Modelo de Gestão Pública em Segurança Pública

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FACULDADE FAVENI

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA

MODELO DE GESTÃO PÚBLICA EM SEGURANÇA PÚBLICA

Maceió

2019
FACULDADE FAVENI

RESUMO

A área de Segurança Pública para os gestores governamentais, demonstra uma


preocupação emergente e que deve ser tratadas com a máxima urgência, pois
existe uma percepção de insegurança dentre a população e que ocorre nos
grandes centros urbanos; atingindo sem exceção, todos os segmentos sociais
dispostos nas várias linhas administrativas e de seus setores. Conforme disposto na
Legislação a Segurança Pública é aplicável para reduzir ou conter um conjunto de
ações estritamente policial onde por uma nova doutrina das Políticas Públicas de
Segurança e Gestão, os municípios passaram a ter um papel relevante institucional.
Suas ações administrativas são concluídas através da nova nomenclatura de Policia
Cidadã. Com o trabalho voltado as áreas de risco definidas pelo Planejamento
urbano, onde políticas sociais de caráter preventivo e a articulação com
representantes de diferentes segmentos públicos, privados e coletivos são
institucionais e basilares, em que os municípios podem reverter o quadro de
insegurança vivido em seus territórios e contribuir com uma nova Política de
Segurança Pública ou Policia Cidadã.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão da Segurança Pública; Modelo de Gestão; Áreas de


risco.

ABSTRACT
The area of Public Safety for government managers shows an emerging concern and
that should be treated with the utmost urgency, as there is a perception of insecurity
among the population and occurring in large urban centers; reaching without
exception, all the social segments arranged in the various administrative lines and
their sectors. As provided in the Public Security Legislation is applicable to reduce or
contain a set of strictly police actions where by a new doctrine of Public Policies for
Security and Management, municipalities have come to play a relevant institutional
role. Its administrative actions are completed through the new Citizen Police
nomenclature. With the work focused on the areas of risk defined by Urban Planning,
where preventive social policies and the articulation with representatives of different
public, private and collective segments are institutional and basic, in which
municipalities can reverse the picture of insecurity lived in their territories and
contribute with a new Public Security Policy or Citizen Police.

KEYWORDS: Public Security Management; Management model; Risk areas.


Sumário

1. INTRODUCÃO..........................................................................................................4
OBJETIVO GERAL.......................................................................................................5
OBJETIVO ESPECIFICO.............................................................................................7
JUSTIFICATICA............................................................................................................7
PROBLEMA..................................................................................................................8
CAPITULO I................................................................................................................10
PANORAMA DAS POLÍTICAS DE SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL.................10
CAPITULO II...............................................................................................................12
MODELO DE GESTÃO PÚBLICA DA SEGURANÇA................................................12
CAPITULO III..............................................................................................................15
FATORES DA GESTÃO PARA CARACTERIZAÇÃO - ÁREAS DE RISCO:.............15
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................19
5

1. INTRODUCÃO

Com a proposta de tratar dos desafios encontrados em fornecer


segurança pública aos cidadãos, com destaque, para os importantes aspectos
dentro das relações cidadão e da inter-relação que abrange as instituições de
segurança. Mostrando o histórico institucional brasileiro e a estrutura de gestão
estatal dentro da dinâmica e de sua importante implicação para o sucesso das
políticas no setor. Principais desafios encontrados na Segurança Pública e a busca
pela adequação no atual Estado Democrático de Direito. Serão apresentados os
desafios para a segurança pública no Brasil e a insatisfação da sociedade perante o
atual modelo do sistema de segurança, o qual vem sofrendo diversas interferências
por parte do Estado e da sociedade, além de pressões internas pela busca da
eficiência e da segurança social. Completando com as mudanças ocorridas neste
cenário, que apresentam grande potencial de transformação individual dos
servidores da Segurança Pública.
6

OBJETIVO GERAL

Atribui-se a este e não por imposição da sociedade e sim por uma emergente
necessidade em fazer com que os governos federais, estaduais e municipais,
repensem suas estratégias dentro de políticas de segurança pública eficazes e
eficientes, estabelecendo novas formas de gestão dos órgãos responsáveis pela
aplicação da lei. (LIMA, 2006). Com essas práticas das organizações policiais
públicas, fica de fundamental importância a reflexão sobre o modelo tradicional de
polícia, pois este vem de décadas passadas; caracterizando a força como único
instrumento de intervenção. Quando damos lugar a uma polícia protetora de direitos
dos cidadãos em ambiente de conflitos, então, coexiste a incorporação dos
conceitos de segurança cidadã dos valores de cidadania; direitos humanos;
diversidade e proteção social que serviram de base para um aprendizado pelas
instituições de segurança pública objetivando uma melhor forma de atuar junto à
sociedade. (CANO, 2005).

O modelo, implementado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública


– SENASP, no país baseia-se na: “formação humana e técnica de policiais, com o
foco direcionado para o fortalecimento da noção de direitos humanos e respeito às
diferenças” (BALESTERI, 2008).

Em um caráter inovador na área de Gestão Pública de Segurança em 2004 a


Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP, criou uma Coordenação
Geral de Ensino para constituir unidades gestoras desta política e da formação
integrada das polícias, chamada de RENAESP – Rede Nacional de Altos Estudos
em Segurança Pública. (UNIVERSIDADE DE SÃO CARLOS, 2005).

Este se define pela sua concepção em rede, à qual, no plano das


relações interinstitucionais com os Estados e municípios, não admite a criação de
estruturas paralelas ou superpostas ou mesmo distinção hierárquica e de poderes,
optando assim por uma institucionalização da experiência que se desenvolve
7

como um todo dentro da política de segurança pública, formulada através do


Departamento de Pesquisa Análise Informação e do Desenvolvimento de
Recursos Humanos em Segurança Pública.(DIAS NETO, 2005).

Conhecida como Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança pública


– RENAESP; fomenta programas de estudos juntos as universidades para a
capacitação dos servidores da área de segurança. Implementa ainda modelos de
gestão que traduzem os dados encontrados e soluções das causas em práticas
controladas dentro das universidades. (DIAS NETO, 2005).

Com as novas diretrizes de integralização da segurança, está questão passou


a ser uma parte também dos municípios, visto que este serviço era antes prestado
pelos estados com as policias militar e civil. (MONTEIRO, 2005). O desenvolvimento
deste trabalho municipal de segurança, atrelada principalmente a alguns setores,
pois estes fazem a base da integralização da segurança pública com a sociedade e
o poder público, classificam como caracterização de áreas de risco: Índices de
violência, e prática delituosa, áreas de grande circulação de pessoas, fatores
dinâmicos de risco (habitação, infraestrutura e saúde), que são primeiramente são
desenvolvidos por práticas municipais na área de segurança.

Com as Guardas Municipais essa integralização das esferas


administrativas de segurança completou seu ciclo; proposto então pela Secretaria
Nacional de Segurança pública em uma polícia cidadã e mais próxima da população,
uma visão de “Policiamento amigo”, visado inclusive pela política de resolução de
conflitos, proposta do Ministério da Justiça. (AZEVEDO, 2007).
8

OBJETIVO ESPECIFICO

O modelo de gestão em segurança pública municipal será discutido em


um levantamento de dados relativos às áreas consideradas de risco, no aspecto
favorável das ações desenvolvidas pelo poder público municipal. Será inclusive
debatida a partir da consideração de elementos básicos que envolvem as relações
entre universidade, sociedade e segurança pública, num modelo de gestão. O
estudo pretende a revisão de bancos de dados disposto no Ministério da justiça e
Cidadania, artigos e publicações, livros e revistas a fins; levantar informações da
sociedade a partir de reflexões aprofundadas e críticas. Nessa perspectiva, a
segurança pública vem demandando o alargamento do seu conceito em várias
gerências: no plano da formulação, implementação e avaliação das políticas
públicas e no plano das práticas de atuação tradicional da polícia, quando em áreas
de risco.

JUSTIFICATICA

Através da bibliografia consultada pode-se constatar que é possível


atualmente no Brasil nos diversos municípios; as autuações de instâncias
municipais, e destas serem responsáveis pela formulação e Gestão da Política
Municipal de Segurança daquele lugar em integração com seu estado de referência.
(UNIVERSIDADE DE SÃO CARLOS, 2005).

Tais instâncias passam a fazer parte do executivo municipal através da


criação de secretarias ou coordenadorias intituladas de ordem pública, segurança
pública, ordem urbana, prevenção da violência entre outras nomenclaturas, que são
estabelecidas nas Câmaras Municipais e sancionadas pela Gestão Municipal,
fazendo esta parte de audiências públicas ou não. (AZEVEDO, 2007).
Para tanto tem seu entendimento:
“A Segurança Pública é uma atividade pertinente aos órgãos estatais e à
comunidade como um todo, realizada com o fito de proteger a cidadania,
9

prevenindo e controlando manifestações da criminalidade e da violência,


efetivas ou potenciais, garantindo o exercício pleno da cidadania nos limites
da lei”. (Ministério da Justiça e Segurança Pública – 2015)

Os modelos de gestão encontrados no país para a polícia cidadã, está


planejada nos ditames legislativo e são baseados em atribuir competências aos
municípios que ficam na primeira linha de participar aos cidadãos suas
necessidades. Como já ocorrem com os setores da saúde, pela criação das UPA –
Unidades de Pronto atendimento e da mesma forma com o programa de saúde da
família nos postos de atendimento de saúde básica, dentre outros atendimentos de
base, fornecidos pelos municípios. (DIAS NETO, 2005).

PROBLEMA

A respeito dos desafios que será apresentado e para consolidação das


ações, inicialmente é necessário demostrar o que consta dos dados inseridos na
estrutura federalista e suas secretarias que atendem aos estados e munícipios,
quanto suas dificuldades [quadro1]. Passando em seguida, a traçar um histórico da
política nacional de segurança pública, destacando as consequências daquela
estrutura para os alcances e retrocessos no setor. (MAGALHÃES, 2008. p.10).

Em 2000 como o advento da criação da Secretaria Nacional de


Segurança Pública – SENASP, e do seu Plano Nacional de Segurança Pública –
PLANASP; além do Fundo Nacional de Segurança Pública, constituíram o início de
uma política nacional única voltada para a segurança pública do Brasil, tendo em
vistas os altos índices de violência e da criminalidade nos grandes centros urbanos
brasileiros.

Quadro 1- Principais desafios encontrados pelos profissionais da Segurança


Pública Municipal, frente às outras instituições de segurança, dados dos principais
registros.
Coleta, registro, produção, distribuição e processamento precários das
informações;
Ausência de planejamento, de avaliação sistemática e de práticas corretivas;
Abandono dos cuidados preparatórios, necessários ao trabalho policial, em
10

alguns casos por falta de investimento;


Correição quase inexistente, em decorrência de inércia burocrática, restrições
normativas, inoperância administrativa;
Controle externo deficiente face aos obstáculos e à intervenção investigativa
das ouvidorias, sendo para este caso fator primordial junto as corregedorias
da limitação e autorização ao porte de arma de fogo a policia municipal;
Formação em conjunto das instituições da Segurança Pública mais voltada
para a repressão do que para a prevenção, auxiliando a identificação do
cidadão como um potencial inimigo;
Falta de mapeamentos atualizados e interdisciplinares de espécies de
conflitos por área e vínculos com suas causas sociais;
Grande quantidade parte tenta atividades extrafuncionais face aos baixos
salários;
Baixa utilização dos aparatos tecnológicos e dos métodos científicos nas
estruturas voltadas para a investigação policial;

Fonte: MAGALHÃES, Luiz Carlos. O Poder Municipal e a Segurança Pública. In: site
clubjus.com.br.2008 Artigo/Revista. P. 5-39 2008-2009. Disponível em<
http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:rede.>Acessado em 20 de Dezembro .2018.

A nessa nova política o principal envolvimento estrategicamente são as


comunidades, pois é o local gerador de conflitos, e dela se tem os instrumentos de
sanar, em face da criação da Policia Cidadã, aplicados no Programa Nacional de
Polícia Comunitária no ano de 2000, que promove o repasse de verbas da
Secretaria para os estados com vistas à implantação e consolidação dos programas
de polícia comunitária. (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2006).

Por fim o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania –


PRONASCI, desenvolvido pelo Ministério da Justiça, marca uma iniciativa que
articula as políticas de segurança com ações sociais, priorizando a prevenção e
busca, para atingir as causas que levam à violência; sem abrir mão das estratégias
de ordenamento social e segurança pública, dentre as quais as Bases Comunitárias
de Segurança são implantadas, como também a destinação dos municípios de
promoverem segurança pública através das Guardas Municipais. (FILOCRE, 2009.
p.146-151).
11

CAPITULO I

PANORAMA DAS POLÍTICAS DE SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL

O cenário nacional de ações municipais de prevenção da violência é


composto por vários outros setores, e ainda que não exista um grande número de
iniciativas, as existentes têm naturezas distintas, e diferem em termos de
metodologia, duração e alcance. (DIAS NETO, 2005).

Portanto se faz preciso conceituar o que é violência, para que as ações


corretas sejam elaboradas, que de acordo com a Organização Mundial de Saúde
(OMS), violência é:
“O uso intencional da força física ou do poder, real ou potencial, contra si próprio,
contra outras pessoas ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha
grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de
desenvolvimento ou privação”. (OMS, 2000).

Neste quesito quando se observam as medidas contra a violência, é


observada uma descontinuidade das ações de políticas públicas, especialmente
em decorrência do pleito eleitoral e suas propostas de governo, além de suas
constantes mudanças de gestores da linha de frente (secretários, subsecretários,
gerente de projeto, coordenadores, e demais comissionados de forma geral). O que
de certa forma causa uma ruptura de trabalho, incluindo até as propostas que
obtiveram êxito.

Explica-se nos seus diferentes fatores, incluindo o de que a


responsabilidade do município pela segurança pública e seu papel na prevenção da
violência não é algo que está bem discutido diante a sociedade, que ainda visualiza
o policial militar como linha de frente principal no combate a violência, e mesmo que
este venha de forma consensual, está promovendo uma transformação no diálogo
tradicional da segurança pública dentro de uma visão ainda em construção.
(MONTEIRO, 2005).

Com base a partir da parceria com Instituições de Ensino Superior – IES


que promovem cursos de pós-graduação lato sensu, na modalidade presencial,
12

sobre diferentes temas relacionados à Segurança Pública e atualmente é uma


ferramenta necessária para os Estados e Municípios de instituir e qualificar os
servidores que irão desenvolver trabalhos na área de segurança pública. (DIAS
NETO, 2005).

Essa democratização do acesso ao conhecimento técnico-científico


aos profissionais de segurança pública, conferi um modelo de gestão pública de
níveis, tratando o servidor com bases de um aprimoramento dentro dos trabalhos
desenvolvidos; sendo estes por meio de uma formação acadêmica em que possam
num ambiente controlado simulando as várias situações, multidisciplinar e
orientada para o fortalecimento da cidadania e dos direitos humanos.

CAPITULO II

MODELO DE GESTÃO PÚBLICA DA SEGURANÇA


O modelo de Gestão de Segurança Pública, atualmente encontrado
baseia-se unicamente ainda na ação e reação, apesar de estar moldado em práticas
13

de prevenção. O indivíduo busca auxilio do estado e pouco dos municípios, para


coibir as práticas, de alguma violência que lhe foi aplicada e este por meio dos seus
agentes de segurança pública, destes: Polícia militar ou polícia municipal (instituído
pelas Guardas Municipais), além de agente de trânsito e agente fiscalizadores, que
tentam sanar os atos infracionais, delituosos ou criminosos que permeiam a está
esfera, conduzindo nos casos que compete ao poder estadual policial e seus
juizados. (AZEVEDO, 2007).

 O projeto de monitoramento através de câmeras da circulação dos munícipes


em locais públicos, como uma ferramenta chave para a prevenção da
violência, onde está bem difundida nas capitais e alguns municípios urbanos.
 Reestruturação das Guardas municipais.
 Mapeamento das áreas de riscos.
 Promoção da cultura da paz, e apresentação à sociedade.
 Buscar parcerias com demais governos e órgãos não governamentais.
 Campanhas educativas.

Esses modelos de gestão obedecem aos vários critérios de planejamento, a


prazos e de como se perpetuam na prática. Com períodos de início e prazos para
obtenção dos resultados.
Exemplos clássicos a estes - Plano Gestor em Segurança Pública do Recife,
desenvolvido a partir de 2000:

“Para o desenvolvimento de uma política de prevenção da


violência na cidade, foi preciso que o tema fosse concebido de
forma transversal em toda a atuação da prefeitura, que passou
a articular seus programas sociais com foco na prevenção da
violência. Além disso, ganhou força o Conselho Municipal de
Direitos Humanos e foi criado o Comitê de Direitos Humanos e
Prevenção da Violência, órgão governamental”. (CANO, 2005)

Dentre os melhores projetos destaca-se o Plano Municipal de Segurança de


São Carlos – São Paulo; que obteve premiação da Fundação Getúlio Vagas,
conseguindo como parceiro o BNDS – Banco Nacional de Desenvolvimento social;
14

por atingir as metas estabelecidas no seu modelo de gestão e promovendo a


redução dos índices de homicídios e violência de forma geral, incluindo:

 Criação e implantação da Guarda Municipal;


 Criação dos Fundos Municipais de Segurança Pública;
 Programas de abrangência social, de complemento de renda, para as famílias
em situação de pobreza no município;
 Atenção prioritária à criança e ao adolescente;
 Municipalização da gestão do trânsito;
 Programa de recuperação de espaços públicos;
 Programa de recuperação de áreas degradadas;
 Revitalização de bairros.
 Criação e implantação dos Centros da Juventude;

 Criação da Casa Abrigo da Mulher Vítima da Violência;


 Implantação de medidas Alternativas;

(FGV-BNDES/2005)

Para os profissionais de segurança pública, livres de condicionantes


institucionais, expressarem diretamente suas opiniões sobre fatores cruciais para a
elaboração das políticas nacionais de segurança pública, se faz necessário entender
o que são estes profissionais, e de que forma eles atuam na área de segurança,
este é o maior desafio encontrado, entre a nova formação policial de nomenclatura
para as Guardas Municipais, de serem chamadas de “força policial”.

Para compreensão do tema, é importante o conceito de poder de polícia, pois


trata da atividade do Estado que consistente em limitar o exercício dos Direitos
individuais em benefício do interesse público, assim estabelecido pela Secretaria
Nacional de Segurança Pública. Para as instituições militares, tais obedecem a seu
próprio regime jurídico e de trabalho, de acordo com a hierarquia estabelecida por
essas forças de segurança. (SENASP, 1998).
15

Ocorre que em agosto de 2014, foi sancionado o Estatuto Geral das Guardas
Partindo do embasamento legal que promove a própria Constituição Federal, em
que diz que a análise e interpretação do art. 144, § 8º, em relação a atuação das
Guardas Municipais, e o seu efetivo Poder de Polícia.

“Na expectativa de contribuir com a redução da falta de segurança


que existe nos municípios, aproveitando os recursos humanos e
financeiros locais, assim proporcionando, na realidade, uma
argumentação significativa, quanto à otimização da prestação de
serviço das Guardas Municipais, diante a sociedade que necessita se
sentirem seguros. [...]”.(ADORNO, 1993. p.25).

Os gestores que se recusam em admitir que as Guardas Municipais, dentro


da sua função institucional, são organismos de segurança pública, em virtude das
restritas e errôneas interpretações, acabam, por conseguinte, contribuindo
indiretamente para com objetivos inconsequentes e errôneos, tais como:

1. Transferir a parcela de culpa pela insegurança local;


2. Negar a parcela de responsabilidade dos dirigentes municipais na área de
Gestão da Segurança Pública;
3. Motivar o uso da insegurança dos municípios como plataforma política;
4. Incentivar a ampliação do serviço paralelo de segurança, sendo uma
atividade eminentemente de natureza privada, com fins lucrativos;
5. Permitir o crescimento da criminalidade, relacionado à sensação de
impunidade do Estado, para com o infrator. (CONFLITUALIDADE E
VIOLÊNCIA, Rev.1998.p.19).

“A Segurança Pública é uma atividade exclusiva do Poder Estatal,


sendo desenvolvida pela União, Estados Membros, Distrito Federal e
também os Municípios, todos tendo o dever legal de fornecer, dentro
da sua esfera de atuação, uma prestação de serviço de excelência,
minimizando desta forma, os índices de insegurança”. (BEATO
F,1998.p.74).

CAPITULO III

FATORES DA GESTÃO PARA CARACTERIZAÇÃO - ÁREAS DE RISCO:


16

Consulta dos indicadores e de seus índices, foi feito os ajustes possíveis


para o melhoramento do projeto piloto e de seu modelo de gestão, que cabiam
fatores que antes não eram levados em consideração como das causas que levaram
ao aumento da violência, incluindo catástrofes naturais e grandes acidentes.
Situações que de alguma forma, fomentasse as atitudes dos cidadãos a pratica
delituosa ou criminosa. (MONTEIRO, 2005).

Normalmente estes fatos estão atrelados quando a violência ocorre quando,


em um acidente envolvendo caminhões a carga é saqueada; o mesmo quando em
desastres naturais ocorrem saques e até mesmo roubo “quando o individuo dispõem
de algum instrumento que provoque temor e deste use para impor sua vontade de
conquista, de usurpar o que não lhe pertence”. (CARUSO, 2005).

Também foi criado um banco de dados que pudessem cruzar informações


dentre outros municípios e assim estabelecer a metodologia melhor se encaixasse
nas informações sobre a violência no município.

Indicadores e Índices:

Redução da violência

 Fator crime (roubos, furtos e pequenos delitos):

 Combater a sensação de insegurança;


 Ampliar a articulação da Secretaria de Defesa Social com as outras
secretarias do município;
 Criar canais alternativos de participação popular na gestão da
segurança pública;
 Investir na formação e no aperfeiçoamento da Guarda Municipal;
 Incrementar o sistema de informações criminais;
 Avaliação da execução e impacto do plano;
 Investimento na criação, revitalização e melhoria de espaços públicos.

Redução da violência
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 Fator Investimento

 Formular consócios;
 Capacitação;
 Criação ou reestruturação dos conselhos municipais de segurança
pública e cidadania.

Fonte: SENASP/banco de dados - http://www.arquivonacional.gov.br

Como áreas de risco encontram-se as vias sem iluminação pública ou


precária, falta de atendimento básico (assistência social, projetos sociais), grande
circulação de pessoas, eventos, locais de catástrofes e acidentes. E que não estão
dentro das Políticas de Segurança Pública, que é a expressão referente às
atividades tipicamente policiais. “Políticas Públicas de segurança é expressão que
engloba as diversas ações, governamentais e não governamentais, que sofrem
impactos ou causam impacto no problema da criminalidade e da violência”.
(AZEVEDO, 2007).

É preciso que exista uma mesa de discussão aberta tanto nas Câmaras
Municipais, quanto na administração direta municipal como também aos Estados.
E que se intensifiquem as ações gestoras aos anseios da sociedade, no
estreitamento de informações entre gestores e cidadãos. (DIAS NETO, 2005).

A Segurança Pública é um dos grandes desafios do Brasil atualmente, que


busca um eficiente plano de Gestão, e mesmo com todas as melhorias nos
processos, tem como prerrogativa legal, a  preocupação que a população e seus
dirigentes, constituem erroneamente de que a força policial se utilize apenas do
poder ostensivo para conter uma situação de violência. Dentro do novo paradigma
do Modelo de Gestão esta se origina na confiança entre ambos na politica da
mediação do conflito.

A inadequação ou adequação do atual modelo de gestão de segurança, e que


esteja clara, e presente nos debates mais profundos acerca da formulação de
propostas e de alternativas para toda a sociedade, e que este é um novo caminho
a ser seguido, em que o cidadão vai ser conhecedor de seus Direitos, como
18

também deveres e estará apto a contribuir para a redução dos índices de


violência. (AZEVEDO, 2007).

Além da criação do RENAESP, que capacita o servidor da área policial; a


mais de uma década, ainda limita-se aos grandes municípios e capitais a solicitação
de universidades que ingressem com projetos para fomentar a capacitação dos
indivíduos que atuem na área de Segurança Pública, sendo está uma formação nas
academias de polícia.

Nesta rede estão disponíveis as monografias produzidas em ambiente virtual


“Biblioteca do Ministério da Justiça”. Que demostram os trabalhos desenvolvidos no
Brasil, sem as expectativas de redução ou aumento. Porém estes dados
encontrados são basilares aos projetos que muitas Instituições Policiais
desenvolvem.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muitas são as questões, que estão interligadas, incluindo a visão que


as polícias, para o melhor funcionamento da sociedade, devem ter um
estreitamento das relações. Que seus modelos de gestão se interliguem, nas ações
dos poderes públicos, em um sistema de bancos de dados que divulguem as boas
práticas nacionais e o bom senso. Indiquem inclusive como essas práticas devem
ser adotadas. Estimulando a cooperação e não a rivalidade das instituições de
segurança, o reforço mútuo, a integração e não a fragmentação, que  dispersa
energia, conhecimento e recursos. A Segurança Pública se desenvolve por
múltiplas extensões desde a economia, à cultura, dentre outras questões
sociais, como o racismo,  desigualdades e deficiência no acesso à cidadania plena,
que está atrelada a escolaridade, pois, segurança não é problema exclusivamente
policial ou da Justiça criminal. Isso não significa que as polícias e a estrutura
institucional da segurança pública não cumpram papel muito importante.

A Secretária Nacional de Segurança pública conta ainda com a revista de


Segurança, Justiça e Cidadania, na qual são publicadas as melhores monografias e
estudos dirigidos de Gestão da Segurança Pública.

Portanto o modo e modelo de gestão de segurança, alcançados   nas


últimas décadas, e que contribuíram na redução da desigualdade e na ampliação
das políticas sociais que  contrastam com crescentes indicadores de violência, e no
que diz respeito às políticas de segurança pública se faz realmente cada vez mais
necessário que estejam ao alcance de todos e principalmente discutidos nos
modelos de gestão de segurança pública, em qualquer esfera, municipal, estadual
ou federal.

No contexto das políticas públicas da gestão participativa, observa-se a


necessidade da participação cada vez mais da sociedade nas discussões,
sugestões e gestão da coisa pública, em especial, na área da segurança pública. Os
Conselhos Comunitários de Segurança são instituições a serem estudados sobre a
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articulação entre a sociedade civil organizada e o Estado/Polícia, na perspectiva da


prevenção da violência de forma compartilhada e responsável.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIMA, Renato Sérgio de.; DE PAULA, Liana (orgs). SEGURANÇA PÚBLICA E
VIOLÊNCIA: O Estado está cumprindo o seu papel ?. São Paulo/SP - 2006.

CANO, Ignácio. PROJETOS MUNICIPAIS DE PREVENÇÃO NO MUNICÍPIO DE


RECIFE. Em João Trajano Sento-Sé (org.). Prevenção da Violência: o papel das
cidades. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira/2005

CARUSO, Haydée.; DOS ANJOS, Verônica. Papel da Guarda Municipal na


Segurança Pública: propostas para uma guarda profissional. Viva Rio/Programa das
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Plano Municipal Integrado de Segurança Pública de São Carlos. 2005;


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DIAS NETO, Theodomiro Dias. SEGURANÇA URBANA: o modelo da nova


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MARIANO, Benedito Domingos. Por um Novo Modelo de Polícia no Brasil: a


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http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinppIII/html/Trabalhos/EixoTematicoF/dc84884
0fe04b7b65479Reginaldo.pdf.
21

MONTEIRO, Millena Fontoura. O Policiamento Comunitário como alternativa à


democratização da polícia. 2005. 250 f. Tese de Mestrado em Direito. Universidade
Candido Mendes, Rio de Janeiro.35-100p.

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