Etica Profissional
Etica Profissional
Etica Profissional
Nampula
Maio
2021
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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura Discussão 0.5
organizacionais
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução Descrição dos
1.0
objectivos
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia
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Índice
Introdução...............................................................................................................................4
Quando é que o profissional que age na actividade voluntária age de forma eticamente
correcta?.....................................................................................................................................6
Conclusão.................................................................................................................................12
Bibliografia..............................................................................................................................13
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Introdução
A ética ou filosofia moral é uma área de conhecimento que tem como objecto de investigação
as acções humanas e seus princípios orientadores. Toda cultura e sociedade, se estabelece
baseando-se em valores definidos a partir de uma interpretação do que é o bem e o mal, o
certo e o errado. Essas interpretações são fundamentadas em valores morais socialmente
construídos e cabe à ética, se dedicar ao estudo desses valores.
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Tanto a Moral como o Direito possuem conteúdos éticos, isto é, o sentido de agir. A acção,
ou mais amplamente a conduta, pode ser ética ou jurídica. Com muita frequência, acção
amolda-se ou contraria tanto a Moral como o Direito. Moral e Direito possuem, por
conseguinte, um fundamento ético comum, tanto que no antigo direito romano os dois
confundiam-se.
Um dos temas mais interessantes abordados pela Filosofia Jurídica abrange a questão da
relação entre o direito e a moral, permitindo uma infinita discussão doutrinária acerca do
assunto. De fato, na vida quotidiana estamos constantemente cumprindo normas que visam
regular nossa conduta perante a sociedade e até mesmo frente a nós mesmos.
Há normas que somos obrigados a cumprir, ou seja, possuem um carácter imperativo, pois
versam sobre condutas consideradas essenciais para o funcionamento normal da vida social.
São regras que visam a satisfação do bem colectivo, o equilíbrio das relações humanas e a
manutenção da ordem na esfera comunitária, portanto, não estando sujeitas ao livre arbítrio
da vontade individual. Dessa maneira, podemos nos situar no campo do Direito, que impõe
regras de conduta que devem ser observadas, valendo-se até mesmo da força coercitiva para
assegurar o seu cumprimento. Enquanto que:
Direito. Em sua acepção mais restrita, o direito, em seu sentido objectivo, é o sistema de
normas que regula as condutas humanas por meio de direitos e deveres. Esse sistema se
impõe em praticamente todos os âmbitos das relações sociais e, como tal, exerce um papel de
enorme importância mas também de grande ambiguidade, visto que seu conteúdo e aplicação
são influenciados por numerosos fenómenos, como a religião, a política, a economia, a
cultura, a moral e a linguagem. Sua natureza precisa, incluindo suas condições de validade e
os fundamentos de sua normactividade, é objecto de um antigo e complexo debate, em que se
destacam as correntes juspositivista e jusnaturalista e suas múltiplas ramificações.
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Basicamente, um juramento é uma declaração dos nossos valores, que nos ajuda a balizar
nossas decisões. Um juramento nos incentivava a ser a melhor versão de nós mesmos. Esse
ritual serve de base para que pudéssemos criar nosso próprio juramento e sentir os efeitos da
repetição, que nos traz muito mais consciência e atenção para nossas acções no dia-a-dia.
Quando é que o profissional que age na actividade voluntária age de forma eticamente
correcta?
Ser ético é ter consciência de suas escolhas. Uma pessoa ética deve saber o que é bom e
realizar tais acções, em vez de tomar atitudes maliciosas. Para ser verdadeiramente ético, é
necessário fazer isso por auto-satisfação, não para ganhar algo; no final das contas, um dos
maiores desafios de viver dessa forma ética é resistir à tentação de servir-se ao custo das
outras pessoas. No entanto, com um pouco de esforço e compreensão do que significa viver
de forma ética, é possível tratar as pessoas bem e levar uma vida de acordo com as regras
morais.
Não obter benefício próprio por meio de acções incorrectas, como furar uma fila no
banco para ganhar mais tempo;
significa fazer críticas construtivas, mas as manter dentro do âmbito da organização. Significa
agir com a convicção de que seu comportamento vai promover os legítimos interesses da
organização. Assim, ser leal às vezes pode significar a recusa em fazer algo que você acha
que poderá prejudicar a organização, a equipe de funcionários. No Reino Unido, por
exemplo, essa ideia é expressa pelo termo "Oposição Leal a Sua Majestade". Em outras
palavras, é perfeitamente possível ser leal a Sua Majestade - e, mesmo assim, fazer parte da
oposição. Do mesmo modo, é possível ser leal a uma organização ou a uma equipe mesmo
que você discorde dos métodos usados para se alcançar determinados objectivos. Na verdade,
seria desleal deixar de expressar o sentimento de que algo está errado, se é isso que você
sente. As virtudes da responsabilidade e da lealdade são completadas por uma terceira, a
iniciativa, capaz de colocá-las em movimento. Tomar a iniciativa de fazer algo no interesse
da organização significa ao mesmo tempo, demonstrar lealdade pela organização. Em um
contexto de empregabilidade, tomar iniciativas não quer dizer apenas iniciar um projeto no
interesse da organização ou da equipe, mas também assumir responsabilidade por sua
complementação e implementação. Gostaríamos ainda, de acrescentar outras qualidades que
consideramos importantes no exercício de uma profissão. São elas:
Honestidade: A honestidade está relacionada com a confiança que nos é depositada, com a
responsabilidade perante o bem de terceiros e a manutenção de seus direitos. É muito fácil
encontrar a falta de honestidade quanto existe a fascinação pelos lucros, privilégios e
benefícios fáceis, pelo enriquecimento ilícito em cargos que outorgam autoridade e que têm a
confiança colectiva de uma colectividade. Já ARISTÓTELES (1992, p.75) em sua "Ética a
Nicômanos" analisava a questão da honestidade. Outras pessoas se excedem no sentido de
obter qualquer coisa e de qualquer fonte - por exemplo os que fazem negócios sórdidos, os
proxenetas e demais pessoas desse tipo, bem como os usurários, que emprestam pequenas
importâncias a juros altos. Todas as pessoas deste tipo obtêm mais do que merecem e de
fontes erradas. O que há de comum entre elas é obviamente uma ganância sórdida, e todas
carregam um aviltante por causa do ganho - de um pequeno ganho, aliás. Com efeito, aquelas
pessoas que ganham muito em fontes erradas, e cujos ganhos não são justos - por exemplo, os
tiranos quando saqueiam cidades e roubam templos, não são chamados de avarentos, mas de
maus, ímpios e injustos. São inúmeros os exemplos de falta de honestidade no exercício de
uma profissão. Um psicanalista, abusando de sua profissão ao induzir um paciente a cometer
adultério, está sendo desonesto. Um contabilista que, para conseguir aumentos de honorários,
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Sigilo: O respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das empresas, deve ser
desenvolvido na formação de futuros profissionais, pois trata-se de algo muito importante.
Uma informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação de silêncio é
obrigatória. Revelar detalhes ou mesmo frívolas ocorrências dos locais de trabalho, em geral,
nada interessa a terceiros e ainda existe o agravante de que planos e projectos de uma
empresa ainda não colocados em prática possam ser copiados e colocados no mercado pela
concorrência antes que a empresa que os concebeu tenha tido oportunidade de lançá-
los. Documentos, registos contáveis, planos de marketing, pesquisas científicas, hábitos
pessoais, dentre outros, devem ser mantidos em sigilo e sua revelação pode representar sérios
problemas para a empresa ou para os clientes do profissional.
Competência: Competência, sob o ponto de vista funcional, é o exercício do conhecimento
de forma adequada e persistente a um trabalho ou profissão. Devemos buscá-la sempre. "A
função de um citarista é tocar cítara, e a de um bom citarista é tocá-la bem."
(ARISTÓTELES, p.24). É de extrema importância a busca da competência profissional em
qualquer área de actuação. Recursos humanos devem ser incentivados a buscar sua
competência e maestria através do aprimoramento contínuo de suas habilidades e
conhecimentos. O conhecimento da ciência, da tecnologia, das técnicas e práticas
profissionais é pré-requisito para a prestação de serviços de boa qualidade. Nem sempre é
possível acumular todo conhecimento exigido por determinada tarefa, mas é necessário que
se tenha a postura ética de recusar serviços quando não se tem a devida capacitação para
executá-lo. Pacientes que morrem ou ficam aleijados por incompetência médica, causas que
são perdidas pela incompetência de advogados, prédios que desabam por erros de cálculo em
engenharia, são apenas alguns exemplos de quanto se deve investir na busca da competência.
Prudência: Todo trabalho, para ser executado, exige muita segurança. A prudência, fazendo
com que o profissional analise situações complexas e difíceis com mais facilidade e de forma
mais profunda e minuciosa, contribui para a maior segurança, principalmente das decisões a
serem tomadas. a prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves, pois evita
os julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis.
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Coragem: Todo profissional precisa ter coragem, pois "o homem que evita e teme a tudo,
não enfrenta coisa alguma, torna-se um covarde" (ARISTÓTELES, p.37). A coragem nos
ajuda a reagir às críticas, quando injustas, e a nos defender dignamente quando estamos
cônscios de nosso dever. Nos ajuda a não ter medo de defender a verdade e a justiça,
principalmente quando estas forem de real interesse para outrem ou para o bem comum.
Temos que ter coragem para tomar decisões, indispensáveis e importantes, para a eficiência
do trabalho, sem levar em conta possíveis atitudes ou actos de desagrado dos chefes ou
colegas.
Perseverança: Qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo trabalho está
sujeito a incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, prosseguindo o
profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções ou mágoas. É louvável a
perseverança dos profissionais que precisam enfrentar os problemas do
subdesenvolvimento.
Compreensão: Qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito pelos que
dele dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o diálogo, tão importante
no relacionamento profissional. É bom, porém, não confundir compreensão com fraqueza,
para que o profissional não se deixe levar por opiniões ou atitudes, nem sempre, válidas para
eficiência do seu trabalho, para que não se percam os verdadeiros objetivos a serem
alcançados pela profissão. Vê-se que a compreensão precisa ser condicionada, muitas vezes,
pela prudência. A compreensão que se traduz, principalmente em calor humano pode realizar
muito em benefício de uma actividade profissional, dependendo de ser convenientemente
dosada.
Humildade: O profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não é o dono da
verdade e que o bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de
pessoas. Representa a auto-análise que todo profissional deve praticar em função de sua
actividade profissional, a fim de reconhecer melhor suas limitações, buscando a colaboração
de outros profissionais mais capazes, se tiver esta necessidade, dispor-se a aprender coisas
novas, numa busca constante de aperfeiçoamento. Humildade é qualidade que carece de
melhor interpretação, dada a sua importância, pois muitos a confundem com subserviência,
dependência? Quase sempre lhe é atribuído um sentido depreciativo. Como exemplo, ouve-se
frequentemente, a respeito determinadas pessoas, frases com estas: Fulano é muito humilde,
coitado! Muito simples! Humildade está significando nestas frases pessoa carente que aceita
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qualquer coisa, dependente e até infeliz. Conceito erróneo que precisa ser superado, para que
a Humildade adquira definitivamente a sua autenticidade.
Conclusão
A discussão entre Direito e Moral, é um tema que se estende desde os primórdios até os dias
atuais, embora com o passar do tempo tal tema começou a ser pacificado, ainda existem
ponto de divergências doutrinárias sobre a função do Direito e da Moral. O que é certo, é que
se tanto Direito quanto a Moral, conseguirem caminhar lado a lado, sendo um auxiliando o
outro, quem ganha é a sociedade que passará ter um mundo mais justo e moral, onde as
diferenças serão menores, e, por conseguinte, a procura pelo Poder Judiciário, visando à
solução de conflitos será menor. Desta forma, o interessante seria buscar um equilíbrio entre
Direito e Moral.
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Bibliografia
REALE, Miguel. Lições preliminares de Direito. 29° Edição, ajustada ao novo Código Civil,
6° Tiragem
CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. 21. Ed. São Paulo: Editora
Atlas, 2012.