Matematica9 Mod5

Luiz Márcio Imenes
Marcelo Lellis
Matemática 9
capítulo 7 – Geometria dedutiva
capítulo 8 – Matemática, comércio e indústria
HTARO POULOS/GE
MOU T TY
IMA
AN
DE GE
S
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CJEFF J MITCHELL-POOL/GETTY IMAGES

O arremesso de disco é uma modalidade do
atletismo. Para arremessar o disco, o atleta fica
posicionado no centro de uma circunferência
dentro de uma grade de proteção. Essa grade
também limita a direção em que o disco deve
ser lançado, formando um ângulo central de
45°. A distância obtida no arremesso é o raio
da circunferência.
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CAPÍTULO
7 GEOMETRIA DEDUTIVA
PARA COMEÇAR BEM
Este capítulo trata de alguns teoremas da Geometria e da argumentação neces-

sária para prová-los. Você fará uma revisão de fatos conhecidos e aprenderá novos
fatos. Para começar bem, vamos lembrar algumas noções.
Uma poligonal é uma sequência de segmentos de reta (AB, BC, CD etc.); o ponto
final de um segmento é o inicial do outro.
Uma poligonal é fechada se começa em um ponto A e termina nesse ponto; por
exemplo: AB, BC, CD, DA.
D
G
B C
E B
F
A
C
A
D E
F
poligonal poligonal fechada (polígono)
Um polígono é uma poligonal fechada que não corta a si mesma, mais a região
interna dessa poligonal.
Um polígono regular tem todos os lados de mesma medida e todos os ângulos
internos de mesma medida.
A
eixo de
Como AB é congruente a AC, o triângulo da figura é simetria
isósceles. Todo triângulo isósceles tem um eixo de simetria.
Por causa da simetria, os ângulos B B e B C do triângulo isós-
celes, chamados ângulos da base, são congruentes.
B C
Losango é um quadrilátero com quatro lados de mesma

medida.
Quadrado é um losango com ângulos internos retos.
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Matemática, detetives e dedução
Já ouviu falar de Sherlock Holmes? Ele é o protagonista de uma série de histórias
de detetive, escritas há mais de 100 anos. Sherlock tornou-se famoso por usar o
raciocínio dedutivo em suas investigações. Por meio de deduções ele conseguia
provar, por exemplo, que determinado suspeito era o criminoso.
Em uma de suas histórias1, Sherlock é visitado por uma cliente. Logo após as
apresentações, ele diz a ela:
— A senhora não acha que, sendo míope, faz mal à sua vista trabalhar tanto à máquina?
A cliente fica assombrada. O detetive não a conhecia e, mesmo assim, descobriu
que ela era datilógrafa e míope! Mais tarde, Sherlock explica que deduzira esse fato
de outros que ele tinha observado. A cliente estava sem óculos, mas tinha duas
pequenas marcas nas laterais do nariz, típicas de quem usa óculos; também tinha
marcas na manga de veludo de seu vestido, típicas de quem apoia o pulso sobre
a borda da mesa ao datilografar.
Esse episódio ilustra o que é raciocinar dedutivamente: tirar conclusões com
base em fatos conhecidos. De certo modo, todos nós fazemos deduções em nos-
sa vida cotidiana. Entretanto, essa competência pode ser bastante ampliada por
meio do aprendizado, especialmente o da Matemática.

Em muitas atividades, o raciocínio dedutivo é essencial. Detetives e policiais
fazem deduções. Advogados usam raciocínio dedutivo para descobrir as con-
sequências de uma lei e para argumentar perante o juiz, acusando ou defen-
dendo o réu. Jornalistas pensam dedutivamente para justificar suas opi-
niões. Médicos também recorrem a ele, e você pode imaginar por quê.
O raciocínio dedutivo faz parte da essência da Matemática, e
você, nesses tantos anos de contato com ela, já fez deduções. Os
matemáticos sempre provam, por meio de uma argumenta-
ção lógica, todos os fatos e regras que descobrem. Essa
argumentação é formada por deduções: de um fato
se conclui o seguinte e deste, um outro, e assim por
diante. Quando são provados, fatos e regras passam
a se chamar teoremas.
1
DOYLE, Arthur Conan. Um caso de
identidade. Em: Um escândalo na Boêmia
e outras aventuras de Sherlock Holmes.
Tradução de Carlos Chaves.
Rio de Janeiro: Ediouro, [s.d.]. p. 72.
Você já conhece vários teoremas. Por exemplo:

• Em todo triângulo, a soma das medidas dos ângulos internos é 180°.
• Se a e b são números não negativos, então dz a ? b 5 dza ? dz b.
–b  dz b2 2 4ac
• Na equação ax2 1 bx 1 c 5 0, de incógnita x, temos x 5
2a
(com a  0 e b2 2 4ac não negativo).
E não devemos esquecer o Teorema de Pitágoras, que afirma que a soma dos
quadrados das medidas dos catetos é igual ao quadrado da medida da hipotenusa.
Esse teorema foi demonstrado no capítulo 1. A seguir, vamos demonstrá-lo mais
uma vez, mas com nova argumentação.
3
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Considere 4 triângulos retângulos Imagine os triângulos
congruentes a este. arrumados assim.
b a
b1c a2
Os catetos medem b e c;; a hipotenusa mede a

a.. Quadrado de lado b 1 c e, dentro dele, outro
Queremos provar que a2 5 b2 1 c2. quadrado, de área a2.
Depois, imagine-os
Portanto, o quadrado de lado b + c pode
arrumados assim.
ser formado pelos 4 triângulos e pelo quadrado
de área a2 ou pelos 4 triângulos e pelos quadrados
de áreas b2 e c2. Conclusão: a área a2 é igual
b2 à soma de áreas b2 + c2.
b1c
c2
Quadrado de lado b 1 c e dois

quadrados, com áreas b2 e c2.
Esperamos que essa argumenta-

ção inspire você, porque, neste capí-
tulo, você vai fazer deduções e pro-
var teoremas. Vai proceder como um
detetive, ou como um matemático.
CONVERSAR PARA APRENDER
a. Você já tinha ouvido falar de Sherlock Holmes? Já leu Horizonte”. O que podemos concluir dessas duas
suas histórias ou assistiu a seus filmes? notícias?
b. Quais indícios levaram Sherlock a deduzir que a cliente f. Explique o que é pensar dedutivamente.
era datilógrafa e míope? g. Em que situação um médico usa raciocínio dedutivo?
c. Uma pessoa que trabalha como digitadora pode ter h. Explique o que é argumento.
unhas longas?
i. Escreva o enunciado de algum teorema que você
d. Que indícios podem levá-lo a deduzir que uma pessoa conheça.
gosta de rock? j. O raciocínio dedutivo consiste em argumentações
e. Na quarta-feira, a televisão prevê que no dia se- lógicas para convencer as pessoas. Na sua relação com
guinte vai chover muito em Belo Horizonte. Na as pessoas, você utiliza argumentação lógica ou pre-
sexta-feira, você lê no jornal: “Trânsito para em Belo fere impor suas ideias pela insistência?
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PROBLEMAS
1 O dono de uma joalheria percebeu que uma joia havia sumido antes das 8 horas da manhã. 1. Deduzimos por eliminação: não foi Bruno,
Os suspeitos eram os cinco funcionários que costumavam chegar antes desse horário: que é canhoto, não foi Ernesta, que não
• Alberto – usa roupas e acessórios caríssimos; cuidadoso, não esquece detalhe algum. usa óculos, nem Carla, que não chegaria
• Bruno – usa óculos, nervoso, diz ter perdido seu relógio; é o único canhoto do grupo. a tempo para cometer o furto. Além disso,
• Carla – foi vista às 7h35 min a 2 km da loja, caminhando para lá. não deve ser Alberto, que usa acessórios
caros e não esquece nada. Logo, só pode
• Daniel – distraído, explosivo, não gasta dinheiro em roupas. ser Daniel.
• Ernesta – agressiva e mal-humorada, nunca usou óculos.
A polícia descobriu que: 2. Se o rótulo da caixa azul fosse verdadeiro,
I. Quem pegou a joia usa óculos e não é canhoto. também seriam verdadeiros os outros dois.
II. No momento do furto, caiu um relógio barato no chão, que parou às 7 h 42 min. Logo, ele é falso. Por razões similares, o
rótulo da caixa verde é falso. Assim, o rótulo
III. Uma pessoa caminhando depressa percorre cerca de 1 km a cada 8 min. verdadeiro é o da caixa amarela, e o doce
Dessas informações, deduza quem furtou a joia. está na caixa azul.
2 Este é um desafio! 3. Se Letícia desse 3 balas para cada

Sabendo que somente um dos rótulos diz a verdade, deduza em que caixa está o doce. estudante, distribuiria 90 balas. Daí,
sobrariam 10 balas. Como as 100 balas
foram distribuídas, podemos deduzir que 10
alunos receberam uma bala a mais que os
outros. Portanto, os alunos que receberam
uma bala a mais são 10 meninas.
c 1 e 5 180°
4. ⇒ a1b1c5c1e
a 1 b 1 c 5 180°
Portanto: a 1 b 5 e, ou seja, e 5 a 1 b.
5. Resposta possível: z e y são medidas dos

3 A professora Letícia distribuiu 100 balas entre os 30 alunos da classe da seguinte forma: ângulos agudos de um triângulo retângulo.
4 balas para cada menina e 3 balas para cada menino. Para deduzir o número de meni- Logo, z 1 y 5 90°. Como z 1 x 1 y 5 180°,
nas da classe, você pode escrever e resolver um sistema de equações. Entretanto, neste substituindo z 1 y por 90°, temos
x 1 90° 5 180°. Portanto, x 5 90°.
problema, você deve descobrir o número de meninas usando apenas palavras, as quais
devem explicar suas deduções.
Comece assim: Se Letícia desse 3 balas para cada um dos estudantes, distribuiria...
balas e sobrariam... Daí...
4 Na figura ao lado, sabe-se que a 1 b 1 c 5 180° e que c 1 e 5 180°.
e
b c
Apoiado nesses dois fatos, prove ou deduza que e 5 a 1 b. Você estará provando o
seguinte teorema:
Em todo triângulo, a medida de um ângulo externo é igual à soma das medidas dos
ângulos internos dos outros dois vértices.
5 Na demonstração do Teorema de Pitágoras apresentada no texto, dissemos que o qua-

drilátero interno, cujos lados eram as hipotenusas dos triângulos, era um quadrado.
y
z
x
y
z a b
c
Entretanto, os lados de medidas iguais provam apenas que o quadrilátero é losango.
Para ser quadrado, seus ângulos internos têm de ser retos. Com base na figura, prove
que a medida x corresponde a 90°.
5
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PROBLEMAS PARA CASA
6 As pessoas A, B, C e D vão participar de um torneio 8 Use o problema 4 e prove que, na figura abaixo, z 5 y.
de tênis de mesa. Antes de começar, elas arriscam as
seguintes previsões:
A: Serei o 2o colocado.
B: Ficarei depois de A. z
C: D será o 3o colocado.
x
D: Ficarei em 4o lugar.
Sabendo que todos erraram suas previsões, exceto o y
1o colocado, faça o que se pede: x
a) Prove que C foi o 1o colocado.

b) Dê a classificação de todos os participantes. 9 Entre estas afirmações, algumas são verdadeiras e
correspondem a teoremas. Descubra quais são elas.
7 Em 2005 e 2006, jornais brasileiros começaram a pu- a) Se um ponto pertence à mediatriz de um seg-
blicar na seção de passatempos um quebra-cabeça mento, então ele equidista dos extremos do
chamado sudoku. Ele pode ser resolvido com raciocí- segmento.
nio dedutivo, sem a necessidade de tentativas. Como b) Em todo retângulo, as diagonais têm medidas
o sudoku demanda tempo para resolver, vamos pro-
iguais.
por dois minissudokus. A regra é a seguinte: c) Em todo paralelogramo, as diagonais têm medidas
iguais.
Preencher a tabela de maneira que em toda d) Quaisquer que sejam os números a e b, vale sem-
linha, em toda coluna e em todo quadrado pre a igualdade (a 1 b)2 5 a2 1 b2.
“dois por dois” destacado apareçam os núme- e) Se a e b são números quaisquer não negativos,
ros 1, 2, 3 e 4.
vale sempre a igualdade dz a 1 b 5 dza 1 dzb.
São teoremas apenas as afirmações a e b.
a) 10 Em um retângulo, com lados medindo a e b, foram
4 1 3 2 traçadas as diagonais. Ficaram determinados os tri-
ângulos 1 (de base a) e 2 (de base b).
2 3 4 1
3 2 1 4
1 4 2 3
b
[Dica: Deduzimos que o número da terceira coluna,
abaixo do 3, tem de ser 4 (pois não pode ser 2, que 2
está na mesma linha). Logo, essa coluna se completa
com o 2 (à direita do 4). Continuando esses raciocínios,
você preenche a tabela toda.]
1
b)
1 2 4 3
3 4 2 1 Prove que esses triângulos têm áreas iguais.
11 Em uma circunferência de centro O e raio r, AB e CD

2 1 3 4 são diâmetros perpendiculares entre si. Considere
um ponto P pertencente à circunferência e desenhe:
o segmento PX (perpendicular a AB, com X pertencente
4 3 1 2 a AB) e o segmento PY (perpendicular a CD, com Y per-
tencente a CD). Prove que a medida de XY é igual a r.
6
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Ângulos internos e externos Atenção: Um polígono é delimita-
dos polígonos do por uma linha poligonal fechada.
Com essa figura de contorno aberto,
pretende-se apenas representar um
Sobre os ângulos internos polígono genérico de n lados.
No 8o ano foi apresentado o seguinte teorema:
i1
Em todo polígono de n lados, a soma S das medidas dos ângulos internos i2
é dada por:
i3
S 5 (n 2 2) ? 180°
i4
Esse teorema já foi provado ou demonstrado no 8o ano, mas vamos apresentar i1 1 i2 1 ... 1 in 5 (n 2 2) ? 180°
agora outra prova, um pouco diferente da anterior. Acompanhe.
Primeiro, imaginamos o polígono de n lados dividido em triângulos a partir de
um ponto qualquer em seu interior, como mostra a ilustração ao lado.
Como há n lados do polígono e cada lado corresponde a um triângulo, aparecem
n triângulos. A soma das medidas de todos os ângulos desses triângulos é n ? 180°. O

Nessa soma estão incluídas também as medidas dos ângulos em torno do
ponto O, que totalizam 360°. Como esses ângulos não são parte dos ângulos in-
ternos do polígono, deduzimos que é preciso subtrair 360° da soma n ? 180° para
obter o que queremos. Então temos:
S 5 n ? 180° 2 360°
Colocando 180° em evidência, provamos o que queríamos:
S 5 (n 2 2) ? 180°
Toda dedução se apoia em fatos já conhecidos. Nesse caso, o fato já conhecido é
o teorema sobre a soma das medidas dos ângulos internos dos triângulos.
Sobre os ângulos externos O polígono pode ter 3 ou 30 lados;

Agora usaremos o resultado S 5 (n 2 2) ? 180° para demonstrar um novo isso não importa. A soma das medi-
teorema. Ele afirma que a soma das medidas dos ângulos externos (SE ) de qual- das dos ângulos externos é sempre
quer polígono é 360°. a mesma!
Por exemplo, nos pentágonos, SE 5 e1 1 e2 1 e3 1 e4 1 e5 5 360°.
Para acompanhar a argumentação, observe o pentágono ao lado, mas pen- e1 e2
se em um polígono genérico de n lados. Em cada vértice do polígono, há um i2
i1
ângulo interno e um ângulo externo, cujas medidas somam 180°. Por exemplo,
e1 1 i1 5 180°; e2 1 i2 5 180° etc. i3
e3
Portanto, a soma das medidas de todos os ângulos, internos e externos, é n ? 180°. i4
Subtraindo desse total a soma das medidas dos ângulos internos, obtemos a soma i5
SE das medidas dos ângulos externos: e4
e5
SE 5 n ? 180° 2 (n 2 2) ? 180°
SE 5 n ? 180° 2 n ? 180° 1 360°
SE 5 360°
Isso é o que queríamos provar.
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Só há um pequeno
Se o polígono tiver porém...
muitos lados, terá muitos
ângulos externos, mas
a soma será sempre a
mesma: 360˚.
Essa demonstração tem uma limitação; esse é o pequeno “porém” assinalado

pelo professor. A demonstração só se aplica aos polígonos convexos.
Vamos explicar o que ocorre num polígono não convexo.
Esta reentrância indica um
polígono não convexo.
Este ângulo interno mede mais de 180°.
Quando demonstramos o teorema, partimos do fato de que as medidas de um

ângulo interno e de um ângulo externo de mesmo vértice somam 180°. Esse fato
não se aplica aos polígonos não convexos, nos quais há pelo menos um ângulo
interno que mede mais de 180°.
Portanto, a coerência lógica pede que o teorema dos ângulos externos seja
enunciado assim:
Em todo polígono convexo, a soma das medidas dos ângulos externos

é 360º.
a. Responda com suas palavras: o que é um teorema?

b. O texto destaca que, na dedução de um teorema, usamos sempre fatos já conhecidos anteriormente. Explique
essa ideia.
c. O teorema da soma das medidas dos ângulos internos de um polígono foi deduzido de que fato já conhecido?
d. Você é capaz de repetir a dedução da fórmula S 5 180° (n 2 2)?
e. Costuma-se dizer que a soma das medidas dos ângulos internos é função do número de lados do polígono. Explique
o que isso significa.
f. A soma das medidas dos ângulos externos depende do número de lados do polígono?
g. Explique, sem usar a ideia de ângulo maior que 180º, o que é um polígono não convexo.
h. A dedução do teorema dos ângulos externos baseou-se em que fatos já conhecidos? Por que essa dedução não
se aplica aos polígonos não convexos?
i. A Álgebra foi útil nas deduções desses teoremas?
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PROBLEMAS E EXERCÍCIOS
12 Observe a figura: 15 Acompanhe a sequência de figuras. 12. a) x 65° 43° 180°, logo: x 72°
Um polígono e seus ângulos externos: b) e1 115°; e2 108°; e3 137°
c) e1 e2 e3 360°
e1
65° 13. a) c 360° : 10 36°

360°
b) c
n
c) e 360° : 10 36°
x e3 360°
d) e
43° n
e) c e
e2 f) ... igual à medida do ângulo externo.
Os lados de um ângulo são semirretas.

a) Calcule o valor de x. Eles têm início... S 180° (n 2)
14. a) i
b) Quais são os valores de e1, e2 e e3? n n
A mesma figura vista de longe: 180° (n 2)
c) Efetue a adição e1 e2 e3. b) 160°
n
⇒ n 18
13 Faça o que se pede.

15. A soma das medias dos ângulos

externos de um polígono é 360°.
16. O triângulo MAB é isósceles (MA MB).

c Portanto, MAB B e MB
B A medem x.
B
e x y
... mas não têm fim.
A imagem do polígono vai diminuindo, x y
A C
mas a dos lados dos ângulos externos M
não, porque são semirretas. Do mesmo modo, no triângulo MBC, MB B C
a) Calcule a medida do ângulo central e MCB B medem y.
E agora, de muito, muito longe: No triângulo ABC, temos
do polígono regular de 10 lados. x (x y) y 180º ou 2x 2y 180°,
b) Escreva uma fórmula que dê a me- ou seja, x y 90°.
Como x y é a medida de AB B C, esse
dida c do ângulo central do polígo- ângulo é reto.
Agora o polígono
no regular de n lados.
parece quase um
c) Calcule a medida do ângulo exter- ponto!
no do polígono regular de 10 lados.
d) Escreva uma fórmula que dê a me-
dida e do ângulo externo do po- O que essa ideia sugere sobre a soma
lígono regular de n lados. das medidas dos ângulos externos de
e) Que relação existe entre c e e? um polígono?
f ) Respondendo às perguntas ante- 16 Na figura ao lado, observe os tracinhos B
riores, você demonstrou um novo que indicam segmentos congruentes;
teorema. Complete o enunciado assim, temos MA MB MC. Prove que,
do teorema: Em todo polígono re- nessas condições, o ângulo ABBC é reto.
gular, a medida do ângulo central é... C
(Dica: Se quiser, siga este roteiro: 1. O tri-
A M
14 Resolva: ângulo ABM é isósceles; indique por x a
medida dos dois ângulos congruentes.
a) Escreva uma fórmula que dê a me- 2. No triângulo MBC, ocorre algo simi-
dida i do ângulo interno de um po- lar; indique as medidas dos ângulos
lígono regular de n lados. congruentes por y. 3. Escreva a soma
b) Empregue a fórmula obtida no das medidas dos ângulos do triângulo
item a e responda: quantos lados ABC em função de x e y e iguale essa
tem o polígono regular cujo ângulo soma a 180°; a partir disso, você desco-
interno mede 160°? bre a medida do ângulo ABB C.)
9
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PROBLEMAS E EXERCÍCIOS PARA CASA
17 O quadrilátero da figura é não convexo. 21 No piso de um grande salão, bem no centro, um ar-
A quiteto deseja colocar um ornamento formado por
a grandes “ladrilhos”, cada um com a forma de um pen-
d tágono regular. Os pentágonos devem ser dispostos
D
b em uma roda, como mostra a figura a seguir.
x
c
B
C
a) Trace a diagonal AD.
Raciocine sobre a figura obtida e responda: por
que a 1 b 1 c 1 d 5 360°?
b) Prove que x 5 a 1 b 1 c.
18 A figura representa um polígono regular de n lados,
destacando um ângulo central, um ângulo interno
e um ângulo externo. Somente três das igualdades
seguintes são verdadeiras. Copie a figura e as igual-
dades verdadeiras.
V • e 1 i 5 180°
i
360° Quantos pentágonos serão necessários para “fechar”
V• c5e5
n a roda? 10 pentágonos.
• i5c c
22 Em cada figura há um triângulo retângulo no qual
• i 5 180° 1 c e foram traçadas as bissetrizes dos ângulos agudos.
180°
• i 5 n 2 36° Calcule o valor de x. (Dica: Bissetriz é a semirreta que
divide um ângulo em dois ângulos congruentes.)
V • i 5 180° 2
360°
a) x 5 135°
n
19 Para responder às questões abaixo, leia, pense, monte
equações se for preciso e considere as seguintes in-
formações: 60° x
• a palavra adjacente significa "estar ao lado";
• ângulos adjacentes têm um lado comum;
• um ângulo raso mede 180°. b) x 5 135°
a) Quantos lados tem o polígono regular cujo ângulo

central mede 22° 30’? 16 lados.
b) Quantos lados tem o polígono regular cujo ângulo x
interno mede 168°? 30 lados.
c) Quanto mede o ângulo externo do polígono do 48°
item anterior? 12°
d) Existe algum polígono regular cujo ângulo interno 23 Os dois resultados do exercício anterior são iguais.
meça 173°? Justifique sua resposta. Não. Será coincidência? Não é; prove este teorema:
Em todos. e) Em qual polígono regular o ângulo interno mais o
externo adjacente é igual a um ângulo raso? As bissetrizes dos ângulos agudos de qualquer
triângulo retângulo formam sempre um ângulo
f ) Em qual polígono regular o ângulo interno mede
de 135°.
o triplo do externo? Octógono (8 lados).
20 A figura representa um polígono regular de 12 lados: A
120° a) Calcule o valor de x. x

90° b) Calcule o valor de y.
y
X
B
x
10
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Ângulos na circunferência
Vamos deduzir uma propriedade sobre ângulos. Antes, é preciso recordar um
conceito e aprender outro.
P A
A
B
B
Este é um ângulo central.
O vértice de ABOB é o centro O Este é um ângulo inscrito na circunferência.
da circunferência. O ângulo ABOB A, P e B são pontos da circunferência.
corresponde ao arco ) AB. O ângulo ABPB corresponde ao arco )AB.
Agora, veja o enunciado do teorema:
Em uma circunferência, se um ângulo central e um ângulo inscrito corres-

pondem ao mesmo arco, então o ângulo central mede o dobro do inscrito.
Observe as figuras:
Neste caso... ... ou neste... ... ou ainda neste outro...
P
P
b
O b O P O
b
a a a
B A B B
A A
caso I caso II caso III
O teorema afirma que temos sempre: a 5 2 ? b

Vamos, de início, provar o teorema para o caso I.
Sabemos que o triângulo OPB é isósceles, porque OP 5 OB (raios da circunferência). P
Se OBPB mede b, então OBBP também mede b.
Lembrando agora que “em qualquer triângulo, a medida do ângulo externo em b
O
um vértice é igual à soma das medidas dos ângulos internos dos outros dois vértices”, b
e notando que o ângulo ABOB é externo em relação ao triângulo OPB, resulta: a
a 5 b 1 b ou a 5 2 ? b, como queríamos provar. A B
Agora vamos deduzir o teorema para o caso II usando aquilo que já conhecemos
sobre o caso I.
Traçando o diâmetro PC, fazemos aparecer
O caso é este: o caso I à esquerda e à direita de PC:
P
P
x y
b O
O
A n B
m
A B
a
11
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Como já vimos na demonstração do caso I: m 5 2x e n 5 2y
O argumento para provar o caso III Portanto: m 1 n 5 2x 1 2y 5 2(x 1 y)
é parecido com o do caso II.
Como m 1 n 5 a e x 1 y 5 b, concluímos que: a 5 2 ? b
Aqui, vale um comentário. Repare nas vantagens do método dedutivo, que
usamos para provar teoremas:
• ele nos dá certeza de que o fato provado é verdadeiro;
•é menos trabalhoso do que ficar medindo vários ângulos até obter uma con-
clusão, que, no final, sempre teria uma margem de incerteza, porque toda
medição é acompanhada de algum erro.
Com o tempo, você verá que certas fórmulas e determinados resultados dificil-
mente poderiam ser obtidos por outros métodos que não o dedutivo.
a. Desenhe um ângulo central. Tente dar uma definição e. Como reduzimos o caso II ao caso I?
de ângulo central.
f. Desenhe um arco de circunferência com extremos A e
b. Desenhe um ângulo inscrito correspondente ao mes- B e trace o segmento AB; esse segmento é conhecido
mo arco do central que já foi desenhado. Tente definir por corda. De onde você acha que se originam os no-
ângulo inscrito. mes arco e corda?
c. Você consegue provar que o ângulo central é o dobro g. O texto aborda as vantagens do método dedutivo.
do inscrito no caso I? Quais são? Você concorda com os comentários
d. Em que fatos já conhecidos baseia-se a dedução do finais? Você vê alguma desvantagem no método
caso I? dedutivo?
24 Nas figuras, O é o centro das circunfe- 25 Na figura, x 5 44° e O é centro da

24. Aproximadamente: a 5 128° e b 5 64°
Aproximadamente: a 5 84° e b 5 42° rências. Usando o transferidor, obtenha circunferência.
as medidas a e b nos dois casos. É ver- A
dade que, exceto por erros pequenos
25. a) 88° de medida, a 5 2b? z
b) O ângulo central AOB B mede 88°.
O
Por isso, os ângulos inscritos de mesmo
arco que AOB B medem 44°, ou seja, y
x 5 y 5 z.
B
x
O a
b a) Quanto mede o ângulo ABOB?
b) Quanto valem as medidas y e z?
Por quê?
26 Na figura, suponha que TCB P meça 94°
e TBCQ meça 46°. O ponto C é o centro
da circunferência e TX é um diâmetro.
P
O
Q
a b
X
C T
12
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Calcule as medidas de: c) O triângulo ARI é retângulo ;
a) TBXP c) QBCP
26. a) 47°
AR e RI são seus catetos e AI, sua b) 23°
b) TBXQ d) QXB P hipotenusa .
c) 48°
d) 24°
27 Nesta figura, O é centro da circunfe- d) Respondendo às questões ante-
rência: riores, você provou um teorema
28. x 5 40° e y 5 70°.
cujo enunciado é: Se um triângulo
R está inscrito em uma circunferência
A e um de seus lados é diâmetro da
circunferência, então esse triângulo é
O
I
retângulo .
28 Na figura, deduza o valor de x. Depois,
o de y. (Dica: ABBD e ABCD são ângulos
Dizemos que o triângulo ARI está ins- inscritos que correspondem ao mesmo
crito na circunferência porque seus arco )AD.)
vértices pertencem à circunferência.
B
As frases a seguir formam uma argu-
mentação cuja conclusão está na última
x
frase. Complete-as.
a) O segmento de reta AI é um
y
diâmetro da circunferên- C
40°
cia e um dos lados do 30°
triângulo ARI. A
b) O ângulo central ABOI mede 180°
e o ângulo inscrito ABRI 90° , pois

ambos correspondem a um mesmo
arco. D
29 Na figura, O é centro da circunferência, na região representada pelo círculo, que é cheia de

PI 5 dz10 cm e IT 5 dz 6 cm. ilhotas, rochedos e bancos de areia submersos.
P
A
O
T B
N2
85º
N1 N4
I
N3
a) O triângulo PIT é retângulo. Por quê?
b) Quanto mede o raio do círculo? 2 cm Naturalmente, não se pode traçar uma circunferência
sobre o oceano. Por isso, para que o comandante do
30 Os conhecimentos sobre ângulos inscritos são apli- navio saiba se está entrando na região perigosa, os fa-
cados na prática! Leia o exemplo. róis transmitem por rádio o ângulo de perigo. No caso
Os faróis costeiros servem para orientar a navegação. mostrado no mapa, o ângulo de perigo mede 85°. Isto
Por exemplo, na situação da figura a seguir, os faróis é, se o navio avistar os faróis A e B sob um ângulo de
avisam os navios que eles podem encalhar caso entrem 85°, estará entrando em região perigosa. Nos navios,
13
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há aparelhos ópticos que permitem medir o ângulo 34 Na figura, temos uma semicircunferência de diâ-
sob o qual os faróis são avistados. metro AE. Quais são as medidas de ABXE, AME
B e ABTE?
a) Se um navio está em N2, fora da região de perigo, Justifique sua resposta.
a medida do ângulo AN B 2B é igual a, maior que ou M
menor que 85°? Menor que 85°.
b) Se um navio está em N3, quanto mede o ângulo X
ABN3B? Por quê? 85° porque todos os ângulos inscritos que
correspondem ao arco AB medem 85°. T
c) Se um navio está em N4, na região de perigo, a
medida do ângulo ABN4B é igual a, maior que ou
menor que 85°? Maior que 85°. A E
Os três ângulos são retos, pois AE é diâmetro.
31 Na figura, O é o centro da circunferência e sabe-se que 35 Com um esquadro, faça a construção explicada no
a 5 28°. Você deve deduzir o valor de x. roteiro:
Q x 5 62° • Marque dois pontos, A e B, a uma distância qualquer.
A B
x
• Atenção: Um cateto do esquadro passa por A e o
outro passa por B. Assinale o ponto que é vértice
O
do ângulo reto.
a b
E T
A B
32 A circunferência tem centro em O. Suponha que a 5 50°.
Calcule o valor de b e de c.
b 5 c 5 40°
b
• Mude o esquadro de lugar, assinale outro ponto,
mas mantenha um cateto passando por A e o outro,
O por B.
a c
Vértice do
ângulo reto.
33 Este problema é parecido com o 28. Considere a figura:

A B
r p
46°
27°
O
q • Prossiga assinalando muitos outros pontos, até

mesmo colocando o esquadro com lado maior
para cima. Agora, considere os infinitos pontos
que podem ser obtidos dessa maneira e respon-
Determine o valor de: da: Que figura eles formam? Você pode explicar
a)
p p 5 46° b) q q 5 27° c)
r esse fenômeno?
r 5 46° 1 27° 5 73°
14
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Paralelismo
Ao conceito de retas paralelas estão associadas propriedades sobre medida de
ângulos e de segmentos. Vamos recordar algumas que você já conhece e, depois,
apresentar um teorema.
Paralelismo e igualdade dos ân- Paralelismo e o paralelogramo Paralelismo e proporcionalidade

gulos correspondentes Se duas retas paralelas são corta- Se r // s, então os triângulos ABC
Se as retas r e s são paralelas, os das por outras duas paralelas, for- e ADE têm ângulos congruentes e,
ângulos correspondentes Ba e Bb são ma-se um paralelogramo. Nos pa- portanto, são semelhantes. Por isso,
congruentes. ralelogramos, os lados opostos são as medidas de seus lados são pro-
Essa propriedade sugere a seguinte congruentes, e os ângulos opostos porcionais:
ideia: “o paralelismo preserva medidas também são congruentes. AB BC AC
5 5
de ângulos”. s AD DE AE
A
a r
E
r s
a r C
D
r // s
b
b B
s
r // s Essa propriedade sugere que “pa-
a // b
ralelismo relaciona-se com propor-
r // s
cionalidade”.
O Teorema de Tales
Dessas propriedades já conhecidas decorrem outras. Há uma que dizem ter sido
descoberta pelo matemático grego Tales de Mileto (século VII a.C.), aliás o mais
antigo matemático registrado pela História. De início, vamos ver um exemplo:
Temos três retas paralelas, forman- Traçamos uma transversal. Traçando qualquer outra trans-
do um feixe: r versal...
r a r
s
a x
s s
b
y
t b
t
t
Nesse exemplo, b 5 2a, ou seja,
a 1 ... observa-se também que y 5 2x,
r // s // t 5 .
b 2 x 1
ou seja, que 5 .
y 2
Na figura anterior, você pode medir a, b, x e y e, desprezando pequenas dife-

a x
renças, comprovar que vale a proporcionalidade, isto é, que a sentença 5
b y
é verdadeira.
a 17 x 17
Se tivéssemos, por exemplo, 5 , então teríamos também 5 .
b 42 y 42
15
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Esses exemplos servem para você compreender do que trata o Teorema de Tales.
Agora, raciocinando dedutivamente, vamos provar que tal propriedade do feixe
de retas paralelas é válida sempre. Acompanhe a demonstração:
Partimos desta figura: Traçamos AD e BE, paralelos a FH:

r A F r
a x a x
s G s
B D
b y y
b
t t
C E H
r // s // t
Os triângulos ABD e BCE são semelhantes porque têm ângulos com medidas
AB AD a AD
respectivamente iguais. Logo: 5 ou 5 .
BC BE b BE
Como os quadriláteros ADGF e BEHG são paralelogramos, temos como resultado:
a x
AD 5 x e BE 5 y. Portanto: 5 . Isso é o que queríamos provar.
b y
Usando conhecimentos de Álgebra, é possível escrever outras relações de pro-
porcionalidade, associadas à mesma figura. Veja um exemplo:
a x
Já provamos que: 5
r b y
a x
Da igualdade anterior, deduzimos esta: 1 1 5 1 1
a x
b y
z
c
s a1b x1y
Efetuando as adições, temos: 5
b y
b y c z
t Uma vez que a 1 b 5 c e x 1 y 5 z, concluímos ainda que: 5
b y
c z
r // s // t De maneira parecida podemos provar que: 5
a x
Considerando as várias relações de proporcionalidade, o Teorema de Tales pode
ser enunciado assim:
Em um feixe de retas paralelas cortado por duas transversais, considere os

segmentos que as paralelas determinam sobre as transversais: as medidas dos
segmentos que estão sobre uma das transversais são diretamente proporcionais
às medidas dos segmentos correspondentes que estão sobre a outra transversal.
a. Apresente uma propriedade relacionando paralelismo com medida de ângulos. r

s t
2
b. Apresente outra relacionando paralelismo com medida de segmentos. 6
c. Apresente um exemplo do Teorema de Tales, fazendo um desenho e colocando me- 3

didas nos segmentos. (Atenção: Essas medidas podem ser fictícias, mas devem ser
adequadas.)
9
d. Apresente algumas relações de proporcionalidade válidas na figura ao lado.
r // s // t
16
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Na Plataforma UNO, acesse o arquivo Propriedades dos ângulos e dos polígonos Professor: Consulte o arquivo de
orientações na Plataforma UNO.
e siga as etapas da Sequência Didática Interativa.
36 Sabemos que, se r e s são paralelas, en- 38 Na figura ao lado, as retas a, b e c for- 36. Temos: c 5 180° 2 b e d 5 180° 2 a.
tão os ângulos correspondentes Ba e Bb mam um feixe de paralelas. Meça MA, Como a 5 b, então c 5 d.
apresentam medidas iguais. AR, MR, SO, OL e SL. Depois, escreva no
caderno três proporções diferentes en-
b volvendo essas medidas. 37. Como u // v, x 5 a
(ângulos correspondentes).
r // s a b c Como r // s, a 5 y (ângulos alternos
c
internos). Logo, x 5 y.
M A R
a
d
s 38. As medidas aproximadas dos segmentos
S são:
SO 5 27 mm,
Partindo desse fato, relativo aos ângu- O OL 5 9 mm,
los correspondentes, explique por que L MA 5 30 mm,
os ângulos alternos internos Bc e Bd têm

AR 5 10 mm
Exemplos de resposta:
medidas iguais. SO
5
MA
⇒
27
5
30
(Observação: Explicar por que um fato 39 Em cada figura temos: r // s // t. Use o OL AR 9 10

SL MR 36 40
é verdadeiro significa apresentar um Teorema de Tales e calcule x: OL
5
AR
⇒
9
5
10
argumento que o justifique. Isso é o a) r s t SL MR 36 40
5 ⇒ 5
SO MA 27 30
mesmo que provar ou demonstrar dXX
2 dXX
8
que o fato é verdadeiro.)
39. a) x 5 6,9
37 Na figura abaixo, temos r // s e u // v. b) x 5 1
4,6
x
40. O lote B tem 16,08 m e o lote C tem 23,93 m.
b) r s t
x y r
2x 1
a
x
u
s 10
v 2,5
Explique por que os ângulos Bx e By são

congruentes. Inclua o ângulo Ba na ex-
plicação.
40 Observe a planta do loteamento:
?
?
19,52 m
Rua Sol
Lote A Lote B Lote C
Rua Lua
18,50 m 15,24 m 22,68 m
(As medidas desse desenho não são proporcionais aos valores indicados.)
O lote A tem 19,52 m de frente para a rua Sol. Quais são as medidas aproximadas das
frentes dos lotes B e C para essa mesma rua? Se quiser, use calculadora.
17
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41 Na figura, os lados do ângulo de medida m são para- O triângulo ABC é isósceles; sendo AB 5 AC, e M é
lelos aos lados do ângulo de medida n. ponto médio de BC. Sabendo que MN // CA e MP //
a BA, que tipo de quadrilátero é ANMP? Explique sua
r resposta. ANMP é um losango.
n b
44 Na figura, meça a, b, c e d. Depois, verifique se é

a c
m s verdadeira a igualdade: 5 .
b d
A igualdade não é verdadeira.
r // a
s // b
a c
Prove que, nessas condições, m 1 n 5 180°.
d
42 Na figura, temos AD 5 2 ? DB e DE // BC. b
A
D E
Tente explicar por que ela é ou não é verdadeira.
B C 45 As retas paralelas r, s e t são cortadas pela transversal u
nos pontos A, B e C respectivamente e pela transversal
Que relação existe entre as medidas de:
v nos pontos A’, B e C ’, respectivamente. (A’ deve ser
a) AE e EC? AE 5 2 ? EC lido A linha.) Sabendo que AB mede a, A’B mede 3a e
b) DE e BC? Por quê? DE 5 2 BC BC mede 3,5 cm, calcule a medida de BC ’.
3
10,5 cm
43 Observe a figura abaixo. u
A v
A` A r
a
3a
N P s
3,5 B
C` t
C
B C
M
46 Para provar um teorema, você deve argumentar logicamente. Essa é uma maneira democrática de tentar convencer
seu interlocutor. Há, entretanto, outras formas de convencimento, como a ameaça e a persuasão enganosa. Veja as
duas situações.
Me passa seu sanduíche

porque estou com fome, preciso de
proteínas e o meu bíceps tem cinco
vezes o tamanho do seu.
1985 WATTERSON.DIST. BY ATLANTIC SYNDICATION/UNIVERSAL PRESS SYNDICATE
A B
a) Como você classifica a forma de convencimento da situação A? E a da situação B?

b) Como seria uma argumentação lógica no caso B? Ela teria chance de sucesso?
18
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PARA NÃO ESQUECER
Geometria dedutiva
Um teorema é um fato matemático verdadeiro que pode ser demonstrado (isto é, provado) a partir de
outros fatos verdadeiros.
A seguir, destacamos alguns dos teoremas discutidos no capítulo.
• A soma das medidas dos ângulos internos • A soma das medidas dos ângulos externos de
de qualquer polígono de n lados é dada por qualquer polígono convexo é 360°.
S 5 (n 2 2 ) ? 180°.
b
a
i1
f
c
i2
d
e
i3
i4
• Uma consequência desse teorema:
Nos polígonos regulares de n lados, o ângulo
• Uma consequência desse teorema: 360°
externo mede .
n
Nos polígonos regulares, cada ângulo interno
(n 2 2) ? 180°
mede .
n
• Em uma circunferência, um ângulo central mede • Teorema de Tales: Se um feixe de retas paralelas
o dobro de um ângulo inscrito que determina o é cortado por duas transversais, ficam determi-
mesmo arco. nados segmentos sobre essas transversais, e as
medidas dos segmentos sobre uma das trans-
P
versais são diretamente proporcionais às me-
b didas dos segmentos correspondentes sobre a
O outra transversal.
r
a
A B
a x
z
Na ilustração, APB B é ângulo inscrito e AO
B B é ângulo central c
s
de mesmo arco. Nessa situação, a 5 2b.
b y
• Uma consequência desse teorema: t
Todo triângulo inscrito em uma semicircunfe-

r // s // t
rência (quando um de seus lados é diâmetro)
é retângulo. Na situação da ilustração tem-se:
a x c z
5 ou 5 etc.
b y b y
19
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SUPERTESTES
Você terá uma boa noção de seu progresso em Matemática depois de resolver esta sequência de testes e
verificar seus erros e acertos.
Antes de resolvê-los, você pode reler a síntese do capítulo, na seção “Para não esquecer”.
Após resolver os testes, se perceber que está com dificuldade em algum assunto, peça ajuda ao professor.
Cada teste tem apenas uma resposta correta. Mas fique atento! Algumas respostas parecem óbvias, mas
podem ser armadilhas!
1 Considere as sentenças I, II e III: 4 Em um paralelogramo qualquer, traçaram-se as bis-

I. A soma das medidas dos ângulos externos de setrizes de dois ângulos consecutivos: As duas bisse-
qualquer polígono é 360°. trizes, ao se encontrarem, formarão um ângulo:
II. A soma das medidas dos ângulos externos de
qualquer polígono convexo é 360°.
III. A soma das medidas dos ângulos internos em
qualquer polígono de n lados é (n 2 2) ? 180°.
São verdadeiras as sentenças:
a) I e II.
b) I e III.
X c) II e III. a) agudo de 30°.
d) todas. b) agudo de 60°.
e) somente a III. c) obtuso de 120°.
2 Para se obter a medida de um só ângulo de um po- d) obtuso, mas variável.
lígono regular, dividiu-se a soma das medidas dos X e) reto.
n ângulos por n, chegando-se ao valor de 156°. Pode-se
concluir que o número de lados desse polígono é 5 Observe a figura:
um número: A
a) par.
b) negativo.
c) múltiplo de 7.
X d) múltiplo de 5.
B C D
e) menor que 12.
3 Na figura, há dois triângulos isósceles e z 1 y 5 180°. Sabendo que AB 5 AC 5 BC 5 CD, o ângulo BBAD
mede:
Pode-se concluir que:
a) 60° d) 120°
b) 80° e) 150°
w X c) 90°
6 Na figura seguinte, qual é a medida do ângulo B x ?
x x
w Bx
50°
30°
a)
w5y w
d)
y5
2 a) 90° d) 105°
y
b)
X w5 e)
x 1 w 5 100°
2 b) 95° e) 110°
c)
y 1 w 5 180° X c) 100°
20
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7 Na figura seguinte, qual é a medida do ângulo B x? 9 Na figura, as retas r, s e t são paralelas. Então, a medi-
da do segmento AC é:
Bx r
30° A
80°
x+1 2 cm
s
B
4x 1 4 cm
a) 40° X b) 50° c) 60° d) 70° e) 80°

t
8 Pela figura, como o triângulo ABC está inscrito na C
circunferência de centro O, pode-se afirmar que o
ângulo BC é reto porque: a) 9,5 cm d) 8,0 cm
C
b) 9,0 cm X e) 7,5 cm
c) 8,5 cm
10 O mapa mostra algumas medidas de um loteamento.
A B Qual é, aproximadamente, o comprimento x no ter-
O reno I?
24 m 18 m
a) o triângulo ABC está inscrito na circunferência. I II III

b) o triângulo ABC é isósceles.
B mede metade do ângulo central
X c) o ângulo inscrito C x
B B, que é raso.
AO 20 m
d) o ângulo inscrito BB mede metade do ângulo central
COB B. a) 24 m d) 28,2 m
e) O ângulo inscrito AB mede metade do ângulo central X b) 26,6 m e) 28,6 m
CO B A. c) 27 m
21
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CAPÍTULO
8 MATEMÁTICA, COMÉRCIO
E INDÚSTRIA
PARA COMEÇAR BEM
Este capítulo trata de ideias matemáticas muito frequentes em situações rela-

cionadas com impostos, empréstimos bancários, operações comerciais e produção
industrial – conteúdo que lhe pode ser útil no futuro.
Para começar bem, vamos recordar alguns fatos sobre porcentagem e proporcio-
nalidade.
Alguns cálculos com porcentagem
• Para calcular 15% de uma quantia Q, efetue 0,15 ? Q ou 15 ? Q.
100
• Para aumentar uma quantia Q em 30%, considere que ela passa a ter o valor
inicial (100%) mais o acréscimo (30%), ou seja, 130% do valor inicial. Por isso,
efetue 1,3 ? Q.
• Foi dado um desconto de R$ 7,00 em um preço de R$ 35,00. De quanto por
cento do total foi o desconto?
Pense assim: 35 vezes uma porcentagem resultou em 7.
7
Em linguagem matemática: 35 ? p 5 7 ⇒ p 5
35
7
Para obter o percentual, basta transformar em número decimal.
35
7 1
Como 5 5 0,20, o desconto corresponde a 20% do preço.
35 5
Um exemplo de proporcionalidade inversa
Há dois tipos de proporcionalidade: direta e inversa. A direta é mais intuitiva;
por isso, vamos relembrar apenas a proporcionalidade inversa.
Em uma viagem, o tempo varia com a velocidade média. Duplicando-se a velo-
cidade, o tempo cai para a metade; triplicando-se a velocidade, o tempo cai para
um terço; e assim por diante. Nessa situação, dizemos que tempo e velocidade
média são grandezas inversamente proporcionais.
Problemas que envolvem proporcionalidade às vezes podem ser resolvidos
com cálculo mental. Entretanto, a regra de três é um método mais geral. Veja:
Se uma viagem demora 4 horas à velocidade de 75 km/h, quanto demoraria à velo-
cidade de 100 km/h?
Organizando os dados em uma tabela, fica mais fácil obter a equação de resolução:
Tempo Velocidade
4h 075 km/h x 75
5 ⇒ x53
xh 100 km/h 4 100
Portanto, a 100 km/h, a viagem demoraria 3 horas.
Observe que, da tabela para a equação, a ordem dos dados de uma das colunas
foi invertida. O motivo é que, na proporcionalidade inversa, a razão entre os va-
lores da primeira coluna é igual ao inverso da razão entre os valores da segunda.
Para obter a igualdade, uma das razões foi invertida.
22
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Problemas variados
Nas sociedades modernas, diariamente são feitas milhões de transações envol-
vendo dinheiro: empréstimos, aplicações financeiras, compras e vendas, paga-
mentos etc., tendo por base informações sobre inflação, valor do dólar, bolsa de
valores, entre outras.
Em todas essas situações, a Matemática está presente, especialmente com o
conceito de porcentagem, como você verá nos problemas deste item.
Exemplo 1
Produtos agrícolas sofrem grandes variações de preço, sobretudo por causa de
problemas climáticos. Imagine que, na primeira semana de certo mês, o preço
do quilograma do tomate tenha aumentado em 40% em razão de fortes chuvas
que estragaram as plantações. Com a continuidade da chuva, na segunda semana,
esse preço aumentou mais 30%. De quanto foi o aumento percentual total nas
duas semanas?
Cuidado, o aumento não foi de 70% do valor inicial!
Se o quilograma do tomate valesse 100, após o primeiro aumento valeria

1,4 ? 100 5 140.
Após o primeiro
aumento, o quilograma
do tomate ficou valendo
140% do valor inicial.
Após o segundo aumento, o quilograma do tomate valeria 1,3 ? 140 5 182.
Vezes 1,3 porque o

segundo aumento
foi de 30%.
O resultado 182 corresponde a 182% de 100.
Conclusão
O reajuste total nas duas semanas foi de 82%. Não se somam as taxas de porcen-
tagem 30% e 40% porque elas são aplicadas sobre totais diferentes: 40% de 100 e
30% de 140.
23
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Situações como a do exemplo do preço do tomate fazem parte do dia a dia,
mas, em geral, o preço de produtos ou serviços não aumenta tanto nem tão rapi-
damente. No Brasil, há muitos anos os preços se elevam devagarzinho, ou seja, há
uma inflação sob controle.
Houve tempo, entretanto, em que quase todos os preços aumentavam em mé-
dia 30 ou 40% a cada mês. Esses grandes aumentos correspondem a uma hiperin-
flação, que é um acontecimento péssimo, porque desorganiza a vida das pessoas
e das empresas, desvalorizando o dinheiro poupado.
Exemplo 2
Em um regime democrático, empresas e cidadãos pagam impostos aos gover-
nos (federal, estadual e municipal), os quais devem investir em educação, saúde,
segurança, transporte etc. Um dos impostos fundamentais é aquele cobrado so-
bre a renda, o chamado Imposto de Renda (IR). No Brasil, em 2014, uma parte dos
assalariados pagava mensalmente esse imposto, de acordo com a seguinte tabela:
Tabela de cálculo do IR mensal

Salário líquido (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir (R$)
Até 1 787,77 isento —
De 1 787,78 até 2 679,29 7,5 134,08
De 2 679,30 até 3 572,43 15,0 335,03
De 3 572,44 até 4 463,81 22,5 602,96
Acima de 4 463,81 27,5 826,15
Dedução por dependente — 179,71
Nessa tabela, alíquota é o percentual calculado sobre o salário líquido, dedução

significa abatimento, e salário líquido é o salário do qual já foram descontadas
certas deduções e as contribuições obrigatórias, como aquela que se faz ao INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social). Veja como se calcula o imposto de renda
mensal de Tadeu, que tem dois filhos dependentes e salário mensal (já desconta-
do o INSS) de R$ 4 000,00.
1o) Subtrai-se do salário o abatimento correspondente aos dependentes:
4 000,00 2 2 ? 179,71 5 3 640,58
2o) Sobre esse salário líquido, aplica-se a alíquota de 22,5% (ver tabela):
0,225 ? 3 640,58 5 819,1305
que interpretamos como 819,13, truncando o número.
3o) Desse novo valor, subtrai-se a parcela de R$ 602,96 (ver tabela):
819,13 2 602,96 5 216,17
Portanto, Tadeu terá descontado de seu salário, mensalmente, o valor de R$ 216,17,
devido ao imposto de renda.
Exemplo 3
Uma situação que afeta negativamente a maioria dos brasileiros é a má distri-
buição de renda no país. Apesar de ter havido grande melhora no século XXI, em
2010 ainda havia uma diferença excessivamente grande entre ganhos de ricos e
de pobres. Leia o trecho de notícia do jornal O Hoje, da cidade de Goiânia (GO):
24
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Fonte: MAMEDE, Vinícius. O Hoje, Goiânia, 24 jun. 2010.
Para entender a situação, é preciso analisar as porcentagens.

Imagine que o Brasil tivesse 100 habitantes. Nesse exemplo, para facilitar a com-
paração, vamos usar números arredondados: as 10 pessoas mais ricas gastariam,
per capita (ou seja, por cabeça, ou cada uma), 2 840 reais, enquanto as 40 pessoas
mais pobres, quase metade da população, gastariam cerca de 300 reais per capita.
A reportagem não informa, mas vamos supor que esse gasto fosse mensal.
Então, o gasto dos 10% mais ricos seria igual ao dos 40% mais pobres multipli-
cado por 9,6. Podemos dizer que os mais ricos gastariam 960% do que gastariam
os mais pobres.
CURIOSIDADE: (20%)2 CORRESPONDEM A QUANTO POR CENTO?

Você viu muitos cálculos de utilidade prática com porcentagens. O cálculo abaixo é apenas uma curio-
sidade, mas você aprenderá um pouco mais com ele. (Atenção, o resultado não é 400%!)
20
A escrita 20% é equivalente a ou 0,2.
100
Portanto: (20%)2 5 (0,2)2 5 0,04 5 4%
20 2 400 4
Ou, então: (20%)2 5
100 @ #
5 5
10 000 100
5 0,04 5 4%
Em resumo: (20%)2 5 4%
a. Explique, com suas palavras, o que é inflação. Por que f. Que conhecimentos matemáticos são necessários
inflação alta é ruim? para calcular o imposto de renda?
b. Você concorda com o princípio de que, em um regi- g. Como é a distribuição de renda entre a população
me democrático, cidadãos e empresas devem pagar brasileira? Se ela é injusta, quais as consequências?
impostos? Como ela pode ser melhorada?
c. Além do imposto de renda, que outros impostos h. Conforme a notícia do exemplo 3, se você divi-
você conhece? dir 2 844,56 por 296,35 obterá aproximadamente
d. Em que situações seria ruim pagar impostos? Como 9,6. Nesse caso, qual é a forma correta de informar:
protestar contra isso? “Os 10% mais ricos gastam 9,6 vezes mais que os 40%
mais pobres” ou “Os 10% mais ricos gastam 9,6 vezes
e. Examine o exemplo 2 do texto. O que é alíquota? o que gastam os 40% pobres”?
O que é dependente? O que é assalariado? O que é
dedução, nesse caso? i. Quanto é (10%)2? E quanto é (100%)2?
25
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PROBLEMAS
1. a) 44% revendê-lo? (Dica: A resposta não é

Nos problemas deste item e do pró-
b) R$ 22,00 R$ 132,00, porque sobre esse valor
ximo, é conveniente usar a calculadora. haverá o desconto do ICMS.)
b) Nesse caso, qual é o valor, em real,
1 No Brasil, já houve época em que a do ICMS?
2. a) R$ 12,98
b) I 5 0,275 (s 2 179,71)
média dos preços sofria aumentos es-
c) Resposta pessoal. pantosos todo mês, e isso gerava uma 4 Para atrair fregueses, um lojista promo-
d) 2826,15; ou, após multiplicar: inflação extremamente alta. Era co- veu uma liquidação, reduzindo todos
I 5 0,275s 2 49,42d 2 826,15 mum haver dois meses seguidos com os preços em 20%. Uma semana de-
índice mensal de inflação igual a 20% pois, já satisfeito com as vendas, sus-
ao mês. pendeu o desconto. Para os preços
3. a) O preço de revenda é R$ 150,00.
a) Nesse caso, qual é a inflação total voltarem ao valor inicial, de quanto
b) O valor do ICMS é R$ 18,00.
do bimestre? (Atenção: A resposta por cento deverá ser o reajuste? (Dica:
não é 40%.) Imagine um preço de 100, desconte
20% e depois pense em quantos por
b) Quanto custava, no início do bimes-
4. p ? 80 5 100 ⇒ cento aumentá-lo para voltar a 100.)
100 tre, um artigo que, no fim do bi-
⇒p5 5 1,25
80 mestre, tinha o preço de R$ 31,68? 5 Consulte a notícia sobre distribuição
O preço deve ser de renda, no exemplo 3 do texto, para
aumentado em 25%. 2 Este problema refere-se ao cálculo do responder às questões seguintes. (Dica:
imposto de renda. (Recorra à tabela
Todas as respostas, exceto uma, aparecem
apresentada no texto.)
na notícia ou em nossos comentários.)
5. a) À despesa média. a) Calcule o imposto a pagar de Vil-
a) O valor de R$ 3 110,98 correspon-
b) Um pouco menores. ma, que tem três dependentes e
c) Esta opção é melhor, pois “9 vezes mais” de aos “maiores rendimentos” ou à
cujo salário líquido mensal, já des-
significa 10 vezes. “despesa média das pessoas com
d) 960% contado o INSS, é R$ 2 500,00.
maiores rendimentos de Goiânia”?
e) 10,4% b) Escreva uma fórmula que determine
b) Os gastos médios dos 10% mais
o imposto a pagar para pessoas com
ricos do Brasil são maiores ou me-
salário líquido superior a R$ 4 463,81.
nores que os gastos dos 10% mais
[Variáveis: I (imposto), s (salário) e
ricos de Goiânia?
d (número de dependentes).]
c) O título da notícia está correto ou
c) Impostos são necessários ou não?
seria melhor dizer que “10% mais
Por quê?
ricos consomem 9 vezes o que os
3 Quando um comerciante revende um pobres consomem”?
artigo, ele deve emitir uma nota fiscal. d) Considerando as médias nacionais,
Sobre o valor da nota é cobrado um im- o consumo dos 10% mais ricos re-
posto estadual, o ICMS (Imposto sobre presenta que percentual do consu-
Circulação de Mercadorias e Serviços). mo dos 40% mais pobres?
a) Uma pergunta desafiadora! Imagi- e) Agora, o inverso: considerando as
ne um artigo cuja alíquota de ICMS médias nacionais, o consumo dos
é 12%. Se o comerciante compra 40% mais pobres representa, apro-
o artigo por R$ 110,00 e pretende ximadamente, que percentual do
lucrar R$ 22,00, por quanto deve consumo dos 10% mais ricos?
AÇÃO
PROJEÇÃO FINANCEIRA EM ECONOMIA COM INFLAÇÃO ALTA

Reúna-se em dupla com um colega. Utilizem a calculadora para responder às questões.
1. Se a inflação fosse 8% ao mês, qual seria a inflação acumulada ao fim de um ano? (Dica: Imagine o valor 100 em
1o de janeiro; ele será 100 ? 1,08 em 1o de fevereiro; será 100 ? 1,08 ? 1,08 em 1o de março, e assim sucessivamente.)
2. Nessas condições de inflação, imagine uma pessoa que recebesse salário de R$ 1 000,00 e cujas despesas mensais,
desde o início do ano, fossem de R$ 800,00. Supondo que o salário fosse reajustado somente após seis meses, em
quantos meses o gasto superaria o salário?
3. Apresente um relatório com as respostas das questões e sua opinião a respeito dos problemas causados por
uma inflação alta.
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PROBLEMAS PARA CASA
6 Considere um preço P e responda às questões. os 10% mais pobres apenas 5%. Para entender melhor
a) O dobro de P é 200% de P? Sim. essa informação, imagine que o país tenha 100 ha-
b) Multiplicando P por 0,85, obtém-se P com 15% de bitantes e que a renda nacional seja 1 000 unidades
monetárias. Nessas condições:
desconto ou com 85% de desconto? Com 15% de
desconto.
c) Um preço 3 vezes maior que P é 3P ou 4P? 4P a) quanto recebe cada pessoa pertencente ao gru-
po dos 10% mais ricos? 80 unidades monetárias
d) Se P sofre um desconto de 100%, quanto passa a
valer? Passa a valer zero; o produto torna-se gratuito. b) e cada pessoa pertencente ao grupo dos 10%
mais pobres? 5 unidades monetárias
7 Aqui no Brasil uma empregada doméstica e seu em- c) os mais ricos recebem, per capita, quantas vezes o
pregador devem contribuir com uma alíquota do sa- que recebem os mais pobres per capita? 16 vezes.
lário bruto para o INSS. Em 2014, para salários abaixo
de R$ 1 317,07, a alíquota da empregada era 8% e a 10 João comprou um carro usado por R$ 15 000,00 e só
do empregador, 12%. Márcia é empregada doméstica conseguiu revendê-lo para Pedro com 15% de prejuízo.
e recebe salário bruto de R$ 800,00. Este, com muito jeito, revendeu o carro por R$ 15 300,00.
a) Qual é o salário líquido de Márcia? De quanto por cento foi o lucro de Pedro?
R$ 736,00 (é o salário bruto menos o desconto do INSS.) 20%
b) Qual é o valor da contribuição de seu emprega- 11 Vamos verificar se o anúncio diz a verdade. Examine-o:
dor para o INSS? R$ 96,00

8 Em alguns países é usada uma Unidade Fiscal (UF),
cujo valor em unidade monetária é periodicamente
reajustado. Suponha que, em um desses países, um
empresário deva recolher um imposto de 3 200 uni-
dades monetárias, no dia 15 de agosto. Entretanto, ele
deixa para recolher o imposto em 15 de dezembro,
porque a lei permite. O empresário agiu assim para
obter algum lucro: aplicando o dinheiro, espera rece-
ber 10% de juro nesse período. No entanto, a lei exige
que o valor do imposto em UF permaneça o mesmo.
Veja como variou a UF no período de 5 meses:
Valor da UF em
Mês
unidades monetárias
agosto 1,31
Agora responda:
setembro 1,35
a) Sem considerar a promoção, qual é o preço de
outubro 1,39 quatro desodorantes? R$ 48,00
novembro 1,43 b) Considerando o preço que você calculou, qual é o
desconto, de fato, quando se paga apenas R$ 36,00
dezembro 1,50 por eles? 25%
c) O anúncio diz a verdade?
a) Consultando a tabela de variação da UF, calcule O anúncio é enganador, mas diz a verdade.
quantas unidades monetárias o empresário pagará 12 Um comerciante compra determinado produto, pre-
em dezembro. R$ 3 664,12 tendendo, ao revendê-lo, obter lucro de 20% sobre
b) Ele conseguiu algum lucro adiando o pagamento? o preço de compra. Sabendo que ele paga 25% de
Não. Ele teve prejuízo de R$ 144,12.
c) Explique por que alguns governos aplicam a UF. ICMS sobre o preço de venda, determine o valor de
Para que o valor do imposto não diminua com a inflação. venda em função do preço de compra. (Dica: Imagi-
9 Em certo país, há bastante desigualdade social. Os 10% ne que o preço de compra do produto seja R$ 100,00
mais ricos detêm 80% da renda nacional mensal, e e que o preço de revenda seja r.) R$ 160,00
27
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Juros
Você sabe para que os bancos existem?
Uma das funções, certamente, é guardar o dinheiro das pessoas. Mais importante
ainda é aquilo que os bancos costumam fazer com o dinheiro guardado:
• emprestá-lo aos setores que produzem e vendem (indústria, comércio, agri-
cultura), para que invistam em instalações e equipamentos, comprem matéria-
-prima etc. e, com isso, aumentem a produção e as vendas;
• emprestá-lo às pessoas para que comprem bens, produtos e serviços gerados
no setor produtivo.
É claro que os bancos não emprestam dinheiro gratuitamente. Eles cobram juro,
uma espécie de aluguel pelo empréstimo. Quando o dinheiro é emprestado ao
setor produtivo, cabe ao devedor empregá-lo corretamente, para aumentar sua
produção de bens ou serviços, ter mais lucro e, assim, conseguir pagar o valor
emprestado mais o juro.
Quando os bancos atuam de maneira justa, há incentivo da produção. Entre-
tanto, muitas vezes, eles especulam com o dinheiro que captam e cobram juros
altíssimos, gerando lucros enormes para si próprios sem estimular a produção.
Na linguagem das finanças, são usados os seguintes termos:
• capital é o dinheiro que se empresta, a quantia que se investe, o valor que se deve;
• juro é o “aluguel” que se paga pelo capital;
• montante é a soma do capital com o juro.
O cálculo do juro é o problema fundamental da matemática financeira, apare-
cendo em compras a prazo, no uso do cheque especial, em financiamentos para
compra de casas etc. A taxa de juro varia de um caso a outro e é expressa por uma
porcentagem do capital. Por exemplo, o banco pode emprestar R$ 70 000,00 a uma
empresa cobrando taxa de juro de 5% ao mês (ou a.m.). Portanto, cálculos com por-
centagens são necessários.
Nos exemplos seguintes, resolveremos alguns problemas básicos de matemá-
tica financeira, e você aprenderá a distinguir juro simples de juro composto.
O juro simples é usado especialmente quando certos pagamentos são atrasados
por alguns dias, como no exemplo 1. Nos empréstimos bancários e nas compras
a prestação, em geral é empregado o juro composto, que aparece no exemplo 3.
Exemplo 1
Um imposto, no valor de R$ 400,00, foi pago com seis dias de atraso. Por isso, foi
preciso pagar também juro de 0,5% para cada um dos dias de atraso. Qual foi o
total de juro pago?
O juro de 0,5% incide sobre os R$ 400,00.
Por isso, efetuamos:
0,005 ? R$ 400,00 5 R$ 2,00 (juro de um dia)
Em seis dias, teremos 6 ? R$ 2,00, ou seja, R$ 12,00.
No cálculo, o juro correspondente ao primeiro dia de atraso mantém-se inal-
terado nos dias subsequentes. Por isso, dizemos que se trata de juro simples.
O imposto devido corresponde ao capital. Note que, no cálculo de juro simples,
multiplicamos o capital pela taxa e pelo tempo:
400,00 ? 0,005 ? 6 5 12,00
Generalizando a ideia, temos a seguinte fórmula:
j5c?i?t
juro simples capital taxa tempo
28
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Exemplo 2 Um ano tem
12 meses.
Qual é a taxa mensal de juro simples que faz um capital de R$ 8 000,00
produzir um montante de R$ 10 400,00 ao fim de um ano?
O juro j é o montante M menos o capital C, ou seja:
j 5 M 2 C.
Logo, j 5 10 400 2 8 000 5 2 400
Agora, para calcular a taxa, basta usar a fórmula de juro simples
já apresentada:
2 400 5 8 000 ? i ? 12
Resolvendo a equação, encontramos a taxa i :
2 400
i5 5 0,025 5 2,5%
8 000 ? 12
Conclusão: A taxa de juro simples é 2,5% ao mês (indica-se 2,5% a.m.).
O juro composto é calculado de outra maneira. No próximo exemplo, vamos
dar uma ideia de como funciona.
Exemplo 3
Uma pessoa fez um empréstimo de R$ 1 000,00 à taxa de 10% a.m., no regime de
juro composto. Quanto ela pagará se quitar a dívida, com um único pagamento,
após três meses? No juro composto,
Acompanhe o raciocínio: pagamos juro sobre o

• Se a pessoa quitasse a dívida após um mês, o montante a pagar seria o capital juro do mês anterior!
mais 10% dele. Ou seja, seria 110% de C ou 1,1 ? C:
M1 5 1,1 ? 1 000 5 1 100
A pessoa pagaria R$ 1 100,00, porque essa seria sua dívida após um mês.
• Se, no entanto, ela decidisse quitar a dívida dois meses após a tomada do em-
préstimo, o montante a pagar seria M1 mais 10% de M1, ou seja, seria 110% de M1:
M2 5 1,1 ? M1 5 1,1 ? 1 100 5 1 210
Portanto, depois de dois meses, a pessoa pagaria R$ 1 210,00.
Agora, podemos resolver inteiramente o problema. Quitando a dívida somente
ao fim do terceiro mês, o montante a pagar será M2 mais 10% de M2:
M3 5 1,1 ? M2 5 1,1 ? 1 210 5 1 331
Conclusão: Quitando a dívida após três meses, a pessoa pagará R$ 1 331,00.
Note que 10% de juro composto ao mês não é o mesmo que 30% de juro simples
em 3 meses.
a. Explique, com suas palavras, qual é a função so- • 200 é quanto por cento de 500?
cial dos bancos, ou seja, para que eles servem. • 1 é quanto por cento de 20?
b. Como os bancos obtêm lucro? g. No caso de juro simples, que contas fazemos
c. Você sabe se algum de seus familiares já fez em- para calcular o juro?
préstimo bancário para comprar casa, carro ou h. E no caso de juro composto?
outro bem qualquer? Em caso afirmativo, tem i. Em que situações pagamos juro?
ideia do juro que essa pessoa pagou? j. Quando uma pessoa atrasa o pagamento de
d. O que é capital? O que é montante? uma prestação ou do aluguel, muitas vezes se
e. Calcule mentalmente: cobra dela uma multa, além do juro. Em sua opi-
nião, isso é justo? O que uma pessoa deve fazer
• 10% de 350 • 20% de 350 • 30% de 350 quando julgar que as taxas e multas que lhe es-
• 5% de 600 • 10% de 600 • 15% de 600 tão sendo cobradas são abusivas?
f. Calculando mentalmente, descubra: k. No exemplo 3, o juro devido no primeiro mês do
• 12 é quanto por cento de 50? empréstimo é R$ 100,00. Qual é o juro devido no
• 120 é quanto por cento de 400? segundo mês? E no terceiro?
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PROBLEMAS
13. R$ 8 480,00 13 Pedro emprestou R$ 8 000,00 de um amigo por seis meses, combinando pagar juro
simples de 12% a.a. (ao ano). Quanto ele deverá pagar para saldar a dívida?
14 Quanto rende de juro simples um capital de R$ 60 000,00 emprestado à taxa de 15% a.a.,
14. R$ 21 000,00 4
por dois anos e quatro meses? (Dica: Dois anos e quatro meses são 2 de ano.)
12
15 Qual é o capital que produz R$ 780,00 de juro, em três meses, à taxa de juro simples
15. 780 5 C ? 0,04 ? 3. Logo, C 5 R$ 6 500,00. de 4% a.m.?
16 Uma loja vende um rádio por R$ 400,00 à vista ou em dois pagamentos de R$ 210,00,
o primeiro deles no ato da compra e o outro 30 dias depois. A loja afirma que, na
16. a) 10,5%
b) O capital emprestado é R$ 190,00;
compra a prazo, está cobrando juro à taxa de 5% a.m. porque R$ 20,00 correspondem
a taxa é 10,5% a.m. a 5% de R$ 400,00. Verifique se é verdade respondendo às questões.
a) Pagando R$ 210,00 no ato da compra, resta uma dívida de R$ 190,00. O juro pago
corresponde a quanto por cento, aproximadamente, desse capital?
17. O montante é R$ 11 248,64. b) A taxa de 5% seria correta se o capital devido fosse R$ 400,00. Entretanto, tanto o
capital quanto a taxa não estão corretos. Determine o capital e a taxa.
17 Calcule o montante produzido por um capital de R$ 10 000,00 em três meses, à taxa
de juros compostos de 4% a.m.
PROBLEMAS PARA CASA
18 Adelaide queria vender sua bicicleta por R$ 120,00 entrada de R$ 130,00 mais uma parcela de R$ 130,00
à vista. Carolina, que não tinha esse dinheiro, propôs para 30 dias. Na compra parcelada, qual é a taxa
pagá-la em três parcelas de R$ 40,00: a primeira no mensal de juro? Aproximadamente 8,3% a.m.
ato da compra, a segunda 1 mês depois e a terceira 21 Um capital de R$ 800,00 é aplicado à taxa de juro
2 meses depois. Adelaide aceitou a proposta com simples de 15% ao ano. Em quanto tempo esse capi-
uma mudança: sobre a 2a e a 3a parcelas Carolina pa- tal produzirá um montante de R$ 940,00? 1 ano e 2 meses.
garia juro simples de 10% a.m.
Quanto Carolina pagou nas duas últimas parcelas? 22 Considere dois empréstimos de R$ 5 000,00, por seis me-
2a parcela: R$ 44,00; 3a parcela: R$ 48,00. ses, à taxa de 5% a.m. No primeiro empréstimo, o juro é
19 Em 1o de março de certo ano, meu pai fez um em- simples e, no segundo, é composto. O segundo devedor
préstimo de R$ 20 000,00 para terminar a reforma de pagará mais que o primeiro para quitar a dívida. Quanto
nossa casa. Ele quitou a dívida em 1o de setembro do a mais? (Lembre que a calculadora poupa tempo!)
mesmo ano, pagando R$ 26 000,00. Qual foi a taxa R$ 200,48 a mais.
mensal de juro simples desse empréstimo? 23 Certo capital produziu um montante de R$ 1 920,00, à
i 5 0,05, ou seja, 5% a.m. taxa de juro simples de 5% a.m., em quatro meses. Qual
20 Em uma loja, pode-se comprar certo eletrodomés- foi o valor total do juro? (Dica: Como j 1 C 5 1 920,
tico à vista, por R$ 250,00, ou a prazo, sendo uma temos C ? i ? t 1 C 5 1 920. R$ 320,00
Produção e proporcionalidade
Nos itens anteriores, tratamos de problemas matemáticos relacionados com
compras, vendas, empréstimos, impostos e juros. Agora, abordaremos problemas
relativos à produção de bens. Acompanhe um exemplo típico:
O supervisor de uma fábrica tem um problema a resolver. Seu setor costuma
produzir 3 000 peças a cada 5 dias, operando com 6 máquinas iguais. A fábrica
recebeu uma encomenda de 8 000 peças, mas, por azar, duas máquinas estão em
manutenção. Quantos dias serão necessários para atender à encomenda?
Começamos organizando as informações em uma tabela:
Número de dias Número de peças Número de máquinas
5 3 000 6
? 8 000 4
30
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O número de dias necessários para produzir a encomenda depende de outros
dois números:
• o número de peças encomendadas;
• o número de máquinas em funcionamento.
Observe que, quanto maior a encomenda, mais dias serão necessários para pro-
duzi-la; por exemplo, se o número de peças triplica, de 3 000 para 9 000, o tempo
de produção também triplica, de 5 para 15 dias. Por isso, as variáveis número de
peças e número de dias são diretamente proporcionais.
Observe ainda que, quanto maior é o número de máquinas em atividade, menos
dias são necessários para produzir as peças; se dobrarmos o número de máquinas,
cai para a metade o número de dias. Por isso, as variáveis número de máquinas e
número de dias são inversamente proporcionais.
Se o número procurado (número de dias de produção) variasse proporcional-
mente em função de apenas outro número, o problema poderia ser resolvido por
meio de uma regra de três, que você já conhece. Entretanto, o número procurado
depende de duas variáveis. O que deve ser feito?
A estratégia é considerar somente uma variação de cada vez. Veja como se faz isso.
Primeiro, supomos a fábrica operando com 6 máquinas e não variamos esse
número, mas apenas o número de peças. Veja a tabela:

5 3 000 6
x 8 000 6
Como o número de dias é diretamente proporcional ao número de peças, temos:
5 5 3 000
x 8 000
40
Resolvendo essa equação, obtemos x 5 , o que, considerando o dia de 8 horas
3
de trabalho, equivale a 13 dias mais 2 horas e 40 minutos.
40
Desse modo, concluímos que em de dia a fábrica produziria 8 000 peças
3
funcionando com 6 máquinas. Sabendo disso, vamos verificar o que aconteceria
se tivéssemos apenas 4 máquinas (pois duas estão em manutenção) para produzir
as mesmas 8 000 peças. Agora, a tabela fica assim:

5 3 000 6
40
8 000 6
3
y 8 000 4
Sabemos que o número de dias necessários para produzir certo número de peças
é inversamente proporcional ao número de máquinas. Por isso, temos:
40
3 4
5
y 6
Note que invertemos a ordem dos números de uma coluna da tabela porque há
proporcionalidade inversa.
31
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Podemos resolver a equação usando a ideia de operação inversa. O termo y, que está
dividindo do lado esquerdo, passa a multiplicar do lado direito da igualdade. O termo
6, que está dividindo do lado direito, passa a multiplicar do lado esquerdo. De forma
resumida, costumamos dizer que “multiplicamos em cruz”. A continuação é esta:
40 80
6? 5 4 ? y ⇒ 80 5 4 y ⇒ y 5 5 20
3 4
Concluímos que serão necessários 20 dias para atender à encomenda.
O problema do supervisor da seção é um exemplo dos problemas cuja solução
envolve a chamada regra de três composta. Isto é, eles exigem duas ou mais re-
gras de três para serem resolvidos.
A seguir, você trabalhará com problemas desse tipo.
a. Explique, com suas palavras, o que são grandezas di- f. No texto, na última etapa da resolução do problema,
retamente proporcionais. ao escrever a equação na incógnita y, por que a razão
b. Agora explique o que são grandezas inversamente 4 6
do lado direito da igualdade é e não ?
proporcionais. 6 4
c. Imagine vários retângulos de área igual a 36 unida- g. Explique, com suas palavras, a resolução da equação
des. O comprimento e a largura desses retângulos na incógnita y.
podem variar muito. A largura é direta ou inversa-
h. O que é um problema de regra de três composta?
mente proporcional ao comprimento?
d. Qual é o significado da expressão “em função de”, i. Qual é a estratégia para resolver esse tipo de problema?
empregada no texto? j. Por que este item se chama Produção e proporcio-
e. Explique, com suas palavras, o que é uma regra de três. nalidade?
PROBLEMAS
24. a) 20 24 Voltamos àquela fábrica que costu- b) Quantos dias serão necessários para
b) 40 ma produzir 3 000 peças em 5 dias, produzir 12 000 peças se apenas
c) 10 operando com 6 máquinas. Neste 3 máquinas estiverem funcionando?
caso, porém, você pode responder às c) E se forem 12 máquinas, trabalhan-
25. a) Diretamente proporcional. questões calculando mentalmente. do para produzir as 12 000 peças,
b) Inversamente proporcional. a) Quantos dias serão necessários para quantos dias serão necessários?
a fábrica produzir 12 000 peças ope- 25 Certo texto com 8 000 palavras foi digita-
rando com 6 máquinas? do e ocupou 15 páginas, com 24 linhas
O esquema é este: cada. Nessa situação, responda:
a) O número de páginas é direta ou in-
Número de Número de Número de versamente proporcional ao número
dias peças máquinas de palavras?
5 3 000 6 b) O número de páginas é direta ou
inversamente proporcional ao nú-
? 12 000 6
mero de linhas por página?
26 Aproveite as respostas da questão anterior e complete a tabela abaixo, procurando

calcular mentalmente.
Número de páginas do texto Número de palavras do texto Número de linhas por página
15 8 000 24
30 16 000 24
20 16 000 36
32
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27 Na legislação brasileira, o trabalhador contratado com registro na carteira profissional
tem direito ao 13o salário, que é diretamente proporcional ao número de meses traba-
lhados e cuja primeira metade deve ser paga até o dia 30 de novembro. Por exemplo:
quem tem salário de R$ 1 000,00 e trabalhou apenas 6 meses, até 30 de novembro
deve receber R$ 250,00. Preencha a tabela calculando mentalmente:
Salário bruto Número de meses Primeira parcela do

do trabalhador (R$) trabalhados 13o salário (R$)
600,00 6 150,00
600,00 12 300,00
780,00 4 130,00
640,00 3 80,00
900,00 10 375,00
28 Uma máquina produz chapas retangulares de alumínio, todas de mesma espessura. 28. a) 90 ? 75 5 100x
A chapa tipo I, que mede 90 cm de comprimento e 75 cm de largura, tem 3,6 kg de x 5 67,5.
O comprimento é 67,5 cm.
massa. Use uma calculadora para responder: 3,6 67,5
b) 5
a) A chapa tipo II tem a mesma massa da chapa tipo I (isto é, a mesma quantidade de 7,2 y
y 5 135.
alumínio), mas sua largura é de 100 cm. Qual é seu comprimento? O comprimento é 135 cm.
b) A chapa tipo III tem 7,2 kg de massa e 100 cm de largura. Qual é seu comprimento? c) A espessura corresponde a
c) A densidade do alumínio é 2,7 g/cm3, isto é, 1 cm3 de alumínio tem 2,7 g de massa. aproximadamente 0,197 cm ou,
praticamente 2 mm.
Descubra a espessura aproximada dessas chapas.
PROBLEMAS PARA CASA
29 Em certa empresa, os funcionários são associados a um plano de saúde cujas mensalidades são pagas parcialmente
pelo empregado. A empresa contribui com uma parcela diretamente proporcional ao número de anos que o
funcionário trabalha na empresa e inversamente proporcional ao salário do funcionário.
a) Com essas informações, complete a tabela. Todos os cálculos podem ser feitos mentalmente.
Tempo de trabalho na
05 10 10 10 15 30 30
empresa (em ano)
Salário (R$) 1 000 1 000 1 500 2 000 2 000 2 000 3 000
Contribuição paga pela

30 60 40 30 45 90 60
empresa (R$)
b) Apresente um motivo para que a parcela paga pela empresa seja inversamente proporcional ao salário do
empregado.
30 Em uma granja, 1 260 kg de ração alimentam 1 200 frangos por semana. Com 3 780 kg de ração, por quanto tempo
será possível alimentar 1 800 frangos? 2 semanas, ou 14 dias.
31 Oito confeiteiros produzem 16 000 bombons em quatro dias. Quantos confeiteiros seriam necessários para produzir
20 000 bombons em dois dias? 20 confeiteiros.
32 Alice digitou um texto em 7 dias, trabalhando 8 horas por dia, fazendo 50 toques por minuto.
a) Quantos dias Alice levaria para digitar o mesmo texto se trabalhasse apenas 5 horas por dia fazendo o mesmo
número de toques por minuto? 11,2 dias de trabalho; como são dias com 5 horas de trabalho,
11,2 dias perfazem 11 dias e 1 hora.
b) Quantos dias Alice gastaria no mesmo texto se trabalhasse 5 horas por dia, mas digitasse 70 toques por minuto?
8 dias.
33 Uma indústria metalúrgica produziu 40 000 peças em 20 dias, com 12 máquinas operando 10 horas por dia. Quantos
dias serão necessários para produzir 60 000 peças com 18 dessas máquinas trabalhando 8 horas por dia? (Dica: Resolva
por meio de 3 regras de três.) Serão necessários 25 dias.
34 Agora, encare esta brincadeira! Se 1,5 gato come 1,5 rato em 1,5 dia, 3 gatos comerão 6 ratos em quantos dias?
3 dias.
33
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PARA NÃO ESQUECER
Matemática, comércio e indústria

Cálculos com porcentagem
• Se um preço P sofre aumento de 15%, o novo preço será 1,15 ? P.
• Se um preço P sofre desconto de 15%, o novo preço será 0,85 ? P.
• Se um preço P aumenta 10% e, depois, 30%, ele passa a valer
1,1 ? 1,3 ? P 5 1,43P. O aumento percentual total é de 43%.
Juro simples
O empréstimo de um capital de R$ 2 000,00 por 3 meses, à taxa de juro simples de 5% a.m., origina
um juro, em real, ao fim desse tempo, obtido pela multiplicação de 2 000 por 0,05 por 3, resultando
em 300. Assim, ao fim dos 3 meses, pagam-se R$ 2 000,00 1 R$ 300,00 5 R$ 2 300,00. Esse valor é
chamado montante.
Generalizando esse raciocínio, chegamos à fórmula j 5 C ? i ? t (juro é igual ao produto do capital, pela
taxa e pelo tempo).
Juro composto
No empréstimo de R$ 2 000,00, à taxa de juro composto de 5% a.m., temos:
• ao fim do 1o mês: j 5 2 000 ? 0,05 5 100; o montante será de R$ 2 100,00;
• ao fim do 2o mês: j 5 2 100 ? 0,05 5 105; o montante será de R$ 2 205,00;
• ao fim do 3o mês: j 5 2 205 ? 0,05 5 110,25; o montante será de R$ 2 315,25.
Regra de três composta
Problemas em que uma grandeza varia proporcionalmente a duas ou mais grandezas podem ser resolvidos
por sucessivas regras de três, ou seja, por uma regra de três composta.
Veja, por exemplo, a resolução do seguinte problema:
Se um automóvel percorrer 300 km à velocidade média de 60 km/h em 5 horas, um percurso de 150 km à
velocidade de 120 km/h seria feito em quantas horas?
A duração da viagem é diretamente proporcional à distância e inversamente proporcional à velocidade média.
A distância reduzida à metade faz a duração cair também à metade. Além disso, a velocidade duplicando
5
faz a duração cair à metade outra vez. Portanto, a viagem deve durar h 5 1 h 15 min.
4
Veja outra resolução, usando duas regras de três:
Duração (h) Distância (km) Velocidade (km/h)

5 300 60
x 150 60
y 150 120
• Variando somente a distância: 5x 5 300

150
⇒ x 5 2,5
y 60
• Considerando o tempo igual a 2,5 h para 150 km e variando apenas a velocidade média: 2,5 5
120
⇒ y 5 1,25
A duração é 1,25 h 5 1 h 15 min.
34
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SUPERTESTES
1 Quatro impressoras iguais imprimem 600 cartazes 5 Qual é o total a pagar de uma conta cujo forneci-
em 2,5 h. Em quanto tempo duas dessas máquinas mento é R$ 85,00?
imprimirão o triplo de cartazes? a) R$ 106,25 d) R$ 125,20
a) 2 h d) 12 h 30 min X b) R$ 113,33 e) R$ 95,90
b) 5 h X e) 15 h c) R$ 100,00
c) 7 h 30 min
6 João tomou emprestados R$ 5 000,00, comprome-
2 Quanto rende de juro simples um capital de R$ 2 500,00
tendo-se a saldar a dívida depois de 2 meses, à taxa
emprestado por 5 meses à taxa de 2% ao mês?
de juro simples de 4% a.m. Aquiles também tomou
a) R$ 150,00 d) R$ 300,00 emprestados R$ 5 000,00, comprometendo-se a pa-
b) R$ 200,00 e) R$ 350,00 gar a dívida depois de 2 meses, à taxa de juro com-
X c) R$ 250,00 posto de 4% a.m. Seja Mj o montante da dívida de
João e MA, o de Aquiles, após os 2 meses. Assinale a
3 A terça parte de um capital foi aplicada à taxa de juro
alternativa correta:
simples de 2% a.m. O restante do capital foi aplicado
à taxa de juro simples de 3% a.m. Depois de 4 meses, a) MA excede Mj em R$ 4,00.
o montante era R$ 3 320,00. Qual é o capital? b) MA excede Mj em R$ 6,00.
a) R$ 3 700,00 X d) R$ 3 000,00 X c) M excede M em R$ 8,00.
A j
b) R$ 3 800,00 e) R$ 3 100,00 d) Mj excede MA em R$ 12,00.

c) R$ 3 900,00 e) Mj excede MA em R$ 20,00.
Este enunciado vale para as questões 4 e 5. 7 Se 32% do dinheiro que tenho depositado em pou-
As contas de energia elétrica incluem o pagamento pança correspondem a R$ 1 648,00, quanto tenho
do ICMS. Em vários lugares do país, a alíquota de guardado no total?
25% referente a esse imposto não é aplicada sobre a) R$ 5 000,00 X d) R$ 5 150,00
o fornecimento (como seria lógico), mas sobre o b) R$ 5 050,00 e) R$ 5 200,00
total a pagar, como mostra a ilustração. c) R$ 5 100,00
8 Uma revendedora de veículos está dando um des-
33,94 é 25%
de 135,76.
conto de 5% no preço de um automóvel. Se o preço
sem desconto é R$ 30 000,00, qual é o valor do carro
durante a promoção?
a) R$ 28 900,00 d) R$ 28 600,00
b) R$ 28 800,00 X e) R$ 28 500,00
c) R$ 28 700,00
9 Uma mercadoria entrou em promoção de inverno,
1,82 passando a ser vendida com desconto de 20%. Ter-
R$ 10
ento minada a promoção, o preço da mercadoria sofreu
ecim ,94
Forn R$ 33 reajuste de 20%. Depois da promoção, o preço:
S a) ficou igual ao inicial.
ICM 5,76
r R$ 13
paga b) corresponde a 98% do valor inicial.
l a
Tota X c) corresponde a 96% do valor inicial.
d) corresponde a 92% do valor inicial.
e) corresponde a 90% do valor inicial.
10 Dois aumentos sucessivos, um de 10% e outro de
4 Em uma conta cujo total a pagar é R$ 100,00, qual 20%, no preço de um produto equivalem a um au-
seria o valor da energia fornecida? mento único de:
a) R$ 133,33 X d) R$ 75,00 a) 28% d) 33%
b) R$ 125,00 e) R$ 33,33 b) 30% e) 40%
c) R$ 85,00 X c) 32%
35
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CONFERINDO RESPOSTAS
Como sei se acertei?

Quando você resolve um problema, acertou ou não uma resposta. Isso
quer logo saber se acertou, não é? Se é necessário porque, para os pro-
estiver na sala de aula, poderá conferir blemas que enfrentará na vida, não
com os colegas ou esclarecer dúvidas haverá resposta em livro algum.
com o professor. Mas, em casa, estu- Além disso, em sua futura ativida-
dando sozinho, como fazer? de profissional, quem decidirá se
Esta seção pretende ajudá-lo nisso. as soluções adotadas estão certas
Aqui há comentários e respostas dos será você.
“Problemas e exercícios para casa” e dos • Por esses motivos, não vamos lhe
“Supertestes”. Para as demais atividades, fornecer as respostas de todas as
consulte seu professor. questões. Às vezes, iremos ensiná-lo
Atenção para estas orientações: a conferir sua resposta. Outras vezes,
daremos a resposta de uma parte da
• Resolver um problema não é ape-
questão ou somente uma pista, para
nas apresentar uma resposta; o
que você verifique se está no cami-
fundamental é expor um raciocínio.
nho certo e siga em frente. Assim,
Por essa razão, de nada valerá sim-
acreditamos contribuir para a cons-
plesmente copiar a resposta. Preo-
trução de sua autonomia.
cupe-se sempre com o porquê de
um resultado. Toda vez que consultar esta seção,
lembre-se dessas orientações.
• Nosso objetivo é que você, aos pou-
cos, aprenda a descobrir sozinho se Bom trabalho!
36
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Capítulo 7 41 Ajuda: Retas paralelas cortadas por uma transversal

formam ângulos correspondentes de medidas iguais.
Geometria dedutiva
42 a) AE 5 2 ? EC
6 Se A fosse o 1o colocado, sua previsão estaria errada. 2
Mas o enunciado diz que o 1o colocado acertou a b)
DE 5 BC. Justifique essa afirmação usando
3
previsão. Logo, A não ganhou o torneio. A partir
semelhança de triângulos.
daqui, você faz as deduções.
43 APMN é losango, mas é preciso demonstrar esse fato.
9 São teoremas apenas as afirmações a e b.
b 44 Não é verdadeira a igualdade (não há feixe de retas
10 Ajuda: O triângulo tem base a e altura . Sua área paralelas na figura).
2
a?b
é . Qual é a área do outro? 45 10,5 cm. Explique essa resposta.
4
11 Ajuda: Faça um desenho. 46 a) ameaça; persuasão enganosa.
360° 360°
18 e 1 i 5 180°, c 5 e 5 , i 5 180° 2
n n Capítulo 8
19 a) 16 lados.
Matemática, comércio e indústria
b) 30 lados.
6 a) 200% de P é o mesmo que 2P. Então, qual é a
d) Não.
resposta?
e) Em todos.
b) Com 15% de desconto.
20 Justifique as respostas: c) 4P. Explique a resposta.
a)
x 5 120° d) Passa a valer zero; o produto torna-se gratuito.
b)
y 5 90°
7 a) R$ 736,00
21 Se a roda “fecha”, deve formar na região interna um
8 a) Ajuda: O valor do imposto em UF é 2.442,748.
polígono regular. O ângulo interno desse polígono
precisa ter 144° (isto é, 360° 2 2 ? 108°). O resto é b) Não. Justifique a resposta.
com você. c) Resposta possível: Para compensar a perda
decorrente da inflação.
22 Justifique as respostas:
a) x 5 135° 9 a) 80 unidades monetárias. Explique a resposta.
b) x 5 135° 10 Ajuda: O lucro de Pedro foi maior do que 15%.
29 a) O triângulo PIT é retângulo porque está inscrito 11 b) 25%
na circunferência e um de seus lados é diâmetro.
c) O desconto é de apenas 25%. Note, porém, que
(Ou porque o ângulo inscrito PB IT mede metade
o anúncio não indica nenhum desconto. De fato,
do ângulo central PO B T, que é raso.)
se pago 3 e levo 4, ganho 1 em 3, ou seja, ganho
b) PT 5 4 cm. Portanto, o raio do círculo mede 2 cm. 33,3%, aproximadamente. Logo...
30 b) O ângulo mede 85°. Todos os ângulos inscritos 12 O preço de venda deve ser 160% do preço de
que correspondem ao arco AB, tracejado no compra. Justifique.
mapa, medem 85°.
18 Na 2a parcela, Carolina pagou R$ 44,00. Você descobre
31 O triângulo TEO é isósceles (OE 5 OT), logo o valor da 3a.
a 5 b 5 28°. O restante fica por sua conta.
19 j 5 26 000 2 20 000 5 6 000; a equação é
32 b 5 c 5 40°. Justifique a resposta. 6 000 5 20 000 ? i ? 6. O resto é com você.
33 a) p 5 46° 20 O capital é R$ 120,00 e o juro é 2 ? 130 2 250, isto
b) q 5 27° é, R$ 10,00. Descubra a taxa, que será uma dízima
c) r 5 46° 1 27° 5 73° periódica e deve ser arredondada.
34 ABXE 5 ABME 5 ABTE. Os três medem 90°. Por quê? 21 Em pouco mais de um ano. Quanto exatamente?
35 Eles formam uma circunferência. Qual é a explicação 22 O segundo devedor pagará R$ 200,48 a mais que o
disso? primeiro. Justifique.
37
EF2_Mat9_mod5.indd 37 11/9/15 10:01 AM

23 R$ 320,00. Justifique. 33 Veja como você pode encaminhar a solução:
29. a) Se um funcionário com salário de R$ 1 000,00
Número de
está empregado há 10 anos, a empresa contribui Número de Número de Número
horas por
com R$ 60,00. Se um funcionário com os mesmos peças máquinas de dias
dia
10 anos de serviço ganhasse R$ 1 500,00, a
contribuição da empresa seria apenas R$ 40,00
40 000 12 20 10
(o salário foi multiplicado por 1,5 e a contribuição
foi dividida por 1,5). Com esses raciocínios, você
preenche toda a tabela. 40 000 18 x 10
b) Resposta possível. Quem ganha mais pode
contribuir mais para o plano de saúde, por isso é 40 000 18 y 8
natural que a empresa reduza sua participação de
maneira inversamente proporcional ao salário. 60 000 18 z 8
30 2 semanas. Justifique.
A resposta é 25 dias. Você deve mostrar como se chega
31 Ajuda: A resposta é um múltiplo de 10. a ela, calculando x, depois y, depois z.
32 a) 11,2 dias. 34 Resolvendo da mesma forma que o problema
b) Ajuda: Mais que 6 e menos que 10 dias. anterior, obtém-se 3 dias.
SUPERTESTES
Capítulo 7 Capítulo 8
Geometria dedutiva Matemática, comércio e indústria
1 c 6 c 1 e 6 c
2 d 7 b 2 c 7 d
3 b 8 c 3 d 8 e
4 e 9 e 4 d 9 c
5 c 10 b 5 b 10 c
38
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EF2_Mat9_mod5.indd 39 11/9/15 10:01 AM
978-85-8247-774-8
49015319
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Luiz Márcio Imenes

CJEFF J MITCHELL-POOL/GETTY IMAGES

EF2_Mat9_mod5.indd 1 11/9/15 10:00 AM

PARA COMEÇAR BEM

Este capítulo trata de alguns teoremas da Geometria e da argumentação neces-

Losango é um quadrilátero com quatro lados de mesma

EF2_Mat9_mod5.indd 2 11/9/15 10:00 AM

meio do aprendizado, especialmente o da Matemática.

Você já conhece vários teoremas. Por exemplo:

EF2_Mat9_mod5.indd 3 11/9/15 10:00 AM

Os catetos medem b e c;; a hipotenusa mede a

Quadrado de lado b 1 c e dois

Esperamos que essa argumenta-

CONVERSAR PARA APRENDER

EF2_Mat9_mod5.indd 4 11/9/15 10:00 AM

2 Este é um desafio! 3. Se Letícia desse 3 balas para cada

5. Resposta possível: z e y são medidas dos

5 Na demonstração do Teorema de Pitágoras apresentada no texto, dissemos que o qua-

EF2_Mat9_mod5.indd 5 11/9/15 10:00 AM

a) Prove que C foi o 1o colocado.

3 4 2 1 Prove que esses triângulos têm áreas iguais.

11 Em uma circunferência de centro O e raio r, AB e CD

EF2_Mat9_mod5.indd 6 11/9/15 10:00 AM

Em todo polígono de n lados, a soma S das medidas dos ângulos internos i2

n triângulos. A soma das medidas de todos os ângulos desses triângulos é n ? 180°. O

Sobre os ângulos externos O polígono pode ter 3 ou 30 lados;

EF2_Mat9_mod5.indd 7 11/9/15 10:00 AM

Essa demonstração tem uma limitação; esse é o pequeno “porém” assinalado

Quando demonstramos o teorema, partimos do fato de que as medidas de um

Em todo polígono convexo, a soma das medidas dos ângulos externos

CONVERSAR PARA APRENDER

a. Responda com suas palavras: o que é um teorema?

EF2_Mat9_mod5.indd 8 11/9/15 10:00 AM

65° 13. a) c  360° : 10  36°

Os lados de um ângulo são semirretas.

13 Faça o que se pede.

15. A soma das medias dos ângulos

16. O triângulo MAB é isósceles (MA  MB).

EF2_Mat9_mod5.indd 9 11/17/15 10:46 AM

a) Quantos lados tem o polígono regular cujo ângulo

120° a) Calcule o valor de x. x

EF2_Mat9_mod5.indd 10 11/9/15 10:00 AM

Agora, veja o enunciado do teorema:

Em uma circunferência, se um ângulo central e um ângulo inscrito corres-

pondem ao mesmo arco, então o ângulo central mede o dobro do inscrito.

caso I caso II caso III

O teorema afirma que temos sempre: a 5 2 ? b

a 5 b 1 b ou a 5 2 ? b, como queríamos provar. A B

EF2_Mat9_mod5.indd 11 11/9/15 10:00 AM

CONVERSAR PARA APRENDER

24 Nas figuras, O é o centro das circunfe- 25 Na figura, x 5 44° e O é centro da

EF2_Mat9_mod5.indd 12 11/9/15 10:00 AM

b) O ângulo central ABOI mede 180°

e o ângulo inscrito ABRI 90° , pois

PROBLEMAS E EXERCÍCIOS PARA CASA

29 Na figura, O é centro da circunferência, na região representada pelo círculo, que é cheia de

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33 Este problema é parecido com o 28. Considere a figura:

q • Prossiga assinalando muitos outros pontos, até

65° 13. a) c 360° : 10 36°

16. O triângulo MAB é isósceles (MA MB).