E.R - Passado Presente e Fé
E.R - Passado Presente e Fé
E.R - Passado Presente e Fé
VOLUME 9
1.a edição
Curitiba - 2019
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
CDD 370
Capa Doma.ag
Todos os direitos reservados à Imagens: ©Shutterstock
Editora Piá Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 431 Projeto Gráfico Evandro Pissaia
81310-000 – Curitiba – PR Imagens: ©Shutterstock/Feng Yu/Sebra
Site: www.editorapia.com.br
Fale com a gente: 0800 41 3435 Edição de Arte e Editoração Debora Scarante e Evandro Pissaia
Impressão e acabamento Pesquisa iconográfica Junior Guilherme Madalosso
Gráfica e Editora Posigraf Ltda. Ilustrações Danilo Dourado Santos
Rua Senador Accioly Filho, 500
81310-000 – Curitiba – PR Engenharia de Produto Solange Szabelski Druszcz
E-mail: posigraf@positivo.com.br
Impresso no Brasil
2020
sumário
Capítulo 1 Viver e morrer nas religiões 4
Mitos de origem da vida 6
©Shutterstock/Sekphd
Ritos fúnebres 17
Conceito de ressurreição 45
Religião e ecologia 70
©Fotoarena/Alamy
Religião e convivência 77
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Viver e morrer
nas religiões
©Shutterstock/Sekphd
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©Shutterstock/Sekphd
1 Orientação para abordagem do tema.
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OBJETIVOS
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©Shutterstock/Murat Hajdarhodzic
vez maiores e mais altas. Os egípcios passaram pela mudança do uso do tijolo de barro cozido
ao do tijolo de pedra, material mais resistente. Aprimoraram também a estrutura interna das
utensílios de uso pessoal e outros bens materiais – de possíveis saques dos túmulos.
3 Gabarito.
Observe as imagens a seguir e, com base nos textos sobre as sepulturas egípcias e
greco-romanas da Antiguidade, responda às questões.
Imagem 1 Imagem 2
©Pulsar Imagens/Palê Zuppani
©Futura Press/Fátima Meira
CESARINO, Pedro. Histórias indígenas dos tempos antigos. São Paulo: Claro Enigma, 2015. p. 15-19.
1. Escolha uma das narrativas e, em uma folha de papel, faça um desenho que a re-
presente.
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©Capela Sistina, Cidade do Vaticano
No princípio, Deus criou o céu e a Terra. Ora, a terra estava vazia e vaga, as trevas
cobriam o abismo, e um sopro de Deus agitava a superfície das águas.
Deus disse: “Haja luz” e houve luz. Deus viu que a luz era boa, e Deus separou a luz e
as trevas. Deus chamou à luz “dia”, e às trevas “noite”. Houve uma tarde e uma manhã:
primeiro dia.
Deus disse: “Haja um firmamento no meio das águas e que ele separe as águas das
águas”, e assim se fez. Deus fez o firmamento, que separou as águas que estão sob o
firmamento das que estão acima do firmamento, e Deus chamou ao firmamento “céu”.
Houve uma tarde e uma manhã: segundo dia.
[...]
Deus disse: “Que a terra verdeje de verdura: ervas que deem semente e árvores
frutíferas que deem sobre a terra, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente”,
e assim se fez. [...]
Deus disse: “Fervilhem as águas um fervilhar de seres vivos, e que as aves voem acima
da terra, sob o firmamento do céu”, e assim se fez. E Deus criou as grandes serpentes do
mar e todos os seres vivos que rastejam e que fervilham na água [...].
Deus disse: “Que a terra produza seres vivos segundo sua espécie: animais domés-
ticos, répteis e feras segundo sua espécie”, e assim se fez. [...]
Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem, como nossa semelhança, e que
eles dominem sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as
feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra”.
Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou; homem e mulher
ele os criou.
GÊNESIS. In: BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002. Cap. 1, vers. 1-27.
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MITOS DE ORIGEM DA MORTE utte
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| Hipno e Tânato
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Atualmente, “trabalho de Sísifo” é uma ex-
pressão utilizada para designar um esforço
inútil ou uma tarefa interminável.
©Shutterstock/Delcarmat
Documento 1 Documento 2
©Fotoarena/Alamy
Escultura em mármore
do templo de Artemisa, em
Éfeso, antiga cidade Grega,
325-300 a.C.
2. Os elementos do rosto de Supay não são os mesmos de uma pessoa comum. Quais
impressões eles despertam em vocês? O que vocês acham que eles podem significar?
3. Na escultura, Tânato tem asas e carrega uma espada. Que impressões esses elementos
despertam em vocês? O que vocês acham que eles podem significar?
©Fotoarena/Alamy
A tradição iorubá realiza o culto aos Egungun, espíritos ancestrais
| Culto aos Egungun em Ketu masculinos, para que conservem sua identidade após a morte e
continuem no convívio com as suas comunidades ou famílias.
RITOS FÚNEBRES
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Desde as civilizações antigas, os
ritos da morte são entendidos como
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É um momento em que a família e os
amigos podem fazer homenagens e
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meçam desde a preparação do corpo,
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recebendo maquiagens, vestimentas
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Forme um grupo com alguns colegas para conversar sobre as experiências que vocês
tiveram com rituais fúnebres. Além das experiências pessoais, podem ser discutidos
rituais fúnebres retratados na literatura e no cinema. Discutam a importância do
luto e do funeral para a expressão e a superação do sofrimento. Compartilhem
suas crenças religiosas a respeito dos rituais fúnebres, observando as diferenças e
as semelhanças entre eles.
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Depois, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, mas secretamente, por medo
dos judeus, pediu a Pilatos que lhe permitisse retirar o corpo de Jesus. Pilatos o permitiu.
Vieram, então, e retiraram seu corpo. Nicodemos, aquele que anteriormente procurara
Jesus à noite, também veio, trazendo cerca de cem libras de uma mistura de mirra e aloés.
Eles tomaram então o corpo de Jesus e o envolveram em faixas de linho com os aromas,
como os judeus costumam sepultar. Havia um jardim, no lugar onde ele fora crucificado e,
no jardim, um sepulcro novo, no qual ninguém fora ainda colocado. Ali, então, por causa
da Preparação dos judeus e por que o sepulcro estava próximo, eles depuseram Jesus.
JOÃO. In: BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002. Cap. 19, vers. 38-42.
Podemos afirmar que o sepultamento de Jesus foi típico dos enterros judeus? Justi-
fique sua resposta citando trechos da Bíblia.
~ Arqueólogos trabalhando na
restauração de urna funerária
no sítio arqueológico Altos
de São José, em São José dos
Campos
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Mulher visitando um túmulo durante
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drasticamente.
Agora que você conheceu diferentes concepções religiosas e culturais sobre a ori-
gem da vida e sobre o significado da morte, siga as orientações do professor para
brincar com o jogo das páginas 1 e 3 do material de apoio.
origem da angústia sobre a morte. Os seres humanos lidam com a morte de várias formas, os ritos
e a sua relação com o surgimento das narrativas míticas para a explicação do mundo.
Oriente os
alunos a
observar os
totens repre-
sentados e
a identificar
os elemen-
tos, como
animais ou
plantas, que
estão pre-
sentes nes-
ses objetos
simbólicos.
Converse
com a turma
sobre o simbolismo de alguns animais. Por exemplo, a águia pode significar coragem; a coruja, sabe-
doria; entre outros. Capítulo 1 | Viver e morrer nas religiões 25
6. Em 2 de novembro, é celebrado no Brasil o Dia de Finados. Nessa data, as famílias
se reúnem para homenagear os mortos e, em geral, visitam os cemitérios, limpam
os túmulos, levam flores e fazem agradecimentos e preces para aqueles que já se
foram. Leia os textos a seguir sobre o Kuarup (também chamado Kwaryp ou Quarup),
uma celebração de povos indígenas da região do Parque Indígena do Xingu, e outro
sobre o Dia dos Mortos, no México.
Documento 1
JUNQUEIRA, Carmen; VITTI, Vaneska T. O Kwaryp kamaiurá na aldeia de Ipavu. Estudos avançados,
v. 23, n. 65, p. 133-148, 2009.
©Shutterstock/Dina Julayeva
c) O que significa dizer que o Dia dos Mortos no México é um ritual em que a re-
cordação se sobrepõe ao esquecimento?
Espera-se que os alunos compreendam a importância desse ritual como uma forma de manter
aos colegas como os familiares homenageiam as pessoas queridas que já se foram. Inicie a fala
por meio dos textos e das impressões sobre a celebração da memória dos mortos para depois
religiosas. Por fim, deixe que comentem como isso ocorre na família de cada um.
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SOALHEIRO, Bárbara. Como fazíamos sem... São Paulo: Panda Books, 2006. p. 116 e 118.
b) Por que a autora afirma que a vida era pior quando não havia cemitérios?
Espera-se que os alunos concluam que, uma vez que os corpos não ficavam em local específico
para esse fim, como cemitérios, aumentava o risco de doenças da população, que ficava
exposta.
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Concepções de
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KL IMT,T Gustav. A vida e a morte. 1916.
1 óleo sobre tela, color,. 178 cm × 198 cm.
Museu Leopoldo, Viena.
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©Shutterstock/Opas Chotiphantawanon
2 Orientação para abordagem do tema.
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OBJETIVOS
Compreender as diferentes concepções de imortalidade: ancestralidade,
reencarnação, transmigração e ressurreição.
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cristã, judaica e islâmica.
ANCESTRALIDADE NAS
RELIGIÕES AFRICANAS
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BEVILACQUA, Juliana R.; SILVA, Renato A. da. África em Artes. São Paulo: Museu Afro Brasil, 2015. p. 33.
2. Quais são as funções da máscara placa e qual é a sua relação com a ancestralidade?
Essa máscara pode ser utilizada em ritos iniciáticos, agrários, fúnebres e em dias de trocas comerciais.
A relação da máscara com a ancestralidade pode ser percebida na sua utilização nos ritos agrários, já
que os ancestrais são vistos como guardiões do sucesso na agricultura e protetores do bem-estar da
sociedade.
Faça uma pesquisa sobre as máscaras africanas. Escolha a que mais chamou a sua
atenção e faça o que se pede a seguir.
1. Descreva a máscara: é de um animal, feminina, masculina, dos antepassados?
Justifique sua resposta com base nos traços da máscara.
Pessoal. Espera-se que os alunos façam uma leitura atenta dos traços da máscara e dos textos que a
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do espírito de nascer outra vez e
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36 Passado, presente e fé | Volume 9
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REENCARNAÇÃO NO ESPIRITISMO
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Capítulo 2 | Concepções de além-morte 37
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OUTROS PARA O OPRÓBRIO, TEU O
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PARA O HORROR ETERNO.
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DANIEL. In: BÍBLIA de : B ÍB L IA de Jerusalém , vers. 19.
ISAÍAS. In 2. Cap. 26
Jerusalém. São Paulo: Paulus, Paulus, 200
2002. Cap. 12, vers. 2.
NÃO VOS ADMIREIS COM ISTO: VEM A HORA EM QUE TODOS OS QUE
JOÃO. In: BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002. Cap. 5, vers. 28-29.
©Shutterstock/Elena Larina
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| Cemitério islâmico: profissionais (qãri ) declamam o Alcorão três dias depois de um falecimento
Capítulo 2 | Concepções de além-morte 39
DESTINO DA ALMA NO CANDOMBLÉ
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©Fotoarena/Mauro Akiin Nassor
| Ritual de sepultamento no
candomblé
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×Ǥ | Espírito sendo recebido por orixás e guias
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
©Shutterstock/Trendsetter Images
ANDRADE, Carlos D. de. Lição de coisas. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 76.
e marcas.
3. Sabemos que a morte é um fato da vida. De que maneira podemos tornar eternas
as pessoas que amamos?
Pessoal. Sugestão de respostas: Podemos torná-las eternas nas nossas lembranças e sentimentos ou
morre. Já o poema compreende que uma pessoa é eterna quando marca a vida daqueles com quem
TRANSMIGRAÇÃO NO ORIENTE:
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g Reencarnação ou transmigração Justificativa
Diferentemente da
transmigração, a reencarnação
Reencarnação
supõe a presença de outros
planos, inferiores e superiores.
surgia, branca como era a pele de Mani. A transmigração sugere que a alma pode animar outros
seres vivos e, no final desse processo, volta a Brahman, presente em todos os elementos da natureza.
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CONCEITO DE RESSURREIÇÃO
O termo “ressurreição” tem origem na palavra latina ressurrectio,
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Pois Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para
que todo que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna.
JOÃO. In: BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002. Cap. 3, vers. 16.
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crê. Leia-a a seguir.
Oração do Credo
Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu u
e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso senhor, r,
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu u
da virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos, foi cruci- HART, Aidan. Cristo
ficado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; Pantocrator. 2013. 1
mosaico. Igreja de São
ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado
Martinho, Cardiff.
à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a
julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja católica,
na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na
ressurreição da carne, na vida eterna.
Amém.
1. Como foi a morte e o pós-morte de Jesus? Cite trechos da oração em sua resposta.
Jesus “padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde
2. De acordo com o Credo, qual deve ser a crença do católico sobre o pós-morte?
O católico deve acreditar na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna.
MARCOS. In: BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002. Cap. 5, vers. 21-43.
A imagem que vocês vão montar com o quebra-cabeça está relacionada ao assun-
to estudado neste capítulo. Aproveite para verificar os detalhes da obra de arte.
Compartilhe com os colegas suas impressões sobre a obra e suas reflexões a respeito
da vida e da morte.
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2. Compare as duas representações e explique com qual das duas você mais se identi-
fica. Justifique sua resposta.
Pessoal. A concepção do Velho Testamento parece mais literal e inacessível, enquanto a do Novo
O CÉU NA RELIGIÃO dos Karimoyón. Revista Mundo e Missão, ano 11, n. 83, p. 16-17, jun. 2004.
que chega até a porta do grande povoado dos mortos. Lá, ao entardecer, acendem suas fogueiras e
se acomodam ao redor para conversar, recordando sua vida junto aos entes queridos”.
aos seus familiares em sonhos, para falar com eles, como quando estavam vivos? De fato, agem
2. Leia o texto a seguir, que trata das crenças dos povos indígenas da América do Norte.
Os xamãs eram pessoas muito importantes nas sociedades tribais. Os nativos acre-
ditavam que os xamãs eram capazes de comunicar-se com os espíritos do Mundo dos
Espíritos. Eles também atuavam como os médicos da tribo. Se algum membro estivesse
doente, o xamã faria uma cerimônia para expulsar a doença ou “espírito mau” do seu
corpo. Eles também podiam pendurar um apanhador de sonhos sobre a cama de uma
criança para evitar pesadelos.
©Shutterstock/Kikesanram
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~ Budismo
Transmigração
©Shutterstock/Lucky-photographer
~ Religiões africanas
Ancestralidade
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~ Judaísmo
Ressurreição
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~ Espiritismo
Reencarnação
~ Cristianismo
Ressurreição
A alimentação do além
Como o defunto voltava à vida no além, parecia totalmente natural que, nessa
nova existência, ele se alimentasse. Na verdade, não havia nada mais temido que uma
segunda morte, dessa vez definitiva. O defunto só conseguia escapar dela se fossem
regularmente levados à sua capela funerária alimentos e bebidas, sem os quais ele não
poderia sobreviver. Todo túmulo possuía, portanto, um anexo no qual eram depositadas
as oferendas que garantiam a sobrevida do morto.
A pesagem da alma
Todo defunto desejava ser recebido no reino de Osíris, o grande deus dos mortos. O
caminho que levava a ele, porém, era longo e penoso; o morto era submetido a inúmeras
provações, em especial à pesagem da alma, onde se procurava saber se ele havia sido bom
durante sua vida na Terra. Num dos pratos da balança colocava-se o coração do defunto.
No outro, uma pluma, símbolo da deusa da justiça e da verdade. Se o coração pesasse o
mesmo que a pluma, o homem havia sido bom e poderia entrar no reino de Osíris. Se o
coração pesasse mais que a pluma, havia sido mau e acabaria devorado por um monstro.
BELER, Aude G. de. O Egito Antigo: passo a passo. São Paulo: Claro Enigma, 2016. p. 56-57.
56
5. Com base no texto, responda às questões.
Essa prática se diferencia da dos egípcios porque busca agradar aos mortos, e não alimentar
suas almas.
pluma de avestruz, símbolo da verdade, alcançaria a vida eterna. Isso significava que a pessoa
d) Em sua opinião, o que uma pessoa deve ou não fazer para ser considerada boa?
Pessoal. Incentive os alunos a descrever atitudes como honestidade, compaixão, solidariedade,
humildade, etc.
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❤ ✿ ✚ ✾ ❖ ✐ ✈ ♠ ❂ ♣ ❀ , 2
para ir ao Paraíso.
Sugestão de resposta: Para os cristãos, as pessoas que, após passarem pelo dia do Juízo Final,
forem merecedoras, viverão por toda a eternidade no Céu. Já os que forem condenados passarão a
eternidade no Inferno.
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Valorização
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©Fotoarena/Alamy
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©Fotoarena/Alamy
1 Justificativa da seleção de conteúdos.
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OBJETIVOS
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com a vida.
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Quando olhamos para a sociedade como um sistema vivo, temos de admitir que
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sociedade. Uma sociedade ideal, portanto, é aquela em que a vida encontra as melho-
res oportunidades para emergir, desenvolver-se e realizar todo o seu potencial. Como
verificar se isso acontece de fato?
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habitação? Como estas necessidades estão sendo atendidas? Será por “dever” do poder
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nativa for a que encontramos, provavelmente estaremos diante de uma sociedade que
busca o ideal.
CARDIERI, Tarcísio (Org.). Como nossa sociedade realmente funciona? Como ela deveria funcionar?
Como fazer acontecer esse funcionamento ideal? São Paulo: Cultrix, 2007. p. 229.
©Shutterstock/Romolo Tavani
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AMEAÇAS À VALORIZAÇÃO DA VIDA
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lheres de todas as classes
sociais, etnias e regiões
brasileiras. Atualmente a
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res é entendida não como
um problema de ordem
privada ou individual,
mas como um fenômeno
estrutural, de responsabi-
lidade da sociedade como
um todo.
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contra as mulheres no Bra-
sil serem alarmantes, mui-
tos avanços foram alcan-
çados em termos de legis-
lação, sendo a Lei Maria da
Penha (Lei 11.340/2006)
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contra as mulheres do mundo.
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privada” (Capítulo I, Artigo 1.°).
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Pesquise instituições da região onde você vive que atuam para transformar a vida
das pessoas e trazer mais dignidade à população. Registre no caderno as ações
realizadas, informações sobre a população atendida, se há vínculo com alguma
instituição religiosa, há quanto tempo funciona, etc.
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resume e concilia todos os outros ensinamentos. Assim como
preservamos e zelamos pela nossa vida, precisamos fazê-lo pela
dos outros.
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e reencarne em planos superiores, é preciso praticar o bem, o
pessoas.
A preservação da vida era um dos preceitos fundamentais
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O budismo também defende todas as formas de vida,
por isso sua preservação é um dos maiores objetivos
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conviver com o outro e balancear as
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©Shutterstock/Luna Vandoorne
66
Observe a lista a seguir, que apresenta atitudes defendidas por diferentes religiões.
Explique como essas atitudes contribuem para a valorização da vida.
Artigo 25.o
1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida sufi-
©Wikimedia Commons/Joowwww
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-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário,
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serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no
desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice
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circunstâncias independentes da sua vontade.
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nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozam da mesma proteção social.
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sabemos que muitas atividades cotidianas são importantes para a valorização da vida e
para a melhoria da sua qualidade, sobretudo da vida de pessoas vulneráveis, entre elas,
moradores de rua.
PAPA abre lavanderia para pessoas sem teto em Roma. Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/
noticia/papa-abre-lavanderia-pra-pessoas-sem-teto-em-roma.ghtml>. Acesso em: 23 mar. 2019.
6 Sugestão de respostas.
1. Você considera a ação realizada pelo papa Francisco importante para a valorização
da vida? Justifique sua resposta.
2. Quais outras atividades do cotidiano (como lavar roupa) poderiam ser implantadas
nas cidades para melhorar a vida das pessoas mais pobres, principalmente dos mo-
radores de rua?
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cumprimento desses direitos.
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estar virado para cima.
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©Shutterstock/Rasika108
8 Orientação para abordagem do tema.
| Representação de Ganesha
70 Passado, presente e fé | Volume 9
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preservar os recursos naturais, defendendo a vida de toda as espécies.
©Shutterstock/Vectorx2263
9 Sugestão de respostas.
2. Como, no cotidiano, podemos melhorar nossa relação com o meio ambiente? Enu-
mere ações que você e sua família fazem ou podem fazer para isso.
©Shutterstock/Joseph Sohm
Wangari Maathai, uma mulher pelo
Quênia e pelas árvores
Quando se fala de heróis e ídolos da ciência, muito
se diz sobre o papel dos homens, e pouco, ou menor reco-
nhecimento, é dado às mulheres que estiveram lado a lado
dessas figuras históricas. Empunhando a própria ciência,
elas lutaram e lutam contra a corrente de um mundo impe-
riosamente masculino. Os obstáculos não são poucos, mas
acredito que, ao contar a história de mulheres importantes
para o mundo, seja possível traçar um fio de esperança e
motivação às meninas e mulheres do mundo que estejam
interessadas na formação de conhecimento científico e na
preservação da Natureza. [...] Assim foi Wangari Maathai, a
fundadora de um programa aclamado internacionalmente | Wangari Maathai, ativista
de replantio de áreas inteiras degradadas no Quênia, no ambiental do Quênia, 2005
Leste da África.
[...] A sacada genial de Wangari foi aliar a demanda pela restauração das áreas com
uma segunda demanda igualmente urgente: dinheiro para as famílias. Maathai anga-
riou um fundo monetário para pagar uma pequena quantia por cada árvore plantada e,
reconhecendo a falta de apego à terra como um dos problemas crescentes no Quênia,
montou seminários e grupos de discussões para informar os participantes de seus direitos
cívicos e envolvê-los na educação ambiental.
Wangari Maathai deixou um extenso legado. Escreveu 4 livros e ganhou cerca de
50 prêmios nacionais e internacionais – incluindo o Nobel da Paz de 2004 pelo seu tra-
balho humanitário, e o Conservation Scientist Award da Columbia University (USA) no
mesmo ano. Em 2009 Wangari foi nomeada Mensageira da Paz pelas Nações Unidas,
levando a mensagem de plantio baseado em comunidades locais pelo mundo. Mas
as vidas de símbolos mundiais também são finitas, e em 25 de setembro de 2011, aos
71 anos, Wangari faleceu devido a complicações de um câncer nos ovários. Entretanto,
o GBM [Green Belt Movement, criado por Wangari em 1977] continua vivo e em ação.
FERRARI, Giuliana. Wangari Maathai, uma mulher pelo Quênia e pelas árvores.
Disponível em: <https://www.oeco.org.br/colunas/colunistas-convidados/wangari-maathai-
uma-mulher-pelo-quenia/>. Acesso em: 30 mar. 2019.
Com base na reportagem sobre a vida de Wangari e nos temas trabalhados neste
capítulo, escreva no caderno algumas atitudes que podemos tomar para preservar
o meio ambiente.
INFÂNCIA
LAZER
VIDA
LIBERDADE
SAÚDE
IGUALDADE
EDUCAÇÃO
SEGURANÇA
MATERNIDADE
©Shutterstock/Mimagephotography
Documento 1
TRABALHADORES são achados comendo e dormindo junto com porcos no Piauí. Disponível em:
<http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2015/07/trabalhadores-sao-achados-comendo-e-dormindo-junto-
porcos-no-piaui.html>. Acesso em: 9 set. 2019.
©TV Clube/G1
74
1. Sobre a notícia, faça o que se pede.
NORTE E NORDESTE
TÊM OS MAIORES AUMENTOS NAS TAXAS DE HOMICÍDIOS
VARIAÇÃO PERCENTUAL
NA TAXA DE HOMICÍDIOS
ENTRE 2005 E 2015
100-238
50-100
0-50
-44-0
CRESCEU O HOMICÍDIO
DE PESSOAS NEGRAS
©Shutterstock/SpeedKingz
Integrado de Atenção e
Prevenção à Violência con-
tra a Pessoa Idosa (CIAPPI)
apontam que este tipo de
violência aumentou 320%
na comparação de janeiro
de 2019 com janeiro de
2018. [...]
“Às vezes fica cla-
ro que o idoso sofre este
tipo de violência. Mas,
em outros casos, não, e aí
começamos com o acolhi-
mento, fazendo com que
o idoso fique à vontade, e
no decorrer da conversa vamos identificando todas as características de violação. É
necessário destacar que violência psicológica é crime”, disse a assistente social do pro-
grama, Glória Cavalcante. Essa violência psicológica se materializa em gritos, agressões
verbais, insultos e deve ser denunciada por qualquer pessoa para a proteção do idoso.”
O CIAPPI atua com atendimento especializado, escuta qualificada e humanizada,
serviço de orientação psicossocial e jurídica. Também realiza encaminhamentos dos
casos de violência, maus-tratos e abandono à rede integrada de promoção e defesa
dos direitos da pessoa idosa. “O centro atua com o objetivo difundir, cada vez mais, as
ações de enfrentamento às violações contra a pessoa idosa, além de sensibilizar a so-
ciedade quanto ao seu papel de denunciar”, destacou o secretário executivo de Direitos
Humanos, Diego Barbosa.
RELIGIÃO E CONVIVÊNCIA
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príncipe para buscar a iluminação, ou seja, a superação de todo tipo de sofrimento, e,
depois de alcançá-la, se dedicou a ajudar outras pessoas a chegar lá.
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humanos acabarem com o sofrimento e viverem em harmonia é evitar os “extremos da
vida”, buscando, assim, seguir o “caminho do meio”.
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Óctuplo. Esses princípios visam orientar comportamentos que contribuem para as pessoas
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compreensão
correta
concentração pensamento
correta correto
©Wikimedia Commons/Esteban.barahona Shazz
atenção fala
correta correta
modo de vida
correto
Não mentir, não falar em vão, não usar Sugestão de respostas: não mentir ou
palavras ofensivas, ser encorajador e falar mal dos outros, não participar de
Fala correta prestativo, falar com gentileza e respei- fofocas, não xingar ou ofender, respon-
to para ajudar o próximo, promovendo der aos outros com gentileza e educa-
a paz e nunca a discórdia. ção, não fazer críticas que magoem.
Meditar para ter uma mente calma, Sugestão de respostas: ter momentos
Concentração
concentrada e consciente das ações do de introspecção, como oração, medita-
correta pensamento, da fala e do corpo. ção, contemplação, etc.
Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que alguns valores (como a bondade, a
ser adotados por pessoas de todas as crenças (e também pelos que não creem) para uma
Mas a misericórdia à qual somos chamados abrange toda a criação, que Deus nos con-
fiou para sermos os seus administradores e não exploradores ou, pior ainda, destruidores.
PAPA FRANCISCO. Audiência geral inter-religiosa. 28 out. 2015. Disponível em: <http://w2.vatican.
va/content/francesco/pt/audiences/2015/documents/papa-francesco_20151028_udienza-generale.html>.
Acesso em: 29 abr. 2019.
De acordo com o papa Francisco, todos devem estar comprometidos com a miseri-
córdia, principalmente os líderes religiosos. Em um mundo marcado pela violência, pela
intolerância e pela ganância, a misericórdia é um dos caminhos para a construção de um
futuro mais solidário e comprometido com os necessitados.
©Folhapress/Caio Guatelli
14 Orientação para abordagem do tema.
©Shutterstock/Mihai Maxim
©Shutterstock/Alexandros Michailidis
©Shutterstock/BlurryMe
©Shutterstock/Karl_Sonnenberg
Faça um cartaz no qual o tema principal seja o combate à violência contra a mulher.
Você pode pesquisar dados sobre essa situação para incluir no seu cartaz.
Alguém que prega o amor, a paz, o respeito e a igualdade entre todos os seres não
passa em branco nesse mundo. Deixa uma marca que não se apaga, e ensinamentos
que perpassam gerações.
Mahatma Gandhi, morto há exatos 70 anos, é um dos líderes
políticos e religiosos mais importantes da história. Enquanto
viveu, no século 20, teve pensamentos e atos revolucionários
para uma pessoa que era contra qualquer tipo de violência.
Na sua luta nacionalista, ele fez com que as atenções
se voltassem para a Índia, até então considerada um sub-
mundo, como explica Lidice Meyer, professora de História
das Ciências das Religião da Mackenzie de São Paulo.
[...]
Para Emiliano Unzer, professor de História da Ásia
©Shutterstock/D_odin
c) Quais foram os conceitos filosóficos e religiosos que Gandhi usou na luta pela
independência da Índia?
Não violência e busca pela verdade.
Artigo 25.o
1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à
sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário,
ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e
tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice
ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes
da sua vontade.
2. A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas
as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozam da mesma proteção social.
Verifique se as imagens selecionadas pelos alunos estão de acordo com os temas tratados no artigo
25º. da Declaração Universal dos Direitos Humanos (direito à alimentação, ao vestuário, à moradia, a
cuidados médicos, à maternidade e à infância saudável).
com dignidade.
6. A misericórdia pode ser entendida como o ato de contribuir para o bem das pessoas
que mais necessitam. Ela também pode auxiliar na manutenção da vida e da digni-
dade humana. Explique de que modo as religiões compreendem a misericórdia.
• Cristianismo: Para o cristianismo, a misericórdia pode ser praticada com atitudes que valorizem
• Budismo: Para os budistas, a misericórdia se relaciona com a compaixão, que sempre deve ser
praticada.
A floresta está viva, e é daí que vem sua beleza. Ela parece sempre nova e úmida, não
é? Se não fosse assim, suas árvores não seriam cobertas de folhas. Não poderiam mais
crescer, nem dar aos humanos e aos animais de caça os frutos de que se alimentam. Nada
poderia nascer em nossas roças. Não haveria nenhuma umidade na terra, tudo ficaria
seco e murcho, pois a água também está viva. É verdade. Se a floresta estivesse morta,
nós também estaríamos, tanto quanto ela! Ao contrário, está bem viva. Os brancos talvez
não ouçam seus lamentos, mas ela sente dor, como os humanos.
KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã Yanomami. São Paulo:
Companhia das Letras, 2015. p. 468.
• De acordo com o texto lido, por que é importante preservar e valorizar a natureza?
Porque, sem a natureza, nada poderia existir, nem mesmo os seres humanos.
4
Projetos
de vida
©Shutterstock/Pio3
88
1 Orientação para abordagem do tema.
89
OBJETIVOS
Compreender como princípios e valores religiosos podem incentivar a formação
de pessoas e de grupos comprometidos com ações de solidariedade e
responsabilidade social.
sinceridade
são fundamentais para uma bom senso
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Os valores funcionam como placas que orientam as ações de cada um. Um valor ético
muito importante é a responsabilidade. Sabemos que muitos indivíduos consideram esse
valor na construção dos seus projetos de vida. Já outros percebem diferentes interesses
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problemas sociais.
Outro exemplo é a amizade, um valor importante para a vida em sociedade. Os vínculos
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nos ajudam a ter empatia pelas dores e tristezas do outro. Esse valor deve ser cultivado
todos os dias para que não nos afastemos de quem se importa conosco. É comum que o
tempo, a distância e as atividades cotidianas nos afastem de alguns amigos, mas tentar
cultivar essas amizades é fundamental. Uma mensagem ou telefonema àquele amigo que
não vemos há um tempo pode nos ajudar a fortalecer ou refazer laços.
Atualmente, com a popularização dos smartphones, as pessoas têm se isolado em
mundos particulares. Ao entrar no transporte público, ou mesmo ao observar o pátio de
uma escola, é bastante comum vermos dezenas de jovens concentrados em telas. Apesar
de a tecnologia poder ser utilizada para fazer e manter amizades a distância, ela tem
sido usada, frequentemente, para evitar contatos pessoais que criam laços profundos e
dependem de abraços, olhares e gestos de carinho e cuidado que apenas a convivência
pode proporcionar. A amizade traz consigo valores como cooperação e solidariedade,
essenciais para o trabalho em grupo e a vida em sociedade.
outro após dedicar tempo e atenção especial a uma pessoa de quem gostamos.
©Shutterstock/Rawpixel.com
Princípio
©Shutterstock/Sarayut_sy
1. Responsabilidade
©Shutterstock/Zolnierek
Tecnologia
3 permite aos Os brasileiros têm liberdade
para escolher suas profissões e,
brasileiros cada vez mais, para escolher seu
trabalhar em casa ambiente de trabalho.
(home office)
3. Liberdade
©Shutterstock/Arthimedes
4. Solidariedade
Documento 1
Devolvendo o presente
Buda estava conversando com seus
alunos embaixo de uma linda árvore quan-
do, de repente, apareceu um jovem bêbado
desafiando o mestre para uma briga. Para
surpresa geral, o mestre aceitou.
Abriu-se uma roda, Buda de um lado,
o jovem do outro. Antes de partir para cima
do mestre, o jovem bêbado começou a jogar
terra na cara de Buda. Este não se mexeu.
Então, o jovem começou a cuspir na direção
do rosto de Buda, e novamente ele nada fez.
Restava usar as palavras: o jovem xingou
Buda de coisas horrorosas, e este também
nada fez.
Por uma hora inteira tudo se repetiu: terra no rosto, cusparadas e xingamentos. O
jovem, não suportando a passividade do mestre, foi embora gritando, morrendo de ódio.
95
Os alunos, espantados, aproximaram-se de Buda e disseram:
– Quanta humilhação, mestre! Ele lhe jogou terra no rosto, cuspiu, xingou, e o senhor
não fez nada!
Buda se limpou e disse com serenidade:
– Alunos, quando alguém vai à sua casa levando um presente e vocês não aceitam,
com quem fica o presente?
– Com quem o levou – disse um dos alunos.
– Então, ouçam e aprendam: quando alguém joga em você ódio, raiva e veneno e
vocês não aceitam nada disso, com quem ficam esses sentimentos?
Aquelas palavras calaram fundo na alma dos alunos.
BRENMAN, Ilan; ZILBERMAN, Ionit. As 14 pérolas budistas. 1. ed. São Paulo: Brinque Book, 2010. p. 41.
c) Quando questionado sobre sua passividade diante das agressões, qual ensina-
mento Buda transmitiu aos alunos?
Buda ensinou que o ódio faz mal apenas a quem o sente e a quem o aceita. Quem se mantém
em paz não pode ser prejudicado por atos ou sentimentos de ódio alheios.
d) Quais valores você identificou nessa história? Qual é a importância desses valores
para a nossa vida?
Pessoal. Incentive os alunos a perceber a importância da resolução pacífica de conflitos.
As bem-aventuranças
Felizes os pobres no espírito, porque
deles é o Reino dos Céus.
Felizes os mansos, porque herdarão
a terra.
Felizes os aflitos, porque serão con-
solados.
Felizes os que têm fome e sede da
justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque
alcançarão misericórdia.
Felizes os puros no coração, porque
verão a Deus.
Felizes os que promovem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus.
Felizes os que são perseguidos por
causa da justiça, porque deles é o Reino BLOCH, Carl. Sermão da Montanha. 1877. 1 óleo sobre
cobre, 104 cm x 92 cm. Palácio de Frederiksborg, Hillerod.
dos Céus.
Felizes sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o
mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa
recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós.
MATEUS. In: BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002. Cap. 5, vers. 3-12.
e perseguições.
Em pequenos grupos, faça uma pesquisa sobre outras ações sociais realizadas por
instituições religiosas nas quais se destacam alguns valores éticos citados neste
capítulo. A pesquisa pode ser feita em livros, revistas e na internet ou visitando as
instituições e fazendo entrevistas com voluntários. Em seguida, registre no caderno
os resultados encontrados.
©Shutterstock/Odua Images
99
Um exemplo de projeto de vida realizado no âmbito familiar foi o da família Schurmann.
Depois de dar várias voltas ao mundo com a família em um barco, Heloísa, a matriarca,
escreveu um livro para contar as aventuras e os aprendizados durante a viagem por
54 países, além de uma série de relatos sobre a riqueza do contato com tantas culturas
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de sonhos em realidade.
Veja algumas dicas de Heloísa Schurmann sobre como transformar sonhos em rea-
lidade.
©Folhapress/Adriana Zehbrauskas
a) Qual é a relação que Heloísa Schurmann estabelece entre dar uma volta ao
mundo de barco e administrar uma empresa?
Para ela, nas duas situações, é fundamental desenvolver um projeto, manter a equipe motivada
b) Identifique no texto quatro elementos que, segundo Heloísa, são essenciais para
uma equipe transformar um sonho em realidade. Registre-os aqui.
Sugestão de respostas: foco, espírito de equipe e disciplina; compartilhar não só o sonho, mas
também o que pode dar errado; deve ser um projeto que traga “entusiasmo, brilho nos olhos”;
c) Leia novamente esta afirmação de Heloísa: “Minha vida sempre foi uma vida de
sonhos. Meu pensamento é: tenha tempo para viver o sonho (idealizar), mas tire
o tempo para realizá-lo”. Explique a relação entre sonho e projeto.
De acordo com Heloísa, não adianta apenas sonhar e idealizar, é preciso colocar o sonho em
prática.
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sou eu?”. A capacidade de conhecer a si mesmo vai muito além de reconhecer a própria
imagem em um espelho ou saber citar os gostos pessoais, por exemplo.
©Editora Record
ϐ±O diário
de Anne Frank. Publicado pela primeira vez
em 1947, trata-se de um diário real, escrito
pela jovem Anne Frank (1929-1945) entre
seus 13 e 15 anos de idade.
Anne Frank era judia e precisou se escon-
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que acontecia no momento.
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em quadrinhos, paródia, vídeo, etc.).
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aprender com o autor.
1. Escolha um lugar tranquilo da escola, leve seu lápis e, com bastante atenção, avalie
de 1 a 10 como você tem se desenvolvido nas diferentes áreas da sua vida, preen-
chendo uma nota em cada segmento da roda.
VIDA SAÚDE,
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a) Para qual área você tem dado mais atenção? Avalie por quê.
Pessoal. Incentive os alunos a perceber que as áreas para as quais eles dão mais atenção
b) Para qual área você tem dado menos atenção? Avalie por quê.
Pessoal. Incentive os alunos a perceber que as áreas para as quais eles dão menos atenção
c) De que maneira você pode se dedicar às áreas que têm recebido menos atenção?
Pessoal. Se necessário, auxilie os alunos a pensar em caminhos para se dedicarem mais a
determinadas áreas.
Preencha o quadro com os valores que são mais importantes para você. Apresente
situações reais que desafiam a aplicação desse valor e registre de que maneira você
vence esses desafios.
a) Compartilhe as respostas com os colegas e procure refletir sobre quais valores são
mais importantes para eles e de que maneira os colegas resolvem seus desafios.
b) Para finalizar a atividade, escreva no caderno um pequeno texto sobre como
praticar os valores que são mais importantes para você, mesmo em situações
desafiadoras.
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Agora que você viu que seu moinho não só ajudou sua família, mas gerou esperança
em cima de energia elétrica e renovável, quais são seus próximos planos?
Depois de fazer faculdade, talvez nos EUA, quero voltar ao Malauí e descobrir maneiras de
produzir energia barata e renovável nas vilas. Quero construir bombas-d’água de baixo custo e
que possam ser operadas facilmente. E também colocar um moinho de vento em cada cidade
do Malauí. [...] Em vez de esperar o governo levar eletricidade até as vilas por linhas de força,
vamos construir moinhos de vento e gerá-la nós mesmos.
SANTOS, Ricardo. Conversamos com William Kamkwamba, o menino africano que construiu um
moinho com lixo e dois livros de física. Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/
Galileu/0,,EDG87250-8489,00.htmL>. Acesso em: 10 set. 2019.
durante a seca, o que proporcionaria alimentação e renda para as famílias dos agricultores.
e dedicação.
3. Você já se dedicou a um projeto que visava trazer melhorias para sua comunidade?
Como foi a experiência?
Pessoal. Incentive os alunos a compartilhar suas experiências.
4. Após essa reflexão, o que você acrescentaria como objetivo no seu projeto de vida?
Pessoal. Incentive os alunos a avaliar se o projeto de vida deles leva em consideração o bem-estar do
Na página 15 do material de apoio, você vai encontrar duas cartelas de bingo para
recortar. Siga as orientações do professor para jogar com os colegas.
b) Pense como seria um futuro melhor para todos os seres vivos e cite os valores
que devem orientar essa busca.
Pessoal. Incentive os alunos a pensar em valores positivos para o desenvolvimento da comuni-
4. Leia o trecho a seguir, da obra Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.
Ao ver Alice, o gato só sorriu. Parecia amigável, ela pensou; ainda assim, tinha garras
muito longas e um número enorme de dentes, de modo que achou que devia tratá-lo
com respeito.
“Bichano de Cheshire”, começou, muito tímida, pois não estava nada certa de que
esse nome iria agradá-lo; mas ele abriu um pouco mais o sorriso. “Bom, até agora ele
está satisfeito”, pensou e continuou: “Poderia me dizer, por favor, que caminho devo
tomar para ir embora daqui?”
“Depende bastante para onde quer ir”, respondeu o Gato.
“Não importa muito para onde”, disse Alice.
“Então não importa que caminho tome”, disse o Gato.
“Contanto que eu chegue a algum lugar”, Alice acrescentou à guisa de explicação.
“Oh, isso você certamente vai conseguir”, afirmou o Gato, “desde que ande bastante.”
CARROLL, Lewis. Aventuras de Alice no País das Maravilhas; através do Espelho e o que Alice encontrou
por lá. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2009. p. 76-77.
queria ir, e isso a atrapalhou, pois o Gato não pôde ajudá-la a chegar a lugar algum.
b) Sem saber para onde queria ir, faria diferença qual caminho Alice seguiria?
Espera-se que os alunos percebam que a personagem queria sair de onde estava, mas sem
saber para onde queria ir; poderia seguir qualquer caminho que a levasse a qualquer lugar,
melhorá-los.