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Recife
2008
1
DEDICATÓRIA
Ao meu tio Clovis Alves de Melo (in memorian) pelo seu amor paternal,
cuja lembrança é infinita.
AGRADECIMENTOS
A minha amiga mãe, pelo incentivo e apoio nas horas mais difíceis da minha vida, pelos
cuidados e mimos, pelo abraço sem igual.
Ao Prof. Dr. Maurílio dos Santos, meu orientador, pelos ensinamentos e apoio a este trabalho.
Aos examinadores internos Prof. Dr. Ivan de Melo e Prof. Dr. Severino Urtiga e a
examinadora externa Prof. Dra. Sâmara Andrade, que dedicaram sua atenção a leitura deste
trabalho e que com suas sugestões e críticas, contribuíram para seu aprimoramento.
RESUMO
ABSTRACT
The growth of the population and the increase in demand for ready food for consumption led
governments to edit laws and regulatory standards in order to ensure the best quality of the
product and force compliance with minimum requirements of hygiene and sanitation. One
way to achieve high standards of quality and reliability of food is the implementation of food
safety programs some mandatory, as the program of Good Manufacturing Practices (GMP),
and others recommended, as the Hazard Analysis and Critical Control Point system
(HACCP). These programs have as major goal to ensure the integrity of the food and the
health of consumers. In September 2005 the International Organization for Standardization
(ISO) published a new International Standard designed to ensure safe food supply chains
worldwide- ISO 22000. This standard is intended to demonstrate that the organization has
ability to control food safety hazards in order to constantly provide safe end products that
meet both the requirements agreed with the customer and those of applicable food regulations.
Its structure is compatible with ISO 9001:2000 – quality management system. It was
published in Brazil by the Brazilian Association of Technical Standards (ABNT) in July
2006: the ABNT NBR ISO 22000 - Food Safety Management Systems - Requirements for
any organization in the food chain. This research evaluates the relevant aspects in the
implementation process of ISO 22000, in a food industry in the state of Pernambuco, in
which the GMP and HACCP plan were established. For this it was necessary a
bibliographical revision of related subjects: quality evolution, management systems, food
safety and the GMP and HACCP programs, as well as a study of standard NBR ISO 22000
requirements. Subsequently the stages of this process were described. At the end of the
research was possible to notice as consequential benefits: increasing food safety through the
application of efficient control mechanisms, a bigger awareness and commitment of
employees with the company goals and safety food principles. It was also noticed that the
GMP and HACCP are essential pre-requisite for the implementation of ISO 22000 and its
correlation with ISO 9001.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
APHIS (Animal and Plant Health Inspection Service) - Serviço de Inspeção de Saúde animal
e Vegetal.
CDC (Centers for Disease Control Service) – Centros de Serviços para Controle de Doenças.
FAO (Food and Agriculture Organization of The United Nations) - Organização de Alimentos
e Agricultura das Nações Unidas.
FMEA (Failure Mode and Effect Analysis) - Análise dos Modos e Efeitos de Falha.
FSIS (Food Safety and Inspection Service) - Serviço de Inspeção e Segurança de Alimentos.
HACCP (Hazard Analyses and Critical Controle Points) - Análise de Perigos e Pontos
Críticos de Controle.
11
PC - Ponto de Controle.
SUMÁRIO
RESUMO.................................................................................................................... v
ABSTRACT................................................................................................................ vi
LISTA DE FIGURAS................................................................................................. vii
LISTA DE QUADRO ................................................................................................ viii
LISTA DE TABELAS................................................................................................ ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ................................................................ x
5. CONCLUSÃO.................................................................................................... 86
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 89
APÊNDICE 96
14
1. INTRODUÇÃO
No Brasil a ISO 22000 foi oficializada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) em julho de 2006 através da norma ABNT NBR ISO 22000:2006, que segue os
16
mesmos requisitos da versão internacional (ISO 22000). Sua estrutura é alinhada com os
requisitos da norma de sistema de gestão de qualidade ISO 9001:2000 (ABNT, 2006).
Este trabalho aborda o estudo de caso da implantação da norma ISO 22000 na indústria
acima citada. Neste contexto, o problema a ser pesquisado pode ser assim formulado:
quais os aspectos relevantes para a implantação da Norma NBR ABNT ISO 22000 - Sistema
de Gestão de Segurança de Alimentos-, numa indústria onde o programa de Boas Práticas de
Fabricação e o plano de Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle já estavam
estabelecidos?
1.2 Justificativa
Sistema de Gestão refere-se a tudo o que a organização faz para gerenciar seus
processos ou atividades. Gerenciando sua operação de forma sistêmica, a organização garante
que nada importante seja esquecido e que todos estejam conscientes sobre quem é o
responsável para fazer o que, como, por que e onde (MELLO et al, 2002).
A incidência de doenças transmitidas por alimentos foi outro ponto relevante para a
escolha deste tema, uma vez que através da segurança de alimentos, contribui-se para a
produção de alimentos inócuos à saúde humana, fator de interesse para a indústria, para o
consumidor e para o Estado. Os agentes causadores destas doenças podem ser físicos,
químicos ou microbiológicos, entretanto, independente da sua origem, estes têm provocado
um impacto socioeconômico muito grande (NOTERMANS & BORGDORFT, 1997).
Estatísticas mundiais comprovavam que por ano são registrados 1,5 bilhões de casos de
toxi-infecções alimentares e que em paises em desenvolvimento esta é uma das principais
responsáveis pelas altas taxas de mortalidades (BVQI, 2008).
Estima-se que em 2002, somente no estado de São Paulo, cerca de 1,5 milhões de
pessoas apresentaram alguma doença veiculada por alimento. Entretanto, segundo dados do
Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, foram registrados apenas 3950
casos, o que significa menos de 0,3 % do total estimado (CVE, 22 nov. 2007).
OE3: Comparar o atendimento aos requisitos das BPFs e dos Programas de Pré-requisito
antes e após a implantação da norma.
OE4: Descrever as adaptações necessárias para a implantação da norma NBR ISO 22000.
“Se você não estiver servindo o cliente, seu trabalho é servir alguém que esteja”.
Karl Albretch-Consultor.
Aqueles artesãos mais capazes passaram a contratar aprendizes para atender ao aumento
da demanda e com isto surgiram as organizações, passando a qualificação a ser mais exigida.
Com o advento do Mercantilismo, a partir do século XVI, a troca de produtos fabricados por
diferentes artesões possibilitou que, através de suas diferenças, os consumidores passassem a
associar a qualidade a estes valores percebidos (RODRIGUES, 2004).
continuação
Características Inspeção Controle Garantia da Gestão da
Básicas Estatístico Qualidade Qualidade
do Processo Total
Métodos Instrumentos Ferramentas e Programas e sistemas Planejamento
de Medição técnicas estratégico,
estatísticas estabelecimento
de objetivos e a
mobilização da
organização.
Papel dos Inspeção, Solução de Planejamento, Estabelecimento
profissionais da classificação, problemas e a medição da de metas,
qualidade contagem e aplicação de qualidade e educação e
avaliação. métodos desenvolvimento de treinamento,
estatísticos programas. consultoria a
outros
departamentos e
desenvolvimento
de programas.
Quem é o O Os Todos os Todos na
responsável pela departamento departamentos departamentos, empresa, com a
Qualidade de inspeção de Produção e embora a alta alta
Engenharia (o administração só se administração
controle de envolvesse exercendo forte
qualidade) superficialmente liderança.
com o planejamento
e a execução das
políticas.
Orientação e “Inspeciona” a “Controla” a “Constrói” a “Gerencia” a
abordagem Qualidade Qualidade Qualidade Qualidade
Fonte: Garvin (2002), p.44.
Garvin (2002) relata que só com o surgimento da produção em massa - produzir a maior
quantidade possível para baixar os custos e atender o mercado a um preço mais competitivo -
e das peças intercambiáveis, a inspeção formal passou a ser requerida. Taylor, no início do
século XX, através da “Administração Científica” foi o pioneiro na divisão de tarefas,
possibilitando uma manufatura e montagem mais fácil. Cria-se a figura do Inspetor, em
posição equivalente aos demais cargos da operação. Dentro da evolução natural da inspeção,
foram desenvolvidas técnicas mais aprimoradas e em um sistema mais adequado aos novos
níveis de produção (MONTGOMERY, 2004).
Em 1922 G.S Radford publicou a obra “The Control of Quality in Manufactoring”, que
tratava da finalidade, da evolução (de visuais para dimensionais) e dos tipos de inspeção;
métodos de amostragem (mas sem qualquer base estatística); técnicas de medição e a
21
Custos da qualidade: Antes do estudo realizado por Juran (1951), não havia uma definição
clara de como contabilizar todas as perdas inerentes aos defeitos de produção. Juran
classificou os custos em:
Zero defeito: Crosby formulou o conceito de zero defeito - fazer tudo correto e da primeira
vez, a qualidade perfeita, com sua ênfase na motivação e na iniciativa dos empregados.
GARVIN (2002).
Neste novo enfoque, a alta direção passou a atuar nos aspectos mais relevantes para o
cliente. Reforça-se ainda mais, a importância de todos da organização para a obtenção da
qualidade: uma arma poderosa tanto nos custos, com a redução das perdas, desperdícios,
custos de retrabalho e devoluções; quanto do lado do mercado, uma vez que estava voltada
para atender às expectativas do cliente (RODRIGUES, 2004).
A qualidade, dentro deste novo contexto, deveria ser redefinida dentro de uma visão
mais ampla ao mundo exterior das organizações, focando especialmente o cliente. Segundo
Garvin (2002):
“A gestão estratégica da qualidade é, então, mais uma extensão de suas antecessoras do que
uma negação delas. Podem-se ver aspectos tanto de garantia da qualidade quanto do controle
estatístico da qualidade em empresas que adotam a nova abordagem. Mas não se deve
confundir as três eras. A abordagem estratégica da qualidade é mais ampla que suas
antecessoras, mais intimamente ligada à lucratividade e aos objetivos empresarias básicos,
mais sensível às necessidades da concorrência e ao ponto de vista do consumidor e, mais
firmemente associada à melhoria contínua. Muitas empresas acham, erradamente, que adotam
a nova abordagem quando seus programas incluem meramente elementos da garantia da
qualidade e controle da qualidade. Na maioria das vezes, estas empresas ainda pensam
defensivamente sobre qualidade. Ainda tem que ver seu potencial para a concorrência”.
Não existe um único modelo de Gestão Estratégica da Qualidade, pois as empresas têm
necessidades diferentes que exigem atenções também diversas.
As organizações visam sempre melhorar seus produtos e serviços, bem como ter
diferenciais que as destaquem dos concorrentes para que consigam atrair e fidelizar seus
clientes. Exige-se das organizações posturas pró-ativas por se estar em um mundo cheio de
incertezas, onde a única certeza é a das mudanças: freqüentes, rápidas e por muitas vezes
drásticas, a ponto de intervir no mercado e nas pessoas. A relação da organização com o
mercado é simbolizada na figura abaixo:
imagem
organização mercado
conhecimento
Com um bom conhecimento do mercado, torna-se mais fácil para a organização atender
aos requisitos do cliente e com isso melhorar sua imagem. O alicerce para todo este processo
é a implantação de Sistemas de Qualidade, que são as estruturas constituídas de
procedimentos, responsabilidades, pessoas, processos e recursos necessários para a
implantação das ações voltadas para a qualidade, sendo assim o modelo que define e agrega
as funções da qualidade (INMETRO, 22 nov. 2007).
Pode-se ainda ter um quarto nível referente a um banco de dados, que contenham os
demais documentos (formulários, modelos, desenhos, informações, etc.).
A ISO, criada em 1946, é uma entidade internacional que elabora normas e padrões de
aceitação mundial, definidas por consenso dos paises membros. A maioria das normas ISO é
específica para produto ou processo particular, sendo algumas genéricas. O Brasil é
representado na ISO pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT- (ISO, 08. nov.
2007).
A ABNT é uma entidade privada e sem fins lucrativos, que tem a missão de prover a
sociedade brasileira de conhecimento sistematizado, por meio de documentos normativos, que
25
para a melhoria contínua do Sistema de Gestão da Qualidade (uso intenso do ciclo PDCA),
conforme demonstra a figura abaixo (ABNT, 2000):
Responsabilidade
CLIENTE da administração CLIENTE
Medição
Gestão de
Satisfação
análise e
recursos
melhoria
Requisitos
Realização Saída
Entrada
Produto
do produto
Legenda:
agregação de valor informação
Outra norma ISO bastante genérica é a ISO 14001 - Sistema de Gestão Ambiental. Esta
certificação visa comprovar junto ao mercado e a sociedade, que a organização adota um
conjunto de práticas destinadas à redução da carga de poluição gerada, envolvendo a revisão
do processo produtivo visando à melhoria continua do desempenho ambiental, controlando
insumos e matérias-primas que representem desperdícios de recursos naturais.
A primeira norma a ser lançada pela ABNT referente à segurança de alimentos foi a
ISO 14900 - Sistema de Gestão da Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle-
HACCP/APPCC em 2002, fundamentada nos princípios do plano APPCC e do CODEX
Alimetarius. Em 2005 a ISO lançou a norma ISO 22000 - Sistemas de Gestão de Segurança
de Alimentos, cujo maior objetivo é a produção de alimentos seguros, reduzindo a
contaminação causada por alimentos (ABNT, 06 dez.2006).
De acordo com a mitologia grega, foi dada a bela deusa Pandora uma caixa, que não
poderia ser aberta. Contudo, Pandora com sua curiosidade abriu a caixa, deixando escapar
todos os males da humanidade. O Deus Esculápio tinha o poder de afastar a doença com seu
bastão mágico, no qual se enroscava uma cobra (que se tornou o símbolo da Medicina),
auxiliando por suas duas filhas: Hígias e Panacéa. Hígias evitava que as moléstias entrassem
nos organismos humanos, enquanto Panacéia eliminava os espíritos que ainda restassem. O
nome das duas deusas se transformou em palavras da medicina: higiene, como prevenção a
doenças e panacéia como a cura de todos os males (PELCZAR, 1997).
c) patogênicos: são aqueles que fazem mal a saúde humana. Podem causar infecções, quando
a doença envolve a ingestão de células viáveis do microorganismo (exemplo: salmonelose),
ou intoxicações, quando o agente é uma toxina previamente elaborada pelo microorganismo
no alimento (exemplo - botulismo).
crescer sob refrigeração. Requerem menos água disponível que as bactérias e mais do que os
bolores (GERMANO, 2001; PAS, 2000).
Vírus: São microorganismos menores que 0.1 micra, não possuindo células. Utilizam células
de animais, vegetais e microorganismos para se desenvolverem. Podem provocar problemas
em microorganismos utilizados industrialmente na produção de alimentos, ou ainda serem
veiculados pela água (PAS, 2000).
- Potencial de oxiredução (Eh): A facilidade que o substrato ganha ou perde elétron é definido
como seu potencial de oxiredução. Há uma redução no Eh com a atividade microbiana. De
acordo com o Eh requerido, os microorganismos podem ser divididos em (GERMANO, 2001;
JAY, 1994):
- Estrutura biológica: alguns alimentos já possuem uma barreira física natural, como por
exemplo, as cascas das frutas e os tegumentos das sementes. Em geral estas estruturas
possuem características que dificultam o crescimento microbiano: baixa atividade aquosa,
poucos nutrientes e presença de substâncias antimicrobianas (JAY, 1994).
Jay (1994) e Silva (2002) citam como fatores extrínsecos ao alimento que influenciam
na contaminação microbiológica os seguintes parâmetros:
A contaminação dos alimentos também pode ser de origem química: pesticidas, metais
pesados e aditivos em excesso e ocorrer ao longo da cadeia produtiva desde a produção da
matéria-prima até o consumo do produto final, podendo seu efeito ser a longo prazo
(mercúrio) ou a curto prazo (alimentos alergênicos). Para prevenir a contaminação física,
além dos cuidados com a higiene, cuidados com a manutenção de equipamentos e no
armazenamento de embalagens são fatores importantes (ATHAYDE, 1999).
Segundo CVE (2006) doenças transmitidas por alimentos são síndromes ou doenças
originadas pela ingestão de alimentos e ou água que contenham agentes contaminantes
(biológicos/microorganismos, toxinas ou outras substâncias químicas ou físicas) em
quantidades tais que afetem a saúde de mais de um individuo. As intolerâncias e alergias
devido à hipersensibilidade a determinados alimentos não são consideradas DTAs.
Tabela 1: Número de surtos de DTAs, segundo categoria de agente etiológico no período de 1978-2000 no
estado do Paraná.
As normas que estabelecem as Boas Práticas de Fabricação envolvem requisitos que vão
desde o projeto e instalações do prédio, passando por rigorosas regras de higiene pessoal,
limpeza e sanitização de ambiente e equipamentos, controle integrado de pragas até a
completa descrição dos procedimentos envolvidos no processamento do produto.
34
Pessoal: é o mais importante entre os seis elementos. As pessoas são a chave para planejar,
programar e manter o sistema. As verificações das BPFs devem ser feitas pelos funcionários
que trabalham diretamente com os vários processos. Conseqüentemente, os colaboradores
precisam ser treinados nas práticas de processamento e controle de processos que estão
diretamente relacionados com suas responsabilidades de trabalho e capacitados em higiene
pessoal. Um programa de treinamento efetivo é um processo contínuo e, como tecnologia ou
mercado, em constante evolução. Também se faz importante o acompanhamento da saúde dos
colaboradores, evitando possíveis fontes de contaminação. De acordo com GIOVA (1997), a
contaminação dos alimentos pode ser evitada ou ao menos minimizada pela boa higiene
pessoal. Alguns procedimentos típicos: lavagem das mãos, uso de anti-séptico para pele,
coberturas para cabelo, máscara para rosto e barba, limpeza com o vestuário, não comer e
fumar ao manipular alimentos, higiene pessoal em geral.
Fábrica: compreende essencialmente o meio ambiente exterior e interior que precisam ser
administrados para prevenir a contaminação das matérias-primas (durante o processamento) e
do produto acabado. Os resíduos devem ser apropriadamente isolados e periodicamente
removidos do local. A fábrica deve ser projetada e construída de forma que seu fluxo de
operações possa ser realizado nas condições higiênicas desde a chegada da matéria-prima,
durante o processo de produção até a obtenção do produto final, evitando contaminação
cruzada. As condições de iluminação e ventilação também devem ser adequadas. Segundo
(GIOVA, 1997) na fase de projeto das áreas de processamento e armazenamento, vários
aspectos devem ser considerados, alguns bastante relevantes para a higiene:
a) proximidade com fontes potenciais de contaminação deve ser evitada;
b) suficiência e qualidade do suprimento de água;
c) remoção de resíduos;
d) adequação de suprimento de força elétrica, particularmente nas emergências;
e) fluxo de processo que não permite a contaminação cruzada.
Processos e Controles: são todos os dispositivos e procedimentos através dos quais o controle
é exercido de forma consistente. Os controles podem incluir dispositivos manuais ou
automáticos que regulam cada atributo, como temperatura, tempo, fluxo, pH, acidez, peso,
etc. Este elemento também inclui todo o sistema de registro de controle de qualidade ao longo
do processo. O procedimento, a freqüência e o responsável dos controles efetuados devem ser
estabelecidos, para garantir sua realização de forma eficiente.
A Resolução RDC n. 275 de 21 de outubro de 2002, estabelece alguns conceitos que são
importantes para a continuação deste trabalho (BRASIL, 2002):
Controle Integrado de Pragas: sistema que incorpora ações preventivas e corretivas destinadas
a impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação de vetores e pragas urbanas que
comprometam a segurança do alimento.
Manual de Boas Práticas de Fabricação: documento que descreve as operações realizadas pelo
estabelecimento, incluindo, no mínimo, os requisitos sanitários dos edifícios, a manutenção e
higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle da água do
abastecimento, o controle integrado de vetores e pragas urbanas, controle da higiene e saúde
dos manipuladores e o controle e garantia de qualidade do produto final.
Ainda pela resolução RDC 275, torna-se mandatório que as empresas estruturem o
Manual de Boas Práticas de Fabricação e POPs relativos à (BRASIL, 2002):
d) Manejo dos resíduos: estabelece a freqüência e o responsável pelo manejo dos resíduos. Os
procedimentos de higienização dos coletores de resíduos e da área de armazenamento devem
ser discriminados atendendo ao item (a).
Athayde (1999) relata como principais impactos positivos da implantação das BPFs,
fundamentais para a sobrevivência das empresas no atual mercado:
- Produção de alimentos confiáveis e seguros;
- Menor desperdício ao manter fornecedores que também adotem as boas práticas e pela
conservação correta de matéria-prima e produto acabado;
38
De acordo com Athayde (1999), o plano APPCC é baseado numa série de etapas,
incluindo todas as operações que ocorrem desde a obtenção da matéria-prima até o consumo
do alimento, fundamentando-se na identificação dos perigos potenciais à segurança do
alimento, bem como nas medidas para o controle das condições que geram os perigos. Sua
aplicação consiste em uma seqüência de etapas também chamadas de princípios, que auxiliam
39
na identificação dos pontos críticos do processo que merecem uma atenção especial, bem
como antecipar as soluções aos possíveis problemas que possam surgir.
O SENAI (2000) relata que o sistema APPCC foi baseado na ferramenta conhecida
como Análise dos Modos e Efeitos de Falha, do Inglês FMEA (Failure Mode and Effect
Analysis). Segundo Clausing (1994) a metodologia FMEA é uma ferramenta que busca em
princípio evitar por meio da análise das falhas potenciais e proposta de ações de melhoria, que
ocorram falhas no projeto do produto ou do processo. Sua utilização diminui as chances do
produto ou processo falhar, ou seja, aumento da confiabilidade.
2.6.1 Histórico
Segundo Bennet e Steed (1999), o programa APPCC foi utilizado pela primeira vez nos
anos 60, pela Pillsburg Company, junto com a National Aeronautics and Space
Administration (NASA) e o U.S. Army Laboratories, com o objetivo de desenvolver um
programa de qualidade que garantisse o fornecimento de alimentos seguros para os
astronautas da NASA, sendo apresentado ao público pela primeira vez em 1971, durante a
conferência nacional para proteção de alimentos, realizada nos Estados Unidos (ATHAYDE,
1999).
A definição de alguns conceitos se faz necessária para que seja possível continuar a
desenvolver o tema. Serão adotados as definições e conceitos estabelecidos na Portaria n° 40
do MAPA, citada anteriormente (BRASIL, 1998):
Ação corretiva: procedimento ou ação a ser tomada quando se verificar que uma variável
encontra-se fora dos limites estabelecidos.
Controle: estado no qual os procedimentos corretos estão sendo aplicados e os critérios estão
sendo obedecidos (o processo está sob Controle).
Limite crítico: critério que deve ser seguido para cada medida preventiva associada com um
ponto crítico de controle.
Limite de segurança: valores ou atributos que são mais estreitos que os limites críticos e são
usados para reduzir os riscos de desvios, intimamente relacionados ao padrão pré-estabelecido
por cada indústria.
Medida Preventiva: fatores físicos, químicos ou biológicos que podem ser utilizados para
eliminar, reduzir ou prevenir perigos à saúde identificados.
Perigo: contaminação química, física ou biológica que leva o produto a ser impróprio para o
consumo humano.
Obs: O conceito de perigo poderá ser mais abrangente para aplicação industrial ou
governamental, considerando aspectos de qualidade, fraude econômica e deteriorações, dentre
outros.
Plano APPCC: documentação escrita baseada nos princípios de APPCC, onde constam todas
as etapas de procedimentos a serem seguidos para assegurar o controle de um procedimento
ou processo específico.
42
Ponto de Controle: qualquer ponto, etapa ou procedimento no qual fatores biológicos, fiscos
ou químicos podem ser controlados para garantir a qualidade do produto.
Validação do Programa APPCC: revisão inicial pela equipe de APPCC para assegurar que
todos os elementos do Plano APPCC são adequados.
O SENAI (2000) cita alguns outros conceitos que também são importantes:
Seqüência Lógica: Etapas seqüenciais para a elaboração do plano APPCC, formada por 12
etapas, incluindo os sete princípios do CODEX Alimentarius.
Mas para iniciar o APPCC é essencial que as Boas Práticas de Fabricação estejam
implantadas, pois elas são a base da gestão de segurança de alimentos (SENAI, 2002). Vale
salientar que o APPCC constitui uma eficiente ferramenta de gestão, propiciando um efetivo
controle dos perigos, porém cada plano APPCC tem sua particularidade para o qual foi criado,
ou seja, a análise é especifica para uma determinada linha de processamento ou produto.
Sempre que houver qualquer alteração ou novos perigos forem identificados, o plano deve ser
revisado (GIOVA, 1997).
Perigos Físicos: São contaminantes de natureza física, como corpos estranhos que são capazes
de causar danos ao consumidor, incluindo os antiestéticos e desagraváveis: vidros, cabelos,
unhas, madeiras, plásticos, etc. Para os perigos físicos, a severidade é classificada em alta e
baixa. A alta é representada por materiais como pedras, vidros, agulhas, metais e objetos
pontiagudos ou cortantes, por terem conseqüências mais severas, significando em alguns
casos, até risco de vida ao consumidor. Quando se trata de materiais estranhos que
normalmente não causam danos a integridade física do consumidor, e sim choque emocional,
considera-se como de severidade baixa (SENAI, 2000). Raspas de vedante da tampa plástica é
um exemplo bem característico de um perigo físico de uma indústria de refrigerantes.
1ª Etapa
Formação da Equipe APPCC.
A equipe envolvida deve ser multidisciplinar com representantes das diversas áreas e
incluir o pessoal que está diretamente envolvido no processamento do alimento, tendo de 3 a
8 membros. É essencial que a equipe seja treinada na tecnologia de fabricação e microbiologia
dos alimentos, assim como nos princípios e técnicas do Sistema APPCC, principalmente o
Líder da Equipe.
Uma detalhada descrição do produto deve ser feita incluindo sua composição química
e física, o tipo de embalagem, as condições de armazenagem e o tempo de validade.
O fluxograma tem por objetivo proporcionar uma descrição clara, simples e objetiva das
etapas envolvidas no processamento do alimento. Permite a equipe APPCC conhecer e
descrever todas as etapas do processo, sendo esta descrição a base para a aplicação das
medidas preventivas relacionadas com os perigos identificados.
6ª Etapa - Listar todos os perigos potenciais, conduzir uma análise destes perigos e considerar
medidas de controle (1° Princípio):
Não existe uma metodologia única para esta avaliação. Abaixo pode ser observado um
modelo oficial bidimensional referenciado no CODEX Alimentarius:
Após a avaliação, os riscos são classificados em alto, moderado ou baixo. Uma vez
terminada a análise, deve-se caracterizar quais medidas de controle poderiam ser adotadas no
processo visando eliminar, prevenir ou reduzir estes perigos. Pode-se usar mais de uma
medida para controlar um risco, bem como uma mesma medida de controle pode ser utilizada
no controle de mais de um perigo.
Através de uma análise se determinam os PCCs que podem ser qualquer ponto, etapa
ou procedimento no qual se aplicam medidas para manter um perigo significativo sob
controle, com objetivo de eliminar, prevenir ou reduzir a níveis aceitáveis os riscos à saúde do
consumidor (LOKEN, 1994). Existem perigos que podem ser controlados através dos
programas de pré-requisito, sendo então denominados apenas de PC - Pontos de Controle.
Para decidir se um ponto é ou não um PCC existem alguns modelos de árvore decisória. O
CODEX Alimentarius através do documento CAC/RCP-1 propõe o seguinte modelo:
47
Pergunta 4- Existe uma etapa posterior para eliminar ou reduzir o perigo a níveis aceitáveis
o perigo identificado?
Para cada PCC identificado devem ser definidas ações corretivas específicas, sendo a
resposta rápida diante da identificação de um processo fora de controle, uma das principais
vantagens do sistema APPCC. Quando ocorrer desvios dos limites críticos, as ações corretivas
devem ser aplicadas para trazer os PCCs sob controle, definir o que fazer com o produto não-
conforme e investigar a causa do acontecimento. As ações corretivas devem ser registradas e
dependendo da sua freqüência, deve-se avaliar a freqüência dos controles dos PCCs, ou até
mesmo mudanças no processo.
Nos últimos anos o sistema APPCC tem sido amplamente discutido, juntamente com
grande número de novos sistemas de controle baseados em padrões internacionais de
qualidade, tais como as séries ISO 9000 (JAY, 1994).
Ainda segundo Gonçalo (2007) no mesmo ano, o presidente dos Estados Unidos Bill
Clinton, criou o programa Segurança dos Alimentos do Campo à Mesa, promoveu a
integração das agências relacionadas a alimentos, disponibilizou mais recursos financeiros e
promoveu um maior envolvimento da sociedade investindo também em educação. Tendo
enfoque na efetividade e na resposta a sociedade, criou também em 2004 um plano de ação
para minimizar as doenças transmitidas por alimentos.
Todos estes movimentos levaram a ISO a estruturar uma norma que tratasse de um
Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos sendo então lançada a ISO 22000, em 1º de
setembro de 2005, com o propósito de harmonizar as normas internacionais relativas à
segurança de alimentos. Esta norma é aplicável a toda a cadeia de fornecedores da indústria
de alimentos e incorpora e mantém os princípios do APPCC e do Codex Alimentarius. Foi
elaborada por um grupo de trabalho com representantes do CODEX Alimentarius, do Global
Food Safety Initiative(GFSI), da Confederação Européia da Indústria do Alimento e da
Bebida(CIAA) e de representantes de 23 países. (ABNT, 06 dez. 2007). A ISO 22000:2005 é
a primeira em uma família de normas que incluem os seguintes documentos (ISO, 2005):
51
No Brasil, a norma nacional correspondente a ISO 22000 – a ABNT NBR ISO 22000 -
Sistemas de Gestão da Segurança de Alimentos – Requisitos para qualquer organização na
cadeia produtiva de alimentos - foi lançada oficialmente pela ABNT em 28 de julho de 2006.
As correspondentes nacionais das normas ISO /TS 22003 e ISO/TS 22004 respectivamente, a
ABNT ISO/TC 22003 e a ABNT ISO/TC 22004 entraram em vigor no dia 26 de novembro de
2007. Em função do seu curto período de lançamento, a norma referente à rastreabilidade (a
ISO/22005) ainda não teve sua versão nacional oficializada pela ABNT. (ABNT, 05 dez.
2007).
A ABNT NBR ISO 22000 tem por objetivo auxiliar as organizações integrantes da
cadeia produtiva de alimentos no gerenciamento de processos seguros, evitando que as
contaminações cheguem até ao consumidor final. É tradução idêntica da ISO 22000 e foi
elaborada por uma Comissão de Estudos Temporária de Análises de Perigos e Pontos Críticos
de Controle (ABNT/CEET-00:001. 40) e por representantes de toda a cadeia produtiva. Tem
um amplo aspecto abrangendo desde os fabricantes de alimentos para animais e produtores
primários, até processadores de alimentos para consumo humano, operadores de transporte e
estocagem, distribuidores varejistas e serviços de alimentação, incluindo organizações inter-
52
De acordo com ABNT (2006) a ABNT NBR ISO 22000 contempla quatro elementos-
chave para a segurança de alimentos:
Agricultores
Autoridades estatutárias e regulatórias
Produtores de pesticidas,
Produtores de Alimento fertilizantes e drogas
veterinárias.
Consumidores
b) Gestão de sistema: a NBR ISO 22000 está alinhada com as normas NBR ISO 9001 -
Sistemas de gestão da qualidade e com a NBR ISO 14001 - Sistemas da gestão ambiental,
tornado possível um sistema de gestão integrado. Porém vale salientar que esta norma pode
ser aplicada independentemente de outras normas. O quadro abaixo correlaciona os itens da
norma ISO 22000 com os itens da norma ISO 9001:
Quadro 4 - Referências cruzadas entre as cláusulas da ISO 22000:2005 e cláusulas da ISO 9001:2000
ISO 22000:2005 ISO 9001:2000
Objetivo 1 1 Objetivo
1.1 Generalidades
1.2 Aplicação
Referências normativas 2 2 Referência normativa
Termos e definições 3 3 Termos e definições
Sistema da gestão da segurança de 4 4 Sistema de gestão de qualidade
alimentos
Requisitos gerais 4.1 4.1 Requisitos gerais
Requisitos de documentação 4.2 4.2 Requisitos de documentação
Generalidades 4.2.1 4.2.1 Generalidades
Controle de documentos 4.2.2 4.2.3 Controle de documentos
Controle de registros 4.2.3 4.2.4 Controle de registros
Responsabilidade da direção 5 5 Responsabilidade da direção
Comprometimento da direção 5.1 5.1 Comprometimento da direção
Política de segurança de alimentos 5.2 5.3 Política de Qualidade
Planejamento do sistema de gestão de 5.3 5.4.2 Planejamento do sistema de gestão de
segurança de alimentos qualidade
Responsabilidade e autoridade 5.4 5.5.1 Responsabilidade e autoridade
Coordenador da equipe da segurança de 5.5 5.5.2 Representante da direção
alimentos
Comunicação 5.6 5.5 Responsabilidade, autoridade e
comunicação.
Comunicação externa 5.6.1 7.2.1 Determinação de requisitos
relacionados ao produto
Comunicação interna 5.6.2 7.2.3 Comunicação com o cliente
5.5.3 Comunicação interna
7.3.7 Controle de alterações de projeto e
desenvolvimento
Prontidão e respostas emergenciais 5.7 5.2 Foco no Cliente
8.5.3 Ação Preventiva
Análise crítica pela direção 5.8 5.6 Análise crítica pela direção
Generalidades 5.8.1 5.6.1 Generalidades
Entradas para análise crítica 5.8.2 5.6.2 Entradas para análise critica
Saídas da análise crítica 5.8.3 5.6.3 Saídas da análise critica
Gestão dos recursos 6 6 Gestão de recursos
Provisão de recursos 6.1 6.1 Provisão de recursos
Recursos humanos 6.2 6.2 Recursos humanos
Generalidades 6.2.1 6.2.1 Generalidades
Competência, conscientização e 6.2.2 6.2.2 Competência, conscientização e
treinamento. treinamento.
Infra-estrutura 6.3 6.3 Infra-estrutura
Ambiente de Trabalho 6.4 6.4 Ambiente de trabalho
continua
54
continuação
ISO 22000:2005 ISO 9001:2000
Planejamento e realização de produtos 7 7 Realização de produtos
seguros
Generalidades 7.1 7.1 Planejamento da realização de
produtos
Programas de pré-requisito (PPR) 7.2 6.3 Infra-estrutura
7.2.1 6.4 Ambiente de Trabalho
7.2.2 7.5.1 Controle de produção e
fornecimento de serviço
7.2.3 8.5.3 Ação Preventiva
7.5.5 Preservação do produto
Etapas preliminares para possibilitar análise 7.3 7.3 Projeto e desenvolvimento
de perigos
Generalidades 7.3.1
Equipe de segurança de alimentos 7.3.2 7.4.2 Informações de aquisição
Característica do produto 7.3.3 7.2.1 Determinação de requisitos
Intenção de uso 7.3.4 relacionados ao produto
Fluxogramas, etapas do processo e medidas 7.3.5 7.2.1 Determinação de requisitos
de controle relacionados ao produto
Análise de perigos 7.4 7.3.1 Planejamento do projeto e
Generalidades 7.4.1 desenvolvimento
Identificação de perigos e determinação de 7.4.2
níveis aceitáveis
Avaliação do perigo 7.4.3 7.3.1 Planejamento do projeto e
Seleção e avaliação de medidas de controle 7.4.4 desenvolvimento
Estabelecimento de programas operacionais 7.5 7.3.2 Entrada de projeto e
de pré-requisitos (PPR) desenvolvimento
Estabelecimento do plano APPCC 7.6 7.3.3 Saídas de projeto e
Plano APPCC 7.6.1 desenvolvimento
Identificação de pontos críticos de controle 7.6.2 7.5.1 Controle de produção e
(PCC) fornecimento de serviço
Determinação de limites críticos de pontos 7.6.3
críticos de controle
Sistema de monitoramento de pontos críticos 7.6.4 8.2.3 Medição e monitoramento e de
de controle processos
Ações quando os resultados de 7.6.5 8.3 Controle de produto não-
monitoramento excedem os limites críticos conforme
Atualização de informação preliminar e 7.7 4.2.3 Controle de documentos
documentos especificando os PPRs e o plano
APPCC
Plano de verificação 7.8 7.3.5 Verificação de projeto e
desenvolvimento
Sistema de rastreabilidade 7.9 7.5.3 Identificação e rastreabilidade
7.10 8.3 Controle de produto não-
Controle de não-conformidade
conforme
7.10.1 8.5.2 Controle de produto não-
Correções
conforme
7.10.2 8.3 Ação corretiva
Ações corretivas
7.10.3 8.3 Controle de produto não-
Tratamento de produtos potencialmente
conforme
inseguros
7.10.4
Recolhimento
continua
55
continuação
ISO 22000:2005 ISO 9001:2000
Sistema de rastreabilidade 7.9 7.5.3 Identificação e rastreabilidade
7.10 8.3 Controle de produto não-
Controle de não-conformidade
conforme
7.10.1 8.5.2 Controle de produto não-
Correções
conforme
7.10.2 8.3 Ação corretiva
Ações corretivas
7.10.3 Controle de produto não-
Tratamento de produtos potencialmente
conforme
inseguros
7.10.4 8.3 Controle de produto não-
Recolhimento
conforme
Validação, verificação e melhoria do sistema 8 8 Medição, análise e melhoria.
de gestão da segurança de alimentos.
Generalidades 8.1 8.1 Generalidades
Validação da combinação de medidas de 8.2 8.4 Análise de dados
controle 7.3.6 Validação de projeto e
desenvolvimento
7.5.2 Validação dos processos de
produção e fornecimento de
serviço
Controle de monitoramento 8.3 7.6 Controle de dispositivos de
medição e monitoramento
Verificação do sistema de gestão da 8.4 8.2 Monitoramento e medição
segurança de alimentos
Auditorias internas 8.4.1 8.2.2 Auditoria interna
Avaliação dos resultados de verificações 8.4.2 7.3.4 Análise critica de projeto e
individuais desenvolvimento
8.2.3 Medição e monitoramento de
processos
Análises de resultados de atividades de 8.4.3 8.4 Análise de dados
verificação
Melhoria 8.5 8.5 Melhorias
Melhoria contínua 8.5.1 8.5.1 Melhoria contínua
Atualização do sistema de gestão da 8.5.2 7.3.4 Análise critica de projeto e
segurança de alimentos desenvolvimento
Fonte: ABNT (2006).
a) assegurar que os perigos à segurança de alimentos que possam ocorrer em relação aos
produtos considerados no escopo do sistema, sejam identificados, avaliados e controlados de
tal modo que os produtos da organização não causem dano direto ou indireto ao consumidor.
b) comunicar informação apropriada através da cadeia dos alimentos, assuntos de
segurança relativos a estes produtos;
c) comunicar informações relativas ao desenvolvimento, implementação e atualização do
sistema de gestão da segurança de alimentos através da organização com a extensão
necessária, para garantir a segurança de alimentos requerida pela norma ;
d) avaliar periodicamente e atualizar quando necessário, o sistema de gestão da segurança
de alimentos para assegurar que o sistema reflete as atividades da organização e incorpora a
informação mais recente sobre os perigos de segurança de alimentos sujeitos ao controle.
Quando uma organização optar por adquirir externamente algum processo que possa
afetar a conformidade do produto final, a organização deve assegurar o controle sobre tal
processo.
Atualização: atividade planejada e/ou imediata que garante a aplicação das informações
recentes.
Nota 1: Para o propósito desta Norma, uma correção se refere ao tratamento de produtos
potencialmente inseguros, e pode, portanto ser feita em conjunto com uma ação corretiva.
Nota 2: Uma correção pode ser, por exemplo, reprocessamento, processamento posterior, e/ou
eliminação das conseqüências adversas de não-conformidades (tais como o destino para outro
uso ou rotulagem específica).
Medida de Controle: ação ou atividade que pode ser usada para prevenir ou eliminar um
perigo à segurança de alimentos, ou para reduzi-lo a um nível aceitável.
Perigo: agente biológico, químico ou físico, ou condição do alimento, com potencial de causar
um efeito adverso à saúde do consumidor.
Ponto Crítico de Controle (PCC): etapa na qual o controle pode ser aplicado e é essencial para
prevenir ou eliminar um perigo relacionando à segurança de alimentos, ou reduzí-lo a um
nível aceitável.
Produto Final: Produto que não será submetido a qualquer processo ou transformação pela
organização.
nota: um produto que sofre processamento ou transformação posterior por outra organização, é um produto final
no contexto da primeira organização e uma matéria-prima ou um ingrediente no contexto da segunda
organização.
Programa de pré-requisitos (PPR): condições básicas e atividades necessárias para manter um
ambiente higiênico ao longo da cadeia produtiva de alimentos adequadas para a produção,
59
2.8.1 Introdução
O refrigerante como uma mistura gasosa, foi inventado em 1772, por Joseph Priestley
que realizou experiências acrescentando gás carbônico na água, com fins exclusivamente
farmacêuticos, porém essa mistura só foi comercializada tardiamente em 1830 (HISTÓRIA
DE TUDO, 2007).
0,05 para ajudar no processo de digestão. Em 1898, o também farmacêutico Caleb Bradham
criou a Pepsi-Cola com a finalidade de revigorar, rejuvenescer e ajudar na digestão. Um
reflexo disso é o próprio nome “Pepsi” que veio da pepsina, a principal enzima que atua no
processo da digestão e que estava presente na composição da bebida, junto com nozes de cola
(HISTÓRIA DE TUDO, 2007; WIKIPEDIA, 2007).
O Decreto n.2314 do MAPA definiu refrigerante como bebida gaseificada, obtida pela
dissolução em água potável de suco ou extrato vegetal de sua origem, adicionada de açúcares
(BRASIL, 1997).
A etapa mais significativa da história dos refrigerantes no Brasil foi durante o Plano
Real (1994). Não apenas o potencial de consumo da população havia melhorado, mas também
a proliferação das garrafas PET e a evolução na fabricação de equipamentos fizeram emergir
61
Resfriamento
da bebida
CO2
Carbonatação e Envasamento
Rinsagem de
garrafas
Rolha Capsulagem
plástica
Garrafa
PET
Inspeção eletrônica
Codificação Filme
contráctil
Empacotamento /Paletização
Filme
Strech
Expedição
. insumos e matérias-primas
63
A unidade fabril, onde se deu o estudo de caso, possui um sistema de gestão integrado
desenvolvido pelo departamento da qualidade da sede que abrange as áreas de qualidade,
segurança do trabalho e meio ambiente, e mais recentemente a segurança de alimentos. Trata-
se de um sistema dinâmico de gestão da qualidade que permite atualizar padrões e
procedimentos de acordo com as necessidades do negócio, apresenta uma estrutura
compatível com a série de normas ISO, além de ser muito específico para a indústria de
bebidas. A empresa possui a certificação ISO 9001 (qualidade) e a ISO 14001 (gestão
ambiental), não sendo certificada na ISO 14900 (APPCC). É uma planta bastante
automatizada, em função da sua alta tecnologia de processo. A indústria trabalha com
Qualidade Assegurada para os seus principais fornecedores, que são credenciados e
frequentemente auditados pelo departamento de qualidade da sede.
64
3.1 Introdução
Quanto aos meios para a obtenção dos dados utilizou-se a pesquisa bibliográfica, a de
campo e a documental, sendo este conjunto de dados fundamentais para o resultado da
pesquisa. Foram utilizados tanto dados primários, coletados durante a pesquisa dentro da
realidade industrial, bem como dados secundários (como legislações inerentes à matéria-
prima e à indústria de alimentos, dados de indústria do mesmo setor, etc.).
Com o objetivo de desenvolver uma descrição prática de como o advento da norma ISO
22000 modificou o sistema de segurança de alimentos anteriormente baseado apenas nas
BPFs e no Plano APPCC, passa-se nesta etapa da dissertação a descrever todo o
desenvolvimento do processo de adequação/implantação da ISO 22000.
4.1 Realização de treinamento e capacitação inicial sobre Requisitos da norma NBR ISO
22000:2006.
A equipe que antes era conhecida como “Equipe APPCC”, passou a ser denominada
Equipe de Segurança de Alimentos. O ponto mais relevante nesta fase, foi a maior
abrangência das áreas representadas na equipe, anteriormente formada por representantes do
controle da qualidade, fabricação, produção, manutenção e planejamento de produção, setores
que são diretamente ligados à produção. Na reestruturação do plano passaram a fazer parte do
grupo, representantes das seguintes áreas:
A base que constitui o plano APPCC são as BPFs e os PPRs, pois caso contrário,
haveria um número muito grande de perigos a serem controlados. Foi realizada uma primeira
avaliação para ser evidenciado o nível de atendimento das BPFs e dos Programas de Pré-
requisitos, através de um check-list que evidenciou quais os principais pontos a corrigir. Após
o processo de implantação, o mesmo check-list foi aplicado, sendo todos os resultados
apresentados no item 4.5.1.
contaminação cruzada. Conforme descrito no item 2.7.3, quando o PPR é identificado como
essencial para controlar os perigos é classificado como PPR operacional. Em linhas gerais,
quando a medida de controle é relacionada a questões estruturais, o PPR não é operacional.
No anexo A temos um quadro com os principais PPRs (requisito 7.5 da norma) e seus
respectivos planos de verificação.
4.4 Revisão do Plano APPCC, sob o enfoque dos requisitos da norma NBR ISO 22000:2006.
Este tópico foi organizado, para uma melhor compreensão, nas etapas da seqüência
lógica apresentada na figura 3 do item 2.6.4 deste trabalho.
A formação da equipe se deu logo após o treinamento e está descrita no item 4.2. Outra
atividade realizada nesta etapa foi a determinação do escopo que especificou: o segmento da
cadeia de alimentos; produto ou categorias de produto; processo e locais de produção que são
abrangidos e classes dos perigos a serem avaliados. Todas estas informações constam no
primeiro formulário 01 apresentado abaixo:
Identificação da Empresa
Razão Social:
Endereço:
Destino da Produção
Nome Função
continua
71
continuação
Escopo
Todos os itens do requisito 7.3.3.2 (características dos produtos finais) da norma foram
atendidos: nome do produto ou identificação similar; composição, características biológicas,
físicas e químicas importantes para a segurança de alimentos; prazo de validade e condições
de armazenagem; descrição de embalagem primária; rotulagem relacionada à segurança de
alimentos e/ou instruções de manuseio, preparo e uso e método de distribuição. Não exigido
pela norma, mais também importante para uma completa descrição do produto, e relacionar
quais os materiais auxiliares em contato com o produto, podendo chegar também até a
embalagem terciária.
Produto
Nome do produto:
Reprocesso
Armazenamento e Transporte
Pelo requisito 7.3.5.1 da norma, os fluxogramas devem ser preparados para categorias
de produtos ou processos cobertos pelo sistema de gestão da segurança de alimentos. Os
fluxogramas devem fornecer base para avaliar a possibilidade de ocorrência, aumento ou
introdução de perigos à segurança de alimentos. Os fluxogramas devem ser claros, precisos e
suficientemente detalhados. Os fluxogramas devem, conforme apropriado, incluir o seguinte:
a) seqüência e interação de todas as etapas do processo;
b) quaisquer processos externos e trabalhos subcontratados;
c) onde matérias-primas, ingredientes e produtos intermediários entram no fluxo;
d) onde retrabalho e recirculação ocorrem; onde os produtos finais, produtos intermediários,
subprodutos e resíduos são liberados ou removidos.
03 - CO2
1 - Água semi-tratada
PCC 01 12 - Filtração
2- Garrafa 02 - Carbonatação
PET 01 - Rinsagem
soprada de garrafas 04 - N2
13 - Filtração
03 - Enchimento
12 - Filtração 03 - CO2
15 -
Alimentação 04 - Capsulamento PCC 02
Garrafa Rejeitada
14 - Armazenamento 05 - Detecção de
Metais
PCC 03
Garrafa Rejeitada
07 - Inspeção Eletrônica
de Cheias (Nível e Tampa)
Nível irregular e/ou
tampa mal aplicada
e/ou ausência de tampa
08 - Rótulo
08 - Rotulagem
09 - Empacotamento
(Empacotadora)
09 - Filme Plástico
Contráctil
10 - Paletização 10 - Placa Separadora
(Paletizadora) 11 - Palete
11 - Envolvimento
12 - Filme Stretch Paletes
4.4.6 Listar todos os perigos potenciais, conduzir uma análise destes perigos e considerar
medidas de controle. (6ª Etapa - 1° Princípio)
A equipe de Segurança dos Alimentos listou todos os perigos que tinham probabilidade
razoável de ocorrer em cada etapa de acordo com o escopo determinado. Depois, conduziu a
análise para determinar quais os perigos necessitavam ser controlados, o grau e controle
requerido para garantir a Segurança dos Alimentos e qual a combinação de medidas de
controle era requerida. A metodologia utilizada para validação do risco está descrita no item
2.6.4
Um ponto inovador que a norma ISO 22000 determina para esta etapa é que para cada
perigo identificado que influencie a segurança de alimentos, deve ser determinado o nível
aceitável deste no produto final, sempre que possível. O nível determinado deve levar em
conta os requisitos estatutários e regulamentares estabelecidos, requisitos dos clientes,
intenção de uso do consumidor e outros dados relevantes.
Esta foi a maior de todas as etapas da revisão do plano APPCC e para um melhor
entendimento, será descrito primeiramente como se deu o processo da identificação dos
perigos, seguido de sua avaliação e posteriormente a seleção e avaliação das medidas de
controle.
Identificação e avaliação dos perigos e determinação dos níveis aceitáveis no produto final.
Foi realizado um levantamento sobre a legislação atual referente aos insumos utilizados.
Uma análise crítica destes requisitos estatutários possibilitou avaliar se haveria inclusão de
novos perigos à Segurança de Alimentos, em função do atendimento a estas legislações.
Este levantamento permitiu uma melhor caracterização dos perigos. Como exemplo,
temos na tabela abaixo para o insumo açúcar, quais eram os perigos listados anteriormente e
depois deste trabalho.
Após a consolidação destes dados foi realizada a revisão das especificações técnicas
para verificar se os parâmetros considerados como “perigo” eram monitorados pelo
fornecedor ou pela própria indústria. Com relação às etapas de processo, a revisão do plano
APPCC não evidenciou perigos muito diferentes dos levantados no plano anterior. Todos os
perigos levantados estão descritos no formulário 04 (anexo B).
Paralelo a sua seleção é importante que seja verificado se a medida de controle está
implementada e se seu gerenciamento é através de PPR, PPR Operacional ou plano APPCC.
A seleção das medidas de controle para cada perigo levantado também faz parte do formulário
04 (anexo B). Para indicar qual a forma de gerenciamento da medida de controle foi adotada a
seguinte legenda de cores no formulário 04: marrom pra indicar gerenciamento por um PPR,
verde para PPR Operacional e azul para o plano APPCC.
Após a identificação dos perigos, avaliação dos riscos e definição das medidas de
controle foi determinado através de uma árvore decisória, se o mesmo era um ponto crítico de
controle. As árvores decisórias utilizadas conduziram uma abordagem lógica para esta
determinação. O Senai (2000) evidencia dois modelos de árvores decisórias, uma para insumo
e outra para etapas do processo, que foram utilizadas neste estudo de caso, sendo a de insumo
adaptada, conforme figuras abaixo:
Sim
Não
Não é crítica
Q2: O perigo pode ocorrer em níveis inaceitáveis?
Não Sim
Sim Não
Não Sim
Sim
Não
É um PCC
Não é um PCC. (Ponto Crítico de Controle)
Figura 12: Árvore decisória para identificação de pontos críticos de controle -Processo
Fonte: SENAI (2000).
Obs.: Se um perigo é identificado numa etapa onde o controle é necessário para a segurança, e
não existe nenhuma medida de controle nesta etapa, então o produto ou processo deve ser
modificado nesta etapa ou em algum estágio anterior ou posterior, para incluir uma medida de
controle.
4.4.8 Estabelecer Limites Críticos para cada PCC (8ª Etapa - 3° Princípio)
4.4.9 Estabelecer Procedimentos de Monitoramento para cada PCC (9ª Etapa - 4° Princípio)
A norma ISO 22000 aborda o conceito diferencial entre correção (tomada de ação
imediata ao desvio dos limites críticos) e ação corretiva (ações que assegurem que a causa da
não-conformidade seja identificada, que os parâmetros controlados no PCC são retornados ao
controle e que a reincidência é prevenida). Uma técnica importante no estudo da causa-raiz do
problema é o “brainstorming”, onde todos os colaboradores que estão envolvidos com a
operação participam dando suas idéias sobre o problema. A correção e a ação corretiva
referentes a cada PCC identificado, encontram-se no formulário 5 (anexo C).
81
Para cada PCC identificado, deve ser verificado se o monitoramento aplicado está sendo
eficaz. O parâmetro a ser verificado pode ser: revisão dos registros de monitoramento;
calibração dos instrumentos críticos; inspeções visuais para observar se as medidas de
controle estão sob controle, testes analíticos (físico-químicos e microbiológicos) em produtos
em processamento e produtos acabados além de simulações. Todas as verificações referentes
aos PCCs identificados, estão descritas no formulário 05 (anexo C). O plano de verificação
(requisito 7.8 da norma) deve ainda confirmar se:
4.5 Atendimento dos demais requisitos da norma NBR ISO 22000 e outros resultados.
Esta etapa foi bastante simplificada pois, como a empresa já possuía o sistema de
documentação baseado na ISO 9001 - Sistemas de Qualidade, grande parte da documentação
teve que ser apenas adequada e não elaborada, por já existir um procedimento que definia os
controles necessários para identificação, armazenamento, proteção, recuperação, tempo de
retenção e descarte dos registros. De acordo com o quadro 5 - que trata das similaridades nas
estruturas das duas normas – ressalta-se:
Com a implantação da norma foram criados vários PPRs Operacionais para sub-etapas
ou pontos que até então não eram gerenciados.
83
4.5.3 Rastreabilidade
Atendendo aos requisitos 7.10 e 7.11 da norma, sempre que os limites críticos de
controle forem excedidos ou houver perda de controle de PPRs Operacional, os produtos
afetados eram identificados e segregados para posterior avaliação e devida disposição final.
Anteriormente havia um espaço reservado para produto não-conforme referente a qualidade.
Foi criada uma área específica para segregação de produto não-conforme referente a
segurança de alimento. Todo evento não-conforme, era registrado em um formulário
específico no qual constavam as informações de: quantidade, horário da produção, motivo da
não-conformidade, bem como a correção, a ação corretiva e a disposição final do produto.
Este relatório só era liberado pelo coordenador da equipe de segurança de alimentos,
considerando as seguintes condições:
Em caso extremo, onde os produtos determinados como inseguros já não estejam mais
sob controle da organização, a fábrica deve notificar as partes interessadas relevantes e iniciar
84
Além das verificações dos monitoramentos e dos PPRs descritas no item 4.4.11, foram
realizadas auditorias internas de BPF, sendo também instituída uma auditoria interna
específica para o APPPC.
Programa
Comunicação de Pré-
Interativa
requisitos
Ou seja, a boa estrutura destes fatores influencia diretamente nas condições primárias
necessárias para a existência de um Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos.
86
5. CONCLUSÃO
A elaboração deste trabalho permitiu atingir o objetivo geral desta pesquisa de avaliar o
processo de implantação da norma referente ao sistema de gestão da segurança de alimentos –
NBR ISO 22000 – numa indústria de alimentos, onde o programa BPF e o plano APPCC já
eram estruturados, abordando os aspectos mais relevantes deste processo.
A metodologia adotada foi avaliada como adequada, uma vez que o objetivo da pesquisa
foi alcançado. Entretanto, o tempo de pesquisa dedicado a algumas partes do eixo temático,
principalmente a evolução da qualidade e a contaminação microbiológica, poderia ter sido
otimizado, pois o aprofundamento destes itens não foi tão importante para a pesquisa. Este
fato poderia ter sido evitado com um melhor planejamento na fase de pré-projeto deste estudo
de caso.
o tema desta pesquisa, a NBR ISO 22000:2006 é recente. Durante a execução desta
pesquisa não foi evidenciada nenhuma publicação de trabalho prático nesta área no
Brasil. Logo esta pesquisa configura-se como um trabalho pioneiro.
A implantação da NBR ISO 22000 também foi beneficiada pelo fato da indústria já
possuir a certificação referente à Gestão Ambiental (ISO 14001). Aspectos como:
manejo correto dos resíduos, disposição correta de materiais e produtos finais não-
conformes e o uso racional dos suprimentos de água, embasavam o atendimento a
vários PPRs Operacionais, que foram adotados como medida de controle no plano
APPCC.
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YIN, R.K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre, Bookman, 2005.
212p.
Emissão Nº folha:
APÊNDICE/ A
Definida a necessidade,
Verificação de PCCs e
Coordenador CQ / em reuniões mensais de Ata de reunião
BPF- Ex: regeneração de colunas, Programas de Pré-
Coordenador de Mensal análise crítica, pela de Análise
monitoramento dos filtros. Requisitos da
Fabricação Equipe de Segurança de Crítica.
Fabricação e Produção
Alimentos.
Verificação de PCCs
Coordenador CQ /
e Programas de Pré-
Coordenador de Mensal
Requisitos da Definida a necessidade,
Fabricação
Programa de Limpeza e Sanitização na Fabricação e Produção em reuniões mensais de Ata de reunião
Fabricação: limpezas e sanitizações de análise crítica, pela de Análise
tanques e equipamentos de processos. Equipe de Segurança de Crítica.
Alimentos.
Auditores de BPF Auditoria de BPF Trimestral
2
Emissão Nº folha:
APÊNDICE A
Emissão Nº folha:
APÊNDICE A
Ficha Individual de
Coordenador CQ
Equipamento
Definida a necessidade,
em reuniões mensais de Ata de reunião
Manutenção preventiva e calibração
Verificação dos Mensal análise crítica, pela de Análise
de equipamentos. Coordenador de
Programas de Pré- Equipe de Segurança de Crítica.
Manutenção Alimentos.
Requisitos da
Industrial
Manutenção Industrial
Emissão Nº folha:
APÊNDICE A
Plano de Análise de Perigo e Ponto Crítico de Controle - APPCC Documento Emissão Revisão
Insumo / Perigo Justificativa Risco Nível aceitável Medida de Controle. Validação da Medida
Identificado e do perigo no de Controle
Nº Matéria- (Sev/Pro)
Categoria produto final e
prima
Risco justificativa Implementada (S/N)?
Insumo / Perigo Justificativa Risco Nível aceitável Medida de Controle. Validação da Medida
Identificado e do perigo no de Controle
Nº Matéria- (Sev/Pro)
Categoria produto final e
prima
Risco justificativa Implementada (S/N)?
B- 1- Programa de homologação
microorganismo Falhas operacionais no processo de A/B patogênicos: de fornecedores gerenciado 1- Análise
patogênico. fabricação e armazenamento do Menor Portaria 518 pela matriz / Programa de microbiológica de
B- fornecedor e no transporte. da ANVISA gestão de fornecedores produtos finais.
Garrafas
PET microorganismo M/B gerenciado pelo fabricante.(S) 2- Histórico de
2 deteriorante Menor deteriorantes: 2- Boas Práticas de reclamações - SAC.
(mofos e máx. 20 Transporte.(S)
leveduras). UFC/ml 3- BPF - Higiene Operacional
(inspeção visual no
recebimento).(S)
4- Etapa de rinsagem.(S)
Plano de Análise de Perigo e Ponto Crítico de Controle - APPCC Documento Emissão Revisão
Insumo / Perigo Justificativa Risco Nível aceitável Medida de Controle. Validação da Medida
Identificado e do perigo no de Controle
Nº Matéria- (Sev/Pro)
Categoria produto final e
prima
Risco justificativa Implementada (S/N)?
Plano de Análise de Perigo e Ponto Crítico de Controle - APPCC Documento Emissão Revisão
Insumo / Perigo Justificativa Risco Nível aceitável Medida de Controle. Validação da Medida de
Identificado e do perigo no Controle
Nº Matéria- (Sev/Pro)
Categoria produto final e
prima
Risco justificativa Implementada (S/N)?
1- Programa de homologação
F - corpos Falhas operacionais no processo de A/B ausente de fornecedores gerenciado 1 - Histórico de
estranhos fabricação e de armazenamento do pela matriz / Programa de reclamações - SAC.
(sujidades). fornecedor e no transporte. Menor (requisito 2 - Análise de aparência
gestão de fornecedores
Falhas no programa de boas práticas de do cliente) gerenciado pelo fabricante.(S) de produtos finais feitas
F - corpos armazenamento a cada 30 minutos.
estranhos A/M 2- BPF - Higiene Operacional
(vedante). (inspeção visual no
Maior recebimento).(S)
3- Boas Práticas de
Armazenamento.(S)
Tampa
plástica Q - ausente Os perigos químicos (ácido tereftálico, - - - -
5 arsênio, bário, cádmio, zinco, mercúrio,
chumbo, selênio e aminas aromáticas)
foram considerados ausentes uma vez
que o fornecedor é homologado pela
matriz e seus ensaios de migração em
laboratórios credenciados constataram
que seus componentes são autorizados
para a fabricação de materiais em
contato com alimentos, conforme
Resolução nº 105 da ANVISA.
9
Plano de Análise de Perigo e Ponto Crítico de Controle - APPCC Documento Emissão Revisão
Insumo / Perigo Identificado Justificativa Risco Nível aceitável Medida de Controle. Validação da Medida
e Categoria do perigo no de Controle
Nº Matéria- (Sev/Pro)
produto final e
prima
Risco justificativa Implementada (S/N)?
6 Tinta Q - ausente - - - -
B - ausente Produto final encontra-se lacrado e
portanto não há contato do insumo com - - - -
F - ausente o produto. - - - -
7 Q - ausente - - - -
Solvente B - ausente - - - -
F – ausente - - - -
8 Rótulo Q - ausente - - - -
B - ausente - - - -
10
Plano de Análise de Perigo e Ponto Crítico de Controle - APPCC Documento Emissão Revisão
F - ausente - - - -
9 Filme Q - ausente - - - -
plástico
B - ausente Produto final encontra-se lacrado e - - - -
portanto não há contato do insumo com
Placa F - ausente o produto. - - - -
separadora
10 Q - ausente - - - -
B - ausente - - - -
F - ausente - - - -
11 Palete Q - ausente - - - -
B - ausente - - - -
F - ausente - - - -
12 Filme Q - ausente - - - -
strech
B - ausente - - - -
11
cliente)
cabelo, adornos). de aberturas que permitem comunicação pessoal).(S) 3- Análise de aparência do
3 direta com a área externa e ausência de 2 - Controle integrado de produto final a cada 30
pressão positiva/ higiene pessoal: pragas.(S) minutos.
ausência de touca e uso de adornos 3 - Detector de metais.(S)
pelos operadores). 4 - Manutenção preventiva
3- Falha no Controle Integrado de da enchedora.(S)
Pragas.
13
- - - -
Inspeção eletrônica
F - ausente
(nível e tampa)
de cheias
B - ausente - - - -
- - - -
F - ausente
Nesta etapa a embalagem
Rotulagem
já está lacrada.
8 Q - ausente - - - -
B - ausente - - - -
16
B - ausente - - - -
F - ausente - - - -
Paletização
F - ausente - - - -
Envolvimento de
11 já está lacrada.
B - ausente - - - -
17
F - ausente - - - -
Filtração
12
físicos ao processo.
B – ausente - - - -
F - ausente - - - -
Filtração N2
B – ausente - - - -
estranhos aberturas que permitem comunicação A/M ausente (adequação dos requisitos de - SAC.
(sujidades e direta com a área externa) e de Maior higiene ambiental). (S) 2 - Vistoria na sala de rolha -
(requisitos do
insetos). armazenamento (ex.: sobras de tampas 2- Boas Práticas de Registro de incidência de
cliente)
mantidas em caixas abertas e caixas Armazenamento.(S)
plásticas
praga.
mantidas diretamente sobre o piso). 3- Controle Integrado de
3 - Análise de aparência de
2- Falhas no Controle Integrado de Pragas.(S)
produtos finais.
14 Pragas.
microorganismos Fabricação (higiene ambiental: presença A/M máx. 20 Fabricação (adequação dos produtos finais.
tampas plásticas
deteriorantes de aberturas que permitem comunicação Maior UFC/ml requisitos de higiene 2- Histórico de reclamações -
(mofos e direta com a área externa) e de ambiental). (S) SAC.
14 leveduras). armazenamento (ex.: sobras de tampas 2 - Boas Práticas de
mantidas em caixas abertas e caixas Armazenamento.(S)
mantidas diretamente sobre o piso). 3 - Controle Integrado de
2- Falhas no Controle Integrado de Pragas.(S)
Pragas.
F - corpos 1- Falhas na limpeza da calha de 1- Boas Práticas de 1- Histórico de reclamações -
Alimentação de tampas plásticas
estranhos transporte das tampas plásticas e da A/M ausente Fabricação (adequação dos SAC.
(sujidades, tolva. Maior requisitos de higiene 2 - Análise de aparência do
(requisito do
fragmento de 2- Falhas em Boas Práticas de ambiental, higiene produto final a cada 30 min.
cliente)
acrílico, insetos, Fabricação (ex.: higiene operacional: operacional e higiene
fios de cabelo e falhas na alimentação das tampas para pessoal).(S)
15 adornos). jet flow e na tolva possibilitando a 2- Limpeza do sistema de
transferência de sujidades aderidas à alimentação e transporte de
caixa / higiene pessoal: ausência de tampas plásticas.(S)
touca e uso de adornos pelos 3- Controle Integrado de
operadores). Pragas.(S)
3- Tolva mantida destampada.
19
APÊNDICE C - Formulário 5 - Determinação dos Pontos Críticos de Controle, Plano de Monitoramento e Verificação - Envase Pet- Insumos / Matéria-Prima
Ação
Correção
Correção
Ação Corretiva
Corretiva
Determinação Monitoramento Verificação
Matéria-prima
Identificado de
Nº
e Categoria Controle Q Q Q P
1 2 3 C
C
1- Programa de homologação de S - - - O quê? - - - O quê? - - -
F - corpos fornecedores gerenciado pela
Como? - Como? -
estranhos matriz/ Programa de gestão de
(sujidades e fornecedores gerenciado pelo
Quando? -
fragmentos de fabricante.
insetos). 2 - Boas Práticas de Transporte. S - - - Quem? - Quando? -
Garrafa PET
S - - - O quê? - - - O quê? - -
-
Q - acetaldeido 1- Programa de homologação de Como? - Como? -
fornecedores gerenciado pela
matriz / Programa de gestão de Quando? - Quando? -
2 fornecedores gerenciado pelo
fabricante. Quem? - Quem? -
Registro:
Registro: -
Limite crítico: -
21
APÊNDICE C - Formulário 5 - Determinação dos Pontos Críticos de Controle, Plano de Monitoramento e Verificação - Envase Pet- Insumos / Matéria-Prima
Ação
Ação
Corretiva
Corretiva
o
o
Determinação Monitoramento
Correçã
Verificação
Correçã
Insumo /
Matéria-
prima
APÊNDICE C - Formulário 5 - Determinação dos Pontos Críticos de Controle, Plano de Monitoramento e Verificação - Envase Pet- Insumos / Matéria-Prima
Ação
Determinação Monitoramento
Correção
Verificação
Correção
Ação
Corretiva
Corretiva
Insumo /
Matéria-
prima
APÊNDICE C - Formulário 5 - Determinação dos Pontos Críticos de Controle, Plano de Monitoramento e Verificação - Envase Pet - Etapas do Processo
de Monitoramento Corretiva
Categoria
Controle
F - corpos 1- Manutenção S - - - - - - - - - -
estranhos preventiva dos jatos.
(sujidades e
insetos).
B- 1- Manutenção N S S - - - 1 O quê? 1- Técnico do CQ Junto com a Avaliar a
preventiva dos jatos. eficiência do rinser. interrompe o processo equipe de eficiência do
Microorganismo
Como? e segrega produto. manutenção rinser num
patogênico.
inspeção visual in loco 2- Comunica a evidenciar a menor
se todas as válvulas manutenção para causa raiz do intervalo de
B-
Rinsagem
APÊNDICE C - Formulário 5 - Determinação dos Pontos Críticos de Controle, Plano de Monitoramento e Verificação - Envase Pet - Etapas do Processo
de Monitoramento Corretiva
Categoria
Controle
B- 1-Aplicação dos S - - - - - - - - - -
Carbonatação
microorganismo procedimentos de
2 deteriorante limpeza e
(mofos e sanitização.
leveduras).
adornos). pessoal).
X
2- Controle S - - - - -
integrado de pragas.
3- Detector de N S N S S -
metais.
4- Manutenção S - - - - -
preventiva da
enchedora.
25
sacarose, procedimentos de
fenilanina e limpeza e
outros sanitização.
alergênicos.
3 1- Aplicação dos S - - - - - - - - -
B- X
procedimentos de
microorganismo limpeza e
deteriorante sanitização.
(mofos e
leveduras).
B- 2- Boas Práticas S - - - - - - - - -
microorganismo Fabricação
deteriorante (adequação dos
(mofos e requisitos de higiene
leveduras). ambiental, higiene X
operacional e
higiene pessoal).
3- Controle S - - - - - - - - -
Integrado de Pragas.
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APÊNDICE C - Formulário 5 - Determinação dos Pontos Críticos de Controle, Plano de Monitoramento e Verificação - Envase Pet - Etapas do Processo
de Monitoramento Corretiva
Categoria
Controle
Q - Metais 1- Boas práticas de S - - - - - - - -
pesados (óleos e manutenção e uso X
graxas). de lubrificante de
grau alimentício.
B- 1- Análise de N S S - - - 0 quê? 1-Técnico deve Coordenador Os registros
microorganismo torque. análise de torque interditar o processo, e do CQ deve do torque são
segregar produtos iniciar ações checados
Capsulamento (garrafas PET)
deteriorante S - - - - - Como?
(mofos e 2- Limpeza da calha analisar uma garrafa de envasados para corretivas, diariamente
leveduras). de transporte de cada capsulador pelo reavaliação de CO2, avaliar o pelo
4
tampas plásticas. 2 método adotado. após 48h de produção. desvio de supervisor do
B-
limite crítico CQ e uma
microorganismo
3- Manutenção Quando? 2- Técnico deve ocorrido e vez por
deteriorante S - - - - -
preventiva do início de produção e a solicitar à manutenção orientar a semana pelo
(mofos e
capsulador. cada 1 hora ajuste no capsulador. tomada de coordenador
leveduras).
Quêm? ação do CQ.
Técnico CQ. corretiva. Correção:
Retreinar
responsáveis
Registro:Applied
27
APÊNDICE C - Formulário 5 - Determinação dos Pontos Críticos de Controle, Plano de Monitoramento e Verificação - Envase Pet - Etapas do Processo
de Monitoramento Corretiva
Categoria
Controle
Limite crítico: pelas medidas
Rem.. 6 a 12 pol/lb de controle.
Inc. 10 a 16 pol/lb. Ação
Justificativa: valores corretiva:
4 especificados pelo Reavaliar
fornecedor e validados frequência da
pelo CQ. manutenção
preventiva.
F - tubo de ar 1- Inspeção N S S - - - O quê? 1-Técnico deve O Os registros
eletrônica (detector Funcionamento do interditar o processo, e coordenador são checados
de metais) com detector de metal. segregar produtos. do CQ deve ao fim do
rejeição de garrafas 3 orientar a turno pelo
não-conformes. 2- Proceder vistoria para tomada de supervisor.
Como?
Detecção de metais
APÊNDICE C - Formulário 5 - Determinação dos Pontos Críticos de Controle, Plano de Monitoramento e Verificação - Envase Pet - Etapas do Processo
de Monitoramento Corretiva
Categoria
Controle
F - tubo de ar 1- Inspeção Limite crítico: substituir
eletrônica (detector Aprovação de garrafas equipamento.
de metais) com testes. - em caso de
rejeição de garrafas Justificativa: mau registro,
5
não-conformes. Inspetor deve expulsar retreinar
toda garrafa teste. funcionário
que realiza a
análise.
F - corpos 1- Boas Práticas de S - - - - - - - - -
Armazenamento de tampas
estranhos Fabricação
(sujidades e (adequação dos
insetos). requisitos de higiene
ambiental).
14 X
2- Boas Práticas de S - - - - -
Armazenamento.
3- Controle Pragas S - - - - -
29
APÊNDICE C - Formulário 5 - Determinação dos Pontos Críticos de Controle, Plano de Monitoramento e Verificação - Envase Pet - Etapas do Processo
de Monitoramento Corretiva
Categoria
Controle
B- 1- Boas Práticas de S - - - - - - - -
microorganismo Fabricação X
deteriorante (adequação dos
(mofos e requisitos de higiene
14 leveduras). ambiental).
2- Boas Práticas de S - - - - - - - -
Armazenamento. X
3- Controle S - - - - -
Integrado de Pragas.
F - corpos 1- Boas Práticas S - - - - - - - - -
estranhos Fabricação
Alimentação de tampas plásticas
APÊNDICE C - Formulário 5 - Determinação dos Pontos Críticos de Controle, Plano de Monitoramento e Verificação - Envase Pet - Etapas do Processo
de Monitoramento Corretiva
Categoria
Controle
S - - - - -
3- Controle
Integrado de Pragas.
B- 1- Boas Práticas de S - - - - - - - - -
microorganismo Fabricação
patogênico. (adequação dos
requisitos de higiene
Alimentação de tampas plásticas
B- ambiental).
- - -
microorganismo 2- Boas Práticas de S - - - - - -
Fabricação
deteriorante
(adequação dos
(mofos e X
requisitos de higiene
15 leveduras).
operacional e
higiene pessoal).
3- Limpeza do S - - - - - - - - -
sistema de
alimentação e
transporte de tampas
plásticas.
4- Controle S - - - - -
Integrado de Pragas.
31