Noções de Telecomunicações - Cefc 2019

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

AUTORIDADES

Governador do Estado do Rio de Janeiro

Exmº Sr Wilson Witzel

Secretário de Estado de Polícia Militar

Exmº Sr Coronel PM Rogério Figueredo de Lacerda

Subsecretário de Estado de Polícia Militar

Ilmº Sr Coronel PM Márcio Pereira Basílio

Diretor-Geral de Ensino e Instrução

Ilmº Sr Coronel PM Rogério Quemento Lobasso

Comandante do CFAP 31 de Voluntários

Ilmº Sr Tenente-Coronel PM Marcelo Andre Teixeira da Silva

Comandante do Centro de Educação a Distância da Polícia Militar

Ilmº Sr Tenente-Coronel PM Alexandra Ferraz de Oliveira

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

APRESENTAÇÃO

Estamos vivendo a era da tecnologia, na qual a informação está cada dia


mais latente e veloz em nossa rotina diária.
Este curso tem por objetivo , formar e especializar os Cabos da Polícia Militar
do Estado do Rio de Janeiro. Para tal, o Curso ocorrerá na modalidade semipresencial,
pois as disciplinas ocorrerão na modalidade EaD no ambiente virtual de aprendizagem,
por intermédio da Escola Virtual, no Centro de Educação a Distância Cel Carlos Magno
Nazaré Cerqueira (CEADPM) e as avaliações de forma presencial no Centro de
Formação e Aperfeiçoamento de Praças ( CFAP 31 Vol.).
É fundamental o seu empenho no curso, pois você terá na parte EaD
autonomia de estudos e de horários, mas também é necessário disciplina e dedicação
para o êxito dessa jornada, pois alcançar o sucesso depende do esforço coletivo e
também individual, objetivando que nossos policiais sejam cada vez mais qualificados,
bem treinados e especializados, para cumprirmos nossa missão, buscando cada vez
mais a excelência de nossas ações.
O bom treinamento envolve aspectos físicos e cognitivos, na era da
informação e da tecnologia, precisamos nos aprimorar cada vez mais a fim de garantir
uma tropa consciente, respeitosa, pautada em valores morais e institucionais,
garantindo assim o cumprimento de suas funções com dignidade e excelência.
Esperamos que você aproveite ao máximo os conhecimentos adquiridos
através deste curso e busque uma reflexão acerca de suas funções perante a sociedade
e seus companheiros de profissão. Que seja um momento de repensar as práticas e
fortalecer seu vínculo profissional, ampliando cada vez mais seus conhecimentos para
lidar com as particularidades de ser um Policial Militar no Estado do Rio de Janeiro.

Desejamos a todos bons estudos!

Rogério Quemento Lobasso – Coronel PM


Diretor-Geral de Ensino e Instrução

Marcelo André Teixeira da Silva –Ten Cel PM


Comandante do CFAP

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Desenvolvedores
Supervisão Geral EAD
CAP PM Ped Vania Pereira Matos da Silva

Equipe Técnica
SUBTEN PM Wilian Jardim de Souza
3º SGT PM Marco Antônio José Ribeiro Júnior

Conteudista
1º TEN PM Bruno dos Anjos Gomes
SUBTEN RR João Carlos Fernandes
Exercícios
CAP PM PED Patrícia Kalife
SGT PM Elaine Xavier de Oliveira Alves de Lima
CB PM Juliana Pereira de Carvalho
Revisor Ortográfico
CAP PM Ped. Patrícia Kalife
2º SGT PM Elaine Xavier de Oliveira Alves de Lima
CB PM Juliana Pereira de Carvalho
Diagramação
2º SGT PM Wallace Reis Fernandes
3º SGT PM Ronie Camargo dos Santos
CB PM Michele Pereira da Silva de Oliveira
CB PM Alecsara Tognoc da Costa Abreu
CB PM Thiago Silva Amaral
Diagramação Interativa
2º SGT PM Wallace Reis Fernandes
SD PM Leonardo da Silva Ramos
Design Instrucional
CAP PM Ped Vania Pereira Matos da Silva
CB PM Michele Pereira da Silva de Oliveira
Vídeo e Animação
CB PM Joyce Gaspar de Almeida
Designer Gráfico
2º SGT PM Wallace Reis Fernandes
SD PM Leonardo da Silva Ramos
Suporte ao aluno
2º SGT PM Anderson Inacio de Oliveira
2º SGT PM Wallace Reis Fernandes

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................6
CONCEITOS BÁSICOS ............................................................7
MEIOS AUXILIARES NA TRANSMISSÃO DE MENSAGENS .....21
PALAVRAS E EXPRESSÕES CONVENCIONAIS .......................22
ALFABETO FONÉTICO ..........................................................24
É ERRADO ...........................................................................25
PREFIXOS ...........................................................................31
PREFIXOS FUNCIONAIS PERMANENTES ..............................32
PREFIXOS INSTITUCIONAIS PERMANENTES .......................33
A MENSAGEM ......................................................................34
CHAMADAS..........................................................................36
EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÕES UTILIZADOS PELA
PMERJ E SEUS COMPONENTES ............................................40
CONCLUSÃO ........................................................................42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................43

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

INTRODUÇÃO

Caro Cabo da Polícia Militar

Você saberia dizer qual a


importância das comunicações nas
operações policiais militares?

As comunicações são de extrema importância para as operações


policiais militares, pois essas operações exigem uma elevada
capacidade de planejamento, comando e controle. Por ela que o
comando da Unidade e da força militar tem ciência dos acontecimentos
e que se pode montar estratégias diferentes das planejadas ou mantê-
las. As comunicações mantêm o sigilo das informações, por isso devem
ser de grande confiabilidade e ter grande capacidade de tráfego, e por
ela pode se dar novas ordens de acordo com as informações
repassadas. Sem comunicações não há contato com o comando nas
operações.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

CONCEITOS BÁSICOS

Ao final desta aula você deverá conhecer os conceitos básicos


das comunicações operacionais da PMERJ, tais como equipamentos
utilizados pela PMERJ, Alfabeto fonético e expressões essenciais para
operações de comunicações.

O que são comunicações?

As comunicações compreendem o conjunto de meios destinados a


estabelecer as ligações
entre os diversos
escalões, com a finalidade
de apoiar o exercício do
comando e controle. As
comunicações são o elo
entre o comandante e sua
tropa desdobrada no
terreno, levando a presença desse comandante a todos os lugares.

Histórico
O homem, organizado primitivamente em pequenas tribos,
comunicava-se apenas por gestos. Posteriormente, dominou a arte de
emitir sons articulados e falar.
Nessa sociedade pequena, a palavra em si era um meio eficaz de
comunicação; entretanto, a sociedade cresceu e a palavra, mesmo
gritada, já não era suficiente para atender às necessidades de
comunicações.
Não se sabe ao certo qual foi o primeiro instrumento usado pelo
homem para transmitir sua mensagem. Provavelmente, foi através de
conchas, chifres, tambores etc.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Milhares de anos se passaram e o domínio dos fenômenos


eletromagnéticos possibilitou que o homem comunicasse a longas
distâncias.
Durante o século XVIII, os fenômenos elétricos e magnéticos
foram alvos de várias experiências.

Em 1837, SAMUEL MORSE


inventou o manipulador de telegrafia,
sendo este o primeiro Sistema de
Telecomunicações para auxílio do
tráfego ferroviário, e criou também o
código que levou o seu nome
(CódigoMorse).

Em 1844, foi inaugurada a


primeira linha telegráfica nos Estados
Unidos. Oito anos após, em 1852,
inaugurou-se no Brasil a primeira linha
telegráfica para transmissão em
Morse.

Em 1877 ALEXANDER GRAHAM BELL patenteou o invento do


telefone que apenas falava de um ponto ao outro, sem retorno.
MACEVOY e PRITCHETT aperfeiçoaram este aparelho e
inventaram o telefone transmissor e receptor.
Em 1893, o Pe. ROBERTO LANDELL DE MOURA conseguiu
transmitir sinais a uma distância de 8Km, entre a Av. Paulista e o Alto
de Santana, em São Paulo num sistema de telegrafia sem fio, porém
quem patenteou o invento do rádio dois anos após foi: GUGLIELMO
MARCONI.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

A aplicação do rádio à
telefonia e a telegrafia
aumentaram enormemente os
seus raios de ação de tal modo que
em 1930 eram possíveis ligações
internacionais.
A última grande guerra impulsionou as técnicas de
telecomunicações possibilitando os nossos modernos sistemas,
agigantados pela corrida espacial.
O setor de comunicações inclui o rádio, telefone, a telegrafia, o telex,
a transmissão de dados de imagem, fac-símile, TV, vídeo texto, a radio
fusão, a comunicação via satélite, a televisão por cabo (CATV) eas
múltiplas formas de radiocomunicação (faixa cidadão, rádio amador),
vídeo fone etc.
E 1969, o povo brasileiro assistiu
à chegada de ARMSTRONG à Lua,
com imagens transmitidas pelo
INTELSAT III e captadas pela estação
terrestre de TANGUÁ, da EMBRATEL.

Em 1972, surgiu a televisão em cores pelo sistema PAL-M.


Atualmente o sistema mais moderno de comunicação é a INTERNET,
associada a Microsoft, criada por BILL GATES, (Microsoft). É uma rede
de computadores criada na década de 60, visando manter o sistema
de Computadores dos EUA funcionando em caso de uma guerra
nuclear, visto que não havia um computador central, mas uma rede de
inúmeros computadores interligados. Posteriormente, as grandes
universidades americanas começaram a ver o potencial dessa rede, e
começaram a se interligar, e a rede recebeu o nome de ARPANET, daí
até hoje, iniciou-se uma expansão que não para de crescer.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Elementos da Comunicação

Emissor ou destinador: alguém que emite a mensagem. Pode ser


uma pessoa, um grupo, uma empresa, uma instituição.

Receptor ou destinatário: a quem se destina a mensagem. Pode ser


uma pessoa, um grupo ou mesmo um animal, como um cão, por
exemplo.

Código: É a maneira pela qual a mensagem se organiza. O código é


formado por um conjunto de sinais, organizados de acordo com
determinadas regras, em que cada um dos elementos tem significado
em relação com os demais. Pode ser a língua, oral ou escrita, gestos,
código Morse, sons etc. O código deve ser de conhecimento de ambos
os envolvidos: emissor e destinatário.

Canal de comunicação: É o meio concreto pelo qual a mensagem é


transmitida: voz, livro, revista, emissora de TV, jornal, Canal de rádio,
computador etc;

Mensagem: é o objeto da comunicação, é constituída pelo conteúdo


das informações transmitidas.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Veja os dois textos a seguir:

Texto A Texto B

Caro Jorge, Amanhã não


poderei ir à aula. Por
favor, avise o professor
que entregarei o trabalho
na semana que vem.
Joaquim

Nos dois exemplos de comunicação, podemos perceber que uma


pessoa (o emissor) escreveu alguma coisa a outra ou outras (o
destinatário), dando uma informação (a mensagem). Para isso
precisou de papel ou da tela do computador, transformou o que tinha
a dizer em um código, (a língua - no texto A, a língua portuguesa; no
texto B, a língua russa). Além disso, o emissor precisou selecionar um
conjunto de vocábulos (ou de sinais) no código que escolheu.

Conceitos de Telecomunicações

DEFINIÇÃO

Comunicações à distância utilizando tecnologias elétrica e


eletrônica, através de meios eletromagnéticos (inclusive ópticos)
EXEMPLOS:

 Telegrafia;
 Telefonia;
 Televisão;
 Teleprocessamento;
 Paging;

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

 Radio navegação;
 Rádio AM/FM;
 Telemetria.

CONCEITOS DE TELECOMUNICAÇÕES

Elementos do Processo das Telecomunicações

 Transmissor (Tx) – Equipamento ou parte do equipamento que


se destina a transmitir sinais telefônicos, radiofônicos ou
televisuais. Componente do transceptor gerador da RF (= Onda
Portadora) que será transmitida.

 Mensagem / Informação –
Comunicação, notícia ou recardo verbal.
Conjunto de símbolos, caracteres,
sinais, imagens, sons, escritos ou tudo
aquilo que desejamos transmitir de um
ponto a outro.

 Transdutor – Componente do transceptor que transforma um


determinado tipo de energia em outra. Ex: O microfone - recebe
energia sonora e a transforma em elétrica.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

 Canal - É a via entre o transmissor e o receptor. Ex.: Atmosfera.


 Receptor (Rx) – Componente do Transceptor que recebe a
energia enviada pelo Tx.
 Ruído – Qualquer elemento NEGATIVO do processo que
atrapalhe ou impeça a comunicação. Ex.: defeito no rádio,
barulho próximo.

COMUNICAÇÃO UNIDIRECIONAL

 O modelo básico de sistema é essencialmente


unidirecional;

COMUNICAÇÃO BIDIRECIONAL

 Na maior parte das aplicações


práticas interessa a comunicação nos
dois sentidos.
Ex.: Conversação telefônica.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Envio de informação com confirmação de recepção.

Conceitos Básicos

Agora que você já tem algumas noções de


telecomunicações. Vamos aos conceitos básicos?

O transceptor

O transceptor é o engenho
eletrônico capaz de transmitir e
receber sinais de radiofrequência
necessários às comunicações-
rádio, para a transmissão de
mensagens por voz. É o
equipamento transmissor-
receptor (TxRx), aquilo que no linguajar cotidiano acostumou-se
chamar de “rádio”, propriamente dito.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

A antena

Através da antena são irradiados ou recebidos


os sinais de radiofrequência.

O microfone

O microfone capta os sons ambientes e de voz, que são enviados


ao transmissor, para sua irradiação a outras estações. Ele possui
dispositivo alternador (botão ou tecla), para ora permitir e ora não, a
entrada desses sons no interior do equipamento; é o denominado
“PTT”.
Através desse processo é que a conversação pode ser
entabulada; vez que, utilizando-o, o operador, em um determinado
momento, fala; e, noutro, ouve o que o seu interlocutor tem a dizer.

Fonte de alimentação

A fonte de alimentação fornece


energia para o funcionamento do
transceptor fixo, mediante
transformação da voltagem comercial
de 110/220VAC para aquela requerida
pelo equipamento, normalmente 12
VDC. Ela pode, também, manter a
carga de uma bateria, cuja função seja alimentar o equipamento no
caso de falta da energia comercial.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

O alto-falante

O alto-falante transforma os impulsos elétricos


que chegam ao receptor em sinais sonoros,
normalmente, de voz; a fim de que o operador
possa ouvir as mensagens transmitidas por
outras estações.

Tipos de Equipamentos

Os equipamentos-rádio em uso nos diversos órgãos estaduais


são de marcas e modelos diferentes; mas, de uma forma geral, em
função do emprego, eles podem ser distinguidos basicamente em três
tipos: fixo, móvel; e, portátil.

FIXO - É o equipamento destinado a ser usado em imóvel, ligado à


fonte de alimentação própria.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

MÓVEL- É o equipamento destinado a ser usado em veículo


automotor, alimentado pelo sistema elétrico do próprio veículo em que
for instalado; normalmente, automóvel, motocicleta, aeronave,
embarcação e congêneres.

PORTÁTIL - É equipamento, de tamanho e peso reduzido, de porte


individual, alimentado por fonte própria de energia,
normalmente através de bateria recarregável.

É estação dotada de grande mobilidade,


transportada individualmente pelo próprio operador
durante o serviço, para qualquer lugar onde desse
equipamento possa necessitar (neste ponto, devem
ser observadas as limitações de ordem técnica ao
seu uso). Para recarregar a bateria é utilizado
carregador próprio, ligado à energia comercial de
110/220 Vac.

O Operador

Na comunicação-rádio é o operador, por sua voz, que empresta


expressão e significância às
chamadas e à transmissão das
mensagens. Por isso mesmo, sobre
ele debruça-se a responsabilidade
de sua correta condução e a estrita
obediência aos seus princípios
básicos.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Deveres do Operador

O operador, como elemento ativo da


comunicação, tem seus deveres bipartidos, ora em
relação à própria comunicação-rádio, ora em relação
ao equipamento-rádio que a viabiliza.

Deveres em relação à comunicação-rádio

A esse respeito podem, objetivamente, ser elencados como


deveres do operador, os seguintes:

 Certificar-se de que a estação está sintonizada no canal/grupo


adequado;

 Pensar no que vai falar ou efetuar


a leitura prévia da mensagem a
ser ditada, antes de iniciar a
comunicação-rádio;
 Usar linguagem limpa e
clara, sempre em tom
moderado e cadenciado;
especialmente, quando
houver necessidade de
registro escrito por parte
de quem irá receber a mensagem; mormente, no caso de
operadores de estações móveis;
 Manter-se no local onde se encontrar o equipamento-rádio,
atento às chamadas e aos acontecimentos na rede;
 Atender prontamente às chamadas dirigidas ao prefixo da
estação que estiver operando;

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

 Evitar o desperdício de tempo na transmissão de mensagens,


especialmente com aquelas demasiadas e
desnecessariamente longas;
 Zelar pela ética:
a) Não transmitindo a pessoas estranhas ao serviço
informações que obtiver em
decorrência da função de operador;
b) Não utilizar-se do meio para outro fim
não autorizado, como o
extravasamento de insatisfações de
quaisquer natureza, jocosidades,
obscenidades, incitamentos, etc...
c) Buscar constantemente aperfeiçoar seus conhecimentos
gerais em relação à operação do equipamento;
d) Empregar corretamente os meios auxiliares da transmissão
de mensagens;
e) Não utilizar o equipamento-rádio para transmitir
mensagens de caráter particular.

 Observar as técnicas operacionais de:

a) aguardar que a rede esteja livre, para iniciar uma


transmissão; salvo nos casos de imperiosa necessidade, em
que haja, principalmente, perigo atual ou iminente à
segurança de pessoas; devendo, nesse caso, haver um
pedido de “prioridade”;

b) no caso de mensagens,
necessariamente longas,
transmiti-las em trechos,
intercalados por um “QSL”, do
Código “Q” (“entendido? ”);

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

c) falar ao microfone do equipamento, a uma distância


aproximada entre 05 e 10 centímetros, durante a
comunicação-rádio;
d) realizar teste de funcionamento do equipamento com a
estação principal da rede, sempre que assumir o seu controle
e quando observar que a rede emudeceu-se por períodos
demasiadamente longos e/ou anormais;
e) manter a estação sintonizada no canal de operação
próprio;
f) enunciar a palavra “câmbio”, sempre que terminar uma
locução e desejar ceder a vez da fala ao seu interlocutor; ou,
simplesmente, terminar a transmissão de uma mensagem.

Em relação ao equipamento-rádio, deve o operador:

 Zelar por sua integridade, protegendo-o contra os elementos


que possam lhe causar dano, como umidade, calor e poeira
excessiva, queda; e, ainda, das tentativas não autorizadas de
repará-lo;

 Conhecer e aprimorar seus


conhecimentos em relação ao correto
manuseio de seus controles; bem como
ao seu emprego adequado e pleno;

 Comunicar, imediatamente, a quem de direito, acerca das panes


que detectar no equipamento-rádio e/ou no sistema, e, ainda,
sobre as interferências percebidas.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

IMPORTANTE: Nos casos de baixa da viatura


com rádio ou, transporte, remanejamento e
manutenção de equipamentos no DETEL ou
empresas privadas, deve - se observar as
normas e publicações expedidas pelo CCI
e/ou orientações do oficial de comunicações da UOP.

O extravio do equipamento de
comunicações deverá ser apurado através de
Inquérito Policial Militar, pois, trata-se de
Material Bélico. E, danos causados ao
equipamento de Comunicações, deverão ser
abertos Inquérito Técnico.

MEIOS AUXILIARES NA TRANSMISSÃO DE MENSAGENS

AO FINAL DESTA AULA, VOCÊ DEVERÁ:

 Utilizar os códigos internacionais empregados na


Corporação bem como o vocabulário padrão utilizado nas
rádios comunicações da Policia Militar.

Meios Auxiliares

Dentre os meios considerados auxiliares da transmissão da


mensagem, destacam-se:

 As palavras e expressões convencionais;


 O alfabeto fonético internacional;
 Os algarismos fonéticos; e,
 O “Código Q”.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

PALAVRAS E EXPRESSÕES CONVENCIONAIS

São palavras-chaves, com significado particularmente atribuído;


que a exemplo de qualquer outra codificação utilizada oficialmente,
devem ser de pleno conhecimento dos operadores, como meio
facilitador e produzir maior agilidade na comunicação. Por outro lado,
seu emprego visa, ainda, padronizar as conversações.

Segue-se um extrato daquelas recomendadas aos operadores de


radiofonia:

 ACUSE
“diga-me se entendeu ou recebeu esta mensagem”.
 AGUARDE
“espere, mantenha-se na escuta”.
 CÂMBIO
“terminei” (convite à resposta).
 CIENTE
“recebi sua mensagem”.
 CONFIRME
“repita a mensagem transmitida” (solicitado por quem está
recebendo a msg).
 CONSIGNE
“registre”, “anote para controle”.
 CORREÇÃO
“houve erro nesta transmissão”.
 CORRETO
“está certo”.
 NEGATIVO
“não”, “não está correto”, “não está autorizado”.
 POSITIVO
“sim”, “autorizado”, “afirmativo”.
 PRIORIDADE

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

“emergência”, “preciso transmitir com urgência”


 PROCEDA
“autorizo”, “pode prosseguir”.
 PROSSIGA
“adiante com sua mensagem”.
 REPETINDO
“vou repetir toda a mensagem”.
 SEPARA
“dê espaço” (no soletramento pelo
Alfabeto Fonético:... para receber o que for
transmitido logo após).
 SOLETRANDO
“vou soletrar a palavra seguinte com o Alfabeto Fonético”.
 TERMINADO
“acabado”, “fim” (para indicar o término de soletramento pelo
alfabeto Fonético).
 VERIFIQUE
“sua mensagem não está clara; verifique se está correta”.

Alfabeto e Algarismos Fonéticos

Vamos aprender o alfabeto fonético?

O Alfabeto Fonético, como meio auxiliar da transmissão, tem


aplicação quando há necessidade de soletrar palavras ou outro
conjunto de letras, na dificuldade de sua compreensão, como ocorre
no caso de mensagens transmitidas em meio a péssimas condições de
comunicação; ou, mesmo na transmissão de palavras incomuns ou
estrangeiras; ou de grafia diferente da normal.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

O seu uso, como padrão, evita a criação e a citação


indiscriminada de palavras diversas pelos operadores, para indicar uma
mesma letra; como, poderia indevidamente ocorrer em relação à
“cavalo” para representá-lo o “C”; “dado” para o “D” e outros ...

Mas o seu principal papel está no auxílio da correta compreensão


da mensagem, de modo a que não fique nenhuma dúvida quanto ao
seu conteúdo e a grafia das palavras que a compõem.

ALFABETO FONÉTICO

LETRA PALAVRA PRONÚNCIA


A ALFA AL FA
B BRAVO BRAVO
C CHARLIE CHAR LIE
D DELTA DEL TA
E ECHO É CHO
F FOX TROT FOX TROT
G GOLF GOLF
H HOTEL HOTEL
I INDIA ÍNDIA
J JULIET DJULIET
K KILO QUI LO
L LIMA LIMA
M MAIKE MAI QUE
N NOVEMBER NOVEMBER
O OSCAR ÓSCAR
P PAPA PAPÁ
Q QUEBEC QUEBEC
R ROMEU RÔMEU
S SIERRA SIÉRRA

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

T TANGO TANGO
U UNIFORM UNIFORM
V VICTOR VICTOR
W WHISKEY UÍS QUE
X X-RAY XI-RAI ou ECS-REI
Y YANKEE IAN QUE
Z ZULU ZULU

Para iniciar o Alfabeto Fonético Internacional basta enunciar a


palavra “SOLETRANDO”, antes da palavra ou sequência a ser
transmitida. Se for realizar a enunciação de várias palavras deve-se
pronunciar a palavra convencional “SEPARA”, para indicar o seu
término e o início de outra palavra; ou, “TERMINADO”, para indicar o
término da transmissão.

É ERRADO

Usar o alfabeto fonético para soletrar siglas, abreviaturas ou


palavras que sejam plenamente conhecidas, como nas transmissões
de abreviaturas de postos ou graduações dos militares, cargos ou
funções; ou, ainda, palavras em que não haja possibilidade de que
sejam confundidas por sua pronúncia ou correta grafia.

A única exceção é com relação à transmissão de placa de veículo,


cuja “alfa” deve ser sempre soletrada utilizando-se o alfabeto fonético;
mesmo que as letras, por sua sonoridade, façam supor que não haverá
qualquer dificuldade de compreensão para quem irá receber a
mensagem.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Algarismos Fonéticos

NÚMERO PALAVRA
1 UNO
2 DOIS

3 TRÊS
4 QUATRO
5 CINCO
6 MEIA
7 SETE
8 OITO
9 NOVE
0 ZERO
. PONTO
, VIRGULA

Os números serão sempre pronunciados algarismo por


algarismo; e formados pelos conjuntos desses.

Dessa forma, o número 10 (dez) deverá ser enunciado “uno,


zero”; o 43, como “quatro, três”; o 16, como “uno, meia”, etc.
Os sinais gráficos, tais como ponto ou vírgula, deverão ser enunciados
de acordo com seus próprios nomes, como por exemplo, no número:
410.286 = “quatro uno zero PONTO dois oito meia”; ou, ainda, o
número 9,31= ”nove VÍRGULA três uno”.

Na sequência de algarismos idênticos em um mesmo número,


temos como norma a pronunciadas palavras “DUPLO” ou “TRIPLO”.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Se o número de algarismos repetidos em sequência for superior


a três, deverá ser empregada a combinação dessas palavras entre si
(duplo-triplo, triplo-triplo); ou, do nome do próprio algarismo seguido
da palavra “TRIPLO”.

Código Q
O Código Internacional Q, abreviamento – Código Q – é utilizado
nas transmissões militares com a finalidade de simplificar as
comunicações, dando-lhe maior rapidez na exploração, pela
substituição de palavras, frases ou informações por um conjunto de
três letras, seguidas ou não de algarismos, das quais a inicial é a letra
Q. O código Q é internacional e foi aprovado em 21 de dezembro de
1959, em Genebra, na convenção Internacional de Telecomunicações,

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

da qual o Brasil é um dos países signatários, entrando em vigor a 1º


de maio de 1961.

O Código Q compreende os grupos QAA a QZZ, distribuídos em


4 séries:

QAA – QNZ QOA – QZZ QRA – QVZ QVZ – QZZ


Serviço Geral
(União
Serviço Serviço Não
Internacional de
Aeronáutico Marítimo distribuída
Telecomunicações
- UIT)

A série Serviço Geral será utilizada nas comunicações entre


estações civis, entre estações militares ou entre uma ou outra.

Qualquer nação, serviço


ou comando, pode proibir ou
restringir o emprego dos sinais
do Código Q em áreas sob sua
jurisdição.

Para fins militares os sinais do Código Q poderão ser utilizados


juntamente com os sinais do Código Z.

Os sinais Q não tem caráter sigiloso. São considerados sempre


como linguagem clara ou corrente.

O Código “Q” não está mais comumente utilizado na PMERJ,


porém conforme publicado no Art 8º do M10 da PMERJ.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Código Forma interrogativa Forma Afirmativa


QAP Está na Escuta? Estou na Escuta.
O prefixo da minha
Qual o prefixo da sua estação
QRA estação é...., ou meu
ou quem está operando?
nome é.…
QRE Qual a hora da chegada em… A hora da chegada é
QRF Está regressando a ...? Estou regressando a....
QRG Qual o canal de operação? O canal é.…
Qual a clareza e intensidade A clareza e intensidade
QRK
dos sinais recebidos? dos sinais recebidos e ...
QRL Está ocupado? Estou ocupado
Estou sofrendo
QRM Está sofrendo interferência?
interferência.
Desligo equipamento? (Cesso
QRT Desligo equipamento
a transmissão?
Alguma mensagem para Tenho uma mensagem
QRU
mim? para você
Preparado para receber a Estou preparado para
QRV
mensagem? receber a mensagem
Qual o próximo horário para Horário para
QRX
comunicação? comunicação será...
Quem chama é (prefixo)
QRZ Quem chama (prefixo)?
...
Qual o valor em dinheiro, taxa O valor em dinheiro,
QSJ
de pagamento? taxa, pagamento é …
QSL Ciente da mensagem? Ciente, entendido.
Comunique-se
Posso comunicar-me
QSO diretamente com
diretamente com (prefixo)?
(prefixo)

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Posso retransmitir sua Retransmita minha msg


QSP mensagem para (prefixo). p/ (prefixo). Ponte
Posso fazer a ponte? autorizada.
QSQ Há médico a bordo? Há médico a bordo.
Devo fazer uma contagem Faça contagem até...
QSV
até... p/ teste? para teste
QRF Devo transmitir no canal...? Transmita no canal...
Devo transmitir a mensagem
Transmissão a
QSZ em trechos? (Transmissão
mensagem em trechos.
pausada)
QTA Devo anular mensagem? Anule mensagem...
QTH Qual sua localização? Minha localização é.…
Qual o seu itinerário ou Meu itinerário ou roteiro
QTI
roteiro? é…
O horário de saída de
QTN Qual o horário de saída de ...?
…é....
QTR Qual a hora certa? A hora certa é....
Recebeu mensagem de Recebi mensagem de
QUF
emergência de prefixo...? emerg. de prefixo.
Os sobreviventes foram Os sobreviventes foram
QUR
encontrados? encontrados.
Avistou sobreviventes ou Avisei sobreviventes, ou
QUS
destroços? avisei destroços.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

PREFIXOS

AO FINAL DESTA AULA, VOCÊ DEVERÁ:

Identificar os prefixos de chamadas das estações de rádio e

Reconhecer os prefixos de chamada das principais autoridades.

Prefixos

É o conjunto de caracteres atribuídos à estação e/ou ao cargo da


estrutura organizacional ou função, para sua identificação nas
comunicações-rádio. Os prefixos são classificados quanto a sua
titularidade e duração.

Quanto a sua titularidade, os prefixos podem ser:

 Prefixos funcionais

São deste modo classificados aqueles prefixos formados para


identificar os dirigentes de diversos níveis de órgãos-usuários do
Sistema Integrado de Radiocomunicação em função, exclusivamente,
dos cargos ou funções exercidas.

 Prefixos institucionais

São assim denominados aqueles prefixos formados para facilitar


a identificação de entes envolvidos com a destinação institucional do
órgão considerado; e, não classificados como “funcionais”.

Quanto ao caráter de sua duração, os prefixos podem ser


classificados como:

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

 Prefixos permanentes

É o prefixo criado para utilização por períodos de tempo


prolongados e indeterminados.

 Prefixos temporários

É o prefixo criado para atender a situações eventuais e/ou de


duração determinada.

PREFIXOS FUNCIONAIS PERMANENTES

Rede Marfim

Foi criada para a identificação funcional dos Comandantes de


Segmento Administrativo: Comando Geral, Chefia do Estado-Maior,
Comandos intermediários e órgãos de Direção Geral.

Rede Mike
Foi criada para a identificação
funcional dos Comandantes de
Segmento Operacionais: Comando de
Unidades Operacionais. A estrutura
básica MIKE utiliza-se de
complementos numéricos, assim
reservados:

 de 01 a 50, para os Comandantes de Batalhões de Polícia Militar


(BPM);

 de 51 a 69, para os Comandantes de Companhias Independentes


de Polícia Militar (CIPM);

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

 de 70 a 99, para os Comandantes de Batalhões Especializados,


como o (71, para o BPCHoq; o 83, para o BPRv; o 84, para o
BPFMA, etc...);

CONSIDERAÇÕES: Em caso de prefixos subordinados, far-se-ia da


seguinte forma:

Ex1: Scmt do 1º BPM = MIKE UNO + a letra ”P” seguido do


algarismo “Zero”, o que se pronunciaria: “MIKE UNO PÊ
ZERO”;

Ex2: Chefe da P/1 do 1º BPM = MIKE UNO + letra “P”


seguido do algarismo “Um”, o que se pronunciaria: “MIKE
UNO PÊ UNO” e assim por adiante.

PREFIXOS INSTITUCIONAIS PERMANENTES

São as seguintes:

“Maré” (Centros e Salas de Operações),


“Posto” (posto de policiamento rodoviário), ambos
referentes a estações fixas; e, “RP” (rádio-
patrulha), “APTran” (auto patrulha de trânsito),
“MPTran” (moto-patrulha de trânsito), “PATAMO”
(patrulhamento tático motorizado), “PAMESP”
(patrulhamento móvel especial), “Autochoque”
(viatura de condução de tropa de choque), “PR”
(patrulha rodoviária), “VTR” (demais viaturas não operacionais) ”,
referentes a estações móveis.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Outras podem ser-lhe reservadas, como: “Cia”, “DPO”, “Pel”,


“Cabina”, “PPC”; e, mais ainda, como “marfim” e “mike.

Rede Maré
Esta rede, já conhecida da Corporação e
pertencente ao cotidiano do universo
operacional, foi criada e será utilizada para a
identificação operacional dos Órgãos de
Execução (Comandos Intermediários e UOp/E,
bem como suas frações destacadas e
Grupamentos Especiais), possuidores de
COPOM/COp/S Op/S Com.

A MENSAGEM

AO FINAL DESTA AULA, VOCÊ DEVERÁ:

Entender que na elaboração de uma mensagem (msg) devem ser levados em conta
alguns princípios básicos, como: clareza ou da transparência; precisão ou da
objetividade; e, concisão ou da economicidade.

Clareza ou da Transparência

Por princípio da clareza ou da transparência, entende-se que o


texto da mensagem deva ser de fácil
entendimento para aquele que a irá
receber, sendo dispensáveis as
demonstrações de eruditismo, de
conhecimento da língua falada ou da
matéria tratada, demonstrados pelo
emprego de palavras ou expressões
pouco usuais ou complicadas.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Precisão ou da Objetividade

Por precisão ou da objetividade,


como princípio, entende-se que o
assunto a ser tratado deva ser
abordado de maneira direta, sem
rodeios ou desnecessárias introduções
ou prefácios.

Concisão ou da Economicidade

Por princípio da concisão ou da economicidade, entende-se que,


nas comunicações-rádio, sem prejuízo da clareza, a mensagem deva
ser curta; evitando-se o aumento desnecessário do número de
palavras para transmiti-la.

Qualquer palavra, mesmo padronizada, que não acrescente


conteúdo a mensagem deve ser abolida, bem como os vícios de
repetição de palavras, tais como: "...positivo, positivo ...", "em
colaboração...", "companheiro...", "... nobre companheiro ..."; e,
ainda, palavras de agradecimento, de despedida, de felicitações, etc.
Todas essas são de utilização não recomendada nas comunicações via
rádio.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

CHAMADAS

Vamos estudar os principais tipos de chamadas?

AO FINAL DESTA AULA, VOCÊ DEVERÁ:


 Conhecer os principais tipos de chamadas que podem ser feitas nas
comunicações das salas de operações com seus prefixos.

Denomina-se “chamada” ao contato entre duas ou mais


estações, através de seus prefixos, visando iniciar a transmissão de
uma mensagem.

A chamada, de uma forma geral, resume-se em um apelo a


estação, com a qual se deseja falar; com a espera da consequente
resposta do operador do prefixo chamado.

Em função da quantidade de estações envolvidas, as chamadas


poderão ser de quatro tipos, a saber: chamada simples, chamada
múltipla, chamada geral e chamadas em broadcasting.

A primeira delas é de uso geral; e, as demais de uso próprio dos


Centros de Operações ou equivalentes.

Chamada Simples

Como o próprio nome


sugere a chamada simples é
aquela em que apenas duas
estações estão envolvidas. É a
chamada mais comum,
ordinariamente realizada por
operadores de todas as
estações.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Exemplo clássico desse tipo de chamada é o contato entre uma


estação qualquer com o seu Centro de Operações; e, vice-versa.

Chamada: “ATENÇÃO, TODOS OS PREFIXOS, (prefixo que


chama), EM CHAMADA GERAL, (palavra de ordem) (mensagem);
REPETINDO ” Neste padrão a palavra de ordem, normalmente, é
“anotem” (3ª pessoa do plural do verbo anotar). Quando o
conhecimento da mensagem transmitida for fundamental para os
procedimentos de cada estação, caberá ao Centro cobrar “ciência”
daqueles envolvidos mais diretamente, sem o que a missão poderá
fracassar vez que sempre haverá a possibilidade de falhas técnicas ou
de falta de atenção dos operadores; e, o silêncio na resposta nem
sempre indicará que todas as estações entenderam ou ouviram a
mensagem.

Chamada Múltipla

Denomina-se chamada múltipla aquela na qual uma estação


busca estabelecer contato simultâneo com duas ou mais estações. É o
tipo de chamada adotada a partir de um Centro de Operações para os
seus controlados.

Nesse tipo, para evitar conflito na comunicação, é


importante que os prefixos
procurem responder a
chamada na mesma ordem
sequencial enunciada pelo
Centro de Operações.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Chamada Geral

Chamada geral é a denominação dada ao contato simultâneo de


uma estação com todas as outras de um mesmo canal ou rede, para a
transmissão de mensagens de interesse de todos.

A chamada geral, a exemplo da chamada múltipla, é sempre


originada pelo Centro de Operações da rede. Nesse caso, não é
necessário que as estações sejam chamadas, uma a uma, através de
seus prefixos; bastando que o operador do Centro informe o padrão
"geral". Também, não é necessária a resposta inicial por parte das
estações. Para esse tipo, deve-se utilizar o padrão de chamada
seguinte, que deverá ser repetida, seguidamente, por pelo menos duas
vezes:

Chamada Broadcasting

Este tipo de chamada assemelha-se à chamada geral em termos


e padrão, com a diferença de ser feita em mais de uma rede
simultaneamente. Essa
chamada depende de
equipamento especial
existente somente no novo
sistema de
telecomunicações, sob
controle de um supervisor;
que, havendo necessidade, busca para si a transmissão de mensagens
(MSN) que deva (m) ser ouvida (s) por quantas redes julgue
necessárias. Nesse caso, os operadores das respectivas redes são
afastados da transmissão regular, devendo manter-se atentos tanto a
transmissão, quanto às providências imediatas que dela (s) advierem;
visto que, cessada a necessidade da chamada em broadcasting,
retornarão as atividades a sua forma normal.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Chamada de Teste de Equipamento

Trata-se de uma chamada


simples com o objetivo de saber se o
equipamento está realmente
funcionando bem. Realiza-se
mediante o seguinte padrão:

Chamada: “(prefixo a chamar)...(prefixo que chama) EM TESTE


(ou QRK e QSA)”;

Resposta: “ (nº. da clareza) BARRA (nº. da intensidade), PARA (prefixo


que foi chamado) ”.

Observe-se, pois, que a resposta deverá ser dada indicando,


primeiro à clareza; depois a intensidade, esclarecido que:

A clareza dos sinais é a inteligibilidade da mensagem através do


sinal recebido; e é representada pela enunciação dos seguintes índices
e representações:

a) “má”

b) “escassa”

c) “passável”

d) “boa”

e) “excelente”

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

A intensidade dos sinais é o volume, ou melhor, o nível do sinal


recebido; e é representada pela enunciação dos seguintes índices e
representações:

a) “apenas perceptível”

b) “fraca”

c) “satisfatória”

d) “boa”

e) “ótima

EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÕES UTILIZADOS PELA PMERJ


E SEUS COMPONENTES

Rádio Digital Motorola MTP850S

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

Rádio Teltronic MDT-400 / DT-410

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

CONCLUSÃO

Após concluir a disciplina, você policial militar pode perceber a


importância do policial militar ter a Noção de Telecomunicações.

Através da presente apostila, buscamos aprofundar as técnicas no


que tange aos equipamentos de comunicação utilizados na Corporação,
de modo a aprofundar seus conhecimentos e habilidades.

Esperamos que você tenha compreendido a importância da


comunicação no meio militar e como funciona esse processo e que isso
contribua para seu conhecimento e aplicabilidade.

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NOÇÕES DE TELECOMUNICAÇÃOES – CEFC 2019

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- DETEL. Manual do Operador.


- Ccrit Apostila de Operação do Rádio Digital Motorola
MTP850S
- Ccrit – Apostila de Operação dos Terminais Teltronic MDT-400 /
DT 410

- PMERJ. Manual de comunicações – M-10


- AKUTSU, Luiz; PINHO, José A. Sociedade da Informação,
Accountability e democracia delegativa: investigação em portais
de governo no Brasil. In: Revista de Administração Pública,
v. 36, n. 5, set. /Out. 2002.
- CASTELLS, Manuel. Sociedade em rede. v.1. São Paulo: Paz e
Terra, 1999.
- MANNING, Peter K. As tecnologias de informação e a polícia.
Policiamento moderno. Coleção Polícia e Sociedade 7. São
Paulo: EDUSP, 2003.
- RUEDIGER, Marco Aurélio. Governo eletrônico e democracia:
uma análise preliminar dos impactos e potencialidades na
gestão pública. In: Organizações & Sociedade, v. 9, n. 25,
set./dez. 2002.

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