4 Ano - Ens. Religioso

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CLAUDIA REGINA KLUCK

GISELE MAZZAROLLO
SONIA DE ITOZ

VOLUME 4
LIVRO DO PROFESSOR

1.a edição
Curitiba - 2019
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

K66 Kluck, Claudia Regina.


Ensino Religioso : passado, presente e fé / Claudia Regina
Kluck, Gisele Mazzarollo, Sonia de Itoz ilustrações Dayane
Raven, Danilo Dourado Santos. – Curitiba : Piá, 2019.
v. 4 : il.

ISBN 978-85-64474-88-8 (Livro do aluno)


ISBN 978-85-64474-89-5 (Livro do professor)

1. Educação. 2. Estudo religioso – Estudo e ensino. 3. Ensino


fundamental. I. Mazzarollo, Gisele. II. Itoz, Sonia de. III. Raven,
Dayane. IV. Santos, Danilo Dourado. V. Título.

CDD 370

© 2019 Editora Piá Ltda.

Presidente Ruben Formighieri


Diretor-Geral Emerson Walter dos Santos
Diretor Editorial Joseph Razouk Junior
Gerente Editorial Júlio Röcker Neto
Gerente de Produção Editorial Cláudio Espósito Godoy
Coordenação Editorial Jeferson Freitas
Coordenação de Arte Elvira Fogaça Cilka
Coordenação de Iconografia Janine Perucci

Autoria Gisele Mazzarollo


Reformulação dos originais de
Claudia Regina Kluck e Sonia de Itoz
Edição de conteúdo Lysvania Villela Cordeiro (Coord.) e
Michele Czaikoski Silva
Edição de texto Giorgio Calixto de Andrade e
Mariana Bordignon Strachulski de Souza
Revisão João Rodrigues
Consultoria Sérgio Rogerio Azevedo Junqueira

Capa Doma.ag
Todos os direitos reservados à
Editora Piá Ltda.
Imagens: ©Shutterstock
Rua Senador Accioly Filho, 431 Projeto Gráfico Evandro Pissaia
81310-000 – Curitiba – PR
Site: www.editorapia.com.br Imagens: ©Shutterstock/
Fale com a gente: 0800 41 3435 KanokpolTokumhnerd/Zaie
Ícones: Patrícia Tiyemi
Impressão e acabamento
Gráfica e Editora Posigraf Ltda. Edição de Arte e Editoração Debora Scarante e Evandro Pissaia
Rua Senador Accioly Filho, 500
81310-000 – Curitiba – PR Pesquisa iconográfica Junior Guilherme Madalosso
E-mail: posigraf@positivo.com.br
Impresso no Brasil Ilustrações Dayane Raven e Danilo Dourado Santos
2020 Engenharia de Produto Solange Szabelski Druszcz
Sumário
Capítulo 1 RITOS PARA CADA MOMENTO 6

Cada um tem os seus ritos ___________________________________________ 8


Nascimento e iniciação religiosa __________________________________ 12
Casamento: dois que se tornam um _____________________________ 17

Capítulo 2 RITOS PARA ALÉM DA VIDA 24

Etapas da vida ____________________________________________________________ 27


&HULPÏQLDƬQDO ___________________________________________________________ 30
E depois? Diferentes respostas para o pós-morte __________ 41

ENCONTRANDO O
Capítulo 3 SAGRADO NA ARTE 46

Os mistérios da vida e da morte nas culturas ________________ 50


A arte e as religiões _____________________________________________________ 58
A dança e o sagrado ____________________________________________________ 61

Capítulo 4 DESCOBRINDO A DIVINDADE 64

O que é transcendência? 67
_____________________________________________

Deus uno-trino ___________________________________________________________ 74


Deus no plural ____________________________________________________________ 76
MEUS
AMIGOS
Neste ano escolar, os personagens do seu
livro contarão um pouco mais sobre as religiões
a que pertencem. Também vão falar a respeito
de alguns ritos religiosos e do que acreditam
que acontece após a morte, além de mostrar a
presença do sagrado na arte.
Dayane Raven. 2016. Digital.
1 Orientações
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para a abordagem do Ensino Religioso.

OLÁ, AMIGOS! MEU NOME É FELIPE. SOU


EVA
EVANGÉLICO. EM MINHA IGREJA, APRENDI QUE DEUS
É O PAI DE TODA A HUMANIDADE.

EU SOU LEZA E MINHA RELIGIÃO É O


CANDOMBLÉ. ESTOU FELIZ POR ESTAR COM
VOCÊS, MAS AO MESMO TEMPO TRISTE,
POIS MINHA AVÓ ESTÁ MUITO DOENTE.

EU SOU O SIKULUME! NÓS DA UMBANDA OLÁ, SOU MANJARI!


ACREDITAMOS NO GRANDE PAI, QUE SE NA MINHA RELIGIÃO, O
CHAMA OLORUM. BUDISMO, NÃO TEMOS UM
DEUS. PARA NÓS, BUDA
É UM GRANDE MESTRE
ESPIRITUAL.

EU SOU YUREM! FAÇO PARTE


DO ISLAMISMO. CHAMAMOS O
NOSSO GRANDE PAI DE ALLAH.

Dayane Raven. 2016. Digital.


OI, SOU
ABNER. MINHA
RELIGIÃO É O
JUDAÍSMO E, NA EU SOU POTIRA E PERTENÇO OA
SINAGOGA QUE IRO.
UM GRUPO INDÍGENA BRASILEIRO.
FREQUENTO, EM MINHA ALDEIA, OS LÍDERES
ESS
ORAMOS A RELIGIOSOS E CURANDEIROS SÃO
DEUS. CHAMADOS DE PAJÉS.

SOU DULCE E ESTE


MEU NOME É ESTELA, QUE SIGNIFICA
É TECO, MEU CÃO-
ESTRELA. MORO COM MINHA MÃE
-GUIA. SOU CATÓLICA
E NOS FINS DE SEMANA VISITO MEU
E, QUANDO VOU À
PAI. QUANDO ELES SE SEPARARAM,
IGREJA, REZO SEMPRE
DECIDIRAM QUE EU MUDARIA DE
PARA DEUS, A QUEM
ESCOLA. SEI QUE AQUI VOU APRENDER
CHAMO DE PAI.
MUITO E FAZER NOVOS AMIGOS!
CAPÍTULO 1
RITOS PARA
CADA MOMENTO
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6
2 Orientações para a abordagem do capítulo.

Neste capítulo, você vai aprender o que são ritos e verá


que eles estão presentes em diversas situações, podendo
ser religiosas ou não.
Com a ajuda dos personagens do seu livro, você tam-
bém vai conhecer exemplos de ritos de iniciação religiosa e
de casamento, realizados em diferentes religiões.

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©Shutterstock/Tan

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Photoagencia/Er
aldo Peres

! Monges budistas meditando ! Kuarup – ritual fu


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©Shutterstock/ChameleonsEye
a região do povos
Xingu

! Yom Kippur, Dia do Perdão do Judaísmo


7
3 Orientações para a realização das atividades.

1. Observe as imagens a seguir.

©Shutterstock/Rawpixel.com

©Shutterstock/tomgigabite
©Shutterstock/Wavebreakmedia

2. Converse com os colegas sobre este assunto: Quais gestos as crianças precisam repetir para realizar as
brincadeiras que aparecem nas imagens observadas?

CADA UM TEM OS SEUS RITOS


4 Encaminhamento metodológico.
Em nosso dia a dia, repetimos ações ligadas a certos hábitos e regras, como escovar os dentes
pela manhã, após as refeições e antes de dormir, ou levantar a mão e esperar a vez de falar, entre
outras. Também usamos gestos, palavras e atitudes para expressar sentimentos, desejos, crenças e
assim por diante. Por exemplo, quando gostamos muito de uma pessoa, repetimos alguns gestos
ou palavras para expressar o que sentimos, como abraçá-la, dizer ou escrever bilhetes com palavras
de afeto, entre outros. Esses gestos simbolizam nosso sentimento.
Quando um indivíduo ou um grupo repete gestos simbólicos de acordo com regras, em cer-
tas ocasiões, esses atos são considerados ritos. Assim, encontramos ritos em diversas situações do
dia a dia e também em situações especiais, religiosas ou não, como os momentos de celebração.

8 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


5 Orientações para a realização das atividades.

1. Observe a seguir a descrição de alguns momentos que fazem parte da vida humana. Eles estão rela-
cionados a diferentes celebrações, religiosas ou não religiosas.

A visita de um parente que há muito tempo A morte de alguém especial.


não se via. Momento triste, que pede a união de
Recebê-lo é uma grande alegria e um motivo de festa! familiares e amigos em busca de consolo.

Um casamento. Um nascimento.
A família toda se prepara para a festa. É Que alegria! É hora de festejar a chegada de um
muita alegria e diversão! novo membro na família e na comunidade.

A formatura de um membro da família.


Toda a família festeja e fica feliz com essa conquista!

2. No espaço a seguir, registre:

a) um momento em que sua família faz algum tipo de comemoração ou celebração.

b) um ritual que sua família realiza para comemorar ou celebrar esse momento.

TTeco trouxe um bilhete da Dulce para você. Leia-o com atenção.


©Shutterstock/Forgem

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Dayane Raven.
2016. Digital.

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9
RITOS RELIGIOSOS 6 Orientações para abordagem do tema.

Os ritos ocorrem em diversas situações e também estão presentes nas religiões. Cada religião
tem os próprios ritos relacionados com as regras que seus seguidores devem respeitar: no dia a dia,
quando se encontram, em momentos de estudo, nas cerimônias ou nas festividades e assim por diante.

©Shutterstock/George Muresan
©Pulsar Imagens/Ismar Ingber

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©Getty Images/AFP/Joseph Eid

©Shutterstock/gnomeandi

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Algumas religiões têm celebrações similares, mas com detalhes distintos de acordo com os
diversos grupos e as culturas com os quais se relacionam. Observe, a seguir, alguns exemplos de
celebrações que envolvem ritos de iniciação religiosa.
No Judaísmo e no Islamismo, há cerimônias para a escolha do nome e para a apresentação
dos bebês nos templos.
Na maioria das Igrejas Evangélicas, o bebê é apresentado à igreja nos primeiros meses de vida,
lembrando a apresentação de Jesus ao templo. O batismo ocorre mais tarde, na adolescência.
Na Igreja Católica e na Igreja Luterana (que é protestante), o bebê é batizado nos primeiros
meses da vida e, na adolescência, realiza a confirmação do batismo.
Na Umbanda, o batizado também ocorre nos primeiros meses de vida, tendo algumas seme-
lhanças com o batismo católico, como o fato de haver padrinhos para a criança.

10 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


No Judaísmo, os meninos participam do Bar Mitzvá, e as Bar Mitzvá: rito que ocorre
meninas, do Bat Mitzvá. Esses ritos marcam a passagem dos quando o menino faz 13 anos.
Bat Mitzvá: rito que ocorre
adolescentes para uma espécie de “maioridade religiosa”.
quando a menina faz 12 anos.
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©Shutterstock/Lerner Vadi

©Fotoarena/Alamy
7 Orientações para a realização das atividades.

1. Com base nas informações apresentadas, complete o quadro a seguir.

Igrejas
Igreja
Rito Islamismo Judaísmo
Católica
Evangélicas/ Umbanda
Protestantes

Escolha do nome X X

Batismo X X X

Apresentação do bebê X X X

Bar Mitzvá e Bat Mitzvá X

Confirmação do batismo ou crisma X X (Luterana)

2. De acordo com o quadro acima, responda:

a) Quais são as religiões que realizam o batismo?

Cristianismos católico e evangélico/protestante, além da Umbanda.

b) Quais são as religiões em que o primeiro rito é a apresentação do bebê à comunidade religiosa?

Islamismo, Igrejas Evangélicas e Judaísmo.

CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO 11


NASCIMENTO E INICIAÇÃO RELIGIOSA
8 Orientações para a abordagem do tema.
Vimos que, em algumas religiões, a iniciação das crianças à religião acontece por meio do
batismo e, em outras, por meio de uma apresentação à comunidade religiosa. A seguir, vamos co-
nhecer alguns rituais religiosos realizados nesse momento marcante da vida, que é o nascimento.

SIM, TODO RECÉM-NASCIDO É


SAUDADO PELA COMUNIDADE COMO
UM PRESENTE DE ALLAH.
YUREM, HÁ ALGUM O PAI SUSSURRA NA ORELHA
RITO NO ISLAMISMO DIREITA DO BEBÊ AS PALAVRAS
QUANDO NASCE UMA DO ADHAN, QUE SÃO UM CHAMADO
CRIANÇA? PARA A ORAÇÃO, E COLOCA MEL NA
BOCA DO BEBÊ.
DEPOIS, A CABEÇA DA CRIANÇA É
RASPADA, SIMBOLIZANDO PUREZA.

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6. D
igita
l.

POTIRA, VOCÊ PODE NOS CONTAR UM


RITO DE NASCIMENTO PRATICADO POR
UM DOS POVOS INDÍGENAS?

cabaças: frutos da cabaceira


CLARO. OS TUPINAMBÁ CELEBRAM O NASCIMENTO DE UM BEBÊ COM UMA
GRANDE FESTA. SE FOR MENINO, O PAI CORTA COM OS DENTES O CORDÃO
que, depois de secos e limpos UMBILICAL; SE FOR MENINA, É A MÃE QUEM O CORTA. EM SEGUIDA, A
interiormente, ficam ocos CRIANÇA É BANHADA EM UM RIO. DEPOIS, EM CASA, ELA É COLOCADA EM
e podem ser usados como UMA REDE, COM UM ARCO E UMA FLECHA. O MENINO E A MENINA RECEBEM
recipientes de líquidos e para OBJETOS DE PRESENTE, COMO CABAÇAS, BRACELETES E UM COLAR DE
outras utilidades domésticas. DENTES DE CAPIVARA, PARA QUE SEUS DENTES SEJAM FORTES E CAPAZES
DE MASTIGAR BEM A MANDIOCA, APRECIADA POR ESSE POVO.

12 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


9 Orientações para a abordagem do tema.

AMIGOS, VOU CONTAR PARA VOCÊS COMO É


O BATISMO DA UMBANDA.
INFELIZMENTE, A LEZA NÃO ESTÁ AQUI
PARA FALAR SOBRE ESSE ASSUNTO NA
VISÃO DO CANDOMBLÉ, POIS ELA FOI
VISITAR A AVÓ, QUE ESTÁ MUITO DOENTE!

Na Umbanda, alguns meses de-


pois de nascer, a criança é batizada
com o propósito de encaminhá-la para
as práticas de sua religião. Essa criança
terá padrinhos que cuidarão de sua
vida religiosa.
Na cerimônia de batismo, ela é
levada ao terreiro, a um rio ou a uma
cachoeira. O padrinho segura uma vela
branca, a madrinha segura uma vela
rosa e todos os participantes levantam
a mão direita para enviar bênçãos ao
bebê. A criança também recebe a pro-
teção de orixás e guias espirituais.
©Carlos Gutemberg de Assis

ISSO, DULCE! UMA


FELIPE, O BATISMO
TISMO SEMELHANÇA É O
ESTÁ PRESENTETE NAS USO DE ÁGUA PARA
RELIGIÕES CRISTÃS
ÃS E, DE BATIZAR, LEMBRANDO
ACORDO COM AS IGREJAS,
GREJAS, QUE JOÃO BATISTA
HÁ SEMELHANÇASÇAS E BATIZOU JESUS NAS
DIFERENÇAS, NÃO
ÃO É? ÁGUAS DO RIO JORDÃO!
Dayane Raven. 2016. Digital.

CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO 13


Geralmente, o batismo na

©Shutterstock/Angelo Giampiccolo
Igreja Católica é realizado nos pri-
meiros meses de vida do bebê. A
cerimônia acontece na Igreja. Os
padrinhos seguram uma vela e a
criança é batizada na pia batismal.
O padre molha a cabeça do bebê
e unta o peito dele com óleo. Os
padrinhos devem ajudar a cuidar
da vida religiosa da criança.
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©Shutterstock/Schistra

Nas Igrejas Evangélicas, o batismo também é realizado com


água. Mas a pessoa é batizada com mais idade, sendo mergulha-
da em uma piscina ou em um rio. Algumas Igrejas Evangélicas
realizam o batismo na adolescência, e outras, somente na idade
adulta.

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©Wikimedia Commons/Vatsnews
NO JUDAÍSMO,
TEMOS UMA
INICIAÇÃO À
COMUNIDADE
JUDAICA!
Dayane Raven.
2016. Digital.

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No Judaísmo, a iniciação da criança é feita de forma distinta para meninos e meninas. Os
meninos passam pelo Brit Milah, uma cerimônia em que o bebê recebe um nome e são realizados
rituais que simbolizam a aliança com Deus. Já para as meninas, é marcado um dia de leitura da
Torá e na cerimônia os pais escolhem um nome para o bebê, enquanto a criança está com as mãos
sobre a Torá.

14 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


10 Orientações para a realização das atividades.

1. Se você foi batizado ou apresentado a um espaço religioso, peça a seus familiares que o ajudem a
trazer objetos, fotos e informações dessa cerimônia. Se não participou de uma cerimônia desse tipo,
escolha uma religião e pesquise imagens e informações a respeito dos ritos de iniciação religiosa pre-
vistos para os seguidores dela.
2. Que tal organizar uma exposição sobre os ritos de iniciação religiosa de bebês e crianças? Para isso,
utilize o material reunido na atividade anterior e siga estes passos, com a orientação do professor:

a) Organize um convite com o nome da exposição, o local e o horário.

b) Distribua os convites para as pessoas que você e os colegas gostariam de convidar.

c) Classifique os objetos a serem expostos por meio de um critério. Por exemplo, a ordem crescen-
te de datas das cerimônias ou os tipos de material expostos. Nesse caso, pode haver uma sessão
de fotos, uma de lembranças e outra de roupas utilizadas no dia da cerimônia.

d) Definam o local da exposição e uma forma segura de apresentar os objetos sem que corram o
risco de serem danificados.

e) Em um cartaz, indique o nome, o motivo da exposição e a turma.

f) Durante a organização e a duração do evento, você e sua turma devem estar presentes para
cuidar dos objetos e contar aos visitantes o que aprenderam sobre os ritos de iniciação religiosa.
3. Converse com os colegas e relembrem a exposição.

a) O que aprenderam na separação ou na pesquisa de materiais?

b) Como foi a experiência de conversar com as pessoas que vieram visitar a exposição?

c) Os convidados compartilharam lembranças de ritos de iniciação? Se a resposta for sim, qual


história mais chamou a sua atenção? Por quê?
4. Escreva algo que você aprendeu na exposição.

CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO 15


11 Orientações para a realização das atividades.

1. Escolha as letras e resolva as questões.

A E É I Í O Ó U B C

D G J L M N S T V

a) Religião em que, no batismo, há a proteção dos orixás.

U M B A N D A

b) Religião em que a criança é batizada em uma pia batismal.

C A T Ó L I C A

c) Religiões que mergulham o adulto ou o adolescente em rio ou piscina.

E V A N G É L I C A S

d) Religião na qual a menina, ao ser apresentada à comunidade, coloca as mãos na Torá.

J U D A Í S M O

e) Religião em que, quando a criança nasce, o pai fala na orelha direita dela as palavras do Adhan.

I S L A M I S M O

2. Construa um parágrafo com as palavras a seguir.

RITO – IGREJA – BATISMO – CATÓLICA – EVANGÉLICA – ALEGRIA – PAIS

Pessoal. Observe a coerência das relações estabelecidas em cada frase de acordo com o que foi estudado.

16 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


CASAMENTO: DOIS QUE SE TORNAM UM
O amor faz parte da vida. Esse sentimento está presente nas relações entre as pessoas, nos
textos sagrados das religiões e em outras expressões de diferentes culturas.
Observe, a seguir, um trecho da Bíblia, o livro sagrado dos cristãos, e de uma música inspirada
nele. Ambos falam sobre o amor, sentimento que pode levar as pessoas à decisão de viverem juntas.

Se eu tivesse o dom de falar em outras línguas sem


ressoa: produz som.
tê-las aprendido, e se pudesse falar em qualquer idioma dos homens
presunçoso: vaidoso.
ou dos anjos, e, no entanto, não tivesse amor, eu seria como o sino
triunfa: vence.
que ressoa ou como o prato que estaria só fazendo barulho. [...]

O amor é paciente e bondoso, nunca é invejoso ou ciumento,


nunca é presunçoso nem orgulhoso, nunca é grosseiro, nem egoísta. [...].

O amor nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a


verdade triunfa [...].

1 CORÍNTIOS. In: NOVA Bíblia Viva. São Paulo: Mundo Cristão, 2010.
p. 950-951. Cap. 13, vers. 1, 4-6.

Monte Castelo

Ainda que eu falasse a língua

Dos homens

E falasse a língua dos anjos

Sem amor eu nada seria

RUSSO, Renato. Monte Castelo. Intérprete:


Legião Urbana. In: LEGIÃO URBANA. As
quatro estações. Rio de Janeiro: EMI, 1989.
1 LP, analógico, estéreo. Faixa 7.

CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO 17


12 Orientações para a abordagem do tema.
Normalmente, depois de algum tempo de namoro ou de noivado, as pessoas decidem viver
juntas. Quando estão enamoradas, dizem palavras que firmam uma aliança ou um acordo na frente
de um juiz ou de um líder religioso. No Brasil, chamamos essa união de casamento ou de união
estável e ela pode incluir ou não um rito religioso.
A celebração de um casamento pode variar de uma cultura para outra, dependendo de cada
povo e do lugar em que as pessoas vivem.

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©Shutterstock/Anton_Ivanov

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©Shutterstoc
©Wikimedia Commons/Jean-Pierre Dalbéra
©iStockphoto.com/vuk8691

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©Wikimedia Comm
AS ROUPAS USADAS PARA
OS CASAMENTOS PODEM SER
DIFERENTES EM CADA CULTURA.
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Dayane Raven.
2016. Digital.

! Convite de casamento
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©Shutterstock/MNStudio

©Fotoarena/A
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©iStockphoto.co

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©iStockphoto.co
©Fotoarena/Alamy

13 Orientações para a realização da atividade.

Converse com os colegas sobre as perguntas a seguir.

a) A sua família já recebeu um convite de casamento?

b) O casamento seria realizado em alguma instituição religiosa?

c) Você já assistiu a um casamento? O que mais chamou a sua atenção?

CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO 19


UMA NOVA FAMÍLIA 14 Encaminhamento metodológico.

Iniciar uma nova etapa da vida significa assumir novos compromissos, adquirir outros conhe-
cimentos e também ter mais responsabilidades. Mas o que significa o casamento?
Casar-se com alguém representa uma nova etapa da vida e, para começá-la, as pessoas con-
tam com o apoio e a presença da própria família e de outras pessoas que também as amam.
Vamos saber como acontece, em algumas religiões, o rito do casamento.

No Hinduísmo, a cerimônia de casamento


é realizada em frente ao fogo sagrado, no qual se
invoca a força dos deuses para que o casal tenha
um bom início de vida juntos. Na Índia, o casa-
mento hinduísta é realizado depois de os pais do
noivo consultarem os mais velhos da família e
os astrólogos. O casamento é considerado uma
união sagrada, feita para durar para sempre.
©Wikimedia Commons/Karthikeyan.pan
dian

A celebração de um casamento judaico


não precisa ser realizada em uma sinagoga, mas
é obrigatório que seja debaixo da chupá, um
tipo de tenda que fica rodeada pelos familiares e
pelos amigos do casal. A chupá simboliza a casa
na qual o casal vai construir a própria família.

©Wikimedia Commons/Gryffindor
©Shutterstock/ZouZou

No Islamismo, a celebração varia de acordo


com a cultura do local em que é feita. A família
do noivo é que procura uma noiva adequada para
ele. O casamento é um contrato entre o noivo e
o pai da noiva. Geralmente, esse contrato inclui o
pagamento de um valor ao pai dela, o dote.

20 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


No Cristianismo, as celebrações de casa-
mento variam de acordo com a igreja cristã a
que os noivos pertencem. Geralmente, a noiva
usa vestido branco e véu. Espera-se que a união
celebrada com o casamento dure a vida toda.

©Shutterstock/MNStudio
©Shutterstock/alexey anashkin

No casamento cristão ortodoxo, são usa-


das coroas para representar a realeza, ou seja, os
noivos são como “reis”. O casamento significa a
união deles com Jesus e costuma ser celebrado
com muita festa e alegria pelos familiares e pe-
los convidados dos noivos.

No Xintoísmo, o casamento é realizado na


presença de um sacerdote em uma cerimônia
solene. São feitas oferendas, orações e promessas
aos deuses, chamados de Kami. Na sequência,
há um banquete para os convidados. O noivo
veste um quimono, parecido com o dos antigos
©Shutterstock/Chanclos

samurais; a noiva usa um quimono branco de


seda. O quimono simboliza a união com os an-
tepassados e o início de uma nova vida a dois.
©Shutterstock/Piopio

15 Orientações para a realização da atividade.

Com base no modelo ao lado, crie um convite de casamen-


to para noivos fictícios (inventados). Escolha uma das
religiões apresentadas nas páginas 20 e 21 e inclua no
convite alguma informação relacionada ao rito de casa-
mento da religião escolhida.

Lembre-se: você pode inserir outras informações no


convite, como um pensamento sobre o amor e a união.

CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO 21


Você sabia?

As noivas, em geral, são foco de grande atenção em uma cerimônia de união ou casamento. O vestido
branco é um traje muito conhecido e utilizado por elas em boa parte do mundo. Entretanto, você sabia
que, em algumas religiões, as noivas usam outros tipos e cores de roupa nessa data especial?

©Shutterstock/Gina Smith
Coreias
Tanto na Coreia do Norte quanto na Coreia do Sul, há muitos
praticantes do Budismo. Nessa religião, as noivas escolhem a cor do
vestido que será usado na cerimônia religiosa.

Tunísia
A religião com mais seguidores na Tunísia é o Islamismo. Para se
casar, a noiva usa dourado no traje, que simboliza a fertilidade, e

©Fotoarena/Alamy
argolas, que representam a riqueza de sua família. Algumas noivas
podem ter as mãos pintadas para a ocasião.

Nigéria
©Wikimedia Commons/Neverdie225

As religiões mais seguidas na Nigéria são o Islamismo, no


Norte, e o Cristianismo, no Sul. Em ambas as religiões, a noiva
geralmente veste iro (blusa) e buba (pano sobre o corpo),
vestimentas tradicionais em eventos sociais no país. O pano no
cabelo e o xale colorido simbolizam saúde e beleza.
©Dreamstime.com/Vishakha Shah

Índia
A religião com mais seguidores na Índia é o Hinduísmo. A noiva
hinduísta usa um saree para a cerimônia. Esse traje típico deve ser
feito de seda e ter cores fortes.

22 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


16 Orientações para a realização das atividades.

1. Encontre, no caça-palavras, oito palavras relacionadas com os assuntos que estudamos até aqui.

Q A E I N I C I A Ç A O Q W E
P M I R O L E N U I W M P I I
L O J T R I T O F T L G L S J
N R V Y L Ç S I K L C B N L V
C D E J I Ç S V B Ç A V C A E
W S X R P Y A O J K T Y W M X
Z A C A S A M E N T O L Z I Q
O I U S H B P T I S L O O S U
T G B K Ç J Ç L H T I K T M B
R F V C A S A M E N C O R O V
M N B A T I S M O D A Ç M O B

2. Escolha palavras do caça-palavras para formar quatro frases que mostrem o que você aprendeu de
acordo com o que estudou até aqui. O desafio é não repetir as palavras.

APRENDEMOS QUE RITO É UM CONJUNTO DE RITUAIS (GESTOS


SIMBÓLICOS QUE SE REPETEM) E PODE SER RELIGIOSO OU
NÃO. NAS RELIGIÕES, HÁ DIVERSOS RITOS. ESTUDAMOS O RITO
DO BATISMO E O DA INICIAÇÃO DA CRIANÇA NA COMUNIDADE
RELIGIOSA. ESTUDAMOS TAMBÉM O RITO DE CASAMENTO NAS
RELIGIÕES, QUE PODE SER REALIZADO DE DIFERENTES MANEIRAS,
Dayane Raven.

DEPENDENDO DA CULTURA.
2016. Digital.

CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO 23


CAPÍTULO 2
RITOS PARA
ALÉM DA VIDA

24
1 Orientações para a abordagem do capítulo.

Neste capítulo, você e os personagens vão conhecer


uma nova amiga. Juntos, poderão refletir sobre a beleza e o
sentido da vida.
Cada personagem vai falar também dos ritos fúnebres
e das crenças da religião dele sobre o que acontece após a
morte. Além disso, vocês aprenderão sobre ritos e crenças
de outros grupos, religiosos ou não, a respeito do assunto.

Dayane Raven. 2016. Digital.

25
2 Orientações para a realização das atividades.

1. Leia o diálogo entre Sikulume, Potira e Abner. Depois, converse com os colegas a respeito do que
eles estão dizendo.

PENA QUE A LEZA NÃO ESTÁ AQUI PARA ESTOU


VER ESTAS FOTOS. MAS ELA TEVE QUE COM MUITA
VIAJAR COM OS PAIS PARA VISITAR A AVÓ SAUDADE DA
QUE ESTÁ DOENTE... LELÊ!

CALMA, POTIRA. ASSIM QUE A AVÓ


DELA MELHORAR, ELA VOLTA PARA
BRINCAR COM A GENTE.
Dayane Raven. 2016. Digital.

2. Registre uma lembrança de alguém de quem você sente saudades. O registro pode ser feito em forma
de desenho, poema ou relato.

26 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


ETAPAS DA VIDA 3 Orientações para a abordagem do tema.

Algum tempo depois do diálogo que você leu na página anterior, aconteceu algo que deixou
nossos amigos muito tristes...

ESTOU TRISTE COM O


FALECIMENTO DA AVÓ DA A LELÊ
L DEVE ESTAR BEM
LELÊ. ELA DIZIA QUE A TRISTE
TRIST COM TUDO ISSO. NÃO É
AVÓ ERA MUITO QUERIDA E FÁCIL TER QUE SE DESPEDIR DE
CONTAVA MUITAS HISTÓRIAS. UMA PESSOA
P QUERIDA, MESMO
ÀS VEZES, A LELÊ TRAZIA ACREDITANDO QUE A MORTE
ACR
BISCOITOS QUE A AVÓ FAZIA E NÃO É O FIM.
EU ADORAVA!

É VERDADE! VAMOS SENTIR


AGORA, NOSSA AMIGA VAI MUITA FALTA DA LELÊ. MAS
MORAR COM O AVÔ EM SEI QUE ELA VAI FAZER
OUTRA CIDADE. JÁ ESTOU MUITOS AMIGOS NA NOVA
COM SAUDADES DELA! ESCOLA,

E NÓS AINDA
PODEREMOS VAMOS DAR UM ABRAÇO
CONVERSAR COM NELA QUANDO ELA VIER
ELA PELAS REDES PARA A MUDANÇA?
SOCIAIS.

VAMOS, SIM! ELA PRECISA SABER


Dayane Raven. 2016. Digital.

QUE, MESMO LONGE, SERÁ


SEMPRE NOSSA AMIGA.

Nascer, viver e morrer são etapas pelas quais os seres vivos precisam passar. Você já pensou
nas etapas da sua vida? Elas são compreendidas de maneiras diferentes, de acordo com a crença
de cada um. Além disso, aquilo em que acreditam influencia as pessoas a tomar decisões e a fazer
escolhas. Quando alguém pratica o bem, pode estar motivado pela sua religião. Por exemplo, quan-
do faz o bem, porque isso agrada a Deus. Portanto, a religião, assim como a sociedade e a cultura,
influencia o modo de vida das pessoas.

CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA 27


li Nine LLC
Algumas pessoas evitam falar sobre a morte. Po-

©Getty Images/Ka
rém, ela faz parte da vida e conversar a respeito dos
sentimentos que ela traz pode ajudar as pessoas a lidar
melhor com eles. Além disso, quando refletimos sobre
a morte, também pensamos na nossa vida e nas ações
que dão sentido a ela, como fazer o bem.

1. Com as orientações do professor, converse com os colegas sobre os sentimentos de vocês em relação
à morte. Lembrem-se de respeitar as falas de todos e os sentimentos de cada um. Você receberá do
professor um papel com o nome de um colega e deverá ouvir com atenção especial o que ele disser.
4 Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades.
2. Escreva a seguir o que você sentiu ao ouvir a fala dos colegas.

3. Escreva um parágrafo sobre o que você e os colegas aprenderam com as atividades anteriores.

4. Na atividade 1, você recebeu o nome de um colega a fim de ouvi-lo com maior atenção. Agora, escreva
a ele uma mensagem de carinho e conforto. Depois, leia a mensagem para o colega e ouça a que foi
escrita para você.

28 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


5 Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades.

Pensando nas etapas da vida, que tal construir um caminho simbólico e colocar diferentes
placas marcando os principais acontecimentos de sua vida?

1. Ilustre o caminho com desenhos e sinalize situações e ações importantes que demonstrem o que você
viveu até aqui. Por exemplo:

Onde e quando você nasceu.


Como foi celebrada a sua chegada quando você nasceu.
As comemorações, festas ou celebrações de sua família ou religião.
Quando você entrou na escola.
Se fez alguma viagem, festa ou algo que seja importante para você.
Se você mudou de endereço.
Datas que lembrem perdas de algo ou alguém de que(m) você gostava muito (podem ser pes-
soas, animais de estimação ou outro tipo de perda).

AO OBSERVAR UM CAMINHO SIMBÓLICO,


É POSSÍVEL CONHECER UM POUCO
MELHOR AS PESSOAS. NÃO É, YUREM?

É VERDADE! AO CONHECER AS
SITUAÇÕES PELAS QUAIS AS PESSOAS
PASSARAM, TAMBÉM É POSSÍVEL Dayane Raven. 2016. Digital.

AUMENTAR O RESPEITO POR ELAS. CADA


HISTÓRIA DE VIDA É ÚNICA, VALIOSA E
MERECE CONSIDERAÇÃO.

2. Que gesto de respeito podemos fazer para homenagear nossas histórias de vida?

CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA 29


CERIMÔNIA FINAL 6 Orientações para a abordagem do tema.

Respeitar a vida é também se lembrar das pessoas que já morreram. Muitas vezes, tal lem-
brança se expressa por meio de gestos e ritos de homenagem a essas pessoas.
As religiões oferecem explicações e sentidos para a vida e ainda para o que acontece depois
da morte. Além disso, apresentam diferentes interpretações e respostas às perguntas:

Para onde iremos?

De que maneira iremos para lá?

Como será nosso cotidiano?

Além de explicações distintas, as pessoas e os grupos


têm diferentes formas de agir com relação ao fim da vida.
Em algumas culturas, participar de cerimônias fúnebres
(aquelas que acontecem por conta do falecimento
de alguém) é uma maneira de transformar a saudade
e a dor da separação em rito ou gesto de despedida.
Algumas pessoas fazem celebrações na presença do
corpo do falecido com orações, louvores e rituais próprios
de sua cultura. Os seguidores de algumas religiões realizam
cortejos fúnebres, outros optam pela cremação, e outros,
por depositar o corpo em locais sagrados, como templos, rios,
entre outros. Quando o corpo é cremado, ele é transformado em
cinzas, que são guardadas em uma urna funerária, um recipien-
te próprio para isso.
Um exemplo de rito fúnebre é o rito católico da missa
de sétimo dia, que acontece uma semana após o faleci-
mento.
No calendário brasileiro, que regula a vida das pes-
soas e o funcionamento do comércio e das escolas, o
non
stock/Kze

dia 2 de novembro é o Dia de Finados, uma data para


se lembrar daquelas pessoas que já morreram.
©Shutter

30
©Wikimedia Commons/ ©iStockphoto.com/EdStock
Marie-Lan Nguye
©Shutterstock/Dennis van de Water

! Cortejo/cerimônia
fúnebre do Judaísmo
! Cortejo/cerimônia fúnebre
de religião africana

©Shutterstock/Thitisan
©iStockphoto.com/sadikgulec

! Urna funerária
indígena

©iStockphoto.com/David_Bokuchava

! Cortejo/cerimônia
fúnebre do Islamismo
©Fotoarena/Album
! CCortejo/cerimônia
ffúnebre do Budismo

! Cortejo/cerimônia c
cortejos
que
fúnebres: procissões
q seguem uma pessoa ou
fúnebre do Hinduísmo
mo um
u grupo para prestar-
©Futura Press/Jose Lucena -lhe
- homenagem. O cortejo
fúnebre
f é a procissão que
segue
s o corpo da pessoa
falecida.
f
u
urna funerária: urna é
um recipiente que pode
u
aarmazenar diversos conteúdos.
A urna funerária é uma
eespécie de vaso em que são
depositadas as cinzas de
d
pessoas falecidas, após o rito
p

! Urna funerária de cremação.


d

! Cortejo/cerimônia africana
fúnebre do Cristianismo

CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA 31


7 Orientações para a realização das atividades.

1. Converse com os colegas sobre estas questões:


Você conhece cerimônias para relembrar alguém que já faleceu?
Já participou de alguma delas?
Será que as cerimônias são iguais em todas as religiões?
2. A mensagem secreta a seguir apresenta uma informação importante sobre a morte e as religiões.

MENSAGEM SECRETA

✧ ✦ ▼ ✜ È ✪ ✚ Ï× |
a) Use esta legenda para decifrar a mensagem secreta.

DIFERENTES
O QUE DEPOIS
MORTE
EXPLICAM AS RELIGIÕES
FORMAS
ACONTECE DE
DA

b) Anote a mensagem decifrada.

As religiões explicam o que acontece depois da morte de formas diferentes.

32 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


8 Encaminhamento metodológico.

CERIMÔNIA INDÍGENA AGORA, VOU FALAR


SOBRE O RITO
Para o povo indígena Bororo, que vive FÚNEBRE DO POVO
no estado do Mato Grosso, o ritual após a mor- BORORO E VOCÊ VAI
FAZER UM DESENHO
te de alguém é também um momento para DELE. VAMOS LÁ!

Dayane Raven.
transmitir as tradições do povo aos mais jovens.

2016. Digital.
Os indígenas Bororo acreditam que a alma da pessoa que morre passa a habitar o corpo de
certos animais, como a onça-pintada, a onça-parda ou a jaguatirica.
O enterro é realizado no pátio central da aldeia e o local é regado diariamente, como uma
planta, por dois ou três meses.
Durante esse tempo, realizam-se cantos, danças, caçadas e pescarias com a participação de
todos. Assim, os mais novos da aldeia aprendem as principais tradições de seu povo. Ou seja, o
momento de perda, com a morte de uma pessoa, é aproveitado para promover um aprendizado
sobre o sentido da vida.

CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA 33


CERIMÔNIA BUDISTA

©Fotoarena/Alamy
De acordo com o Budismo, Buda Shakyamuni, também
conhecido como Sidarta Gautama, tinha alcançado a libertação
(ou iluminação) aos 35 anos de idade. Faleceu muito tempo
depois, aos 80 anos. Conta-se que sua morte ocorreu assim: Buda
estava deitado tranquilamente, entre duas árvores, com a mão
direita sob a cabeça, como um travesseiro. No momento de sua
partida, pétalas de flores brancas caíram sobre ele.

Sidarta foi cremado e suas cinzas foram guardadas em várias


urnas. O falecimento de Buda é lembrado pelos budistas com uma
cerimônia. O rito dela não é triste, pois a morte significa que a
vida não acabou, isto é, ainda continua.

Antes de falecer, é importante que a pessoa se arrependa


do que tenha feito de errado. Depois do falecimento, a família
carinhosamente troca a roupa do morto, iniciando o ritual de
despedida. O rito fúnebre dura cerca de 49 dias, mas as orações ao
! Rito fúnebre no
Budismo
ancestral continuarão na família, em sinal de respeito.

Você sab
sabia?

A FLOR DE LÓTUS
LÓTU PODE SER
UTILIZADA NO BUD
BUDISMO COMO
SINAL DE PERF
PERFEIÇÃO. ELA
NASCE NO LODO, MAS É BELA E
PERFUMADA.
PERFUM
Dayane Raven. 2016. Digital.

©Wikimedia Commons/MurielBendel

34
9 Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades.

1. Escolha cinco palavras que se destacam em relação à cerimônia fúnebre do Budismo. Escreva cada
palavra em uma das pétalas da flor de lótus a seguir. Sugestão de respostas: Buda, iluminação, cremação,
orações, ancestrais, respeito, rito fúnebre.

NL
k/Lv
rstoc
utte
©Sh
2. Organize as palavras escolhidas e as utilize para criar um diálogo entre você e Manjari.

Sublinhe as cinco palavras no diálogo. Depois, leia-o para os colegas.

©Wikimedia Commons/MurielBendel

CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA 35


CERIMÔNIAS CRISTÃS
Os cristãos realizam os ritos fúnebres de maneira parecida,
mas cada Igreja tem suas particularidades. N+a Igreja Católica e
em algumas Igrejas Evangélicas, depois do falecimento, é feito o
velório, um momento em que familiares e amigos se encontram
para se despedirem da pessoa querida.
Cerca de 24 horas depois, o falecido é levado para o cemi-
tério, onde será enterrado. Algumas famílias escolhem realizar a
cremação. O velório e o enterro são acompanhados de orações e
canções conduzidas pelo padre, pastor ou líder religioso.

CERIMÔNIA JUDAICA
No rito fúnebre judaico, a pessoa falecida é lavada com
água, para purificação, e vestida com uma roupa branca especial.
Essa roupa representa a pureza e a simplicidade, evitando que
ricos e pobres usem trajes diferentes nesse momento. Depois,
são feitas orações pedindo a Deus que perdoe a pessoa falecida
se ela tiver algum pecado.
O período de despedida do corpo é breve. Antes de enter-
rar essa pessoa, um familiar faz um discurso em homenagem a
ela. Alguns membros da família podem rasgar um pedaço de suas
roupas em sinal de dor. A cremação é proibida para os judeus.

CERIMÔNIA MUÇULMANA
No Islamismo, a pessoa falecida é lavada para purificação. O
período de despedida é muito breve. O líder religioso ou um fa-
miliar faz uma leitura do Alcorão e conduz orações. Estas louvam
Allah, pedem a benção do profeta Mohammad e depois pedem
por todos os mortos e pela pessoa falecida, em especial.
Em seguida, a pessoa falecida é levada a um cemitério is-
lâmico para ser enterrada. A cremação não é permitida para os
Dayane Raven. 2016. Digital.

muçulmanos.

36 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


10 Orientações para a realização das atividades.

1. Descreva um rito fúnebre de que você tenha participado ou que tenha estudado.

Pessoal.

2. Assinale X nas alternativas que correspondem a algo que poderia ser feito para ajudar alguém que
está passando por uma situação de perda e luto.

( ) Conversar e dar risadas durante o velório ou o enterro.

(X) Oferecer um abraço para que a pessoa possa chorar e se sentir acolhida.

(X) Dizer palavras de ânimo e gentileza para quem está sofrendo.

(X) Oferecer ajuda financeira ou material para esse momento difícil.

( ) Oferecer ajuda aos familiares e aos amigos do falecido apenas durante o rito fúnebre, pois, ao
final dele, a ajuda não é mais necessária.

(X) Permanecer com a pessoa que está sofrendo, mesmo que em silêncio, em sinal de solidariedade.

(X) Participar de atos religiosos, como cerimônias e orações, em homenagem ao falecido, indepen-
dentemente de ser de outra religião.
3. Em sua opinião, quais outras ações poderiam ser realizadas para auxiliar alguém que está enfrentando
a morte de uma pessoa querida?

Pessoal. Espera-se que os alunos identifiquem outras maneiras de auxiliar uma pessoa enlutada, como estando

presente na vida dela, não apenas no dia do ritual fúnebre; disponibilidade para escutá-la falar sobre os sentimentos

dela, etc. Verifique também se os alunos percebem a diferença entre ações que podem ser realizadas por eles e

aquelas que precisam da ajuda de um adulto, como a ajuda financeira, por exemplo.

CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA 37


A VIDA CONTINUA 11 Orientações para a abordagem do tema e da chegada da nova personagem.

A turma ainda sente muito a falta da Leza e lembra dela a todo momento, mas há sempre
espaço para uma nova amizade. Vamos dar as boas-vindas à Estela!

OLÁ, SEJA BEM-


-VINDA! QUEREMOS
QUE VOCÊ SE SINTA
MUITO BEM EM SUA OBRIGADA! VOCÊS
NOVA ESCOLA. ESTUDAM AQUI HÁ
OLÁ! EU MUITO TEMPO?
SOU A ESTELA.
VIM DE OUTRA
CIDADE.

EU QUERIA PERGUNTAR
POR QUE VOCÊ ESTÁ EM
SIM. MEUS PAIS UMA CADEIRA DE RODAS.
SIM! VOCÊ SE ACHO QUE MAS SE FALAR NISSO LHE
SE SEPARARAM. VOCÊ VAI
MUDOU PARA ENTÃO, MINHA MÃE DEIXA TRISTE, NÃO PRECISA
NOSSA CIDADE HÁ GOSTAR DAQUI! RESPONDER, TÁ?
E EU VIEMOS MORAR
POUCO TEMPO? AQUI.

A CADEIRA DE RODAS ME
AJUDA A ME MOVIMENTAR
DESDE PEQUENA, PORQUE
MINHAS PERNAS NÃO TÊM
Dayane Raven. 2016. Digital. FORÇA.

38 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


PARA OS ESPÍRITAS, A MORTE NÃO É O
FIM. ACREDITAMOS NA REENCARNAÇÃO,
OU SEJA, QUE NASCEMOS, VIVEMOS,
MORREMOS E, DEPOIS DE UM TEMPO DE
PREPARAÇÃO, NASCEMOS NOVAMENTE PARA
APRENDERMOS A SER PESSOAS MELHORES.

TODOS OS
ALUNOS
DA CLASSE SIM. HAVIA MAIS UMA
VIERAM HOJE? ALUNA, A LELÊ, MAS
ELA FOI MORAR COM
O AVÔ. A AVÓ DELA
FALECEU HÁ POUCO
TEMPO. NÓS ATÉ
CONVERSAMOS UM
POUCO SOBRE ISSO
E ENTENDEMOS QUE Estela explicou que, nas reuniões do
Centro Espírita, ela e sua família estudam
A MORTE FAZ PARTE o Espiritismo, além de receber passes, que
DA VIDA. MAS A LELÊ são como bênçãos, pelas mãos de um
FAZ FALTA. SENTIMOS médium, uma pessoa que se comunica
SAUDADES DELA. com os espíritos.

PARA AS RELIGIÕES AFRO-


-BRASILEIRAS, A VIDA E A
MORTE SÃO GUIADAS POR
FORÇAS DIVINAS. MORRER
É PASSAR PARA OUTRA
DIMENSÃO NA QUAL ESTÃO
OUTROS ESPÍRITOS, OS
ORIXÁS E OS GUIAS.
AS RELIGIÕES INDÍGENAS LEMBRAM
QUE A VIDA TEM VÁRIAS FASES.
FESTAS E RITOS MARCAM A
PASSAGEM PARA UMA NOVA FASE:
QUANDO NASCEMOS, CRESCEMOS,
CASAMOS. O MOMENTO DA MORTE
É UMA PASSAGEM MARCADA POR
RITOS FÚNEBRES.

NÓS, CRISTÃOS, ACREDITAMOS NA


RESSURREIÇÃO, NO DIA DO JUÍZO FINAL. Quando a aula começou, Estela já se sentia parte do
TODOS RESSUSCITARÃO E OS QUE FORAM grupo.
BONS VIVERÃO ETERNAMENTE COM DEUS.

CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA 39


12 Orientações para a realização das atividades.

1. Desenhe o que você imagina que acontece depois da morte.

2. Em pequenos grupos, exponha aos colegas o que você desenhou e converse sobre o assunto.

3. Cada grupo deve apresentar para a turma o que foi discutido na atividade anterior.

40 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


E DEPOIS? DIFERENTES RESPOSTAS
PARA O PÓS-MORTE
13 Orientações para a abordagem do tema.
Em algum momento, as pessoas percebem que um dia a vida acabará, que a morte chega
para todos os seres vivos e não pode ser evitada. O relacionamento das pessoas com o sagrado pode
levá-las a diferentes interpretações sobre a morte e o que acontece depois dela, o pós-morte. Por
exemplo: o fim de tudo, uma passagem, um recomeço, uma mudança, etc.
Que respostas a humanidade conseguiu dar até hoje para o que acontece após a morte?
As religiões apresentam pelo menos quatro formas diferentes de explicar o que acontece
depois da morte: a ressurreição, a reencarnação, a ancestralidade e o nada. Nas próximas páginas,
você vai conhecer cada uma dessas explicações e o significado delas.

Dayane Raven. 2016. Digital.


PARA MIM, PARA O FELIPE, O NÓS, OS BUDISTAS, E OS
YUREM E O ABNER, A MORTE ESPÍRITAS CREMOS QUE EXISTE
NÃO É O FIM. HÁ OUTRA VIDA. A REENCARNAÇÃO. EU SOUBE
OS CATÓLICOS A CHAMAM DE QUE, PARA QUEM É ATEU, NÃO
VIDA ETERNA. HÁ NADA ALÉM DESSA VIDA.

41
RESSURREIÇÃO
A palavra "ressurreição" traz a ideia de ressurgimento de uma pessoa. As religiões que creem
na ressurreição, como o Cristianismo, o Islamismo e o Judaísmo, compreendem que a morte é uma
limitação humana, mas não é o fim de tudo. Ressuscitar significa reviver, mantendo a mesma identi-
dade que se tinha antes da morte.
Os adeptos dessas religiões acreditam que o destino da alma, após a morte, é temporário. O
destino final ocorre apenas depois do Juízo Final, quando terá início a vida eterna, de acordo com
as obras que a pessoa realizou enquanto vivia.

REENCARNAÇÃO
O Espiritismo, o Budismo
e algumas religiões afro-brasi-
leiras respondem à pergunta
sobre o que acontece após a
morte com a palavra "reen-
carnação". Ela traz a ideia de
um novo nascimento, em um
novo corpo.
As religiões que acredi-
tam na reencarnação enten-
Dayane Raven.
2016. Digital.

dem que, depois da morte, a


pessoa volta a nascer, inúme-
ras vezes, sempre em um novo
corpo, para uma nova vida.

42 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


Cada uma dessas exis-
tências é uma oportunidade
para a pessoa superar falhas
e defeitos, modificando-se e
corrigindo os erros cometidos
nas existências anteriores. Por-

Dayane Raven.
tanto, a reencarnação é vista

2016. Digital.
como uma forma de alcançar a
perfeição, por meio do esforço
pessoal.

ANCESTRALIDADE
A palavra "ancestralidade" vem de "ancestral", termo que se refere a um antepassado, ou seja,
a um familiar do qual se é descendente. De acordo com as crenças de grande parte dos povos
indígenas e de alguns povos da África, mesmo após a morte, as almas das pessoas permanecem
presentes na comunidade em que viviam. Esses povos valorizam muito a ancestralidade e realizam
celebrações para os mortos, a fim de homenageá-los e fazer com que a presença deles no grupo
seja sentida.
O culto aos ancestrais é celebrado com orações e oferendas; é uma prática que se baseia na
crença de que a pessoa falecida continua existindo após a morte e tem a capacidade de influenciar
os vivos, especialmente aqueles com quem tem relações familiares ou comunitárias. Ou seja, os
vivos devem manter a memória dessa pessoa para serem auxiliados por ela.

NADA
Há indivíduos e grupos que não adotam uma explicação religiosa para o que ocorre com
as pessoas após a morte. Entre eles, alguns consideram que não temos como responder a essa
questão. Outros entendem que não existe nada além da vida atual. Essas pessoas acreditam que
nascemos e morremos na Terra, que tudo começa e acaba aqui.
Para elas, após a morte, há “o nada”, ou seja, não existe outra realidade, outro mundo, nem
alma, espíritos, divindades ou seres sobrenaturais. Quando alguém morre, o corpo se transforma
em matéria, que a natureza aproveita para nutrir a terra e, assim, alimentar outras formas de vida.

CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA 43


1. Agora é sua vez de expressar suas ideias.

a) Quais são as diferentes crenças apresentadas a respeito do que acontece após a morte?

São apresentadas três formas de crer: ancestralidade, reencarnação e ressurreição. Quem não acredita na vida

pós-morte crê que a morte é o fim de tudo.

b) Quais são as religiões dos personagens e suas crenças a respeito do pós-morte?

Dulce (Catolicismo), Felipe (Religião Evangélica/Protestante), Abner (Judaísmo) e Yurem (Islamismo) acreditam

na ressurreição. Manjari (Budismo), Estela (Espiritismo) e Sikulume (Umbanda) acreditam na reencarnação.

Potira (Religião Indígena) acredita na ancestralidade.

c) Qual é a sua crença ou a de sua religião a respeito do que acontece após a morte?

Pessoal. O objetivo da resposta é que cada aluno consiga ser coerente com a explicação da vida pós-morte de

acordo com a sua crença ou a da religião que pratica.

44 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


14 Orientações para a realização da atividade.

Dayane Raven.
2016. Digital.
1. Leia a carta que o Teco trouxe para você!

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Neste capítulo, você estudou sobre cerimônias e ritos fúnebres das religiões dos personagens. Viu
que algumas religiões têm diferenças em relação à forma do sepultamento, que pode ser o enterro
ou a cremação. Mas todas têm uma crença a respeito da vida após a morte, que pode ser a vida
eterna ou a possibilidade de reviver em novos corpos. Além disso, os ritos têm em comum as orações
e o cuidado com a pessoa falecida. Este estudo é importante para conhecer e respeitar as crenças de
outras pessoas e também para reafirmar em que você e sua família acreditam.

CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA 45


CAPÍTULO 3
ENCONTRANDO O
SAGRADO NA ARTE

46
a
zin
ago
niaR
se 1 Orientações para a abordagem do capítulo.
k/K
oc
erst
h utt
©S
Neste capítulo, você vai conhecer diferentes expres-
sões artísticas, como pintura, escultura e dança, que repre-
sentam e manifestam o sagrado nas religiões. Você vai per-
ceber que essas expressões da arte são diferentes em cada
cultura e também que fazem parte das religiões.

. Digital.
ven. 2016
Dayane Ra

47
2 Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades.

Ao longo do tempo, indivíduos e culturas criaram diversas maneiras de expressar sentimen-


tos relacionados à perda e ao luto. Uma das formas é por meio da arte. As crenças a respeito da vida
após a morte e os ritos fúnebres foram representados artisticamente por diversas culturas.

1. Observe algumas obras de arte cujo tema é a morte.

BUONARROTI, Michelangelo. Pietá. 1499. 1 escultura em mármore,


174 cm × 195 cm. Basílica de São Pedro, Vaticano.
UMA OBRA DE ARTE FAMOSA COM ESSE

©Shutterstock/Bryan Busovicki
TEMA É PIETÁ, DO ESCULTOR ITALIANO
MICHELANGELO. ELA REPRESENTA A MÃE DE
JESUS COM O CORPO DO FILHO NOS BRAÇOS,
DEPOIS DE SER RETIRADO DA CRUZ.

! PietáGH0LFKHODQJHORVLJQL¿FD³SLHGDGH´
YOSHIYUKI. Retrato da morte (shini-e) para Kataoka Gadô II. 1863.
1 xilogravura, color., 26 cm × 37,5 cm. Universidade Ritsumeikan, Quioto.
NESTA OBRA,
O ARTISTA FEZ
UMA HOMENAGEM
A UM ATOR DE
©Ritsumeikan University, Quioto

TEATRO QUE HAVIA


FALECIDO.
Ilus rações: Day
Ilustrações:
tra
ra ne Raven. 2016. Digital.
Dayane
an
n

! Atores de teatro kabuki que faleciam eram


retratados em gravuras chamadas de shini-e

48 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


A PINTURA O ENTERRO conh
ecido
de s
DO CONDE DE ORGAZ É otó
gra
fo

CONSIDERADA UMA OBRA- To


le d o /F
é,
-PRIMA DO PINTOR EL GRECO, To
m
o
QUE NASCEU NA GRÉCIA E


de
DESENVOLVEU GRANDE PARTE

a
rej
©Ig
DE SUA CARREIRA ARTÍSTICA
NA ESPANHA.
16 Digital.
Dayane Raven. 2016.

EL GRECO. O enterro
do conde de Orgaz. 1587.
1 óleo sobre tela, color.,
480 cm × 360 cm. Igreja
de São Tomé, Toledo.
! 1DREUDRFRQGHGH2UJD]pFDUUHJDGRSRU
sacerdotes e, acima, estão Jesus, Maria e
outros seres divinos

2. Converse com o professor e os colegas sobre estes assuntos:

a) Que sentimentos você teve ao observar as obras de arte desta página e da anterior?

b) Em sua opinião, por que as pessoas fazem obras de arte cujo tema é a morte?

c) Você já viu outras obras de arte cujo tema é a morte? Em caso afirmativo, onde foi: em um mu-
seu, na internet ou outro lugar?

CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE 49


OS MISTÉRIOS DA VIDA E DA
MORTE NAS CULTURAS
A vida renova-se constantemente, e as pessoas que por aqui passam deixam sua contribui-
ção para a humanidade, que continua sua caminhada no mundo. É importante entender a morte
como parte do ciclo de existência de cada um.
A vida é feita de muitos mistérios e temos as curiosidades: De onde viemos? Por que estamos
aqui? Para onde vamos? O ser humano sempre buscou respostas a essas perguntas para auxiliá-lo
a enfrentar os mistérios da existência: o nascimento, a vida e a morte.
Assim, os diferentes modos de viver levam a diversas interpretações a respeito da vida e do
que acontece depois da morte. De qualquer forma, desde os povos ancestrais, a morte sempre foi
vista como algo enigmático, misterioso.

As tradições culturais e religiosas têm interpretações dife-


enigmático: difícil de rentes para tais mistérios. Isso também ocorre em relação à mor-
compreender e de interpretar.
te. Como vimos, existem ao menos quatro respostas para o que
misterioso: que contém
acontece após a morte: a ressurreição, a reencarnação, a ances-
algum mistério, um sentido
que está oculto. tralidade e o nada.

DEPOIS QUE COMECEI A


APRENDER SOBRE RITOS, É VERDADE! ALGUMAS
ENTENDI QUE A VIDA É CULTURAS MANTÊM
CHEIA DE CERIMÔNIAS QUE A MEMÓRIA DE QUEM
CELEBRAM O NASCER, O JÁ MORREU. O QUE SE
QUANDO O ASSUNTO É O VIVER E ATÉ O MORRER. ENTENDE SOBRE O PÓS-
QUE ACONTECE DEPOIS DA -MORTE É UMA
MORTE, CADA PESSOA CRÊ EXPRESSÃO DAS CRENÇAS
DE UM MODO DIFERENTE. RELIGIOSAS.
Dayane Raven. 2016. Digital.

50 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


3 Orientações para a realização das atividades.

A figura de Jesus Cristo ressuscitado é o maior símbolo das religiões cristãs, compreendida
como sinal de um novo começo. Que tal montar um quebra-cabeça de uma pintura que represen-
ta a ressurreição? A obra é do alemão Matthias Grünewald, que viveu de 1470 a 1528.

1. Recorte as peças do quebra-cabeça da página 7 do material de apoio. Monte-as


onte-as e cole-as a sseguir.
e uir.
eg

2. De que maneira você compreende essa pintura?

Pessoal. Espera-se que os alunos percebam a ressurreição, superando os dois momentos da morte de Jesus na pintura:

a crucificação e o túmulo (Santo Sepulcro).

3. Para os cristãos, a essência da fé está na ressurreição, vista como uma transformação. De que outras
maneiras uma pessoa pode se transformar?

Pessoal. O objetivo é que os alunos pensem nas possibilidades de mudança de atitudes, como passar a dividir o lanche

com os colegas, passar a ajudar nas tarefas da casa, decidir-se por agir com mais paciência, etc.

CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE 51


A MORTE E AS ARTES ©Museu Britânico, Londres

4 Orientações para a abordagem do tema.

ESTA OBRA SE CHAMA O


LIVRO DOS MORTOS. ELA
FOI PRODUZIDA MAIS DE
1 300 ANOS ANTES DO
NASCIMENTO DE CRISTO
E REPRESENTA COMO
OS ANTIGOS EGÍPCIOS
ENTENDIAM A MORTE E
O QUE ACREDITAVAM QUE
ACONTECIA DEPOIS DELA.

ANI.O livro dos mortos. [1300 a.C.]. 1 papiro.


Museu Britânico, Londres.

©Wikimedia Commons/Nevit Dilmen

ESTA É UMA RÉPLICA


DO MAUSOLÉU DE
HALICARNASSO, O
LUXUOSO TÚMULO DO
GOVERNANTE PERSA
MAUSOLO, CONSTRUÍDO
353 ANOS ANTES
DO NASCIMENTO DE
CRISTO. SEU NOME DEU
ORIGEM AO TERMO
“MAUSOLÉU”, QUE HOJE
SIGNIFICA "TÚMULO
GRANDIOSO".
Dayane Raven. 2016. Digital.

! 5pSOLFDGRW~PXORGH0DXVRORJRYHUQDQWHGR
,PSpULR3HUVDQDDQWLJDFLGDGHGH+DOLFDUQDVVR
atual Bodrum, na Turquia

52 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


©Wikimedia Commons/Eurico Zimbres

EST É A ORIXÁ OYÁ OU


ESTA
IA
IANSÃ. NA TRADIÇÃO
DO
DOS POVOS AFRICANOS
IORUBÁ, ELA GUIA OS
IO
EESPÍRITOS DOS QUE
MO
MORREM PARA O MUNDO
DOS MORTOS.

MORENO, Tatti. Iansã. 1979. 1 escultura em


metal. Parque da Catacumba, Rio de Janeiro.

! Escultura de Iansã ©Shutterstock/Kobby Dagan

VEJA UMA FOTO DA


COMEMORAÇÃO DO DIA DOS
MORTOS, REALIZADA NO
MÉXICO PARA CELEBRAR A
VIDA DOS ANCESTRAIS.
ESSA É UMA DAS FESTAS
MEXICANAS MAIS ANIMADAS E
FOI DECLARADA PATRIMÔNIO
CULTURAL DA HUMANIDADE
PELA UNESCO.

! O Dia dos Mortos, celebração que mistura tradições


indígenas com as católicas, realizada no México

CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE 53


5 Orientações para a realização das atividades.

1. Faça uma pesquisa sobre o Papiro de Ani, a versão mais conhecida de O Livro dos Mortos, feito mais
de 1 300 anos antes do nascimento de Cristo. Anote, a seguir, qual era a crença egípcia acerca do pós-
-morte, especialmente em relação ao chamado Tribunal de Osíris.

O Livro dos Mortos continha orações e fórmulas que cada alma deveria recitar a Osíris no Julgamento, para que ela

fosse aceita no Paraíso. Os egípcios acreditavam que, após o falecimento, as almas seriam conduzidas pelo deus Anúbis

(representado como um homem com cabeça de chacal) até o Tribunal de Osíris, onde suas ações em vida seriam

julgadas para decidir seu destino. O coração do falecido era posto em uma balança, equiparado com uma pena

(que representava a deusa Maat e a verdade). Se o coração fosse mais leve do que a pena, a alma seguia para ser

interrogada pelo deus Osíris e teria a oportunidade de seguir para o Paraíso ou para o Inferno; se o coração fosse

mais pesado, a alma era devorada por uma criatura misto de hipopótamo, leão e crocodilo, chamada Ammit.

2. Entre as obras de arte apresentadas neste capítulo, de qual você mais gostou? Por quê?

Pessoal. Incentive os alunos a compartilhar suas opiniões sobre as obras de arte apresentadas e sua possível relação

com as crenças deles.

3. Sobre as obras de arte que tratam da morte como tema, assinale as afirmativas corretas.

( ) São obras que, geralmente, têm o objetivo de alertar as pessoas sobre os perigos da vida.

( X ) São maneiras de retratar as crenças do pós-morte.

( X ) Essas obras de arte podem ser feitas para expressar sentimentos de perda e de luto.

( ) Representam momentos felizes de alguém que já faleceu.

( X ) Os ritos fúnebres podem ser representados nessas obras.

( ) Não existem obras de arte que tratem da morte como tema.

54 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


4. Nesta página, crie uma obra de arte com desenho, pintura ou colagem. Sua obra deve representar
p algo
g
que você considera sagrado.

CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE 55


ARTE PARA OS ANCESTRAIS
Os ancestrais são pessoas que viveram no passado e já faleceram, mas que deixaram ensina-
mentos e memórias importantes para seus descendentes. Esses ensinamentos e essas memórias
são transmitidos de geração em geração.
As religiões têm diferentes formas de expressar a importância dos ancestrais para as pessoas
e para as culturas. Por exemplo, a transmissão de mitos, a realização de ritos e celebrações em ho-
menagem aos que já se foram e a representação por meio de obras de arte.

©iStockphoto.com/thongseedary

de Arte, Nova York/Steve


©Wikimedia Commons/Museu Metropolitano

©Shutterstock/Anirut Thailand
! Algumas cerimônias do ! Máscara do Reino de ! Celebração em
budismo honram a vida Benin (atual Nigéria): homenagem aos
dos ancestrais; podem homenagem à antepassados durante
ser realizadas em casa ancestralidade o Festival de Qingming,
ou em templos, em PINGENTE representando a relacionado ao taoismo
cultos e ritos ligados aos máscara da rainha-mãe. Século
ciclos da natureza. XVI. 1 escultura em marfim, ferro e
cobre, 23,8 cm × 12,7 cm × 8,3 cm.
Museu Metropolitano de Arte, Nova
Iorque.

©Selene Rezende
©Flickr/Micheline Canal

©José Zumba

! O afoxé Ylê de Egbá,


! Entre os Iorubás, os fundado em 1986, no
Recife, tem por objetivos
antepassados são os
aliados mais poderosos ! Na Umbanda, os pretos- tratar da ancestralidade
africana e mostrar a
para ajudar as pessoas -velhos representam riqueza de seus heróis,
a evoluir. Simbolizam a ancestralidade e príncipes, reis e orixás.
passagem do tempo e sabedoria
a rapidez da existência ZUMBA, José. Preto velho IV.
física. 1993. 1 pintura. Acervo Walter
Ferrari Filho.

56 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


6 Orientações para a realização da atividade.

Procure uma imagem de arte religiosa e cole-a no espaço a seguir. Pesquise


se e escreva o significado
dessa obra e o nome da religião que ela representa.

7 Orientações para a realização das atividades.

A cruz, quando é representada vazia, simboliza a ressurrei-


ção de Jesus. Vamos fazer uma obra de arte simbolizando atos
bons e transformadores que realizamos no nosso dia a dia?

1. Realize dez ações que possam ajudar a vida de outras pessoas.


©Shutterstock/VladisChern

2. A cada atitude praticada, desenhe uma flor na cruz e, ao lado de


cada flor, escreva o que você realizou.

CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE 57


A ARTE E AS RELIGIÕES 8 Orientações para a abordagem do tema.

A arte toca as pessoas por meio de linguagens e formas, como: arquitetura, pintura, escultura,
desenho, música, dança e outras. Essas demonstrações artísticas transmitem aspectos de diferentes
culturas. Por isso, espaços e construções especiais, religiosos ou não, usam a arte para revelar a be-
leza, provocando nossa sensibilidade, e também para manter vivos certos conhecimentos. Do mes-
mo modo, os livros religiosos podem ser produzidos, decorados e ilustrados de maneira artística.
Os templos e outros locais sagrados consideram a fé das pessoas que se reúnem ali, mas
também são construídos e decorados de acordo com a cultura da região em que se encontram e
com o estilo seguido pelo artista que os projetou. Algumas expressões de arte encontradas nesses
espaços são: as pinturas, os entalhes, os mosaicos, os ícones, os vitrais. Além de serem decorativas,
essas obras podem relembrar pessoas e entidades importantes para um grupo religioso (divinda-
des, santos, etc.) e ensinar ou ilustrar cenas significativas e trechos de narrativas sagradas. Alguns
templos são decorados ainda com formas geométricas e livres, ou com figuras significativas, como
as mandalas.

©Wikimedia Commons/Fulvio Spada


Mosaicos são
montagens coloridas feitas
com pequenos pedaços
de vidro, pedra ou outros
materiais, colados muito
próximos uns dos outros,
formando desenhos.
Podem retratar seres e
objetos ou, como na arte
islâmica, figuras e formas
geométricas.

! Mosaico islâmico em São Paulo

58 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


Ícones são representações de personagens sagrados ou
cenas por meio de pintura ou gravura. São essenciais nos
cultos da Igreja Ortodoxa.

CRISTO Pantocrator do Sinai.


Século VI. 1 pintura encáustica,
©Mosteiro de Santa Catarina, Monte Sinai, Egito

color., 84 cm × 45,5 cm.


Mosteiro de Santa Catarina,
Monte Sinai, Egito.

! Ícone de
Cristo
Pantocrator
do Sinai

Os vitrais são obras feitas com pedaços de vidro


colorido, frequentes nas igrejas do Catolicismo.
©Wikimedia Commons/Andreas Praefcke

A PALAVRA
PA “MANDALA” VEM
DO SÂNSCRITO
S E SIGNIFICA
“CÍRCULO”.

AS MANDALAS
M FAZEM PARTE
DDE VÁRIAS RELIGIÕES,
O BOM PASTOR. 1920. 1 vitral. Catedral
MA
MAS TAMBÉM PODEM SER
Dayane Raven. 2016. Digital.

Católica Romana de Nossa Senhora dos


UTILI
UTILIZADAS COMO OBRAS DE Anjos, Los Angeles.
ARTE
ARTE, SEM SE ASSOCIAREM A
UMA RELIGIÃO.
©Shutterstock/ViSnezh

As mandalas são figuras circulares que contêm muitos


detalhes. Representam a relação do ser humano com o
Universo e estão presentes em diversas culturas.

59
9 Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades.

1. A imagem a seguir é um exemplo de mandala. Pinte-a com as cores que preferir.

©Shutterstock/Ira Mukti
2. Agora, crie uma imagem artística utilizando formas geométricas e livres para expressar como você
entende a relação do ser humano com o Universo.

60 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


A DANÇA E O SAGRADO 10 Orientações para a abordagem do tema.

A dança é uma manifestação artística praticada de forma individual ou coletiva. Em alguns


contextos, ela está associada a ritos religiosos, sendo considerada um ato sagrado. Trata-se de uma
manifestação humana muito antiga, presente nas mais diversas culturas.
Em diferentes épocas e lugares, a dança foi, e ainda é, realizada para celebrar momentos
importantes da vida, como o nascimento, a maturidade, o casamento, a morte, a guerra, o traba-
lho e os ciclos da natureza (tempo de plantar ou de colher, chegada de uma estação, etc.). Além
de ser uma forma de arte, a dança proporciona alegria e o encontro entre as pessoas, reforçando
seus laços comunitários. Também faz parte
de ritos e celebrações de diferentes grupos
religiosos, como meio de se aproximar do
sagrado para agradecer ou para pedir o au-
xílio divino.
Em cada situação cultural, comemo-
ração ou rito religioso, a dança é formada
por um conjunto próprio de passos e ges-
tos. Muitas vezes, é realizada por um grupo
©Shutterstock/Kzenon

de pessoas reunidas em uma roda. Nesses


casos, é conhecida como dança circular.

mfir
©Shutterstock/Rajesh Narayanan

k/Cristian Za
©Shutterstock/Master1305
©Shutterstock/Marcel Jancovic

©Shutterstoc

CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE 61


11 Orientações para a realização da atividade e sugestão de atividades.

Vimos que as danças circulares, ou dan-


ças de roda, são praticadas em diferentes lo-
cais e culturas. Podem ser danças tradicionais,
comemorativas, folclóricas e até religiosas.
São coletivas e acontecem na forma de uma
roda, proporcionando aos participantes sen-
timentos de união e de pertencimento a um
grupo. Além do contato físico, por estarem de
mãos dadas, os participantes cantam juntos a
het
et-kes
mesma melodia e realizam passos iguais. ck/Ayel
©Shuttersto

Vamos fazer uma brincadeira em forma de dança de roda.

a) Escolham uma música e, juntos, realizem uma dança de roda. De mãos dadas, todos devem
fazer gestos e passos iguais.

b) Depois de dançar, diga: Como você se sentiu durante a prática? Por quê?

Neste capítulo, vimos que o ser humano se expressa por meio da arte. Ela pode dar origem
a manifestações individuais ou coletivas com influência da cultura em que se vive e pode ter
significados religiosos. Por meio da escultura, da pintura, da música e da dança, por exemplo, a arte
pode ser um meio de expressar a fé e os sentimentos mais profundos das crenças religiosas.

12 Orientações para a realização das atividades.

1. Formem quatro grupos e sigam as orientações do professor para realizar uma pesquisa sobre algumas
danças existentes no Brasil.

2. Cada grupo deve produzir um texto coletivo com o resultado das pesquisas e ler seu conteúdo para
compartilhar o aprendizado com os demais colegas.

62 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


13 Encaminhamento metodológico e sugestão de atividades.

1. Leia com atenção o texto a seguir.

Criança cadeirante dança balé com amiga de escola de 6 anos


Uma história linda surgiu da amizade das crianças Antônio – que é cadeirante – e Alícia, ambas
de 6 anos de idade. [...] convidados assistiram a uma coreografia feita pelas duas crianças, que são
melhores amigos na escola. [...]

A professora Cleide Fernando explicou por que escolheu os dois para representar a turma na
apresentação do Dia das Mães. “Notei a amizade e cumplicidade deles na aula de dança. E a dança é
isso: superação, não tem limites. Por meio da dança, eles estão aqui. Antônio é o primeiro cadeirante
que coreografei, e eles conseguiram absorver a dança muito bem”, contou.

[...]

As crianças falaram da amizade entre eles (sic) e encantaram a todos. [...]

CRIANÇA cadeirante dança balé com amiga de escola de 6 anos. Disponível em: <http://gshow.globo.com/programas/
encontro-com-fatima-bernardes/O-Programa/noticia/2015/06/emocao-crianca-cadeirante-danca-bale-com-amiga-de-escola-
de-6-anos.html>. Acesso em: 16 jun. 2019.

2. Converse com os colegas sobre o texto e responda às perguntas:

a) Você considera que a dança pode ser um meio de inclusão social? Explique.

Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que a dança pode incluir pessoas de diversas classes sociais

e com deficiências e habilidades diferentes. No caso da reportagem, o menino cadeirante foi o primeiro

a ser coreografado pela professora, o que representa a novidade dessa forma de inclusão.

b) Em sua opinião, por que as pessoas gostam de dançar?

Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que a dança pode ser apreciada por diversos motivos, entre

eles, o religioso.

c) O que a dança pode fazer pelas pessoas?

Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que a dança pode fazer bem para a saúde física, emocional e

espiritual, além de contribuir para a sociabilização e a superação de desafios.

CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE 63


CAPÍTULO 4
DESCOBRINDO A
DIVINDADE

64
1 Orientações para a abordagem do capítulo.

Neste capítulo, você vai aprender que a divindade,


ou o transcendente, pode ser representada de diferentes
formas, de acordo com as crenças religiosas. Porém, há re-
ligiões que acreditam no mesmo Deus, como ocorre com o
Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo.

Dayane Raven. 2016. Digital.

65
2 Orientações para a realização das atividades.

1. Se você acredita em uma divindade, desenhe em uma folha como a imagina. No verso da folha, escre-
va o nome e as características da divindade que você desenhou.
2. Em uma roda de conversa, apresente seu desenho aos colegas e observe a produção deles.

3. Leia o texto a seguir.

O poder de um sorriso
Havia um pequeno menino que queria se encontrar com Deus. [...]

Quando ele andou umas três quadras, encontrou um velhinho sentado em um banco da praça
olhando os pássaros. O menino sentou-se junto dele, abriu sua mochila, e ia tomar um gole de guaraná,
quando olhou o velhinho e viu que ele estava com fome, então ofereceu-lhe um pastel.

O velhinho muito agradecido aceitou e sorriu ao menino. Seu sorriso era tão incrível que o menino
quis ver de novo, então ele ofereceu-lhe seu guaraná. Mais uma vez o velhinho sorriu ao menino. O
menino estava muito feliz. Ficaram sentados ali sorrindo, comendo pastel e bebendo guaraná pelo resto
da tarde sem falarem um ao outro.

Quando começou a escurecer o menino estava cansado e resolveu voltar para casa, mas antes de sair
ele se voltou e deu um grande abraço no velhinho. [...]

Quando o menino entrou em casa, sua mãe surpresa perguntou ao ver a felicidade estampada em
sua face: “O que você fez hoje que te deixou tão feliz?”. Ele respondeu: “Passei a tarde com Deus.” E
acrescentou: “Você sabe, ele tem o mais lindo sorriso que eu jamais vi.”

Enquanto isso, o velhinho chegou em casa radiante,


e seu filho perguntou: “Por onde você esteve que te
deixou tão feliz?” Ele respondeu: “Comi pastéis e tomei
guaraná no parque com Deus”. Antes que seu filho
Dayane Raven. 2016. Digital.

pudesse dizer algo, ele falou: “Você sabe que ele é bem
mais jovem do que eu pensava?” [...]

O PODER de um sorriso. Disponível em: <https://www.acidigital.com/Historias/sorriso.htm>. Acesso em: 11 abr. 2019.


4. Retome com os colegas os desenhos observados na atividade 2 e responda:

a) Alguém desenhou uma divindade como um senhor idoso? E como uma criança?

b) Na opinião de vocês, por que algumas pessoas imaginam Deus como um senhor idoso?

66 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


O QUE É TRANSCENDÊNCIA?
"Transcender" significa ultrapassar um limite. No caso das religiões, as palavras "transcendên-
cia" e "transcendente" referem-se àquilo que está além da realidade concreta e visível deste mundo,
por exemplo, o sagrado e os poderes (sobrenaturais ou milagrosos) que estão acima das capa-
cidades comuns do ser humano. O transcendente pode ser compreendido como Deus ou uma
divindade suprema.
Dessa forma, "transcendente" é aquilo que transcende, ou seja, que está além do ser humano,
e pode ser representado de variadas formas, em diferentes períodos e lugares. Diversas religiões
acreditam que essas representações ajudam na comunicação com o transcendente. Assim, as di-
vindades eram cultuadas desde tempos remotos, e ainda o são, recebendo pedidos, orações e
oferendas.

É QUE VOCÊ NÃO CONHECE


NÃO CONSIGO OS PODERES DESSES
PASSAR DESSA DEUSES DO JOGO!
FASE, ABNER!

Dayane Raven. 2016. Digital.

CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE 67


3 Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades.

1. Reflita e discuta com os colegas e o professor este assunto: O que significam os termos "Deus", "divino"
e "divindade", na sua opinião?

2. Agora, pesquise os significados dessas palavras no dicionário e os anote a seguir.

Deus

Se necessário, auxilie os alunos a perceber a definição mais adequada ao contexto. O sentido mais próximo da

compreensão nessa faixa etária, segundo o Dicionário Aurélio (2010), é o de “ser infinito, perfeito, criador do

Universo”. Outras definições podem ser encontradas, caso sejam consultados outros dicionários, ou mesmo um

de termos religiosos. Por exemplo: ser supremo, espírito infinito e eterno, criador e preservador do Universo, etc.

Divino

Se necessário, auxilie os alunos a perceber a definição mais adequada ao contexto. Segundo o Dicionário

Aurélio (2010): "Respeitante ou pertencente a Deus. [...] Proveniente de Deus; concedido por Deus. [...] Sobrena-

tural, sublime. Perfeito [...]”.

Divindade

Se necessário, auxilie os alunos a perceber a definição mais adequada ao contexto. Segundo o Dicionário

Aurélio (2010): “Qualidade de divino. Natureza divina. Deus. Coisa ou pessoa que se adora. Deidade [...]”.

3. Compartilhe com os colegas os significados que você encontrou e considere os que foram encontra-
dos por eles.

4. Com base nos significados obtidos, escreva como você entende o que é Deus, divino, divindade e
transcendência.

Pessoal. Incentive os alunos a comparar suas respostas na atividade 1 com as definições encontradas nos dicionários.

68 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


Você sabia?

4 Orientações para a abordagem do tema e sugestão de atividades.


Antes da invenção da escrita, muitos registros humanos foram deixados em forma de pinturas
rupestres. Algumas delas representam animais e cenas do cotidiano. Acredita-se que os seres humanos
pré-históricos atribuíam poderes mágicos a essas pinturas, ou seja, imaginavam que aquilo que retratassem
aconteceria na vida real. Assim, cenas de caçada teriam sido desenhadas para que os caçadores reais
obtivessem sucesso em suas tentativas.

©Wikimedia Commons/Augusto Pessoa

Acredita-se ainda que as pinturas rupestres não represen-


tavam apenas os animais, mas o espírito deles, invocado pelo pinturas rupestres:
xamã. Este é um personagem tribal que exerce diversas funções, pinturas encontradas em
como as de sacerdote, curandeiro e estudioso do poder de cura cavernas e rochas, feitas com
tintas naturais (produzidas
das plantas. Pode também atuar como músico e narrador das
com plantas, frutas, sangue
tradições e dos fatos importantes de um povo. Por isso, ele é con- de animais, carvão e outros
siderado guardião dos mitos e das histórias do seu povo. Durante elementos da natureza).
os ritos religiosos, ele recorre a espíritos dos falecidos, de animais,
de elementos da natureza e de divindades.

CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE 69


5 Orientações para a realização das atividades.

1. Você conhece os nomes do transcendente nas religiões?


Observe os itens a seguir e associe cada personagem à sua religião e ao nome da divindade em que
acredita.

Judaísmo

Deus

Umbanda

Allah
Catolicismo

Religiões Protestantes/ Javé


Evangélicas

Budismo
Sem divindade

Espiritismo
Guaraci

Indígena
Dayane Raven. 2016. Digital.

Oxalá

Islamismo

70 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


2. No espaço a seguir, apresente de forma artística em que você crê. Pode ser o transcendente ou algo
que não seja religioso. O importante é que você demonstre qual é a sua convicção.
nvicção.

3. Descreva seu desenho e explique o porquê da sua crença.

CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE 71


DEUS QUE É UM 6 Encaminhamento metodológico.

Algumas das grandes religiões do mundo, como o Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo,


creem que há um único Deus.

, o rei de Israel,
“Assim diz Iahweh
or: Eu
ã o há nenh
um
eh do s Exér ci tos, o seu redent
r, e n Iahw
o Senho e mim. o último, fora de
mim
“Eu sou e u s além d sou o primeiro e
t ro D
ão há ou
outro; n não há Deus”.
do
[...]”. ulo: Mun .
Viva. São Pa rs . 5 artensia. Cap. 44
,
A Bíb li a p. 45, ve IA Hebraica Stuttg
A ÍA S . In: NOV 2010. p. 606. Ca ISAÍAS. In: BÍBL vers. 6. v. 3. [s. p. ]. E- bo ok .
IS Cristão,

“Ele é Deus; não há mais div


indade além
d'Ele, Soberano, Augusto,
Pacífico [...]. Tudo
quanto existe nos céus e na
terra glorifica-O,
porque é o Poderoso, o Pru
Dayane Raven. 2016. Digital.

dentíssimo.”

SURATA. In: O ALCORÃ


O Sagrado.
Tradução de Samir El Hayek
. LCC Publicações
Eletrônicas. 59, 22-24.

Realize um acróstico com a palavra Deus. Para isso, utilize as palavras dos livros sagrados acima para
definir Deus nessas religiões.

72 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


7 Encaminhamento metodológico. O QUE VOCÊ ENTENDE PELAA
PALAVRA “MISTÉRIO”?
OS MISTÉRIOS DIVINOS VOCÊ JÁ ASSISTIU A UM FILME
ME
OU LEU UMA HISTÓRIA QUEE

Dayane Raven.
Leia o texto a seguir e depois TINHA ALGUM MISTÉRIO A SER

2016. Digital.
responda. DESVENDADO?

A história do “Grande Espírito” 8 Encaminhamento metodológico.

Era uma vez uma grande assembleia de bichos. Vieram de toda parte para conhecer e falar com o
Grande Espírito, criador e mantenedor da vida que ia se manifestar. Pensando que poderia demorar vários
dias, cada um trouxe comida dentro de um pote de barro. Tinha pote de todo tipo: pintado, com alças,
com tampa, sem tampa, redondo, oval, com desenhos, simples. Um espetáculo!

Puseram-se a rezar e a refletir, mas nada de o Grande Espírito aparecer. Passou tempo. Ficaram com
fome. Cada um foi para seu lado comer. A onça tinha trazido só piracuí (farinha de peixe), a cutia só
pimenta, o jacaré só tucupi (sumo da mandioca brava), o macaco só farinha de mandioca, o veado só
trouxe água, e assim por diante. Cada um se satisfez e voltaram a rezar e a refletir. Continuaram assim
durante três dias. Estavam cansados de esperar, cansados de sempre comer a mesma coisa; começaram a
ficar irritados uns com os outros. Até duvidaram do Grande Espírito, pois este não aparecia mesmo.

Aí, neste terceiro dia, o filhote da onça foi brincar com o filhote da cutia e lhe disse: “Vamos misturar
pimenta de vocês com nosso piracuí e ver no que dá!”. Dito e feito. Ficou gostoso! Eles ficaram alegres e
os outros filhotes os imitaram: se aproximaram com farinha, tucupi, água. As mães, vendo aquilo, em dois
tempos arrumaram uma mesa grande onde todos os potes de comida foram colocados em comum. Todo
mundo veio e fizeram o maior banquete, bonito e alegre.

Neste dia, neste banquete, conheceram o Grande Espírito.

A HISTÓRIA do “Grande Espírito”. Revista Mundo e Missão, São Paulo, ano 22, n. 197, nov. 2015.

9 Orientações para a realização da atividade.

De que maneira os animais acharam que encontrariam o Grande Espírito? Na história, como isso
ocorreu?

Os animais esperavam que o Grande Espírito se manifestasse como uma entidade, que aparecesse diante de seus

olhos. Entretanto, os animais sentiram a presença da sua divindade ao compartilhar alimentos, unidos e alegres.

Nesse sentido, o Grande Espírito representa a paz e a união.

CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE 73


10 Orientações para a realização das atividades.

Na história, os filhotes tiveram a ideia de juntar os alimentos para que todos pudessem aproveitar a
contribuição de cada um. Agiram assim por pensar no bem de todos e não apenas no próprio interesse.

1. Organize com os colegas e o professor uma campanha de arrecadação de alimentos, roupas, brinque-
dos ou outros itens. Para isso, escolham uma instituição que esteja precisando de doações e façam
outras pessoas felizes!
2. Descreva no caderno como foi a preparação da atividade e a entrega da doação. Depois, escreva como
você se sentiu após essa ação.

DEUS UNO-TRINO
RINO
SERÁ QUE NOSSOS
AMIGOS SABEM O
PARA O QUE SIGNIFICAM
CRISTIANISMO, DEUS
EUS ESSES TERMOS?
É UNO E TRINO AO
MESMO TEMPO! O!

Dayane Raven. 2016. Digital.

11 Orientações para a realização da atividade.

Pesquise no dicionário e registre os significados das palavras a seguir.

a) Uno: Único. b) Trino: Composto de três elementos.

PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO


Para o Cristianismo, Deus é uno e, ao mesmo tempo, trino.
Ma
rce
lo

Esse conceito é conhecido como “trindade” e significa que Deus


Bittenco rt. 2016. Di

é entendido como a unidade entre Pai, Filho e Espírito Santo. Essa


u

é a compreensão da maioria dos cristãos católicos, evangélicos


git

e ortodoxos que reconhecem Jesus Cristo como o filho de Deus.


al.

74 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


12 Orientações para a realização das atividades.

1. Para entender melhor como “três” podem ser “um”, você vai precisar de três cores diferentes de massa
de modelar. Agora, siga as orientações a seguir.

a) Faça três rolinhos de massinha, cada rolinho de uma cor diferente.

b) Faça uma trança com eles.

c) Desenhe neste espaço o que você fez com a massa de modelar.

d) Os rolinhos estão juntos; mas é possível distinguir cada cor?

Pessoal. Espera-se que seja possível distinguir cada cor.

2. Relacione a trança de massa de modelar com a frase: No Cristianismo, Deus é entendido como uma
trindade, ou seja, como a unidade entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O que é possível compreender
dessa frase por meio da experiência de confeccionar a trança?

Pessoal. Espera-se que os alunos compreendam que as unidades Pai, Filho e Espírito Santo podem ser vistas em sua

representação individual (como os rolinhos), mas que juntas se tornam uma nova unidade, a trindade (como a trança).

CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE 75


DEUS NO PLURAL
No passado, as religiões praticadas na Grécia Antiga, em Roma, no Egito e em outras regiões
do mundo se baseavam na existência de diferentes deuses relacionados às forças da natureza. Cada
divindade tinha uma personalidade própria e era responsável por algum elemento da natureza ou
da vida humana. Algumas dessas divindades eram representadas como figuras humanas e outras,
como figuras compostas de partes humanas e partes de animais. Os deuses gregos, por exemplo,
eram semelhantes aos seres humanos e, portanto, tinham qualidades e defeitos. Além disso, os
gregos acreditavam que, em diversas situações, os deuses deixavam o Monte Olimpo, onde viviam,
para interagir com os mortais.
Atualmente, ainda há religiões, de diferentes lugares do mundo, que acreditam em vários
deuses; por exemplo, o Hinduísmo, o Xintoísmo, a Wicca e religiões africanas e afro-brasileiras,
como o Candomblé. As divindades africanas, conhecidas como Orixás e presentes nas religiões
afro-brasileiras, reúnem características humanas com as de elementos e forças da natureza, como
as águas, o fogo e outros.

Danilo Dourado Santos. 2019. Digital.

! Ogum

! Omolu ! Iemanjá
As diferentes crenças do ser humano influenciam o comportamento que ele tem com o pró-
ximo e com a natureza. Reconhecer que existem diferentes entendimentos do sagrado é uma forma
de respeitar o outro. Assim, respeitar a relação que cada pessoa tem com Deus ou com os deuses em
q
que acredita é uma maneira de conviver bem, fazendo valer os direitos humanos e a liberdade.

76 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


13 Orientações para a abordagem do tema e sugestão de atividades.

DIVINDADES NO HINDUÍSMO
Vimos que o Hinduísmo é um exemplo de religião que ue
acredita em várias divindades. Observe, a seguir, as representações
es
artísticas de algumas divindadess dessa
des
e sa religião.

C Museum of Anthropology

©Wikimedia Commons/Victoria and


Albert Museum, Londres
©Wikimedia Commons/UB

©Wikimedia Commons/AngMoKio
! Divindade Matsya
! Divindade Muruga
! Divindade Krishna

arabu
©Wikimedia Commons/Honolulu Museum of Art/Hiart

ons/Clemensm
©Wikimedia Commons/WL

mm
©Wikimedia Co
! Divindades Brahma,
! Divindade Shiva Vishnu e Shiva ! Divindade Vessavana
s/Peter Blohm on

©W
©Wikimedia Comm

ikim
edia
Commons/Augustus B

©Shutterstock/Dipak Shelare
in u

! Divindades Gorabhairava, ! Divindade Shiva ! Divindade Lakshmi


Bahuchara e Kalabhairav
77
Entre as diversas divindades do Hinduísmo, há três deuses principais:

Brahma, o criador do Universo: pode ser representado com quatro cabeças, que simbolizam
os quatro Vedas (textos sagrados hinduístas).

Vishnu, o preservador do Universo: é associado ao Sol e representa aspectos como o amor, a


verdade, a lei e a piedade.

Shiva, o deus da destruição, mas também do renascimento e da transformação.

Esses três deuses, Shiva, Vishnu e Brahma, em equilíbrio, formam o Brahman, um deus só:
trino e uno. ©Shutterstock/AdalyanSona

©Wikimedia Commons/Tris T7

! Brahma
©Wikimedia Commons/Ramanarayanadatta astri

! Vishnu

! Shiva

78 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4


Em cada região da Índia, as pessoas se aproximam mais de uma ou de algumas das diversas
divindades do Hinduísmo. Entre as mais populares, podem ser citadas Ganesha e Krishna. Ganesha
supera todos os obstáculos e é o deus dos novos empreendimentos. Krishna, por sua vez, repre-
senta a verdade absoluta.

©Wikimedia Commons/Adityamadhav83

©Fotoarena/Alamy
! Ganesha ! Krishna

Você sabia?

©Shutterstock/LenaVolkova
As vacas são sagradas para os
hinduístas. Segundo a crença
desse grupo religioso, elas são a
montaria do deus Shiva. Em sinal
de respeito, os hinduístas não
se alimentam da carne desses
animais.

Em algumas regiões da Índia,


o rato e o búfalo também são
considerados animais sagrados
! Vacas, animais sagrados para os hinduístas
e, portanto, não podem ser
maltratados ou mortos. 14 Orientações para a abordagem do tema.

CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE 79


15 Orientações para a realização das atividades.

1. Vamos brincar com o Jogo da memória?

a) Recorte as peças das páginas 9 e 11 do material de apoio.


b) Convide um colega para jogar com você.
c) Misturem as cartas dos dois jogos e deixe-as viradas para baixo.
d) Decidam quem iniciará o jogo.
Dica: Procurem deixar as
e) Encontrem a carta com uma imagem e a carta
peças nos mesmos lugares
com o seu significado na mesma rodada.
ao virá-las no jogo.
f) Quem acertar poderá jogar mais uma vez.
2. Depois de jogar, cole as peças do jogo no caderno, mantendo a correspondência entre as imagens e
seus significados.
3. Crie um jogo de memória para relembrar os assuntos que você estudou ao longo do ano. Para isso, use
os moldes de cartas das páginas 13 e 15 do material de apoio.
16 Encaminhamento didático.

Neste volume, foi possível pensar em diferentes etapas da vida e nas crenças que envolvem esses ciclos!

Você aprendeu sobre os ritos de batismo das religiões cristãs e afro-brasileiras e a apresentação da criança
nas comunidades religiosas do Judaísmo, do Islamismo e dos povos indígenas. Aprendeu também como
as religiões celebram o casamento e as particularidades de cada crença nos ritos fúnebres. Compreendeu
que cada religião tem ideias diferentes sobre o pós-morte, como a reencarnação, a ressurreição e a
ancestralidade, e que existem crenças não religiosas a respeito, como a ideia do nada.

Você conheceu ainda exemplos de como as noções de morte e de sagrado podem ser representadas por
meio de pinturas, esculturas, vitrais e ícones. Além disso, aprendeu que as religiões podem crer em uma ou
mais divindades e que há religiões sem divindades, como o Budismo.

Refletir sobre as etapas da vida e seus ritos em diferentes religiões reaviva o planejamento de vida
baseado na religião e nas crenças de cada um. Perceber que existem outras religiões que abordam temas
semelhantes nos auxilia a perceber que não estamos sozinhos e que muitas pessoas se baseiam em uma
religião para traçar
açar
aç ar suas
u s vidas.
sua vida
vi d s.
Dayane Raven. 2016. Digital.

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