Atividade Laboratorial
Atividade Laboratorial
Atividade Laboratorial
Exploração
das Atividades
Laboratoriais
AL 1.1
AL 1.2
Teste de chama
AL 1.3
AL 2.1
Miscibilidade de líquidos
AL 2.2
AL 2.3
Diluição de soluções
AL 2.4
Reação fotoquímica
EQ10-CLAB-5
Exploração das Atividades Laboratoriais
Sugestões do Programa
Nesta atividade introduzem‑se alguns conceitos sobre medição: algarismos significativos,
incerteza experimental associada à leitura no aparelho de medida, erros que afetam as medições e
modo de exprimir uma medida a partir de uma única medição direta.
A atividade pode começar questionando os alunos sobre um processo de medir a massa e o
volume de uma gota de água, orientando a discussão de forma a concluírem que a medição deve
fazer‑se a partir da massa e do volume de um número elevado de gotas.
Sugere‑se um número de gotas de água não inferior a 100.
Posteriormente, pode questionar‑se qual das grandezas medidas 1massa ou volume2 deve ser
usada para determinar o número de moléculas de água numa gota, e ainda que informação
adicional é necessária e onde esta pode ser encontrada.
Os resultados obtidos podem ser usados para determinar e comparar ordens de grandeza.
Metas transversais
Aprendizagem do tipo processual:
■■
Identificar material e equipamento de laboratório e manuseá‑lo corretamente, respeitando
regras de segurança e instruções recebidas.
■■
Selecionar material de laboratório adequado a um trabalho laboratorial.
■■
Identificar aparelhos de medida, analógicos e digitais, o seu intervalo de funcionamento e a
respetiva incerteza de leitura.
■■
Efetuar medições utilizando material de laboratório analógico, digital ou de aquisição automática
de dados.
■■
Representar um conjunto de medidas experimentais em tabela, associando‑lhes as respetivas
incertezas de leitura dos aparelhos de medida utilizados.
66
Guia do Professor
Exploração da AL
De seguida, apresentam-se as propostas de resolução das questões pré e pós-laboratoriais, bem
como um possível conjunto de dados acompanhado do respetivo tratamento e conclusões/reflexões.
Questões pré-laboratoriais
1 1D2.
Proposta de execução da AL
Registo de dados
Guia do Professor
Sensibilidade Incerteza inscrita Valor Menor valor da Incerteza inscrita
Valores medidos
da balança na balança medido escala na proveta na proveta
m1 30,00
0,01 0,01 4,90 0,1 0,15
m2 34,70
Tratamento de resultados
1.ª etapa – Apresentação das medidas da massa e do volume de 100 gotas de água.
à escala à escala
100 gotas
4,70 0,01 4,90 0,15
de água
67
Exploração das Atividades Laboratoriais
3.ª etapa – Cálculo do número de moléculas que existem numa gota de água.
m 0,0470
n= § n= § n = 2,61 * 10- 3 mol
M 18,02
m 4,70 g
r= § r= § r = 0,96 g/mL ) 1 g/mL
V 4,90 mL
Conclusões
Uma gota de água tem um volume aproximado de 0,0490 mL e 1,57 * 1021 moléculas de água.
Reflexões
■■
O valor obtido é de uma ordem de grandeza igual a 1021 moléculas. Os erros experimentais que
afetaram as medições efetuadas poderão ser do tipo sistemático, tal como a má calibração da
balança, ou acidental, como, por exemplo, o incorreto posicionamento do operador face à escala
da proveta.
■■
Os valores da massa e do volume de uma gota de água poderão ser diferentes e “igualmente
Guia do Professor
Questões pós-laboratoriais
2,1 * 109 mL
= 4,3 * 1010 gotas de água numa piscina olímpica
0,0490 mL
1,57 * 1021
= 3,6 * 1010, ou seja, existem 36 mil milhões de vezes mais moléculas de água numa
4,3 * 1010
68
Guia do Professor
2 Proposta de resolução 1
Escoamento anual médio do rio Douro: 22,9 * 1012 L
22,9 * 1015 mL
= 4,67 * 1017 gotas de água no rio Douro
0,0490 mL
1,57 * 1021
= 3,36 * 103, ou seja, existem 3,36 mil vezes mais moléculas de água numa gota de água
4,67 * 1017
do que gotas de água no escoamento anual do rio Douro.
Proposta de resolução 2
Escoamento anual médio do rio Douro: 22,9 * 1012 L = 22,9 * 1015 mL
m m
r= § 1= § m = 22,9 * 1015 g
V 22,9 * 1015
Proposta de execução da AL
Guia do Professor
Material e equipamento por grupo de trabalho
■■
Bureta de capacidade 10 mL ■■
Balança digital
■■
Gobelé ■■
Água destilada
■■
Funil de vidro ■■
Suporte universal com garras
Procedimento experimental
2 Com a ajuda do funil, encher a bureta com água destilada e registar o volume 1Vi2.
EQ10-CLAB © Porto Editora
3 Abrir a torneira da bureta cuidadosamente e deixar cair no gobelé 100 gotas de água destilada.
69
Exploração das Atividades Laboratoriais
Exploração da AL
Registo de dados
Massa / m 1g2 Volume / V 1mL2
Valores Sensibilidade Incerteza inscrita Valor medido Menor valor da Incerteza inscrita
medidos da balança na balança 1Vf - Vi2 escala na bureta na bureta
m1 21,27
0,01 0,01 3,55 0,02 0,02
m2 24,95
Tratamento de resultados
1.ª etapa – Apresentação das medidas da massa e do volume de 100 gotas de água.
3.ª etapa – Cálculo do número de moléculas que existem numa gota de água.
m 0,0368
n= § n= § n = 2,04 * 10- 3 mol
M 18,02
70
Guia do Professor
Conclusões
Uma gota de água tem um volume aproximado de 0,0355 mL e 1,23 * 1021 moléculas de água.
Reflexões
■■
O valor obtido é de uma ordem de grandeza igual a 1021 moléculas. Os erros experimentais que
afetaram as medições efetuadas poderão ser do tipo sistemático, tal como a má calibração da
balança, ou acidental, como, por exemplo, o incorreto posicionamento do operador face à escala
da proveta.
■■
Os valores do volume e massa de uma gota de água poderão ser diferentes e “igualmente
certos”, dependendo da bureta utilizada.
Questões pós‑laboratoriais
2,10 * 109 mL
= 5,92 * 1010 gotas de água numa piscina olímpica
0,0355 mL
1,23 * 1021
= 2,08 * 1010, ou seja, existem 20,8 mil milhões de vezes mais moléculas de água numa
5,92 * 1010
gota de água do que gotas de água numa piscina olímpica.
2 Proposta de resolução 1
Escoamento anual médio do rio Douro: 22,9 * 1012 L
22,9 * 1015 mL
= 6,45 * 1017 gotas de água no rio Douro
0,0355 mL
1,23 * 1021
= 1,91 * 103, ou seja, existem 1,91 mil vezes mais moléculas de água numa gota de água
6,45 * 10 17
Guia do Professor
Proposta de resolução 2
Escoamento anual médio do rio Douro: 22,9 * 1012 L = 22,9 * 1015 mL
m m
r= § 1= § m = 22,9 * 1015 g
V 22,9 * 1015
1,23 * 1021
= 1,98 * 103, ou seja, existem 1,98 mil vezes mais moléculas de água numa gota de água
6,22 * 10 17
71
Questionário Laboratorial 1
O objetivo da atividade foi apresentado a um grupo de alunos por parte do1a2 professor1a2, com intenção de
os levar a apresentar um procedimento capaz de resolver o desafio proposto.
2 De forma a dar resposta à questão-problema, os alunos optaram por medir a massa e o volume de 15
200 gotas de água. Apresente o resultado da medição da massa destas gotas de água, supondo que o valor
obtido no visor da balança, para esta medição, é 9,12 g.
Grupo II
72
Questionário Laboratorial 1
2 A água é uma substância com propriedades fora do comum. Por exemplo, ao contrário da maioria das
substâncias que contraem quando solidificam, a água expande, aumentando o volume ocupado quando passa
ao estado sólido. Por esta razão os icebergues flutuam, as garrafas de água partem quando são colocadas no
congelador ou as rochas estalam quando a água líquida se infiltra nas suas fendas e, depois, solidifica.
Considere os dados da seguinte tabela.
2.1. Selecione a opção que contém os valores que completam corretamente a seguinte frase. 15
A ordem de grandeza da massa volúmica da água diminui de para
quando passa do estado líquido para o estado gasoso.
1A2 …103 … 101… 1C2 …104 … 101…
1B2 …103 … 100… 1D2 …104 … 100…
2.2. Um grupo de alunos verificou que o volume de 1000 gotas de água é 149,95 ¿ 0,052 mL, a 0 °C.
2.2.1. Determine a massa e o volume de uma gota de água a essa temperatura. 20
2.2.2. Selecione a opção que completa corretamente a seguinte frase. 15
Para as 1000 gotas de água durante a fusão…
1A2 … a massa e o volume de gelo são superiores aos da água líquida.
1B2 … o número de moléculas e o volume de gelo são superiores aos da água líquida.
1C2 … o número de moléculas no gelo é igual ao da água líquida mas o volume do gelo é
superior ao da água líquida.
1D2 … a massa do gelo é igual ao da água líquida mas a massa volúmica do gelo é superior ao
da água líquida.
Grupo III
Verificou-se com esta atividade laboratorial que o número de moléculas contidas numa gota de água é, de 20
facto, muito elevado 1OG = 1021 moléculas2. Será de prever, por exemplo, que o número de átomos de um
EQ10-CLAB © Porto Editora
metal que existe numa pequena amostra seja igualmente muito elevado?
Considere um cubo de cobre com uma aresta de 11,00 ¿ 0,052 cm.
Determine o número mínimo e máximo de átomos de cobre existentes neste cubo.
73
Exploração das Atividades Laboratoriais
Sugestões do Programa
Esta atividade pode adquirir um carácter de pesquisa laboratorial, caso se usem amostras
desconhecidas de vários sais. Se forem usadas ansas de Cr/Ni, a atividade deve ser planeada para
que a mesma ansa seja utilizada sempre na mesma amostra, o que evita o recurso a ácido
clorídrico concentrado para limpeza das ansas.
Devem ser abordados aspetos de segurança relacionados com a utilização de fontes de
aquecimento e manipulação de reagentes.
Os resultados do teste de chama podem ser relacionados com os efeitos observados no fogo de
artifício.
Metas transversais
Aprendizagem do tipo processual:
■■
Identificar material e equipamento de laboratório e manuseá‑lo corretamente, respeitando
regras de segurança e instruções recebidas.
■■
Identificar simbologia em laboratórios.
■■
Identificar equipamento de proteção individual.
■■
Adotar as medidas de proteção adequadas a operações laboratoriais, com base em informação
de segurança e instruções recebidas.
■■
Atuar corretamente em caso de acidente no laboratório tendo em conta procedimentos de alerta
e utilização de equipamento de salvamento.
■■
Operacionalizar o controlo de uma variável.
74
Guia do Professor
Exploração da AL
De seguida, apresentam-se as propostas de resolução das questões pré e pós-laboratoriais,
bem como um possível conjunto de observações e respetivas conclusões/reflexões.
Questões pré-laboratoriais
1 1C2.
2 Possível previsão: O fogo de artifício pode ser explicado por fenómenos de excitação/desexcitação
de eletrões dentro dos átomos, ou seja, por transições eletrónicas entre os níveis energéticos que
envolvem a absorção ou emissão de energia luminosa. As cores observadas resultam da energia da
radiação emitida durante o processo de desexcitação eletrónica.
Proposta de execução da AL
Regras de segurança
Guia do Professor
Cloreto de estrôncio1II2
Nocivo
– Inalação: remover para local ventilado.
– Contacto com a pele: lavar com bastante água. Retirar as roupas contaminadas.
– Contacto com os olhos: lavar com água corrente por 15 min.
– Ingestão: beber muita água. Procurar auxílio médico.
Cloreto de cálcio
Irritante
– Por inalação: tosse e garganta inflamada.
– Contacto com a pele: pele seca e vermelhidão 1luvas de proteção2.
EQ10-CLAB © Porto Editora
75
Exploração das Atividades Laboratoriais
NaCL BaCL2 CuCL2 CaCL2 SrCL2
Amostra Cor da chama Cor das riscas mais intensas Catião Elemento
Conclusões
■■
De acordo com as informações da tabela anterior, as observações registadas para os exemplos
dados indicam, através da comparação das cores da chama e das riscas com as restantes
amostras conhecidas, que as amostras X e Y são de estrôncio e de cobre, respetivamente.
■■
A chama do bico de Bunsen fornece energia aos eletrões dos átomos 1540 ºC
Guia do Professor
1560 ºC
em questão, excitando‑os. Se esta excitação for realizada na zona mais 1540 ºC
quente do bico 1zona ultravioleta2, a cor da chama não interfere com a 530 ºC
cor do teste de chama. 300 ºC
■■
A cor observada será então o resultado da desexcitação dos eletrões
do catião com emissão de luz visível. Como os catiões são diferentes
1as energias dos seus eletrões são diferentes2, emitem radiações com
cores distintas e características de cada um.
■■
O fogo de artifício pode ser explicado por fenómenos de desexcitação
de eletrões dentro dos átomos, ou seja, por transições eletrónicas
entre os níveis energéticos que envolvem a emissão de radiação. As
cores observadas resultam da energia da radiação emitida durante o processo de desexcitação
eletrónica. Verifica‑se que cada catião emite cor característica durante o processo de
desexcitação, razão pela qual são utilizados diferentes sais, misturados com a pólvora, no fogo de
artifício.
76
Guia do Professor
Reflexões
■■
Erros que possam ter afetado a observação das cores e riscas esperadas: dificuldade na
observação, dado a claridade da sala, possível contaminação de sais na ansa 1o sódio é um
contaminante difícil de eliminar2.
■■
Propostas fundamentadas de melhoria/alterações do protocolo usado de forma a obter
resultados/observações mais concordantes com os esperados: realizar a atividade numa sala
escura e ter mais cuidado ainda em limpar completamente a ansa utilizando ácido clorídrico
concentrado 1conforme recomendado na proposta de execução2.
■■
Limitações do teste de chama na identificação dos elementos químicos: possibilidade de se
observar cores muito semelhantes em diferentes sais; dificuldade de reunir condições ideais de
observação em laboratório.
Questões pós-laboratoriais
1 Combinação de sais de bário 1emite radiação verde2, de estrôncio 1emite radiação vermelha2 e de
sódio 1emite radiação amarela2.
Proposta de execução da AL
Material e equipamento por grupo de trabalho
Guia do Professor
■■
2 cápsulas de porcelana 1+ 5 para o1a2 professor1a22
■■
2 vidros de relógio 1+ 5 para o1a2 professor1a22
■■
2 espátulas 1+ 5 para o1a2 professor1a22
■■
Algodão
■■
Espetroscópio de bolso
■■
Metanol ou álcool etílico a 96%
■■
Fósforos
EQ10-CLAB © Porto Editora
■■
5 amostras para o1a2 professor1a2: cloreto de sódio 1NaCL2, cloreto de bário 1BaCL22, cloreto de
cobre1II2 1CuCL22, cloreto de cálcio 1CaCL22 e cloreto de estrôncio 1SrCL22
■■
2 amostras para cada grupo de alunos: amostra-problema X e amostra-problema Y 1escolhidas pelo1a2
professor1a2 de entre as discriminadas no ponto anterior2
77
Exploração das Atividades Laboratoriais
2 Colocar uma pequena porção de cada um dos sais num vidro de relógio, devidamente identificados.
4 Inflamar o algodão, depois de colocado dentro da cápsula de porcelana, com a ajuda de um fósforo.
5 Com a ajuda de uma espátula, colocar uma pequena porção do sal no algodão a arder.
9 Comparar as cores das chamas obtidas com as indicadas na tabela incluída na informação 1 e os
resultados obtidos nos ensaios realizados pelo1a2 professor1a2.
Exploração da AL
Registo de observações
Guia do Professor
NaCL BaCL2 CuCL2 CaCL2 SrCL2
78
Questionário Laboratorial 2
Escola Data
Nome N.º Turma
Professor Classificação
Os catiões metálicos, quando sujeitos a elevadas temperaturas, atingem estados excitados e, ao voltarem,
espontaneamente, a estados de menor energia, emitem a energia absorvida sob a forma de radiação.
Observa-se, como consequência, uma chama colorida característica de cada catião. O conjunto das
radiações emitidas corresponde ao espetro de emissão do elemento em causa.
1 Indique o significado dos seguintes símbolos de segurança que surgem nos rótulos de alguns sais 15
utilizados neste teste.
2 Identifique na figura ao lado a zona da chama do bico de Bunsen onde se deve Região UV da 15
colocar em contacto a ansa previamente impregnada com o sal a estudar. chama
Grupo II
Um grupo de alunos realizou um trabalho investigativo relacionado com a identificação de catiões
metálicos presentes em três amostras-problema distribuídas pelo1a2 professor1a2.
1 Antes da realização da atividade, o1a2 professor1a2 forneceu uma tabela onde constam as cores
características de alguns catiões metálicos durante o processo de desexcitação eletrónica, observadas na
EQ10-CLAB © Porto Editora
chama.
79
Questionário Laboratorial 2
1.1. Durante a realização da atividade laboratorial os alunos efetuaram o registo das observações e que 15
constam da seguinte tabela.
Selecione a opção que contém as conclusões dos alunos relativamente à identificação das amostras
X, Y e Z, respetivamente.
1A2 KCL; NaCL; CuCL2 1C2 CuCL2; KCL; NaCL
1B2 NaCL; CuCL2; KCL 1D2 NaCL; KCL; CuCL2
1.2. O espetroscópio de bolso utilizado para observar pormenorizadamente a cor da chama permite… 15
1A2 … identificar as riscas mais brilhantes emitidas pelo catião metálico.
1B2 … identificar as riscas mais brilhantes absorvidas pelo catião metálico.
1C2 … eliminar/escurecer a luz natural da sala onde é realizado o teste.
1D2 … identificar também as cores emitidas pelo anião presente no sal.
Selecione a opção correta.
1.3. Dos seguintes espetros obtidos por observação da chama com o espetroscópio de bolso, identifique 15
aquele que corresponde à amostra que contém sódio.
1A2
1B2
1C2
3 A aplicação do teste de chama requer alguns cuidados relacionados com a segurança no laboratório. 30
Enumere alguns dos cuidados a ter durante a realização da atividade em estudo.
Grupo III
Relacione os resultados do teste de chama com os efeitos observados no fogo de artifício e na cor 20
amarela característica das lâmpadas de sódio utilizadas em candeeiros de iluminação pública.
80
Guia do Professor
Sugestões do Programa
Sugere‑se a utilização de metais como cobre, alumínio ou chumbo, na forma de grãos, lâminas
ou fios de pequena dimensão.
Devem discutir‑se erros aleatórios e sistemáticos ligados à influência da temperatura, devidos
à formação de bolhas de ar no interior do picnómetro, a uma secagem inadequada do picnómetro
ou à presença de impurezas no metal em estudo.
Nesta atividade deve introduzir‑se o erro percentual associado a um resultado experimental,
quando há um valor de referência, e a sua relação com a exatidão desse resultado.
Metas transversais
Aprendizagem do tipo processual:
Guia do Professor
■■
Identificar material e equipamento de laboratório e manuseá‑lo corretamente, respeitando
regras de segurança e instruções recebidas.
■■
Identificar aparelhos de medida, analógicos e digitais, o seu intervalo de funcionamento e a
respetiva incerteza de leitura.
■■
Efetuar medições utilizando material de laboratório analógico, digital ou de aquisição automática
de dados.
■■
Representar um conjunto de medidas experimentais em tabela, associando‑lhes as respetivas
incertezas de leitura dos aparelhos de medida utilizados.
■■
Identificar o referencial teórico no qual se baseia o procedimento utilizado num trabalho prático,
incluindo regras de segurança específicas.
■■
Interpretar e seguir um protocolo.
■■
Conceber uma tabela de registo de dados adequada ao procedimento.
EQ10-CLAB-6 81
Exploração das Atividades Laboratoriais
■■
Distinguir erros aleatórios de erros sistemáticos.
■■
Indicar a medida de uma grandeza numa única medição direta, atendendo à incerteza
experimental associada à leitura no aparelho de medida.
■■
Determinar o erro percentual associado a um resultado experimental quando há um valor de
referência.
■■
Associar a exatidão de um resultado à maior ou menor proximidade a um valor de referência e
aos erros sistemáticos, relacionando‑a com o erro percentual.
■■
Identificar erros que permitam justificar a baixa precisão das medidas ou a baixa exatidão do
resultado.
■■
Generalizar interpretações baseadas em resultados experimentais para explicar outros
fenómenos que tenham o mesmo fundamento teórico.
Exploração da AL
De seguida, apresentam-se as propostas de resolução das questões pré e pós-laboratoriais, bem
como um possível conjunto de dados acompanhado do respetivo tratamento e conclusões/reflexões.
Questões pré-laboratoriais
1 1B2.
2
2.1. 1D2.
2.2. Como o valor teórico 111,3 g/cm32 se afasta do valor obtido, é possível concluir que a amostra
ou não é pura ou, sendo pura, a técnica utilizada não é a mais adequada.
0 rteórico - robtido 0 0 7,14 - 7,59 0
3 Erro 1%2 = * 100 § Erro 1%2 = * 100 § Erro 1%2 = 6,30%
rteórico 7,14
O valor da massa volúmica do zinco obtido experimentalmente é pouco exato.
Proposta de execução da AL
Guia do Professor
Registo de dados
Neste caso, utilizou-se o metal chumbo.
Valor Incerteza do instrumento
Designação
medido de medição
Massa do metal 1g2 m = mmetal 2,0041
Massa do picnómetro
cheio de água mais
M = mpicnómetro cheio de água + mmetal 55,9811
pedaços de metal ¿ 0,0001
ao lado 1g2
Massa do picnómetro
com água e pedaços M' = mpicnómetro cheio de água + metal 55,7973
de metal 1g2
Temperatura da água*
qágua 12,0 ¿ 0,1
1ºC2
82
Guia do Professor
Tratamento de resultados
2.ª etapa – Determinação do erro percentual do resultado obtido para a densidade relativa
do metal.
0d -d 0 0 11,34 - 10,898 0
Erro 1%2 = teórico obtido * 100 § Erro 1%2 = * 100 § Erro 1%2 = 3,898%
dteórico 11,34
Conclusões
Reflexões
■■
A diferença entre o resultado obtido e o valor previsto poderá dever‑se a erros aleatórios, tais
como a formação de bolhas de ar dentro do picnómetro, erro do operador na leitura das
Guia do Professor
medições ou o facto de o picnómetro estar mal seco, e/ou a erros sistemáticos, tal como a má
calibração da balança.
■■
No sentido de minimizar as diferenças entre o valor obtido e o previsto dever‑se‑á evitar cometer
os erros enunciados.
Questões pós-laboratoriais
1 Pode‑se aferir a substância de que é constituído um objeto metálico por determinação rigorosa da
sua densidade utilizando o método do picnómetro.
do objeto de cobre, cuja pureza se pretende avaliar, compara‑se este valor com o valor teórico.
Quanto menor for o erro relativo associado maior será o grau de pureza do cobre analisado.
3 O líquido de referência não pode ser a água; terá de ser um líquido em que o cloreto de sódio não
se dissolva. Por exemplo, pode utilizar‑se um óleo cuja densidade seja conhecida.
83
Questionário Laboratorial 3
Existem vários métodos possíveis para a determinação experimental da massa volúmica 1ou densidade2
de uma substância, de acordo com as características do material ou com a precisão da medição
pretendida.
No âmbito do programa de FQA de 10.° ano pretende investigar-se a densidade relativa de metais por
picnometria.
84
Questionário Laboratorial 3
Grupo II
1 Descreva o procedimento experimental a realizar que permita determinar por picnometria a densidade 30
relativa de um metal.
2 Indo ao encontro do objetivo da atividade laboratorial, o1a2 professor1a2 apresenta aos alunos duas
amostras de metais diferentes contidos em dois frascos. Sabe-se apenas que um dos metais era o
magnésio e o outro o manganês.
Procedeu-se à determinação da densidade relativa de uma amostra de cada um dos metais 1A e B2 pelo método
do picnómetro, à temperatura de 16,0 °C 1 temperatura ambiente no laboratório2 1 rágua, 16,0 ºC = 0,999 g/mL2.
Os resultados obtidos encontram-se na tabela seguinte.
Metal A Metal B
2.2. Selecione o1s2 erro1s2 mais comum1ns2 que pode1m2 afetar os valores obtidos das densidades relativas 15
dos dois metais.
1A2 Temperatura diferente da temperatura q.
1B2 Formação de bolhas no interior do picnómetro.
1C2 Secagem inadequada do picnómetro.
1D2 Uso de um picnómetro de 50 mL de capacidade em vez de um com 25 mL de capacidade.
2.3. A presença de impurezas no metal em estudo… 15
1A2 … constitui um erro aleatório.
1B2 … constitui um erro sistemático.
1C2 … não afeta o valor da densidade relativa.
1D2 … constitui um erro acidental.
Selecione a opção correta.
2.4. Classifique o tipo de balança utilizada. 15
2.5. Sabendo que o termómetro usado era digital, apresente o valor da medição da temperatura nos dois 15
ensaios.
Grupo III
EQ10-CLAB © Porto Editora
Determine a massa de água retirada de um picnómetro cheio de água, quando nele entra uma pepita de 20
ouro 1rAu = 19,282 g/mL2 com 13,099 g de massa, à temperatura de 28 °C, considerando que a essa
temperatura a massa volúmica da água é de 0,996 g/mL.
85
Exploração das Atividades Laboratoriais
Sugestões do Programa
A atividade pode ter o formato de uma investigação laboratorial, em que se fornecem vários
líquidos e informação sobre as correspondentes fórmulas de estrutura. Os líquidos a utilizar
poderão ser: água, etanol, acetona e hexano.
A atividade pode começar sugerindo aos alunos que formulem hipóteses sobre a miscibilidade
dos líquidos propostos, com base nas respetivas fórmulas de estrutura.
Um líquido que também poderá ser utilizado é o éter de petróleo. Neste caso, deve ser dada a
informação aos alunos que se trata de uma mistura de hidrocarbonetos, essencialmente pentano e
hexano.
Deverão ser tomadas medidas para lidar com riscos associados à manipulação de alguns
líquidos.
Metas transversais
Aprendizagem do tipo processual:
■■
Identificar material e equipamento de laboratório e manuseá‑lo corretamente, respeitando
regras de segurança e instruções recebidas.
■■
Identificar simbologia em laboratórios.
■■
Identificar equipamento de proteção individual.
■■
Adotar as medidas de proteção adequadas a operações laboratoriais, com base em informação
de segurança e instruções recebidas.
■■
Selecionar material de laboratório adequado a um trabalho laboratorial.
■■
Operacionalizar o controlo de uma variável.
86
Guia do Professor
Exploração da AL
De seguida, apresentam-se as propostas de resolução das questões pré e pós-laboratoriais, bem
como um possível conjunto de dados obtidos e respetivas conclusões/reflexões.
Questões pré-laboratoriais
1 1D2.
2 Possível previsão: A água do mar é constituída, fundamentalmente, por água, que é uma
substância polar. O petróleo é constituído por moléculas orgânicas, sobretudo hidrocarbonetos, que
são apolares. A imiscibilidade do petróleo na água do mar poderá dever‑se à grande diferença de
polaridade entre as duas substâncias
Guia do Professor
Polaridade Polar Polar Polar Apolar
87
Exploração das Atividades Laboratoriais
Proposta de execução da AL
Regras de segurança
■■
O etanol, a acetona e o hexano são inflamáveis. Deve evitar-se o contacto com as chamas, fontes
de calor e comburentes.
■■
O hexano é prejudicial para o meio ambiente. Colocar num recipiente de recolha de resíduos
destinado para o efeito. Não despejar diretamente na banca.
■■
A acetona é irritante ou nociva. Evitar a inalação de vapores. Evitar o contacto com a pele e olhos.
Registo de dados
Tipo de mistura
Azeite
Conclusões
■■
Da análise à polaridade das moléculas verifica‑se que as moléculas de água, etanol e acetona
são moléculas polares, estabelecendo entre si, preferencialmente, ligações de hidrogénio
1no caso da água e etanol2 e dipolo‑dipolo 1no caso da propanona2. Dos resultados experimentais
verifica‑se que estas três substâncias são miscíveis entre si, pois, quando misturadas, originam
misturas homogéneas.
Da análise à polaridade das moléculas verifica‑se que as moléculas constituintes do azeite
1ácido oleico2 e hexano são moléculas apolares, estabelecendo entre si ligações do tipo dipolo
instantâneo‑dipolo induzido. Dos resultados experimentais comprova‑se que estas duas
substâncias são miscíveis entre si, pois, quando misturadas, originam misturas homogéneas.
88
Guia do Professor
Da análise dos resultados experimentais verifica‑se igualmente que as moléculas polares água,
etanol e acetona não são miscíveis com as moléculas apolares ácido oleico e hexano, pois,
quando misturadas, originam misturas heterógenas.
Conclui‑se, então, que substâncias sujeitas a forças intermoleculares de intensidade próximas
são miscíveis entre si. Substâncias que possuem forças intermoleculares de intensidades muito
diferentes não são miscíveis.
■■
Resposta à questão‑problema: Sendo o petróleo constituído por moléculas apolares, cujas forças
intermoleculares são do tipo dipolo instantâneo‑dipolo induzido, e a água do mar por moléculas
polares, caracterizadas por ligações intermoleculares por pontes de hidrogénio, dado serem
forças intermoleculares de intensidade muito diferente não são miscíveis.
Reflexões
■■
A previsão apresentada está de acordo com os resultados/conclusões da atividade laboratorial.
■■
Sugestão de alteração ao procedimento: a substituição de tubos de ensaio por provetas permitiria
uma melhor perceção quanto à análise da miscibilidade de líquidos através da comparação de
volumes iniciais 1antes da mistura2 com o volume total depois da mistura.
Questões pós-laboratoriais
1 A água é uma substância polar enquanto que as partículas de gordura são apolares.
Dado que “semelhante dissolve semelhante” 1polar é miscível com polar e apolar é miscível com
apolar2 e que as duas substâncias não são semelhantes 1apresentam forças intermoleculares de
diferentes intensidades2, não se conseguem dissolver. O detergente contém moléculas que, na sua
estrutura, possuem uma parte polar, miscível em água, e outra apolar, miscível na gordura. Assim
se justifica a eficácia do uso de detergentes para o efeito em análise.
2
Perfumes Geralmente polares, dado que se dissolvem em água e não se dissolvem em azeite.
Guia do Professor
Gasolina Apolar, pois não se dissolve em água e dissolve-se em azeite.
89
Questionário Laboratorial 4
Amostra I II III
2 Selecione a opção que identifica o tipo de ligações intermoleculares que prevalece entre as moléculas das 10
substâncias I, II e III, respetivamente.
1A2 Ligações de hidrogénio, ligações de hidrogénio e dipolo-dipolo induzido.
1B2 Dipolo-dipolo, ligações de hidrogénio e dipolo-dipolo induzido.
1C2 Dipolo-dipolo, dipolo-dipolo induzido e ligações de hidrogénio.
1D2 Dipolo instantâneo-dipolo induzido, ligações de hidrogénio e dipolo instantâneo-dipolo induzido.
3 O gráfico seguinte apresenta os pontos de ebulição da cada uma das substâncias em estudo.
Temperatura de ebulição / ∞C
64,7
58,85
-1
Dibromo Metanol Butano
4 De entre os seguintes fatores, selecione aquele1s2 que pode1m2 justificar a miscibilidade entre dois 10
líquidos.
1A2 O estado físico.
1B2 O facto de possuírem a mesma cor.
1C2 Possuírem ligações intermoleculares de intensidades semelhantes.
1D2 Terem o mesmo tipo de ligações intramoleculares.
90
Questionário Laboratorial 4
Grupo II
Com o objetivo de estudar em laboratório a miscibilidade de líquidos, um grupo de alunos realizou uma
atividade laboratorial efetuando testes de miscibilidade com várias amostras. Na listagem de líquidos a
estudar, fornecida pelo1a2 professor1a2, estão água, metanol, acetona e hexano.
2 Escreva a fórmula de estrutura das moléculas que constituem cada uma das substâncias: água, metanol, 20
acetona e hexano.
4 Indique o tipo de ligação intermolecular que se estabelece entre as moléculas de cada uma das 20
substâncias.
5 Durante os testes de miscibilidade os alunos criaram uma matriz de tubos de ensaio, adicionando 2 mL de
cada amostra em teste. No quadro seguinte pretende-se representar os ensaios efetuados.
Metanol
Acetona
Hexano
5.1. Complete a tabela de modo a fazer corresponder o resultado dos testes utilizando os termos 30
miscível e imiscível.
5.2. Justifique, referindo-se ao tipo de ligações intermoleculares estabelecidas, os resultado dos ensaios 30
entre:
a2 água e hexano; b2 água e metanol.
Grupo III
Com o objetivo de aplicar os conhecimentos adquiridos, com a realização Parte Parte 20
-
O OH
C polar polar
da atividade laboratorial, a situações do quotidiano, o1a2 professor1a2 CH2
H2C
H2C
resposta tendo por base a relação dos conceitos estudados na atividade CH2 Parte Parte
H2C apolar apolar
laboratorial. CH2
H2C
CH2
H2C
CH2
H2C
CH3
91
Exploração das Atividades Laboratoriais
Sugestões do Programa
O reagente a utilizar deve estar devidamente rotulado para que se possa fazer a necessária
avaliação de riscos. Sugere‑se a utilização de compostos corados como sulfato de cobre1II2
penta‑hidratado ou permanganato de potássio. Não devem usar‑se sais contendo catiões de metais
pesados 1Pb, Hg, Cr, Co, Ni2.
Devem ser referidos aspetos relacionados com armazenamento de soluções; as soluções
preparadas podem ser aproveitadas para outros trabalhos.
Devem discutir‑se erros aleatórios e sistemáticos.
concentração.
7. Indicar erros que possam ter afetado as medições efetuadas.
Metas transversais
Aprendizagem do tipo processual:
■■
Identificar material e equipamento de laboratório e manuseá‑lo corretamente, respeitando
regras de segurança e instruções recebidas.
■■
Identificar simbologia em laboratórios.
■■
Identificar equipamento de proteção individual.
■■
Adotar as medidas de proteção adequadas a operações laboratoriais, com base em informação
de segurança e instruções recebidas.
■■
Selecionar material de laboratório adequado a um trabalho laboratorial.
■■
Executar corretamente técnicas laboratoriais.
92
Guia do Professor
■■
Identificar aparelhos de medida, analógicos e digitais, o seu intervalo de funcionamento e a
respetiva incerteza de leitura.
■■
Efetuar medições utilizando material de laboratório analógico, digital ou de aquisição automática
de dados.
■■
Representar um conjunto de medidas experimentais em tabela, associando‑lhes as respetivas
incertezas de leitura dos aparelhos de medida utilizados.
Exploração da AL
De seguida, apresentam-se as propostas de resolução das questões pré e pós-laboratoriais, bem
como um possível conjunto de dados acompanhado do respetivo tratamento e conclusões/reflexões.
Questões pré-laboratoriais
1
1.1. 1D2.
1.2. O valor 0,200 mol/dm3 significa que em cada 1 L 1dm32 de solução aquosa existem 0,200 mol de
soluto, Na2S2O3.5 H2O, dissolvido.
1.3. Cálculo da quantidade de matéria de soluto:
nsoluto
c= §
Vsoluto
nsoluto
Guia do Professor
§ 0,200 = §
0,200
§ nsoluto = 0,0400 mol
2 Possível previsão: Para preparar uma solução aquosa de concentração rigorosa, a partir de um
EQ10-CLAB © Porto Editora
soluto sólido, depois de realizados os devidos cálculos, será necessário medir, o mais
rigorosamente possível:
– a massa de soluto a utilizar;
– o volume de solvente necessário.
93
Exploração das Atividades Laboratoriais
O sulfato de cobre1II2 penta‑hidratado não é uma substância que exija cuidados especiais para
além dos usuais no laboratório de Química: luvas, bata e óculos de segurança. Contudo, em caso
de inalação deve retirar‑se para local ventilado; em caso de contacto com a pele, deve lavar com
água; em caso de contacto com os olhos deve lavar com água e em caso de ingestão e mal‑estar
deve consultar um médico.
1.ª etapa – Determinação da massa de soluto 1CuSO4.5 H2O2 a utilizar na preparação da solução.
n = c * V § n = 0,1000 * 0,1000 = 0,01000 mol
m = n * M § m = 0,01000 * 249,68 = 2,497 g
Aparelho/
Sensibilidade Incerteza de leitura Medida
Instrumento de medição
Balança semianalítica 0,001 g ¿ 0,001 g 12,497 ¿ 0,0012 g
Balão volumétrico – ¿ 0,1 mL 1100,0 ¿ 0,12 mL
Conclusões
Para preparar uma solução aquosa, de concentração rigorosa, a partir de um soluto sólido será
necessário:
– medir a massa de soluto a utilizar numa balança de maior sensibilidade possível;
– dissolver o sólido em água destilada num gobelé, transferir o conteúdo para o balão volumétrico
Guia do Professor
Reflexões
■■
As medições da massa de sulfato de cobre1II2 penta‑hidratado foram efetuadas numa balança de
sensibilidade 0,001 g. Para medir a massa de sólido com maior rigor seria preferível medir essa
massa numa balança de maior sensibilidade 1por exemplo, 0,0001 g2.
■■
Erros que possam ter afetado as medições:
– erros sistemáticos: má calibração da balança; deficiência de visão do operador na leitura do
volume; existência de impurezas na amostra;
– erros aleatórios 1acidentais2: desperdícios de soluto durante as operações; correntes de ar que
podem fazer oscilar o valor medido na balança e mau posicionamento do operador para evitar
erros de paralaxe aquando da leitura do menisco.
94
Guia do Professor
Questões pós-laboratoriais
ppmm =
mcafeína
* 106 §
Guia do Professor
mbarrita
EQ10-CLAB © Porto Editora
1,0 * 10- 2
§ ppmm = * 106 §
43
§ ppmm = 2,3 * 102 ppm
95
Questionário Laboratorial 5
1 O primeiro cuidado a ter, antes de realizar a atividade laboratorial, é a avaliação dos riscos da atividade,
a partir da análise do rótulo do reagente a usar.
1.1. Para além de outras informações, o rótulo deste produto químico contém os seguintes pictogramas: 15
I II III
Das seguintes opções, selecione a que corresponde às respetivas classes de perigo associada a cada
pictograma.
1A2 I – Inflamável; II – Corrosivo; III – Amigo do ambiente
1B2 I – Comburente; II – Explosivo; III – Perigoso para o ambiente
1C2 I – Comburente; II – Irritante/perigo para a saúde; III – Perigoso para o ambiente
1D2 I – Inflamável; II – Irritante/perigo para a saúde; III – Amigo do ambiente
1.2. De acordo com os perigos associados a este reagente, selecione a frase que melhor evidencia os 15
cuidados a ter no manuseamento e/ou armazenamento deste produto.
1A2 Deve ser armazenado em local arejado, não deve ser utilizado junto de fontes de calor e deve-se
evitar o choque.
1B2 Deve ser armazenado em local arejado, deve evitar-se o contacto com produtos inflamáveis e
oxidantes e deve ser manuseado evitando o contacto com a pele e com os olhos e a inalação dos
seus vapores.
1C2 Deve ser armazenado em local arejado, deve evitar-se o contacto com produtos inflamáveis e
oxidantes, deve ser manuseado evitando o contacto com a pele e com os olhos e a inalação dos
seus vapores e não se deve verter os restos de produto na banca.
1D2 Pode provocar queimaduras graves, deve evitar-se o contacto com produtos inflamáveis e
oxidantes e deve ser manuseado evitando o contacto com produtos explosivos e não se deve
despejar os restos de produto na banca.
2 O permanganato de potássio é um sólido laranja solúvel em água, de fórmula química KMnO4. Determine 30
o número de iões potássio existentes em 10,0 g deste sólido. Apresente o resultado em notação científica
e com o número correto de algarismos significativos.
96
Questionário Laboratorial 5
Grupo II
2 A questão-problema colocada concretamente aos alunos foi: Como preparar 100,00 mL de uma solução
aquosa de permanganato de potássio (KMnO4) de concentração 0,2000 mol dm- 3 a partir do sólido?
A primeira etapa da realização da atividade laboratorial consiste no cálculo da massa de sólido necessária
para preparar a solução.
2.1. Calcule a massa de permanganato de potássio necessária para preparar a solução pretendida, 30
apresentando o resultado com o número correto de algarismos significativos.
2.2. A balança que deve ser usada para a determinação da massa do reagente é uma balança… 15
1A2 … de precisão de sensibilidade ¿ 0,1 g. 1C2 … semianalítica de sensibilidade ¿ 0,001 g.
1B2 … de precisão de sensibilidade ¿ 0,01 g. 1D2 … analítica de sensibilidade ¿ 0,0001 g.
Selecione a opção correta.
3 O balão volumétrico usado na atividade, para além da indicação da capacidade 1100 mL2 e de outras 15
informações, tem ainda a inscrição ¿ 0,08 mL. Qual o significado desta informação?
4 Ordene as seguintes etapas do procedimento experimental a seguir pelos alunos na preparação desta 30
solução.
1A2 Transferir o conteúdo do gobelé para um balão volumétrico de 100,00 mL, lavando com água destilada
o gobelé e a vareta de modo a arrastar todo o soluto para o balão volumétrico.
1B2 Colocar a rolha no balão volumétrico e agitar para homogeneizar a solução.
1C2 Medir a massa de permanganato de potássio numa balança semianalítica usando um gobelé limpo e
seco e uma espátula. Colocar o gobelé na balança, fazer a tara e colocar o sólido.
1D2 Adicionar água destilada até ao traço do balão volumétrico com ajuda de uma pipeta conta-gotas.
1E2 Transferir a solução para um frasco, com a ajuda do funil e da vareta, e colocar um rótulo com a
identificação da solução, a concentração, a identificação do grupo e a data de preparação.
1F2 Com a ajuda de uma vareta, dissolver o sólido no gobelé com um volume suficiente de água.
Grupo III
EQ10-CLAB © Porto Editora
Num outro ensaio, preparou-se 200,00 mL de uma solução de sulfato de sódio, Na2SO4, de massa volúmica 20
1,05 g cm- 3. Desprezando o volume do sólido na adição de volumes sólido + solvente e sabendo que
rágua = 1,00 g cm- 3, determine a concentração molar em iões sódio nesta solução.
EQ10-CLAB-7 97
Exploração das Atividades Laboratoriais
Sugestões do Programa
Previamente, usando água, os alunos devem treinar o uso de pipetas na medição de volumes;
estas podem ser da mesma classe para poderem comparar as respetivas incertezas de leitura.
Cada grupo de alunos deverá preparar várias soluções com diferentes fatores de diluição, selecionando
pipetas e balões volumétricos adequados. As soluções preparadas podem ser aproveitadas para outros
trabalhos. Sugere‑se que a solução a diluir seja a preparada na atividade anterior.
Metas transversais
Guia do Professor
98
Guia do Professor
Exploração da AL
De seguida, apresentam-se as propostas de resolução das questões pré e pós-laboratoriais, bem
como um possível conjunto de dados acompanhado do respetivo tratamento e conclusões/reflexões.
Questões pré-laboratoriais
1
1.1. 1B2.
1.2.
1.2.1. fd = 2
Vf 200
1.2.2. fd = § 2= § Vi = 100 mL
Vi Vi
Proposta de execução da AL
Registo de dados e tratamento de resultados
1.ª etapa – Determinação dos volumes de solução concentrada a utilizar na preparação das
duas soluções diluídas.
Vf 100,0
Parte 1: fd = § 5= § Vi = 20,00 mL
Guia do Professor
Vi Vi
Vf 100,0
Parte 2: fd = § 10 = § Vi = 10,00 mL
Vi Vi
99
Exploração das Atividades Laboratoriais
Para preparar uma solução diluída a partir de uma solução mais concentrada deve‑se:
1. Pipetar o volume calculado de solução concentrada utilizando se possível 1quando o volume da
solução a pipetar for igual à capacidade da pipeta2 uma pipeta volumétrica, dado apresentar
menor incerteza de leitura do que a pipeta graduada com a mesma capacidade, e transferir para
o balão volumétrico de volume igual ao da solução que se pretende preparar.
2. Perfazer o volume do balão volumétrico até ao traço, por adição de água destilada.
3. Colocar a rolha no balão volumétrico e homogeneizar a solução.
4. Transferir o conteúdo do balão para um frasco de reagente, devidamente etiquetado.
Reflexões
■■
Pipetas com a mesma capacidade apresentam diferentes valores na incerteza de leitura.
As pipetas volumétricas são as que apresentam menor incerteza de leitura, logo são as que
devem ser utilizadas preferencialmente na medição rigorosa de volumes.
■■
Pipetas volumétricas de diferentes capacidades apresentam diferentes valores de incerteza de
leitura. As de maior capacidade, apesar de apresentarem maior incerteza, devem ser utilizadas
quando se pretende medir um volume igual à sua capacidade. Analisando os dados da tabela,
verifica‑se que é mais rigorosa a medição de 20 mL de um líquido utilizando a pipeta volumétrica
de 20 mL do que a medição do mesmo volume utilizando a pipeta volumétrica de 10 mL de
capacidade.
Questões pós-laboratoriais
100
Questionário Laboratorial 6
Escola Data
Nome N.º Turma
Professor Classificação
As soluções comerciais que existem no laboratório de Química, regra geral, necessitam de ser diluídas
para serem usadas nas diferentes atividades laboratoriais.
Depois de lançado o desafio por parte do1a2 professor1a2, um grupo de alunos planeou preparar
rigorosamente uma solução aquosa por diluição de uma solução concentrada.
1 Na hotte do laboratório de Química encontra-se um frasco cujo rótulo contém, entre outras, as seguintes
informações:
Das seguintes opções, selecione a que corresponde à classe de perigo associada a cada pictograma, 10
respetivamente.
1A2 Inflamável; Corrosivo 1C2 Comburente; Irritante
1B2 Comburente; Explosivo 1D2 Comburente; Corrosivo
3 Dado os perigos no manuseamento associado ao ácido nítrico, devem-se usar soluções mais diluídas,
geralmente preparadas pelo1a2 professor1a2.
3.1. Determine o volume de solução concentrada deste ácido necessário à preparação de 100,00 mL de 15
uma nova solução de concentração 0,65 mol dm- 3.
3.2. Das seguintes opções indique a que pode ser usada para determinar o fator de diluição da solução 10
preparada em 3.1. a partir da solução de ácido comercial.
1000 100
1A2 1C2
100 5
100 5
1B2 1D2
1000 100
4 A segunda etapa a ter em conta na preparação da atividade laboratorial é a seleção do material de 10
laboratório necessário.
Das seguintes opções indique o material de vidro mais adequado à preparação da solução diluída.
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101
Questionário Laboratorial 6
Grupo II
2 A leitura do menisco, por exemplo, numa pipeta volumétrica, deve ser realizada de forma a evitar erros 10
de paralaxe. Observe a figura seguinte e indique a opção que apresenta a forma correta de leitura do
menisco.
1A2 1B2
6 Se a solução diluída, preparada nesta atividade, fosse, posteriormente, transferida para um balão 10
volumétrico de 250 mL de capacidade e se se adicionasse água destilada até ao traço, …
1A2 … a concentração da nova solução mantinha-se.
1B2 … a nova solução ficava 10 vezes mais diluída do que a solução inicial.
1C2 … a nova solução ficava 25 vezes mais diluída do que a solução inicial.
1D2 … a nova solução ficava 5 vezes mais diluída do que a solução inicial.
Selecione a opção correta.
Grupo III
Num outro ensaio, prepararam-se 200,00 mL de uma solução de amoníaco de concentração 20
2,0 mol dm- 3 a partir de uma solução comercial com as seguintes informações no rótulo:
102
Guia do Professor
Sugestões do Programa
A reação fotoquímica em estudo envolve a transformação do ião prata em prata metálica e
libertação de cloro, sendo representada por:
A atividade deve realizar‑se em pequena escala para diminuir custos, evitar os riscos
associados à libertação de cloro e reduzir a formação de resíduos.
Devem utilizar‑se soluções de cloreto de sódio e de nitrato de prata de igual concentração.
Para investigar o efeito da luz sobre o cloreto de prata deve usar‑se luz branca, luz azul e luz
vermelha e usar como termo de comparação uma amostra ao abrigo da luz.
Deve discutir‑se o controlo de variáveis.
Metas transversais
Aprendizagem do tipo processual:
Guia do Professor
■■
Identificar material e equipamento de laboratório e manuseá‑lo corretamente, respeitando
regras de segurança e instruções recebidas.
■■
Operacionalizar o controlo de uma variável.
■■
Efetuar medições utilizando material de laboratório analógico, digital ou de aquisição automática
de dados.
Aprendizagem do tipo conceptual:
■■
Identificar o objetivo de um trabalho prático.
■■
Identificar o referencial teórico no qual se baseia o procedimento utilizado num trabalho prático,
incluindo regras de segurança específicas.
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■■
Interpretar e seguir um protocolo.
■■
Descrever o procedimento que permite dar resposta ao objetivo de um trabalho prático.
■■
Conceber um procedimento capaz de validar uma dada hipótese, ou estabelecer relações entre
variáveis, e decidir sobre as variáveis a controlar.
103
Exploração das Atividades Laboratoriais
Exploração da AL
De seguida, apresentam-se as propostas de resolução das questões pré e pós-laboratoriais, bem
como um possível conjunto de observações e respetivas conclusões/reflexões.
2
2.1. AgCL; NaCL; AgNO3; NaNO3.
2.2. AgNO31aq2 + NaCL1aq2 " NaNO31aq2 + AgCL1s2
3 Possível previsão: O cloreto de prata sofre, por efeito da luz, uma reação fotoquímica.
Proposta de execução da AL
Regras de segurança
Nitrato de prata
Pictogramas de perigo:
Palavra‑sinal: Perigo
Frases de perigo: H272 Pode agravar incêndios; comburente.
H314 Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves.
H410 Muito tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros.
Guia do Professor
Gás cloro
Pictogramas de perigo:
Palavra‑sinal: Perigo
104
Guia do Professor
Resposta: P304+P340+P315 EM CASO DE INALAÇÃO: retirar a vítima para uma zona ao ar livre e
mantê‑la em repouso numa posição que não dificulte a respiração. Consulte
imediatamente um médico.
P305+P351+P338+P315 SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire‑as,
se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. Consulte imediatamente um médico.
P332+P313 Em caso de irritação cutânea: consulte um médico.
P370+P376 Em caso de incêndio: deter a fuga se tal puder ser feito em segurança.
P302+P352 SE ENTRAR EM CONTACTO COM A PELE: lavar com sabonete e água
abundantes.
Registo de observações
Parte 1 Parte 2
Guia do Professor
Microtubo 1 Microtubo 2 Microtubo 3 Microtubo 4
Contexto Ausência de luz Luz branca Luz azul Luz vermelha
Conclusões
■■
A reação 2 AgCL1s2 " CL21g2 + 2 Ag1s2 apenas pode ocorrer por ação da luz, uma vez que, em
todos os tubos de ensaio, se verifica um escurecimento, exceto no tudo de ensaio que ficou na
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ausência de luz. Assim, verificou‑se que, por ação da luz, a seguinte reação vai ocorrer de forma
mais ou menos extensa:
2 AgCL1s2 " CL21g2 + 2 Ag1s2
1branco2 1negro2
105
Exploração das Atividades Laboratoriais
– entre a luz branca e a ausência de luz, apenas a luz branca causa escurecimento do precipitado,
que corresponde à formação de Ag1s2 a partir de Ag+1aq2.
– entre a luz azul e a luz vermelha, a luz azul, apesar de ter a mesma intensidade, provoca maior
escurecimento. Tal pode ser explicado pela maior energia por fotão dessa radiação.
Reflexões
■■
O tempo de exposição à luz do precipitado, nos diferentes contextos, deve ser rigorosamente
igual. Poderá ter acontecido um erro acidental na medição desses tempos.
■■
Se o tempo de exposição dos microtubos fosse superior a 3 min, seria expectável a observação de
diferença de cor nos precipitados mais significativa, nos diferentes contextos.
■■
Devem-se utilizar pequenas quantidades de reagentes na atividade realizada por várias razões:
– custo elevado do reagente que contém prata 1nitrato de prata2;
– formação de gás cloro 1venenoso2;
– o nitrato de prata é tóxico para organismos aquáticos, provoca queimaduras, lesões oculares
graves e é comburente.
Questões pós-laboratoriais
Na fase da projeção da imagem sobre o papel fotográfico, é utilizada luz branca que é filtrada
no negativo e projetada sobre sais de prata impregnados no papel fotográfico. As zonas escuras do
negativo impedem a transmissão da luz branca, o que originará uma projeção de sombra no papel
fotográfico, não provocando reação fotoquímica nos sais de prata aí existentes. As zonas mais
claras do negativo deixam passar a luz branca que atinge o papel que contém os sais de prata,
provocando nestes a reação fotoquímica estudada.
Numa fase posterior é utilizado o revelador que contém um catalisador com a função de
estender a reação fotoquímica a um maior número de átomos de prata. Nesta fase, a imagem
começa a surgir no papel.
Guia do Professor
Posteriormente, é utilizado o fixador, que tem por objetivo interromper a reação química,
sendo, de seguida, com a lavagem em água corrente por alguns minutos, retirados os resíduos
químicos presentes na fotografia. Verifica‑se que as zonas do papel que foram inicialmente
iluminadas apresentam um aspeto “preto”, enquanto que as outras ficaram a “branco” – resulta
assim a fotografia a preto e branco.
O efeito da luz é fundamental, desde logo, durante a projeção da imagem do negativo sobre o
papel fotográfico. Durante todo o processo de revelação é utilizada luz monocromática vermelha
de modo a permitir, por um lado, a visualização do espaço de trabalho e, por ser pouco energética,
não intervém, de forma significativa, nas etapas em que o processo tem de ser realizado na
ausência de luz.
106
Guia do Professor
Proposta de execução da AL
Material e equipamento por grupo de trabalho
■■
Papel de filtro ■■
4 caixas de Petri com tampas
■■
2 pipetas graduadas ■■
Solução de nitrato de prata 0,1 mol/dm3
■■
4 microtubos de ensaio ■■
Solução de cloreto de sódio 0,1 mol/dm3
■■
Suporte para microtubos de ensaio ■■
Papel celofane azul e vermelho
Procedimento experimental
Registo de observações
Contexto
Caixa de Petri 1
Ausência de luz
Caixa de Petri 2
Luz branca
Caixa de Petri 3
Luz azul
Caixa de Petri 4
Luz vermelha
Guia do Professor
Observações
Exploração da AL
Registo de observações
107
Questionário Laboratorial 7
1 Certo tipo de lentes utilizadas em óculos – lentes fotocromáticas – escurecem quando expostas ao sol e
voltam a ficar claras em ambientes fechados. A tecnologia utilizada na produção dessas lentes consiste na
utilização de sais de prata no vidro fundido. Com a incidência da luz solar, os iões prata são reduzidos a
átomos de prata metálica. Essa reação é reversível, tornando-se o vidro, de novo, totalmente transparente
quando deixa de incidir luz solar.
1.1. Indique a fórmula química da espécie que justifica o escurecimento das lentes dos óculos. 8
1.2. Atendendo ao processo descrito, escreva a equação que traduz o escurecimento das lentes. 10
2 Dependendo da energia da radiação envolvida, as reações fotoquímicas podem provocar dois tipos de 8
fenómenos:
I – Quebra de ligações químicas
II – Ionização de átomos ou moléculas
108
Questionário Laboratorial 7
Grupo II
Com o objetivo de estudar a ação da luz visível, de diferentes frequências, numa solução de cloreto de prata,
um grupo de alunos planeou uma atividade laboratorial, dispondo do seguinte material e reagentes:
Material e reagentes
■■
2 gobelés ■■
Caixa luminosa
■■
2 pipetas graduadas ■■
Solução de nitrato de prata 0,1 mol/dm3
■■
4 microtubos de ensaio ■■
Solução de cloreto de sódio 0,1 mol/dm3
■■
Suporte para microtubos de ensaio
1 Escreva a fórmula química dos compostos iónicos nitrato de prata, cloreto de sódio e cloreto de prata. 15
2 Escreva a equação química que traduz a reação fotoquímica que ocorre com o cloreto de prata. 20
3 As etapas do procedimento associadas à atividade laboratorial foram realizadas em duas partes, cujas
observações foram registadas numa tabela como a seguinte:
Parte I Parte II
Luz branca Ausência de luz Luz azul Luz vermelha
Tubo 1 Tubo 2 Tubo 3 Tubo 4
3.1. A que se deve o facto do cloreto de prata escurecer quando iluminado por radiação visível? 15
3.2. Indique o objetivo do procedimento seguido na parte I. 15
3.3. Indique o objetivo do procedimento seguido na parte II. 15
3.4. Relativamente às observações registadas, passados 3 minutos, quanto ao aspeto dos quatro tubos, 20
pode-se afirmar que…
1A2 … o tubo 1 apresenta um aspeto mais escurecido do que o tubo 2.
1B2 … os tubos 1 e 4 apresentam o mesmo aspeto.
1C2 … o tubo 4 apresenta um aspeto mais escurecido do que o tubo 3.
1D2 … o aspeto menos escuro foi o observado no tubo 2.
Selecione a1s2 opção1ões2 correta1s2.
3.5. Elabore um pequeno texto onde utilize, segundo a ordem apresentada, uma relação lógica entre as 20
seguintes expressões:
ação da luz visível / efeito fotoquímico / sais de prata / energia da radiação incidente /
comprimento de onda da radiação incidente / frequência da radiação incidente
Grupo III
Considere o seguinte texto.
Até finais do século XX, as câmaras fotográficas usavam, em geral, os filmes fotográficos. Esses filmes
são compostos por uma película de acetato coberta com gelatina, que contém substâncias fotossensíveis,
como sais de prata 1nitrato de prata2. A película fotográfica era comercializada enrolada dentro de uma
capa protetora para evitar que os sais de prata fotossensíveis reagissem antes de serem usados!
2 Indique os principais cuidados a ter com manuseamento do filme fotográfico. Refira-se à necessidade da 5
utilização da câmara escura aquando da revelação do filme fotográfico.
3 Numa das etapas da revelação de fotografia a preto e branco é utilizada a luz monocromática vermelha. 10
Indique a razão que determina a escolha preferencial de luz vermelha em vez de luz azul.
109
Propostas de resolução
Questionário Laboratorial 1 Vcubo máximo = 1,053 = 1,16 cm3 para identificar sais de sódio não deve
110
Propostas de resolução
2.2. 1D2. Grupo III 120 pt2 entre as moléculas de hexano – ligações
2.3. 1C2. dipolo instantâneo-dipolo induzido, de
Tópico A
m m 13,099 menor intensidade. Substâncias com
Grupo II 1120 pt2 r= § V= § V= § forças de ligação de intensidades muito
V r 19,282
distintas não são miscíveis.
1. – Encher completamente o VAu = 0,679334 mL = VH2O que sai do
picnómetro com água destilada. picnómetro. b2 A água e o metanol são miscíveis pois
– Introduzir a tampa do picnómetro com apresentam forças intermoleculares de
Tópico B intensidade semelhantes, neste caso,
um movimento vertical rápido que
rH2O = 0,996 g/mL ligações de hidrogénio.
obrigue a entrar para o seu interior todo
m m
o líquido. r= § 0,996 = §
V 0,679334 Grupo III 120 pt2
– Secar o exterior do picnómetro com
papel absorvente e verificar se está § m = 0,677 g de água que sai do A água é uma substância polar enquanto
completamente cheio até à marca. picnómetro que as partículas de gordura são
– Medir a massa dos pedaços de metal e apolares. Dado que “semelhante dissolve
registar o seu valor 1M12. semelhante” e dado que as duas
– Medir a massa do conjunto picnómetro
Questionário Laboratorial 4
substâncias são diferentes a nível de
cheio de água mais pedaços de metal 1ao polaridade, a gordura não é miscível em
Grupo I 160 pt2
lado2 e registar esse valor 1M22. água. Contudo, a utilização de um
– Retirar um pouco de água do 1. I e III – apolares; II – polar. detergente, como o representado na
picnómetro, introduzir os pedaços de 2. 1D2. figura, por possuir uma parte polar,
metal dentro do picnómetro e completar miscível em água, e outra apolar,
3.
com água até à marca. miscível na gordura, torna estas
3.1. Devido à maior intensidade das
– Secar o picnómetro com papel substâncias muito eficientes na lavagem
forças de ligação que se estabelecem
absorvente e medir a massa do de superfícies que contenham gorduras,
entre as suas moléculas.
picnómetro com água e pedaços de pois são capazes de as remover sob a
3.2. Dibromo e metanol.
metal. Registar esse valor 1M32. forma de micelas.
– Medir a temperatura da água e registar 4. 1C2.
o seu valor.
Grupo II 1120 pt2
Questionário Laboratorial 5
2.
2.1. Tópico A 1. 1A2 e 1D2.
Grupo I 160 pt2
M1
dmetal A = ± 2.
M2 - M3 O H H O H 1.
8,702 H H 1.1. 1C2.
± d= § d = 1,732
H C O H H C C C H
107,556 - 102,532 1.2. 1C2.
H H H
M1 2. 1.ª etapa – Cálculo da quantidade de
dmetal B = ± H H H H H H
matéria de iões K+
M2 - M3 H C C C C C C H
3,365 M 1KMnO42 = 158,03 g/mol
§ d= § d = 7,478 m 10,0
102,806 - 102,356
H H H H H H
n= = = 6,33 * 10- 2 mol de KMnO4
3. 1C2. M 158,03
Tópico B = 6,33 * 10- 2 mol de iões K+
4. Água – ligações de hidrogénio
Metal A: 2.ª etapa – Cálculo do número de iões K+
r Metanol – ligações de hidrogénio
d4 °C = d1q °C2 * água °C2 ±
1q
rágua 14 °C2 Acetona – ligações dipolo-dipolo N = n * NA = 6,33 * 10- 2 * 6,022 * 1023 =
Hexano – ligações dipolo induzido-dipolo = 3,81 * 1022 iões K+
0,999
± d4 °C = 1,732 * § d4 °C = 1,73 instantâneo
1,000
5. Grupo II 1120 pt2
Metal B:
rágua 1q °C2 5.1. Metanol + Água – miscível 1.
d4 °C = d1q °C2 * ± Acetona + Água – miscível
rágua 14 °C2 1.1. 1A2, 1B2, 1D2, 1E2 e 1I2.
Acetona + Metanol – miscível 1.2. 1A2 Pipeta conta-gotas; 1B2 Frasco de
0,999
± d4 °C = 7,478 * § d4 °C = 7,47 Hexano + Água – imiscível
1,000 reagente; 1D2 Funil para líquidos;
Hexano + Metanol – imiscível 1E2 Balão volumétrico; 1I2 Vareta de vidro.
Tópico C
Hexano + Acetona – imiscível
Por comparação com os valores 2.
5.2. 2.1. 1.ª etapa – Cálculo da quantidade de
EQ10-CLAB © Porto Editora
111
1.ª etapa – Cálculo da massa do soluto ± 0,2000 * Vi = 0,0400 * 50,00 § = 9,47 * 10- 19 J
m m
r = solução ± 1,05 = § § Vi = 10,00 mL A radiação em causa é capaz de provocar
Vsolução 200,00
1.2. 1D2. esta reação, pois a energia dessa
§ msolução = 210 g radiação é superior à energia de
2. 1A2.
Vágua ) Vsolução dissociação 18,3 * 10- 19 J2.
m m 3. Vareta de vidro, balão volumétrico de 3.3. 1A2.
r = água ± 1,00 = §
Vágua 200,00 capacidade 50 mL, funil de líquidos,
garrafa de esguicho, pipeta de Grupo II 1120 pt2
§ mágua = 200 g
capacidade 10 mL, frasco de reagente,
msoluto = 210 - 200 = 10 g 1.
pipeta conta-gotas, água destilada,
2.ª etapa – Cálculo da concentração do Nitrato de prata – AgNO3
solução de permanganato de potássio
ião sódio concentrada. Cloreto de sódio – NaCL
M 1Na2SO42 = 142,04 g/mol ci 0,200
4. fd = = = 5,00 Cloreto de prata – AgCL
m 10 cf 0,0400
n= = = 0,070 mol 2. 2 AgCL 1aq2 " 2 Ag1s2 + CL21g2
M 142,04 5. Significa que a solução preparada a
3.
0,070 partir da “solução-mãe” é 5,00 vezes
c=
n
= = 3.1. O cloreto de prata contém iões Ag+
V 200,00 * 10- 3 mais diluída do que esta.
que são fotossensíveis.
6. 1C2. 3.2. Comparação do efeito da iluminação
= 0,35 mol/dm3 de Na2SO4
da amostra de cloreto de prata com luz
A concentração molar desta solução em Grupo III 120 pt2
branca e com a ausência de luz.
iões sódio é 2 * 0,35 = 0,70 mol/dm3.
1.ª etapa – Cálculo da massa de soluto 3.3. Comparação do efeito da iluminação
msolução da amostra de cloreto de prata e daí
m
Questionário Laboratorial 6 r= ± 1,06 = § estudar o efeito da frequência da luz
Vsolução 1000
visível na reação fotoquímica no Ag+.
Grupo I 160 pt2 § msolução = 1060 g = 1,06 * 103 g 3.4. 1A2 e 1D2.
msoluto 3.5. A ação da luz visível provoca um
1. 1D2. % m/m = * 100 ±
msolução efeito fotoquímico nos sais de prata. Tal
2. 1.ª etapa – Cálculo da massa de
msoluto efeito é tanto mais visível quanto maior
soluto ± 0,250 = § for a energia da radiação incidente, ou
m
r = solução ± 1,366 =
m
§ 1,06 * 103 g
seja, quanto menor for o comprimento
Vsolução 1000
§ msoluto = 265 g de onda da radiação incidente ou maior
§ msolução = 1366 g
2.ª etapa – Cálculo da concentração da for a frequência da radiação incidente.
msoluto
% m/m = * 100 ± solução concentrada de NH3
msolução Grupo III 120 pt2
112