B). Pen-
sando nas continhas, isso acontece porque cada parcela dentro da raiz quadrada está elevada ao
quadrado. Pensando na geometria, a distância de Niterói até Bom Jesus do Itabapoana é a
mesma de Bom Jesus do Itabapoana até Niterói, não é ?!
p
d(B, C) = √ (x − 0)2 + (x − a)2
= √x2 + x2 − 2ax + a2
= 2x2 − 2ax + a2 ;
p
d(C, A) = √ (a − x)2 + (0 − x)2
= √a2 − 2ax + x2 x2
= 2x2 − 2ax + a2 .
Olhando para o cálculo das distâncias que fizemos acima, podemos perceber que d(B, C) =
d(C, A) para quaisquer que sejam os valores de x e a que usemos, pois as fórmulas obtidas são
iguais ! Daı́, não precisamos nos preocupar em igualar distâncias que já são iguais, não é ?!
Vamos trabalhar com a distância que ficou faltando, que é d(A, B) = d(B, C). Vejamos:
√ p
d(A, B) = d(B, C) ⇐⇒ 2a2 = 2x2 − 2ax + a2 .
O próximo passo para resolver a equação que obtemos acima é elevar ao quadrado os dois lados
desta equação e fazer desaparecer esta raiz que não nos deixa evoluir:
√ √
2a2 = 2x2 − 2ax + a2
2a = 2x2 − 2ax + a2
2
0 = 2x2 − 2ax − a2 .
O objetivo da questão é encontrar o valor de x, certo? Então, para finalizar, precisamos resolver
a equação do segundo grau que encontrar acima na variável x. Note que o coeficiente de x2
é 2, o coeficiente de x é −2a (o a faz parte do coeficiente e não pode ser tirado!!!) e o termo
independente é −a2 . Resolvendo a equação do segundo grau usando a fórmula de Báskara temos:
p
2 2 −(−2a) ± (−2a)2 − 4(2)(−a2 )
2x − 2ax − a = 0 ⇐⇒ x =
√ 2×2
2a ± 4a2 + 8a2
⇐⇒ x =
√4
2a ± 12a2
⇐⇒ x =
4
Neste passo não cometa o crime de cortar o 2 do 2a com o 4 do denominador hein ?! NÃO
PODEEEE !
√ √
2a ± 12a2 2a ± 2 3a
x= ⇐⇒ x =
4 4√
2(a ± 3a)
⇐⇒ x =
4
Agora podemos simplificar o 2 do numerador com o 4 do denominador. Isso é possı́vel pois o
número 2 foi colocado em evidência e com isso está sendo multiplicado por todo o numerador.
No caso anterior (quando não simplificamos), o 2 estava multiplicado apenas pelo a e não pelo
numerador todo. Certo ?!
Voltando ao valor de x, temos
4
√
a± 3a
x= .
2
a) C = (1, 2) e raio 4
A equação geral do cı́rculo é (x − x0 )2 + (y − y0 )2 = R2 , sendo que C = (x0 , y0 ).
Logo, obtemos (x − 1)2 + (y − 2)2 = 16.
Assim, temos x2 − 2x + 1 + y 2 − 4y + 4 = 16.
Então, a equação do cı́rculo é x2 − 2x + y 2 − 4y − 11 = 0.
b) x2 + y 2 + 2x + 4y − 4 = 0
Observe que a relação do trinômio quadrado perfeito (a + b)2 = a2 + 2ab + b2 pode nos
auxiliar na obtenção da equação geral do cı́rculo.
x2 + 2.1.x + y 2 + 2.2.y = 4.
(x2 + 2.1.x + 12 ) + (y 2 + 2.2.y + 22 ) = 4 + 12 + 22
(x + 1)2 + (y + 2)2 = 9
(x − (−1))2 + (y − (−2))2 = 9.
Logo, temos um cı́rculo de centro C = (−1, −2) e raio 3.
x2 + y 2 − 4x + 4y = d
x2 − 2.2.x + y 2 + 2.2.y = d.
(x2 − 2.2.x + 22 ) + (y 2 + 2.2.y + 22 ) = d + 22 + 22
(x − 2)2 + (y + 2)2 = d + 8
(x − 2)2 + (y − (−2))2 = d + 8.
Temos que (x − 2)2 + (y − (−2))2 ≥ 0, para quaisquer números reais x e y.
Assim, temos que
5
- Se d + 8 < 0, ou seja, d < −8, então o conjunto solução da equação é vazio.
- Se d+8 >√0, ou seja, d > −8, então a equação representa um cı́rculo centrando em C = (2, −2)
e raio d + 8.
- Se d + 8 = 0, ou seja, d = −8, então a equação é satisfeita apenas pelo ponto (2, −2), visto
que:
(x − 2)2 + (y − (−2))2 = 0 ⇔ (x − 2)2 = 0 e (y − (−2))2 = 0 ⇔ x = 2 e y = −2.
9. (a) Verifique se os pontos P = (1, 1), Q = (−3, 2), R = (−2, −2), S = (4, −2) pertencem ao
cı́rculo C1 : x2 + y 2 − 4x + 2y = 8, ao seu interior ou ao seu exterior.
(b) Determine se o cı́rculo C2 : x2 − x + y 2 − 1 = 0 intersecta o cı́rculo C1 . Caso negativo, decida
se C2 está contido no interior ou no exterior de C1 .
Solução.
(a) C1 : x2 + y 2 − 4x + 2y = 8
x2 − 2.2.x + y 2 + 2.1.y = 8
(x2 − 2.2.x + 22 ) + (y 2 + 2.1.y + 12 ) = 8 + 22 + 12
(x − 2)2 + (y + 1)2 = 13
(x − 2)2 + (y − (−1))2 = 13
√
Logo, o cı́rculo C1 é centrado em C1 = (2, −1) e seu raio é 13.
Verifique se os pontos P = (1, 1), Q = (−3, 2), R = (−2, −2), S = (4, −2) pertencem ao
cı́rculo
- P ∈ C1 ?
(1 − 2)2 + (1 + 1)2 = (−1)2 + 22 = 5 < 13. Logo, P ∈ int(C1 )
- Q ∈ C1 ?
(−3 − 2)2 + (2 + 1)2 = (−5)2 + 32 = 34 > 13. Logo, Q ∈ ext(C1 )
- R ∈ C1 ?
(−2 − 2)2 + (−2 + 1)2 = (−4)2 + (−1)2 = 17 > 13. Logo, R ∈ ext(C1 )
- S ∈ C1 ?
(4 − 2)2 + (−2 + 1)2 = 22 + (−1)2 = 5 < 13. Logo, S ∈ int(C1 )
(b) C2 : x2 − x + y 2 − 1 = 0
x2 − 1.x + y 2 = 1
2 1
x − 2. x + y2 = 1
2
2 ! 2
2 1 1 2 1
x − 2. x+ +y =1+
2 2 2
2
1 1
x− + y2 = 1 +
2 4
2
1 5
x− + y2 =
2 4
√
1 5
Logo, o cı́rculo C2 é centrado em C2 = , 0 e seu raio é .
2 2
6
Temos que a distância entre os centros dos dois cı́rculos é
s 2 s
2 r r √
1 3 9 13 13
d(C1 , C2 ) = − 2 + (0 − (−1))2 = − + (1)2 = +1= =
2 2 4 4 2
√ √
13 5
Assim, d(C1 , C2 ) = > que é o raio do cı́rculo C2 .
√ 2 √ 2 √
5 13 5 √
Logo, d(C1 , C2 ) + = + < 13 que é o raio do cı́rculo C1 .
2 2 2
Portanto, o cı́rculo C2 está no interior do cı́rculo C1 .
Figura 3: Exercı́cio 9.